MANEJO DE MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA
Dr. Valter Casarin
IPNI Brasil
Diretor Adjunto
X Encontro Técnico
Fundação MT
14 de Maio de 2010
INFORMAÇÕES GERAIS
Na medida em que a população mundial e a demanda poralimentos, combustível e fibra continuam a aumentar, existeem paralelo a necessidade crescente por conhecimento einformação baseado em ciência responsável. É nesse contexoque aparece o IPNI.
O “International Plant Nutrition Institute” (IPNI) é umaorganização nova, sem fins lucrativos, dedicada ao manejoresponsável dos nutrientes das plantas – N, P, K, Ca, Mg, S emicronutrientes – para o benefício da família humana.
Dr. Terry L. RobertsPresident3500 Parkway LaneSuite 350Norcross GA 30092-2806 USAPhone: 770-447-0335Fax: 770-443-0439E-mail: [email protected]
Dr. Luís I. ProchnowDirector, Brazil ProgramRua Alfredo Guedes, 1949Ed. Rácz Center, Sala 70113416-901 Piracicaba, SP, BrazilPhone: 5519-3433-3254Fax: 5519-3433-3254E-mail: [email protected]
IPNI: ESCRITÓRIOS E EQUIPE CIENTÍFICA
Dr. Valter CasarinDeputy Director, Brazil ProgramRua Alfredo Guedes, 1949Ed. Rácz Center, Sala 70113416-901 Piracicaba, SP, BrazilPhone: 5519-3433-3254Fax: 5519-3433-3254E-mail: [email protected]
WEBSITE NO BRASIL
DRIS
FERTREC’X
Better Crops Informações Agronômicas Livros
PUBLICAÇÕES
Global Maize Project
Parceria:
Global Maize: Overview• The first effort of the recently formed IPNI work group Nutrient
Management Decision Support for Maize Systems (WG04).
• Work group is composed of 10 IPNI scientists working in 34 countries.
• Identified ecological intensification (EI) of maize-based production systems as a high priority and common need.
• EI is a term developed by Cassman (1999) that conceptualizes a production system that satisfies the anticipated increase in food demand while meeting acceptable standards for environmental quality.
• Since EI is conceptual, an iterative discovery process is being used at each location to identify a specific combination of management practices that satisfies its requirements.
Global Maize Centers
• Brazil
– 18 Itiquiria, Mato Grosso
– 19 Ponta Grossa, Paraná
• China
– 20 Jilin
– 21 Hebei
• India
– 22 Ranchi, Jharkhand
– 23 Dharwar, Karnataka
• Argentina
– 24 Balcarce
– 25 Parana
• U.S.
– 26 Iowa
– 27 Indiana
• Mexico
– 28 Celaya
– 29 Toluca
• Columbia
– 38 To be determined
• Russia
– Planned (with wheat initiative)
MANEJO DE MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA
“Por micronutrientes devemos entenderaqueles nutrientes que as plantas necessitam empequeníssimas proporções; são eles: boro (B),cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn),molibdênio (Mo) e zinco (Zn).
Embora as quantidades sejam muitodiminutas, nos casos de deficiência muitoacentuada as culturas não completam bem seuciclo vegetativo e, portanto, ou não dão colheita ouproduzem muito pouco.”...
(MALAVOLTA, 1958)
...“É necessário que dêem atenção crescente àseventuais faltas dos micronutrientes discutidos.
Uma deficiência severa de qualquer umdeles pode por em perigo tôda a lavoura.
Os misturadores de adubos, por sua vez,devem começar a pensar nesse assunto,completando suas fórmulas com determinadosmicronutrientes...”
(MALAVOLTA, 1958)
Importância dos Micronutrientes
Toxidez ? a dose faz o veneno (Paracelso)
Essenciais: A planta ou o homem não vive sem.
Benéficos: não essenciais. Em dadas condições → ajudam crescimento e produção da planta. Exemplos: sódio (Na) e silício (Si) para a planta
Tóxicos: não essenciais, não benéficos
CLASSIFICAÇÃO
Critérios de essencialidade → Arnon e Stout (1939):
Plantas: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni e Zn
Elementos benéficos: Co, Si, Na, Se, V, Al
Animais e humanos: Co, Cu, Cr, F, I, Fe, Mn, Mo, Se e Zn
Fertilizantes: ferramenta no combate à fome e subnutrição;
Prioridade no “ranking” das dez maiores desafios mundiais;
Principais deficiências: Fe, Zn, I, Se e vitamina A.
MICRONUTRIENTES - Essencialidade
DUAS LEIS IRREVOGÁVEIS
(1) A LEI DO MÍNIMO (LIEBIG, 1862)
A colheita é limitada pelo fator de produção que estiver emmenor proporção-
“a colheita não aumenta se faltar um micronutriente”
(2) UMA LEI BÁSICA DA ECOLOGIA
Na natureza não há comida grátis
Pagamento da conta - micro muitas vezes
EFEITO DOS MICRONUTRIENTES
Fonte: Yamada (2004)
Funções dos Micronutrientes
CO2
H2O
Fotossíntese Energia(Comida)
Açúcar
Mn e Cu
Deficiência de Mn
- Mn
ROBERTSON, W.K.; THOMPSON, L.G.; MARTIN, F.G. Manganese and cooperrequeriments for soybeans. Agronomy Journal, Madison, 65:641-4, 1973.
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
Mn (kg/ha)
Prod
utiv
idad
e (s
acas
/ha)
FONTE: SANCONOWICZ & SILVA, 1997
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
FONTE: MANN et al., 2002
Prod
utiv
idad
e (t/
ha)
FONTE: GALRÃO, 2002 (média de 3 cultivos)
Prod
utiv
idad
e (s
acas
/ha)
FONTE: SFREDO et al., 1997
Crescimento
Crescimento
BZn
B Zn
B comida
- Zn
Plantio: 05/09/08Avaliação:17/09/08 Local : A Amazônia Campo Verde - MT
+ Zn
Prod
utiv
idad
e (t/
ha)
FONTE: GALRÃO, 2002
Zn (kg/ha)
RITCHEY, K.D. Residual zinc effects. Agronomic-economic research on tropical soils:Annual report for 1976-77. Raleigh, SoilScience Departement, NorthCaroline State University, 1978. p.113-114.
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
GALRÃO, E.Z. Efeito de micronutrientes e do cobalto na produção e composição química do arroz, milho e soja em solos de cerrado. R. bras. Ci. Solo, 8:111-116, 1984.
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
Fixação N2Co e Mo
NO3-
NitratoNH3
AmôniaMolibdênio
N2 (ar)
PLANTA
Nitrogenase
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
FONTE: CAMPO & HUNGRIA, 2002
Produto 10% Mo e 1% Co (g/ha)
VITTI, G.C.; FORNASIERI FILHO, D.; PEDROSO, P.A.C.; CASTRO, R.S.A.FertilizaçãoCom molibdênio e cobalto na cultura da soja. Rev. Bras. Ci. Solo, 8:349-352,1984.
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
BCa
B, Cu e ZnProteínas
Florescimento e Frutificação
CaCa
B Ca
BCa
B
Ca
Ca
Ca
Ca B
Ca
B
Ca
B
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
B
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
B
Ca
Ca
Ca
Ca
Ca
B
B
Adapted from an original diagram supplied courtesy of SQM
Movimento do cálcio e boro em plantas
Cálcio e boro são translocados nas plantas com o fluxo de seiva (fluxo de transpiração) –Via Xilema
Acumula nas folhas mais velhas
Cálcio e boro estão imóveis
USO DO BORO
100 % Apl. Foliar25 % Absorvido
100 % Apl. Substrato 11 % Absorvido
O B aplicado no substrato foi cerca de 4 vezes mais eficiente em nutrir as partes novas da planta do que a aplicação de B nas folhas.
Boaretto, 2004
B (kg/ha)
algo
dão
em c
aroç
o (k
g/ha
)
SILVA, N.M.; CARVALHO, L.H..; CHIAVEGATTO, E.J.; SABINO, N.P.; HIROCE, R. Efeito de doses de boro aplicados no sulco de plantio do algodoeiro em solo deficiente. Bragantia, 41:181-191, 1982. (média de 3 cultivos)
Níquel
Funções
Constituinte da enzima urease e hidrogenase (nos
nódulos do Bradyrhizobium)
Ação na senescência
Ação na qualidade de semente (Brown et al., 1987)
MARTINS, 2006 (dados não publicados)
* 50 g Ni/ha
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)Média de 3 cultivos
Tratamentos Doses(1) Modo de aplicação ProdutividademL ha-1 kg ha-1
Testemunha - - 2.887dCo + Mo 200 Trat. sementes (TS) 3.854cCo + Mo 200 Foliar, estádio V5 (AF) 3.808cCo + Mo 100 (2 aplicações) TS + AF (V5) 4.076bNi + Co + Mo 200 Trat. sementes 4.209bNi + Co + Mo 200 Foliar, estádio V5 4.269bNi + Co + Mo 100 (2 aplicações) TS + AF (V5) 4.441aCV (%) 3,39
Resposta da soja à fertilizantes contendo Ni, Mo e Co.
Fonte: MILLÉO et al. (2009).
FORSYTH & PETURSON (1958): ação protetiva e erradicativa
do níquel com respeito à ferrugem dos cereais (trigo e aveia)
e do girassol.
Doenças
MISHRA & KAR (1974) e GERENDAS et al. (1999):
pulverizações com Ni são eficientes contra a infecção de
ferrugens de cereais devido à sua toxidez para o patógeno e
também devido a mudanças causadas na fisiologia do
hospedeiro que levam à resistência.
GRAHAM et al. (1985): uso do Ni no controle de ferrugens
que afetam diversas culturas em várias regiões.
Tratamentos Doses- Kg p.c./ha Estádios de aplicação1. Testemunha - -
2. NiSO4 0,25 V5; V7; R23. NiSO4 0,5 V5; V7; R24. NiSO4 0,25 R1; R3; R5.15. NiSO4 0,5 R1; R3; R5.1
6. NiSO4+ Opera* 0,25 + 0,5 V5; V7; R27. NiSO4+ Opera 0,5 + 0,5 V5; V7; R28. NiSO4+ Opera 0,25 + 0,5 R1; R3; R5.19. NiSO4+ Opera 0,5 + 0,5 R1; R3; R5.1
10. Opera 0,5 V5; V7; R211. Opera 0,5 R1; R3; R5.1
12. Aproach Prima + Assist
0,3 + 0,5 % V5; V7; R2
13. Aproach Prima + Assist
0,3 + 0,5 % R1; R3; R5.1
V5: 27/12/07 (preventivo)V7: 03/01/07 (preventivo)R2: 17/01/08 (preventivo)
R1: 11/01/08 (preventivo)R3/R4: 31/01/08 (curativo)*R5.1: 08/02/08 (curativo)
Sintomas:03/02/08 (R4)* pirac. + epox.
Severidade (%) da ferrugem asiáticaTratamentos R5.1 R5.2 R5.3 R5.4 R6
1. Testemunha 16,2 A 26,2 A 49,5 A 70,0 A 96,2 A2. NiSO4 0,25 V5,V7,R2 3,0 B 5,7 B 18,7 B 37,0 B 55,0 B
3. NiSO4 0,5 V5,V7,R2 1,2 C 1,5 C 6,7 C 8,7 C 42,5 C
4. NiSO4 0,25 R1,R3,R5.1
3,7 B 5,0 B 7,5 C 10,0 C 31,7 D
5. NiSO4 0,5 R1,R3,R5.1
0,7 C 1,0 C 3,5 D 5,0 D 23,7 E
6. NiSO4 + Opera 0 C 0 C 1,7 E 2,5 D 15,5 F7. NiSO4 + Opera 0 C 0 C 1,7 E 2,0 D 15,5 F8. NiSO4 + Opera 0,7 C 1,0 C 1,2 E 3,0 D 10,5 G9. NiSO4 + Opera 0,2 C 0,2 C 0,7 E 1,0 D 8,7 G
10. Opera 0 C 0 C 1,5 E 2,5 D 16,7 F11. Opera 0,2 C 0,2 C 1,0 E 1,5 D 10,0 G
12. Apr.Prima + As 0 C 0 C 1,2 E 11,7 C 33,7 D
13. Apr. Prima + As 0,2 C 0,2 C 0,5 E 2,7 D 7,5 G
CV % 22,2 22,5 17,9 15,9 7,0
Silvânia Furlan, 2008
T1 -
10/03/08
R7
Testem. T2 - SN T3 - SN
T4 - SN T5 - SN T6 - SN + Opera
Adubação com Micronutrientes
CUIDADO COM OS DESEQUILIBRIOSNUTRICIONAIS !!
“ Nutrir bem não significa adubar mais.”
B Cu Fe Mn Mo Zn Observaçõesg.ha-1Cultura
milho 4,4 2,2 11,0 6,0 0,56 18,9 1 t grãossoja 34,2 14,2 115,0 43,0 4,58 42,5 1 t grãos
milho 17,8 7,8 31 33,0 0,89 37,8 1 t grãossoja 78,8 26,7 465 130,0 5,42 60,4 1 t grãos
B Cu Fe Mn Mo Zn Observaçõesg.ha-1Cultura
EXTRAÇÃO
EXPORTAÇÃO
PRODUÇÃO
Todas as regiões, particularmente cerrado (MALAVOLTA & KLIEMANN, 1985)
Praticamente todas as culturas – anuais e perenes
Mais frequentes: Boro, Zinco, Manganês
Respostas à adição de micros - às vezes notáveis
USAR MICROS É PRECISO!
DEFICIÊNCIAS
Análise de 518 amostras da superfície de solos virgens do
cerrado do Brasil Central.
Deficiência de micronutrientes no solo
Micros Nível crítico(mg dm-3)
Abaixo donível crítico
(%)
Intervalo Média- - - - - - (mg dm-3) - - - - - -
Cobre 1,0 70 0,0 - 9,7 0,6Zinco 1,0 95 0,2 - 2,2 0,6
Manganês 5,0 37 0,6 - 92,2 7,6Ferro - - 3,7 - 74,0 32,5
Fonte: LOPES e COX (1977); LOPES (1983), citado por LOPES e ABREU (2000)
Níveis de micronutrientes em 2.770 amostras de solo
coletadas pela Fundação MT em 2002.
Deficiência de micronutrientes no solo
Fonte: Leandro Zancanaro, Fundação MT, comunicação pessoal, Janeiro 2004
Nível B Cu Mn Zn
- - - - - - - - - - - - - - - - (% do total) - - - - - - - - - - - - - - - - -
Baixo 61,7 15,1 2,3 11,4
Médio 30,0 28,2 9,8 8,5
Alto 8,3 56,7 87,9 80,1
Médio (ppm) 0,3-0,5 0,5-0,8 2,0-5,0 1,1-1,6
Nutrientes % das amostras com deficiência
Nitrogênio 2,9Fósforo 2,2Potássio 32,8Cálcio 0Magnésio 3,3Enxofre 0,7Cobre 74,2Boro 8,9Manganês 32,1Zinco 0
Resultados de 268 análises foliares de soja em 200.000ha de área cultiva (MT, MS e GO).
Fonte: SUBTIL e DALL AGLIO (2000)
Boas Práticas para Uso Eficiente de Fertilizantes
MICRONUTRIENTES
4 C’s
Fonte certa
Dose certa
Método certo
Época certaIPNI
MÉTODOS:
Adubação via solo;
Adubação foliar;
Tratamento de sementes;
Tratamento de mudas (cana).
Métodos de aplicação
4) Revestimento de fertilizantes simples, mistura de grânulos, misturas granuladas e fertilizantes granulados com fontes de micronutrientes de modo que cada grânulocarreie o micronutriente.
Adubação Via Solo
Problema: Como distribuir uniformemente pequenas doses, poucos kg/ha ?
1) Aumento das doses iniciais, fazendo uso do efeito residual (Zn e Cu);
2) Mistura de fontes de micronutrientes, em geral granulados, com fertilizantes simples, mistura de grânulos, misturas granuladas e fertilizantes granulados;
3) Incorporação de fontes de micronutrientes em misturas granuladas e fertilizantes granulados, de modo que cada grânulo carreie o micronutriente;
Correção Lenta / Mais Duradoura / Preventiva
N
P K
M
N
KP + M
N
P K
M
(mais comum)
MICRONUTRIENTES NA ADUBAÇÃO NPK
NP K
NP K
NP K
M
M
M
M
MN
P K
MM
M
M
M
MM M
MICRONUTRIENTES NA ADUBAÇÃO NPK
MICRO REVESTINDO N-P-KUniformidade da Aplicação
Tradicional
Micro no N-P-K
Micro no N-P-K
Folha → Correção rápida/Menos duradoura/corretiva
Principal: Manganês
Sal
Quelatizado
Estágio: V4 / R1
Adubação Via Foliar
Micronutriente via tolete na cobrição
Municipio: Populina/SPProprietário: Joel FormigaFazenda TuimVariedade:RB72454Data de Plantio: 16/06/05Data da Foto: 27/07/05
ExperimentoLuiz Antonio Martins
Brotação AntecipadaRápido Desenvolvimento
Inicial
Testemunha
Análise de solo
Análise foliar
Dose
Interpretação de resultados de análise de micronutrientes em solos de Cerrado
Classificação para o
nutriente
Boro Cobre Manganês Zinco(água
quente) --------------- Mehlich 1* -----------------
---------------------------- mg dm-3 -------------------------Baixo 0 a 0,2 0 a 0,4 0 a 1,9 0 a 1,0Médio 0,3 a 0,5 0,5 a 0,8 2,0 a 5,0 1,1 a 1,6Alto > 0,5 > 0,8 > 5,0 > 1,6Fonte: Galrão (2004) * Mehlich 1 (HCl 0,05 mol L-1 + H2SO4 0,0125 mol L-1), na relação solo:solução de 1:10 e com cinco minutos de agitação
Teor adequado de micronutrientes na análise foliar:
Análise foliar
Fonte: 1Bataglia (1991); 2Raij e Cantarella (1996); 3Cantarella et al. (1996); 4Ambrosano et al. (1996)
Culturas B Cu Fe Mn Mo Zn
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Café1 40-100 6-50 70-300 50-300 0,1-0,5 10-70
Cana2 10-30 6-15 40-250 25-250 0,05-0,20 10-50
Citros1 35-100 5-20 50-200 25-500 0,1-1,0 25-200
Milho3 10-25 6-20 30-250 20-200 0,1-0,2 15-100
Soja4 21-55 10-30 50-350 20-100 1,0-5,0 20-50
Aplicação via solo
Fontes de micronutrientes mais indicados para aplicação via solo.
Nutriente Fonte Dose (kg/ha-1)Elemento (1) Elemento (2)
Boro Borax: Na2B4O7.10H2O ou Na2B4O7.5H2O (11%B)Ulexita NaCaB5O5.8H2O (10%B) 0,5 a 1,0 1,0
Zinco Oxi-sulfatos 4,0 a 6,0 5,0
Manganês Oxi-sulfatos 2,5 a 6,0 5,0(+)
Cobre Oxi-sulfatos 0,5 a 2,0 2,0(1) BORKERT et al. (1994)(2) MASCARENHAS & TANAKA (1996)
Recomendações gerais para adubação com micronutrientes para os solos de cerrado
Teor no solo:
Baixo
Boro Cobre Manganês Molibdê-nio* Zinco
2 kg ha-1 2 kg ha-1 6 kg ha-1 0,4 kg ha-1 6 kg ha-1
Para culturas anuais, as doses indicadas podem ser parceladas em 3 partes iguais e aplicadas no sulco de semeadura em cultivos sucessivos sendo esperado um efeito residual para 4 a 5 cultivos.
Para solos com teores classificados como Médio, aplicar no sulco de plantio das culturas anuais ¼ da dose acima recomendada.
Se o teor do nutriente no solo estiver classificado como Alto, não é necessária a sua aplicação.
* Para o Molibdênio não existem valores para classificação da análise de solo.
Fonte: Galrão (2004)
ZINCO
SOUZA et al. (1998) e SANTOS (2000), citados por DA SILVA (2000), nãoverificaram efeitos antagônicos do fósforo em relação ao zinco, quandovariaram as doses de P entre 0 e 320 kg.ha-1 de P2O5 e as doses de zincode 0 a 6 kg.ha-1 de Zn.
Recomendação
• COELHO & FRANÇA (1995) -> 2,0 a 4,0 kg.ha-1 de ZnZn < 1,0 ppm (Mehlich I)
• RAIJ & CANTARELLA (1996):==> 4,0 kg.ha-1 de Zn, para Zn no solo (DTPA) < 0,6 mg.dm-3
==> 2,0 kg.ha-1 de Zn para Zn no solo (DTPA) entre 0,6 e 1,2 mg.dm-3
Fonte: Oxissulfato
a) Via solo:
Considerações:
Adubação de segurança (cada 4 ou 5 anos);
Análise de solo (teor médio) = um quarto da dose;
Análise de solo (teor alto) = não há necessidade de adubação.
Recomendação de adubação
RECOMENDAÇÃO DE MICRO VIA FOLIAR
Mn: 150 (Quelatizado - Cl); 200(Quelatizado - SO4) a 300 g.ha-1 (SAL)
Zn e Cu: Não existe recomendação oficial
Zn = 50 a 150 g/ha
Cu = 50 a 100 g/ha
Época: V4 + R1
MANGANÊS - foliar
Sintomas de deficiência
apareceram na 4a. semana e as
aplicações foram repetidas em no. variável, sempre
que surgiram sintomas de deficiência
Aplicações efetuadas à cada 14 dias
SOJA
Mascagni, H. J.,Jr.; Cox, F. R. - Agronomy Journal, Vol 77, May-Jun 1985. Pg 363-366
sulfatos
óxidos
quelatos
silicatos
Fontes
1 al. : Boro: Ulexita
Zinco: Óxi-Sulfatos
Manganês: Óxi-Sulfatos
Cobre: Óxi-Sulfatos
Aplicação via solo
Fonte de Zinco Parte de planta
Cloreto Nitrato Sulfato Quelato
----------- μg/planta de Zn ------------
Raízes 2 2 4 19
Caule e ramos abaixo folha tratada
4 5 4 10
Folhas abaixo 5 5 4 31
Folhas tratadas 609 357 80 216
Caule e ramos acima 5 6 5 10
Folhas acima 8 7 6 17
Total 633 382 103 303 Fonte: Malavolta et al. (1995)
Absorção e transporte do zinco aplicado via foliar.
Aplicação via foliar
0
200
400
600
800
1000
1200
0 10 20 30 40 50 60 70TEMPO DE CONTATO, MINUTOS
µ g d
e Zn
abs
orvi
do g
de
folh
a
Absorção de Zn por folhas de cafeeiro
97% NAS FOLHAS COM 65ZnCl2
(adaptado de BLANCO, 1970)
Fontes;
Tipo de solo;
pH;
Solubilidade;
Efeito residual;
Mobilidade do micronutriente;
Tipo de cultura (planta).
Fatores que afetam a eficiência dos fertilizantes
Fonte: LOPES (1999)
Fonte: Malavolta (1992)
Efeito do pH na disponibilidade
Calagem:
MoMn
*Cerrado*Plantio direto
GlifosatoX
Mn
Situação Atual
1.Aumento do plantio de soja RR
2.Aumento no uso de glifosato
3.Aplicação simultânea com adubos foliares
Glifosato1. Herbicida ácido
capacidade de doar um ou mais prótons e formar íons carregados negativamente.
2. Íons livres combinam com glifosato.
3. Redução de ingrediente ativo disponível (baixa eficiência do herbicida).
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Mn++
Zn++
Ca++
Mg++
Influência de produtos fornecedores de micronutrientes adicionados à calda de pulverização na eficiência do
herbicida glifosato em diferentes formulações
Prof. Dr. PEDRO LUIS DA COSTA AGUIAR ALVESFaculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP -
Jaboticabal
HERBAE Consultoria e Projetos Agrícolas Ltda.- Eng. Agrônomo Dr Marcos Antonio Kuva- Eng. Agrônomo Ms Tiago Pereira Salgado-Téc. Agropecuário Marco Antonio Farias
OBJETIVO
Verificar a eficácia do herbicida glifosato, em diferentes formulações, sobre plantas daninhas em estágio juvenil,
quando veiculados em calda com a presença de produtos com micronutrientes.
Espécies de plantas daninhas
leiteiro (Euphorbia heterophylla)capim-braquiária (Brachiaria decumbens).
1) Roundup Ready 2) Rup WG 3) Rup Original 4) Rup Transorb 5) Zapp QI 6) Glifosato Agripec 7) Glifosato Nortox 8) Trop 9) Gliz
Tabela 01. Produtos e doses empregados na composição dos tratamentos do primeiro experimento.
Trat. Produtos Comerciais Dose
glifosato (g e.a./ha)
Dose
nutrientes (ml p.c/ha)
1 Glifosato 720 ---
2 Glifosato + Hidrofol Manganês 132 720 2000
3 Glifosato + Profol Manganês 14 720 800
4 Glifosato + Profol Gallop 720 1500
5 Glifosato + Mn-EDTA 720 500
6 Glifosato + Amigu Manganês 720 2000
7 Glifosato + Amigu Cerrado 720 2000
8 Glifosato + Profol CoMol 225 720 150
Profol Mn Prime Dry
Mn Fonte Sulfato
Mn Fonte Cloreto
Mix Fonte Cloreto
Mn Fonte Quelatizada 100%
Mn + Aminoácido
Mix + Aminoácido
Co + Mo
RESULTADOS
(A) Controle (B) R. Ready (C) + Mn Base Cloreto (D) + Mn Quelatizado 100%
(A) (B)
(C) (D)
ADUBAÇÃO COM MANGANÊS EM SOJA RESISTENTE AO GLIFOSATO
Resposta da soja RR à aplicação de manganês via foliar1.
Estádio Produtividade (kg ha-1) (%)Testemunha 4.170 100V4 4.573 110V4 + V8 4.842 116V4 + V8 + R2 5.380 129DMS 5% 2021 Cerca de 0,34 kg ha-1 de Mn por aplicação.
Barney Gordon, Kansas State University, Estados Unidos,(apresentado por Larry Murphy, Fluid Fertilizer Foundation, Manhattan, KS, Estados Unidos)
OBRIGADO
Dr. Valter Casarin
IPNI Brasil
Diretor Adjunto