Karl Marx e a crítica ao capitalismo
O Socialismo
•O socialismo já existia antes de Marx.
• Já no século XVIII, a crítica de Saint-Simon aoliberalismo econômico e ao projeto industrial, era a baseda exploração do trabalho humano e das mazelas sociais.
•Simon passou a defender um socialismo construído naideia de que cada indivíduo ganharia de acordo com oreal valor de seu trabalho.
•A base do pensamento de Marx compõem-se de duasteorias principais:
•O materialismo histórico e o materialismodialético.
•Para o materialismo, o espírito do homem molda-seao mundo material que o envolve, independente daconsciência, que é reflexo da matéria.
•Materialismo histórico: defende-se que a evoluçãohistórica, desde as sociedades remotas até as atuais, sedá por meio dos confrontos entre diferentes classessociais decorrentes da exploração do homem pelohomem.
•Exemplo no feudalismo: os servos explorados pelossenhores do feudo.
•Exemplo no capitalismo: trabalhadores explorados pelaclasse burguesa dona dos meios de produção.
Materialismo dialético:
Defende que o ambiente, o organismo e os fenômenosfísicos tanto modelam animais irracionais e racionais, suasociedade e cultura, quanto são modelados por eles, ouseja, que a matéria está em relação dialética com opsicológico e o social.
•A negação do Materialismo é o Idealismo.
Idealismo é a qualidade do ideal, isto é, a representaçãodas coisas sob a forma do ideal. É a propensão ou ainclinação do espírito para o devaneio, para o ideal. Oideal é o que existe somente na ideia, no imaginário, é ofantástico, o modelo sonhado.
•Na Filosofia, é o nome comum a todos os sistemasfilosóficos que fazem das ideias o princípio interpretativodo mundo.
•Hegel, o criador do idealismo alemão, teve sua ideiabaseada no princípio da autoconsciência, isto é, o meiopara recuperar a ontologia.
•Ontologia: a natureza do ser, a existência, a realidade.
Modo de produção:
É a maneira pela qual a sociedade produz seus bens eserviços, como os utiliza e como os distribui. Ou seja,cada sociedade tem uma forma de produzir, constituídapor forças produtivas (clima, solo métodos de trabalho etecnologia) e relações de produção (a relação social que éestabelecida entre os homens no processo de produção,independente de sua consciência e vontade).
Basicamente, para Marx, as condições materiais de umaestrutura social condicionam oas relações entre seuscomponentes, o que significa dizer que, para viver, o homemprecisa inicialmente transformar a natureza (para comer,fabricar instrumentos e utensílios, construir abrigos).
Marx ainda afirma que o estudo de qualquer sociedade devepartir das relações criadas pelos homens para utilizar os meiosde produção e transformar a natureza.
•Modos de produção ao longo da História:
•Primitivo;
•Escravista;
•Asiático;
•Feudal;
•Capitalista.
•No modo de produção escravista, há a visão deexcedente de produção, exigindo mão de obrasuplementar.
•Para tanto, a exploração do homem pelo homem e avisão da propriedade privada se estabelece.
Karl Marx e a crítica ao capitalismo
Parte 2
Onde o rico cada vez
Fica mais rico
E o pobre cada vez
Fica mais pobre
E o motivo todo mundo
Já conhece
É que o de cima sobe
E o de baixo desce 🎶Música: Xibom bombom
Artista: As Meninas
Gravadora: Universal Music (1999).
Seu guarda, eu não sou vagabundo,
Eu não sou delinquente,
Sou um cara carente.
Eu dormi na praça pensando nela 🎶
Música: Dormi Na Praça
Artista: Bruno e Marrone
Gravadora: Chantecler (1999).
Resumindo
•Para Marx, as relações entre os homens são de exploração,oposição e antagonismo.
•Marx identifica a Revolução Industrial como evento queimpulsionou o processo de alienação do trabalhador dosprotudos e meios de seu trabalho.
•Nesse sistema, o trabalho transforma-se em mercadoria.
As Classes Sociais
•Para a teoria marxista, as classes sociais expressam asdesigualdades do sistema capitalista. O expropriado(proletário) produz as mercadorias, mas o dono dos meiosde produção (capitalista) apropria-se do resultado dessaprodução de forma privada.
•Ele devolve ao proletário um salário que é utilizado parasua manutenção. Neste sentido, a relação torna-seantagônica e contraditória.
•No sistema do capitalismo, o capital não existem sem otrabalho assalariado, assim como o trabalho assalariado nãoexiste sem o capital.
•Para Marx, essa relação deve ser superada, transformando asociedade e permitindo que o proletário seja o beneficiário doque produz.
•No sistema, só existem duas classes: a dos proprietários dosmeios de produção e a dos não proprietários (trabalhadoresque vendem sua força de trabalho).
Mais-Valia
•A mecanização transforma o modo de produzir emmercadoria;
•A contradição da relação capital-trabalho está no seguinteponto:
• Um trabalhador que vende sua força de trabalho noperíodo de 8 horas, consegue produzir o equivalente a seusalário em 4 ou 5 horas. As horas restantes sãoapropriadas pelo capitalista (patrão).
•Para resumir: o trabalhor produz um valor a mais do quedeveria pelo salário que recebe. Tal valor corresponde àmais-valia, ou seja, o lucro do sistema apropriado peloscapitalistas.
•Ex: Suponhamos que a produção de uma peça de vestuáriocuste 10 moedas em matéria-prima, 6 moedas em despesasgerais, 4 moedas com desgastes das máquinas e 10 moedasem salário do trabalhor. A peça que custou 30 moedas, naconcepção marxista, deve ser vendida por 30 moedas.
•De onde provém o lucro do capitalista?
•Se o trabalhador contratado para uma jornada de 8 horasproduz uma peça em 4 horas e ganha por essa produçãosomente para a subsistência, sobram-lhe mais 4 horas paraque produza outra peça.
•Essa outra unidade seria o “valor a mais” que o trabalhadorproduziu sem ser remunerado para tanto.
•Para Marx, o operário, ao vender a sua força de trabalhopara o sistema produtivo, deixa de ter direito que produziu.Mais: o trabalhador não mais projeta o que vai executar enão estabelece o ritmo da produção.
•O homem, portanto, não é soberano do que produz, mas simum comandado e dirigido pelo que produziu. Está alienado.
•Como trabalhador não concebe o que vai executar, o produtode seu trabalho subtrai-se à sua consciência e vontade. É ochamado fetichismo da mercadoria: coisificação humana.
•A alienação produz no operário a incapacidade de criar,projetar, pois é submetido à divisão do trabalho.
•O trabalhador não é mais dono do seu tempo.
•Em termos mais simples: é como se a mercadoria ganhassevalor humano e o homem, em detrimento do produto, sedesumanizasse, torna-se “a coisa”.
A proposta revolucionária
•Para Marx, a classe dominante faz uso de ideologias paraimpedir que o trabalhador tenha clareza sobre a exploraçãoque sofre.
•O próprio Estado colabora para isso. Coloca-se a serviço detodos, mas antes de tudo, protege a propriedade privada e ocapitalismo em si.
•Cabe ao próprio trabalhador a práxis revolucionária, isto é,fazer uso da prática e contropô-la à teoria. Como?
•Organizando-se com os demais membros da classe operáriacom vistas a uma prática transformadora que destrua o Estado,o burguês. Nessa lógica, os interesses dos trabalhadores,teoricamente, seria representado.
•Nessa fase seria o modo de produção socialista. Em etapaposterior, seria imposta a transformação comunista,suprimindo o Estado e a luta de classes.
Fim da doutrinação esquerdista, crianças!
Peguem suas foices e destruam o Estado.
Referências
•Bibliográfica:
•POLIEDRO. Pré-Vestibular: Sociologia. São José dosCampos: Editora Poliedro, 2015, p. 74-86.
• Imagens de autoria de Pawl kuczynski.
Disponível em: <http://www.sermelhor.com.br/espaco/40-ilustracoes-criticas-de-pawel-kuczynski.html>. Acesso em09 de agosto de 2019.