LUCIENE ALVES DE OLIVEIRA
Tema: A Inclusão dos Surdos no Ensino Regular -
Inclusão ou Segregação
Rio de Janeiro,
2011
LUCIENE ALVES DE OLIVEIRA
2011
Tema: A Inclusão dos Surdos no Ensino Regular -
Inclusão ou Segregação
Rio de Janeiro,
2011
Dedicatória Dedico a memória de minha querida mãe Laura Alves, que não terá a oportunidade de viver comigo este momento
Agradecimentos Agradeço primeiro a Deus por ter me concebido a Vida e me dado a oportunidade de alcançar mais um patamar. Aos meus irmãos Heleni, Edenilson,José Hilto e Dalva pelo apoio e ajuda. As minhas amigas e colegas pelo carinho, Companheirismo e ajuda em todos os momentos.
Poesia de Mãe
Você precisa ser surdo para entender
um mundo vazio e tão diferente
um olhar solitário em meio à multidão
um constante silêncio, quase um castigo
gestos que buscam ajuda, quase sempre em vão.
Você precisa ser surdo
para descobrir que gritar não ajuda
que falar não é sinal de inteligência
que calar não é atestado de loucura
que é apenas ser diferente.
Você precisa ser
participante deste mundo
Onde mãos falam e olhos escutam
Onde o corpo dá a nota e o ritmo
É um mundo especial para pessoas especiais.
Você precisa saber as dificuldades de um vocabulário resumido
(Onde muitas palavras não existem)
perdoar quando não obtiver resposta
(Imaginar que não foi compreendido)
vê-los ignorarem os risos
(Apenas para fazerem parte do nosso mundo perfeito)
Você... ... provavelmente não é deste mundo
... nem pode se tornar parte dele
Mas as palavras faladas de suas mãos em movimento...
... podem torná-lo parte do seu mundo.
Sim, você precisa ser surdo para entender
a alegria de compreender mãos que falam e olhos que escutam
os olhos atentos agradecidos às respostas de paz e esperança
o amor que, em Jesus, é possível encontrar mas, para isso
Você precisa ser ouvinte e fazer.
Poesia de Patrícia F. da Silva, 24 anos, mãe de Renam Fernandes da Silva, 7 anos,
paciente com deficiência auditiva do Centrinho/USP desde 2001. Moradores de
Araraquara (SP).
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discutir sobre a inclusão dos surdos no
ensino regular.Para realizar a pesquisa aqui apresentada baseamos nossas
considerações nos estudos de :Sassaki, Aranha e Sá , entre outros que foram
citados ao longo da pesquisa, e também em documentos nacionais, tais como: a
LDB, 9394/96, a Lei Nº 10.436, de 22 de
abril de 2002 e o Decreto Nº 5.626, de 22/12/2005, A pesquisa de cunho
bibliográfico qualitativo, foi complementada por uma pesquisa de campo com
questionário. As considerações finais apontam que em sua maioria concorda que a
escola deva ser um espaço inclusivo, desde que as mesmas se adaptem para
recebê-los e que haja também profissionais capacitados para atende-los de uma
forma mais complexa.
Palavras-chave: Deficiência Auditiva, Educação de Surdos, Inclusão
Abstract
This paper aims to discuss the inclusion of deaf education in
regular.Para conduct the research presented here base our considerations in studies
of: Sassaki, Spider and Sá, among others that were cited during the survey, and also
in national documents, such as the LDB, 9394/96, Law No. 10436 of 22 april 2002
and Decret No. 5626 of 22/12/2005. The search for stamp bibliography qualitatively,
was complemented by field research with a questionnaire. The final point that most of
them agree that school should be an inclusive space, provided that they are adapted
to receive them and there are also professionals trained to meet them in a way more
complex.
Keywords - Hearing Impaired, Education of the Deaf, Inclusion
INTRODUÇÃO
Dos anos de 1990 para cá, vem sendo constatado o aumento de alunos
portadores de necessidades especiais nas escolas regulares de nosso país, sendo
que infelizmente as nossas autoridades que elaboraram as Leis, esqueceram que
não bastava apenas elaborá-las, mas sim colocá-las em prática corretamente.
As autoridades os incluíram nas escolas regulares, porém esqueceram que
a estrutura dos prédios onde as mesmas funcionam deveriam ser adaptados para
melhor atende-los, os professores e funcionários também deveriam ser capacitados
para que pudessem vir a atender os portadores de necessidades especiais de uma
forma mis contundente.
Ao acompanhar a história da Política Nacional de Educação, até os dias de
hoje, pode-se perceber o quanto a educação inclusiva tem conseguido conquistar
um espaço cada vez maior,porém observamos que a verdadeira inclusão não
acontece de uma forma adequada, o que vem acontecendo é somente a integração,
sendo que isso não poderia acontecer, pois a educação inclusiva é organizada de
modo onde todos possam ser atendidos de uma forma que venham obter bons
resultados educacionais.
Diz Demo ( 1990 citado por Carvalho , p.37-38)
“A escola inclusiva,isto é uma escola para todos, deve estar inserida
num mundo mais inclusivo onde as desigualdades que são estruturais nas
sociedades não atinjam níveis tão altos como esses com os quais tenho convivido.”
A escola para ter uma orientação inclusiva, deve criar meios para que seus
alunos venham a estudar em um ambiente bastante favorável a todos que lá estão,
sendo ele portador de deficiência ou não.
Segundo a Declaração de Salamanca (1994)
“...escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso tais
escoas provêem uma educação efetiva aprimoram a eficiência de todo o sistema
educacional.”
O objetivo geral desse estudo é coletar dados sobre a inclusão dos surdos
no ensino regular, avaliando como o ensino dos surdos vem sendo promovido no
ensino regular.
São também objetivos da pesquisa realizar uma pesquisa entre professores
para saber a visão deles sobre a inclusão no ensino regular e listar todos os dados
que foram coletados,assim comparar como vem sendo dado o ensino dos surdos no
ensino regular.
Esse projeto de pesquisa será fundamentado através de pesquisa
bibliográfica e também uma pesquisa de campo, com professores que estejam
atuando em escola regular.
A pesquisa bibliográfica terá sua fundamentação teórico metodológica
realizada em material científico , que abordam o assunto publicado em livros e sites.
E a pesquisa será de campo, com o uso de questionário que segue em anexo.
Dessa forma, a monografia encontra-se assim organizada : no capítulo
I,”Breve Histórico o atendimento às pessoas com deficiência”, analisamos A história
no mundo Ocidental e analisamos o Paradigmas de Atendimento e A história
relatada em nosso país.
O capítulo II, Definição, abordamos O que é deficiência auditiva e discutimos
os Aspectos legais e direitos da pessoa surda
E no capítulo III analisamos A educação da pessoa com deficiência auditiva
e apresentaremos um projeto de trabalho.
E o capítulo IV Um olhar psicopedagógico sobre a inclusão, demonstra a
importância da atuação do psicopedagogo numa instituição.
Breve Histórico do atendimento às pessoas com deficiência.
1.1- A história no mundo Ocidental 1
Ao Buscar na História da Educação dados sobre o atendimento educacional
para pessoa com necessidades educacionais especiais, percebe-se que no decorrer
o tempo, essa história foi sempre marcada pela segregação e , consequentemente,
uma gradativa exclusão de acordo com o momento histórico.
No período da Antiguidade, praticamente não há dados sobre s relações
sociais com as pessoas com deficiência, idosos doentes, loucos, dentre outros. A
sociedade baseava a sua organização sociopolítica em duas classes; a Nobreza
que eram a minoria, porém detinham poder absoluto sobre as decisões sociais,
econômicas e política, e o Populacho, que eram trabalhadores de produção
agrícola, pecuária, etc. porém continuavam sendo ignoradas e para sobreviver,
dependiam da caridade das pessoas.Como na Antiguidade, alguns portadores de
deficiência continuavam sendo fonte de diversão, como bobo da corte, material de
exposição, etc. Além de não poderem se casar.
Somente no século XII é que começaram a surgir instituições para abrigar
deficientes mentais, porém o mais importante eram os bens que os deficientes
mentais possuíam. No decorrer dos anos a Igreja Católica adquiriu tanto poder que
começou a fazer mau uso de seus poderes, colocando em risco o poder econômico
e político da mesma.Para que não houvesse maiores manifestações e insatisfações,
a Igreja deu início a um dos períodos mais tristes que se pode ouvir na História da
1 1-As informações aqui apresentadas são baseadas em:Aranha, Maria Salete Fábio Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na ranhascola:necessidades educacionais especiais dos alunos/ Maria Salete Fábio Aranha-Brasília:Ministério da EducaçãoEspecial, 2005.
Humanidade, que foi a da perseguição, caça e extermínio de seus dissidentes,tudo
sob o argumento de que eram hereges ou endemoniados: segundo a Santa
Inquisição.
Segundo Aranha (2005, p. 10) “ Há inclusive, documentos papais
determinando os procedimentos a serem adotados pelo Clero para identificarem
essas pessoas e junto a elas tomarem providências”
Providências essas, que eram feitas através de torturas, punições severas
como a morte na fogueira, que incluíam até as pessoas com deficiência.
Essa situação causou a divisão dentro da Igreja Católica, originando
posteriormente a Reforma Protestante.
De acordo com Aranha (2005- p.11) “ Era de se esperar que ,nesse
processo, a situação melhorasse para as pessoas com deficiência.”
Sendo que não foi que aconteceu, pois as pessoas ainda eram tratadas com
intolerância por falta de sua razão. Pode-se então dizer que a pessoa diferente na
Antiguidade, não era considerada ser Humano. No Período Medieval era vista como
demoníaca, ou seja, o tratamento ou o jeito de vê-las não mudou durante um longo
tempo.
Somente com a chegada da Revolução Burguesa, que conseguiu derrubar a
Monarquia e a hegemonia da Igreja Católica é que pode se dizer que surgiram
novas idéias a respeito da deficiência, achando porém que a deficiência era de
natureza orgânica, então eles começaram a realizar tratamentos através da
alquimia, da magia e também da astrologia.Todos esses métodos eram processos
importantes do século XVI e da iniciante Medicina, ampliando então a compreensão
da deficiência como processo natural, porém com o passar do tempo, surgiram
algumas ações de tratamento médico para as pessoas com deficiência, tudo isso
graças ao médico , matemático e astrólogo italiano Gerolamo Cardamo (1510 -
1576), cujo seu primeiro filho era surdo, e ele passou a realizar pesquisa sobre os
surdos e também pelo monge beneditino Pedro Poncede Leon (1510 – 1584) , que
viveu em m monastério na Espanha, em 1570, e esse monge usava sinais
rudimentares para se comunicar, pois lá eles tinham que manter o Voto do Silêncio.
E com esse relato podemos dizer que a privação da comunicação neste
mosteiro veio possibilitar a criação de uma forma diferente de comunicação não mui
to diferente da que se observava entre os surdos. Com isso, Ponce de Leon deu
origem à Língua de Sinais e também provou que a pessoa surda é capaz de
aprender. Porém foi em 1620 que o padre espanhol Juan Pablo Bonet (1579 -1633),
criou primeiro tratado de ensino de surdos – mudos (como eram chamados na
época), ele iniciava uma escrita sistematizada pelo alfabeto e o mesmo foi editado
n França com o nome de Redação das Letras de ensinar os Mudos a Falar,pois
Bonet achava que seria muito mais fácil para o surdo aprender a ler se cada som da
fala fosse substituído por uma forma visível.Já o holandês Van Helmont (1614 -
1780), propôs a oralização do surdo por meio de do alfabeto da língua hebraica,
pois ele achava que as letras hebraicas indicavam a posição da laringe e da
língua ao reproduzir cada som, foi ele quem primeiro descreveu a leitura labial e o
uso do espelho, que posteriormente foi aperfeiçoado por Johann Conrad Amman (
1669 – 1724).
Amman foi um medico e educador de surdos suíço que aperfiçoou os
procedimentos de leitura labial por meio de espelhos e tato, percebendo as
vibrações da laringe, método que é usado até hoje em terapias fonoaudiológicas
E foi apenas no século XVIII é que lentamente surgiram as ações de ensino
como paradigma da institucionalização, que foi o primeiro a caracterizar a relação
com a população de pessoas com deficiência, sendo que elas ficavam em
instituições como: conventos, asilos e hospitais psiquiátricos, ou seja eles não eram
tratados e sim confinados, além de serem completamente retirados do convívio da
família e comunidades.
1-As informações aqui apresentadas são baseadas em:Aranha, Honora, Maria
Salete Fábio Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os
alunos na escola:necessidades educacionais especiais dos alunos/ Maria Salete
Fábio Aranha-Brasília: Ministério da Educação Especial, 2005.
1.2- PARADIGMAS DE ATENDIMENTO
Como diz Aranha ( 2005- p. 14) “ Somente no Século XX, por volta de 1960 é
que o Paradigma de Institucionalização começou a ser criticamente examinado.”
Pois a insuficiência desse paradigma era muito grande, sem contar o
descaso para com eles.
Na década de 1960, a sociedade passou a ter uma certa relação com à
pessoa portadora de necessidades educativas especiais dando início ao movimento
pela desinstitucionalização no mundo Ocidental, baseado na ideologia de
normalização que visava a necessidade de inserir a pessoa com necessidades
educativas especiais na sociedade, para que elas viessem a adquirir as condições e
os padrões da vida cotidiana, assim o Paradigma de Institucionalização foi afastado
e as idéias de Normalização passou a ser adotada, criando então o conceito de
Integração com o objetivo de modificar as pessoas com necessidades educacionais
especiais, de tal forma que elas viessem a se assemelharas outras pessoas da
sociedade, pois só assim é que elas puderam passar a ater um certo convívio na
sociedade.
Para eles integrar era localizar no sujeito o alvo de mudança, fazendo com
que o sujeito mudasse para ser aceito na sociedade, passando a oferecer-lhes
serviços e recursos de que necessitassem, para viabilizar as modificações que os
tornassem o mais normais possível.
Diz Aranha (2005- p.18) “ A esse modelo de atenção à pessoa com
deficiência se chamou Paradigma de Serviços.”
Esse paradigma é organizado em três etapas: na primeira a pessoa com
deficiência era avaliada por uma equipe de profissionais que identificaria o que
deveria ser modificado no sujeito e na sua vida, para que ele pudesse vir a se tornar
uma pessoa normal, na segunda deveria haver uma intervenção, onde a equipe
deveria passar a oferecer-lhe um atendimento sistematizado e tudo de acordo com
os resultados obtidos anteriormente e somente na terceira etapa é que eles eram
encaminhados para voltar a viver em comunidade.
Mais uma vez, surgiram novas críticas da academia científica e até das
próprias pessoas com deficiência, que já se encontravam em associações e órgãos
de representação. Uma crítica muito importante foi a que se referia à expectativa de
que a pessoa com deficiência deveria se tornar igual ao não deficiente, fazendo com
que viesse a se intensificar o debate e idéias acerca da deficiência e sua relação
com a sociedade. Esse debate,fez que a idéia de normalização começasse a perder
força e isso reabre a discussão à respeito da pessoa com necessidades
educacionais especiais deve ser um cidadão como todos os outros, passando a ter
os mesmos direitos de determinação e até das oportunidades disponíveis na
sociedade.
Assim as pessoas com deficiência passou a ser vista com outros olhos,
lembrando que cabe a sociedade se modificar de tal maneira que a pessoa com
deficiência não viesse mais a viver segregada, devendo ser incluída nesse processo
bidirecional que é a Inclusão Social.
1.3- A História relatada em nosso país.
A trajetória da pessoa com deficiência no Brasil, deu-se da mesma forma que
na Europa, ou seja, durante vários anos eles viveram como pobres miseráveis.
Segundo Aranha (2005, p. 25) “A menção à pessoa com deficiência aparece
várias vezes, embora não como tema central.”
Tudo isso aconteceu, porque no passado as pessoas com deficiência
ficavam separadas das outras, pois quando elas eram de uma boa origem,
passavam a sua vida escondidas em fazendas ou casas de campo, já os menos
favorecidos, ficavam com as suas famílias, sendo tratados por curandeiros.
Com a chegada dos portugueses, observo-se que entre o povo indígena não
havia pessoas com deformidades, e quando eles tinham alguma, a mesma de
origem traumática.
Já os Africanos, que foram retirados de seu país pelos portugueses, para
serem escravos aqui no Brasil, tinham síndromes causadas por carências
alimentares, e essas lhe causavam raquitismo, escorbuto e beribéri e as marcas
contidas em seus corpos, eram causadas pelos castigos físicos que eles sofriam.
Somente no século XVII, pleno período Imperial é que foi importado da
Europa a idéia de dar uma determinada atenção às pessoas com deficiência, porém
em internatos, a partir de então foram criados de acordo com o Decreto Imperial
N° 1.428 de 12/09/1854, por D. Pedro II, dois institutos no Rio de Janeiro, o
primeiro foi o Imperial Institutos dos Meninos Cegos e o segundo foi o Instituto dos
Surdos Mudos.
Os dois funcionam até os dias de hoje , porém seus nomes mudaram,
passando então a serem chamados de Instituto Benjamim Constant (I.B.C) e
Instituto Nacional de Educação de Surdos ( I.N.E.S).
Esses institutos que foram criados no Brasil no modelo assistencialista,
sendo que com o passar dos anos, eles acabaram se tornando um lugar destinado
ao acolhimento de pessoas incapacitadas.
Depois da Proclamação da República é que começou a se modernizar o
país, coma chegada de alguns profissionais que foram estudar na Europa e
retornaram animados e com muitas idéias para essa empreitada (modernização).
Logo em 1906, os alunos com deficiência mental, passaram a ser atendidos
pela escola pública do Rio de Janeiro. Durante essa década foram criados o Serviço
de Higiene, o Laboratório de Pedagogia Experimental e até mesmo algumas normas
foram feitas para que pudessem fazer a seleção de pessoas consideradas anormais,
pois nesta época o que prevalecia era uma grande preocupação com a eugenia da
raça.
Apenas na década de 1920, se deu início a expansão das instituições de
educação especial na rede privada, porque como já foi dito anteriormente a rede
pública no início só atendia-se apenas às pessoas com deficiência mental, sendo
que elas só poderiam serem aceitos se não viessem a atrapalhar o atrapalhar o bom
andamento da turma , isso é o que deveria garantir à educadora sanitária. Percebe-
se que a educação especial adquiriu alguns procedimentos da Medicina, buscando
através deles a acura e a reabilitação, ao invés de tentar construir o conhecimento
de acordo com a especificidade de cada um que lá está.
Só na década de 1960 que surgiram centros de reabilitação para o
tratamento de todos os deficientes. Porém eles foram criados com o objetivo de
integrar o deficiente na sociedade,com a criação da Lei de Diretrizes e Bases em
1961, o poder público do nosso país, passou assumir um compromisso com a
Educação Especial.
Segundo Aranha (2005 –p.30) “ Em 1971, o MEC criou um Grupo Tarefa
para tratar da problemática da Educação Especial, o qual produziu a proposta de
criação de um órgão autônomo, para tratar da Educação Especial.”
Essa proposta foi muito importante, para que às pessoas com deficiência
pudessem vir a ter um tratamento mais especializado.
Em 1972, com o Parecer de CFE N° 848/72 mostra como é importante a
implementação de técnicas e serviços de forma especializada, para o atendimento
de excepcional.
Entre os anos de 1972 e 1974, o Plano Setorial de Educação e Cultura, criou
um Projeto Prioritário, onde tornaria a Educação Especial, como umas das
prioridades educacionais do Brasil, criando então o Centro Nacional de Educação
Especial , CENESP, através do Decreto N° 72.425, de 03/07/1973.
Durante toda essa história vista até aqui, ainda não havia se falado em
realizar um evento no qual as pessoas pudessem vir a discutir sobre a relação da
pessoa deficiente em nossa sociedade.
Só no ano de 1980, que foi realizado em Bauru, no Estado de São Paulo o 1°
Seminário Nacional de Reabilitação Profissional de Bauru, atual UNESP-Bauru,
onde discutiu-se de um jeito mais formal as bases filosóficas e teóricas do novo
paradigma.
Participaram desse evento 300 pessoas que vieram de todo país, que
posterior ao mesmo, passaram a fazer parte dos pilares da transformação da relação
da pessoa deficiente em nosso país.
Capítulo II - Definição
2.1- Você sabe o que é Deficiência Auditiva?2
Deficiência auditiva ou Perca Auditiva, são nomes usados para indicar a
perda auditiva ou a diminuição na capacidade de escutar os sons, pois a perda
2 2 As informações aqui apresentadas são baseadas nas informações dos sites www.wikipedia.htm. Acesso em 21 abril 2009, e www.idmed-saude-deficienciauaditiva.htm. Acesso em 21 abril2009.
bilateral,parcial ou total,de quarenta e um decibéis (dB) ou mais aferida por um
audiograma nas freqüências de 500 HZ, 1000 HZ, 2000 HZ e 3000 HZ. Considera-
se em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de sons
até 20dB N.A (decibéis, níveis de audição),chamando então de Deficiente Auditivo (
D.A) Aquele que apresenta diferença entre a performance do indivíduo e a
habilidade normal para detecção sonora .
E uma pessoa para ser considerada ( D.A) se perda auditiva for
diagnosticada nos dois ouvidos.³
Pois qualquer problema que ocorra em uma das três partes do ouvido, que
são: orelha externa, orelha média e orelha interna. Qualquer uma delas se forem
lesionadas, podem comprometer a sensibilidade auditiva e originar desta forma uma
deficiência auditiva.
Entre as várias deficiências auditivas existentes,há as que podemos
classificá-las como Condutiva, Mista, Neurossensorial e disfunção auditiva central ou
surdez central. A Condutiva é causada por u problema localizado no ouvido externo
e/ou médio, que tem por função conduzir o som até o ouvido interno.
Esta deficiência pode ser causada por vários motivos, dentre eles podem ser
citados: corpos estranhos no conduto auditivo externo e médio, mal formação
congênita do conduto auditivo. Em muito casos esta deficiência auditiva é
irreversível e geralmente não precisa de um tratamento com aparelho auditivo e o
que pode se fazer é ter alguns cuidados médicos.
Quando a lesão ocorre no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o
nome de Neurossensorial. Nesse caso, não há problema na condução do som, mas
acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo
ouvido médio.
A deficiência Neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e
também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons.
Esse tipo de deficiência pode ser de origem hereditária, como problemas da
mãe no pré-natal, tais como:rubéola, sífilis, herpes, toxoplasmose,
alcoolismo,toxemia, diabetes, etc. Também podem ser causadas por traumas físicos,
prematuridade, baixo peso ao nascimento, trauma de parto, meningite, encefalite,
caxumba, sarampo, etc.
Já a deficiência auditiva Mista, ocorre quando há uma alteração na condução
do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do
nervo auditivo.
A Disfunção auditiva central ou surdez central: Este tipo de deficiência
auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade
auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das
informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da
informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
No Brasil, segundo o Decreto 3298, de 20 de dezembro de 1999, em seu
Artigo 4o , ficou estabelecido que a deficiência auditiva é a "perda parcial ou total
das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte:
a) de 25 a 40 decibéis (db)
b) de 41 a 55 db
c) de 56 a 70 db
d) de 71 a 90 db
e) acima de 91 db
a) de 25 a 40 decibéis (db)
Para saber como está a sua audição deve ser realizada uma audiometria,
com médicos especializados.Esse exame é realizado com o auxilio de um
instrumento chamado audiômetro.
Por meio desse instrumento faz-se possível a realização de alguns testes,
obtendo-se uma classificação da surdez quanto ao grau de comprometimento (grau
e/ou intensidade da perda auditiva), a qual está classificada em níveis, de acordo
com a sensibilidade auditiva do indivíduo de acordo com o quadro citado
anteriormente.
Então sendo a surdez uma privação sensorial que interfere diretamente na
comunicação, alternando a qualidade da relação que o indivíduo estabelece com o
meio,ela pode ter sérias implicações para o desenvolvimento de uma criança,
conforme o grau da perda auditiva que as mesmas apresentem:
*Surdez leve: a criança é capaz de perceber os sons da fala; adquire e
desenvolve a linguagem oral espontaneamente; o problema geralmente é
tardiamente descoberto;dificilmente se coloca aparelho de amplificação porque a
audição é muito próxima do normal.
*Surdez moderada: a criança pode demorar um pouco para desenvolver a
fala e linguagem; apresenta alterações articulatórias ( troca na fala) por não perceber
todos os sons com clareza;tem dificuldade em perceber a fala em ambientes
ruidosos; são crianças desatentas e com dificuldades no aprendizado da leitura e
escrita.
*Surdez severa: a criança terá dificuldades em adquirir a fala e linguagem
espontaneamente;poderá adquirir vocabulário do contexto familiar; existe a
necessidade do uso de aparelho de ampliação e acompanhamento especializado.
*Surdez profunda: a criança dificilmente desenvolverá a linguagem oral
espontaneamente; só responde auditivamente a sons muito intensos como: bombas,
trovão, motor de carro e avião; frequentemente utiliza a leitura oro-facial; necessita
fazer uso de aparelho de amplificação e/ ou implante coclear, bem como
acompanhamento especializado.
2.2-Aspectos legais e direitos da pessoa surda
Tanto no Brasil como no mundo o atendimento educacional especializado,
elabora e organiza recursos pedagógicos, para os alunos portadores de
necessidades educativas especiais.
A educação inclusiva vem adquirindo um espaço cada vez maior na
sociedade contemporânea, para que a escola venha superar a lógica da exclusão.
Para que isso possa acontecer deverá haver uma mudança estrutural e cultural da
escola, e assim ela receberá a todos os alunos sem distinção, além de poder
atender as especificidades dos mesmos e promover assim uma qualidade melhor
da educação de todos.
Diante desses aspectos contamos com políticas públicas para garantir o
acesso à escolarização, pois os direitos das pessoas com necessidades especiais
estão garantidos pelas Leis e documentos.
Dentre esses, contamos com a Lei de Diretrizes e Bases- 9394/963 e a Lei
N°10.4364,de 22de abril de 2002, conhecida como Lei de Libras, o Decreto N° 5.626
,de 22/12/2005 e a LDB 9394/96 em seu capítulo V , da Educação Especial,traz
três artigos os tais citados a seguir.
Art. 58. Entende-se por educação especial,para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§ 1° Haverá quando necessário serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2° O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que em função das condições específicas dos alunos , não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular na faixa etária
de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Como pude perceber esta Lei da realmente a preferência para que os
portadores de necessidades especiais passem a estudar em uma escola regular,
podendo freqüentar uma classe de apoio se for necessário.
Art.59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com
necessidades especiais:
I-Currículos, métodos,técnicas e recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades;
II-terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados;
III-professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados
para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV-educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida
em sociedade, inclusive condições adequadas para os que revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com
3 Educação Legislação e Normas – Governo do Estado do Rio de Janeiro/ Secretaria de Estado de Educação-1998 4 As informações aqui apresentadas são baseadas no site www.libras.org.br.
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas ares artística intelectual ou psicomotora;
V-acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
As pessoas portadoras de necessidades especiais por muitas vezes deixam de
matricular na rede regular de ensino por de informação, sendo que todos eles
tem o direito a freqüentarem a escola ,além de ter todo o seu direito garantido por
Lei.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de
caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro
pelo Poder Público.
Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na
própria rede pública regular de ensino, independente do apoio às instituições
previstas neste artigo.
Já a Lei N°10.436 de 24 de abril de 2002, dispõe sobre Língua Brasileira de
Sinais-LIBRAS.
Art.1°- É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais- LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único- Entende-se como Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS a forma
de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-
motora, com a estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de
transmissão de idéias e fatos , oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil.
A Língua de Sinais é o principal meio de comunicação entre as pessoas com
surdez, e ao ser reconhecida dará um suporte bem maior a eles no que diz
respeito a sua escolarização.
Art. 4°- O sistema educacional federal e os sistemas educacionais
estaduais, municipais o do Distrito Federal devem garantir a inserção nos cursos
de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério em seus
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais LIBRAS como
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais- PCNs conforme a
legislação vigente.
Parágrafo único- A Língua Brasileira de Sinais LIBRAS não poderá substituir
a modalidade escrita da Língua Portuguesa Brasileira de Sinais LIBRAS, porém
ainda não vemos isso acontecer em todas as estâncias.
Já o Decreto N° 5.626,de 22 de dezembro de 2005 vem para regulamentar a
Lei citada anteriormente.
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que,
por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais - Libras.
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial
ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Art.
5o A formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e
nos anos iniciais do ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia
ou curso normal superior, em que Libras e Língua Portuguesa escrita tenham
constituído línguas de instrução, viabilizando a formação bilíngüe.
§ 1°-. Para complementar o currículo da base nacional comum, o ensino de
Libras e o ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda
língua para alunos surdos, devem ser ministrados em uma perspectiva dialógica,
funcional e instrumental, como:
I - atividades ou complementação curricular específica na educação infantil e
anos iniciais do ensino fundamental; e
II - áreas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do
ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior.
Art. 21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições
federais de ensino da educação básica e da educação superior devem incluir, em
seus quadros, em todos os níveis, etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de
Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e
à educação de alunos surdos.
II nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e
conteúdos curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas; e
III - no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim da instituição
de ensino.
§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal,
estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas
neste artigo como meio de assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva
o acesso à comunicação, à informação e à educação.
A criança deverá ter a sua vaga garantida dentro de uma unidade escolar e a
sua educação deve se dar da melhor maneira possível e sem discriminação.
Art. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica
devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da
organização de:
I - escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e
ouvintes, com professores bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do
ensino fundamental;
II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a
alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio
ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento,
cientes da singularidade lingüística dos alunos surdos, bem como com a presença
de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
A educação dos surdos deve ser realizada de forma bilíngüe, porém deverá
ser em uma escola da rede regular de ensino e com a presença de um intérprete.
§ 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngüe aquelas em
que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de
instrução utilizadas no desenvolvimento de todo o processo educativo.
§ 2o Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do
atendimento educacional especializado para o desenvolvimento de complementação
curricular, com utilização de equipamentos e tecnologias de informação.
A escolarização em turno diferenciado, serve para que os alunos possam vir
a fazer a sua complementação curricular com pessoas que possam lhes oferecer
uma gama maior de informações.
De acordo com Aranha (2005- p.31)
“O ano de 1981, Ano Internacional da Pessoa Deficiente, veio motivar uma sociedade que
clamava por transformações significativas nessa área, para debater, organiza-se, e
estabalecer metas e objetivos que caminham novos desdobramentos importantes.”
Porém percebo que a nossa sociedade deveria modoficar-se ainda mais
para que possa debater o assunto com maior clareza. Nos anos de 1990, foi
realizado pela UNESCO,em Jomtian, Tailandia, uma conferência mundial,onde se
deu início a aceitação política de uma proposta de Educação para Todos, pois após
ter assumido tal compromisso o país deveria passar por uma grande transformação
no seu sistema educacional, passando então a dar uma educação com qualidade e
igualdade de condições à todos sem que viesse a ter nenhuma discriminação. Para
que esse processo não deixasse de dar continuidade ao mesmo. O Brasil adotou a
proposta da Declaração de Salamanca (1994),onde comprometeu-se construir um
sistema educacional inclusivo a de acordo com a nossa realidade. Então cabe a
rede pública de ensino garantir o acesso das pessoas com deficiência na rede
regular de ensino.
Capítulo III- A inclusão da pessoa surda no ensino regular – 1° ao 5° Ano.
3.1- A educação da pessoa com deficiência auditiva5
Estudar sobre a educação das pessoas com surdez, mostrou-me várias
questões referentes aos seus limites e também possibilidades, como também
preconceitos que ainda existem em nossa sociedade para com eles.
Pois as pessoas com surdez enfrentam inúmeros entraves para participar da
educação escolar, tudo por causa da perda da audição e da forma como as
propostas educacionais são estruturadas nas escolas. Por conta disso muitos alunos
com surdez são prejudicados por falta de estímulos adequados ao seu potencial
cognitivo, sócio-afetivo, linguístico e político –cultural e ter perdas consideráveis no
desenvolvimento da aprendizagem.
A educação da pessoa com deficiência auditiva, na escola regular vem
fazendo com que os professores, passem a refletir um pouco mais a respeito das
práticas educativas que estão sendo desenvolvidas em diversos espaços
educacionais.
Pois nos dias de hoje, os sistemas de ensino estão sendo pressionados para
que possam então rever seus conceitos.
Porém algumas pessoas acham que será difícil, por considerar a
participação da comunidade surda , no processo escolar um assunto não viável por
alterar a organização e os objetivos da escola e alguns chegam até a negarem a
necessidade de incluí-los. A discussão sobre a inclusão de surdos no contexto
5 As informações contidas são baseadas nos livros: Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Pessoa com Surdez/Mirlene Ferreira Macedo Damázio- SEESP/SEED/MEC- Brasília/ DF-2007 e Diversidade cultural e educação para todos/ Moacir Gadotti- Rio de Janeiro. Ed. Graal, 1992
educacional, tem sido palco para várias reflexões. Sabemos que não basta somente
que o surdo freqüente uma sala de aula, mas que seja atendido nas suas
necessidades. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, nº
9394/1996) estabelece que os sistemas de ensino deverão assegurar,
principalmente, professores especializados ou devidamente capacitados, que
possam atuar com qualquer pessoa especial na sala de aula. Sabemos que a
realidade apresentada esboça um quadro diferente.
Pois sabemos que incluir os surdos em uma escola regular não se trata de
apenas colocá-los lá mais ter de aceitar uma nova língua que é a Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS),e viabilizá-la, pois o trabalho pedagógico deverá considerar a
aquisição de uma primeira língua.
Há também uma preocupação em relação da comunicação dos surdos com
os ditos normais, por que o que vemos no cotidiano é o uso da oralidade. Cabe
então à escola encontrar uma maneira de realizar seu trabalho de educar com êxito
todas as crianças que nela forem inseridas, incluindo também todas aquelas que
possuem desvantagens.
Segundo Goffredo (1999-p.49)
“Para um educativo baseado nos princípios de\integração/ inclusão, devemos
pensar numa renovação pedagógica, que considere as diferenças. Não há dúvida
que a qualidade da educação tem importância prioritária para o crescimento
econômico, social e político de um país.”
Sendo assim os desafios propostos ao sistema de ensino é a construção de
uma escola diferente, onde possamos fazer parte da um espaço menos segregativo
e mais acolhedor e que ela possa vir a se adaptar às necessidades de seus alunos
e não os alunos se adaptarem a ela. Que essa escola posa reconhecer as
possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
Devemos então integrá-los à cultura vigente e passar a compreender cada
vez mais a cultura da diversidade em questionamento e também reconhecer e
valorizar as diferenças. Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico da escola,
devemos fazê-lo de forma que venha a garantir uma educação na e para
diversidade e para isso acontecer faz-se necessário6 algumas mudanças como o
redirecionamento das estruturas dos sistemas de ensino.
Segundo Sá (2006 –p.353) “A escola é um território no qual formas de
interpretação heterogêneas se enfrentam, mas nesses embates está sendo
construído um marco teórico na educação dos surdos” A atual política nacional de
educação preconiza uma educação integradora, ou seja aquela que é organizada de
uma forma em que possa atender a todos, incluindo entre eles os portadores de
necessidades especiais , essa política é sustentada pela “ Declaração de
Salamanca”.
Sendo que essas idéias contrapõem-se o movimento de inclusão, que tem a
meta de não deixar nenhum aluno fora do ensino regular.
De acordo com Goffredo (1999- p. 45)“A escola, para que possa ser
considerada um espaço inclusivo,precisa abandonar a condição de instituição
burocrática, apenas cumpridora das normas estabelecidas pelos níveis centrais.”
Então quando falamos na educação dos surdos, devemos ter sempre como objetivo
uma educação bilíngüe, para que a criança surda possa ter um desenvolvimento
cognitivo-lingüístico equivalente ao verificado na criança ouvinte, e que possa
desenvolver uma relação harmoniosa também com os ouvintes, tendo acesso as
duas línguas: a língua de sinais e a língua do grupo majoritário.
3.2- Um projeto de trabalho7
Passamos a seguir a apresentar uma sugestão de projeto de trabalho que
pode ser realizados com os deficientes auditivos,nas escolas regulares de nosso
país.
4- As informações contidas aqui são do livro: Cultura , poder e educação dos surdos/ Nídia Regina Limeira de Sá.- São Paulo:Paulinas, 2006. 5-As informações contidas são do livro:Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Pessoa com Surdez/Mirlene Ferreira Macedo Damázio- SEESP/SEED/MEC- Brasília/ DF-2007 6-As informações contidas aqui são do livro: Diversidade cultural e educação para todos/ Moacir Gadotti- Rio de Janeiro. Ed. Graal, 1992. 7 As informações contidas aqui são do livro: Saberes e práticas da inclusão: desenvolvimento competências para o atendimento às necessidades especiais de alunos surdos. [2.ed.]/ coordenação geral SEESP/MEC,Secretaria de Educação Especial,2006.
Nesse projeto consta com atividades voltadas para a leitura e a produção da
escrita dos mesmos, promovendo assim um momento da socialização e
favorecimento de aprendizado, pois trabalhando desse jeito o professor estará
disponibilizando recursos onde todos passaram a ganhar com a qualidade do
ensino, possibilitando o sucesso de seus alunos e fazendo com que a escola passe
a ser realmente um espaço inclusivo.
Tema: Todos juntos aprendendo com as diferenças.
Esse projeto tem a finalidade de cooperar com o trabalho dos professores
que estejam atuando no ensino fundamental das escolas regulares, e também
focalizar o olhar sobre a prática educacional que envolvam os sujeitos surdos.
Em contrapartida, ao optar pela inserção do aluno na escola regular, isso
precisa ser feito com certos cuidados que visem garantir sua possibilidade de acesso
aos conhecimentos feitos com certos cuidados, com, considerando as peculiaridades
lingüísticas desses sujeitos. Nessa perspectiva, uma possibilidade de inserção do
aluno surdo nas classes regulares, ele deve ser acompanhado de um intérprete de
língua de sinais.
Dessa forma, ao aluno receber as informações escolares na língua de sinais
terá um aproveitamento bem melhor.
Ao mesmo tempo o professor ouvinte poderá ministrar suas aulas sem se
preocupar em passar esta ou aquela informação em sinais. É preciso que haja um
conhecimento de que os alunos necessitem de apoio específico, de forma
permanente ou temporária, para alcançar os objetivos finais da educação e, então
devem ser oferecidos, por exemplo, apoios tecnológicos e humanos e um desses
apoios humanos é o intérprete de língua de sinais.
O objetivo desse projeto é promover o acesso e a permanência dos alunos
com deficiência auditiva no ambiente escolar.
Explorando atividades de leitura.
1ª sugestão:
*A criança poderá escolher uma história da sua preferência e realizar a leitura
individual;
*Posteriormente poderá narrar o que compreendeu do texto aos colegas;
*O professor poderá verificar quais conhecimentos a criança obteve em relação à
leitura que fez, observando alguns aspectos, tais como: título, coleção, autor,editora,
ilustração e outros.
2ª sugestão:
• O professor poderá selecionar um livro para apresentar às crianças;
• Em seguida, com base na leitura do título, incentivá-las a realizarem uma
predição a respeito do que será abordado pelo autor no decorrer da história;
• Posteriormente, o professor poderá fazer a leitura para os alunos,
interpretando os fatos com bastante entusiasmo, buscando, assim, manter a
atenção de todos para crianças estão ou não acompanhando a evolução dos
fatos, fazendo-lhes perguntas sobre o texto;
• O professor poderá propor ao grupo a leitura do texto, explorando os
seguintes aspectos:
• Adequação do título
• Personagens
• Sugestões de outro título
• Identificação de aspectos mais específicos com relação ao lugar em que se
passa a história, fatos principais, ordem dos acontecimentos ( início, meio e
final da história), moral,da história.
Sugestão de materiais escritos a serem trabalhados
1. Textos jornalísticos: jornais e revistas;
2. Descrições contextualizadas sobre objetos, figuras, animais,pessoas e outros;
3. Narrativas:
*Fábulas;
*Histórias infantis;
*Fatos ocorridos no dia-a-dia;
*Contos de literatura infantil;
4. Entretenimento; textos poéticos, revistas em quadrinho, provérbios, parlendas,
trava-língua, letras de músicas, anedotas.
Explorando atividades de produção escrita
O professor poderá:
• Incentivar os alunos a produzirem diferentes modelos de textos: dissertativos,
descritivos, narrativos, poéticos e outros;
• Proporcionar aos alunos momentos de escrita que envolvam a elaboração de
cartas , bilhetes, cartões,convites, etc...
• Propor atividades de modificação para o final de uma fábula conhecida;
• Propor a escrita com continuidade a algum texto anteriormente explorado pelo
grupo;
• Sugerir a transformação de uma história narrativa em uma história em
quadrinhos;
• Estimular a reprodução escrita de um à história que tenha sido explorada
Pelo grupo, confeccionando um livro;
Observação:
O professor deverá apresentar alguns exemplos de atividades de leitura e
produção escrita, discutindo com os participantes as adaptações necessárias ao
trabalho com o aluno surdo no contexto de uma sala inclusiva.
1º Exemplo:
O professor de uma turma de 5º Ano de escolaridade (4ª Série)
Utiliza a língua de sinais e, alternadamente, a língua portuguesa oral, enquanto
registra a língua portuguesa escrita ( resumo no quadro de giz) para exemplificar
os conteúdos expressos na história do Descobrimento do Brasil.
O professor entrega à turma o texto base (da série dita anteriormente) e também
textos das séries anteriores, todos tratando do mesmo assunto,” Descobrimento
do Brasil” , para que os alunos possam realizar algumas atividades, tais como:
a) Leitura/ interpretação de um texto de séries anteriores que trate do mesmo
assunto,porém mais adequado ao nível lingüístico dos alunos;
b) Discussão sobre os principais conceitos e informações presentes no texto,
registradas por meio de montagem de frases, jogos, procura pela significação
das palavras nesse contexto e no dicionário;
c) Elaboração de uma síntese do texto;
d) Retorno ao texto base da 4ª séria para a leitura e interpretação pelos alunos.
2º Exemplo:
Produção de um trabalho de artes plásticas (recorte e colagem, desenho do
aluno,pintura, etc) sobre um determinado tema;
Levantamento do vocabulário, inclusive de expressões idiomáticas, no
quadro de giz , provenientes da produção plástica;
Estímulo para produção e elaboração de textos pelo aluno, com base na sua
própria produção plástica.
Há um certo tempo venho observando com os deficientes vem sendo tratado
e por isso resolvi preparar este trabalho onde estarão contidas algumas sugestões
de trabalho com os deficientes auditivos dentro das escolas regulares. Espero que
as atividades possam vir a auxiliar na educação dos surdos .
Algumas coisas que não podemos esquecer quando há um aluno deficiente
auditivo em nossa sala de aula.
*Aprender LIBRAS é o primeiro passo;
• Ter um intérprete em sala de aula;
• Falar diretamente com a pessoa, nunca ler atrás dela;
• Usar o tom de voz normal, a não ser que peçam para que você fale alto;
• Gritar nunca adianta;
• Ao conversar mantenha sempre o contato visual, pois se você desviar o olhar
a pessoa surda pode achar que a conversa terminou;
• Nem sempre a pessoa surda tem boa dicção e caso tenha dificuldades de
compreender o que ela diz,peça para que ela repita quantas vezes for necessário;
• Quando o surdo estiver acompanhado de um intérprete dirija-se a ele e não
ao intérprete;
• Dar sempre exemplos de formas seguras para que ele possa entender as
regras sociais, pois ele aprende com o que vê e não com o que ele ouve
• A integração desses alunos, depende da integração de todos;
• Os pais e os professores devem participar de uma escola inclusiva.
Assim, podemos perceber a riqueza de materiais que são encontrados, para
que possamos vir a realizar um ótimo trabalho na educação dos surdos , basta
apenas ter um pouco de vontade, disposição e também de conhecimento didático
para transformar uma simples leitura em um momento agradável e favorável para
todos, além de provar que um projeto educativo pode ser construído , considerando
as diferenças e com uma qualidade de ensino que é importante para todos.
4 – PESQUISA DE CAMPO
Participaram deste estudo vinte (20) professores do Ensino Fundamental do
CIEP Municipalizado – 071 - Maximiano da Silva, que está localizado no bairro
Jardim Iguaçu, no município de Nova Iguaçu.
Foram entrevistados professores com idade entre 29 e 48 anos.
4.1 - INSTRUMENTOS
Para a realização desta pesquisa de cunho qualitativo, foi elaborado um
questionário( anexo) semi-estruturado, composto por cinco (5) itens.
Estes itens referem-se à questões como: Se a escola é um espaço
inclusivo,Como você entende a inclusão no ensino regular, A escola como um
espaço inclusivo,, além de questões relacionadas a escola como um espaço
inclusivo e a capacitação de profissionais para a realização destes trabalho.
4.2 - PROCEDIMENTO
Foi realizada uma aplicação coletiva, durante a Reunião Pedagógica. A
aplicação foi precedida de uma breve explicação sobre os objetivos do estudo, a
participação dos professores foi voluntária , num índice que totalizou 45% de
participação.
4.3 - RESULTADOS
Os dados coletados foram submetidos , a análise estatísticas descritivas,
que serão expostas através de gráficos.O primeiro mostrou alguns resultados
quanto à escola ser um espaço inclusivo.
1ª. Você concorda que a escola deve ser um espaço inclusivo?
Gráfico 1 =
Observamos que 8 dos professores concordam que a escola seja um espaço
inclusivo e apenas 1 discordou por não se sentir capacitado para atender às
diferenças.
2ª. Como você entende a inclusão no ensino regular? Gráfico 2=
] O gráfico 2 refere-se a como você entende a inclusão no ensino regular
constatamos que 8 dos entrevistados entendem sobre inclusão no ensino regular,
apenas 1 entrevistado considera a inclusão como uma forma de segregação.
3ª. O que a sua escola tem feito para que o portador de deficiência tenha acesso a ela? Gráfico 3=
Gráfico 3- Corresponde sobre o que a sua escola tem feito para o portador de
deficiência tenha acesso a ela.
Observa-se que 7 dos professores responderam que a escola tem investido em
cursos de capacitação para os professores, e os outros 2 responderam que a escola
tem investido em recursos humanos habilitados.
4ª. A Escola que você trabalha, possui estrutura para atender os alunos
portadores de deficiência?
Gráfico 4 =
recursos humanos.
5ª. Você se acha preparado (a) para trabalhar com alunos portadores de
deficiência?
Gráfico 5 =
Gráfico-5 Corresponde a pergunta se você se acha preparado para trabalhar com
alunos portadores de deficiência, e 7 responderam que não se consideram
preparadas , porque necessitam de curso de capacitação e os 2 responderam que
se sentem capacitados por já terem participados de cursos .
Constatamos de maneira geral que os professos concordam que a escola seja um
espaço inclusivo e que a inclusão no ensino regular é uma forma de incluir o aluno
e não uma forma de segregação porém, para que ela venha realmente a
acontecer a escola precisa se adequar em alguns pontos como: investir mais em
cursos de possam vir serem atendidos de uma forma mais adequada. portador de
deficiência capacitação pois os professores ainda não se acham capacitados para
realizar o atendimento aos portadores de necessidades educativas especiais e
preparar a parte física de seus prédios para que os alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alunos portadores de necessidades especiais estão sendo colocados nas
classes regulares junto com os “ditos normais”, e são deixados de lado, porque os
professores dizem que não têm condições para atendê-los. Com isso quem perde
são os alunos, pois eles deixam de abstrair alguns conceitos por conta desses
professores descompromissados, que por muitas vezes nem tentam se atualizar
para que possam atender, não só os alunos especiais. Mais sim, atender melhor a
todos que lá estão, pois acredito que a partir do momento em que a verdadeira
inclusão é feita todos passam a ganhar.
Pois os professores até concordam que a escola deva ser um espaço
inclusivo, sendo que a maioria deles ainda não se acham capacitados para atende
as diferenças e que as escolas deveriam passar por mudanças para que os
atendimentos possam ser feitos, porque as escolas não possuem estruturas físicas
e até humanas para que os deficientes possam vir a serem atendidos de uma forma
bastante digna.
Para que a inclusão venha a acontecer devemos ter condições de trabalhar a
unidade na diversidade e nunca esquecer que os portadores de necessidades
especiais são dotados de um grande potencial , e que deveria ser estimulado para
que no futuro venham participar ativamente na sociedade sem que haja nenhuma
exclusão.
Sendo assim o mundo precisa ser mais inclusivo, quebrar as barreiras das
desigualdades e tentar fazer com que a nossa sociedade passe a ser mais
participativa no que diz respeito à inclusão, passando então a olhar os portadores
de deficiência com outros olhos.
A escola para ter uma orientação inclusiva, deve sempre criar meios para que
seus alunos venham a estudar em um ambiente bastante favorável a todos que lá
estão, sendo ele portador de necessidades especiais ou não.
Além de capacitar os seus professores e funcionários, para que possam
realizar da melhor maneira possível o seu trabalho visando proporcionar aos seus
alunos novos caminhos para a vida em coletividade dentro e fora da escola.
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Sites visitados:
WWW.portal.mec.gov.br
WWW.wikipedia-mht