IX Seminário Nacional de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral e VI Encontro da RedeAPLmineral
Salvador - BA
RESÍDUOS SÓLIDOS
Metodologia
A metodologia utilizada buscou informações nos arquivos:Rede APL MineralMDIC23 Núcleos Estaduais de APLBibliografia e em contatos pessoaisIndicadores e relações de uso levantados em operações similares.Enfatizada a qualificação do resíduo, em detrimento da quantificação, já que a informalidade das atividades inibe as estatísticas disponíveis no país, e nem foi feito levantamento da situação in loco.
DISTRIBUIÇÃO DOS APLs POR SETOR DE ATIVIDADE E POR REGIÃO
Setor / Região N NE SE CO S Total
Cerâmica vermelha 3 7 8 3 2 23
Gemas e joias 2 1 6 3 1 13
Rocha ornamental - 2 5 1 1 9
Cerâmica de revestimento - - 2 - 2 4
Cal e calcário 1 1 - - 1 3
Gesso - 1 - - - 1
Pegmatito (minerais industriais) - 1 - - - 1
Sal marinho - 1 - - - 1
Água mineral - 1 - 1 - 2
Total 6 15 21 8 7 57
GTP – APL RedeAPLMineral
Cerâmica vermelha – processo produtivo
Tabela 6 - CERÂMICAS DE REVESTIMENTO – Dados Sócio Econômicos
APL Estabele-cimentos
Empregos Governança Cadeia Produtiva
Santa Catarina 17 4.000 SINDICERAM Extração de argila, fabricação de revestimentos e pisos cerâmicos.
Santa Gertrudes 20 minas e 47 plantas
10.000 ASPACER Extração de argila, fabricação de revestimentos e pisos cerâmicos.
Tabela 7 - CERÂMICAS DE REVESTIMENTO – Produção e Resíduos
APL Produção Geração de resíduo Disposição TipoSanta Catarina 87 M m²/ano
placas30 mil t/ano (lavra).15 mil t/ano de cacos
Pilhas de materiais silicáticos próximas das atividades
II-B
Santa Gertrudes 508 M m²/ano placas 5Mt/ano argila
100 mil t/ano (lavra) e 86 mil t/ano cacos.
Pilhas de materiais silicáticos próximas das atividades
II-B
Tabela 8 - LOUÇAS E PORCELANAS – Dados Sócio Econômicos
APL Estabele-cimentos
Empregos Governança Cadeia Produtiva
Campo Largo PR 14 1.751 SINDLOUÇAS/PR
Fabricação de cerâmica e porcelana utilitária e uma linha de peças decorativas.
Porto Ferreira SP
80 SINDLOUÇAS/SP
Fabricação de produtos de louça e porcelana.
Tabela 9 - LOUÇAS E PORCELANAS – Produção e ResíduosAPL Produção Geração de
resíduoDisposição Tipo
Campo Largo PR 27,585 M peças/ano
39 mil t/ano Pilhas de cacos e peças cerâmicas refugadas e moldes de gesso
II-B
Porto Ferreira SP
30 M peças/ano
43 mil t/ano Pilhas de cacos e peças cerâmicas refugadas e moldes de gesso
II-B
Gemas e Joias produção e geração de resíduos – sem dados
Tabela 5 - ROCHAS ORNAMENTAIS - Produção e ResíduosAPL Produção Geração de
resíduoDisposição Tipo
Basalto RS 60 mil m³/ano 136.000 m³/ano. Passivo 647 mil t
Material silicático acumulado em pilhas nas encostas mais baixas
II-B
R. Ornamental Pirenópolis GO
1.475 m² 750 mil m³ (acumulado)
Bota fora nas partes mais baixas de material silicoso. II-B
São Thomé das Letras MG
200 mil t/ano 300 mil t/ano Bota fora de material silicoso II-B
S. Antonio de Pádua RJ
3,6 M m³/ano 1,8 M t/ano Material silicático mais grosseiro é estocado desordenadamente nas encostas dos morros e o
material fino é carreado pelas águas rejeitadas na máquina de corte.
II-B
Espírito Santo 3 M t/ano de blocos e 18 M m²/ano de
chapas
7 M t/ano na extração e 235 mil t/ano na serraria
Bota fora de material silicático e carbonático II-B
Jacobina- Bahia 4 mil m³/mês 10.800 t/mês Material carbonático descartado aleatoriamente II-B
Ardósia Papagaios MG
450 mil t/ano 70 mil t/ano Material argiloso depositado de forma inadequada próximo às frentes de lavra.
II-B
Pedra Morisca - PI II-B
Pedra Sabão Ouro Preto MG
n.d. n.d Material silicático talcoso despejado em cursos de água
II-B
Cal e calcário do Cariri – CE
2.400 m²/mês 800 t/mês com passivo de 2,4 M t.
Material carbonático depositado como entulho nas frentes de lavras, margens de estradas, próximos a drenos e córregos
II-B
Tabela 10 - CAL E CALCÁRIO – Dados Sócio Econômicos
APL Estabele-cimentos
Empregos Governança Cadeia Produtiva
R.M. Curitiba PR 95 2.554 SINDCAL/APDC
Mineração e moagem de calcário, produção de brita, cal e argamassa.
Rochas e calcários Pres. Figueiredo - AM (1)
14 1.057 NEAPL/AM Mineração e moagem de minerais não metálicos.
FLUXOGRAMA CAL E CALCÁRIO
Tabela 11 - CAL E CALCÁRIO – Produção e ResíduosAPL Produção Geração de
resíduoDisposição Tipo
R.M. Curitiba PR 72 M t/ano calcário e 1,7 M t/ano cal
n.d. Material calcossilicático rejeitado na lavra e pó calcário da moagem, acomodado em pilhas próximas da área de lavra
II-B
Rochas e calcário Pres. Figueiredo AM
570 mil t/ano calcário, gipsita,
argila
n.d. n.d. II-B
(1) 29 minas+152 calcinadoras+443 indústrias de pré moldados
FLUXOGRAMA PRODUÇÃO GESSO
Tabela 13 – GESSO – Produção e ResíduosAPL Produção Geração de
resíduoDisposição Tipo
Araripe PE 2 M t/ano gipsita e 880 mil t/ano gesso
500 mil t/ano capeamento estéril
Destinação interna para pilhas de rejeitos argilo-carbonatados
II-B
PEGMATITO – FLUXOGRAMAS DE PRODUÇÃO
Tabela 16 – ÁGUA MINERAL – Dados Sócio Econômicos
APL Estabele-cimentos
Empregos Governança Cadeia Produtiva
Natal - RN 15 n.d. IEL/SICRAMIRN Captação e envase de água
Cuiabá - RN 9 n.d. IEL/SIAMT Captação e envase de água
CONCLUSÃOOs APLs desenvolvem atividades de forte impacto econômico e social nos seus territórios de atuação, e constituem muitas vezes a única alternativa econômica local.
Estas atividades provocam a geração de resíduos sólidos, os quais, são agravados pelo desconhecimento dos parâmetros geomineiros das jazidas, pela adoção de métodos de lavra e beneficiamento inadequados, por processos obsoletos de transformação mineral e por negligencia na gestão ambiental.
As empresas e cooperativas atuantes em APL, são caracterizadas pela pequena disponibilidade de capital e baixo padrão tecnológico, com algumas exceções (cerâmicas de revestimento, louças e porcelanas), sendo assim, a dimensão tecnológica assumiria um caráter de grande importância na sustentabilidade dos APL s de base mineral, com atuação em duas grandes linhas:
Redução de desperdício na extração e transformação mineral, pela difusão de técnicas e de procedimentos já conhecidos e práticas de produção mais limpa, via um programa de extensionismo mineral;
Caracterização tecnológica dos resíduos e rejeitos nas diversas etapas da cadeia produtiva, buscando inovações que os transformem em coprodutos da atividade. Como visto, estes resíduos são basicamente do tipo II-B, materiais inertes, compostos quimicamente por sílica, carbonatos e silicatos, de ampla aplicação industrial e agrícola, cabendo, portanto, a avaliação do seu desempenho funcional como insumo para as cadeias consumidoras destes compostos.