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Grupo de Comunicação
CLIPPING 4 de setembro de 2019
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Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Zoológico de SP lança campanha com meia-entrada para todos .......................................................... 4
Sabesp inicia obra que levará água a bairro de Santo André ............................................................... 5
Salesópolis pede definição para inundações no Aterrado ..................................................................... 6
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 7
Estado atualizará mapa de áreas de risco da região por R$ 6,3 mi ....................................................... 7
Proposta quer proibir utilização de cães de guarda por empresas de segurança ..................................... 9
Obras ao redor do Parque da Água Branca preocupam moradores ..................................................... 11
30º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2019 abre credenciamento para imprensa ............................ 12
Sabesp apoia o programa SP +Bonito e entrega primeira praça revitalizada ....................................... 14
SP: público da ExpoVerde 2019 poderá conhecer único zoológico de insetos do Brasil, diz SAA ............. 16
Defesa Civil estadual anuncia revisão do mapa das áreas de riscos no ABC ......................................... 17
Cetesb não atende a convite da CEI da GRU Airport ......................................................................... 18
Defesa Civil fará revisão do mapa de áreas de riscos do ABC ............................................................ 19
Daee falta em reunião no Consórcio Intermunicipal ......................................................................... 20
Obra do piscinão Jaboticabal começa em janeiro, relata DAEE ........................................................... 21
Entulho em margem de rio de Jandira é investigado pela polícia ........................................................ 22
Prefeitura inicia processo licitação para construção da ponte sobre Rio Atibaia .................................... 23
Barueri realiza campanha sobre contaminação do solo ..................................................................... 24
Imóveis são novo negócio dos herdeiros da Nadir ............................................................................ 25
Via Rápida facilita para empresários .............................................................................................. 27
MP apura poluição em lagoa em Americana .................................................................................... 28
Entrevista com Katia Penteado, secretária de meio ambiente do município ......................................... 29
Câmara discute melhorias e concessão dos cemitérios de São Carlos ................................................. 30
Secretaria da Habitação afirma que terreno no Jaguaré não está contaminado .................................... 31
Iniciada obra para conter erosão que ameaça casas em Vargem Grande do Sul .................................. 32
Ouvinte reclama de fábrica que solta fumaça a noite e dificulta respiração ......................................... 33
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 34
Rio fecha acordo e terá R$ 2,5 bilhões da cessão onerosa ................................................................ 34
Ação contra o ministro do Meio Ambiente foi protocolada no STF ....................................................... 36
Estados perderam R$ 14 bilhões com estatais em 2018 ................................................................... 37
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 40
Projetos dependem da floresta em pé para gerar lucro na Amazônia .................................................. 40
Painel - Bolsonaro escala aliados e tenta acordo com Congresso em projeto que pune abuso de autoridade ................................................................................................................................................. 42
Mônica Bérgamo - Eduardo Bolsonaro ainda não tem voto para aprovação em comissão do Senado ...... 44
ESTADÃO ................................................................................................................................... 46
Conpresp tomba 1ª estação de tratamento de água da cidade de SP ................................................. 46
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 47
TGN espera voltar a vender gás da Argentina ao Brasil .................................................................... 47
Produção maior de gás com pré-sal vai atrair investimento bilionário, segundo EPE ............................. 48
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Grupo de Comunicação
Alvo de críticas, Meio Ambiente tem orçamento 30% menor para 2020 .............................................. 50
Concessão de parques entra no PPI ............................................................................................... 51
Senado aprova PEC da cessão onerosa e repartição de recursos do pré-sal ......................................... 52
Relator de MP sobre agronegócio tira jabutis de texto ...................................................................... 53
Conflitos nas reformas de energia e saneamento ............................................................................. 54
Recorde da Petrobras marca tendência, dizem especialistas .............................................................. 56
Itaúsa está confiante na compra da Liquigás ................................................................................... 57
Concorrência em campo ............................................................................................................... 58
Com genes editados, plantas resistem a alta temperatura ................................................................ 60
Cultivo sustentável e orgânico avança ............................................................................................ 61
Pecuária busca mais produtividade ................................................................................................ 63
Restauração florestal pode ter retorno financeiro atraente ................................................................ 65
Desmatamento ameaça ganhos potenciais no mercado de carbono .................................................... 66
Agricultura necessita de sistemas integrados .................................................................................. 67
Agtechs atraem US$ 16,9 bi em 2018 ............................................................................................ 69
Ferramenta digital reduz até 20% dos custos .................................................................................. 70
Alimentação deve ter menos carne e seguir sazonalidade ................................................................. 71
Empresas precisam se modernizar e ganhar competitividade ............................................................ 72
Condomínios de agroenergia utilizam resíduos de granjas ................................................................ 74
Indústria florestal tem mais altos indicadores de produtividade do mundo .......................................... 76
Leilão deve forçar térmicas a buscar mais eficiência ......................................................................... 77
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Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP
Data: 04/09/2019
Zoológico de SP lança campanha com
meia-entrada para todos
‘Quarta-feira da Conservação’ promove
visitação e faz alerta sobre atitudes do dia a
dia que impactam a biodiversidade
A Fundação Parque Zoológico de São Paulo
promove desde 28 de agosto a Campanha
“Quarta-feira da Conservação”, que abordará
a importância dos zoológicos na conservação
das espécies e como a Fundação tem
contribuído efetivamente nesse sentido. A
campanha busca também gerar uma reflexão
sobre como as atitudes humanas podem
impactar, positiva ou negativamente, a
biodiversidade.
Como parte dessa ação, às quartas-feiras
todos os visitantes pagarão o ingresso de
meia-entrada (de R$ 40 por R$ 20), válido
somente para a visitação ao Zoológico de São
Paulo. A compra deve ser feita na bilheteria
principal. Para àqueles que já se beneficiam do
desconto de meia-entrada (estudantes,
idosos, entre outros), o valor permanece igual.
A campanha deve continuar até o final do mês
de dezembro e trará programação especial de
atividades educativas no parque sobre essa
temática, sempre às quartas-feiras. Cada mês
deste segundo semestre será dedicado a um
grupo de animais, com uma espécie
selecionada para representá-la.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/zool
ogico-de-sp-lanca-campanha-com-meia-
entrada-para-todos/
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Grupo de Comunicação
Veículo: Portal do Governo
Data: 04/09/2019
Sabesp inicia obra que levará água a bairro de Santo André
Serão beneficiadas cerca de 4 mil pessoas ao
final dos trabalhos, previstos para encerrar em
novembro deste ano
A Sabesp deu início à sua segunda obra para
melhorar a distribuição de água para a
população de Santo André, mais precisamente
no Parque América próximo à divisa com Rio
Grande da Serra. As obras vão beneficiar
cerca de 4 mil pessoas do bairro.
O trabalho vai pôr fim ao abastecimento que
atualmente é feito com caminhões-pipa ou de
forma irregular, levando água às torneiras das
casas e mais qualidade de vida para cada
morador. A obra será concluída até o final de
novembro de 2019, com investimento de R$
5,1 milhões.
Serão instalados os ramais para ligar os
imóveis à rede, o que representará um novo
momento na vida dos moradores. Ao deixar de
abastecer as caixas-d’água e demais
reservatórios com caminhões-pipa e passar a
receber água diretamente da Sabesp, a
população passa a dispor de um serviço de
mais qualidade, sem depender de horários dos
veículos que hoje fazem o transporte. As
famílias também terão hidrômetros em seus
imóveis e conta de água pelo consumo efetivo
e ainda como comprovante de residência.
Os trabalhos no Parque América marcam o
início da segunda obra da Sabesp em Santo
André, desde que a Companhia assinou o
contrato de prestação de serviço de água e
esgoto com a prefeitura em 31 de julho. Em
20 de agosto, a Sabesp já havia iniciado a
duplicação da adutora de 600 mm que
abastece o setor de Erasmo Assunção. Esse
empreendimento vai dar maior segurança
operacional de abastecimento ao município e
eliminar as ocorrências de falta d’água na
região e setor atendido pela reservação
Erasmo, com benefícios para 160 mil pessoas
e previsão de conclusão na segunda quinzena
de novembro.
Nesta terça-feira (3), a Companhia vai iniciar
os trabalhos de interligação da adutora de
1.500 mm no bairro Camilópolis, melhorando
o abastecimento de cerca de 240 mil pessoas
do município. Todas essas iniciativas fazem
parte do primeiro pacote de obras da Sabesp
para Santo André, com investimento de R$ 21
milhões.
Mais ações
Outras obras serão anunciadas em setembro,
obedecendo a um planejamento para encerrar
a falta d’água em Santo André até o final de
dezembro deste ano. A Companhia também
está inovando na identificação de todos os
seus empreendimentos na cidade: além das
informações sobre o trabalho em execução, as
placas nos canteiros de obras têm um QR
Code pelo qual o cidadão poderá utilizar o
celular para acessar um vídeo com mais
detalhes sobre a obra em questão.
O contrato da Sabesp com a prefeitura por 40
anos prevê investimento em Santo André de
cerca de R$ 917 milhões durante o período. O
município também vai receber da Companhia
recursos transferidos ao Fundo Municipal de
Saneamento (FMSA) num total de R$ 622
milhões, o que eleva o investimento para R$
1,539 bilhão.
A Sabesp também realizará obras que vão
elevar o tratamento de esgoto do Município
dos atuais 42% para 75% em três anos. Esse
trabalho vai melhorar as condições de
córregos como Guarará e Carapetuba, levando
mais qualidade de vida para a região. A
Sabesp prevê a redução de perdas de 45%
para 35% até 2022, economizando 2 bilhões
de litros de água, volume que equivale ao
abastecimento de 10 mil imóveis. O
investimento no combate a perdas será de R$
44 milhões.
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/sab
esp-inicia-obra-que-levara-agua-a-bairro-de-
santo-andre/
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Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Alto Tietê
Data: 04/09/2019
Salesópolis pede definição para inundações no Aterrado
http://cloud.boxnet.com.br/y3ne8vuo Voltar ao Sumário
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Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 04/09/2019
Estado atualizará mapa de áreas de risco da região por R$ 6,3 mi
O governo do Estado contraiu empréstimo
junto ao Bird (Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento) para
atualização do mapa de áreas de risco da
Região Metropolitana, que contempla o Grande
ABC. O serviço tem investimento na ordem de
R$ 6,3 milhões e deve ficar pronto em junho
de 2020. Ontem, Walter Nyakas Júnior,
secretário-chefe da Casa Militar e coordenador
da Defesa Civil do Estado, esteve no Consórcio
Intermunicipal para detalhar aos prefeitos o
plano de ação da pasta com relação ao tema.
O planejamento de áreas de risco da região é
de 2012, quando o colegiado contratou o IPT
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para
desenvolvimento de planos municipais de
redução de riscos. À ocasião, foram apontadas
630 moradias em situação vulnerável. Balanço
da instituição, de 2016, indicou que 87,8%
desse total foram removidos.
“Essa é uma ação preventiva. Haverá
integração de nosso centro de gerenciamento
de emergência, com centros aqui do Grande
ABC, para trazer maior fluidez nas
informações , principalmente nos alertas
meteorológicos e desenvolvimento”, disse
Nyakas, citando que o trabalho é executado
pelo Instituto Geológico, órgão ligado à
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado.
Vice-presidente do Consórcio Intermunicipal e
prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira
(PSB) enalteceu o investimento do Estado no
setor. “É muito importante para a região e
vamos torcer para que nada aconteça. Nossa
região tem sempre dois tipos (de desastres)
naturais muito recorrentes, as enchentes e os
deslizamentos. Todas as cidades têm um tipo
desses problemas. E o fato de o Instituto
Geológico estar refazendo os planos de todas
as cidade é a melhor notícia que nos deu.”
Nyakas também destacou planejamento de
treinamento de agentes da região para
encarar o período de chuvas. “A preocupação
nossa não é só atuar na resposta, mas nas
atividades preventivas. Elas vão desde
estruturações até o treinamento das defesas
civis. Agora nós estamos saindo do período de
estiagem e entrando num período de maior
incidência de chuvas. A Defesa Civil do Estado
começa a treinar todas as regiões com maior
ocorrência de Defesa Civil.” Neste ano, dez
pessoas morreram no Grande ABC devido às
enchentes e deslizamentos de terra.
DAEE
Após confirmar presença, o Daee
(Departamento de Águas e Energia Elétrica)
não compareceu à reunião no Consórcio
Intermunicipal na manhã de ontem, na qual
apresentaria detalhes das obras no Piscinão do
Jaboticabal aos prefeitos da região. O órgão
alegou que houve “desencontro das agendas”
e que já entrou em contato com o Consórcio
para reagendamento da reunião.
Vice do Consórcio minimiza ausência de Baldy
para explicar Linha 18
Vice-presidente do Consórcio Intermunicipal
do Grande ABC e prefeito de Ribeirão Pires,
Adler Kiko Teixeira (PSB) minimizou o fato de
o secretário dos Transportes Metropolitanos do
Estado, Alexandre Baldy, ignorar a região para
explicar a mudança na Linha 18-Bronze do
Metrô, que atenderia ao Grande ABC. O
secretário é aguardado no Consórcio desde o
início de agosto, quando estava prevista sua
presença para detalhar a troca de monotrilho
pelo BRT (sigla em inglês para sistema de
ônibus de alta velocidade) no ramal.
“Na verdade, ainda não (temos uma definição
sobre a vinda do Baldy). Ele tinha uma agenda
(no mês passado), mas não estava com as
informações todas naquele momento (sobre a
Linha 18). Mas ainda não teve nenhuma
confirmação”, disse Kiko.
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Grupo de Comunicação
Os prefeitos do Grande ABC aguardam a visita
de Baldy desde o momento em que o Palácio
dos Bandeirantes, sob o comando do
governador João Doria (PSDB), anunciou a
escolha do BRT para ligar a região à Capital.
O secretário prometeu que viria à região no
dia 6 de agosto, mas cancelou a reunião com
os prefeitos sob alegação de que iria para a
China em busca de investimentos. Uma
segunda reunião, marcada para o dia 13,
também foi cancelada sem que houvesse
justificativa desta vez.
No dia 19 de agosto, o secretário recebeu os
vereadores de frente parlamentar da região
em defesa da Linha 18. Na ocasião, Baldy não
apresentou novidades. Presidente da frente
parlamentar, o vereador por Santo André
Fábio Lopes (Cidadania), discorreu que o
encontro não foi proveitoso.
O Consórcio tem sustentado que ainda
aguarda Baldy no mês de setembro, se
baseando em declaração do próprio secretário.
https://www.dgabc.com.br/Noticia/3124325/e
stado-atualizara-mapa-de-areas-de-risco-da-
regiao-por-rs-6-3-mi
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Grupo de Comunicação
Veículo: Folha da Região
Data: 04/09/2019
Proposta quer proibir utilização de
cães de guarda por empresas de segurança
Matheus Almeida por Matheus Almeida
Câmara vota projetos de proteção e incentivo
à cultura na sessão de hoje
Proposta do Executivo de Birigui quer proibir a
utilização de cães de guarda por empresas de
segurança e vigilância patrimonial. A matéria
será apreciada na sessão desta terça-feira (3)
da Câmara Municipal.
Na justificativa, o prefeito Cristiano Salmeirão
(PTB) argumenta que, na maioria dos casos,
as empresas não possuem locais adequados
para a proteção dos animais, assim como
alimentação e cuidados com a higiene e
saúde, submetendo-os a maus-tratos e
praticando o abando quando já não estão
aptos às atividades.
Se aprovada a matéria, ficará proibida a
criação, aquisição e adoção de novos cães
para esses fins. A fiscalização deverá ser feita
pela Polícia Municipal.
O projeto prevê, ainda, multa de R$ 500 por
animal, em caso de descumprimento da
norma, tanto ao proprietário dos cães quanto
ao dono do imóvel vigiado. Em caso de
reincidência, o valor será dobrado e será
cobrado R$ 20,00 por cão que for recolhido ao
Canil Municipal. Os valores serão destinados
ao Fundo de Amparo e Proteção aos Animais.
Os infratores também deverão responder pela
Lei de Crimes Ambientes. Se constatados
maus-tratos, os cães serão colocados para
adoção.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Outros três projetos do Executivo preveem
ações ligadas ao meio ambiente. Um deles
institui o Programa Municipal de Educação
Ambiental (Promea), que visa à elaboração de
métodos e procedimentos permanentes para
ensinar aos munícipes valores e atitudes
sustentáveis.
A medida, conforme a Prefeitura, segue os
valores da lei de Política Municipal de
Educação Ambiental, estabelecida em 2007. O
objetivo é utilizar o projeto para auxiliar a
cidade a conquistar a certificação do
programa Município Verde Azul, do
governo do Estado de São Paulo.
Outro item relacionado ao meio ambiente é o
que cria o Programa de Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA), que incentiva os
proprietários rurais a promoverem ações
destinadas à preservação ambiental em suas
propriedades, por meio de convênio e
pagamento para mão de obra e maquinários.
A ideia, segundo o prefeito, é recuperar áreas
de afluentes e subafluentes de Birigui, como
as do Ribeirão Baixotes, Córrego Goulart e
Ribeirão Baguaçu. A proposta prioriza locais
com fluxo de águas ligado a nascentes ou
pontos de captação de água.
A matéria prevê que poderão ser utilizados
recursos do próprio município, de doações ao
Fundo Municipal de Meio Ambiente, do Fundo
Estadual de Recursos Hídricos, de acordos
judiciais e de parcerias com entidades federais
ou estaduais.
EROSÃO
Outra proposta do prefeito relacionada ao
meio ambiente é a que implementa o Plano
Municipal de Controle de Erosão, que cria
obrigações para aqueles que utilizarem ou
manusearem o solo agrícola e urbano.
RUA H
Após o adiamento em sessões anteriores,
volta ao plenário o projeto que prevê a
incorporação da Rua H, no Parque das
Árvores, ao loteamento. A área, de 159,86
metros quadrados, tem valor estimado de R$
64 mil.
De acordo com a proposta, a via está
localizada entre duas áreas e não possui
aproveitamento futuro nem a possibilidade de
prolongamento. Isso justificaria a alienação do
local junto aos lotes, corrigindo o traçado
urbano do município. O valor da área será
pago pelo proprietário do loteamento à
administração municipal.
FEMINICÍDIO
A única proposta que está na pauta da sessão
desta terça e não é de autoria do Executivo é
a que institui o Dia Municipal de Combate ao
Feminicídio em 25 de novembro, incluindo a
data no calendário oficial de eventos
municipais. O projeto é de autoria do vereador
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Grupo de Comunicação
José Roberto Merino Garcia, o Paquinha
(MDB).
http://www.folhadaregiao.com.br/2019/09/03
/proposta-quer-proibir-utilizacao-de-caes-de-
guarda-por-empresas-de-seguranca
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Grupo de Comunicação
Veículo: Metro Jornal
Data: 04/09/2019
Obras ao redor do Parque da Água Branca preocupam moradores
Moradores do entorno do Parque da Água
Branca, na zona oeste de São Paulo, tentam
evitar a construção de dois prédios de mais de
20 andares no bairro. A reportagem é da
Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (3).
Eles alertam que os empreendimentos vão
afetar o bioma, provocando o secamento de
nascentes, como já aconteceu no passado.
Em 2002, obras de um edifício causaram o
esvaziamento de um chafariz e centenas de
peixes morreram.
O engenheiro químico André Céspedes, da
Sociedade Amigos de Perdizes, vê o risco de
que o mesmo aconteça agora. As casas ao
redor do parque já foram demolidas e as obras
estão a ponto de começar.
O Parque da Água Branca é tombado pelo
Condephaat como patrimônio cultural,
histórico, arquitetônico, turístico, tecnológico e
paisagístico. O advogado Thiago Boverio
lembra que a área verde pode desaparecer em
meio aos novos prédios.
O Ministério Público entrou na discussão. No
fim de maio, a Promotoria de Habitação e
Urbanismo acatou a queixa dos moradores e
abriu investigação, pedindo esclarecimentos.
A prefeitura de São Paulo foi procurada pela
Rádio Bandeirantes, mas não respondeu. Já a
construtora Kallas, em nota, diz ter preenchido
todos os critérios legais, ambiental e
urbanístico, e que obteve aprovação em todos
os órgãos municipais.
https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/0
9/03/parque-agua-branca-obras.html
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Grupo de Comunicação
Veículo: Terra
Data: 03/09/2019
30º Encontro Técnico
AESabesp/Fenasan 2019 abre credenciamento para imprensa
Entre os dias 17 e 19 de setembro, o Expo
Center Norte, em São Paulo/SP, receberá uma
edição especial do maior evento de
saneamento e meio ambiente da América
Latina: o 30º Encontro Técnico
AESabesp/Fenasan 2019. O credenciamento
para jornalistas já está aberto e pode ser feito
neste link: https://bit.ly/2k0YpOC
30º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan:
painel debaterá os reflexos do saneamento e
poluentes ambientais na saúde
IT Forum X divulga valores das credenciais da
edição 2019
30º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2019
terá palestra especial com empreendedor do
Vale do Silício-EUA
As inscrições para o Congresso podem ser
feitas neste link:
https://www.fenasan.com.br/inscricao
O credenciamento gratuito para visitação à
Fenasan está aberto neste link:
https://www.fenasan.com.br/credenciamento
30º Encontro Técnico AESabesp (Congresso
Nacional de Saneamento) e a Fenasan (Feira
Nacional de Meio Ambiente) são promovidos
pela Associação dos Engenheiros da Sabesp -
AESabesp. Esta edição traz como tema central
"30 anos construindo o saneamento ambiental
sustentável".
Entre os destaques do Encontro Técnico,
estão: o Secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos
Penido, que fará a Palestra Magna de Abertura
do evento, no dia 17, às 10h, sobre o tema
"Perspectivas do Saneamento Ambiental no
Estado de São Paulo".
No dia 18, às 17h, acontecerá uma palestra
especial, com Luciano Bueno, empreendedor
do Vale do Silício, Califórnia, EUA. Ele fará
uma apresentação sobre o tema "Conexão
AESabesp Brasil - Vale de Silício EUA Inovação
e Desafios".
Já no dia 19, das 11h às 12h30, governo
federal e entidades debatem as "Perspectivas
do Marco Legal do Saneamento", atualmente,
um dos temas mais importantes do setor no
Brasil.
Para a programação completa, acesse:
https://www.fenasan.com.br/fenasan2019-
grade-17set
As inscrições para o Congresso podem ser
feitas neste link:
https://www.fenasan.com.br/inscricao
O credenciamento gratuito para visitação à
Fenasan está aberto neste link:
https://www.fenasan.com.br/credenciamento
Serviço
30º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan 2019
De 17 a 19 de setembro
Onde: no Pavilhão Branco do Expo Center
Norte - São Paulo - SP
Congresso: 9h às 18h | Feira: 13h às 20h
Para mais informações, acesse aqui:
https://www.fenasan.com.br/
Sobre a Fenasan e o Encontro Técnico
AESabesp
Promovida há 30 anos consecutivos pela
AESabesp, a Fenasan - Feira Nacional de
Saneamento e Meio Ambiente é hoje
consolidada e reconhecida como uma das mais
importantes feiras do setor de saneamento
realizadas no Brasil e no exterior. E em
caráter simultâneo com o Encontro Técnico da
AESabesp - Congresso Nacional de
Saneamento e Meio Ambiente é considerada
como o maior evento do setor na América
Latina.
Entre visitantes da Feira e congressistas do
Encontro/Congresso, o evento recebe em
torno de 20.000 pessoas em cada edição
anual. Seu público é formado por executivos,
técnicos, empresários, estudantes, gestores e
pesquisadores de órgãos públicos e privados,
acadêmicos e demais interessados no avanço
da aplicação dos conhecimentos em
saneamento ambiental, resultando numa das
visitações mais qualificadas das realizações do
setor.
A Fenasan tem como objetivos principais o
fomento e a difusão da tecnologia empregada
13
Grupo de Comunicação
no setor de saneamento ambiental, bem como
a troca de informações, a demonstração de
produtos e o desenvolvimento tecnológico de
sistemas empregados no tratamento e
abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem das águas pluviais,
análises laboratoriais, adução e abastecimento
e sistemas de coleta, e disposição final e
manejo de resíduos sólidos, reunindo os
principais fabricantes e fornecedores de
materiais e serviços para o setor de
saneamento e de segmentos correlatos.
As ações socioambientais também são
prioritárias na constituição desse evento. A
AESabesp é integrada ao MDL (Mecanismo do
Desenvolvimento Limpo), estipulado no
Tratado de Quioto, e incentiva a diminuição
dos impactos socioambientais, com um
programa próprio de neutralização de carbono.
A Associação promove diversas iniciativas
alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável estabelecidos pela ONU.
Sobre a AESabesp
A AESabesp (Associação dos Engenheiros da
Sabesp) é uma entidade fundada em 15 de
setembro de 1986 e nesses 32 anos de
existência tem reunido profissionais da Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo) e do setor de saneamento
ambiental, com atendimento voltado à sua
excelência, por meio da promoção de
incentivos (bolsas de estudos, cursos de
especialização e capacitação e demais eventos
culturais e sociais) e realização de grandes
eventos de fomento à tecnologia, como seus
tradicionais Congressos Técnicos e a Fenasan -
considerada a maior realização técnica-
mercadológica de América Latina.
https://www.terra.com.br/noticias/dino/30-
encontro-tecnico-aesabespfenasan-2019-abre-
credenciamento-para-
imprensa,56d143390f82aadcfc593badc210cb4
b3b8gttmz.html
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Grupo de Comunicação
Veículo: Gazeta da Semana
Data: 03/09/2019
Sabesp apoia o programa SP +Bonito
e entrega primeira praça revitalizada
O Governo do Estado de São Paulo entregou
neste sábado (31/08) a primeira área verde
revitalizada que integra o programa SP
+Bonito. O espaço, recuperado com o apoio
da Sabesp, é a praça Santos Coimbra, no
Morumbi, que recebeu serviços de limpeza e
jardinagem, restauração do playground,
plantio de 50 tipos de mudas, bicicletários e
bebedouros. O local terá rampas de
acessibilidade em toda a sua extensão.
Estiveram na inauguração o governador João
Doria, o prefeito Bruno Covas, secretário de
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido, a secretária da Pessoa com
Deficiência, Célia Leão, e o presidente da
Sabesp, Benedito Braga.
“O programa de recuperação urbana é muito
importante porque as pessoas frequentam as
praças, os parques, gostam dos canteiros bem
arrumados e com o programa SP + Bonito,
nós fazemos uma cidade mais bonita”, disse o
governador João Doria.
Por meio do programa, a Sabesp apoia a
recuperação de 70 áreas verdes na cidade de
São Paulo, dentre canteiros, rotatórias e
praças públicas. O objetivo é estimular o uso
dos espaços urbanos e o cuidado com o meio
ambiente. Na entrega da praça Santos
Coimbra ainda foram concedidos troféus às
empresas que aderiram ao SP + Bonito e vão
revitalizar áreas verdes. Também foi lançada a
cartilha com orientações jurídicas aos
municípios que buscam celebrar termos de
cooperação com a iniciativa privada.
"A Sabesp fica muito satisfeita em poder
colaborar com essa iniciativa no sentido de
oferecer a melhor qualidade de vida para a
população. Já cuidamos disso entregando
água de boa qualidade e coletando e tratando
o esgoto da cidade. E agora, queria agradecer
os outros agentes da iniciativa privada que se
juntaram a nós nesse trabalho que vai trazer
200 novas praças na Capital e também nas
cidades do interior", destacou o presidente
Benedito Braga, que recebeu do governador e
do prefeito uma homenagem representando a
todos que aderiram ao programa.
Ao todo 200 áreas serão recuperadas nesta
que é a primeira fase do programa. Além da
Sabesp, mais empresas participam desta ação
para devolver à população da Capital espaços
públicos conservados. Entre elas estão 2Press,
Artefacto, Barbacoa, BP - Beneficiência
Portuguesa, Breton, Celebration, Comgás,
Deep, Enorsul, Francis, Fujitsu, GMF, GPA-
Grupo Pão de Açúcar, Grape, Index, Jack
Vartanian, Kikos, Laager, Lilly Sarti, Localiza,
Magna Sistemas, Movida, Polishop, Raia
Drogasil, Rocca, Sascar, SulAmérica, Tata,
Tegra, Wone Capital.
"É uma satisfação podermos ver a beleza que
é essa praça. Não é uma vontade, é uma
realidade. Juntos, poder público motivando e
orientando, sociedade se engajando e os
patrocinadores somando, vamos cuidar desses
espaços e ter um Estado muito mais bonito"
destacou o secretário Penido.
O apoio da Sabesp à ação foi viabilizado por
meio de um projeto de comunicação da
Companhia voltado ao bem-estar do cidadão,
pois proporciona melhor aproveitamento dos
espaços públicos e mais qualidade de vida. A
iniciativa reflete o compromisso da Sabesp em
promover medidas para recuperação do meio
ambiente, visando à sustentabilidade urbana.
Foco no meio ambiente e na saúde das
pessoas
Por meio de programas em andamento para
regularização de ligações de esgoto e
implantação de redes de água em
comunidades carentes, além de investimentos
em obras do Projeto Tietê e agora com o Novo
Rio Pinheiros, a Sabesp cuida da natureza, de
rios e córregos e, acima de tudo, contribui
para a saúde da população. Segundo a
Organização Mundial de Saúde, cada R$ 1
investido em saneamento gera economia de
R$ 4 na saúde.
Desde 1992, mais de 10 milhões de paulistas
da Região Metropolitana de São Paulo
deixaram de conviver com esgoto porque
15
Grupo de Comunicação
passaram a ter coleta e tratamento. Até 2023,
a Sabesp planeja investir R$ 18 bilhões nas
cidades que atende, e a maior parte desses
recursos – R$ 11 bilhões – será destinada a
empreendimentos para ampliar o saneamento
básico.
Um dos alvos principais da Companhia será a
despoluição da bacia do Rio Pinheiros, que
será beneficiada por um programa amplo
capitaneado pelo Governo do Estado para
limpeza de córregos, controle de lixo, uso e
ocupação do solo, desassoreamento e
urbanização.
SP + Bonito
A cidade de São Paulo é a primeira a receber o
programa SP +Bonito, do governo estadual. A
iniciativa tem o objetivo de incentivar a
revitalização de áreas verdes. O programa
está sendo viabilizado com o apoio da
iniciativa privada e empresas, que serão
responsáveis por serviços de zeladoria urbana
como limpeza, poda, manutenção, inclusão de
mobiliários, adubação de canteiros, rotatórias,
jardins e praças.
Cartilha São Paulo +Bonito
Para orientar e estimular os municípios sobre
a formalização do Programa, a Secretaria de
Infraestrutura e Meio Ambiente em parceria
com a Secretaria de Desenvolvimento
Regional elaborou cartilha com regulamento e
modelo de termo de cooperação. A cartilha
confere orientação para a celebração de
termos de cooperação com a iniciativa privada
(pessoas físicas, jurídicas e entidades do
terceiro setor), tendo em vista a execução e a
manutenção de melhorias urbanas,
ambientais, paisagísticas e a conservação de
áreas municipais. O documento instrui sobre
os serviços a serem realizados, dos benefícios
e de suas responsabilidades.
https://gazetadasemana.com.br/noticia/21717
/sabesp-apoia-o-programa-sp-bonito-e-
entrega-primeira-praca-revitalizada
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: Página Rural e Portal Regional
Data: 04/09/2019
SP: público da ExpoVerde 2019
poderá conhecer único zoológico de insetos do Brasil, diz SAA
Secretaria de Agricultura, por meio do
Instituto Biológico, levará a modalidade
itinerante do Planeta Inseto ao evento, que
tem o tema sustentabilidade
Adamantina/SP
Os visitantes da 29ª Feira do Verde e
Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial
de Adamantina (ExpoVerde 2019) poderão
conhecer de perto como os insetos estão
presentes no dia a dia da população, por meio
da exposição Planeta Inseto, apresentada pela
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo no evento. A ExpoVerde
2019 acontece de 04 a 08 de setembro em
Adamantina, interior paulista. A entrada é
gratuita.
O Planeta Inseto, coordenado pelo Biológico
(IB-Apta), é o único zoológico de insetos do
Brasil e possui exposição permanente em São
Paulo, Capital. “O Planeta Inseto Itinerante
leva de forma lúdica e interativa informações
sobre como os insetos estão presentes do
cotidiano e sua importância para o ambiente,
produção de alimentos e saúde humana para o
público do interior e até mesmo de outros
estados brasileiros. O tema da ExpoVerde
2019 é sustentabilidade, que vai ao encontro
da proposta da exposição”, afirma Harumi
Hojo, pesquisadora do IB responsável pelo
Planeta Inseto.
A mostra do Instituto Biológico tem como
público-alvo crianças e adolescentes de três a
16 anos, mas recebe visitantes de todas as
idades. Durante as atividades, os visitantes
são acompanhados por monitores treinados e,
se quiserem, podem pegar alguns insetos
como a Barata de Madagascar e o bicho-pau,
por exemplo. É possível, até mesmo participar
de uma corrida de baratas, além de ver as
lagartas tecendo fios de seda e as formigas
trabalhando em um sistema organizado.
Em São Paulo, a exposição fica no Museu do
Instituto Biológico, no bairro da Vila Mariana –
localizado a cinco minutos da Avenida Paulista
e do Parque do Ibirapuera. O Planeta Inseto
conta com autorização de criação, manejo e
exposição de insetos emitida pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) e pela Secretaria
do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. É
ainda certificado pela norma ISO 9001:2008
para divulgação científica e cultural em
entomologia.
Fonte: Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo
(SAA/SP)
http://www.paginarural.com.br/noticia/27232
7/publico-da-expoverde-2019-podera-
conhecer-unico-zoologico-de-insetos-do-
brasil-diz-saa
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17
Grupo de Comunicação
Veículo1: Diário do Grande ABC
Data: 04/09/2019
Defesa Civil estadual anuncia revisão
do mapa das áreas de riscos no ABC
Assembleia mensal do Consórcio ABC teve
apresentação do coordenador estadual da
Defesa Civil, coronel Nyakas
Defesa Civil estadual anuncia revisão do
mapa das áreas de riscos no Grande ABC
Defesa Civil estadual anuncia revisão do mapa
das áreas de riscos no Grande ABC
Crédito: Divulgação/Consórcio ABC
O secretário-chefe da Casa Militar e
coordenador estadual da Defesa Civil, coronel
Walter Nyakas Júnior, informou nesta terça-
feira (3/9) aos prefeitos do Grande ABC que
haverá uma revisão, no próximo ano, dos
mapas das áreas de ricos nas sete cidades. O
anúncio ocorreu durante a assembleia mensal
do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
“A região, por meio do Instituto Geológico e
com financiamento do Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento, terá no
próximo ano todos os mapeamentos das
regiões de áreas de ricos serão todos revistos,
como uma ação preventiva”, afirmou Nyakas.
Em 2012, o Consórcio ABC contratou o
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para
desenvolvimento dos Planos Municipais de
Redução de Riscos (PMRRs) para Santo André,
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra e o
mapeamento de inundações e alagamentos
para São Caetano do Sul. Na ocasião, os
demais municípios da região já possuíam o
instrumento.
Para o vice-presidente do Consórcio ABC e
prefeito de Ribeirão Pires, Adler Teixeira -
Kiko, a revisão dos mapas das áreas de
contenção de riscos é muito importante para a
região, por se tratar de uma medida
preventiva. “Vivemos em uma região com
acidentes naturais comuns, que são enchentes
e deslizamentos. A prevenção é o melhor
caminho para evitar acidentes desses tipos”,
afirmou Kiko, que presidiu a reunião na
ausência, por um problema de saúde, do
presidente da entidade regional e prefeito de
Santo André, Paulo Serra.
Durante a reunião, Nyakas apresentou ainda
um balanço das ações preventivas,
assistenciais e reconstrutivas realizadas pela
Defesa Civil estadual, com o objetivo de evitar
ou minimizar os desastres naturais e
restabelecer a normalidade social. “A nossa
preocupação sempre é não trabalhar apenas
na resposta, mas também na prevenção. Esse
é um trabalho que passa por estruturação e
treinamento, entre outras ações.
Aproveitamos o momento, período de
estiagem, para treinar os agentes de regiões
com risco de acidentes durante o verão”,
explicou.
O vice-presidente do Consórcio ABC ressaltou
que a prestação de contas da Defesa Civil
estadual foi esclarecedora, apontando as
principais ações realizadas durante as fortes
chuvas que atingiram a região no primeiro
semestre. “Vivemos situação muito difícil por
conta das chuvas em março. O fato de o
representante maior da Defesa Civil no Estado
estar vindo no Consórcio ABC e apresentar as
ações que estão sendo feitas é muito
positivo”, afirmou Kiko.
https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/def
esa-civil-estadual-anuncia-revisao-mapa-
areas-riscos-abc-87945
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18
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos em Destaque/Folha
Metropolitana de Guarulho
Data: 04/09/2019
Cetesb não atende a convite da CEI da GRU Airport
A Comissão Especial de Investigação-CEI da
Câmara de Guarulhos que apura possíveis
irregularidades cometidas pela GRU Airport na
administração do aeroporto internacional
reuniu-se na manhã desta terça-feira (3) na
expectativa de saber oficialmente da Cetesb
se a empresa tem o alvará de funcionamento.
A espera foi em vão, pois nenhum
representante do órgão estadual compareceu.
“Isto é uma falta de respeito da Cetesb para
com esta Comissão”, afirmou o presidente da
CEI, João Dárcio Ribamar Sacchi (Podemos).
“O convite foi feito há quinze dias e não houve
sequer uma resposta”, acrescentou o
parlamentar. Eduardo Carneiro (PSB)
concordou com o colega: “É uma situação
muito séria, se não há licença para
funcionamento, não pode haver operações no
aeroporto”.
Também estiveram no encontro os vereadores
Geraldo Celestino (PSDB), Luis da Sede
(PRTB), Acácio Portella (PP), Jorge Tadeu
(MDB) e Dr. Laércio Sandes (DEM). Por
unanimidade, os vereadores concordaram em
dar mais uma semana de prazo e esperar que
na próxima reunião alguém da Cetesb
compareça ou, no mínimo, dê uma resposta
sobre a existência do alvará. “Vamos consultar
ainda a Prefeitura para saber sobre este
documento”, adiantou João Dárcio.
http://guarulhosemdestaque.com.br/2019/09/
03/cetesb-nao-atende-a-convite-da-cei-da-
gru-airport/
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19
Grupo de Comunicação
Veículo: Destak
Data: 04/09/2019
Defesa Civil fará revisão do mapa de áreas de riscos do ABC
O secretário-chefe da Casa Militar e
coordenador da Defesa Civil do Estado de São
Paulo, coronel Walter Nyakas Júnior, informou
ontem aos prefeitos do ABC que haverá uma
revisão, no próximo ano, dos mapas das áreas
de ricos nas sete cidades. 'A região, por meio
do Instituto Geológico e com financiamento do
Banco Internacional para Reconstrução e
Desenvolvimento, terá no próximo ano todos
os mapeamentos revistos, como ação
preventiva', disse Nyakas. O DAEE
(Departamento de Águas e Energia Elétrica),
informou ontem também que as obras do
Piscinão Jaboticabal, devem começar em
janeiro de 2020.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=30544904&e=577
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20
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 04/09/2019
Daee falta em reunião no Consórcio
Intermunicipal
Órgão estadual havia prometido detalhar
projeto do piscinão Jaboticabal para prefeitos
do Grande ABC
Daniel Tossato
Após confirmar presença, o Daee
(Departamento de Águas e Energia Elétrica)
não compareceu à reunião no Consórcio
Intermunicipal do Grande ABC na manhã
desta terça-feira, na qual apresentaria
detalhes das obras no piscinão do Jaboticabal
aos prefeitos da região. Segundo o vice-
presidente da entidade, o prefeito de Ribeirão
Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), a autarquia
estadual participou de evento na Assembleia
Legislativa, na Capital.
O Daee enviou documento à entidade
afirmando que o empreendimento foi
apresentado à Caixa e enquadrado no Finisa
(Financiamento à Infraestrutura e ao
Saneamento). Segundo o documento, o
governador do Estado de São Paulo, João
Doria, (PSDB), encaminhou projeto de lei à
Assembleia solicitando aprovação de
empréstimo de R$ 300 milhões junto a
instituições de crédito nacionais e
internacionais. O custo total da obra será de
R$ 315 milhões, sendo R$ 300 milhões da
Caixa e R$ 15 milhões de dotações
orçamentárias do Estado de São Paulo.
O documento também aponta o período de
obras – 18 meses – com início previsto para
janeiro de 2020.
Promessa de João Doria em março, após
morte de dez pessoas na região devido às
chuvas no Grande ABC naquele mês, o
governador afirmou que custearia as
desapropriações na área onde deverá ser
construído o piscinão. No documento enviado
pelo Daee, a instituição diz que R$ 125
milhões serão utilizados para desapropriar
sete áreas.
Na reunião do Consórcio compareceram o
prefeito de São Bernardo, Orlando Morando
(PSDB), o chefe do Executivo de Diadema,
Lauro Michels (PV) e o vice-prefeito de Santo
André, Luiz Zacarias (PTB), além de Kiko.
https://www.dgabc.com.br/Noticia/3124074/d
aee-falta-em-reuniao-no-consorcio-
intermunicipal
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: Repórter Diário/Metro ABC
Data: 04/09/2019
Obra do piscinão Jaboticabal começa
em janeiro, relata DAEE
Integrantes do DAEE (Departamento de
Águas e Energia Elétrica) protocolaram no
Consórcio Intermunicipal Grande ABC nesta
terça-feira (3), os detalhes sobre a obra do
piscinão Jaboticabal, na divisa entre São
Caetano e a Capital. Serão investidos R$ 315
milhões na intervenção que começará em
janeiro. Ainda há necessidades de aprovação
da proposta na Assembleia Legislativa (Alesp).
De todo o investimento R$ 300 milhões são
oriundos de um empréstimo com a Caixa
Econômica Federal, a partir do programa
Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao
Saneamento). O restante dos cofres públicos.
Com a aprovação dos deputados estaduais, a
ideia do Governo do Estado é entregar a obra
até junho de 2021.
Em uma área de 167 mil metros quadrados, o
local terá capacidade de acumular 500 mil
metros cúbicos de água, assim se
transformando no maior piscinão do Brasil. A
obra tem como objetivo acabar com boa parte
das enchentes na bacia do Tamanduateí,
beneficiando os bairros do Rudge Ramos, em
São Bernardo; São José, em São Caetano;
Santa Terezinha e Utinga, em Santo André, e
a região do Paço de Mauá.
Por causa de projetos em pauta no Legislativo
paulista, os técnicos do DAEE não
participaram da assembleia de prefeitos do
Consórcio Intermunicipal Grande ABC, algo
que acontecerá em outubro.
Outros pontos
Apesar de ser considerado um sonho, o
prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV),
considera que outros investimentos do Estado,
além do Jaboticabal, poderiam ajudar vários
municípios da região. “O piscinão Jaboticabal é
um sonho da região, mas antes do piscinão
Jaboticabal o mais rápido para ser feito até
esse piscinão começar é ajudar os municípios
nas desassoreações dos córregos, pois em
Diadema não foi desassoreado nenhum
córrego pelo Estado e nem o principal que
deságua nos piscinões”, afirmou.
O verde reclama sobre a tentativa dos
municípios fazer tal intervenção, mas que são
impedidos pelos órgãos estaduais. “É
necessário que o Estado dê o suporte mínimo
aos municípios ou nos autorize a fazer as
coisas que ele não faz, porque sempre é uma
burocracia quando você quer limpar um
córrego e na hora que você vai limpar um
córrego vem Emae, vem DAEE, vem Cetesb,
vem o diabo a quatro para te encher o saco.
Agora quando é para eles fazerem o que tem
que fazer aí entra o papel do prefeito”,
completou.
Defesa Civil
Os prefeitos da região se reuniram com os
integrantes da Defesa Civil na região e com o
secretário-chefe da Casa Militar e coordenador
da Defesa Civil no Estado, coronel Walter
Nyakas Júnior, que apresentou um resumo
dos investimentos feitos na região e o
planejamento feito durante a época de
estiagem para preparar as equipes para o
período de chuvas.
A organização aguarda os investimentos do
BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento), a partir do Instituto
Geológico do Estado para revisar todo o
mapeamento de áreas de risco na região, algo
que não é feito a cerca de cinco anos.
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/272
0255/obra-do-piscinao-jaboticabal-comeca-
em-janeiro-relata-daee/
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22
Grupo de Comunicação
Veículo: SPTV 1
Data: 04/09/2019
Entulho em margem de rio de Jandira
é investigado pela polícia
https://globoplay.globo.com/v/7893123/
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23
Grupo de Comunicação
Veículo: Paulínia Online
Data: 04/09/2019
Prefeitura inicia processo licitação
para construção da ponte sobre Rio Atibaia
O prefeito de Paulínia assinou na tarde desta
sexta-feira (30) a autorização para abertura
do processo licitatório para construção da
ponte sobre o Rio Atibaia, com valor estimado
em R$ 60 milhões e com prazo de execução
de dois a três anos. Desde maio, o secretário
municipal de Obras, Leonardo Torres, esteve
empenhado em despachar os processos e
estudos no sentido de viabilizar a ponte, uma
das maiores reivindicações da população há
anos.
A ponte vai ligar a Avenida do Trabalhador, no
Monte Alegre, à Avenida Paulista, no Jardim
Planalto, com o objetivo de desafogar o
trânsito caótico, principalmente em horário de
pico, no acesso aos bairros do outro lado da
ponte. “Hoje é um dos dias mais importantes
na minha trajetória como prefeito. Moro do
outro lado, sei o que os moradores passam
diariamente, ouço esse pedido por toda a
parte. Muitos políticos prometem, mas nós
fazemos”, diz o prefeito emocionado.
Os estudos técnicos realizados dão conta de
que a ponte terá 250 metros de extensão,
deles 120 metros será de ponte estaiada –
modelo necessário para obtenção de licenças
ambientais, para preservar a fauna e flora da
região do Rio Atibaia. “Construir a ponte é um
grande desafio. Sabemos dos anseios da
população e é ume honra fazer parte desse
processo que vai realizar esse sonho, oferecer
qualidade de vida aos paulinenses e deixar um
legado para o futuro”, reforça Torres, sobre o
documento protocolado com o Nº
2019000020957.
Dentro dos próximos dias haverá a publicação
do edital de licitação e as empresas
interessadas em realizar a obra deverão se
cadastrar no site da prefeitura para que
possam participar do certame. Na terça-feira
(3) deverá ser protocolado junto à CETESB
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo) o licenciamento ambiental da obra,
sendo que grande parte dos estudos
necessários já foram realizados, o que trará
agilidade ao processo.
https://pauliniaonline.blogspot.com/2019/09/
prefeitura-inicia-processo-licitacao.html
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24
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 São Carlos e região
Data: 18/07/2019
Barueri realiza campanha sobre
contaminação do solo
Osvaldo De Souza
Tendo em vista as propostas elencadas pelo
Programa Município VerdeAzul e pela
Agenda 2030 da ONU, a Secretaria de
Recursos Naturais e Meio Ambiente de Barueri
(Sema) realiza ações sobre solos
contaminados no município. Entre as principais
causas de contaminação nas cidades estão os
vazamentos provenientes de postos de
combustíveis. O papel de Barueri é realizar
campanhas de orientação e prevenção, ficando
a cargo do Estado, através da Cetesb, sua
fiscalização e autuação.
A contaminação, além de atingir o solo, pode
chegar até os lençóis freáticos (reservatórios
de água que ficam debaixo da terra). Após
serem contaminados, os lençóis freáticos não
podem ser mais utilizados, principalmente
para consumo através de poços artesianos.
Os poços servem para pessoas que não são
atendidas por companhias de abastecimento e
são também utilizados como medida
preventiva, tendo em vista a queda no nível
dos reservatórios de água.
A Secretaria de Meio Ambiente desenvolveu
materiais impressos para serem distribuídos
próximo aos postos de abastecimento. O
objetivo é orientar e alertar os munícipes
sobre os riscos que esta atividade pode
acarretar.
“A Secretaria desenvolve ações de
planejamento, licenciamento, fiscalização e
também de educação ambiental, zelando pela
gestão dos recursos naturais de Barueri e
promovendo a sustentabilidade, com foco no
equilíbrio e na qualidade de vida no meio
urbano”, ressalta o secretário Marco Antônio
de Oliveira (Bidu).
https://www.jornalrealidade.com.br/cidades/b
arueri-realiza-campanha-sobre-contaminacao-
do-solo/
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: Valor Econômico
Data: 04/09/2019
Imóveis são novo negócio dos
herdeiros da Nadir
Na área onde por mais de 80 anos funcionou a
fábrica fundada pelos irmãos Nadir e Morvan
Dias de Figueiredo há apenas vestígios do que
antes eram os armazéns. A Nadir Figueiredo
saiu da Vila Maria, bairro na zona norte de São
Paulo, em 2013. Em fevereiro daquele ano, o
último forno foi desligado e a produção de
peças como o icônico copo americano foi
transferida para Suzano, na Grande São Paulo.
Por um vão em um dos portões, ainda hoje é
possível ler numa placa: "Seja bem-vindo a
esta empresa, onde o nosso compromisso com
a qualidade inclui você!"
A venda desse terreno, e de outros menores
também na região, passará a ser o principal
negócio dos herdeiros de Nadir e Morvan
agora que o controle da companhia centenária
foi assumido pela gestora americana H.I.G.
Capital. A conclusão da venda foi anunciada
na noite de segunda-feira pela Nadir
Figueiredo e na manhã de ontem pela gestora.
Os imóveis que pertencem à terceira geração
da família somam quase 118 mil metros
quadrados, equivalentes a 16 campos de
futebol, com valor de mercado de, pelo
menos, R$ 188 milhões, segundo fontes
ouvidas pelo Valor.
Às margens da Marginal do rio Tietê, a área
principal tem quase 87 mil metros quadrados
e é vizinha de um hipermercado e de lojas de
material de construção. Cada metro quadrado
do terreno vale, ao menos, R$ 1,6 mil,
segundo especialistas do setor imobiliário.
Em julho, quando foi anunciado que a H.I.G.
Capital pagaria R$ 836,2 milhões pela
fabricante de utensílios domésticos, a
administração da Nadir Figueiredo informou
que, antes da venda ser concluída, faria a
cisão parcial dos negócios, com a separação
de ativos não relacionados à atividade
principal. A proposta foi aprovada por
acionistas no dia 31 de julho.
Desde então, os terrenos passaram a ser
propriedade de uma nova empresa chamada
de Caaci Imobiliária, da família Figueiredo,
que se dedicará à compra, venda, permuta,
administração e locação de bens imóveis. A
gestora H.I.G. ficará com o negócio de
utensílios de vidros e não terá relação com os
imóveis, segundo Fernando Marques Oliveira,
presidente do H.I.G. Capital para o Brasil e a
América Latina.
Os herdeiros tentam se desfazer dos ativos há
tempos. Em 2012, os acionistas aprovaram a
venda dos imóveis ou a realização de uma
parceria para a construção de um
empreendimento imobiliário. A família, no
entanto, nunca chegou a um acordo com
compradores. Procurada, a família não
comentou.
Segundo uma pessoa que negociou a compra
dos terrenos há dois anos, o acordo não foi
fechado porque um dos herdeiros queria que o
pagamento fosse feito em dinheiro. Em
negócios desse tipo, no entanto, é mais
comum que seja oferecida algum tipo de
compensação financeira, como o recebimento
de parte do valor geral de vendas de um
empreendimento imobiliário.
Na época, a família começou a oferecer o ativo
por R$ 2,5 mil o metro quadrado, mas reduziu
o preço a R$ 1,8 mil, disse a mesma pessoa.
As propostas de pelo menos quatro empresas
já passaram pela mesa de negociação da
Nadir nos últimos anos, apurou o Valor. Uma
delas foi a da BR Malls que, em 2016, quase
fechou um acordo para a construção de um
shopping no maior dos terrenos.
Além das exigências dos herdeiros, outro fator
que atrapalhou a venda nos últimos anos foi a
contaminação do local, segundo pessoas
familiarizadas com o assunto. O terreno é
classificado atualmente pela Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb)
como "contaminado em processo de
reutilização". Isso significa que no local "se
pretende estabelecer um novo uso do solo,
com a eliminação, ou a redução a níveis
aceitáveis, dos riscos aos bens a proteger,
decorrentes da contaminação", conforme a
definição da agência.
No relatório mais recente da Cetesb, de
dezembro de 2018, consta que os donos já
tomaram algumas medidas para remover
materiais como metais e combustíveis
automotivos. Na próxima etapa do processo,
que não tem prazo para ser finalizado, a área
será monitorada para que seja verificado se os
níveis dos materiais contaminantes são
aceitáveis.
26
Grupo de Comunicação
Resolvida a questão da contaminação, há
outro fator que pode ser um entrave para a
venda. Pelos parâmetros de ocupação da Lei
de Zoneamento de São Paulo, a área em que
o principal terreno está localizado pode abrigar
construções de até 28 metros de altura - o
que limitaria os possíveis usos do espaço. A
saída, segundo especialistas do mercado
imobiliário, é a venda para construtoras que
desenvolvam ali projetos de habitação popular
ou para logística. (Colaboraram Alexandre
Melo, Adriana Mattos e Chiara Quintão)
https://www.valor.com.br/empresas/6420183
/imoveis-sao-novo-negocio-dos-herdeiros-da-
nadir
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo dia Americana
Data: 04/09/2019
Via Rápida facilita para empresários
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28
Grupo de Comunicação
Veículo: Todo Dia Americana
Data: 04/09/2019
MP apura poluição em lagoa em
Americana
http://cloud.boxnet.com.br/y2vlftfk
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29
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio Líder
Data: 04/09/2019
Entrevista com Katia Penteado, secretária de meio ambiente do município
http://cloud.boxnet.com.br/yxrwhryt
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30
Grupo de Comunicação
Veículo: Rádio POP FM São Carlos
Data: 04/09/2019
Câmara discute melhorias e
concessão dos cemitérios de São Carlos
http://cloud.boxnet.com.br/y4tftdrg
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Folha Noroeste
Data: 04/09/2019
Secretaria da Habitação afirma que
terreno no Jaguaré não está contaminado
http://cloud.boxnet.com.br/y6zvyjfb
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: O Município
Data: 04/09/2019
Iniciada obra para conter erosão que ameaça casas em Vargem Grande do
Sul
Teve início em Vargem Grande do Sul a obra
que visa conter o grave processo de erosão
que ocorre nas proximidades das Cohabs V e
VI. A voçoroca surgiu em 2012, com a
construção das casas populares, causada por
um problema no sistema de escoamento da
água da chuva. Com o passar do tempo a
cratera foi tomando grandes proporções.
Para se ter ideia, em uma medição realizada
em 2018, a fenda possuía mais de 150 metros
de extensão, 50 metros de largura e cerca de
25 metros de profundidade, gerando temor
entre os moradores das redondezas.
Tamanho problema fez com que o Ministério
Público movesse uma ação contra a Prefeitura
de Vargem Grande do Sul, para que o
município recupere a área e refaça o sistema
de escoamento de água. Diante disso, a
administração vargengrandense vem buscado
ajuda entre autoridades estaduais de vários
seguimentos.
Na última semana, o Poder Executivo anunciou
que foi iniciada a obra para a canalização das
águas do local. A ação será realizada pela
empresa BMC Engenharia e Construção Ltda,
que foi contratada através de processo
licitatório realizado pela Secretaria de
Saneamento e Recursos Hídricos por meio do
Departamento de Águas e Energia Elétrica do
Estado de São Paulo (DAEE). Segundo a
Prefeitura, esta primeira etapa está orçada no
valor de R$ 1.425.977,82.
PROBLEMA SÉRIO
Devido às águas das chuvas concentradas
naquele ponto por falta de um sistema de
micro-drenagem, a voçoroca foi avançando ao
longo dos anos e ganhando grandes
proporções.
Em 2015, o problema chegou ao seu ápice, o
que levou o Departamento de Agricultura e
Meio Ambiente e a Defesa Civil a solicitarem
ao Instituto de Geociências e à Defesa Civil do
Estado de São Paulo que realizassem a vistoria
da área. Na época foi providenciado um laudo
indicando as providências que a prefeitura
deveria tomar e o local foi interditado.
Em janeiro de 2017, a administração iniciou a
limpeza em volta da área e colocou cerca de
50 placas que alertam sobre o perigo de se
aproximar do local. Posteriormente, o prefeito
Amarildo Duzi Moraes esteve reunido com o
então secretário de Recursos Hídricos,
Benedito Braga, para tratar sobre a voçoroca.
Na ocasião foi apresentada toda a extensão da
erosão no município e as dificuldades
financeiras que o município possui para
resolver este problema, uma vez que a cratera
tem grande dimensão e coloca várias casas
em risco. O DAEE enviou uma equipe até
Vargem para analisar a situação e estudar o
que poderia ser feito para resolver o
problema.
A partir daí, várias reuniões ocorreram para
discutir o projeto de recuperação do local, até
que o secretário Ricardo Daruiz Borsari – que
estava à frente da Secretaria de Recursos
Hídricos –, e a equipe do Departamento de
Águas e Energia Elétrica do Estado de São
Paulo estiveram no gabinete do prefeito
Amarildo para tratar do assunto. Após
discutirem o projeto, eles visitaram o local e o
secretário anunciou que iria ser contratada
empresa para primeira etapa da obra que visa
a contenção da erosão.
http://www.omunicipio.jor.br/wordpress/2019
/09/03/iniciada-obra-para-conter-erosao-que-
ameaca-casas-em-vargem-grande-do-sul/
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33
Grupo de Comunicação
Ouvinte reclama de fábrica que solta
fumaça a noite e dificulta respiração
https://visualizacao.boxnet.com.br/?t=00812955D0A5FF01A9915D2EEB9B0BF50200000060A3B868B4FBDCD6B83E6B16933391A75B24120A4230EB9AE0188C44679E0A5466EEBDEE0D019F843ADBC678658523005289C674F34EC4657A42A7C9BD1B20351F6BD1FDF030CEBD0A02CC3CDC4563CD
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34
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: O Globo
Data: 04/09/2019
Rio fecha acordo e terá R$ 2,5 bilhões da cessão onerosa
Texto precisa ser aprovado em dois turnos
BRASÍLIA — O plenário do Senado aprovou,
nesta terça-feira, a proposta que permite a
distribuição de recursos de um megaleilão de
petróleo para estados e municípios. Um acordo
fechado durante a tarde permitiu ao governo
do estado do Rio receber R$ 2,5 bilhões com a
licitação. Os municípios fluminenses, juntos,
receberão R$ 332 milhões. O texto foi
aprovado por unanimidade em dois turnos e
segue agora para análise da Câmara dos
Deputados.
O acordo foi costurado durante a reunião de
líderes do Senado, na tarde desta terça-feira,
e anunciado pelo presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AL). Uma emenda
apresentada pelo senadores do Rio — Flávio
Bolsonaro (PSL), Romário (Podemos) e Arolde
de Oliveira (PSC) — modificou a distribuição
do dinheiro.
Megaleilão : Estados e municípios usarão
dinheiro para cobrir rombo da Previdência
O governo estima arrecadar R$ 106,5 bilhões
com a iniciativa . Deste valor, serão
descontados R$ 33,6 bilhões, pagos à
Petrobras pela renegociação de um contrato —
chamado de cessão onerosa — sobre
exploração de campos de petróleo. A partir
daí, 3% ficará para o Rio porque o leilão de
novembro irá ofertar blocos de exploração de
petróleo na costa fluminense. Por isso, o
estado ficará com R$ 2,18 bilhões do novo
critério mais R$ 326 milhões do critério
anterior, somando R$ 2,5 bilhões.
Descontada a parte da Petrobras, R$ 21,8
bilhões serão divididos entre todos os estados
e municípios. O montante será repartido pelos
mesmos critérios utilizados para os Fundos de
Participação dos Estados (FPE) e de
Participação dos Municípios (FPM). Esses
fundos privilegiam locais menos desenvolvidos
e com menor renda familiar per capita. Por
isso, caso fosse mantida apenas essa divisão,
o Rio seria prejudicado.
Megaleilão : Estados produtores de petróleo
ficarão com menos dinheiro
O governo federal ficará com R$ 48,8 bilhões,
dinheiro que será usado para diminuir o rombo
das contas públicas. Uma articulação
conduzida pelo presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), deputados e senadores do Rio
possibilitou a mudança dos critérios sem
prejudicar outros estados. Os municípios do
Rio dividirão R$ 332,1 milhões.
Partilha: Governo pretende redistribuir R$ 500
bi a estados e municípios em 15 anos
É preciso alterar a Constituição para repassar
o dinheiro para os governos regionais por
conta do teto de gastos. Essa regra limita as
despesas da União. O pagamento à Petrobras
e aos governadores e prefeitos será contado
como uma despesa do governo federal. Por
isso, para não descumprir a regra, será
preciso criar uma exceção no teto de gastos.
A equipe econômica só quer fazer o leilão
depois da aprovação da PEC no Congresso por
conta da necessidade de repassar os valores
para a Petrobras. Por isso, a avaliação é que,
se a proposta demorar para ser votada, a
licitação também deve atrasar. O governo já
não tem o dinheiro da cessão onerosa nas
suas previsões de receita para este ano.
Petrobras: Petroleiras e fundos de
investimento disputam compra de refinarias
A PEC é um dos principais pontos da reforma
do pacto federativo. Ela chegou a entrar na
pauta do plenário na semana passada, mas a
sessão de votações do Senado foi cancelada
devido ao prolongamento da reunião do
Congresso Nacional.
No contrato da cessão onerosa, a Petrobras
obteve em 2010 o direito de explorar até cinco
bilhões de barris de petróleo por contratação
direta, sem licitação. Em troca, a empresa
antecipou o pagamento de R$ 74,8 bilhões ao
governo.
Depois, foi descoberto um volume maior de
petróleo na região. É esse excedente que será
leiloado. A Petrobras vai receber cerca de R$
30 bilhões porque as condições do mercado,
como o preço do barril de petróleo, mudaram
nove anos depois.
35
Grupo de Comunicação
Márcio Félix: Secretário de Petróleo e Gás
deixa o governo Bolsonaro
Além da discussão no Senado, a divisão de
recursos do pré-sal também está em jogo no
Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte
marcou para novembro o julgamento de um
processo que trata da divisão dos royalties
arrecadados com a exploração de petróleo.
Liminar (decisão provisória) da ministra
Cármen Lúcia suspendeu a eficácia de uma lei
de 2012 que tirou recursos de estados
produtores. A decisão será avaliada pelo
plenário do Supremo.
https://oglobo.globo.com/economia/rio-fecha-
acordo-tera-25-bilhoes-da-cessao-onerosa-
23924629
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36
Grupo de Comunicação
Veículo: Último Segundo
Data: 04/09/2019
Ação contra o ministro do Meio Ambiente
foi protocolada no STF n
Fachin pede que Dodge se manifeste em até
dez dias sobre impeachment de Salles
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),
Edson Fachin, pediu que a procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, se manifeste em
até dez dias sobre o pedido de impeachment
do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
(Novo). A informação publicada pela jornalista
Mônica Bergamo em sua coluna no jornal
Folha de S.Paulo .
A ação contra Salles foi protocolada no STF no
dia 22 de agosto pelos parlamentares da Rede
Sustentabilidade, Fabiano Contarato (ES) e
Randolfe Rodrigues (AP) e Joenia Wapichana
(RR). Entre outras justificativas, eles dizem
que o ministro descumpriu o "dever
constitucional de proteção ao meio ambiente e
dos compromissos internacionais assumidos
pelo Brasil".
No pedido, os parlamentares dizem que
"estatísticas de todas as fontes –
governamentais e não governamentais –
indicam retrocessos significativos nos
indicadores ambientais no período sob a
gestão do atual ministro do Meio Ambiente ".
"Resta evidente a relação de causalidade entre
a omissão intencional da pasta ambiental e a
irreversível degradação desse bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, para a presente e futuras gerações. A
despeito do cenário desolador, o Ministro
determinou o corte de 24% no orçamento do
IBAMA, o que tem afetado diretamente as
ações de fiscalização", cita o pedido.
Na peça, os senadores citam ainda como
crime de responsabilidade: "conduta
incompatível com o a dignidade, honra e
decoro do cargo". "O primeiro fato a ser
apontado como crime de responsabilidade foi
a exoneração do servidor José Olímpio
Augusto Morelli, responsável pela lavratura do
auto de infração ambiental cometido pelo
então Deputado Federal e atual Presidente da
República, Jair Bolsonaro", dizem os
parlamentares.
Em março, o Ibama exonerou Morelli. Ele
havia multado Bolsonaro em R$ 10 mil, em
2012, depois de ser flagrado na Estação
Ecológica de Tamoios, área protegida que não
permite a presença humana, em Angra dos
Reis.
A peça contra Salles é assinada pelos
senadores Randolfe Rodrigues (AP) e Fabiano
Contarato (ES) e a deputada Joenia
Wapichana (RR). Segundo eles, o pedido de
impeachment de um ministro ao Supremo é
inédito. Na peça, eles dizem que a
Constituição de 1988 deu "competência para
julgamento de crimes de responsabilidade de
ministros de Estado passou a ser também do
Supremo".
https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2019
-09-03/fachin-pede-que-dodge-se-manifeste-
em-ate-dez-dias-sobre-impeachment-de-
salles.html
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37
Grupo de Comunicação
Veículo: O Globo
Data: 04/09/2019
Estados perderam R$ 14 bilhões com
estatais em 2018
Ano passado, governos locais repassaram R$
16,1 bi a empresas públicas, mas receberam
apenas R$ 2,2 bi
RIO - Os estados tiveram prejuízos de cerca
de R$ 14 bilhões no ano passado com
empresas estatais estaduais. Em 2018, os
governos locais repassaram R$ 16,1 bilhões a
empresas públicas, entre reforço de capital e
subvenções, mas receberam apenas R$ 2,2
bilhões em dividendos.
Gastos : Estatais como Telebras e Correios
podem dificultar teto de gastos
A conta evidencia a dependência de recursos
públicos de boa parte destas empresas. Os
dados constam de levantamento divulgado
pelo Tesouro Nacional sobre estatais e mostra
que os repasses representaram mais de sete
vezes o valor que os governos receberam de
volta.
— Na penúria em que os estados estão, não
faz sentido ter mais uma atividade para
bancar o que não seja a missão maior dos
governos: custear segurança pública, saúde e
educação. São empresas que têm produção
voltada para o mercado e deveriam dar lucro
ou, no mínimo, empatar — afirma Margarida
Gutierrez, professora do Instituto de Economia
da UFRJ e Coppead, que ressalta que o gasto
só se justifica se for de uso coletivo, caso
contrário a sociedade fica prejudicada.
Controle : Aperto nas contas do governo leva
a cortes até no cafezinho
Nessa conta do Tesouro, R$ 11,4 bilhões
foram reforço de capital e R$ 4,7 bilhões de
subvenções.
Do total de estatais analisadas, 43,4% tiveram
prejuízo em 2018 e somente três estados
receberam mais recursos do que injetaram em
empresas: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do
Sul e Sergipe.
Segundo o economista Raul Velloso,
especialista em contas públicas, o caminho
natural seria privatizar, fechar ou passar para
administração direta:
Crise: Enxugamento das estatais leva à queda
de investimentos das empresas públicas
— As maiores empresas estão em Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Rio e São Paulo,
principalmente na área de água e
saneamento. São empresas que estão com
problemas, em busca de rumo. Elas podem
inclusive ser vistas como alternativa de receita
patrimonial, com a privatização, para resolver
alguns problemas da administração direta,
onde deve estar o foco do ajuste fiscal, para
resolver o gigantesco déficit previdenciário de
mais de R$ 100 bilhões por ano dos estados —
diz Velloso.
Saneamento: Estatais de água e esgoto
gastam mais com salário do que na expansão
das redes
De acordo com o painel elaborado pelo
Tesouro, a região Nordeste é a que reúne mais
estatais, com 91 empresas ou 35,3% do total.
Sudeste e Centro-Oeste aparecem em
seguida, com 56 e 41 empresas,
respectivamente.
O Norte tem 36 empresas e a Região Sul,
outras 34.
O Tesouro também esclareceu que, de um
universo de 258 estatais, 106 são
dependentes dos estados, o que significa arcar
também com o pagamento de despesas com
pessoal e de custeio em geral. No Rio, por
exemplo, as 11 estatais são dependentes do
governo.
*Com agências
https://oglobo.globo.com/economia/estados-
perderam-14-bilhoes-com-estatais-em-2018-
23925593
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38
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 04/07/2019
Saneamento tem R$ 13,5 bilhões em
obras paradas no País
A área de saneamento tem cerca de R$ 13,5
bilhões em contratos de obras que estão
paralisadas pelo País, sendo R$ 12,6 bilhões
relacionados ao Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), criado em 2007. São
quase mil contratos de empreendimentos
planejados com recursos públicos que não
atendem a população - a maior fatia localizada
no Nordeste.
Saneamento é importante por garantir
abastecimento de água potável, coleta e
tratamento de esgoto, limpeza urbana e
redução e reciclagem do lixo. Enquanto as
obras estão paradas, 103,2 milhões de
brasileiros estão sem acesso a esgotamento
sanitário e 40,8 milhões sem abastecimento
de água, de acordo com dados oficiais
Entre os motivos principais para a estagnação
das obras do PAC estão problemas técnicos
identificados em seus projetos base, segundo
especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast.
Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) nos empreendimentos parados do
PAC - não só de saneamento - também
localizou essa falha. "O que identificamos é
que dentro dos problemas técnicos o que
surgia era deficiência no projeto base", diz o
secretário de fiscalização de Infraestrutura
Urbana do TCU, Bruno Martinello Lima.
O fato de companhias estaduais, empresas ou
municípios que captavam o dinheiro não terem
à disposição capacidade técnica para tocar
projetos de qualidade foi apontado por
técnicos como uma das grandes falhas.
Bruno Lima está envolvido no levantamento
do TCU que identificou mais de 14 mil
construções paralisadas no País através de
cinco bancos de dados do governo federal, em
um universo de 38 mil obras - material
através do qual a reportagem levantou os
empreendimentos de saneamento parados. De
acordo com o tribunal, 47% dos motivos de
paralisação das obras do PAC estão
relacionados a problemas técnicos. Em
seguida vem o abandono pela empresa, com
23%.
Além de informações do PAC, as demais
construções de saneamento paralisadas foram
localizadas no banco de dados da Caixa - R$
102,9 milhões em contrato - e da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) - R$ 821,7
milhões previstos.
Para a secretária de Obras Estratégicas e
Fomento do PPI, Veronica Sánchez, há
"incapacidade das empresas", sejam elas
públicas ou privadas, de acessar recursos
públicos e fazer investimentos adequados,
apresentando projetos de qualidade. A
declaração foi dada durante seminário
realizado na Câmara na última semana. Nele,
o secretário de Desenvolvimento da
Infraestrutura, Diogo Mac Cord, disse que em
2018 apenas 51% dos recursos
disponibilizados pelo governo federal para
obras no setor foram acessados. Segundo Mac
Cord, o problema está relacionado à
capacidade técnica dos operadores atuais.
Ex-presidente da Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e
professor da FGV, Gesner de Oliveira pontuou
três problemas para as obras não terem
caminhado: qualidade dos projetos, falha na
supervisão das obras e dificuldade de recursos
das empresas que tocaram os
empreendimentos.
"Quando presidi a Sabesp, acompanhei
centenas de obras do PAC. O que acontecia
era uma chuva de oferta propagandista, e os
municípios se enquadravam de qualquer jeito
e não conseguiam fazer nada", lembrou.
Gesner acredita que a atualização do marco do
saneamento, em discussão no Congresso,
pode ser uma oportunidade para esses
empreendimentos serem continuados. No seu
entender, a nova regulação pode ajudar a
encontrar soluções para essas situações de
impasse
Universalização
A universalização do saneamento voltou a ter
algum protagonismo em Brasília. O governo
incluiu o tema na carteira de estudos do
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a área
é vista como uma das prioridades da equipe
econômica para o segundo semestre deste
ano. De acordo com técnicos do governo,
seriam necessários investimentos da ordem
39
Grupo de Comunicação
R$ 600 bilhões a R$ 700 bilhões para cumprir
as metas de universalização propostas pelo
Plano Nacional de Saneamento até 2033.
Para além do marco regulatório e do PPI,
tramita no Senado um projeto de lei que tem
como intuito dar continuidade a essas obras.
De autoria da senadora Rose de Freitas, o PL
dá preferência na alocação de recursos para
obras de saneamento em andamento "cuja
execução tiver ultrapassado 70% do
respectivo orçamento".
O projeto está na Comissão de
Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e
foi aprovado pela Comissão de Transparência,
Governança, Fiscalização e Controle e Defesa
do Consumidor (CTFC) em maio deste ano.
Para a autora, a proposta tem tudo para
tramitar rapidamente. "A discussão de saúde e
saneamento está posta, tem que haver
preferência na aprovação", disse.
https://www.dgabc.com.br/Noticia/3124234/s
aneamento-tem-r-13-5-bilhoes-em-obras-
paradas-no-pais
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Data: 04/09/2019
40
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Veículo: Folha de S. Paulo
Data:04/09/2019
Projetos dependem da floresta em pé
para gerar lucro na Amazônia
Ana Carolina Amaral
SÃO PAULO
A biodiversidade da Amazônia pode ser a
resposta para a sua própria conservação, através
da economia baseada em produtos como o açaí,
a castanha, o óleo de pau-rosa, a borracha e
outros itens que não dependem da derrubada da
floresta para se desenvolverem —pelo contrário,
precisam dela em pé.
A chamada bioeconomia tem sido defendida pelo
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, como
estratégia de proteção ambiental.
No entanto, boa parte dos laboratórios e
incubadoras que apoiam cadeias produtivas
florestais dependem do Fundo Amazônia, cujo
futuro é incerto desde que o ministro passou a
propor mudanças na gestão do recursos, o que
desagradou os países doadores, Alemanha e
Noruega.
Imagem de pau-rosa, espécie não-madeireira
que é valorizada pela extração do seu óleo
essencial, cujo aroma é usado em perfumes
Imagem de pau-rosa, espécie não-madeireira
que é valorizada pela extração do seu óleo
essencial, cujo aroma é usado em perfumes -
Prefeitura Municipal de Belém
Hoje, 25 dos 103 projetos apoiados pelo Fundo
são ligados a instrumentos econômicos de
conservação da Amazônia, executados por
organizações do terceiro setor, governos
estaduais e universidades.
À Folha, o ministro disse que é preciso envolver o
setor privado na avaliação dos projetos.
“Ninguém se preocupa em estudar a viabilidade
econômica e incluir a perspectiva de lucro. Daí se
tirar o subsídio, o projeto morre.”
Segundo dados do projeto Amazônia 4.0, um dos
apoiados pelo Fundo Amazônia, o manejo de açaí
no estado do Pará lucra cerca de US$ 1.500 (R$
6.200) por ano para cada hectare explorado,
gerando uma economia de mais de US$ 1 bilhão
(R$ 4 bilhões) por ano para a Amazônia.
Exportado para o mundo como fruta congelada,
cápsula antioxidante e até cosmético, o açaí tem
sido aproveitado até o caroço. A Votorantim
passou a comprar 6.500 toneladas de semente
por mês para uso em fornos de cimento, no lugar
do coque de petróleo.
Entretanto, a bioeconomia soma desafios
próprios da região amazônica aos de instalação
de novas cadeias produtivas e, ainda, de
integração de pequenos produtores comunitários
a grandes mercados.
O Amazônia 4.0 monta um plano estratégico para
responder a essas questões a partir da aliança
entre conhecimento científico e tradicional, como
também de investimentos em tecnologia de
ponta.
A iniciativa reúne instituições como USP e a ONG
Imazon e lista caminhos para enfrentar desafios
na agregação de valor, como garantir qualidade,
rastreabilidade, escala e acesso a mercados para
os produtos da bioeconomia.
Também apoiado pelo Fundo Amazônia, o projeto
Origens Brasil conecta produtores de
comunidades isoladas em territórios do Xingu,
Calha Norte e Rio Negro a grandes empresas.
A Wickbold, por exemplo, há três anos usa em
seus pães as castanhas de comunidades
amazônicas. A rede de supermercados Pão de
Açúcar também comercializa produtos com o selo
Origens Brasil e a Firmenich usa óleos de
espécies da Amazônia para itens de perfumaria.
A costura é feita por ONGs como Imaflora e ISA
(Instituto Socioambiental).
Já o aplicativo Cidades Florestais usa a tecnologia
na gestão dos negócios encabeçados pelas
comunidades da floresta. Criado pela ONG
Idesam (Instituto de Conservação e
Desenvolvimento Sustentável da Amazônia) e
também financiado pelo Fundo Amazônia, a
tecnologia oferece uma ferramenta de gestão de
produtos madeireiros e não madeireiros. A
contrapartida das comunidades é a
transparência, o que permite a rastreabilidade da
cadeia produtiva.
Lançado há cerca de um mês, o aplicativo
acompanha o processo de licenciamento das
atividades e, através de um QR code, rastreia o
processo desde a árvore até o lote final da
madeira.
Data: 04/09/2019
41
Grupo de Comunicação
Feito sob medida para a realidade amazônica, o
aplicativo permite que o produto salve as
informações também quando se está offline, na
floresta. Os dados se online assim que o celular
se conecta à internet —normalmente quando o
produtor vai à cidade para compras.
“Se não encontra mercado licenciado perto dele
para a quantidade que ele consegue entregar, o
produtor pode acabar cooptado pela ilegalidade”,
avalia Carlos Koury, diretor técnico do Idesam e
um dos idealizadores do app.
Segundo ele, a tecnologia responde a esse
problema garantindo a origem do produto —com
uma informação obtida de forma mais barata,
pelo celular— e também permitindo a negociação
com compradores pelo aplicativo.
A tecnologia também fornece informação às
comunidades sobre manejo florestal, dando
poder para que elas decidam sobre seus
territórios.
As queimadas de agosto
“Manejo florestal é acelerar a regeneração que a
floresta faria naturalmente após a retirada da
madeira. Podemos repor as clareiras que foram
abertas [pela retirada de madeira] com espécies
não madeireiras, que têm mais valor agregado. O
pau-rosa, por exemplo”, explica Koury.
O pau-rosa é valorizado pela extração de seu
óleo, cujo aroma é usado por grandes
perfumarias. “Com esses produtos, a floresta
passa a valer cada vez mais”, afirma Koury.
No município de Silves (AM), um dos primeiros
usuários do aplicativo é a Copronat (Cooperativa
de Produtos Naturais da Amazônia) usa sementes
de cumaru, andiroba e copaíba para fabricar
sabonetes, velas aromáticas, repelentes e
incensos. “Agora não temos mais o problema de
molhar o papel”, afirma o representante da
Copronat Rusivaldo da Silva, ao ser questionado
se já havia percebido algum benefício na
tecnologia.
Ele explica que muitos cooperados não
conseguiam manter em dia as documentações
exigidas porque dados colhidos em fichas de
papel na floresta eram perdidos em dias de
chuva. “Agora dá para ver as áreas de colheita
no mapa. A gente vai poder ter mais
cooperados”, afirma.
Comunidades indígenas, ribeirinhas e
quilombolas apoiadas pelo ISA no
desenvolvimento de produtos da biodiversidade
geraram em 2018 um faturamento bruto de
R$7,2 milhões.
Para Marcelo Salazar, que coordena o programa
Xingu do ISA, a economia mantém essas pessoas
na floresta e elas, por sua vez, também ajuda a
fiscalizar a ocorrência de atividades ilegais, já
que são, muitas vezes, as primeiras testemunhas
de crimes em áreas florestais. “É preciso haver
uma combinação de bioeconomia com políticas
públicas que considerem a prestação de serviços
socioambientais pela floresta e invistam no
cumprimento da lei.”
“Uma terra indígena, por exemplo, é direito
daquela população, seja economicamente
produtiva ou não. Hoje, onde tem população
tradicional é onde tem floresta”, diz.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0
9/projetos-dependem-da-floresta-em-pe-para-
gerar-lucro-na-amazonia.shtml
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Data: 04/09/2019
42
Grupo de Comunicação
Painel - Bolsonaro escala aliados e tenta acordo com Congresso em projeto que
pune abuso de autoridade
Escolha de Sofia Às vésperas de decidir a
amplitude do veto que vai impor ao projeto que
pune o abuso de autoridade, Jair Bolsonaro
tentou acomodar posições divergentes. O
presidente escalou o ministro Jorge Oliveira
(Secretaria-Geral) para falar com a cúpula do
Congresso: Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Câmara,
e Davi Alcolumbre (DEM-AP), no Senado. Deste
segundo, de acordo com aliados, recebeu uma
lista com sugestões de artigos que poderiam ser
limados sem abalar a relação com o Congresso.
Artilheiro Aliados de Maia e Alcolumbre esperam
que o presidente acolha sugestões do Congresso
e opte por um veto “meio-termo”: que atenda
parte de sua base, mas sem melindrar partidos
de centro-direita. Algo muito amplo reforçaria a
tese de que Bolsonaro “só joga para a torcida”.
Amostra grátis Após o presidente afirmar, na
manhã desta terça (3), que vetaria cerca de 20
itens do texto, siglas de centro rapidamente
esboçaram reação. Pediram que o governo
retirasse a urgência de projeto que trata do
pagamento de peritos para causas de segurados
contra o INSS.
Amostra grátis 2 O objetivo era adiar a votação
para depois do anúncio dos vetos. O Planalto
então sinalizou que a mudança não seria drástica
e o cronograma foi mantido.
Sobe em árvore Inserido com anuência do
governo, dispositivo do projeto dos peritos que
facilitava o acesso da União a dados sigilosos de
contribuintes foi derrubado.
Montanha russa Indagado sobre como anda a
relação com Rodrigo Maia, no café da manhã
desta terça (3) com a Folha, Jair Bolsonaro fez
gesto de ondas com a mão direita e falou: “Altos
e baixos”.
Montanha russa 2 À mesma pergunta, desta vez
sobre o governador Wilson Witzel (RJ),
respondeu: “Ele está querendo criar o posto de
general na PM fluminense. Eu falei para ele não
fazer isso, porque vai dar problema”.
Toque de Alvorada À Folha, o presidente disse
que acorda todos os dias às 4h30, posta algo no
Facebook, distribui missões para os ministros e,
às 8h, já cobra retornos.
Túnel do tempo Em resposta ao pedido para que
usem verde e amarelo no 7 de Setembro,
estudantes que planejam atos contra o governo
espalham orientação para que os manifestantes
usem preto, emulando os caras-pintadas de
1992.
O regresso O subprocurador Augusto Aras voltou
a liderar as apostas pela sucessão de Raquel
Dodge na PGR. Após temporada em baixa, Aras
ampliou a base de apoio. Conquistou ministros do
governo e dirigentes partidários.
Escudo Deputados da Frente Parlamentar da
Agropecuária interpretaram o fato de Rodrigo
Maia (DEM-RJ) ter levado líderes da oposição a
reunião na Confederação Nacional da Agricultura,
nesta terça (3), como uma tentativa de afastar
pedidos para pautar o polêmico projeto que
muda regras de licenciamento ambiental.
Timing Na CNA, Maia disse que não há clima
para discutir o tema agora —posição referendada
pela esquerda. A integrantes da frente ruralista,
o presidente da Câmara fez a avaliação de que o
governo demorou a reagir à crise na Amazônia, e
que, agora, a Casa precisa trabalhar para
desfazer a impressão de que o Brasil fragiliza
controles ambientais.
Girl power Ganha força no PSOL o nome da
deputada Sâmia Bomfim como opção para
concorrer à Prefeitura de São Paulo no ano que
vem. Eleita com quase 250 mil votos, seu perfil é
valorizado por ser mulher, jovem (30 anos) e
popular nas redes sociais.
Girl power 2 Se o PSOL levar a indicação
adiante, há chances de a eleição paulistana ter
forte presença feminina. Estão em discussão as
possíveis candidaturas de Joice Hasselmann
(PSL) e Tabata Amaral (PDT). Ana Estela
Haddad, que foi cogitada como candidata do PT,
hoje tende a concorrer a vereadora.
Visita à Folha Marco Antonio Zago, presidente da
Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo), visitou a Folha nesta terça
(3), onde foi recebido em almoço. Estava
acompanhado de Milton Flávio Lautenschläger,
assessor da presidência, e Carlos Eduardo Lins da
Silva, consultor em comunicação da instituição.
TIROTEIO
Data: 04/09/2019
43
Grupo de Comunicação
A República sujeita aos caprichos do presidente:
da reforma da Previdência, Bolsonaro nada fala.
Só pensa na família
Do deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ),
sobre o Planalto mudar o timing de propostas de
olho na indicação do filho a embaixador
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/09/04/
bolsonaro-escala-aliados-e-tenta-acordo-com-
congresso-em-projeto-que-pune-abuso-de-
autoridade/
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Data: 04/09/2019
44
Grupo de Comunicação
Mônica Bérgamo - Eduardo Bolsonaro
ainda não tem voto para aprovação em comissão do Senado
O placar está apertado para nomeação do
deputado à embaixada dos EUA
O placar para a aprovação de Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP) para a embaixada do Brasil nos EUA
está apertado no Senado. Ele ainda não tem a
maioria dos votos nem mesmo na Comissão de
Relações Exteriores, onde seu nome será
primeiro avaliado.
FALTA VOTO
Dos 19 parlamentares do colegiado, 9 votam a
favor dele, sete, contra —e três estão indecisos.
O placar é do senador Nelson Trad (PSD-MS),
presidente da Comissão e aliado de Jair
Bolsonaro.
QUE DÚVIDA
“Os indecisos vão esperar a sabatina para
decidir. São senadores bem técnicos”, afirma ele.
MARCHA LENTA
Trad diz que o placar até melhorou nos últimos
dias. “Estava empatado.”
ESCURINHO...
Ele alerta também para o fato de a votação ser
secreta, na urna eletrônica: “A sorte está
lançada”.
PARA TUDO
Jair Bolsonaro queria pular de paraquedas numa
viagem que fará nesta quarta (4) a Anápolis (GO)
—mas os médicos vetaram. Ele descobriu uma
nova hérnia quando nadava no Palácio da
Alvorada. E terá que se submeter, de novo, a
cirurgia.
TEMPORADA
O presidente disse que ficará internado de
sábado (7) a sexta seguinte, no hospital Vila
Nova Star, em SP.
TERCEIRO TEMPO
Bolsonaro afirmou à Folha que quer se preparar
para a intervenção apenas após o fim do jogo
Palmeiras e Goiás, no sábado.
BALANÇA
Um estudo sobre as eleições que circulou entre
partidos de centro-esquerda nesta semana
mostra que os eventuais candidatos a prefeito de
SP vão começar a corrida eleitoral de um mesmo
patamar: entre 12% e 15%.
LISTA
A análise considerou que o PT lançará um
candidato e que outros nomes prováveis na
disputa serão Márcio França (PSB-SP), Bruno
Covas (PSDB-SP) e Marta Suplicy.
BOLSOJOICE
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) iniciaria a
disputa com a metade do percentual, diz o texto.
Mas pode saltar para o patamar de dois dígitos
caso tenha o apoio de Bolsonaro
VIAGEM
O jornalista Pedro Bial, a chef Rita Lobo e o
secretário municipal de Cultura de SP, Alê
Youssef, foram ao lançamento do programa de
TV “Expresso Futuro” sobre a China, na segunda
(2), em SP. O apresentador Ronaldo Lemos e o
advogado José Marcelo Zacchi também passaram
por lá.
FRONTEIRAS
Imigrantes investiram R$ 31 milhões no Brasil no
último trimestre. Os dados são do Ministério da
Justiça e levam em conta pessoas físicas
nascidas no exterior que abriram uma nova
empresa no país ou que aplicaram capital em
uma companhia já existente. No mesmo período
de 2018 foram investidos R$ 8 milhões.
FRONTEIRAS 2
A pasta lança nesta quarta (4) o relatório
trimestral com as autorizações de residência
concedida a imigrantes. Foram 7.467, ante 6.865
no mesmo período do ano passado.
APOIO
O Instagram e o Facebook, em parceria com o
Centro de Valorização da Vida (CVV), a Safernet
e o Instituto Vita Alere, vão realizar um evento
sobre promoção de saúde mental e prevenção de
suicídio para alunos da rede pública de ensino.
APOIO 2
Serão cerca de 200 jovens de 13 a 18 anos que
assistirão a palestras e painéis educativos no
domingo (8).
O rapper Emicida faz o show de encerramento do
festival, que foi batizado de Amarelo, em
referência à cor vinculada ao mês de setembro
para o combate ao suicídio.
Data: 04/09/2019
45
Grupo de Comunicação
SUPERAÇÃO
A atriz e cantora Linn da Quebrada interpretará
uma aluna transexual na série “Segunda
Chamada”. Coproduzida pela Globo e pela O2
filmes, o drama deve estrear em outubro.
TURNÊ
O presidente do Rotary Internacional, Mark
Maloney, visitará o prefeito de SP, Bruno Covas
(PSDB), nesta quarta (4). Dos dias 5 a 7, o
americano passará por Brasília. O Rotary é
reconhecido pela ONU como instituição focada
em projetos sociais.
PALCO E CORTINA
Os atores Vera Holtz e Guilherme Leme dirigem
a peça “A Peste”, que estreou no Teatro Eva
Hertz, em São Paulo, no sábado (31). Os
também atores Marcos Caruso, Vivien Buckup e
Leopoldo Pacheco assistiram à sessão.
CURTO-CIRCUITO
Ivo Corrêa e Felipe de Paula retornam à
advocacia e se tornarão sócios do escritório XVV
Advogados.
O escritório Rennó, Penteado, Reis & Sampaio
inaugura o seu novo escritório na quinta (5), no
Jardim Paulista.
Laurentino Gomes lança o livro “Escravidão -
Volume 1”. Nesta quarta (4), às 19h, na Saraiva
do Shopping Pátio Paulista.
Ocorre nesta quarta (4) a entrega do 16º Prêmio
Engenho de Comunicação. Na Embaixada de
Portugal, em Brasília.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI,
GABRIEL RIGONI e VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/09/eduardo-bolsonaro-ainda-nao-
tem-voto-para-aprovacao-em-comissao-do-
senado.shtml
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Data: 04/09/2019
46
Grupo de Comunicação
ESTADÃO Veículo: Estadão
Data: 04/09/2019
Conpresp tomba 1ª estação de tratamento de água da cidade de SP
Priscila Mengue,
SÃO PAULO - A primeira estação de tratamento
de água da cidade de São Paulo teve o
tombamento aprovado no dia 19 de agosto pelo
Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio
Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São
Paulo (Conpresp). O espaço foi inaugurado em
1929, sendo pioneiro na captação da água da
Represa Guarapiranga.
A Estação de Tratamento de Água Theodoro
Ramos está localizada no Alto da Boa Vista, zona
sul paulistana, e chegou abastecer cerca de 400
mil pessoas até ser desativada em 1998. Ela
pertence à Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp).
Estação de Tratamento de Água Theodoro Ramos
foi tombada pelo Conpresp
Estação de Tratamento de Água Theodoro Ramos
foi tombada pelo Conpresp Foto: Google Street
View/Reprodução
O processo de tombamento esteva em
tramitação na esfera municipal desde 2009. "A
construção da referida estação está inserida em
um contexto de rápido crescimento metropolitano
e a consequente crise hídrica, que exigia diversas
soluções concomitantes, como represas,
reservatórios, estações de tratamento e elevação
de água”, diz ata de reunião do Conpresp.
A estação leva o nome do idealizador e criador do
projeto, o engenheiro Theodoro Augusto Ramos.
“Na estação de tratamento, chama a atenção a
intenção plástica na utilização de concreto
armado, ou seja, a expressividade dos materiais
através da estrutura do edifício”, continua a ata.
“Conforme apontado pelo estudo elaborado pelo
DPH (Departamento do Patrimônio Histórico),
após a desativação a estação, apesar de pouco
alterada, passou a apresentar um
aspecto/aparência de abandono, apesar de ainda
estar em funcionamento parcial como estação
elevatória.”
O tombamento prevê a preservação parcial das
características arquitetônicas da Bacia de
Decantação, da Casa do Filtro e da Casa de
Química. Além da Theodoro Ramos, também são
tombados os reservatórios Bela Vista, no centro
expandido, Araçá, na zona oeste, e Vila Mariana,
na zona sul.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,conpresp-
tomba-1-estacao-de-tratamento-de-agua-da-
cidade-de-sp,70002996216
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Data: 04/09/2019
47
Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO TGN espera voltar a vender gás da
Argentina ao Brasil
Por André Ramalho | Do Rio
A Transportadora de Gas del Norte (TGN),
empresa que opera cerca de 9 mil quilômetros de
gasodutos na Argentina, vê potencial para que,
nos próximos anos, o país vizinho volte a
exportar gás para o Brasil.
"Nos próximos anos haverá oportunidade de
reintegrá-las [as malhas de gasodutos da
Argentina e Brasil]", disse o presidente da
companhia, Daniel Ridelener, ontem, durante sua
participação na Rio Pipeline, evento promovido
pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), no Rio
de Janeiro.
Ridelener citou a existência de um antigo projeto
da Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB), de
conectar a malha de Uruguaiana a Porto Alegre
(ambas no Rio Grande do Sul), por meio de um
novo gasoduto de 615 quilômetros. Se
construído, o empreendimento permitiria
conectar a produção argentina à malha integrada
de gasodutos do Brasil.
Argentina e Brasil já estão conectados hoje, mas
o gasoduto existente só vai até a fronteira. Do
lado brasileiro, a infraestrutura é operada pela
TSB, e, do lado argentino, pela Transportadora
de Gás del Mercosur (TGM).
A TSB é uma empresa que tem entre seus sócios
as petroleiras Petrobras, Ipiranga Produtos de
Petróleo, Repsol e Total. O capital da empresa
está divido por igual entre as quatro companhias,
cabendo a cada uma 25% de participação.
O projeto de integração energética entre os dois
países foi concebido no fim da década de 1990.
Devido ao declínio da produção argentina, a
partir de meados dos anos 2000, a importação
de gás do país vizinho foi interrompida.
Em 2009 e a térmica gaúcha parou suas
atividades. A geração foi retomada, em caráter
emergencial, ao longo dos últimos anos, mas
sempre por períodos temporários.
Ridelener disse que o aumento da produção de
gás não convencional de Vaca Muerta e a
expansão da rede de gasodutos daquele país,
contudo, podem permitir o reabastecimento da
termelétrica brasileira de Uruguaiana (639,9
megawatts), situada no Rio Grande do Sul, na
fronteira entre os dois países.
No mês passado, o então secretário de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de
Minas e Energia (MME), Márcio Félix, já havia dito
que empresários argentinos estavam se
movimentando para exportar gás natural para o
Brasil.
"As coisas estão acontecendo numa velocidade
que a gente não dá conta de acompanhar. Mas
existe um movimento por parte da indústria
argentina, do governo argentino, de viabilizar a
conexão com o Brasil, pelo gasoduto entre
Uruguaiana até Porto Alegre", afirmou Félix a
jornalistas, em agosto.
Ele mencionou que a inciativa privada do país
vizinho está construindo um gasoduto para
escoar a produção da área de gás não
convencional desde Vaca Muerta até Buenos
Aires e que há, no país vizinho, uma expectativa
de sobra de 20 milhões de metros cúbicos diários
(m3 /dia) em determinadas épocas do ano para
exportação.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) incluiu a
construção do trecho Uruguaiana-Porto Alegre,
da TSB, dentro do Plano Indicativo de Gasodutos
de Transporte (PIG). O PIG é um estudo de
caráter indicativo que mapeia as principais
oportunidade de investimentos na malha de
gasodutos do país.
"A Argentina é vista como potencial
oportunidade, mas depende de investimentos
ainda não tomados", ressalvou o presidente da
Empresa de Pesquisa Energética, Thiago Barral.
https://www.valor.com.br/brasil/6420275/tgn-
espera-voltar-vender-gas-da-argentina-ao-brasil
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Data: 04/09/2019
48
Grupo de Comunicação
Produção maior de gás com pré-sal vai
atrair investimento bilionário, segundo EPE
Por André Ramalho | Do Rio
A abertura do mercado brasileiro de gás natural e
o crescimento da produção nacional devem
destravar investimentos bilionários em
infraestrutura, segundo um estudo da Empresa
de Pesquisa Energética (EPE). A estatal vê
potencial para construção de 16 novos gasodutos
no Brasil, nos próximos anos.
A lista inclui desde projetos de dutos marítimos
(para escoamento do gás para a costa) até
gasodutos terrestres de transporte, para entrega
do produto ao mercado consumidor. Os detalhes
dos projetos, como os investimentos necessários
e a análise de viabilidade econômica e ambiental,
serão apresentados pela EPE no plano indicativo
de novos gasodutos do país, prestes a ser
lançado.
O diretor de estudos do petróleo, gás e
biocombustíveis da estatal, José Mauro Coelho,
conta que a primeira edição do Plano Indicativo
de Gasodutos de Transportes (PIG) mapeou o
potencial de 11 novos gasodutos no país, dentre
os quais projetos antigos que já contam com
autorização, como o Brasil Central (projeto da
Termogás, que liga São Carlos/SP a Brasília) e o
trecho entre Uruguaiana-Porto Alegre, da
Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB).
Entre novos projetos, a EPE também vê potencial
para duplicação do gasoduto Bolívia-Brasil
(Gasbol), no trecho entre Siderópolis (SC) e
Porto Alegre, além de gasodutos para conectar os
terminais de regaseificação de gás natural
liquefeito (GNL) do Açu, em São João da Barra
(RJ), e de Barra dos Coqueiros (SE) ao sistema
integrado de transporte do país.
A EPE também vê potencial para cinco novas
rotas de escoamento de gás desde campos
offshore até a costa. São três novos gasodutos
para o pré-sal (atualmente há três rotas, sendo
uma delas ainda em fase de construção) e mais
duas rotas no pós-sal, sendo uma delas no litoral
do Espírito Santo e outra no Sergipe.
Toda essa expansão visa a escoar os volumes
crescentes da produção de gás no país,
sobretudo no pré-sal. De acordo com as
projeções da EPE, a produção líquida de gás
natural no Brasil deve crescer 150% e atingir os
147 milhões de metros cúbicos diários de gás em
2030 - volume que desconsidera as perdas com
reinjeção, queima e consumo de gás nas
plataformas. A expectativa da empresa de
pesquisa é que, se nada for feito, a atual
capacidade de escoamento comece a estrangular
a partir de 2025.
Os novos gasodutos demandarão investimentos
bilionários. Só o Brasil Central é estimado em
cerca de R$ 7 bilhões. Coelho disse acreditar que
a expansão da infraestrutura se dará com
investimentos privados.
"Acreditamos muito nas soluções de mercado.
Nosso plano é dar caracterização do duto para
quem queira fazer. Deixar o mercado atuar.
Acreditamos que o próprio transportador vai
querer expandir a malha. A remuneração dele
está nisso", comentou, ao ser questionado se as
novas rotas dependerão do Brasduto - proposta
que tramita no Congresso e que prevê a criação
de um fundo com recursos do Fundo Social do
Pré-sal para financiar gasodutos.
O presidente da EPE, Thiago Barral, explica que o
PIG substituirá o Plano Decenal de Expansão da
Malha de Transporte Dutoviário (Pemat), que
tinha um caráter mais determinativo, indicando
que projetos seriam licitados pelo governo sob o
regime de concessão. Segundo ele, o PIG, por
sua vez, foi montado em diálogo com as
transportadoras e tem um caráter meramente
indicativo, cabendo à iniciativa privada a decisão
de investimento.
"O plano indicativo visa, sobretudo nesse
momento de abertura do transporte de gás, dar
maior visibilidade sobre as oportunidades de
onde há potenciais mercados consumidores hoje
não atendidos e quais os principais pontos de
entrada de gás no sistema" disse, a jornalistas,
durante participação na Rio Pipeline.
Data: 04/09/2019
49
Grupo de Comunicação
Em paralelo, tramita no Congresso um projeto de
lei que propõe mudar o regime de outorga para
construção de novos gasodutos, da concessão
para a volta do modelo de autorização.
Implementado em 2010, com a Lei do Gás, o
modelo de concessão nunca vingou de fato.
https://www.valor.com.br/brasil/6420277/produc
ao-maior-de-gas-com-pre-sal-vai-atrair-
investimento-bilionario-segundo-epe
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Data: 04/09/2019
50
Grupo de Comunicação
Alvo de críticas, Meio Ambiente tem
orçamento 30% menor para 2020
Por Cristiano Zaia | De Brasília
No centro da crise da escalada dos incêndios na
Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente terá um
corte de 30% no orçamento, para R$ 561,6
milhões em 2020, conforme a proposta
orçamentária encaminhada pelo governo ao
Congresso na sexta-feira em relação à prevista
para este ano. A pasta está entre as que mais
sofrerão com a tesoura do governo para o ano
que vem, segundo o Projeto de Lei Orçamentária
(PLOA) que ainda precisa ser votado pelo
Congresso.
Esses recursos se referem apenas às despesas
discricionárias, que podem ser contingenciadas,
diferentemente de gastos obrigatórios (folha de
salários, por exemplo). E, no caso do Meio
Ambiente, o volume desses gastos não
obrigatórios previstos para 2020 fica inclusive
abaixo do limite autorizado para empenho
aprovado até agora para este ano, de R$ 633,5
milhões.
Ao Valor o ministro Ricardo Salles disse que a
pasta já fez um exercício de cálculo para
dimensionar a execução orçamentária esperada
para o próximo ano e que a determinação
expressa será fazer um esforço maior para
diminuir despesas de custeio, para blindar
justamente atividades essenciais como as
operações de fiscalização do Ibama.
Entre esses gastos de custeio, estão despesas
rotineiras como conta de luz, telefonia, veículos,
segurança e manutenção de prédios do
ministério.
"Estamos renegociando e pactuando contratos e
medidas que vão neutralizar qualquer impacto no
orçamento. Não vai ter atividade-fim afetada e
100% do nosso planejamento está focado em
cortar gastos de atividades-meio, que não afetam
em nada a parte de fiscalização e controle",
afirmou por telefone Salles, que ainda está em
Manaus, onde cumpre agendas com
governadores da região amazônica por causa das
queimadas.
Salles vem reiterando por diversas vezes que
recebeu um ministério com orçamento apertado
para ações de fiscalização, o que inclusive vinha
dificultando a atuação no combate às queimadas
na Amazônia. Como parte da força-tarefa do
governo para cumprir as operações de Garantia
da Lei e da Ordem (GLO), com o envio das
Forças Armadas para a região há pouco mais de
uma semana, o governo ainda desbloqueou R$
38,5 milhões da rubrica de ações emergenciais
previstas no Orçamento de 2019.
O ministro defende, contudo, uma organização e
melhor distribuição das equipes deslocadas para
fiscalizar e emprego de tecnologia para
compensar e minimizar eventuais carências de
pessoal, agravadas pela falta de verbas. Ele
ainda minimizou a perda de recursos, encarando
como natural diante do ajuste fiscal nas contas
públicas.
"Todos os ministérios, se não houver aumento de
arrecadação do governo, vão sofrer com ajuste
fiscal. No nosso caso, o efeito prático já foi
pensado e também só tivemos um
contingenciamento neste ano e, depois, nenhum
mais", destacou.
Até agora, a pasta já sofreu cortes que reduziram
em 21,5%, para R$ 633,5 milhões, seu
orçamento não obrigatório de 2019, voltado a
investimentos e ações de fiscalização na área
ambiental. Somente o orçamento do Ibama caiu
de R$ 368,3 milhões, em 2018, para R$ 279,4
milhões.
O MMA enfrenta ainda um baque provocado pela
suspensão nos repasses de Noruega e Alemanha
para Fundo Amazônia, que eram usados para
complementar a fiscalização do Ibama na região.
Após a intenção do governo de rever esse apoio,
os países deixaram de repassar quase R$ 300
milhões ao fundo, usados para compra de
caminhonetes e helicópteros necessários para as
vistorias do órgão federal.
https://www.valor.com.br/brasil/6420265/alvo-
de-criticas-meio-ambiente-tem-orcamento-30-
menor-para-2020
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Data: 04/09/2019
51
Grupo de Comunicação
Concessão de parques entra no PPI
Por Juliano Basile | De Brasília
O "Diário Oficial" da União de ontem publicou
resolução do Conselho do Programa de Parcerias
de Investimentos (PPI) que defende a inclusão no
programa concessão de unidades de conservação
em poder da União.
Pela resolução, farão parte do PPI o Parque
Nacional dos Lençóis Maranhenses, Parque
Nacional de Jericoacoara e Parque Nacional do
Iguaçu. A aprovação agora é submetida à
Presidência da República. O objetivo da inclusão
nos programas é a concessão da prestação dos
serviços públicos de apoio à visitação, à
conservação, à proteção e à gestão das unidades
O "Diário Oficial" também inclui no PPI a
Empresa Gestora de Ativos S.A. (Emgea). A
empresa passa a constar oficialmente do
Programa Nacional de Desestatização (PND).
A resolução diz que o conselho decidiu opinar
favoravelmente e submeter à deliberação do
Presidente da República a qualificação da Emgea,
empresa pública federal, nos dois programas.
O "Diário Oficial" da União também publica ato
declaratório do presidente do Congresso
Nacional, senador Davi Alcolumbre, que informa
que a Medida Provisória nº 882, que ampliava o
papel do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) nos processos de
desestatização e robustece o PPI perdeu validade
em 30 de agosto.
A MP criava a Secretaria Especial do PPI, que
tinha objetivo de propor melhorias regulatórias
para a relação entre os setores público e privado
em projetos de infraestrutura, e passava a incluir
no programa as obras e os serviços de
engenharia considerados de interesse estratégico
e as parcerias da União com Estados e Distrito
Federal em obras de infraestrutura.
https://www.valor.com.br/brasil/6420283/conces
sao-de-parques-entra-no-ppi
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Data: 04/09/2019
52
Grupo de Comunicação
Senado aprova PEC da cessão onerosa e
repartição de recursos do pré-sal
Por Marcelo Ribeiro e Daniel Rittner | De Brasília
Com acordo costurado pelo presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pelo governo
federal, o Senado concluiu ontem a análise em
dois turnos da proposta de emenda constitucional
(PEC) que trata da cessão onerosa e permite a
divisão dos recursos arrecadados pela União nos
leilões do pré-sal com Estados e municípios.
Acolhida pelo relator Cid Gomes (PDT-CE), uma
emenda apresentada por parlamentares do Rio
de Janeiro, incluindo o senador Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro,
beneficiou o Estado, que ficará com R$ 2,5
bilhões dos recursos arrecadados.
Enquanto 74 senadores votaram pela aprovação
da emenda constitucional no primeiro turno, 69
apoiaram o texto na segunda etapa de votação.
Nenhum parlamentar votou contra a proposta. O
projeto retornará para análise da Câmara dos
Deputados, já que o relator fez mudanças em
relação ao texto aprovado anteriormente na Casa
comandada por Maia.
O megaleilão de excedentes da cessão onerosa
está marcado para o dia 6 de novembro. Serão
oferecidos quatro blocos e as empresas vitoriosas
deverão pagar R$ 106,5 bilhões à União - sendo
que, deste montante, R$ 33,6 bilhões serão
repassados à Petrobras. A intenção do governo é
receber o dinheiro ainda em dezembro. Há
pressa para evitar que o cronograma
"escorregue" para 2020.
Firmado pela União em 2010, o contrato cedeu à
Petrobras o direito de explorar cinco bilhões de
barris de petróleo em áreas do pré-sal na Bacia
de Santos. Em troca, a empresa pagou R$ 74,8
bilhões ao Tesouro Nacional - por isso o termo
"cessão onerosa". Os excedentes são os volumes
descobertos que ultrapassam a quantidade
original de barris.
Depois de anos de negociação, a União
concordou em pagar US$ 9,058 bilhões à
Petrobras. O valor, que se refere a ajustes na
cotação do petróleo nos mercados internacionais,
será descontado do bônus de assinatura pago
pelos vencedores do leilão. Além disso, como
forma de ajudar Estados em crise, a costurou-se
um acordo para destinar parte da receita aos
governadores.
O texto da PEC permite a divisão do bônus de
assinatura com os Estados e municípios, que
ficarão com 30% da arrecadação com os leilões -
sendo 15% para Estados e 15% para municípios.
A expectativa é que a cessão onerosa transfira
R$ 10,5 bilhões para os Estados e mais R$ 10,5
bilhões para os municípios em um único
pagamento.
Em função de critérios que regem o Fundo de
Participação dos Estados (FPE) e o Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), que
privilegiam os locais menos desenvolvidos e com
menor renda per capita, o Rio de Janeiro
receberia R$ 326 milhões, montante bem inferior
ao que seria repassado a Bahia (R$ 905 milhões)
e ao Ceará (R$ 692 milhões).
Diante deste cenário, parlamentares do Rio de
Janeiro - além de Flávio, Romário (Podemos-RJ)
e Arolde de Oliveira (PSC-RJ) -, que estavam
descontentes com esse valor, apresentaram uma
emenda para destinar 3% para os estados onde
estão localizadas as jazidas de petróleo. Como o
megaleilão de novembro envolverá apenas
campos de petróleo no Rio de Janeiro, apenas o
Estado terá direito a esses recursos. Com o novo
texto, o Rio de Janeiro receberá R$ 2,5 bilhões -
sendo que R$ 2,19 bilhões deste valor decorrem
do fato de as jazidas do leilão de novembro
estarem no Rio.
O acordo celebrado destina 67% do valor
arrecadado - após o repasse da parte da
Petrobras - será destinado ã União, o que totaliza
R$ 48,9 bilhões.
https://www.valor.com.br/politica/6420237/sena
do-aprova-pec-da-cessao-onerosa-e-reparticao-
de-recursos-do-pre-sal
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Data: 04/09/2019
53
Grupo de Comunicação
Relator de MP sobre agronegócio tira jabutis
de texto
Por Cristiano Zaia | De Brasília
Após a grande polêmica em torno de medida
provisória que trazia uma série de alterações no
Código Florestal e caducou em meio a embates
entre ruralistas e ambientalistas, o relator da MP
884, senador Irajá Abreu (PSD-TO), apresentou
ontem seu parecer em comissão mista. Ele
manteve o texto do governo, que propõe o fim
dos prazos para inscrição no Cadastro Ambiental
Rural (CAR). Abreu decidiu rejeitar todas as 35
emendas propostas por deputados e senadores.
Muitas dessas emendas eram "jabutis"
(estranhas ao conteúdo da lei).
O CAR é uma pré-condição para que o agricultor
ou pecuarista tomar mais crédito rural junto às
instituições financeiras. Ele vencia todo o ano e a
sua manutenção era um pleito da bancada
ruralista. Não há consenso na Câmara em relação
ao tema. O presidente da Comissão de Meio
Ambiente da Câmara, deputado Rodrigo Agostin
(PSB-SP), defendeu que o relatório trouxesse
prazo para adesão ao PRA, com pena de dificultar
processos de recuperação de passivos ambientais
identificados no CAR.
Além de acabar com prazo para o CAR, o
relatório de Abreu também dispensou assinaturas
de vizinhos de produtores rurais usadas hoje
para comprovar a delimitação física de um imóvel
rural para fins de inscrição no CAR. Caso seja
aprovado seu parecer, bastará uma declaração
do proprietário rural "de que respeitou os limites
e as confrontações". Caso passe em comissão
mista, o texto ainda precisa ser votado pelos
plenários de Câmara e Senado até 11 de
outubro, quando perde sua validade.
https://www.valor.com.br/politica/6420241/relat
or-de-mp-sobre-agronegocio-tira-jabutis-de-
texto
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Data: 04/09/2019
54
Grupo de Comunicação
Conflitos nas reformas de energia e
saneamento
Por Joisa Dutra e Juliana Jerônimo
No dia 07 de agosto, o Ministério de Minas e
Energia apresentou diagnóstico de 110 dias do
Grupo de Trabalho para a Modernização do Setor
Elétrico. Um dos destaques abordados é a
racionalização de encargos e subsídios, tema que
ocupa o topo da agenda de preocupações no
setor elétrico.
Os consumidores de energia elétrica pagam
elevados encargos a fim de financiar as políticas
distributivas dentro e fora do setor. Em 2017,
encargos e tributos respondiam por quase 50%
das despesas com eletricidade. O maior deles é a
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Criada em 2002, a Conta passou a centralizar
vários desses encargos em 2012, suportando
acesso universal à eletricidade, benefícios a
irrigantes, aquicultores, subsídios para usuários
de baixa renda, subsídios para geração a carvão
mineral, fontes renováveis, dentre outros. Nesse
esteio, as despesas com a CDE crescem
exponencialmente.
Em 2013, as despesas da CDE totalizaram R$
14,1 bilhões, enquanto em 2018 elas somaram
R$ 19,5 bilhões, correspondendo a uma variação
de 38%. O diagnóstico é de que não há
estratégia de mitigação ou preparação para
saída: uma vez implantadas as medidas, os
benefícios se eternizam. Ademais, são pouco
focados, não raro produzindo impactos
regressivos, com transferências de recursos que
favorecem grupos de mais alta renda e/ou
regiões mais desenvolvidas. E os recipientes
podem acumular benefícios, desde que seja
atendido o critério de inclusão.
Diversas iniciativas têm sido tomadas para
racionalizar e aumentar a eficiência no setor,
com foco em subsídios cruzados inter e
intrassetoriais, como forma de viabilizar reduções
de preços e tarifas de eletricidade. Em 2018, foi
lançado o Plano de Redução Estrutural das
Despesas com a CDE. Parte desse esforço, o
Decreto 9.642/18 determina redução gradual de
20% ao ano nos descontos para os consumidores
rurais e prestadores de serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário,
até sua extinção em 2023.
A tentativa de eliminar subsídio para o
saneamento provocou forte reação no Congresso
Nacional. Esta pressão contrária à entrada em
vigor do decreto vai de encontro à preocupação
com eficiência e busca de sinais adequados de
preços e custos do fornecimento de energia
elétrica.
Utilizando dados do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS), o Centro
de Estudos em Regulação e Infraestrutura (FGV
CERI) avaliou o impacto da eliminação do
subsídio cruzado entre o setor de energia elétrica
e saneamento básico nas tarifas de água e
esgoto. De acordo com as estimativas, o efeito
da decisão do Decreto 9.642/18 sobre a tarifa
média nacional de água e esgoto será de 1%
quando os subsídios forem totalmente
eliminados. Esse impacto varia entre os
prestadores devido à diferença na
representatividade da despesa de energia elétrica
nos seus gastos totais. Por exemplo, estima-se
que o impacto na tarifa média da companhia
estadual de saneamento básico do Distrito
Federal será de 0,64%, enquanto na do Acre
acarretará aumento de 1,93%.
País convive com 14% de perdas totais na
distribuição de energia elétrica e 38% na
distribuição de água
Um exercício alternativo interessante consiste em
identificar uma trajetória gradual de redução
e/ou eliminação do subsídio para o setor de
saneamento que fosse compensada por uma
regulação que demanda o aumento de eficiência
energética e/ou o uso racional da água por parte
das prestadoras de serviço de saneamento.
Dessa forma, a redução do subsídio poderia ser
acompanhada pela redução do consumo de
energia elétrica devido ao uso de tecnologias
mais eficientes ou, indiretamente, pelo menor
desperdício de água.
Data: 04/09/2019
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Grupo de Comunicação
De acordo com nossas estimativas, com base nos
dados do SNIS, uma redução média de 10 pontos
percentuais no índice de perdas de água na
distribuição das prestadoras de saneamento
reduziria os custos com energia elétrica em igual
proporção ao aumento causado pelo fim do
subsídio, neutralizando o impacto do fim dos
subsídios sobre usuários de saneamento, bem
como mantendo a redução dos custos arcados
pelos consumidores de eletricidade.
Isto significa dizer que o aumento dos custos
arcados pelas empresas de saneamento devido à
extinção do subsídio cruzado do setor elétrico
poderia ser compensado pela redução das
despesas com energia elétrica. Esta e outras
discussões com relação ao tema foram feitas no
artigo "Lógica e distorções por trás dos subsídios
entre os setores de eletricidade e saneamento",
apresentado pelo FGV CERI no XI Congresso
Brasileiro de Regulação, em agosto, em Maceió.
Vale ressaltar que promover a redução
necessária nas perdas de água no período de
cinco anos não é tarefa simples. Logo, iniciativas
voltadas ao aumento da eficiência energética
podem vir a complementar tal medida para fins
de redução dos custos da prestadora de
saneamento com energia elétrica.
Existem instrumentos capazes de mobilizar
capital para ações de eficiência energética
beneficiando inclusive, e principalmente, o setor
de saneamento. Um exemplo é o FinBrazeec
(Financial Instruments for Brazil Energy Efficient
Cities), programa do Banco Mundial para a Caixa
Econômica Federal, que pode apoiar ações de
eficiência energética para companhias de
saneamento. Apesar de atualmente o FinBrazeec
estar focado em projetos de iluminação pública,
há espaço para inclusão de projetos que visem a
eficiência energética na indústria do saneamento.
Vale também destacar anúncio recente de que o
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)
estaria reestruturando a unidade para criar um
grupo para ação descentralizada em parceria com
entes subnacionais, onde poderiam ser incluídas
as referidas ações.
O desenvolvimento de políticas focadas na
promoção da eficiência nos setores de
infraestrutura, como energia elétrica e
saneamento, tem impacto muito relevante. Ainda
hoje, ambos os setores enfrentam volumes
elevados - quase inadmissíveis - de perdas.
Conforme se verifica pelos dados mais recentes
da Agência Nacional de Energia Elétrica e do
Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento, convivemos com 14% de perdas
totais na distribuição de energia elétrica e 38%
na distribuição de água.
No presente artigo, discutimos uma medida de
política que substitui subsídios das tarifas de
eletricidade em favor de companhias de
saneamento por ganhos de eficiência energética
que acabam por beneficiar ambos os setores e
seus usuários. Esse é um exemplo de medida
capaz de promover ganhos econômicos, sociais e
ambientais. O desafio de sua implementação,
contudo, é lidar com resistências políticas. Para
enfrentá-las, é fundamental avançar para além
dos conflitos distributivos, que na maioria das
vezes acabam por impedir reformas meritórias
por aumentos de eficiência, com melhorias de
competitividade e crescimento econômico.
Joisa Dutra é presidente do Conselho de Energia
da ACRL e Diretora do FGV-CERI.
Juliana Jerônimo é pesquisadora do FGV-CERI.
https://www.valor.com.br/opiniao/6420325/confl
itos-nas-reformas-de-energia-e-saneamento
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Data: 04/09/2019
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Recorde da Petrobras marca tendência,
dizem especialistas
Por Rodrigo Polito e Alessandra Saraiva | Do Rio
O recorde de produção de petróleo e gás natural
divulgado ontem pela Petrobras para o mês de
agosto indica uma tendência do crescimento
esperado para a companhia nos próximos anos,
segundo avaliação de especialistas. A empresa
comunicou ao mercado que obteve, na média do
mês passado, 3 milhões de barris de óleo
equivalente (BOE) por dia. O volume é 21%
superior ao contabilizado em igual mês de 2018 e
10% maior que o observado em julho deste ano.
Apesar do aumento previsto pela Petrobras para
os próximos anos, da ordem de 5% ao ano, em
média, até 2023, a companhia deve reduzir a sua
participação na produção de petróleo no país.
Simultaneamente, outros produtores ganharão
espaço como resultado dos últimos leilões de
áreas da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP).
O consultor Adriano Pires, diretor do Centro
Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), diz que a
tendência é a produção no país alcançar 4
milhões de barris de petróleo por dia em 2022-
2023, considerando todos os produtores. Hoje há
cinco empresas que atuam no pré-sal como
operadores - Petrobras, Exxon, Equinor, Shell e
BP. Mas nem todos os campos estão em
produção, o que é esperado para os próximos
anos. Pires diz que o pré-sal tem sido uma área
de alta produtividade: "Há poços produzindo 50
mil, 60 mil barris por dia."
No caso da Petrobras, tudo indica que o salto
observado na produção em agosto foi resultado
das atividades no pré-sal. Isso porque a
petroleira informou que também foi recorde a
média da produção operada pela estatal na área,
incluindo a fatia dos parceiros, de 2,2 milhões de
BOE diários.
David Zylbersztajn, consultor e ex-diretor da
ANP, diz que o aumento da produtividade dos
campos do pré-sal e a entrada em operação de
novas áreas indicam a tendência de crescimento
da produção da estatal no futuro. Além disso, a
Petrobras tem colocado em operação novas
plataformas. Foram sete desde 2018 até agora e
serão mais dez até 2023. São unidades de
grande porte em sua maioria, com capacidade de
produzir, estocar e transferir 150 mil barris de
óleo por dia. Há inclusive plataformas ainda
maiores, de 180 mil barris/dia.
A divulgação do dado de agosto foi uma exceção
uma vez que a Petrobras, na gestão de Roberto
Castello Branco, passou a publicar os dados em
relatórios trimestrais. A publicação da produção
de agosto foi necessária para atender a
legislação, já que o diretor de exploração e
produção da companhia, Carlos Alberto Pereira
de Oliveira, iria comentar os números em reunião
com investidores ontem. No comunicado de
ontem, a Petrobras informou ainda ter atingido
recorde de produção diária de óleo e gás, de 3,1
milhões de BOE, acima da média mensal de
agosto. Não foi informado, porém, o dia do mês
em que o resultado foi obtido.
O consultor John Forman, que também foi diretor
da ANP, explica que o crescimento da produção
em agosto está em linha com a estratégia da
Petrobras de retirar o maior volume possível do
pré-sal enquanto vive-se o melhor momento
considerando que a demanda por petróleo deverá
atingir seu pico nas próximas décadas. Segundo
projeções da ANP, o Brasil poderá saltar da nona
para a quinta posição no ranking dos maiores
produtores de petróleo. A estimativa da agência
é que em 2030 a produção de petróleo no país
seja de 7 milhões de barris por dia.
O resultado de agosto mostra uma recuperação
em relação ao revés que a companhia teve em
junho. Por problemas operacionais, a empresa
produziu 240 mil BOE/dia, abaixo do esperado.
Por isso reduziu a meta para 2019 de 2,8 milhões
de BOE/dia para 2,7 milhões de BOE/dia, com
variação de 2,5% para mais ou para menos.
https://www.valor.com.br/empresas/6420197/re
corde-da-petrobras-marca-tendencia-dizem-
especialistas
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Data: 04/09/2019
57
Grupo de Comunicação
Itaúsa está confiante na compra da Liquigás
Por Talita Moreira | De São Paulo
A Itaúsa participa neste momento de 30
processos de aquisição de ativos, dos quais 15
estão mais avançados, disse Alfredo Setubal,
diretor-presidente da companhia, em reunião
ontem com investidores. Desses, a possível
compra da Liquigás é a única que deve ser
concluída ainda neste ano, segundo ele. O
porcentual da companhia a ser comprado, no
entanto, ainda não está definido.
A Petrobras informou que o consórcio liderado
pela Itaúsa e pela Copagaz foi o que fez a maior
proposta pela Liquigás. Setubal disse que os
NDAs (processos não vinculantes) dos quais a
Itaúsa participa são de diversos setores, entre
eles energia, e muitos têm caráter de
aprendizado para a holding.
"Até dois ou três anos atrás a Itaúsa não era
nem procurada pelos bancos de investimento,
porque não era um investidor muito ativo", disse
a jornalistas após reunião da Apimec. Agora, no
entanto, a holding vem procurando montar um
portfólio de ativos não financeiros, já que hoje
está muito concentrada na participação que tem
no Itaú Unibanco.
Nesse processo, a preferência, de acordo com
Setubal, é que sejam ativos não regulados,
pouco dependentes do governo, complementares
em relação ao banco e que sejam empresas com
marcas consolidadas. "Da Petrobras, estamos
olhando vários ativos, como a Liquigás."
Startups estão fora do radar da Itaúsa. O
objetivo da holding é que sejam investimentos da
ordem de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões. Setubal
afirmou que reduzir o peso do Itaú é difícil, mas
a ideia é que a Itaúsa tenha, em cinco ou seis
anos, um portfólio também relevante de
participações nos setores de serviços e industrial.
https://www.valor.com.br/empresas/6420179/ita
usa-esta-confiante-na-compra-da-liquigas
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Data: 04/09/2019
58
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Concorrência em campo
Por Andrea Vialli | Para o Valor, de São Paulo
Limitar a 2°C a elevação da temperatura da Terra
até o final deste século não depende apenas de
uma transição das energias fósseis para as
renováveis. As mudanças no uso da terra, seja
para a produção de alimentos ou
biocombustíveis, contribuem de forma definitiva
para o aquecimento global, mas representam
também oportunidades. É o que aponta o
relatório especial sobre Mudança do Clima e
Terra, divulgado mês passado em Genebra, na
Suíça, pelo Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)
da ONU. Elaborado por 103 cientistas de 52
países nos últimos dois anos, o estudo traz uma
revisão de mais de sete mil artigos científicos
sobre o tema e é o primeiro da série de estudos
do IPCC dedicado a esmiuçar os impactos, para o
clima global, das transformações que têm
ocorrido nos ecossistemas terrestres.
Os dados mostram um aumento dos riscos
associados ao clima, como desertificação,
escassez hídrica, mudança no regime de chuvas,
incêndios florestais e insegurança alimentar. Mas
a boa notícia é que o sistema global de produção
de alimentos, que responde por até 37% das
emissões de gases de efeito estufa, pode
também ser um instrumento de resposta à
mudança do clima, com ganhos de produtividade
e tecnologias agrícolas que o Brasil já vem
utilizando. O desafio é aumentar a escala.
"O relatório deixa claro que é fundamental
desenvolver técnicas agropecuárias que
mantenham e aumentem o estoque de carbono
no solo, porque isso eleva a produtividade
agrícola e, ao mesmo tempo, evita que esse
carbono seja lançado na atmosfera. Precisamos
disso em larga escala no Brasil", diz Paulo
Artaxo, professor do Instituto de Física da
Universidade de São Paulo, membro do IPCC e
autor principal do segundo capítulo do relatório.
Outra oportunidade para o Brasil são os
combustíveis: o relatório recomenda ampliar a
produção de biocombustíveis, mas alerta que ela
terá de ser feita de modo sustentável, sem
concorrer com a produção de alimentos. Para
isso, será preciso aumentar a produtividade dos
biocombustíveis já existentes, como etanol e
biodiesel, desenvolver mais combustíveis de
segunda geração, que utilizam resíduos como o
bagaço da cana-de-açúcar.
Segundo o relatório, 44% das recentes emissões
antrópicas de metano, um potente gás de efeito
estufa, vieram das mudanças no uso da terra - é
o caso, por exemplo, da derrubada de florestas
para dar lugar a pastagens. Em todo o mundo
5,3 milhões de km2 de terra foram convertidos
para o uso agrícola desde 1961, uma área
equivalente a dois terços do território da
Austrália.
Para Artaxo, a questão chave para o Brasil é
equilibrar quatro pontos: a redução do
desmatamento, o reflorestamento para absorver
carbono da atmosfera, a produção de alimentos
para uma população em crescimento (10 bilhões
de pessoas em 2050) e a produção de
biocombustíveis. Os quatro competem pelo uso
da terra em todos os países e aqui não é
diferente. Mas o recente aumento do
desmatamento e das queimadas na Amazônia é
um fator de alto risco para esse equilíbrio, alerta
o cientista. "O Brasil está numa situação muito
delicada. É fundamental que o país retome a rota
e possa desenvolver um agronegócio que seja
sustentável no médio e longo prazo: isso é
estratégico", diz Artaxo.
Segundo o MapBiomas, plataforma de
mapeamento colaborativo da cobertura e uso do
solo no Brasil, o país perdeu 89 milhões de
hectares de área de florestas nativas no período
entre 1985 e 2018. Ao mesmo tempo, a área
destinada à agropecuária cresceu em 86 milhões
de hectares e hoje ocupa 260 milhões de
hectares, o equivalente a 31% do território
nacional. As florestas são 59% do território e
outros tipos de vegetação nativa, 7%.
Data: 04/09/2019
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Mesmo com uma grande parcela do território
ocupada por florestas, a escalada do
desmatamento já coloca em risco as metas
ambientais. Um dos compromissos assumidos na
conferência do clima de Copenhague, em 2009, é
reduzir o desmatamento da Amazônia em 80%
até 2020, em comparação com a média
registrada entre 1996 e 2005. Para isso, o
desmatamento anual não deveria exceder 3,8 mil
km2, mas em 2018 alcançou 7,8 mil km2.
Para Tasso Azevedo, coordenador geral do
MapBiomas, os sistemas de monitoramento do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
já mostram que o desmatamento será ainda
maior este ano. "O mais provável é que seja da
ordem de 10 mil km2. Estamos saindo do
controle, a luz vermelha foi acesa", afirma.
Além de frear o desmatamento ilegal, políticas
públicas de fomento ao agronegócio sustentável
serão essenciais para o Brasil avançar nas
questões ambientais. A principal delas é o Plano
ABC (Agricultura de Baixo Carbono), lançado em
2010 para fomentar tecnologias agrícolas que
reduzam a emissão de gases de efeito estufa. O
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) é responsável por sua
gestão, que inclui linha de crédito subsidiada
como um dos instrumentos. Os recursos são
operados por bancos públicos, especialmente o
Banco do Brasil, e privados. Para 2019, estão
previstos no Plano Safra R$ 2,096 bilhões para
investimentos do programa ABC.
O programa financia práticas de conservação e
eficiência agrícola, como plantio direto, fixação
biológica de nitrogênio no solo, recuperação de
pastagens e adaptação às mudanças climáticas.
Entre 2010 e 2018, a linha concedeu R$ 17,3
bilhões aos produtores rurais, que, de acordo
com o Mapa, ajudaram na transformação de 27,6
milhões de hectares, o equivalente a quase 15%
da área agricultável do país.
Mesmo com resultados no campo, a linha sofre
altos e baixos. Chegou a ter mais de 8.000
contratos na safra 2015/2016, mas na safra
anterior, 2018/2019, ficou quase 20% aquém da
utilização. Questões burocráticas e
desconhecimento da linha pelos produtores
estariam entre os motivos para a baixa demanda.
Para o Mapa, trata-se de mudar a cultura aos
poucos. "Entendemos que o papel do Plano ABC
vai muito além da linha de crédito. A adoção dos
sistemas propostos deve continuar avançando,
ainda que o crédito bancário não esteja sendo
acessado em sua totalidade", diz Mariane
Crespolini, diretora do departamento de produção
sustentável e irrigação da Secretaria de
Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do
Mapa.
Entre os bancos privados que operam com o
programa ABC, há um esforço de levar
informação aos produtores rurais. O Santander,
por exemplo, tem um total de 300 agências
localizadas em áreas de agronegócio, sendo 21
especializadas nessas operações. Em 2018 o
banco concedeu R$ 396,1 milhões em
financiamentos para projetos de agricultura de
baixo carbono, modernização e inovação no
campo. Nos sete primeiros meses de 2019,
houve um crescimento de 15% na concessão de
crédito em comparação ao mesmo período do
ano passado. "O agricultor está buscando
produtividade, quer reduzir custos e ser mais
eficiente", diz Carlos Aguiar, diretor de
agronegócio do Santander. Uma das linhas com
grande procura é para a instalação de painéis
solares em empreendimentos agrícolas, uma
linha de crédito nova, mas que financiou R$ 12
milhões em equipamentos só este ano.
https://www.valor.com.br/agro/6420037/concorr
encia-em-campo
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Data: 04/09/2019
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Com genes editados, plantas resistem a alta
temperatura
Por Gleise de Castro | Para o Valor, de São Paulo
Alterações nas condições climáticas, cada vez
mais frequentes e intensas, já estão produzindo
impactos significativos na agricultura brasileira,
como as perdas na safra de soja 2018/2019.
Estiagem, altas temperaturas e chuvas
irregulares no final de 2018 e início de 2019
levaram à queda de 6 milhões de toneladas em
12 Estados, em relação à previsão inicial, para
114 milhões de toneladas, conforme dados da
Associação Brasileira dos Produtores de Soja
(Aprosoja Brasil).
A Bahia foi o Estado mais atingido pelas
variações no clima, com perdas de cerca 17,3%,
seguida por Paraná (16,5%), Mato Grosso do Sul
(12,9%), Minas Gerais (12%) e Piauí (9%). Além
da soja, as culturas mais vulneráveis às
mudanças climáticas são milho e café, segundo
Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa
Informática Agropecuária.
Para enfrentar esses impactos, o caminho,
apontam especialistas, é investir em uma série
de práticas e tecnologias, a maior parte já
existente, que visam minorar os efeitos das
mudanças do clima, ao mesmo tempo em que
reduzem a emissão de gases de efeito estufa
(GEE) pela própria atividade. O papel da genética
também é decisivo, no desenvolvimento de
cultivares resistentes às mudanças climáticas.
"Temos vários instrumentos de mitigação, mas
também muitos desafios", diz João Adrien
Fernandes, assessor de assuntos socioambientais
do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
"A principal questão que nos preocupa é a
mudança no padrão de chuvas", diz Suzana Kahn
Ribeiro, vice-diretora da Coppe/UFRJ e membro
do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Não que as
perdas sejam irreversíveis, mas o Brasil terá de
investir muito para se adaptar ao novo padrão.
"Terá de investir em plantas que resistem a outro
regime de água."
Para a oceanógrafa Regina Rodrigues,
pesquisadora da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC) e revisora do capítulo sobre
gestão de risco e respostas à mudança do clima
do relatório do IPCC, a principal vulnerabilidade
da agricultura brasileira é estar baseada em
grande produção de poucos produtos, como soja
e carne, direcionados à exportação. A seu ver, a
saída é diversificar a produção para diminuir os
riscos. "A diversidade genética é que dá
oportunidade de resistência aos estresses
climáticos", afirma.
A diversificação de culturas já está prevista no
sistema integrado lavoura-pecuária-floresta
(ILPF), prática preconizada pelo Plano de
Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC), que
tem como objetivo reduzir emissões de GEE e
aumentar a produtividade. "Quem usou esse
sistema no ano passado, perdeu menos", diz
Assad, da Embrapa, referindo-se às perdas na
cultura de soja. A prática totaliza hoje 13 milhões
de hectares.
No campo da genética, as pesquisas da Embrapa
se desenvolvem em várias frentes para chegar a
plantas adaptadas a altas temperaturas, seca e
excesso de chuvas. Envolvem desde os clássicos
cruzamentos de variedades até a transgenia e a
tecnologia mais recente, de edição de genomas
das plantas.
Denominada Clustered Regularly Interspaced
Short Palindromic Repeat (CRISPRS), a técnica
permite introduzir mutações genéticas nas
plantas, sem que haja a necessidade de criação
de um organismo transgênico. "Você manipula os
genes com as características que você quer,
como maior tolerância a seca e altas
temperaturas", explica Alexandre Nepomuceno,
pesquisador da Embrapa Soja e presidente do
Portfólio de Biotecnologia Avançada Aplicada ao
Agronegócio, da empresa.
https://www.valor.com.br/agro/6420039/com-
genes-editados-plantas-resistem-alta-
temperatura Voltar ao Sumário
Data: 04/09/2019
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Cultivo sustentável e orgânico avança
Por Luiz Maciel | Para o Valor, de São Paulo
Um método de produção agrícola que respeita o
ambiente e é justo do ponto de vista social, sem
deixar de ser rentável. Esta é a definição clássica
de agricultura sustentável, frequentemente
confundida, pelas boas intenções anunciadas,
com a que produz alimentos orgânicos.
"Costumamos chamar de sustentável qualquer
lavoura que adote um manejo mais cuidadoso
com a natureza, como o plantio direto, por
exemplo, que evita erosões. Ao contrário do
cultivo orgânico, porém, a agricultura sustentável
não dispensa o uso de herbicidas, fertilizantes
industriais ou sementes transgênicas", esclarece
o agrônomo Carlos Khatounian, professor de
agroecologia na Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (Esalq-USP).
Em resumo, toda agricultura orgânica é
sustentável, mas nem todo cultivo com o rótulo
de sustentável tem o selo orgânico. Ambas as
modalidades, em todo caso, estão em
crescimento desde que a Organização das Nações
Unidas (ONU), em 1972, realizou a primeira
cúpula mundial para debater as ameaças de
degradação da natureza, reunindo mais de uma
centena de chefes de Estado em Estocolmo. "A
ONU ouviu o alerta da bióloga americana Rachel
Carson, que alguns anos antes havia publicado o
livro "Primavera Silenciosa", no qual relacionava
o uso de agrotóxicos ao surgimento de câncer.
Vem desse estudo a proibição do DDT", lembra
Khatounian.
Embora tenha sido despertada há pouco mais de
meio século, foi nas duas últimas décadas que a
preocupação dos consumidores com a origem
sustentável dos alimentos passou a crescer
exponencialmente. Segundo o Conselho
Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável
(Organis), o mercado brasileiro de orgânicos
cresceu 20% em 2018, movimentando R$ 4
bilhões. E nessa conta cabem tanto produtores
familiares, que cultivam hortaliças adubadas com
palha e esterco de galinha, como grandes
proprietários rurais que ousaram investir na
agricultura sustentável, mesmo sabendo que isso
daria mais trabalho e até reduziria seu lucro nos
primeiros anos - mas só nos primeiros anos.
Vilmar de Almeida, um sitiante de Planaltina
(DF), faz parte do primeiro grupo. Com a ajuda
da mulher, Denise, da filha, Giovana, e de dois
funcionários, ele produz uma vasta seleção de
verduras e legumes orgânicos em três hectares
(dois próprios e um arrendado) - e já não dá
conta de atender a clientela. "Comprei a terra
com o dinheiro de uma indenização e consegui
financiamento e orientação da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater)."
Almeida planta até dez variedades de hortaliças
no mesmo talhão, "porque uma cultura protege a
outra". Separa as hortas com corredores de
bananeiras e cítricos "para quebrar o vento". Usa
palha, esterco e compostagem de lixo orgânico
como fertilizante. Cria galinhas e porcos para
garantir um ótimo adubo e os alimenta com
folhas e sobras de plantas. Com esses cuidados,
é merecedor de duas certificações orgânicas e
virou até palestrante.
Já a maior experiência de sustentabilidade na
agricultura brasileira acontece nas usinas São
Francisco e Santo Antônio, que somam 18 mil
hectares de canaviais em Sertãozinho (SP).
Depois de convencer o tio, então presidente do
grupo, de que suas ideias não arruinariam o
patrimônio familiar, Leontino Balbo Junior, então
recém-formado em agronomia, começou a
implantar processos sustentáveis nas usinas em
1987.
O primeiro grande desafio foi acabar com a
queima da cama, que facilita o corte manual,
mas emite toneladas de carbono e destrói a
palha que poderia servir de fertilizante. Deu um
Data: 04/09/2019
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trabalhão - foram necessárias 10 mil horas de
trabalho conjunto com o fabricante para
desenvolver uma colhedora que desse conta do
recado. Depois vieram a adubação natural (à
base de palha e pó de pedra), o controle
biológico de pragas (por meio de insetos que são
inimigos naturais das lagartas) e a reconstituição
de matas ciliares. Hoje as usinas, com produtos
da marca Native, abastecem o mercado -
sobretudo internacional - com 300 mil toneladas
de açúcar e 300 milhões de litros de álcool
orgânicos por ano.
https://www.valor.com.br/agro/6420035/cultivo-
sustentavel-e-organico-avanca
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Data: 04/09/2019
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Pecuária busca mais produtividade
Por Marlene Jaggi | Para o Valor, de São Paulo
Tecnologia, produtividade, manejo e consumo
racional. A associação dessas práticas deve
definir o futuro do mercado de carne no país,
segundo especialistas. E é a melhor resposta a
quem olha para a atividade com reservas diante
do avanço do desmatamento ilegal na Amazônia,
que abre espaço para mais pastos, e de alertas
como o do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) para a necessidade
de redução drástica do consumo de carne
vermelha. A pecuária estimula a emissão de
gases de efeito estufa (GEE), demanda terra,
energia e água, incluindo o que é gasto na
produção de grãos para ração - características
que levam mais consumidores a buscar
alternativas à proteína animal, como os
hambúrgueres de carne vegetal.
O Brasil é o maior exportador e o segundo maior
produtor de carne bovina do mundo. Segundo
dados da Associação Brasileira das Indústrias
Exportadoras de Carne (Abiec), no ano passado,
20,12% das 10,96 milhões de toneladas
equivalentes de carcaça (TEC) produzidas no país
foram destinados ao mercado externo - quase
metade a Hong Kong e China. O fato de quase
80% da produção serem destinados ao consumo
doméstico indica que, para crescer, o país
depende do mercado externo, cujas exigências
quanto à qualidade e sustentabilidade dos
processos produtivos vêm aumentando.
"Demanda haverá e virá dos países em
desenvolvimento", diz Sergio De Zen,
coordenador do grupo de economia e gestão de
proteína animal do Cepea-Esalq-USP. Mantidos
os atuais padrões de consumo, porém, no longo
prazo a situação poderá ficar insustentável. A
previsão de aumento de 2 bilhões de pessoas na
população global do planeta, até 2050, projeta
para aquele ano o dobro da produção atual de
carne, com mais pressão sobre o meio ambiente.
Práticas sustentáveis têm sido a resposta de
produtores e indústrias ao desafio de produzir
com impacto ambiental mínimo. Na fazenda da
família Sokoloski, em Nioaque (MS), por
exemplo, soluções como a suplementação
nutricional do rebanho durante a seca assegura
bom lucro por hectare. "Com essa e outras
tecnologias conseguimos aumentar de 30% para
70% a eficiência da pastagem", diz Igor
Sokoloski, representante da geração de jovens
que vem ajudando a mudar o perfil da pecuária
no país.
"Os estudos mostram que tivemos um ganho
enorme da produtividade", afirma De Zen. Em
2002, cem vacas de corte ocupavam 240
hectares e produziam 45 bezerros de 170 kg.
Hoje a mesma quantidade de animais ocupa 150
hectares para produzir 65 bezerros de 200 quilos.
Segundo um estudo da Embrapa Pecuária
Sudeste, as emissões da agropecuária do Brasil
correspondem a 0,83% das 49 gigatoneladas de
GEE emitidas pelo mundo.
De acordo com o pesquisador Sérgio Raposo
Medeiros, o setor conta com um arsenal de
soluções que vão de pesquisas para
melhoramento genético a vacinas e produtos
como o 3NOP (3-nitroxipropanol), que pode
mitigar até 60% da emissão de metano. A
pesquisadora e zootecnista Fabiana Villa Alves,
também da Embrapa, destaca soluções como a
integração lavoura-pecuária-floresta, uma técnica
com diferentes sistemas produtivos em uma
mesma área.
Na Marfrig, só é fornecedor quem segue a
cartilha da sustentabilidade, que destaca o
compromisso assumido em 2009 de
desmatamento zero no bioma da Amazônia.
"Asseguramos a origem da matéria prima que
compramos, mitigando riscos de serem
provenientes de zonas associadas a
Data: 04/09/2019
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Grupo de Comunicação
desmatamento e condições de trabalho
degradantes", diz Pianez. O grupo, que criou uma
plataforma para monitorar via satélite os
processos produtivos e práticas socioambientais
de seus fornecedores, vai lançar este ano a
primeira Carne Carbono Zero, produzida em
pastos integrados a florestas de eucaliptos, que
têm grande capacidade de captura de carbono.
https://www.valor.com.br/agro/6420029/pecuari
a-busca-mais-produtividade
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Data: 04/09/2019
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Restauração florestal pode ter retorno
financeiro atraente
Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
A falta de indicadores que demonstram a
viabilidade econômica de plantar árvores é
comumente apontada como barreira ao
engajamento da agropecuária na adoção de
modelos amigáveis ao clima. Mas estudos do
Projeto Verena, conduzidos pelo WRI Brasil e
instituições parceiras, não só aposentam a velha
crença de que a restauração florestal representa
apenas custo, como constatam a sua
potencialidade como ativo de retorno financeiro
atraente, tanto para investidores como para
proprietários rurais.
"O alto consumo global de madeira, que cresce
1% ao ano, estimula novos modelos de negócio
com reflorestamento", afirma Alan Batista,
analista de investimentos do WRI. Para suprir a
demanda do crescimento populacional até 2050,
a produção anual de madeira para diversas
finalidades deverá triplicar dos atuais 3,4 bilhões
para mais de 10 bilhões de metros cúbicos no
mundo, segundo projeções do WWF.
"O controle do desmatamento ilegal traz
vantagens, porque haverá menor oferta de
madeira tropical com maior ganho em preço",
prevê Batista, integrante do Projeto Verena,
financiado pelo Children's Investment Fund
Foundation (CIFF) com objetivo de demonstrar a
viabilidade técnica e econômica da restauração
florestal com espécies nativas em larga escala,
destacando os benefícios sociais e ambientais da
atividade. O estudo verificou que produzir
madeira de jequitibá, louro-pardo, jacarandá,
angicos e outras árvores brasileiras, em área de
pastagens degradadas, permite uma taxa de
retorno de 14% em 20 anos, superior à do
eucalipto.
"O ganho é maior, porém mais demorado, o que
exige mecanismos financeiros adequados a essa
realidade", explica Batista. Os resultados
econômicos se mostraram ainda melhores
quando a madeira nativa está associada a outras
culturas em sistemas agroflorestais (SAF). "Após
chegarmos aos indicadores, estamos agora
executando projetos no campo como base de
uma nova economia florestal", diz. Além da
produção de madeira e alimentos em modelos
consorciados, o plantio de árvores pode significar
receitas extras por meio de novos mecanismos
financeiros, como créditos referentes ao carbono
que deixa de ser emitido para atmosfera e
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), para
quem protege nascentes.
"Além de bom negócio, manter a floresta e
aumentar a área plantada com espécies arbóreas
nativas é a maneira mais efetiva e competitiva,
em termos de custo, de mitigar o aquecimento
global", enfatiza Batista. No mundo, a iniciativa
Bonn Challenge pretende restaurar 350 milhões
de hectares de terras degradadas e desmatadas
até 2030, mobilizando aproximadamente US$ 84
bilhões por ano em benefícios que podem
aumentar a renda em áreas rurais. A estimativa
é capturar até 1,7 milhões de toneladas de
dióxido de carbono anualmente.
No Acordo de Paris, o Brasil assumiu o
compromisso de restaurar e reflorestar 12
milhões de hectares. "É fundamental o lastro de
evidências científicas para atingir os objetivos",
destaca Rubens Benini, gerente da estratégia de
restauração florestal da The Nature Conservancy
(TNC). No Espírito Santo, a ONG apoia o
programa Reflorestar, que aplica 3% dos
recursos dos royalties do petróleo (em torno de
R$ 10 milhões por ano) no plantio de árvores
para segurança hídrica, envolvendo 4 mil
produtores rurais recompensados
financeiramente por manter a vegetação de pé.
Já são 120 mil hectares de floresta regenerada, e
o modelo começa a ser replicado em MG.
https://www.valor.com.br/agro/6420023/restaur
acao-florestal-pode-ter-retorno-financeiro-
atraente
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Data: 04/09/2019
66
Grupo de Comunicação
Desmatamento ameaça ganhos potenciais
no mercado de carbono
Por Sergio Adeodato | De São Paulo
O estoque florestal da Amazônia tem potencial de
render US$ 1 bilhão ao ano, entre 2020 e 2030,
pela importância ao clima do planeta. O valor,
referente a 3 bilhões de toneladas de carbono,
pode viabilizar investimentos na bioeconomia e
outras atividades produtivas sustentáveis, em
diferentes setores, como o agronegócio. "Mas o
país precisa de imediato zerar o desmatamento
ilegal, porque estamos no limite de perder essa
oportunidade", adverte Pedro Soares, gerente de
mudanças climáticas do Instituto de Conservação
e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
(Idesam).
A organização acaba de concluir estudo sobre a
capacidade de ganhos com um dos principais
mecanismos financeiros propostos para
recompensar quem evita emissões de gases de
efeito estufa: o REDD+, a Redução do
Desmatamento e Degradação Florestal, que
deverá tomar impulso quando o Acordo de Paris
entrar em vigor, em 2020. Segundo o
levantamento, o Brasil deixou de captar cerca de
US$ 18 bilhões com a redução do desmate na
Amazônia em 80% desde 2006. Só entre 2016 e
2020, o montante não aproveitado é de US$ 4
bilhões em REDD+.
"Ainda há chances de disputarmos esses
mercados, estratégicos para financiar nossos
compromissos climáticos e aliar redução de
desmatamento ao desenvolvimento local", diz
Soares. No entanto, ele lembra que a Política
Nacional sobre Mudanças do Clima tem meta de
reduzir o desmatamento em 80% até 2020, o
que significa um máximo de 4 mil km2
quadrados no ano. Em 2019, a projeção é de 10
mil km2. "Como pedir compensações financeiras
se estamos longe de cumprir políticas públicas?"
Além das cadeias de produtos florestais, a
agropecuária se configura como setor-chave para
investimentos em tecnologias e melhorias
produtivas, pois é responsável por 24% das
emissões brasileiras de gases de efeito estufa e
está entre os principais fatores associados ao
desmatamento. A Coalizão Brasil, Clima,
Florestas e Agricultura, que reúne cerca de 200
integrantes, lançou em agosto um manifesto em
defesa da estruturação do mercado de carbono
como oportunidade para os negócios e para o
clima, gerando ativos econômicos que
contribuam para o desenvolvimento sustentável
do país. "É preciso buscar novos mecanismos
para atrair uma nova leva de investimentos para
a mitigação de emissões", afirma o documento.
"O mercado de carbono provavelmente não
deixará ninguém rico, mas ajudará a
desencadear um processo de tecnologias capaz
de destravar a economia verde", diz Victor
Salviati, superintendente de inovação da
Fundação Amazonas Sustentável (FAS), que
apoia tecnicamente o governo estatual na
construção mecanismos para a maior valorização
da floresta quando conservada e explorada sem
degradação.
O tema é estratégico no âmbito da Força-Tarefa
de Governadores para o Clima e Florestas (GCF),
rede internacional de 38 Estados e províncias
voltada a reduzir emissões do desmatamento. O
Amazonas, integrante do grupo, começou a
regulamentar o Fundo Estadual de Serviços
Ambientais e pretende fazer o mesmo com o
REDD+, diante do potencial de futuras
transações por conta das grandes extensões de
florestas protegidas no território. "É
indispensável criar métricas e critérios de
salvaguarda para a repartição de benefícios",
ressalta Luis Piva, secretário executivo de meio
ambiente. Um desafio é buscar formatos que
viabilizem negócios com a iniciativa privada,
especialmente no Amazonas, onde a Zona Franca
de Manaus vive um momento de busca por
competitividade.
https://www.valor.com.br/agro/6420017/desmat
amento-ameaca-ganhos-potenciais-no-mercado-
de-carbono
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Data: 04/09/2019
67
Grupo de Comunicação
Agricultura necessita de sistemas
integrados
Por Andrea Vialli | Para o Valor, de São Paulo
Os custos associados às mudanças climáticas
foram da ordem de US$ 160 bilhões em 2018 em
todo o mundo, segundo dados da resseguradora
alemã Munich Re. Agravamento de extremos
climáticos, danos à infraestrutura das cidades e
perdas no campo fazem parte do rol de prejuízos
que a elevação da temperatura já causa para a
economia global.
Mais aquecidos, os oceanos contribuem para
temperaturas extremas no continente: os
termômetros da Índia já registraram 50°C; os da
França, 45°C, e da Alemanha, 38°C no recente
verão europeu. O Rio de Janeiro com 40°C já é
coisa bastante natural: o último verão carioca
registrou picos de 42°C.
"Não se pode negar os dados: a Terra está
aquecendo, em razão da concentração recorde de
gases de efeito estufa na atmosfera", afirma
Patricia Madeira, diretora da empresa de
meteorologia Climatempo, que participou do
evento "Novos Desafios da Safra", realizado pela
"Globo Rural", na semana passada.
A concentração de gases de efeito estufa chegou
a 405 partes por milhão (ppm) em 2017 e traz
consequências ao sistema climático global como
um todo: além das temperaturas extremas
(verões muito quentes e invernos muito frios),
afeta também a incidência de fenômenos como o
El Niño e La Niña. "Há 25 anos, o ciclo de cada El
Ninõ era de sete anos, agora são a cada dois ou
três anos", afirma.
Os impactos à agricultura do país já estão
previstos em estudos científicos divulgados nos
últimos anos pelo Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês),
que reúne seis cientistas brasileiros. De uma
forma geral, o clima tende a mudar em todas as
regiões brasileiras.
Em um cenário mais moderado, a região Sul do
país terá mais chuvas e mais ondas de calor e
propensão a eventos severos; o Sudeste passará
por fenômeno semelhante, com menos geadas e
frentes frias, e propensão a chuvas fortes no
verão; o Nordeste tende a ficar ainda mais seco,
com as regiões semiáridas propensas à
desertificação; já Norte e Centro-Oeste sofrerão
com menos chuvas.
Para Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa, a
agricultura brasileira é muito vulnerável às
mudanças climáticas. Os verões mais quentes
podem prejudicar culturas como a soja e o milho,
enquanto frutas que têm origem em climas
temperados, que precisam do frio para germinar
(ameixa, pera, maçã) terão que receber
hormônios, gerando aumento de custos para os
produtores. Por outro lado, o país acumulou
conhecimento nos últimos 40 anos que permitem
superar desafios que pareciam intransponíveis: é
o caso da própria soja em clima tropical, hoje
com produção da ordem de cinco toneladas por
hectare; e do milho, cuja produtividade era de
duas toneladas por ha/ano há dez anos e hoje
chega a seis toneladas/ha.
"Não me assustam as mudanças climáticas, e sim
a má gestão dos programas que permitam
reduzir seus impactos na agricultura", afirma
Assad.
O pesquisador aponta que a saída para enfrentar
os impactos são o investimento contínuo em
ciência e tecnologia e a agricultura de baixo
carbono, com modelos integrados de produção.
Além disso, é preciso intensificar a pecuária,
especialmente na Amazônia, sem a necessidade
de novos desmatamentos.
Data: 04/09/2019
68
Grupo de Comunicação
De acordo com Assad, há 17 milhões de hectares
na Amazônia que foram desmatados e hoje estão
abandonados, além de 10 milhões de pastagens
improdutivas no mesmo bioma. "Há anos
defendo que o Brasil não precisa desmatar para
aumentar sua produção agrícola, basta fazer a
intensificação produtiva", afirma o pesquisador.
Sistemas integrados de produção também serão
uma solução para os pequenos produtores do
semiárido nordestino. Com a diminuição no
regime de chuvas, será cada vez mais importante
conservar a água nas mais de 700 mil cisternas
existentes na região e associá-la a sistemas de
cultivo em aquaponia, técnica que combina a
produção de peixes e hortaliças.
https://www.valor.com.br/agro/6420033/agricult
ura-necessita-de-sistemas-integrados
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Data: 04/09/2019
69
Grupo de Comunicação
Agtechs atraem US$ 16,9 bi em 2018
Por Dauro Veras | Para o Valor, de Florianópolis
Aliadas no enfrentamento da crise climática, as
tecnologias para o agronegócio tornaram-se uma
das principais ondas disruptivas da economia
global. Em 2018 as empresas do setor,
conhecidas como agtechs, agritechs ou
agrotechs, receberam um volume recorde de US$
16,9 bilhões (R$ 70,3 bilhões) de investimentos,
43% a mais que no ano anterior, segundo estudo
da Agfunder com 1,6 mil startups. Os EUA
dominam esse mercado, seguidos de China, Índia
e Brasil.
Das 182 agthechs mapeadas em 2018 pela
Associação Brasileira de Startups (Abstartups),
81 (44%) fornecem sistemas de informática para
gestão de fazendas, drones e sensores
conectados à internet das coisas (IoT, em
inglês). Três quartos têm como modelo de receita
o software como serviço (SaaS). Elas estão
concentradas em São Paulo (31%), Minas Gerais
(16%), Paraná (10%), Santa Catarina (10%) e
Rio Grande do Sul (9%).
"As agtechs têm ganhado mais investimentos,
inovação e visibilidade ao oferecer tecnologias
tanto para as grandes empresas quanto para o
pequeno produtor", observa o presidente da
Abstartups, Amure Pinho. Ele acredita que a
disseminação do uso de inteligência de dados
para auxiliar na tomada de decisões agrícolas é
forte tendência para os próximos anos.
"As agtechs têm despertado a atenção de fundos
como o SP Ventures, que está captando US$ 75
milhões (R$ 312 milhões) para entrar na
participação societária de 20 a 25 startups. "É a
melhor oportunidade de investimento da
geração, pois seus fundamentos são claros e
sólidos", afirma o gestor Francisco Jardim. Ele
lembra que vários estudos apontam o
crescimento de 50% a 70% na demanda mundial
de alimentos até 2050 e o Brasil é o país que tem
mais espaço para supri-la.
"Parte do portfólio do SP Ventures está
concentrada no Agtech Valley, polo de
empreendedorismo agrícola localizado em
Piracicaba (SP) e região. O fundo também
investe em startups surgidas em universidades
federais, como a Horus Aeronaves, nascida na
UFSC e hoje a maior plataforma nacional de
drone como serviço; e a Aegro, criada na UFRGS,
cujo software de gestão agrícola para pequenas
propriedades tem 4 mil usuários em 1,3 milhão
de hectares.
"O fundo Inseed Investimentos já alocou R$ 34
milhões em 13 agtechs. Uma delas é a Rizoflora
Biotecnologia, criada na Universidade Federal de
Viçosa (UFV) e vendida para a multinacional
Stoller por cinco vezes o capital investido. "Nossa
expectativa na carteira agro é conseguir alguns
investimentos com retornos maiores que dez
vezes", diz o diretor-presidente do Inseed,
Gustavo Junqueira.
"Outra investida do fundo é a Smartbreeder,
empresa de inteligência agronômica digital de
Piracicaba. Sua plataforma atua como "consultor
agronômico" no manejo de 2,3 milhões de
hectares de cana-de-açúcar, grãos e florestas,
usando inteligência artificial, computação
cognitiva e deep learning. "Nossa ferramenta
permite indicar onde, quando e quanto colocar
cada insumo para fazer a agricultura mais
sustentável", diz o diretor-presidente Éder
Giglioti.
"A Agrosmart, de Campinas (SP), fornece um
pacote tecnológico de "cultivo inteligente" que
coleta informações e faz recomendações ao
produtor. O sistema dispensa a cobertura de
internet ou celular no campo para o envio de
dados. Entre seus clientes estão companhias com
muitos fornecedores como Coca-Cola, Pepsico e
Cargill. "É possível, por exemplo, avaliar o risco
de seca e propor ações em tempo real", diz o
diretor de novos negócios da agritech, Guilherme
Raucci. "Na irrigação, a economia de água chega
a 60%."
https://www.valor.com.br/agro/6420027/agtechs
-atraem-us-169-bi-em-2018
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Data: 04/09/2019
70
Grupo de Comunicação
Ferramenta digital reduz até 20% dos
custos
Por De São Paulo
As transformações da chamada agricultura 4.0
devem se intensificar nos próximos anos. A
conectividade no campo, por meio de sensores e
internet das coisas (IoT) auxilia nos processos de
irrigação e manejo de equipamentos agrícolas;
blockchain e big data, no rastreamento e
certificação da produção; e aplicativos e
softwares ajudam o produtor na gestão da
propriedade rural. Essas tecnologias,
combinadas, podem levar a uma redução de
custos para o produtor da ordem de 20%, de
acordo com Bruno Brasil, da secretaria de
pesquisa da Embrapa. "Hoje mais de 60% dos
produtores têm celulares com acesso à internet,
embora o acesso à rede no campo ainda seja um
desafio", diz.
A produção de insumos biológicos em
substituição aos de origem fóssil na agricultura é
outra área onde a tecnologia está se expandindo
rapidamente. De acordo com o pesquisador da
Embrapa, a agricultura brasileira se beneficia
com a substituição de adubos fosfatados ou
nitrogenados por microorganismos inoculantes,
que ajudam a fixar os nutrientes às plantas. O
caso mais conhecido é a fixação biológica de
nitrogênio na cultura de soja, que eliminou a
necessidade de usar adubo nitrogenado e
proporciona uma economia de US$ 13 bilhões por
ano no Brasil. Este ano, estão sendo lançados no
mercado brasileiro também inoculantes que
tornam o fósforo disponível para o milho, o que
deve reduzir ou eliminar o uso de fertilizantes
fosfatados, tecnologia que já vem sendo
empregada nos EUA e Austrália com bons
resultados.
A tecnologia da edição gênica traz a promessa de
revolucionar a agricultura. A técnica consiste na
criação de uma planta melhorada, mas sem a
inclusão do DNA de uma espécie diferente, como
ocorre com os organismos geneticamente
modificados. A inovação, conhecida como CRISPR
- repetições palindrômicas curtas interespaçadas
regularmente em agrupamentos -, permite
incorporar características como resistência a
doenças, produtividade maior, tolerância à seca
ou melhor composição nutricional. Também
reduz o tempo do desenvolvimento de sementes
de uma média de oito anos para cinco anos, com
os mesmos protocolos de campo.
"Essa é uma entre tantas tecnologias que estão a
caminho e serão importantes para o Brasil estar
na fronteira da competitividade agrícola", diz
Sandra Milach, líder de pesquisa genética da
Corteva, empresa de biotecnologia resultado da
união das áreas agrícolas das multinacionais Dow
Chemical e DuPont, e uma das patrocinadoras do
evento da "Globo Rural".
Sandra trabalha há oito anos nos Estados Unidos,
onde identifica, junto com sua equipe, os genes
das plantas que podem ser modificados com a
tecnologia CRISPR. Culturas como milho, soja,
arroz, sorgo, canola e girassol estão na mira das
pesquisas. A Corteva planeja lançar este ano no
mercado americano o primeiro produto com a
tecnologia CRISPR, um híbrido de milho ceroso,
ainda como projeto piloto. No Brasil, será preciso
esperar alguns anos. Mas primeiros passos foram
dados - em abril, a Corteva assinou um termo de
compromisso com a Embrapa para desenvolver
pesquisas com a técnica para a cultura da soja. O
objetivo é desenvolver sementes do grão
tolerantes à seca e resistentes a nematoides.
https://www.valor.com.br/agro/6420021/ferram
enta-digital-reduz-ate-20-dos-custos
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Data: 04/09/2019
71
Grupo de Comunicação
Alimentação deve ter menos carne e seguir
sazonalidade
Por Daniele Madureira | Para o Valor, de São
Paulo
A produção de carne e outros produtos de origem
animal ocupa 75% das terras aráveis do planeta,
não só para pastagem, mas também para a
produção de ração, especialmente soja e milho.
Mas as carnes e derivados são responsáveis por
apenas 12% das calorias consumidas no mundo.
No Brasil, por exemplo, estima-se que 90% da
soja produzida seja para consumo animal. São
muitos recursos naturais usados para alimentar
bovinos, suínos e aves que estão longe de ser a
principal fonte de energia para os seres
humanos.
"No Brasil, 85% das terras são dedicadas à
produção de soja e milho, sendo que a maior
parte disso é destinado à ração animal", diz o
professor Carlos Armênio Khatounian, do
departamento de produção vegetal da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq),
da Universidade de São Paulo (USP). "A área
agrícola mundial está decrescendo, por processos
de desertificação, erosão e salinização, tendo em
vista o uso inadequado do solo", afirma o
pesquisador. Para ele, o grande desafio é a
mudança no padrão alimentar, com a diminuição
da demanda por produtos de origem animal.
Dessa forma, será possível alimentar os 10
bilhões de habitantes que a Terra deverá ter em
2050.
Segundo Khatounian, são necessários dez kg de
grãos no Brasil para produzir um kg de matéria
seca de frango; nos suínos, a relação é de 22 kg
de grãos para um kg de carne. No que se refere
aos bovinos, tomando como base os Estados
Unidos, são 40 kg de grãos para um kg de boi. "É
um drama que a humanidade enfrenta,
independentemente das mudanças climáticas",
diz.
Para ele, a saída é a redução voluntária do
consumo de carnes e derivados. "Precisamos
fazer uma dieta acoplada ao ritmo das estações,
comer produtos mais fáceis de serem
encontrados em determinada época e região,
pois a planta adaptada necessita de menos
fertilizante", diz.
Na opinião de Rafael Zavala, representante da
Organização das Nações Unidas para Alimentação
e Agricultura (FAO), a saída está no aumento da
produção de carnes com baixa emissão de
carbono, como os peixes. No Brasil, explica, o
consumo per capita ao ano de peixes está em 12
kg, semelhante ao de suínos. Mas é um número
muito inferior ao consumo de bovinos, de 27 kg
per capita ao ano, e ao de frango, de 40 kg per
capita. O frango é uma proteína barata, acessível
à maioria da população. E os pescados também
poderiam ser mais acessíveis, se recebessem
mais incentivos governamentais como, por
exemplo, a promoção do seu consumo na
alimentação escolar, diz.
Zavala chama a atenção para os efeitos da
mudança do clima sobre a agricultura. "Estudos
apontam que um aumento de 2º Celsius nos
próximos 11 anos pode reduzir o período de
crescimento das plantas em 5%", afirma. O
aumento da temperatura reduziria o volume de
água disponível e a produtividade. "E isso
acabaria encarecendo os alimentos", diz. Como
ações de mitigação estão, além da pecuária de
baixo carbono, a diminuição dos incêndios em
épocas de seca, o uso mais "cirúrgico" da água
na agricultura com sistemas de irrigação
avançados, e o menor uso de defensivos.
Juliana Fracarolli, professora da Faculdade de
Engenharia Agrícola (Feagri) da Universidade de
Campinas (Unicamp), lembra que o mundo
produz hoje mais alimentos do que necessita - e
que perde ou desperdiça um terço do que
produz. "Nos países mais pobres, as perdas estão
relacionadas à colheita e condições de
armazenamento e transporte", afirma. "Já nos
países mais ricos, onde essas etapas dispõem de
muito mais tecnologia, o que se observa é o
maior desperdício pelo consumidor final".
https://www.valor.com.br/agro/6420015/alimentacao-deve-
ter-menos-carne-e-seguir-sazonalidade
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Data: 04/09/2019
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Empresas precisam se modernizar e ganhar
competitividade
Por Jacilio Saraiva | Para o Valor, de São Paulo
Muita chuva ou queimadas, seca ou pragas na
lavoura. Como se não bastassem os problemas
do dia a dia, a vida do produtor rural ainda pode
ser afetada por novos cenários da economia
mundial. Para especialistas em agronegócio e
política externa, o destino das futuras safras
passa pelo acordo Mercosul-União Europeia (UE),
pela guerra comercial entre Estados Unidos e
China, além da mudança de poder na Argentina e
a posição do governo brasileiro sobre a
preservação da Amazônia.
“Mas nada disso poderá, de algum modo, ajudar
as nossas empresas se elas não fizerem o dever
de casa. Precisam se modernizar e ganhar
competitividade no mercado global”, diz Rubens
Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados
Unidos e presidente da Associação Brasileira da
Indústria do Trigo (Abitrigo).
Para Barbosa, o acordo firmado entre o Mercosul
e a UE trará boas oportunidades para o
agronegócio, mas ainda há muito chão pela
frente. O embaixador lembra que o tratado vai
ser traduzido para todos os idiomas dos dois
blocos apenas em meados de 2020, para depois
ser submetido e aprovado pelos governos
participantes. A estimativa para começar a afetar
o fluxo comercial brasileiro só aconteceria, na
melhor das hipóteses, daqui a dois anos e meio.
“Isso se tudo correr bem. Alguns países já estão
pedindo revisão do acordo antes mesmo dele ser
assinado.”
A UE é a segunda maior compradora do
agronegócio nacional, depois da China. Foi o
destino de 17,6% das exportações do setor este
ano, que geraram US$ 9,9 bilhões até julho.
Considerando todos os produtos do agronegócio,
os mais vendidos para os europeus em 2019
foram grãos, óleo e farelo de soja (33,9%),
produtos florestais (19,3%) e café (13,6%), de
acordo com o Ministério da Agricultura.
“O Brasil precisa mudar o discurso sobre meio
ambiente e comprovar que está honrando
promessas já celebradas no setor para não
atrapalhar as tratativas”, diz. Na semana
passada, países como a Finlândia, que está na
presidência rotativa da UE, além de França e
Irlanda, anunciaram que podem impor restrições
a mercadorias brasileiras, como a carne bovina,
por conta de questões ambientais.
Na visão do consultor Welber Barral, ex-
secretário de comércio exterior do Brasil (2007-
2011) e conselheiro da Câmara de Comércio
Americana (Amcham), alguns países europeus
ainda podem tentar postergar a aprovação do
acordo até depois do governo Jair Bolsonaro, se a
discussão ambiental continuar em escalada.
Quando for validado, explica, o pacto comercial
vai ajudar o setor agrícola do Brasil com a queda
de tarifas, mas nem todos os produtores sairão
ganhando. “Teremos grandes desafios com a
concorrência externa de itens como vinhos,
pêssego e alho.”
Sobre a guerra comercial Estados Unidos-China,
que combina retaliações comerciais dos dois
lados, o tamanho do provável “ganho” do Brasil
com a contenda ainda não está bem definido.
Para Barral, o mercado nacional pode lucrar
apenas parcialmente. “Um dos grandes efeitos
dessa briga acontece com a soja brasileira, que
teve aumento de exportação e de preço para
compradores chineses.” Do lado americano, a
eventual redução da importação da China abriu
caminho para fornecedores do México e de outros
países asiáticos. “O Brasil não se beneficiou.”
A China anunciou que vai impor uma tarifa extra
de 5% sobre a soja dos EUA a partir deste mês
(setembro) e taxas adicionais de 10% em itens
Data: 04/09/2019
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como trigo e milho americano, a partir de 15 de
dezembro. No Brasil, a valorização do dólar, o
baixo excedente de soja e a expectativa de
maiores demandas têm impulsionado os preços
do grão, de acordo com pesquisas do Centro de
Estudos em Economia Aplicada (Cepea). No Porto
de Parnaguá (PR), a saca foi negociada no final
de agosto a R$ 88,68 ou o equivalente a US$
21,30. A variação mensal indica uma alta de
14,7%.
O consultor lembra que, apesar disso, a longo
prazo, a queda de braço entre as duas potências
mundiais poderá atrapalhar todo o comércio
mundial. “Há um aumento no valor dos seguros,
fretes e instabilidades de fornecimento das
cadeias produtivas, que geram um avanço no
custo da produção, principalmente em países
emergentes, como o Brasil.”
Sobre o comércio com a Argentina, que terá
novas eleições presidenciais em outubro, Rubens
Barbosa afirma que as relações comerciais com o
Brasil devem se manter iguais,
independentemente da mudança na Casa Rosada
– o presidente Mauricio Macri foi derrotado nas
prévias de agosto. “Gostemos ou não do provável
novo governo do país, seremos sempre vizinhos
e teremos de conviver”, diz. “O Brasil importa
50% do consumo de trigo e 85% desse total vêm
da Argentina.”
https://www.valor.com.br/agro/6420025/empres
as-precisam-se-modernizar-e-ganhar-
competitividade
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Data: 04/09/2019
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Condomínios de agroenergia utilizam
resíduos de granjas
Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de São Paulo
A pequena Entre Rios do Oeste (PR), de 4 mil
habitantes próximo à fronteira do Paraguai, é
palco de um novo modelo energético para o
agronegócio. Uma incomum central termelétrica
conectada a biodigestores de 18 produtores
rurais, que processam no total 200 toneladas
diárias de dejetos de suínos, abastece com
energia 72 prédios municipais — escolas,
hospitais, sede da prefeitura e outras instalações.
Como resultado, além da redução de 3% a 12%
na conta de eletricidade do município, os
proprietários recebem até R$ 5 mil mensais pelo
fornecimento do gás.
“É uma forma de ganhar competitividade na
produção e ao mesmo tempo tratar
adequadamente os resíduos, reduzir a emissão
de gases de efeito estufa e aumentar a oferta de
energia segura e renovável”, avalia Bruno
Casagranda, especialista em gestão de projetos
da Organização das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Industrial (Unido), que apoiou
o desenvolvimento e articulação da cadeia local
do biogás, com meta de replicar o modelo na
Região Sul.
Além de US$ 7 milhões do Global Environment
Fund (GEF), foram investidos recursos do
governo federal e outros parceiros, como a
Companhia Paranaense de Energia (Copel).
“O município depende hoje da energia
transmitida de Minas Gerais, embora esteja
situado ao lado de Itaipu, a maior hidrelétrica
brasileira, voltada ao abastecimento de outras
regiões pela rede interligada”, explica
Casagranda, ressaltando a importância da
segurança energética aos negócios na zona rural.
Inaugurada em julho para produzir 3 mil MWh ao
ano, a central permite reduzir em quatro vezes
os investimentos da empresa distribuidora para
aumento da cobertura. Em paralelo, ajuda a
prefeitura a resolver o problema ambiental dos
resíduos, no caso de expansão produtiva para
melhoria dos indicadores econômicos locais.
O modelo de condomínios de agroenergia pode
envolver setores como frigoríficos, fábricas de
laticínios e cervejarias, além de criadores de aves
e porcos, e apresenta potencial também para
negócios futuros com o refino para se obter
biometano, equivalente ao gás natural veicular.
Há ainda nichos para uso industrial como insumo
de fertilizantes. “O mercado global demanda
produtos verdes e neutros em carbono”, diz
Casagranda.
O projeto nasceu há três anos, em parceria com
o Centro Internacional de Energias Renováveis —
Biogás (CIBiogas), localizado no Parque
Tecnológico de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR).
Estima-se um crescimento de quase 90% no
consumo da energia elétrica da região na
próxima década, o que motiva iniciativas de
maior autonomia. Além de Entre Rios, o
município vizinho de São Miguel do Iguaçu (PR)
também aposta na tecnologia de microgrids para
viabilizar o aproveitamento de diferentes fontes
renováveis (como biogás, solar e eólica), no
conceito de geração distribuída.
Na localidade, a Granja São Pedro, já tradicional
no uso energético de biogás, recebeu o primeiro
sistema de microrredes com meta de atender 15
unidades consumidoras (a maioria aviários), hoje
prejudicadas por interrupções no fornecimento da
rede pública. O projeto teve apoio da Copel e
Itaipu, que lida com o risco do potencial poluente
dessas atividades devido à concentração de
rebanhos às margens do lago da hidrelétrica. A
segunda etapa prevê uma unidade de maior
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porte (500 kW), em Marechal Cândido Rondon
(PR), com investimento de R$ 15 milhões.
Segundo dados do CIBiogas, o Brasil produz 3
milhões de metros cúbicos de biogás por dia, em
276 plantas. Outras 90 estão em implantação,
mas o potencial é bem superior: na
agropecuária, chega a 37 bilhões de metros
cúbicos; no setor sucroenergético, 41 bilhões.
Entre as aplicações, a produção de energia
corresponde a 36% da demanda nacional de
biogás, mas enfrenta desafios como a
necessidade de modelos de negócios complexos e
as barreiras de tributação, custos e ausência de
políticas públicas e linhas de financiamento para
o setor.
https://www.valor.com.br/agro/6420019/condom
inios-de-agroenergia-utilizam-residuos-de-
granjas
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Data: 04/09/2019
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Indústria florestal tem mais altos
indicadores de produtividade do mundo
Por Paulo Vasconcellos | Para o Valor, de São
Paulo
Inovação, tecnologia e certificação alçaram a
indústria florestal a um patamar diferenciado no
agronegócio brasileiro. O setor não participa da
corrida pela abertura de novas fronteiras
agrícolas e investe cada vez mais em clones
resistentes à mudança climática e pragas.
Queimada é sinônimo de prejuízo.
“O nível de excelência do setor não tem
comparação entre as commodities que mais
impactam os ecossistemas naturais: madeira,
soja e gado”, diz Laura de Santis Prada,
secretária-executiva do Instituto de Manejo e
Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), que
há quase 25 anos concede certificado de gestão
responsável e influencia as cadeias produtivas
com modelos de desenvolvimento sustentável. “O
setor contribui com 12 das 20 metas do Plano
Estratégico de Biodiversidade, aprovado na 10
Conferência das Partes da Convenção sobre
Diversidade Biológica, em 2010, e 11 dos 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da
ONU”, afirma Paulo Hartung, presidente da
Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação
que reúne 49 empresas e 9 entidades do setor.
Dos 7,8 milhões de hectares da área plantada,
mais de 5,5 milhões de hectares são certificados.
Para cada hectare plantado, a indústria florestal
conserva 0,7 hectare de vegetação nativa. As
duas florestas são responsáveis por um estoque
estimado de 4,2 bilhões de toneladas de CO²
equivalente.
Os indicadores de produtividade são os mais
altos do mundo. De acordo com Ibá, a
produtividade das florestas de eucalipto foi de
35,3 m³/ha/ano e as de pinus de 30,3
m³/ha/ano, em 2017. Na China, segunda no
ranking, as marcas, em 2016, foram de 29
m³/ha/ano e 21 m³/ha/ano.
Na Klabin, maior produtora e exportadora de
papéis para embalagens do Brasil, a
produtividade é ainda maior: 54 m³/ha/ano, na
lavoura de eucalipto, e 39 m³/ha/ano, na de
pinus. A empresa reduziu, desde 2003, 61% na
emissão de carbono e 43% da água usada na
produção. Quase 90% da matriz energética é de
fontes renováveis. As florestas da empresa, que
incluem 239 mil hectares de área plantada e 216
mil hectares de mata nativa preservada,
estocaram no ano passado 11,2 milhões de
toneladas de CO² equivalente, quase o dobro das
emissões de suas 18 fábricas. “Os números
positivos são um estímulo à busca contínua de
melhoria”, diz Julio Nogueira, gerente de
sustentabilidade e meio ambiente da Klabin.
“A preocupação com o meio ambiente faz parte
da essência da empresa”, diz Germano Vieira,
diretor florestal da Eldorado Brasil. A companhia
produziu no ano passado 1,7 milhão de toneladas
de celulose de eucalipto vendida para mais de 40
países. A área plantada de 230 mil hectares, que
abastece a fábrica de Três Lagoas, no Mato
Grosso do Sul, tem manejo certificado e retirou
da atmosfera 3,3 milhões de toneladas de gás
carbônico equivalente em 2018.
A energia que abastece a unidade é gerada por
biomassa. Uma área do tamanho da cidade de
São Paulo é de mata nativa preservada. O
Sistema Íris, de monitoramento com câmeras full
HD, reduziu as perdas com queimadas em 96%—
de 642 hectares, em 2016, para 208 hectares,
em 2017.
A indústria florestal tem outros desafios. “A
ocupação de grandes áreas pela mesma espécie
florestal, o uso de defensivos na prevenção de
pragas e a pressão sobre a agricultura familiar
ainda são problemas”, afirma Laura de Santis
Prada, do Imaflora. “É preciso sempre minimizar
os impactos da atividade”, diz Julio Nogueira, da
Klabin, que desenvolve em 500 pequenas
propriedades rurais no entorno das três fábricas
do Paraná o programa Mata Sociais, de estímulo
ao planejamento sustentável e à fixação no
campo.
https://www.valor.com.br/agro/6420013/industria-florestal-
tem-mais-altos-indicadores-de-produtividade-do-mundo
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Data: 04/09/2019
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Leilão deve forçar térmicas a buscar mais eficiência Por Camila Maia e Rodrigo Polito | De São Paulo e
do Rio
As termelétricas existentes no Brasil que queiram
ser recontratadas no leilão que o governo está
preparando para o primeiro trimestre do ano que
vem precisarão ser mais eficientes - e baratas -
que eventuais novas usinas a gás natural ou
carvão mineral, que também poderão participar
da disputa. A ideia do governo, com isso, é
aproveitar a abertura do setor de gás natural
para estimular novos empreendimentos mais
competitivos e com preço menor.
A justificativa oficial do Ministério de Minas e
Energia (MME) para o leilão, que está em
consulta pública desde 30 de agosto, é a
substituição de quase 3 gigawatts (GW) em
termelétricas caras a óleo combustível cujos
contratos vencem entre 2024 e 2025. A decisão
de contratação dessa energia caberá às
distribuidoras de energia. Voltado para projetos
existentes, o leilão será exclusivo para usinas a
carvão mineral e gás natural, mas novos
empreendimentos poderão disputar os contratos.
"As termelétricas existentes poderão ser
contestadas pelas novas", disse Thiago Barral,
presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), estatal responsável pelo planejamento do
setor de energia. Segundo ele, essa é uma forma
de estimular usinas a fazer 'retrofit' e renegociar
contratos de gás, por exemplo, a fim de se
tornarem competitivas na disputa por contratos
no mercado regulado por meio do leilão.
"Acreditamos que bons projetos novos poderão
ser mais interessantes que manter usinas
existentes no sistema", disse.
"Abrimos a possibilidade de incluir também
energia nova no leilão por causa do Novo
Mercado de Gás. Acreditamos que teremos
ofertas de gás natural a preços competitivos",
disse Ricardo Cyrino, secretário de Energia do
MME.
As usinas existentes a óleo combustível
dificilmente serão competitivas em um leilão
como esse, mas as usinas enquadradas no Plano
Prioritário de Termelétricas (PPT, criado em 2000
na véspera do racionamento de energia) podem
buscar novas condições de fornecimento de gás
para reduzir o custo.
É o caso da termelétrica de Fortaleza, da Enel,
com 326 MW de potência. Na semana passada, o
presidente da empresa no Brasil, Nicola Cotugno,
disse que o contrato vigente da usina termina em
2023 e que participar do leilão "é uma
possibilidade".
Esse será o primeiro leilão do tipo A-4 (com
entrega em quatro anos, no início de 2024 nesse
caso) voltado para energia existente e com
contratos de longo prazo. A demanda vai
depender da declaração de necessidade de
contratação das distribuidoras, que precisarão
comprar energia para repor esses contratos que
vencem. Também será um momento de
contratar, a critério da concessionária, a
"recuperação de mercado" - ou seja, substituir
agora contratos que venceram no passado, mas
que não foram repostos por causa da redução do
mercado e das sobras de energia dos últimos
anos.
O MME deve fazer outro A-4 em 2020, voltado a
novos projetos de geração de energia, disse
Cyrino. A ideia é que este leilão ocorra em abril
do ano que vem.
A demanda também dependerá das
distribuidoras, mas dessa vez será contratada
energia para suprir crescimento do mercado, que
tem ficado abaixo das expectativas nos últimos
anos. Os novos empreendimentos de fontes
renováveis só poderão substituir os contratos das
usinas que vencerão se houver frustração na
oferta no primeiro A-4, voltado para
termelétricas.
O leilão das termelétricas também servirá como
termômetro da demanda por novos projetos de
geração. Caso as distribuidoras não vejam
necessidade de repor a totalidade dos contratos
que vencem entre 2024 e 2025, não haverá,
consequentemente, demanda por crescimento de
consumo de energia para esses anos.
Segundo Barral, a decisão de contratar de novas
térmicas para substituição das existentes se deve
à segurança do sistema, e não à preferência por
uma ou outra fonte. "A lógica é substituir os
contratos que vencem por geração
qualitativamente equivalente, justamente para
Data: 04/09/2019
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que não tenhamos um problema de suprimento
de potência nos próximos anos", disse.
Representantes de outras fontes, contudo,
devem apresentar contribuições questionando
alguns pontos do modelo proposto na consulta
pública. "Existem modelos de contratação mais
neutros para fazer a substituição de
termelétricas", disse o presidente da Associação
Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar),
Rodrigo Sauaia. Ele citou, por exemplo, a
associação de painéis solares com baterias para
armazenar energia.
Sobre o assunto, Barral disse que "o pleito tem
seus méritos", mas ainda são necessários
estudos adicionais para poder viabilizar isso.
"Entendemos que é o momento de começar a
olhar na direção colocada pelas renováveis. Mas,
em certos momentos, o pragmatismo tem que
prevalecer. A segurança de suprimento
prevalece, sem prejuízo de essa discussão
evoluir", disse Barral.
https://www.valor.com.br/brasil/6420279/leilao-
deve-forcar-termicas-buscar-mais-eficiencia
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