SumárioSumário..............................................................................................................................2
Eixo 1. Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais (Eixo da Política e da Pactuação)................................................................................................5
1.1Organização e consolidação da rede.............................................................................5Propostas Prioritárias para o âmbito nacional...................................................................5Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual...................................................................5Demais Propostas Aprovadas............................................................................................61.2 Financiamento.............................................................................................................8Propostas Prioritárias para o âmbito nacional...................................................................8Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual...................................................................9Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................101.3 Gestão do trabalho em Saúde Mental........................................................................11Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................11Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................121.5 Política de Assistência Farmacêutica........................................................................13Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................13Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................141.6 Participação social, formulação de políticas e Controle Social.................................14Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................14Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................15Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................161.7 Gestão da informação, avaliação, monitoramento e planejamento da Saúde Mental..........................................................................................................................................16Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................16Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................171.8 Políticas Sociais e Gestão intersetorial......................................................................17Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................18Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................18Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................191.9 Formação, Educação Permanente..............................................................................20Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................20Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................201.9 Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUS....................................................22Propostas Prioritárias para o âmbito e Nacional e Estadual...........................................22Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................22
Eixo 2 – Consolidar a rede de atenção psicossocial e fortalecer os movimentos sociais – Eixo do cuidado...........................................................................................24
2.1 O cotidiano dos serviços, trabalhadores usuários e familiares na produção do cuidado.............................................................................................................................24Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................24Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................25Demais Propostas Aprovadas .........................................................................................262.2 – Práticas Clínicas no Território................................................................................26Propostas Prioritárias para o Âmbito Nacional e Estadual..............................................26Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................272.3 – Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo estratégico da Reforma Psiquiátrica......................................................................................................................27
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................27Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................28Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................282.4 – Atenção às pessoas em crise...................................................................................29Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................29Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................30Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................312.5 Desinstitucionalização, Inclusão e Proteção Social: Residências Terapêuticas, Programa de Volta para Casa e Articulação Intersetorial no Território..........................31Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................31Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................32Demais Propostas Aprovadas:.........................................................................................322.6 – Saúde Mental Atenção Primária e Promoção da Saúde.........................................33Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................33Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................342.7 – Álcool e outras drogas como desafio......................................................................35Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................35Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................35Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................362.8 Saúde mental na infância, adolescência e juventude: uma agenda prioritária para a atenção integral e intersetorialidade................................................................................38Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................38Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual.................................................................39Demais Propostas Aprovadas..........................................................................................392.9 Garantia do acesso universal em saúde mental: enfrentamento da desigualdade e iniqüidades em relação à raça/etnia, gênero, orientação sexual e identidade de gênero, grupos geracionais, população em situação de rua, em privação de liberdade e outras condicionantes sociais na determinação da saúde mental...............................................40Propostas Prioritárias para o âmbito nacional/estadual:..................................................40
Eixo 3 – Direitos Humanos e Cidadania como desafio ético e intersetorial – Eixo da Intersetorialidade.........................................................................................................42
3.1 Direitos Humanos e Cidadania..................................................................................42Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................42Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................42Demais Propostas aprovadas...........................................................................................433.2 Trabalho, geração de renda e economia solidária......................................................44Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................44Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................45Demais Propostas aprovadas...........................................................................................463.3 - Cultura/ Diversidade Cultural.................................................................................48Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................48Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................48Demais Propostas aprovadas...........................................................................................493.4 Justiça e Sistema de Garantia de Direitos..................................................................50Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................50Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................51Demais Propostas aprovadas...........................................................................................523.5 Educação, inclusão e cidadania.................................................................................52
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................52Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................53Demais Propostas aprovadas...........................................................................................533.6 Seguridade Social, Previdência, Assistência Social e Saúde.....................................54Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................54Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................55Demais Propostas aprovadas...........................................................................................553.7 Organização e mobilização dos usuários e familiares de saúde mental....................56Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................56Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................56Demais Propostas aprovadas...........................................................................................573.8 – Comunicação, informação e relação com a mídia..................................................57Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual................................................57Demais Propostas aprovadas...........................................................................................583.9 – Violência e Saúde Mental.......................................................................................58Propostas Prioritárias para o âmbito nacional.................................................................58Propostas Prioritárias para o âmbito estadual..................................................................58Demais Propostas aprovadas...........................................................................................59Moções de Repúdio.........................................................................................................61Moções de Apoio.............................................................................................................69Moção de Recomendação................................................................................................72
Eixo 1. Saúde Mental e Políticas de Estado: pactuar caminhos
intersetoriais (Eixo da Política e da Pactuação)
1.1Organização e consolidação da rede
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Consolidação efetiva da rede de serviços substitutivos em SM, em consonância
com os pressupostos da Reforma Psiquiátrica no SUS, conforme preconização da
Política Nacional de SM, Álcool e Outras Drogas, garantindo o cumprimento da
legislação do SUS vigente (leis 8.080/90, 8.142/90 e 10.216/2001), com acolhimento de
toda a população nas UBS/ESF, incluindo as necessidades dos usuários de álcool e
outras drogas, respeitando os princípios da universalidade, integralidade e equidade
aos usuários de ainda, a efetivação de leitos psiquiátricos e clínicos para
desintoxicação em HG (com atenção por equipe multidisciplinar), como a implantação
efetiva dos demais serviços necessários à rede de cuidados contínuos em SM (CAPS I,
SRT, CAPS III, NASF entre outros), incluindo a rede intersetorial, estimulando a
comunicação e participação dos diferentes setores e serviços, com reuniões intra e
intersetoriais sistemáticas e com sustentabilidade.
2. Fortalecer a política de saúde mental e ampliar a intersetorialidade na atenção,
promoção e prevenção nas áreas da saúde educação assistência social e justiça.
3. Implantação do plano nacional de cargos e salários para o SUS, respeitando as
realidades regionais.
4. Implementar matriciamento com equipes intersetoriais na atenção em saúde,
inclusive saúde mental, como diretriz da política municipal de saúde com financiamento
das diferentes políticas publicas (educação, saúde, assistência social e outras).
5. Trabalhando com a lógica do território, realizar o fortalecimento com ampliação
e avaliação constante dos EFS para atender o trabalho da saúde em caráter de
prevenção nos municípios. Sendo este o primeiro e o mais próximo do indivíduo,
facilitando o acesso.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual1. Garantir o planejamento das políticas públicas de forma participativa e
intersetorial, garantindo financiamento de programas, projetos e ações nas 3 esferas de
governo.
2. Formação e contratação de trabalhadores, através de concurso público
especifico para área da saúde e saúde mental afim de uma manutenção de equipe
interdisciplinar objetivando a integralidade das ações.
3. Reorganização da rede de atenção integral à saúde mental de forma que os
CAPS sejam efetivamente acessados por pessoas com transtornos severos e
persistentes; priorizando também o apoio matricial para atenção básica;
4. Criação e regulamentação do agente redutor de danos, fortalecendo o
reconhecimento deste profissional como elo importante de formação de vínculos, capaz
de favorecer possibilidades terapêuticas e resultados positivos, ligando sua
participação aos diferentes serviços de saúde pública, especialmente nos CAPS AD.
5. Ampliação dos serviços de saúde mental nos municípios.
Demais Propostas Aprovadas
1. Ampliação das equipes multidisciplinares de saúde em serviço de saúde mental
garantindo o cuidado especializado com integração de campos como:
nutrição,educação física,serviço social,terapia ocupacional,psiquiatria e
psicopedagogia,garantido a criação do cargo para atuação nas políticas publicas.
2. Fortalecer os serviços existentes nas diferentes políticas, ampliar a rede
municipal, a infra-estrutura, recursos humanos, materiais, financeiros, alem de
transporte adequado e alimentação nos serviços, qualificando assistência prestada
mantendo o compromisso da gestão em viabilizar condições para a realização do
trabalho em rede.
3. Ampliar as equipes para atendimento nos CAPS e nas outras unidades de
saúde, como por exemplo, psicólogas e assistentes sociais na ESF. Os municípios
precisam se organizar para tal proposta a partir do incentivo do Estado, cobrando
responsabilidades.
4. Garantir equipes interdisciplinares para atendimento dos pacientes, em
cumprimento da Lei Federal nº 10.216/2001.
5. Disponibilizar profissional de referência em psiquiatria para atender a demanda
nos municípios.
6. Inclusão do profissional psicólogo nos programas de atendimento na atenção
básica
7. Garantir a assistência odontológica aos portadores de transtornos mentais na
rede Pública.
8. Para consolidação da rede, fazer circular informações, em todos os serviços
envolvidos, promovendo encontro, seminários para criar estratégias de prevenção
conjunta.
9. Promover a articulação interna entre a rede de saúde: UBS, serviços
especializados, serviços de saúde mental e hospitais.
10. Trabalhando com a lógica do território, realizar o fortalecimento com ampliação
e avaliação constante dos EFS para atender o trabalho da saúde em caráter de
prevenção nos municípios. Sendo este o primeiro o mais próximo do indivíduo,
facilitando o acesso. Reavaliação dos critérios de implantação dos CAPS, não apenas
o número populacional, pois isso impede muito o acesso dos municípios menores. Que
os Municípios possam ter verbas proporcionais ao seu tamanho.
11. Usar melhor o sistema de referência e contra-referência, como instrumento
necessário para articular e consolidar o bom funcionamento da rede.
12. Implementação dos núcleos atenção a saúde da família.
13. Construir equipes matriciais para trabalhar saúde mental na rede básica
14. Reorganizar os serviços e programas de saúde mental, considerando o
território e as características sócio-demográficas e culturais, a organização urbana, o
perfil epidemiológico e as condições de acessibilidade como elemento fundamental
para a estruturação / formação da rede de atenção.
15. Oportunizar convênios do município com as universidades, promovendo a
interdisciplinaridade com cursos como: Educação Física, Artes, Enfermagem,
Psicologia, Pedagogia, Fisioterapia entre outros.
16. Fortalecer em parceria com a sociedade civil organizada, programas de
formação permanente, acompanhantes terapêuticos, para atuação nos serviços de
saúde mental organizando a rede com ênfase nos princípios da integralidade e
intersetorialidade qualificando e sensibilizando os trabalhadores.
17. Que o setor de saúde mental na coordenadoria regional de saúde seja
resolutivo e tenha comprometimento efetivo junto às ações e profissionais da saúde
mental, assessorando os municípios para implantação de políticas de matriciamento.
18. Integração regional entre municípios para a Atenção à Saúde e atendimento
aos direitos humanos garantindo a regionalização e integração dos serviços produzindo
acesso a todos.
19. Ampliação do quadro funcional das Coordenadorias Regionais de Saúde
através de concurso público; para assessoramento aos municípios inclusive em saúde
mental.
20. Regulação das vagas em Comunidades Terapêuticas e Unidades Psiquiátricas
em Hospital Geral pelo gestor estadual através da equipe de regulação.
21. Garantir o atendimento psiquiátrico pelo SISREG (Sistema de Regulação), ou
seja, que as consultas sejam pelo SUS e não por Consórcios ou pelo teto do município.
22. Fomentar a resolutividade da assistência em saúde mental em Hospital Geral,
garantindo a atenção integral, espaço físico e espaço de convivência, que minimize o
sofrimento psíquico fortalecendo a interação entre as equipes dos CAPS, da atenção
básica do hospital, através do sistema de referencia e contra-referencia.
23. Capacitação e sensibilização dos trabalhadores em saúde mental da rede,
inlcusive ESF a fim de acolher as pessoas com sofrimento psíquico de acordo com
suas especificidades, facilitando o acesso destes aos serviços e visando atenção
integral em saúde.
24. Realização de sensibilização e capacitações para educadores e funcionários
de escolas para que acolham as pessoas com sofrimento psíquico nos processos de
inclusão escolar.
25. Criar estratégias que atinjam toda a comunidade com apoio das esferas
governamentais, e parceria com ONG's com o Serviço de Saúde Mental do Município.
26. Ampliação da rede municipal com criação de departamento de projetos com
equipes capacitadas para buscar recursos para saúde mental e fortalecimento da rede
existente com disposição de recursos humanos e materiais e financeiros para a
resolutividade e construção de alternativas.
27. Para consolidação da rede, fazer circular informações, em todos os serviços
envolvidos, promovendo encontros, seminários sistemáticos para criar estratégias de
prevenção conjunta.
1.2 FinanciamentoPropostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Exigir o cumprimento da Emenda Constitucional 29 nas três esferas de governo
para garantir que, através do Pacto de Gestão, haja transferência de recurso fundo a
fundo das três esferas governamentais para subsidiar serviços substitutivos de modelo
de atenção não asilar, tais como moradia, geração de renda, CAPS, entre outros.
2. Incrementar a política de financiamento de assistência farmacêutica para
prescrição e administração de medicamentos, ampliando os casos, hoje contemplados
pela normatização do SUS, garantindo o recurso financeiro para aquisição através das
três esferas governamentais.
3. Assegurar rubrica orçamentária União, Estado, Município para aplicação em
saúde mental com autonomia dos serviços na elaboração e gestão do plano de ação
visando despesas com: transporte, estruturação dos serviços, capacitação dos
profissionais, materiais, alimentação, publicações e divulgação com fiscalização dos
conselhos de saúde.
4. Superar o pagamento por procedimento o qual tem por base a doença, e
estabelecer piso financeiro para todos os CAPS e reajuste do piso da Atenção Básica
para ações em Saúde Mental e utilização de um sistema de informações para subsidiar
o monitoramento da rede de saúde mental, enfatizando a vigilância.
5. Mudança de redação. Que o critério populacional não seja exclusivo para
receber incentivo para implantação de serviço de saúde mental, possibilitando que os
municípios abaixo de 20.000 possam implantar serviços de saúde mental, tais como
CAPS I, SRT, a partir de dados da realidade.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Exigir o cumprimento da Emenda Constitucional 29 nas 3 esferas de governo
para garantir que, através do Pacto de Gestão, haja transferência de recurso fundo a
fundo das três esferas governamentais para subsidiar serviços substitutivos de modelo
de atenção não asilar, tais como moradia, geração de renda, CAPS, entre outros;
2. Incrementar a política de financiamento de assistência farmacêutica para
prescrição e administração de medicamentos, ampliando os casos, hoje contemplados
pela normatização do SUS, garantindo o recurso financeiro para aquisição através das
três esferas governamentais;
3. Assegurar rubrica orçamentária União, Estado, Município para aplicação em
saúde mental com autonomia dos serviços na elaboração e gestão do plano de ação
visando despesas com: transporte, estruturação dos serviços, capacitação dos
profissionais, materiais, alimentação, publicações e divulgação com fiscalização dos
conselhos de saúde;
4. Superar o pagamento por procedimento o qual tem por base a doença, e
estabelecer piso financeiro para todos os CAPS e reajuste do piso da Atenção Básica
para ações em Saúde Mental e utilização de um sistema de informações para subsidiar
o monitoramento da rede de saúde mental, enfatizando a vigilância;
5. Que o critério populacional seja desconsiderado, possibilitando inclusive que os
municípios com população abaixo dos 20.000 (vinte mil) habitantes também possam
receber incentivos para implantação do seu próprio serviço de Saúde Mental e que haja
possibilidade de contemplação de CAPS (infância, residenciais terapêuticos e outros)
sempre quando houver necessidade.
Demais Propostas Aprovadas
1. Exigir o cumprimento da Emenda Constitucional 29 nas 3 esferas de governo
para garantir que, através do Pacto de Gestão, haja transferência de recurso fundo a
fundo das três esferas governamentais para subsidiar serviços substitutivos de modelo
de atenção não asilar, tais como moradia, geração de renda, CAPS, entre outros;
2. Ampliação dos serviços de saúde mental nos municípios;
3. Incrementar a política de financiamento de assistência farmacêutica para
prescrição e administração de medicamentos, ampliando os casos, hoje contemplados
pela normatização do SUS, garantindo o recurso financeiro para aquisição através das
três esferas governamentais;
4. Assegurar rubrica orçamentária União, Estado, Município para aplicação em
saúde mental com autonomia dos serviços na elaboração e gestão do plano de ação
visando despesas com: transporte, estruturação dos serviços, capacitação dos
profissionais, materiais, alimentação, publicações e divulgação com fiscalização dos
conselhos de saúde;
5. Assegurar que os recursos provenientes do fechamento de leitos hospitalares
psiquiátricos sejam repassados fundo a fundo aos serviços substituitivos, com sua
aplicação deliberada nos respectivos Conselhos de Saúde.
6. Superar o pagamento por procedimento o qual tem por base a doença, e
estabelecer piso financeiro para todos os CAPS e reajuste do piso da Atenção Básica
para ações em Saúde Mental e utilização de um sistema de informações para subsidiar
o monitoramento da rede de saúde mental, enfatizando a vigilância.
7. Maior investimento na efetiva implantação dos CAPS, em todas as
modalidades previstas, com funcionamento de portas abertas, com acolhimento,
garantindo o seu funcionamento integral (provendo adequação de recursos físicos,
materiais e humanos), de acordo com as diretrizes e normas do Ministério da Saúde.
8. Aumento do financiamento voltado a projetos culturais (cursos e incentivo a
descoberta de talentos), viabilizando acesso aos bairros.
9. Garantir e priorizar investimentos financeiros de políticas de saúde mental para
a promoção da saúde na atenção básica, reforçando a implantação dos NASF’s;
10. Garantir a isonomia salarial e o incentivo financeiro para a qualificação dos
trabalhadores de saúde e áreas afins com enfoque na área da saúde mental de acordo
com os pressupostos da educação permanente em saúde.
11. Garantir através das três esferas do governo financiamento para reorganizar,
ampliar e melhorar os serviços especializados no cuidado do uso, abuso, dependência
de álcool e outras drogas, investindo nos serviços da rede pública com enfoque na
redução de danos; bem como em projetos intersetoriais.
12. Garantir atendimento especializado em saúde mental pelo SUS e não por
consórcio ou serviços terceirizados.
1.3 Gestão do trabalho em Saúde MentalPropostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual
1. O suprimento dos cargos para a área da Saúde Mental deverá ser mediante
concurso público, como forma de desprecarização das condições de trabalho dos
profissionais de saúde, com regularização dos direitos dos trabalhadores no serviço
público, de modo a garantir que os processos seletivos dos profissionais dos serviços
de saúde mental sejam de acordo com os princípios e diretrizes da Reforma
Psiquiátrica, do SUS, da Política Nacional de Humanização e Redução de Danos,
incluindo prova de títulos direcionados ao cargo, para selecionar profissionais com
perfil, de modo a garantir junto com outras condições, uma maior qualidade no serviço
de saúde. E assim garantir uma política de Plano de Carreira, Cargos e Salários, que
viabilize isonomia salarial - incluindo profissões das diversas áreas ainda não
reconhecidas, tais como: Arte, Acompanhante Terapêutico, Redutor de Danos,
Educador Social, Oficineiros, entre outros.
2. Implementar uma Política de Plano de Carreira, cargos e salários que viabilize
isonomia salarial, incentivo salarial para aprimoramento através de cursos de pós-
graduação (especialização, mestrado, doutorado) e que inclua profissões de diversas
áreas, ainda não reconhecidas que contribuam com as ações em Saúde Mental e
garantir que o provimento dos cargos para a área da Saúde Mental seja através de
concurso público, como forma de despreconização das condições de trabalho dos
profissionais, com regularização dos direitos dos trabalhadores no serviço público,
garantindo que os processos seletivos para esses cargos estejam de acordo com os
princípios e diretrizes da Reforma Psiquiátrica, do SUS, da Politica Nacional de
Humanização e da Redução de Danos, incluindo prova de títulos que priorize
profissionais com formação em Saúde Mental, Saúde Coletiva e políticas Públicas.
3. Organizar reforma administrativa de modo que a gestão do processo de
trabalho nas políticas públicas inclua o pensar e fazer coletivo – planeja quem executa
e executa quem planeja, centrado no trabalho em equipe como forma de romper com a
fragmentação, alienação e patrimonialismo (a inversão do publico pelo privado cuja
expressão é o clientelismo e o assistencialismo) na execução dessas políticas,
conforme as diretrizes da Política Nacional de Humanização. Implantar conselhos de
gestão participativa, colegiado gestor, colegiado de processo de trabalho, colegiado
gestor da unidade de saúde e dos serviços de Saúde Mental, mesa de negociação
permanente, contrato de gestão em todos os serviços públicos de saúde e
conveniados, hospitais, distrito sanitário, secretarias de saúde e parceiros intersetoriais
implicados com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica.
4. Garantir ações voltadas à Saúde dos Trabalhadores de Saúde Mental,
implementando projetos que contemplem o cuidado do cuidador disponibilizando
espaço de escuta e reflexão legitimado pelo gestor, articulando encontros sistemáticos
com profissional capacitado, como atividades planejadas de acordo com a demanda do
grupo.
5. Ampliar o quadro de profissionais da saúde na rede de saúde mental e incluir
através de concurso público, profissionais de diversas áreas capacitados em saúde
mental, com formação em instituições reconhecidas, nas equipes mínimas de ESF e
NASF, incentivando ações de matriciamento na atenção básica, descentralizando os
serviços de saúde mental e garantindo a cobertura da ESF 100% do território dos
municípios.
6. Estabelecer no organograma da Secretaria de Saúde a função de coordenador
de cada serviço de saúde mental com suas atribuições e funções definidas na
perspectiva da gestão participativa, com remuneração específica. Assegurar que o
coordenador em Saúde Mental tenha conhecimento técnico para garantir o
funcionamento do serviço como um todo, além de garantir que os coordenadores sejam
membros da equipe e eleitos pelos técnicos membros das equipes.
Demais Propostas Aprovadas
1. Organizar reforma administrativa, orientada pelo eixo da intersetorialidade,
incluindo diversas áreas profissionais para compor a equipe multiprofissional na
prestação de serviços em saúde mental.
2. Desprecarização das condições de trabalho dos profissionais de saúde, com
regularização de vínculo de todos os trabalhadores, incluindo os Agentes Comunitários
de Saúde, Redutores de Danos, Visitadores e Monitores do PIM, com implementação,
revisão e adequação do Difícil Acesso, considerando ser diferenciada entre os
profissionais, além da reposição de funcionários faltantes que geram sobrecarga às
equipes, envio de material de consumo sem as faltas frequentes, aquisição e
manutenção de equipamentos, com a regularidade necessária.
3. Estabelecer como um dos critérios para o conveniamento com o SUS, que os
Hospitais Gerais, na criação de leitos psiquiátricos e leitos clínicos para desintoxicação,
constituam equipes multiprofissionais, com o trabaho interdisciplinar, de acordo com a
PNH e dos princípios do SUS, com o devido acompanhamento e fiscalização dos
órgãos do controle social.
4. Instituir periodicidade na Supervisão por parte da Coordenadoria Regional no
que se refere ao cumprimento efetivo da Portaria 336 com relação ao funcionamento
dos CAPS, garantindo o disposto em lei relativa aos CAPS, nas três esferas de
governo.
5. Garantir a participação efetiva dos trabalhadores de Saúde Mental nas
reuniões das redes sócio-assistenciais dos municípios.
6. Participação permanente e efetiva das coordenações de SM nos espaços de
discussão e debate e promoção de saúde, principalmente em eventos específicos
relacionados aos serviços substitutivos na rede, e inclusão, nas reuniões de
coordenadores de CAPS, um representante dos usuários.
7. Implantar a política de humanização em todos os municípios.
8. Garantir a permanência do profissional designado para determinado setor
valorizando o conhecimento adquirido e a formação de vínculos entre profissional e
usuário, exceto quando o profissional solicitar ou quando a equipe técnica avaliar a
necessária mudança de local de trabalho.
1.5 Política de Assistência FarmacêuticaPropostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual
1. Garantir que a renovação de receitas de medicamentos esteja condicionada ao
atendimento médico direto.
2. Atualizar a listagem de medicações por parte da ANVISA, defasada há mais de
quatro anos, assim como reavaliar os protocolos dos medicamentos especiais e
excepcionais.
3. Organizar e prover o estoque de psicofármacos, visando garantir a
continuidade de fornecimento, de acordo com o perfil e necessidade dos usuários,
disponibilizando recursos por parte das três esferas de governo, e realizar a prestação
de contas de gastos com os mesmos.
4. Garantir a articulação entre a Política Farmacêutica e de Saúde Mental,
adequando a programação ao perfil epidemiológico regional, visando qualificar a oferta
do acesso integral a medicamentos de qualidade.
5. Estimular o uso racional de medicamentos garantindo a utilização de recursos
terapêuticos integrados, evitando o tratamento medicamentoso como principal
intervenção.
Demais Propostas Aprovadas
1. Efetivar encontros e fóruns de Educação Permanente em Assistência
Farmacêutica, enfatizando a prevenção.
2. Conscientizar a prática dos profissionais, a fim de evitar a influência da
indústria farmacêutica sobre políticas de saúde e prescrição de medicamentos.
3. Informatizar e descentralizar a rede farmacêutica de medicações controladas
garantindo o fornecimento sistemático, provendo verba para compra de medicações em
falta na rede ou em situações emergenciais de acordo com o que foi previsto em lei.
4. Garantir a presença de farmacêuticos nos dispensários públicos de
medicamentos.
5. Orientar familiares sobre a doença e tratamento, bem como os efeitos
colaterais da medicação.
6. Garantir a distribuição de psicotrópicos dos grupos especiais, essenciais e
excepcionais nos serviços da rede pública e encaminhar ao ministério da saúde a
quebra de patente para a produção de genéricos e sua distribuição na rede pública.
1.6 Participação social, formulação de políticas e Controle Social.Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Realizar a partir da organização do Governo Federal em parceira com estados
e municípios campanhas direcionadas especificamente a Saúde Mental – Usuário –
Família, possibilitando maior visibilidade ao segmento e a política pública.
2. Maior participação/ envolvimento da sociedade na formulação/ efetivação das
políticas de saúde mental, para dessa forma viabilizar a inclusão dos portadores de
sofrimento psíquico no convívio social, mercado de trabalho, e educação.
3. Os Planos de Saúde Mental, a nível municipal, estadual e federal, deverão ser
construídos a partir de debates nos diversos espaços de controle social.
4. Ampliar e divulgar a criação de fóruns de Saúde Mental em todas as regiões do
Brasil de forma permanente e mais freqüente, assegurando o direito à participação dos
trabalhadores, gestores, operadores do direito, ONGs, instituições, usuários e
familiares, para o encaminhamento de suas reivindicações aos órgãos competentes.
5. Implantar conselhos de gestão participativa, colegiado gestor, colegiado gestor
de unidade de saúde, mesa de negociação permanente, contrato de gestão em todos
os serviços públicos de saúde e conveniados.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Implementar ações que valorizem o saber popular junto às comunidades, e
aumentar o acesso às informações, a fim de capacitar os usuários, a família e a
comunidade para o exercício da participação na política de saúde mental e na
construção de estratégias de cuidado.
2. Incentivar usuários, familiares e trabalhadores a participarem de forma
organizada do controle social nas políticas de saúde dos municípios (CMS, Conselhos
Gestores, Associação de Usuários, entre outros), e fomentar a importância da
participação das famílias no processo de reabilitação e inclusão social do usuário em
sua comunidade, bem como a necessidade de combater veementemente toda a forma
de preconceito e discriminação, e que seja pleiteada, junto aos CMS, cadeira de
representação de organizações de usuários de SM.
3. Encaminhar todos os projetos e programas na área de saúde mental para
serem discutidos e aprovados pelos Conselhos de Saúde.
4. Criação de uma Comissão de Saúde Mental no Conselho de Saúde do
Município e de uma Assembléia Única da Rede de Saúde Mental com a participação de
usuários, gestores, trabalhadores de saúde mental e demais setores, Educação,
Cultura e Esporte, Cidadania e Assistência Social.
5. Cobrar a participação dos gestores, prefeitos e secretários em espaços de
discussão do trabalho e da política de saúde mental.
Demais Propostas Aprovadas
1. Criação de colegiados gestores nas unidades de saúde e no âmbito das
políticas públicas de saúde do município.
2. Apresentar os recursos de forma transparente e simplicada para a comunidade,
especificando os valores que são destinados a cada serviço.
3. Que os projetos de organizações da sociedade civil (OSC), relacionadas à
Saúde Mental e uso, abuso e dependência de drogas, sejam fiscalizados pelos
Conselhos de Políticas e de Direitos correspondentes, no que diz respeito a atuação e
ocupação dos recursos designados e utilizados nesses respectivos .
4. Garantir a efetivação dos Conselhos Distritais de Saúde nos municípios.
5. Organização de materiais informativos acerca dos Conselhos de Direitos
direcionados à população em geral.
6. Responsabilizar os gestores pelo não cumprimento da Emenda constitucional
29.
7. Que a Conferência Nacional e Estadual sejam articuladas com estrutura física
adequada e tempo suficiente para a articulação e realização de pré-conferências
preparatórias e conferências municipal.
1.7 Gestão da informação, avaliação, monitoramento e planejamento da Saúde Mental.
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual
1. Sistemas de Informação em Saúde - Desenvolvimento e implantação de um
sistema de informação em saúde mental com infra estrutura que contemple a
transversalidade e a intersetorialidade. a) Cadastramento dos usuários com base no
cartão SUS com prontuário eletrônico que possibilite acompanhamento dos planos
terapêuticos e medicamentos; b) Acesso via web integrando as redes de atenção
(garantindo sigilo de informações de prontuários) de forma a viabilizar o planejamento,
monitoramento e avaliação da implementação da política de saúde mental, através dos
instrumentos de gestão previstos na legislação; c) Geração de indicadores de saúde
mental como subsidio para pesquisas, vigilância e planejamento de ações em todos os
níveis da atenção;
2. Criação de mecanismos online de transparência da utilização dos recursos
financeiros do município no que refere a Saúde Mental, para monitorar e avaliar os
serviços conforme previsto em lei, de forma transparente e simplificada para a
comunidade.
3. Criação de um comitê intersetorial municipal paritário (secretaria de saúde,
meio ambiente, agricultura, educação e outras) para planejamento, elaboração,
execução e avaliação das políticas públicas, potencializando e integrando os
programas e projetos já existentes, com relação de co-responsabilização,
estabelecendo redes de comunicação e fortalecendo a solução de problemas.
4. Mapear, articular e divulgar a rede de atenção psicossocial intersetorial em
saúde mental no território, afim de: a) conduzir e encaminhar os usuários aos serviços;
b) facilitar e promover o acesso aos serviços; c) promover o acesso às informações
sobre as ofertas de serviços e ações em saúde mental; d) fortalecer e esclarecer os
papéis dos serviços (SAMU, CAPS, UBS, Pronto Socorro Municipal, Hospital Geral,
entre outros);
5. Organizar, ampliar e fortalecer um sistema de referência e contra-referência
tanto no âmbito hospitalar, ambulatorial e parceiros intersetoriais, nos níveis municipal,
regional e estadual, através do mapeamento dos fluxos documentando e publicizando
estas informações.
Demais Propostas Aprovadas
1. Propiciar a democratização das informatizações em saúde dando visibilidade aos
indicadores, com a participação do controle social no processo de planejamento,
monitoramento e avaliação.
2. Implementar processos avaliativos de efetividade, qualidade de atendimento e grau de
satisfação em relação aos serviços de saúde junto a usuários e familiares.
3. Fortalecer e qualificar o processo de monitoramento e avaliação nos Colegiados de Gestão
Regional com a participação e fiscalização do Controle Social.
4. Realizar levantamento de dados da situação de vulnerabilidade habitacional dos usuários
do Serviço de Saúde Mental.
5. Organização de um site com informação sobre a rede pública de atenção em saúde mental
e divulgação de serviços e eventos.
1.8 Políticas Sociais e Gestão intersetorial
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Estruturar atenção integral a saúde mental, em consonância com o SUS, através de lei
municipal, que contemple a criação e implementação de serviços, articulando a rede de saúde
mental com todas as áreas da administração pública, entidades civis e Ministério Público,
objetivando o fortalecimento, criação e expansão de serviços, de Geração de Trabalho e
Renda, Grupos/Centros de Convivência, Casas de Passagem, Albergues, entre outros espaços
na sociedade e na comunidade.
2. Estruturação de programas habitacionais incluindo, como prioridade, os usuários da rede
de saúde mental.
3. Incluir na Lei Federal de Passe livre a concessão para os usuários dos serviços de Saúde
Mental, garantindo o direito de acesso aos serviços, conforme previsto na portaria 336, para a
regulamentação em Lei Municipal.
4. Articulação co-responsável entre os diferentes setores públicos que compõe a rede
assistencial com a criação de espaço continuado para discussão de políticas de ações
conjuntas nestas áreas, possibilitando a elaboração de protocolos de fluxos para
encaminhamentos intersetoriais, o trabalho em rede, fomentando a discussão intersetorial nos
territórios a partir do conceito ampliado de saúde.
5. Promover a articulação das políticas Nacionais, Estaduais e Municipais de Saúde Mental
com as instituições de ensino superior (IES), ampliando os compromissos intersetoriais entre
os setores da educação e saúde, na promoção de atividades integradas junto aos usuários,
familiares e trabalhadores dos serviços de saúde mental, que incidam nos currículos dos
cursos de graduação de todas as profissões da área da saúde, garantindo ações de ensino,
pesquisa e extensão, com ênfase nas ações interdisciplinares, com participação dos serviços,
gestores e controle social na formulação e execução das ações das IES no âmbito da saúde
mental.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Estruturar atenção integral a saúde mental, em consonância com o SUS,
através de lei municipal, que contemple a criação e implementação de serviços,
articulando a rede de saúde mental com todas as áreas da administração pública,
entidades civis e Ministério Público, objetivando o fortalecimento, criação e expansão
de serviços, de Geração de Trabalho e Renda, Grupos/Centros de Convivência, Casas
de Passagem, Albergues, entre outros espaços na sociedade e na comunidade.
2. Articulação co-responsável entre os diferentes setores públicos que compõe a
rede assistencial com a criação de espaço continuado para discussão de políticas de
ações conjuntas nestas áreas, possibilitando a elaboração de protocolos de fluxos para
encaminhamentos intersetoriais, o trabalho em rede, fomentando a discussão
intersetorial nos territórios a partir do conceito ampliado de saúde.
3. Promover a articulação da política municipal de saúde mental com as
instituições de ensino superior, ampliando as atividades intersetoriais entre educação e
saúde, tendo em seu currículo disciplinas com o enfoque e ênfase nos cuidados com a
saúde pública, saúde mental e atenção especial ao portador de sofrimento psíquico.
4. Criar Fórum Permanente Intersetorial, com o objetivo de formular estratégias
que possibilitem a socialização dos usuários de forma a estimular que os demais
setores, não somente os ligados diretamente à saúde mental participem de eventos e
discussões de saúde mental, sensibilizando dos profissionais de outras áreas para o
atendimento de usuários com sofrimento psíquico.
5. Criação de uma equipe intersetorial para abordagem de moradores de rua.
Demais Propostas Aprovadas
1. Criar conselhos dos direitos das pessoas com deficiência.
2. Cobertura de 100% EACS/ESF no município, bem como ampliação do PIM.
3. Que sejam reconhecidas e incluídas, como doenças relacionadas ao trabalho,
pelo INSS, as doenças relativas à SM adquiridas e decorrentes dos locais e condições
de trabalho.
4. Incentivar e garantir a criação de programas articulando as redes públicas de
Saúde e Assistência Social, que trabalhem em equipes intersetoriais, para ações de
proteção dos direitos básicos e promoção de saúde com pessoas em situação de rua.
5. Trabalhar a lógica da corresponsabilização do cuidado em saúde mental com
os diversos Conselhos Intersetoriais.
6. Garantir a capacitação permanente para os Conselheiros de Saúde, para que
os mesmos possam efetivamente exercer o controle social e garantir que os serviços
funcionem.
7. Encaminhar todos os projetos e programas na área de saúde mental para
serem discutidos e aprovados pelos Conselhos de Saúde.
8. Intersetorialidade das ações em saúde mental no planejamento,
responsabilidades, ações compartilhadas e monitoramento das ações, visando a
integralidade do cuidado ao usuário.
9. Reconhecimento dos portadores de sofrimento mental como cidadãos,
independente da classificação da doença. O usuário deve ser tratado com humanidade
e respeito, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e
comunidade.
10. Garantir a efetivação da intersetorialidade na rede de saúde mental nas ações
de promoção, prevenção e reabilitação.
11. Realizar grupos de orientação e encaminhamento às famílias, que tenham
usuários na rede de saúde mental, em relação a habitação.
1.9 Formação, Educação Permanente.Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Que os currículos dos cursos de graduação estejam adequados às diretrizes da
política nacional de saúde mental de álcool e outras drogas do SUS da reforma
psiquiátrica anti-manicomial e política nacional de humanização e que as práticas de
estágio sejam desenvolvidas de forma interdisciplinar e realizadas em serviços públicos
da rede substitutiva.
2. Garantir pelo fomento direto a projetos de pesquisa ou pela ampliação da oferta
de cursos de pós-graduação sensos lato e estrito, a expansão da pesquisa em saúde
mental coletiva contemplando todas as etapas do ciclo de vida, os determinantes
sociais em saúde, indicadores de avaliação dos serviços e de efetividade terapêutica,
sempre respeitados os preceitos da ética em pesquisa.
3. Ampliação e qualificação dos programas de residência multiprofissional em
Saúde Mental Coletiva e Saúde coletiva, sendo preservadas as profissões de outras
áreas que não a saúde, inserir o núcleo da medicina nos programas e garantir que a
formação seja em serviços públicos da rede substituitiva, extinguindo os hospitais
psiquiátricos como cenário de prática dos programas de residência.
4. Implementar a Política de Educação Permanente em Saúde (EPS) em todos os
serviços de saúde nos diferentes níveis de atenção. Viabilizar ainda nesse contexto a
criação de núcleos de formação em saúde mental financiados pelas três esferas de
governo e considerando as diretrizes das CIES. Estando presentes os princípios da
Humanização, do acolhimento, da sensibilização e do comprometimento com as ações
de saúde da população, entre elas: saúde mental, redução de danos, álcool e outras
drogas, violência e outros relacionados aos riscos sociais, respeitando os princípios da
equidade, universalidade, e integralidade.
5. Implementar e garantir a Supervisão Clínico-Institucional dos serviços de saúde
mental com profissionais comprometidos com a reforma psiquiátrica e com o SUS.
Demais Propostas Aprovadas
1. Promover práticas e/ou estágios e/ou residências (reformulando currículo de
formação em medicina) vinculadas ao SUS para médicos, de acordo com as novas
políticas de saúde mental ex: CAPS, ESF, etc.
2. Capacitação dos profissionais para que estes possam estar preparados para
viabilizar e realizar ações voltadas à cultura, arte na Saúde Mental.
3. Promover espaço de gestão intersetorial para as ações de educação
permanente em saúde mental coletiva, visando o fortalecimento da rede de
psicossocial.
4. Ampliar a formação para acompanhantes terapêuticos, agentes comunitários
de saúde, redutores de danos, visitadores do PIM, trabalhadores dos CRAS e CREAS,
para intervir de forma interdisciplinar e intersetorial, com base na política nacional da
atenção integral ao usuário de álcool e outras drogas.
5. Promover e ampliar a articulação entre os serviços públicos de saúde, espaços
de gestão e controle social do SUS junto às instituições de ensino superior (IES) e
demais instituições formadoras (Ensino técnico e profissionalizante), promovendo
práticas de intercâmbio, estágios e vivências que utilizem metodologias ativas de
ensino-aprendizado com a imersão dos estudantes em serviços da rede SUS (nas
instâncias de atenção, gestão e controle social) a exemplo dos estágios de vivência do
SUS, como o VER-SUS, VEPOP, ERIP, ELV-SUS, vivências em saúde mental e outras
promovidas pelo movimento estudantil com apoio de gestores de saúde.
6. Garantir a devolução das pesquisas e trabalhos acadêmicos realizados para os
respectivos atores: serviços, serviços e sociedade em geral.
7. Implementar a política nacional de educação permanente em saúde em toda a
rede intersetorial, incluindo os gestores municipais.
8. Garantir a Liberação dos profissionais da rede de atenção para participar das
ações de educação permanente.
9. Possibilitar a formação e qualificação dos conselheiros de saúde, de direito e
tutelares, para ação intersetorial da saúde mental através de educação permanente
enfatizando a inclusão e cidadania, para que possam efetivamente exercer o Controle
Social.
10. Fortalecer as comissões para estudo das prioridades locais, nos vários setores
da saúde do CMS, saúde mental, crianças e adolescentes, DANTS.
11. Desenvolver trabalho de pesquisa para levantamento e mapeamento das
informações sobre a operacionalização da rede de políticas nos municípios, visando
verificar as necessidade e potencialidades da mesma, visando à articulação do trabalho
intersetorial.
1.9 Reforma Psiquiátrica, Reforma Sanitária e o SUSPropostas Prioritárias para o âmbito e Nacional e Estadual
1. Garantir as conquistas obtidas com a reforma psiquiátrica, em especial a
desinstitucionalização e a inclusão social.
2. Adotar a redução de danos nos serviços substitutivos da rede de Saúde Mental
como estratégia de cuidado.
3. Ampliar os dispositivos substitutivos da rede saúde mental.
4. Criar uma legislação que regularize e fiscalize o funcionamento e a estrutura
das pensões privadas, visando a desinstitucionalização como garantia de direitos.
5. Garantir o acesso dos usuários de saúde mental nos serviços de saúde e em
outros serviços e programas intersetoriais, visando a universalidade e a integralidade
no atendimento.
Demais Propostas Aprovadas 1. Promover debates sobre a reforma, visando uma maior conscientização sobre a luta
antimanicomial.
2. Implementar ações da Política Nacional de Humanização nos serviços ambulatoriais e
hospitalares de Saúde Mental (profissionais, trabalhadores, usuários e familiares).
3. Criar leitos clínicos para desintoxicação e ampliar os leitos psiquiátricos em hospitais
gerais.
4. Garantir que os Planos de Saúde Mental sigam os marcos legais da Reforma Psiquiátrica
Brasileira e as deliberações da IV Conferência Nacional de Saúde Mental.
5. Promover junto aos prestadores de serviço do SUS, formação e capacitação, para
assegurar na íntegra, a adequação às normativas estabelecidas nas leis e diretrizes da Saúde
Mental e nas Conferências.
6. Reafirmar as diretrizes da Reforma Psiquiátrica enquanto Política de Saúde Mental nos
diferentes níveis de governo, garantindo a consolidação dos princípios da universalidade,
equidade, integralidade, e dos Direitos Humanos.
7. Garantir a efetivação das diretrizes da Reforma Psiquiátrica nos Manicômios Judiciários,
que prevêem a sua substituição.
Eixo 2 – Consolidar a rede de atenção psicossocial e fortalecer
os movimentos sociais – Eixo do cuidado
2.1 O cotidiano dos serviços, trabalhadores usuários e familiares na produção do cuidado.
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Fortalecer movimentos sociais, associações de familiares e usuários nos
serviços de saúde mental, em serviços da rede e na comunidade instituindo
movimentos para que o usuário possa se apoderar de seus direitos de cidadão para
vencer preconceitos e ser protagonista de seu próprio tratamento e que estes
movimentos possam ainda estabelecer interlocução com as políticas públicas,
utilizando espaços de participação dos usuários (assembleias, conselhos de saúde,
associação de usuários e familiares, seminários, conferências) garantindo a
responsabilidade social para com os portadores de sofrimento psíquico.
2. Fortalecer e promover uma melhor integração entre os CAPS e os demais
serviços que compõem a rede de SM dos municípios (Atenção Básica, Equipes de
ESF, Hospital Geral, ambulatórios, outros setores da vida cidadã como educação,
justiça, previdência, habitação, etc), objetivando a integralidade, a continuidade do
cuidado e evitando o “encapsulamento” dos serviços substitutivos e promovendo
qualidade de vida a fim de intensificar e qualificar os projetos de referência e contra
referência, na lógica da co-responsabilização; mantendo organizado os fluxos de
acolhimento, encaminhamento, bem como nos momentos de crise, desburocratizando
e democratizando as relações com os usuários, familiares que utilizam o serviço afim
de garantir o cuidado integral aos usuários, com diálogo, vínculo e respeito no processo
terapêutico.
3. Oportunizar cuidado integral por equipes capacitadas no cotidiano dos serviços
da rede intersetorial para atender pessoas em situação de rua, usuários de drogas,
profissionais do sexo, pessoas em situação de rua e outros cidadãos marginalizados,
observando as propostas oriundas da reforma psiquiátrica, evitando práticas
manicomiais nos serviços, incluindo o usuário no projeto terapêutico.
4. Que as esferas de governo comprometam-se com a criação de políticas
intersetoriais de atendimento e suporte às famílias/ cuidadores dos usuários,
envolvendo todos os atores no processo terapêutico, garantindo acolhimento na rede
de saúde mental, oferecendo capacitação, apoio, espaços terapêuticos, informando,
compartilhando e multiplicando o cuidado em saúde mental, fortalecendo a co-
responsabilidade e o compromisso com o tratamento e resgatando o protagonismo dos
mesmos.
5. Criar políticas de atenção à saúde do trabalhador de saúde mental, visando o
cuidado com o mesmo, bem como propiciar condições aos profissionais para que
possam atualizar saberes – possibilitar reuniões, seminários, grupos de estudo,
favorecendo a intersetorialidade.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Fortalecer movimentos sociais, associações de familiares e usuários nos
serviços de saúde mental, em serviços da rede e na comunidade instituindo
movimentos para que o usuário possa se apoderar de seus direitos de cidadão para
vencer preconceitos e ser protagonista de seu próprio tratamento e que estes
movimentos possam ainda estabelecer interlocução com as políticas públicas,
utilizando espaços de participação dos usuários (assembléias, conselhos de saúde,
associação de usuários e familiares, seminários, conferências) garantindo a
responsabilidade social para com as pessoas com sofrimento psíquico.
2. Fortalecer e promover uma melhor integração entre os CAPS e os demais
serviços que compõem a rede de SM dos municípios (Atenção Básica, Equipes de
ESF, Hospital Geral, ambulatórios, outros setores da vida cidadã como educação,
justiça, previdência, habitação, etc), objetivando a integralidade, a continuidade do
cuidado e evitando o “encapsulamento” dos serviços substitutivos e promovendo
qualidade de vida a fim de intensificar e qualificar os projetos de referência e contra
referência, na lógica da co-responsabilização; mantendo organizado os fluxos de
acolhimento, encaminhamento, bem como nos momentos de crise, desburocratizando
e democratizando as relações com os usuários, familiares que utilizam o serviço a fim
de garantir o cuidado integral aos usuários, com diálogo, vínculo e respeito no processo
terapêutico.
3. Oportunizar cuidado integral por equipes capacitadas no cotidiano dos serviços
da rede intersetorial para atender também usuários de drogas, profissionais do sexo,
moradores de rua e outros cidadãos marginalizados, observando as propostas oriundas
da reforma psiquiátrica, evitando práticas manicomiais nos serviços, incluindo o usuário
no projeto terapêutico.
4. Que as esferas de governo comprometam-se com a criação de políticas
intersetoriais de atendimento e suporte às famílias/ cuidadores dos usuários,
envolvendo todos os atores no processo terapêutico, garantindo acolhimento na rede
de saúde mental, oferecendo capacitação, apoio, espaços terapêuticos, informando,
compartilhando e multiplicando o cuidado em saúde mental, fortalecendo a co-
responsabilidade e o compromisso com o tratamento e resgatando o protagonismo dos
mesmos.
5. Criar políticas de atenção à saúde do trabalhador de saúde mental, visando o
cuidado com o mesmo, bem como propiciar condições aos profissionais para que
possam atualizar saberes – possibilitar reuniões, seminários, grupos de estudo,
favorecendo a intersetorialidade.
Demais Propostas Aprovadas
1. Identificar e valorizar o saber popular em nível regional e local para agregar na
direção do tratamento em saúde mental.
2. Envolver a família e a comunidade nas questões dos vínculos com os usuários
de serviços de saúde mental, em especial no momento da alta hospitalar, garantindo
um assessoramento aos familiares para um acolhimento digno e humano, sem
discriminação e exclusão do convívio em família.
3. Intensificar a discussão e a consolidação da Política Nacional de Humanização
e do cuidado e atenção à saúde mental dos trabalhadores do SUS nos municípios.
4. Incluir na ficha de acompanhamento de agravos do ACS um item que aborde a
questão da saúde mental aos integrantes do núcleo familiar.
2.2 – Práticas Clínicas no TerritórioPropostas Prioritárias para o Âmbito Nacional e Estadual
1. Incentivar e apoiar a efetivação da redução de danos como política nacional,
valorizando os recursos para o desenvolvimento de suas práticas tanto nos espaços do
território, quanto nos serviços de saúde.
2. Incluir a tecnologia de Acompanhamento Terapêutico nas políticas públicas,
incentivando ações de Acompanhamento Terapêutico nas práticas dos serviços de
saúde nos diferentes níveis de atenção.
3. Fortalecimento, ampliação e financiamento de ações no território como o
Acompanhamento Terapêutico, as ações/estratégias de Redução de Danos e
Atendimento domiciliar, viabilizando assim o acompanhamento do usuário de forma
itinerante, atendendo as suas particularidades e necessidades específicas.
4. Implantação e implementação da tecnologia de matriciamento da atenção em saúde
mental na rede de saúde e nos demais dispositivos intersetoriais.
5. Deverão ser criadas políticas públicas visando a cultura, lazer, educação, esportes e
geração de renda no município, que garantam a integração dos serviços públicos com
as organizações comunitárias de seus territórios, aproveitando os espaços públicos
existentes e apoiando a criação de novos espaços, como centros culturais e esportivos,
praças, parques e ginásios.
Demais Propostas Aprovadas
1. Garantir o caráter matricial na implementação dos NASFs.
2. Garantir recursos para a prática de visita domiciliar pelos serviços de saúde,
nos casos de maior vulnerabilidade de usuários e famílias.
3. Garantir que o cuidado e atenção no campo da saúde mental sejam
implementados sob a perspectiva da intersetorialidade e do trabalho realizado
em rede, com o objetivo de contemplar a integralidade do sujeito.
4. Apoiar o trabalho com oficinas terapêuticas na atenção em saúde mental,
visando a promoção, proteção, tratamento e reabilitação da saúde dos
usuários.
5. Incentivar e fomentar a implementação de oficinas terapêuticas e/ou outras
praticas de atenção em saúde mental em municípios que não tenham
população mínima para CAPS.
2.3 – Centros de Atenção Psicossocial como dispositivo estratégico da Reforma Psiquiátrica
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Construir projetos em parceria com os diferentes segmentos, cultura, esporte,
educação, assistência social, cidadania, desenvolvimento econômico e outros
incentivando a intra e intersetorialidade.
2. Garantir atenção em saúde mental nos serviços de urgência e emergência,
com garantia de treinamento aos profissionais para prestar este atendimento.
3. Garantir as necessárias condições de trabalho para os CAPS que já existem,
bem como efetivar novos CAPS, (que por vezes são serviços já atuantes), apenas
quando houver a contratação de equipe necessária e infra-estrutura indispensável ao
seu pleno funcionamento tais como: imóvel e veículo próprio do município; área de
lazer com infra-estrutura necessária para as atividades externas e espaços “legais” de
convivência para os profissionais, usuários e familiares melhorando o apoio estrutural a
equipe que faz a busca ativa/paciente faltoso entre outras necessidades.
4. Maior investimento na efetiva implantação dos CAPS com funcionamento de
portas abertas, acolhimento, garantindo o seu funcionamento integral (provendo
adequação de recursos, físicos materiais e humanos), de acordo com as diretrizes e
normas do Ministério de Saúde.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Investir na criação de serviços, com especial atenção para atendimentos de
crianças e adolescentes, na média e alta complexidade, desafogando os CAPS,
criando ambulatórios especializados com garantia de financiamento para este fim.
2. Entender e garantir o processo de tratamento: acolhimento plano terapêutico
individualizado e a alta do CAPS como indicações terapêuticas, construídos e
acordados entre equipe, família e usuário, sendo a alta também construída com os
mais diversos segmentos da rede.
3. Alterar a legislação para que haja ampliação da equipe mínima dos CAPS.
4. Garantir a efetivação do atendimento dos CAPS (3° turno) seguindo a
legislação regente, conforme avaliação da equipe técnica dos serviços, com respaldo
dos gestores municipais, estaduais e controle social.
Demais Propostas Aprovadas
1. Estabelecer fluxograma de acolhimento e encaminhamento.
2. Incentivar atividades INTERCAPS, no que se refere ao lazer, recreação,
encontros culturais, esportivos e atividades físicas em âmbito geral.
3. Garantir atenção e avaliação à crise nas ações dos CAPS conforme as
condições técnicas estruturais com acolhimento imediato dos usuários (CAPS de porta
aberta).
4. Intensificar a comunicação entre os CAPS, rede de saúde mental e rede geral
de saúde, contemplando as dimensões intra e intersetoriais.
5. Ampliação de leitos psiquiátricos e leitos clínicos para desintoxicação em
hospitais gerais, com garantia de atenção integral.
6. Efetivar a busca ativa aos usuários como uma das estratégias para as equipes
dos CAPS, oferecendo condições adequadas para tal.
7. Garantir a participação dos usuários e trabalhadores na eleição dos
coordenadores dos CAPS.
8. Garantir a implantação imediata de CAPS III de acordo com as necessidades
epidemiológicas locais e a contratação e capacitação da equipe técnica adequada para
o mesmo.
9. Garantir a fiscalização das normas técnicas que regulamentam o
funcionamento das comunidades terapêuticas.
2.4 – Atenção às pessoas em crisePropostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Garantir a capacitação de todos os profissionais para atendimento e
acolhimento as pessoas em crise, nos diversos dispositivos da rede de atenção a
saúde, tais como: (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e
intersetoriais (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar, Guarda
Municipal, Educação, Defesa Civil), respeitando a política de humanização.
2. Garantir a implantação e extensão da política de acolhimento nos serviços da
rede de saúde (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e
intersetorial (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar, Guarda
Municipal, Educação, Defesa Civil), assegurando o acesso de todas as pessoas em
situação de crise.
3. Garantir e ampliar o atendimento das situações de crise em saúde mental 24
horas, no PS Geral em articulação com a rede SAMU e em municípios que não tenham
estes dispositivos garantir que os serviços de emergência atendam as situações de
crise em saúde mental facilitando o acesso aos demais serviços de saúde.
4. Criar, fiscalizar e expandir as unidades e/ou leitos psiquiátricos em Hospitais
Gerais, garantindo que em caso de necessidade de internação seja em hospitais
gerais da região com equipes capacitadas melhorando a qualidade da atenção técnica
evitando-se assim a descriminação e preconceito em relação as pessoas em
sofrimento psíquico, principalmente no que diz respeito à infância e adolescência.
Devendo ser garantido à continuidade do acompanhamento da equipe de saúde mental
que o assiste, bem como os familiares/responsáveis no período de internação, sendo
que estes deverão receber orientação e apoio quanto à situação de crise apresentada.
5. Garantir o acompanhamento do usuário e familiares após a situação de crise
e/ou internação, na rede de atenção psicossocial. Nos municípios onde não há CAPS,
garantir a contratação e a capacitação de profissionais para Atenção Básica a fim de
acompanhar os egressos de internação e os usuários após situação de crise.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Garantir a capacitação de todos os profissionais para atendimento e
acolhimento as pessoas em crise, nos diversos dispositivos da rede de atenção a
saúde, tais como: (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e
interssetoriais (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar,
Guarda Municipal, Educação, Defesa Civil), respeitando a política de humanização.
2. Garantir a implantação e extensão da política de acolhimento nos serviços da
rede de saúde (ESF, SAMU, PS, PA, UBS, CAPS, RT, PIM, Hospitais Gerais) e
intersetorial (Assistência Social, Conselho Tutelar, Bombeiros, Brigada Militar, Guarda
Municipal, Educação, Defesa Civil), assegurando o acesso de todas as pessoas em
situação de crise.
3. Garantir e ampliar o atendimento das situações de crise em saúde mental 24
horas, no PS Geral em articulação com a rede SAMU e em municípios que não tenham
estes dispositivos garantir que os serviços de emergência atendam as situações de
crise em saúde mental facilitando o acesso aos demais serviços de saúde.
4. Criar, fiscalizar e expandir as unidades e/ou leitos psiquiátricos em Hospitais
Gerais, garantindo que em caso de necessidade de internação seja em hospitais gerais
da região com equipes capacitadas melhorando a qualidade da atenção técnica
evitando-se assim a descriminação e preconceito em relação as pessoas em
sofrimento psíquico, principalmente no que diz respeito à infância e adolescência.
Devendo ser garantido à continuidade do acompanhamento da equipe de saúde mental
que o assiste, bem como os familiares/responsáveis no período de internação, sendo
que estes deverão receber orientação e apoio quanto à situação de crise apresentada.
5. Garantir o acompanhamento do usuário e familiares após a situação de crise
e/ou internação, na rede de atenção psicossocial. Nos municípios onde não há CAPS,
garantir a contratação e a capacitação de profissionais para Atenção Básica a fim de
acompanhar os egressos de internação e os usuários após situação de crise.
Demais Propostas Aprovadas
1. Garantia de realização de atividades terapêuticas e/ou recreativas para os
usuários de saúde mental, que encontram -se hospitalizados em Hospitais Gerais.
2. Que a ausência de familiar e/ou responsável durante a situação de crise e/ou
internação psiquiátrica, em hospital geral, não seja impedimento para que aconteça e
se garanta o atendimento ao usuário, respeitando a singularidade de cada.
3. Estabelecer parceria entre os dispositivos da Saúde (SAMU, hospitais gerais,
etc.) e da Segurança Pública (Guarda Municipal, Brigada Militar, etc.) a fim de
fortalecer o fluxo de atendimento aos usuários em situação de crise.
4. Garantir o transporte adequado para usuários em crise e profissionais,
priorizando o atendimento destes usuários nos serviços de pronto-atendimento e
emergência.
5. Fortalecer a articulação da rede intersetorial para o atendimento dos usuários
que necessitam de atenção em saúde mental, garantindo a efetividade das políticas
públicas.
6. Garantir políticas públicas de acessibilidade às pessoas com necessidades
especiais.
2.5 Desinstitucionalização, Inclusão e Proteção Social: Residências Terapêuticas, Programa de Volta para Casa e Articulação Intersetorial no Território.
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Garantir recursos das Políticas Habitacionais, nas três esferas de governo,
destinadas a pessoas com sofrimento psíquico, em atendimento na Rede Pública de
Saúde Mental; efetivando o direito à moradia com dignidade.
2. Reafirmar e desenvolver ações de desinstitucionalização nos territórios,
articuladas com diversos setores, como educação, cultura, esporte e lazer, trabalho e
geração de renda, entre outros.
3. Alterar a legislação do Programa de Volta Pra Casa quanto à exigência de dois
anos ou mais de institucionalização para concessão de benefícios, contemplando
usuários de CAPS e SRT’s, que apresentem a necessidade de auxilio financeiro para
inclusão aos serviços de saúde da rede pública.
4. Garantir a criação e a ampliação da oferta de Serviços Residenciais
Terapêuticos públicos, considerando a demanda das cidades como um todo,
articulando a intersetorialidade com a Política de Habitação e Geração de Renda.
5. Ampliar o trabalho em apoio matricial em Saúde Mental para INSS,
emergências, hospitais gerais, justiça e outros setores.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Realizar estudos no âmbito dos municípios e estado, acerca dos dispositivos
complementares de atendimentos pós-internação para usuários com dependência
química, para fins de regulação, respeitando a legislação vigente para o funcionamento
dos mesmos.
2. Exigir a obrigatoriedade dos municípios em aderir ao Programa de Volta para
Casa.
3. Criar uma legislação que regularize e fiscalize o funcionamento e a estrutura
das pensões e SRTs privados, visando a desinstitucionalização como garantia de
direitos.
4. Municipalizar os Serviços de Residenciais Terapêuticos, Morada São Pedro e
Morada Viamão, bem como outros Residenciais Terapêuticos do Estado, conforme a
necessidade dos municípios.
5. Implementar política estadual de desinstitucionalização de cidadãos com
medida de segurança em longa permanência no IPF - Instituto Psiquiátrico Forense do
Estado.
Demais Propostas Aprovadas:
1. Comprometer os Serviços de Internação a realizarem a articulação com os
Serviços de Saúde Mental do território, visando à reinserção do sujeito na comunidade.
2. Garantir que os usuários dos residenciais terapêuticos, públicos e privados,
tenham atendimento na Rede Pública de Saúde.
3. Criação de Centros Públicos de Convivência ou de Reabilitação, bem como a
realização de eventos, para que os usuários da Rede de Saúde Mental possam
começar a sua própria inclusão.
4. Criar uma diversidade maior de Serviços Públicos, que contemplem os
usuários de álcool e outras drogas após período de desintoxicação, articulando rede de
apoio com Atenção Básica, como estratégia prioritária de cuidado.
5. Reafirmar e desenvolver a inclusão social dos usuários que freqüentam os
serviços de saúde mental, com ações voltadas aos usuários e familiares, na
comunidade e em outros espaços de convivência com atividades de educação,
esporte, cultura e lazer, geração de trabalho e renda, e economia solidária.
2.6 – Saúde Mental Atenção Primária e Promoção da Saúde
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual
1. Implantar/Implementar a educação permanente na rede de atenção básica para
o atendimento do usuário em sofrimento psíquico, considerando as diferentes
modalidades de intervenção: avaliação, prescrição de medicação e atendimento de
grupos.
2. Criação dos NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) em articulação com a
ampliação da cobertura da ESF e descentralização dos serviços de saúde mental, com
a formação de equipe matricial oferecendo suporte à rede básica, dando direito ao
usuário a ser cuidado no seu território, desenvolvendo habilidades em oficinas,
capacitando, sensibilizando e supervisionando as equipes de atenção básica.
3. Potencializar a atenção primária para atender casos de saúde mental,
garantindo o cumprimento das ações previstas para os profissionais, desenvolvendo
outra lógica de práticas de cuidado, dirimindo preconceitos na equipe de saúde,
tecendo a rede de atenção e fomentando a intersetorialidade.
4. Organizar os serviços locais com ênfase nas ações de educação, orientação,
reabilitação e promoção garantindo a transversalidade da saúde mental nas ações dos
profissionais da atenção básica em seus territórios incentivando a realização das
oficinas terapêuticas.
5. Incentivo inclusive financeiro por parte da gestão para o desenvolvimento de
ações de saúde, em nível primário, de forma intersetorial e interdisciplinar, em parceria
com os diferentes recursos da comunidade e com outras políticas (lazer, esporte,
cultura, Assistência Social, Conselho Tutelar, Ministério Público), com a ampliação da
ESF garantindo sua cobertura de 100% nos municípios contando com o suporte de
equipes matriciais.
Demais Propostas Aprovadas
1. Qualificação e responsabilização das Equipes de Atenção Básica para o
acompanhamento dos usuários pós-alta do CAPS na atenção básica.
2. Implementação e ampliação de ações de SM na AB, com implantação de
grupos de SM na UBS.
3. Ampliar as políticas públicas com Programas de parcerias de movimentos
sociais na atenção primária, suporte na qualificação profissional e geração de renda;
4. Fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família, do Programa de Agentes
Comunitários de Saúde e da coletividade dos trabalhadores em saúde mental.
5. Cada UBS deve mapear seu território, identificando e especificando os
usuários pessoas com sofrimento psíquico, para se necessário, encaminhar os
usuários aos Serviços de Saúde Mental.
6. Revisão e reorganização da rotina de dispensação de medicamentos da rede
municipal, o qual deverá obedecer a norma estadual e nacional, visando o aumento do
acesso dos pacientes oriundos das UBS.
7. Ampliação das ações de saúde mental na atenção básica.
8. Potencializar a rede básica para atendimento de casos de saúde mental,
contemplado ações de saúde mental itinerantes.
9. Implantar/Implementar/Ampliar o Programa Saúde na Escola (PSE) e Projeto
Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE).
10. Organizar e dar visibilidade ao fluxo de referência e de contra-referência da
rede de serviço de atenção a saúde.
11. Implementar programas de formação em Atenção à Saúde Mental na Atenção
Básica, no formato de matriciamento.
12. Implantação e operacionalização de programa da atenção e saúde do
trabalhador.
13. Ampliação e intensificação do trabalho da política de humanização em saúde.
14. Integrar os campos de nutrição e educação física aos serviços de saúde
mental.
15. Implantar e fortalecer ações de saúde mental na atenção básica utilizando o
dispositivo de apoio matricial, conforme orientado pela legislação vigente.
16. Capacitar a atenção básica para o cuidado aos atendidos nos SRTs.
17. Possibilitar a inclusão de trabalhadores do campo da saúde coletiva nas
equipes de ESF, NASF e de Atenção Básica com base nas necessidades de saúde
compreendidas no território para articulação da rede e ampliação do cuidado.
2.7 – Álcool e outras drogas como desafio
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Implementar apoio matricial e intersetorial para atenção à pessoa em
Instituições de Privação de Liberdade, como: CASE, FASE, Presídio etc.
2. Incentivo financeiro para municípios menores de 20 mil habitantes, para ações
de atenção integral de adultos, adolescentes e crianças que fazem uso de álcool e
outras drogas.
3. Realizar ações de cuidados de acordo com os pressupostos da Política do
Ministério da Saúde, para atenção ao público de gestantes em situação de risco, uso
nocivo e dependência de substâncias psicoativas.
4. Que estratégia de Redução de danos deixe de ser programa regulamentado
por portaria e passe a ser Lei Federal, passando a ser efetivamente uma política
pública da saúde (Saúde Mental e Saúde Geral) nos diversos serviços como: CAPS,
UBS/ESF, SAE, entre outros.
5. Elaboração de grupos de trabalho intersetorial consultivo sobre campanhas
institucionais que trabalhem na prevenção ou educação sobre drogas em veículos de
massa, visando sua adequação aos princípios da prevenção da Lei nº 11.343/06, bem
como as diretrizes do SUS, para pessoas que usam drogas.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Implantar, ampliar e qualificar uma diversidade de serviços, que contemplem usuários
de álcool e outras drogas, de acordo com os princípios do SUS.
2. Garantir o acolhimento, atendimento integral e humanizado em todos os dispositivos da
rede de saúde às pessoas que usam álcool e outras drogas e usuários de saúde
mental, desenvolvendo e implantando propostas de cuidados noturnos para usuários
de álcool e outras drogas.
3. Investir em insumos e qualificação para a atenção básica trabalhar com as pessoas
que usam drogas, em co-responsabilização com os serviços especializados, caso
estes existam reforçando-se o acolhimento.
4. Efetivar a diretriz da redução de danos para a atenção ao usuário de álcool e outras
drogas dentro da Política Estadual de Saúde Mental, com ampliação das ações de
redutores de danos nas equipes de matriciamento e CAPS AD, e melhoria das relações
trabalhistas.
5. Reafirmar o direito ao acolhimento de todo o usuário de substâncias psicoativas,
independente de sua decisão de interromper ou não o uso destas substâncias,
oferecendo-lhe a oportunidade de redução dos danos causados, incluindo no
tratamento questões para além da substância como: trabalho, família, cuidados
clínicos, auto-estima, lazer, educação, etc.
Demais Propostas Aprovadas
1. Que os recursos financeiros para atenção ao álcool e outras drogas sejam
alocados, prioritariamente, nos serviços substitutivos e, se necessário, nos hospitais
gerais e comunidades terapêuticas que atendam a RDC 101/ANVISA, que regulamenta
tais serviços, respeitando o perfil e opção do usuário. Garantindo, assim, o direito dos
usuários ao acesso aos diferentes modelos de tratamento.
2. Criação de Projetos de prevenção, educação, tratamento e reabilitação em
álcool e outras drogas dirigidas aos trabalhadores dentro das empresas de Âmbito
público e privado.
3. Ampliação e efetivação do uso de leitos em hospitais gerais para pessoas que
usam álcool e outras drogas, inclusive as pessoas em situação de rua, vinculando-as à
rede de atenção básica e assistência social.
4. Desenvolver ações que visem à prevenção do uso, abuso e dependência de
álcool e outras drogas, envolvendo todos os segmentos da sociedade.
5. Propiciar atenção integral e humanizada nas diferentes alternativas
terapêuticas, para pessoas que desenvolvem uso problemático de drogas.
6. Implantar e implementar nos âmbitos municipais Programas de Redução de
Danos, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS, investindo em processos de
educação permanente dos profissionais.
7. Fortalecer o planejamento de atividades intersetoriais promovendo atividades
educativas, de prevenção , proteção, tratamento, reabilitação e acompanhamento ás
pessoas que usam drogas e seus familiares.
8. Mapear e ampliar as redes de proteção, prevenção e educação sobre drogas.
9. Capacitação de lideranças comunitárias, comunidade para atuar na prevenção
do uso indevido e abusivo de drogas, e promoção à saúde, tendo por diretriz a política
do Ministério da Saúde para atenção a usuários de álcool e outras drogas, privilegiando
a estratégia de Redução de Danos.
10. Capacitar pessoas na comunidade para atuar na estratégia de Redução de
Danos.
11. Assegurar ao usuário de álcool e/ou outras drogas o direito de decidir os rumos
de sua vida, com autonomia e protagonismo, oferecendo-lhe a possibilidade de
construir a forma de minimizar, tanto quanto possível as conseqüências dessa decisão.
Ou seja, garantir que a diretriz da redução de danos seja efetivamente implementada
nas políticas municipais de saúde mental.
12. Ampliar discussões acerca da saúde mental e uso de álcool e/ou outras
drogas, junto à comunidade buscando romper o estigma que acompanha o usuário de
saúde mental, entendendo-os como sujeitos de direitos e deveres.
13. Financiamento de campanhas para educação sobre drogas, em caráter
intersetorial, considerando-se o diálogo com os movimentos sociais das pessoas que
usam drogas.
14. Capacitação para os profissionais das UBS em atenção Integral a Saúde
Mental, dando ênfase ao uso, uso nocivo e dependência de álcool e outras drogas,
principalmente na zona rural.
15. Revisão da legislação federal, possibilitando a criação de CAPSad conforme
demandas e a realidade de cada município.
16. Fomentar pesquisas sobre o uso, abuso e dependência de álcool e outras
drogas e estratégias de intervenção terapêutica.
17. Sensibilizar e capacitar as equipes técnicas dos serviços de Pronto
Atendimento ou Emergências em Hospitais Gerais, para atenção qualificada para
pessoas usuárias de álcool e outras drogas.
18. Ampliação e inclusão do acesso ao tratamento do Tabagismo na rede de
atenção de saúde.
19. Em nível nacional criar e incluir o cargo de Agente Redutor de Danos na equipe
mínima dos CAPS AD e que estes sejam contratados por concurso público para
fortalecer a estratégia da redução de danos em todos serviços de saúde e demais
setores envolvidos.
20. Investir e implementar políticas municipais para prevenção do uso de álcool e
outras drogas que contemple a criação de dispositivos que possibilitem a ampliação do
cuidado às pessoas que usam álcool e outras drogas através de propostas intersetorias
e espaços de Educação Permanente junto as redes de saúde e intersetorial.
21. Criar e implementar coletivamente ações integradas entre os CAPS AD e as
equipes de atenção básica em todas as regiões da cidade priorizando a atenção às
necessidades e circunstâncias do momento, responsabilizando o acompanhamento e
tecendo cooperação entre unidades de saúde, órgãos de segurança e unidades de
internação.
22. Fomentar a criação de Fóruns que discutam a temática de álcool e outras
drogas.
23. Incentivo Financeiro para atenção básica e para práticas de ações visando a
promoção da saúde (lazer, esportes, leitura) para todos os municípios, respeitando a
cultura regional, como forma de prevenção do uso de álcool e outras drogas e
promoção de saúde.
24. Que os gestores de saúde e controle social exijam maior rigor do comércio com
o cumprimento da lei que proíbe comercialização de bebidas alcoólicas e cigarro para
crianças e adolescentes.
25. Criar e implementar ações e programas de formação permanente e continuada
aos profissionais de saúde e demais setores para qualificar a atenção e prevenção ao
uso problemático do álcool e outras drogas, consolidando, assim a política de saúde
mental – intersetorial.
26. Estimular nas redes de serviços da Saúde e Assistência Social a formação de
espaços de convivência entre pessoas que usam drogas com apoio de equipes
interdisciplinares.
27. Estimular a prática de diferentes estratégias no âmbito comunitário com ênfase
na prevenção e educação.
28. Ampliar o número de vagas em “casas de passagem” e “abrigagens noturnos”,
trabalhando a prevenção e reabilitação do usuário.
2.8 Saúde mental na infância, adolescência e juventude: uma agenda prioritária para a atenção integral e intersetorialidade
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Garantir o financiamento e a criação de uma rede de atendimento e cuidado
em saúde mental infanto-juvenil nos diferentes níveis de atenção, considerando os
indicadores populacionais e as diretrizes da política nacional;
2. Fomentar Programas de Atenção Integral à Primeira Infância, garantindo sua
efetiva articulação com os demais dispositivos da rede de saúde e de saúde mental e,
para isso, seus trabalhadores devem integrar o quadro de servidores públicos
municipais, contratados por concurso público tanto nos Programas já implantados
quanto nos que vierem a ser implementados.
3. Garantir leitos de cuidado em saúde mental para crianças e adolescentes em
hospital geral, preferencialmente no seu território, bem como a contra-referencia
implicada como condição de alta.
4. Garantir a implantação de serviços de atenção a crise 24 horas para crianças e
adolescentes, respeitando princípios da Reforma Psiquiatrica e do ECA;
5. Investir em políticas de promoção, prevenção e reabilitação privilegiando a
criança e adolescente neste processo, focando o trabalho como intersetorial, sob
responsabilidade do setor público e de toda a sociedade. Que a rede de atenção,
somada às entidades de caráter social, esportivo, cultural e educacional fomentem e
fortaleçam a importância de uma rede intersetorial de proteção e cuidado à infância e
adolescência.
Propostas Prioritárias para o âmbito Estadual
1. Implantação de fóruns permanentes intersetoriais de saúde mental infanto-
juvenil no Estado do Rio Grande SUL (a exemplo do fórum nacional de saúde mental
infanto-juvenil) nos 2 níveis da esfera de governo (Estado e Município), com a
responsabilidade de fomentar e estabelecer as diretrizes para a política de Saúde
Mental para Crianças e adolescentes;
Demais Propostas Aprovadas
1. Revisão da portaria 336 no sentido de que as equipes dos CAPS sejam
ampliadas e, sobretudo recebam capacitação especifica quanto às demandas infanto-
juvenis;
2. Qualificar e ampliar ações em saúde mental na atenção básica com foco na
infância, adolescência e nos grupos familiares, através de ações de apoio matricial,
priorizando o atendimento interdisciplinar e mobilizando escolas e população geral para
ultrapassar as barreiras impostas pelo preconceito;
3. Articulação de agenda permanente e continuada para operacionalização de
ações transversais de cuidados a crianças e adolescentes que fazem uso prejudicial de
álcool e drogas, respeitando a diretriz de redução de danos e os princípios da reforma
psiquiátrica;
4. Ampliar e promover a integração das equipes técnicas dos serviços de atenção
a criança e adolescentes do município no apoio ao trabalho de conselheiros tutelares,
profissionais de abrigos e das escolas fortalecendo a rede.
5. Garantir o acesso de crianças e adolescentes aos serviços de saúde
incentivando a articulação e ampliação com o PSE.
2.9 Garantia do acesso universal em saúde mental: enfrentamento da desigualdade e iniqüidades em relação à raça/etnia, gênero, orientação sexual e identidade de gênero, grupos geracionais, população em situação de rua, em privação de liberdade e outras condicionantes sociais na determinação da saúde mental.
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional/estadual:
1. Implementar políticas de inclusão e acessibilidade à pessoas com
necessidades especiais físicas, psicossociais e imuno-adquiridas, junto aos serviços
da rede de saúde, com ênfase em saúde mental.
2. Que seja cumprida a Lei 10.639/2003 que prevê inclusão no currículo escolar
brasileiro, de temas como o Direito à diversidade, Étnico Racial, a Liberdade Religiosa
e a Cultura Indígena, e outras políticas públicas que incluam a prevenção ao uso de
álcool e outras drogas, prevenção às DST's, buscando assim, constituir uma cultura de
respeito às diferenças desde a infância; capacitando os profissionais e sensibilizando
para tal.
3. Acolher, nos diferentes dispositivos da rede de atenção a saúde, as pessoas
em situação de vulnerabilidade social profissionais do sexo, moradores de ruas,
usuários de álcool e drogas, usuários de saúde mental, portadores de doenças imuno-
adquiridas, entre outros, garantindo a desinstitucionalização, inclusão e proteção social
como enfrentamento da desigualdade e iniqüidade em relação a raça/etnia, gênero,
orientação sexual, identidade de gênero, grupos geracionais, população em situação
de rua, em privação de liberdade e outros condicionantes sociais na determinação da
saúde mental. Que essas ações sejam planejadas de forma intersetorial com equipes
interdisciplinares na perspectiva da luta anti-manicomial e política de redução de
danos.
4. Garantir o disposto em lei, no que se refere ao acesso a leitos psiquiátricos e
de desintoxicação para álcool e drogas em hospital geral, contrapondo o modelo de
internação na lógica axilar e manicomial que segrega e exclui. Para tal realizar
campanhas de informações e sensibilização junto aos gestores hospitalares,
garantindo assim, tratamento adequado as necessidades do usuário conforme projeto
terapêutico singular, construindo em equipe com a participação dos usuários e das
famílias.
5. Criar e implementar políticas de promoção de igualdade e superação de
preconceitos e estigmas, relacionados à raça/etnia, gênero, orientação sexual e
identidade de gênero, grupos geracionais, população de rua, em privação de liberdade
e outras condicionantes sociais, garantindo adequação dos serviços à rede de saúde,
informação, capacitação de equipes profissionais com a participação dos usuários e
dos saberes populares, e a realização de ações intersetoriais.
6. Definir responsabilidades e competências dos diversos setores para ações
necessárias no âmbito da população de rua, garantindo a implementação de equipes
interdisciplinares especificas para esta população.
7. Desenvolver projetos de intervenção junto a povos e comunidades tradicionais
(índio, quilombola, pescadores, assentados e outros), com vistas à capacitação e
qualificação ao tratamento em álcool e drogas e redutor de danos para estas
populações e equipes de saúde, considerando os saberes populares e o respeito às
diferenças, especificidades culturais de cada comunidade.
Eixo 3 – Direitos Humanos e Cidadania como desafio ético e
intersetorial – Eixo da Intersetorialidade
3.1 Direitos Humanos e Cidadania
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Garantir direitos culturais na esfera social, política e econômica, qualificando a
assistência a saúde socioambiental, desde a infância ao idoso, promovendo a arte e o
lazer em parceria entre o legislativo, as três esferas de governo e a sociedade civil
organizada, ressaltando a educação enquanto articuladora e promotora dos processos
de direitos humanos e cidadania.
2. Garantir subsídio Federal para o transporte coletivo aos usuários da saúde
mental com baixa renda e que estejam em efetivo atendimento, viabilizando assim
acesso ao tratamento e a circulação pelo município, incluindo acompanhante, se
necessário.
3. Construir políticas públicas que garantam a reabilitação e a ressocialização do
paciente pós-alta, com o compromisso dos gestores e qualificação dos profissionais,
onde o paciente seja aceito sem preconceito e que a família participe desse processo
de reabilitação, garantindo em todos os níveis de atenção atendimento humanizado e
qualificado as pessoas com sofrimento mental, sem qualquer tipo de discriminação ou
desrespeito.
4. Garantir a acessibilidade ao tratamento nos serviços de saúde mental, a todos
os segmentos da população, incluindo as pessoas em situação de rua, através do
acolhimento permanente nos CAPS, com equipes habilitadas e qualificadas para o
atendimento das pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, estimulando
a integração e convivência das pessoas com transtornos mentais no município com
outros cidadãos, em busca do bem comum, com direitos e deveres, promovendo a
cidadania e direitos a todos.
5. Aperfeiçoar o currículo de formação de forma continuada e permanente,
qualificando os profissionais, com ênfase nos direitos humanos e cidadania, com a
finalidade de aprimorar o atendimento as pessoas com sofrimentos mentais e
necessidades especiais.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Garantir direitos culturais na esfera social, política e econômica, qualificando a
assistência a saúde socioambiental, desde a infância ao idoso, promovendo a arte e o
lazer em parceria entre o legislativo, as três esferas de governo e a sociedade civil
organizada, ressaltando a educação enquanto articuladora e promotora dos processos
de direitos humanos e cidadania.
2. Garantir subsídio Federal para o transporte coletivo aos usuários da saúde
mental com baixa renda e que estejam em efetivo atendimento, viabilizando assim
acesso ao tratamento e a circulação pelo município, incluindo acompanhante, se
necessário.
3. Construir políticas públicas que garantam a reabilitação e a ressocialização do
paciente pós-alta, com o compromisso dos gestores e qualificação dos profissionais,
onde o paciente seja aceito sem preconceito e que a família participe desse processo
de reabilitação, garantindo em todos os níveis de atenção atendimento humanizado e
qualificado as pessoas com sofrimento mental, sem qualquer tipo de discriminação ou
desrespeito.
4. Garantir a acessibilidade ao tratamento nos serviços de saúde mental, a todos
os segmentos da população, incluindo as pessoas em situação de rua, através do
acolhimento permanente nos CAPS, com equipes habilitadas e qualificadas para o
atendimento das pessoas com transtornos mentais severos e persistentes, estimulando
a integração e convivência das pessoas com transtornos mentais no município com
outros cidadãos, em busca do bem comum, com direitos e deveres, promovendo a
cidadania e direitos a todos.
5. Aperfeiçoar o currículo de formação de forma continuada e permanente,
qualificando os profissionais, com ênfase nos direitos humanos e cidadania, com a
finalidade de aprimorar o atendimento as pessoas com sofrimentos mentais e
necessidades especiais.
Demais Propostas aprovadas
1. Garantia de condições dignas de trabalho, de atendimento qualificado e
respeito aos direitos dos usuários.
2. Organizar e construir Projetos sociais nos mais diferentes âmbitos e
diversidades, valorizando sempre os usuários e objetivando de forma ampla a
cidadania e a autoestima.
3. Desenvolvimento de trabalho intersetorial (Assistência Social, Poder Judiciário,
Ministério Publico, Saúde, Trabalho, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, etc) para
orientação e empoderamento do usuário para garantir o cumprimento dos direitos
trabalhistas previstos na Constituição, tais como afastamento do trabalho para
tratamento de saúde, inclusive saúde mental, demissões irregulares após realização de
tratamentos, discriminação e preconceito, assedio moral, entre outros problemas;
4. Promover e incentivar no usuário a capacidade de autoconfiança, esclarecendo
os mais diversos direitos ao qual este possui como cidadão.
5. Garantia do direito de atendimento na área habitacional, no que se refere às
demandas por moradia dos usuários da saúde mental, quando em vulnerabilidade
social, e articulando em ações conjuntas com as Secretarias de Cultura, na promoção
de espaços abertos de lazer e cultura nos bairros, em especial nos finais de semana,
visando possibilitar o acesso de todos à ações culturais e de lazer.
6. Garantir a Inclusão Digital, através de parcerias INTERSETORIAIS
(Universidades, Cursos de Informática, ONGs, SENAC, Redes de Comunicação, etc), e
inserir conteúdos sobre saúde mental e todas as necessidades especiais, desde o
Ensino Fundamental ao Médio, para a promoção do respeito a pessoa com sofrimento
psíquico, sua inclusão e como ação preventiva da descriminação.
7. Promover parcerias nas três esferas de governo com empresas
privadas/públicas visando a inclusão de usuários da rede de saúde mental no sistema
de trabalho estimulando autonomia e auto-estima destes cidadãos.
8. Redução da jornada de trabalho dos trabalhadores no Brasil visando viabilizar
condições e possibilidades de tempo físico para o lazer.
9. Intensificação do fomento às ações do PROERD (Programa de Erradicação
das Drogas) e da sociedade civil.
10. Garantir grupos de apoio aos familiares e usuários em todos os municípios,
bem como, a criação de grupos de auto-ajuda.
11. Priorizar a realização de oficinas de geração de trabalho e renda fora dos
CAPS, compreendendo a diferenciação do espaço que acolhe a crise e do espaço de
trabalho.
12. Fomentar o trabalho através de grupos com os usuários para que os mesmos
se apropriem de seus direitos nos diferentes âmbitos da rede de atenção de saúde
mental.
3.2 Trabalho, geração de renda e economia solidáriaPropostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Destinar vagas a pessoas em sofrimento psíquico para qualificação social e
profissional no plano nacional de qualificação profissional –PNQ do Ministério do
Trabalho e outros projetos de mesma natureza existentes no município.
2. Implantação de Cooperativas sociais (Lei 9.867/1999) e ampliação de
programas de geração de renda e trabalho.
3. Criar associações de usuários e familiares dos serviços de saúde mental para
propiciar a geração de renda e a capacitação desses usuários para confecção de
produtos, respeitando as habilidades individuais, possibilitando a sua atuação no
mercado de trabalho ou como autônomos e que essas associações sejam financiadas
no início por recursos oriundos das três esferas de governo, ou, em parceria com as
universidades da região.
4. Regulamentar na Política Nacional de saúde mental a implementação e
concretização dos projetos de geração de trabalho e renda, priorizando que as oficinas
se realizem em sedes próprias, compreendendo a diferença entre o espaço que acolhe
usuários em sofrimento psíquico (CAPS) e espaço de trabalho.
5. Desenvolver políticas de inclusão social, ampliando as leis que permitam as
cotas de trabalho em empresas públicas e privadas, para o portador de sofrimento
psíquico e que também incentivem a criação de cooperativas, oficinas de geração de
renda e entidades de economia solidária como forma de inclusão e geração de renda,
promovendo a autonomia e valorização pessoal.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Propiciar cursos e capacitações que facilitem a inserção de pessoas com
transtornos mentais no mercado de trabalho.
2. Que as empresas ofereçam programa de ginástica laboral e atendimento em
saúde do trabalhador, garantido processos ergonomicamente corretos para beneficiar a
saúde de seus funcionários.
3. Ampliar a oferta de ações de trabalho e geração de renda considerando a
demanda da cidade como um todo, investindo na constituição de parcerias
intersetoriais que promovam a capacitação e a inclusão no trabalho aos usuários da
saúde mental.
4. Garantir projetos sociais que empreguem as pessoas usuárias dos serviços de
saúde mental, possibilitando um espaço para cultivo de hortaliças, plantas medicinais,
aromáticas e condimentares, para o consumo e geração de renda;
5. Incentivo à participação por empresas publicas e privadas, dos usuários de
Saúde Mental para a qualificação profissional para o mercado de trabalho nos cursos
de EJA e Jovem aprendiz.
Demais Propostas aprovadas
1. Criar projetos autossustentáveis de geração de renda em parceria com a
comunidade, com eixos fundamentais de Saúde Mental, buscando reinserção no
mercado de trabalho.
2. Estimular as ONG's para desenvolverem projetos de geração de renda, através
de financiamentos e formação permanente.
3. Incentivo empresarial para formação e qualificação profissional de pessoas
com transtorno mental.
4. Estruturar nos municípios formas de trabalho que possibilitem a geração de
renda através do desenvolvimento de atividades produtivas.
5. Maior opção de oficinas para produção de renda;
6. Organização de oficinas de geração de renda para a preparação e inclusão do
usuário no mercado de trabalho.
7. Apoio aos projetos de economia solidária envolvendo usuários de serviços de
saúde mental .
8. Garantir em todos os níveis de Estado (municipal, estadual e federal), uma cota
das empresas publicas ou privadas de vagas em oficinas, cursos profissionalizantes,
emprego, oportunizando a inclusão dos usuários da rede de saúde mental,já a partir do
CAPS, no mundo do trabalho.
9. Implantação de ações de inclusão social pelo trabalho dos usuários de SM
através de programas específicos, estímulo à criação de convênios entre o poder
público e empresas e implantação de vagas dentro do setor público.
10. Incentivar e fomentar a criação de centros de convivência e oficinas de geração
de trabalho e renda nas comunidades, promovendo a criação e incentivando a
participação em iniciativas de economia solidária, garantindo a integração e articulação
entre as oficinas terapêuticas e estes programas.
11. Levantamento de locais públicos e de organizações da sociedade civil em
áreas que proporcionam a intersetorialidade, como cultura ,esporte , lazer, educação e
trabalho.
12. Comercialização: inserção de produções da rede de saúde mental em feiras,
grupos que já ocupam esses espaços na cidade.
13. Criação de projetos específicos para trabalho, Geração de Renda e Economia
Solidária.
14. Interlocução e aproximação da Rede de Saúde Mental com os demais
segmentos de saúde, e com outros setores do Poder Público e da Sociedade Civil,
através de discussões e pactuações entre os diferentes segmentos.
15. Sensibilização do empresariado quanto ao desenvolvimento de ações visando
a saúde dos trabalhadores.
16. Criação do Centro de Integração Social por meio de trabalho para os egressos
do serviços de saúde mental.
17. Incentivar o acesso à cultura, na perspectiva da intersetorialidade como forma
lúdica para a integralidade da atenção e de formação em artes plásticas e cênicas,
oportunizando a participação no mercado de trabalho com geração de trabalho e renda.
18. Potencializar e favorecer a integração social do usuário de saúde mental a
partir do trabalho, oficinas de geração de renda e a criação da economia solidária.
19. Abertura de chamadas de projeto para geração de emprego e renda dos
usuários de saúde mental, de acesso a municípios de pequeno porte.
20. Estimular parcerias junto ao CAPS para crescimento e trocas neste contexto,
geração de trabalho e renda realizando divulgação permanente do trabalho realizado
pelo CAPS;
21. Parcerias entre o setor privado e o público a fim de arrecadar recursos para a
construção de projetos de lazer, esporte, cultura, geração de renda para serviços de
saúde mental
22. Garantir atendimento na área de saúde mental ao trabalhador, em centros
especializados;
23. Implantar e fomentar a articulação de ações de reinserção social para usuários
de substâncias químicas em recuperação.
24. Desenvolver ações articuladas entre os setores de educação, saúde e
assistência social conjuntamente ao setor privado empresarial, objetivando a formação,
profissionalização e inserção do usuário no mercado de trabalho, e a promoção de
saúde e potencialização de resolutividade na área de atenção.
25. Articular e implantar espaços intersetoriais para o atendimento dos usuários de
serviços de saúde mental, integrando o trabalho com setores da sociedade, instituições
e secretarias, onde se oportunize espaços literários, culturais, esportivos, científicos,
profissionais, de lazer e de acesso a mídia.
26. Estimular as pessoas com sofrimento psíquico a expressar, por meio da arte,
da cultura e da escrita, suas convivências e histórias, contando com apoio e orientação
didática neste processo, além de divulgar tais produções para a comunidade como
forma de sensibilização, visando a superação de estigmas e à geração de renda,
garantindo-se espaços aos usuários dos serviços de saúde mental no calendário de
eventos dos municípios.
3.3 - Cultura/ Diversidade Cultural
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Criar e manter espaços e centros de convivência comunitária intersetoriais,
regionalizadas, voltados para publico intergeracional, respeitando e contemplando a
diversidade cultural de índios, negros, ciganos e outros.
2. Propiciar através de recursos Municipais, Estaduais e Federais atividades
culturais diversificadas como: dança, teatro, entre outros, adequando o espaço físico
dos CAPS e nos demais espaços da cidade a realização desses eventos. Disponibilizar
espaços da rede social para desenvolver estas atividades de inserção.
3. Ampliar as relações entre os diversos setores da sociedade em prol da geração
do trabalho, renda, cultura e dignidade do sujeito, buscando o exercício da cidadania e
resgatando no usuário do serviço de saúde mental o sentimento de inclusão nos
diversos meios sociais.
4. Estimular o protagonismo, produção e potencialidade dos usuários dos serviços
através de oficinas de arte, arte terapia, teatro, musica, dança, salão de arte e outras
expressões culturais respeitando a cultura regional.
5. Fomentar e articular a participação em movimentos sociais, com vistas a
combater a discriminação, a exclusão a que o usuário está submetido, incrementando a
participação em rádios, jornais e em meios de comunicação.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Criar e manter espaços e centros de convivência comunitária intersetoriais,
regionalizadas, voltados para publico intergeracional, respeitando e contemplando a
diversidade cultural de índios, negros, ciganos e outros.
2. Propiciar através de recursos Municipais, Estaduais e Federais atividades
culturais diversificadas como: dança, teatro, entre outros, adequando o espaço físico
dos CAPS e nos demais espaços da cidade a realização desses eventos. Disponibilizar
espaços da rede social para desenvolver estas atividades de inserção.
3. Ampliar as relações entre os diversos setores da sociedade em prol da geração
do trabalho, renda, cultura e dignidade do sujeito, buscando o exercício da cidadania e
resgatando no usuário do serviço de saúde mental o sentimento de inclusão nos
diversos meios sociais.
4. Estimular o protagonismo, produção e potencialidade dos usuários dos serviços
através de oficinas de arte, arte terapia, teatro, musica , dança, salão de arte e outras
expressões culturais respeitando a cultura regional.
5. Fomentar e articular a participação em movimentos sociais, com vistas a
combater a discriminação, a exclusão a que o usuário está submetido, incrementando a
participação em rádios, jornais e em meios de comunicação.
Demais Propostas aprovadas
1. Propõe-se que sejam estimuladas atividades culturais fora das dependências
do CAPS, visando a ressocialização dos usuários à sociedade e também como
forma de mobilização desta, minimizando os preconceitos.
2. Investir no cuidado através de oficinas terapêuticas e ou de expressão,
trazendo para dentro da rede de saúde mental o foco na arte, cultura e em
áreas para além da saúde.
3. Fomentar e garantir a integração entre o CAPS e a comunidade através de
passeios, olimpíadas, apresentações musicais, exposição de trabalhos
artísticos, garantindo o direito e acesso a todas as formas de manifestação e
expressão artísticas.
4. Articular e garantir a integração com as Secretarias afins para promoção de
espaços abertos de lazer e cultura nos bairros, em especial nos fins de semana
visando possibilitar o acesso de todos a ações culturais e de lazer.
5. Revitalização dos espaços de lazer do município.
6. Integração dos serviços de saúde mental com as comunidades tradicionais,
diferentes matrizes religiosas e outras organizações da sociedade.
7. Incentivar a criação de oficinas terapêuticas sobre arte, cultura, agricultura e
indústria.
8. Estimular a criação de grupos de cultura, facilitando as estratégias da
economia solidária.
9. Incentivar a convivência em espaços de lazer e o resgate de valores em
espaços culturais tais como acervos e memoriais referentes a produções
artísticas dos usuários da saúde mental.
10. Parcerias entre o setor privado e o publico, a fim de arrecadar recursos para a
construção de projetos de lazer e geração de trabalho e renda.
11. Garantir espaços na mídia para divulgar e fomentar as atividades da saúde
mental. Garantir a divulgação e produção de materiais gráficos, educativos em
saúde mental: folders, revistas, além da inclusão e garantia da comunicação
visual (TV e Vídeo).
3.4 Justiça e Sistema de Garantia de DireitosPropostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Que a rede de saúde mental fomente uma articulação entre o Ministério
Público, Judiciário, Delegacias de Polícia para o entendimento das políticas de
saúde mental para reduzir o número de medidas de internações compulsórias
em Hospitais Psiquiátricos.
2. Propor junto ao legislativo a discussão e criação de leis que garantam a
inclusão de usuários de saúde mental no mercado de trabalho formal e
promover o fortalecimento e desenvolvimento de trabalho intersetorial
(Assistência Social, poder judiciário, ministério público, saúde, trabalho) para
orientação e empoderamento do usuário a fim de garantir o cumprimento dos
direitos trabalhistas previstos na constituição, tais como: afastamento do
trabalho para tratamento de saúde, inclusive saúde mental; impedir demissões
irregulares após realização de tratamento, impedir discriminação e preconceito,
impedir assédio moral, entre outros.
3. Exigir o cumprimento da legislação de SM e de outros dispositivos legais, nos
casos de violação dos direitos humanos, de liberdades básicas e negação de
direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais aos que sofrem de
transtornos mentais, garantindo a cidadania através do cumprimento das
políticas pública.
4. Assegurar o acesso, garantido por lei, do transporte de familiares e usuários
dos serviços em saúde mental, para fins de tratamento e estendendo este
direito para livre circulação na cidade.
5. Que o poder judiciário use sempre como base a avaliação da equipe
multiprofissional do serviço de Saúde Mental para as internações judiciais e
que o Estado garanta ações e serviços intersetoriais para a continuidade do
tratamento dos usuários.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Que a rede de saúde mental fomente uma articulação entre o Ministério
Público, Judiciário, Delegacias de Polícia para o entendimento das políticas de
saúde mental para reduzir o número de medidas de internações compulsórias
em Hospitais Psiquiátricos.
2. Propor junto ao legislativo a discussão e criação de leis que garantam a
inclusão de usuários de saúde mental no mercado de trabalho formal e
promover o fortalecimento e desenvolvimento de trabalho intersetorial
(Assistência Social, poder judiciário, ministério público, saúde, trabalho) para
orientação e empoderamento do usuário a fim de garantir o cumprimento dos
direitos trabalhistas previstos na Constituição, tais como: afastamento do
trabalho para tratamento de saúde, inclusive saúde mental; demissões
irregulares após realização de tratamentos; discriminação e preconceito;
assédio moral, entre outros.
3. Exigir o cumprimento da legislação de SM e de outros dispositivos legais, nos
casos de violação dos direitos humanos, de liberdades básicas e negação de
direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais aos que sofrem de
transtornos mentais, garantindo a cidadania através do cumprimento das
políticas pública.
4. Assegurar o acesso, garantido por lei, do transporte de familiares e usuários
dos serviços em saúde mental, para fins de tratamento e estendendo este
direito para livre circulação na cidade.
5. Quando houver o encaminhamento de paciente ao Serviço de Saúde Mental
pelo Poder Judiciário, Ministério Público ou Conselho Tutelar garanta se que
sejam acrescentados documentos e informações pertinentes ao caso, com o
fim de auxiliar o trabalho da Saúde Mental.
Demais Propostas aprovadas
1. Rigor no cumprimento das leis que limitam o acesso e o uso de álcool e outras
drogas, com ações conjuntas entre Justiça e órgãos de Segurança Pública,
principalmente no que se refere a crianças e adolescentes.
2. Fomentar a participação de usuários, familiares, trabalhadores e gestores da
saúde mental nos espaços de controle social, fortalecendo as entidades
representativas para a garantia de direitos.
3. Lutar para que as avaliações e encaminhamentos referentes às perícias
médicas previdenciárias sejam realizadas por equipe multiprofissional,
incluindo que as avaliações para passes rodoviários (passe livre) devam ser
realizadas pela equipe de SM responsável (de referência).
4. Efetuar, na prática, ações conjuntas com o Ministério Público, através de
encontros periódicos, com datas pré-estabelecidas, ampliando a garantia dos
direitos humanos dos usuários e efetivando o controle social.
5. Que os Conselhos de Saúde, Nacional, Estaduais e Municipais, encaminhem a
todos os órgãos do sistema de garantia de direitos (especialmente Conselhos
de Direitos, Ministério Público, Juizado) os relatórios finais das conferências de
saúde mental.
6. Revisão do Código Civil para priorizar as interdições parciais, pois é importante
que o interditado permaneça com certos direitos, ainda que não possa
administrar seu patrimônio.
7. Reafirmar as diretrizes do SUS e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial
3.5 Educação, inclusão e cidadania.
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Criar e viabilizar canais de comunicação entre os CAPS e escolas,
intercambiando interesses e trabalhos realizados por ambos.
2. Garantir a existência de equipe multidisciplinar no município para atendimento
à comunidade e apoio a docentes que recebam alunos com necessidades
educacionais especiais.
3. Oportunizar a formação permanente dos profissionais de educação para que,
com maiores orientações, possam receber os alunos com necessidades
educacionais especiais (deficiências físicas, sensoriais, mentais, sofrimento
psíquico, drogadição, transtorno global de desenvolvimento e deficiências
múltiplas) proporcionando lhes a inserção necessária.
4. Realizar intercâmbio entre a área da educação e da saúde, adicionando aos
currículos escolares conteúdos sobre saúde mental e drogadição, com
professores, alunos e familiares, garantido através de projetos e propostas,
carga horária especifica em todos os níveis de ensino.
5. Propiciar a nível Municipal, Estadual e Federal, cursos profissionalizantes
adequados aos interesses dos usuários para que estes tenham a possibilidade
de inserção no mercado de trabalho.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Criar e viabilizar canais de comunicação entre os CAPS e escolas,
intercambiando interesses e trabalhos realizados por ambos.
2. Garantir a existência de equipe multidisciplinar no município para atendimento
à comunidade e apoio a docentes que recebam alunos com necessidades
educacionais especiais
3. Oportunizar a formação permanente dos profissionais de educação para que,
com maior orientação, possam receber os alunos com necessidades
educacionais especiais (deficiências físicas, sensoriais, mentais, sofrimento
psíquico, drogadição, transtorno global de desenvolvimento e deficiências
múltiplas) proporcionando lhes a inserção necessária.
4. Realizar intercâmbio entre a área da educação e da saúde, adicionando aos
currículos escolares conteúdos sobre saúde mental e drogadição, com
professores, alunos e familiares, garantido através de projetos e propostas,
carga horária especifica em todos os níveis de ensino.
Demais Propostas aprovadas
1. Desenvolvimento e/ou ampliação por parte das escolas com apoio da comunidade de alternativas sócio educativas, como o programa Escola Aberta e/ou turno integral.
2. Consolidação, expansão e monitoramento dos projetos de educação, saúde e cultura envolvendo e enfatizando a intersetorialidade com foco na saúde mental junto à comunidade escolar.
3. Garantir o cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação no que tange à inclusão dos portadores de transtornos mentais na rede pública e privada de ensino, com as devidas adequações estruturais e de pessoal, sem qualquer tipo de discriminação.
4. Propiciar a nível Municipal, Estadual e Federal, cursos profissionalizantes adequados aos interesses dos usuários para que estes tenham a possibilidade de inserção no mercado de trabalho.
5. Realizar rodas de conversa nas escolas, entidades comunitárias, apresentando o contexto histórico das políticas públicas no Brasil, dando ênfase ao SUS, aos direitos humanos e aos deveres do cidadão, ressaltando a importância da inclusão dos portadores de sofrimento psíquico como sujeitos de direitos.
6. Maior interação entre os setores da saúde, assistência social, educação e habitação, fortalecendo os vínculos intersetoriais (saúde, educação, assistência social e conselho tutelar).
7. Promover e ampliar ações de saúde e prevenção nas escolas como por exemplo o Programa de Saúde na Escola
8. Ampliar o trabalho de divulgação da saúde mental, promovendo ações educativas visando diminuir o preconceito na família, na comunidade e na escola.
9. Promover a inclusão digital para portadores de sofrimento psíquico.10. Fomentar a participação e o protagonismo dos usuários da política de
saúde mental para as próximas conferências.11. Ampliar campos de atuação para universitários nos serviços de saúde
mental.12. Criar mecanismos de corresponsabilizaçao da saúde, assistência social e
Ministério Público, de modo a evitar internações compulsórias e involuntárias.
13. Criar dispositivos para que as equipes dos serviços de saúde façam o atendimento no espaço da rua em conjunto com os serviços do território às pessoas em situação de rua com sofrimento psíquico, de modo a garantir seu acesso à saúde.
3.6 Seguridade Social, Previdência, Assistência Social e SaúdePropostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Garantir a reabilitação do trabalhador através da política da previdência social e
que as empresas se responsabilizem pelos trabalhadores adoecidos e
lesionados por elas (lesões relacionadas ao trabalho) reabilitando-os,
reintegrando-os e readaptando-os, até sua aposentadoria.
2. Revisão do critério de renda per capita do beneficio de prestação continuada
de ¼ para meio salário mínimo; avaliando a necessidade de portadores de
sofrimento psíquico grave que não tinham contribuição previdenciária ou
perderam o direito de segurado possam receber o beneficio.
3. Efetivar a execução do plano de expansão dos postos de atendimento do
INSS, facilitando assim o acesso aos usuários.
4. Garantir a transdisciplinariedade da equipe pericial do INSS na avaliação dos
portadores de transtorno mental considerando os laudos das equipes
interdisciplinares dos serviços de saúde e assistência social.
5. Revisões e reconsiderações de pericias sejam realizadas por profissionais
especialistas da área.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual1. Agilizar a marcação de exames fora de domicílio, bem como utilizar sempre o
documento de referencia e contra-referencia para proporcionar uma adequada
avaliação pelos profissionais.
2. Garantir o benefício de transporte gratuito aos usuários da saúde mental.
3. Viabilizar aos usuários o acesso do beneficio de prestação continuada através
da rede de proteção social básica da assistência social.
4. Acompanhamento sistemático dos beneficiários do BPC pelos profissionais da
política de assistência social com o objetivo de evitar que terceiros se apropriem
indevidamente de seus benefícios.
5. Ampliar os serviços de Assistência Social que oportunizam suporte à família
dos usuários de saúde mental como forma de contribuir no seu tratamento e na sua
recuperação, em especial àquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade
social.
Demais Propostas aprovadas1. Sensibilização e capacitação permanente dos profissionais que atendem os
usuários da saúde mental, oportunizando o cuidado ao usuário e ao trabalhador.
2. Pensar a Assistência Social como forma de acesso a questões básicas como
saúde e educação, direitos humanos, justiça, habitação, trabalho, cultura, esporte e
lazer, etc.
3.7 Organização e mobilização dos usuários e familiares de saúde mental
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional1. Investir no fortalecimento e garantir o investimento financeiro em projetos de
associações de usuários de saúde mental, promovendo a cidadania e sua integração à
sociedade.
2. Potencializar os movimentos sociais na perspectiva de assegurar o
cumprimento da legislação que protege as pessoas com deficiência e altas habilidades
e superdotação, bem como a ampla divulgação de seu conteúdo.
3. Mobilização e rearticulação de Associações de Usuários e Familiares e dos
Serviços de Saúde Mental, retomando os processos de ocupação dos espaços de
pactuação e consolidação das Políticas em Saúde e buscando a captação de recursos
humanos, financeiros e materiais voltados para saúde mental.
4. Garantir e estimular a participação dos usuários e familiares na formulação,
planejamento, fiscalização das políticas sociais, competindo esta função aos
trabalhadores e gestores dos serviços de saúde.
5. Fortalecimento dos movimentos sociais e criação de cooperativas visando a
ressocialização e o enfrentamento do desemprego para a inserção dos usuários de
serviços de saúde mental no mercado de trabalho conforme suas habilidades e
possibilidades a partir do estimulo a parcerias com empresas. Favorecendo o processo
contra o preconceito e conquista da cidadania, auxiliando na diminuição dos estigmas.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Realizar Encontros Estaduais e Regionais sobre Saúde Mental anualmente,
organizado por profissionais, usuários, familiares, gestores e entidades ligadas à área,
proporcionando a troca de experiências e capacitação continuada e garantindo o
diálogo efetivo entre os segmentos.
2. Propõe-se que a família seja incluída em todas as atividades realizadas nos
serviços de saúde mental, como meio de aproximação desta com o serviço, e do
usuário com a própria família e com a sociedade.
3. Estimular a formação de grupos comunitários intersetoriais, que envolvam as
escolas, os serviços de saúde, o poder judiciário, no sentido de promover uma rede de
ações solidárias como forma de prevenção as questões relativas ao sofrimento
psíquico e a dependência química.
4. Desenvolver ações que mobilizem os usuários do SUS na participação do
controle social e mecanismos que orientem familiares de usuários do serviço de saúde
mental, em relação à garantia de direitos, tendo como diretriz a luta antimanicomial.
5. Garantir que pessoas com sofrimento psíquico em tratamento em saúde mental
tenham resguardado o direito de guarda e cuidado de seus filhos, respeitando as
necessidades e as garantias do direito da criança e do adolescente.
Demais Propostas aprovadas
1. Realizar ações de educação permanente em saúde mental que estimulem a
organização e mobilização dos usuários e familiares, para os profissionais que atuam
com crianças, adolescentes e adultos.
3.8 – Comunicação, informação e relação com a mídia.
Propostas Prioritárias para o âmbito nacional e estadual
1. Garantia da divulgação das novas políticas de saúde mental,
informações sobre a Reforma Psiquiátrica e ações referentes aos diversos
serviços substitutivos (serviços terapêuticos, oficinas, projetos culturais e
outros). Esta divulgação deve ter caráter municipal, estadual e nacional, e deve
ser adequada e acessível aos diferentes seguimentos da sociedade; utilizando
diversas mídias, incluindo rádios comunitárias e outras mídias alternativas
(tendo como exemplo bem sucedido o COMUNICASUS).
2. Utilizar os instrumentos de comunicação como ferramentas para
agregar voluntariado na comunidade em geral e parcerias nas redes: municipal,
estadual e nacional (educação, assistência social, ministério público, judiciário,
ONGs, etc). Essas ações devem ter como objetivos romper preconceitos,
quebrar mitos, conhecer e compreender a realidade da saúde mental coletiva.
3. Criação de instâncias intersetoriais e participativas municipais,
estaduais e federais que permitam discutir e encaminhar propostas concretas e
legítimas sobre campanhas veiculadas na mídia no que se referem a
medicamentos e outras drogas (lícitas e ilícitas).
4. Implementar uma Política de Estado para apropriação da internet como
ferramenta terapêutica. (Como exemplo o projeto que está sendo
implementado no CAPS AD Renascer, de Canoas, que utiliza a internet para
socialização e recuperação de usuários)
5. Realizar um grande trabalho de mobilização social (na TV, em rádios
nacionais e locais e nas diferentes linguagens), enfatizando a importância do
papel da família.
Demais Propostas aprovadas
1. Criar políticas de comunicação social que garantam a divulgação das oficinas
de geração de renda, bem como seus projetos e produtos. Incluir essas
atividades nos calendários regionais e municipais e divulgá-las na mídia local.
3.9 – Violência e Saúde MentalPropostas Prioritárias para o âmbito nacional
1. Destinar verbas das esferas estadual e federal para acolhimento e proteção
das vitimas de violência aos municípios de pequeno porte.
2. Capacitação/orientação dos profissionais/trabalhadores da saúde e educação,
para a detecção de sinais de violência física e mental contra os portadores de
transtornos mentais, bem como quanto à forma de encaminhamento para
averiguação pelas autoridades competentes.
3. Incentivo ao preenchimento de RINAVs – Registro Nacional de Acidentes e
Violência- e remessa ao Ministério Público a partir da capacitação das equipes
de saúde para a observação e notificação compulsória das situações que
envolvem violência.
4. Desenvolver e implementar programas e ações efetivas de prevenção a
violência, uso abusivo, indevido e dependente de drogas, promoção da saúde
mental e da paz; com investimento das três esferas de governo (recursos
materiais e humanos).
5. Propor a formação de grupos de trabalho intersetoriais consultivos sobre
campanhas institucionais que trabalhem prevenção ou educação sobre drogas
em veículos de massa, visando sua adequação aos princípios do SUS.
Propostas Prioritárias para o âmbito estadual
1. Estruturação de rede de proteção e atendimento a situações que envolvam
violência e implantação de ações específicas de atendimento de vitima de
violência, de acordo com as necessidades locais.
2. Elaborar artigos sobre violência e saúde mental e garantir a sua divulgação.
3. Atenção para os índices de violência, principalmente suicídios, para o
desenvolvimento de pesquisas sobre os determinantes sociais ligados ao tema
e políticas publicas para o seu enfrentamento.
4. Criação de Centros de Referência intersetoriais integrados às redes locais para
atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência, que congreguem
no mesmo espaço ações de saúde, educação, assistência social e jurídica,
dentre outras.
5. Rever as modalidades do acolhimento nos serviços de saúde mental de modo
a garantir o acesso a todos os usuários, considerando as necessidades
específicas advindas do agravamento das vulnerabilidades sociais.
Demais Propostas aprovadas
1. Garantir o resguardo do profissional que encaminha as informações sobre
violações de direitos humanos ao Ministério Público.
2. Que as crianças e jovens vítimas de qualquer forma de maus tratos tenham
prioridade de acesso aos serviços de saúde no município, bem como a todas
as demais políticas públicas que se fizerem necessárias a proteção de sua
integridade física e mental.
3. Implantar no SUS a terapia comunitária e realizar grupos terapeuticos e
preventivos como estratégias de promoção da saúde mental e prevenção da
violência.
4. Garantia de atendimento em saúde mental às vitimas de violência.
5. Comunicar, informar e divulgar o funcionamento dos serviços especializados
para a população e para a rede.
6. Criar novas estratégias de resolução de conflito da população de forma
descentralizada e efetiva.
7. Garantir a realização de visitas domiciliares aos usuários com sofrimento
psíquico.
8. Todos devem se mobilizar para fazer cumprir as leis que regem nosso país.
9. Garantir a fiscalização aprovada visando à prevenção da exploração sexual de
crianças e adolescente, bem como, o uso indevido e o abusivo de álcool e
outras drogas.
Moções de Repúdio
1. Os participantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial
repudiam o descumprimento da constituição federal Brasileira que coloca crianças e
adolescentes como prioridade absoluta na garantia de direitos. Os investimentos atuais
nas diferentes esferas de governo não contemplam as diversas necessidades desse
segmento.
2. Repúdio ao descumprimento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)
com ações de internação superior ao estabelecido (fase SP) mascaradas com a
justificativa de tratamento.
3. Repúdio ao parecer do supremo quanto a complementação financeira em
atendimento pelo SUS.
4. Os trabalhadores de saúde e usuários presentes na III Conferência Estadual de
Saúde Mental do RS vêm repudiar o CREMERS pelo desrespeito e completo
desinteresse pelo Sistema Único de Saúde (SUS) demonstrado através de ações no
Supremo Tribunal federal (STF), nas quais defendem o atendimento pelo SUS e, ao
mesmo tempo, pagando médicos de forma privada, gerando assim o desmonte do
SUS.
5. Ao Ministério Público Estadual, que tem desconsiderado a legislação do Saúde
Mental, da reforma psiquiátrica, permitindo a ampliação de leitos em hospital
Psiquiátrico.
6. A existência de hospitais psiquiátricos com pacientes ainda institucionalizados
no RS.
7. A tentativa de privatização dos CAPS, através de terceirização destes serviços.
8. Aos deputados que tem feito propostas de retrocesso da legislação de Reforma
Psiquiátrica no RS; desconsiderando o princípio da integralidade, querendo resgatar
leitos em hospitais psiquiátricos.
9. A todos os gestores municipais que não apoiaram a vinda de delegados eleitos
nas conferências municipais / regionais que não eram trabalhadores da saúde.
10. Nós, participantes da III Conferência Estadual de SM – Intersetorial,
repudiamos o baixo investimento na implementação da Rede Substitutiva,
considerando não somente a abertura dos serviços, mas também o efetivo acolhimento
de demandas relacionadas as acomobidades de sofrimento psíquico e usos
problemáticos de drogas de acordo com os princípios e diretrizes do SUS, sendo dever
de todos trabalhadores não segmentar as pessoas em partes trabalhando-se o todo
com a integralidade e a equidade.
11. Moção de repúdio ao Governo do Estado, Secretaria de Estado de Saúde e
Direção do Hospital Psiquiátrico São Pedro, pelo assédio moral aos trabalhadores e
pelo desserviço à Reforma Psiquiátrica no Estado. É público o desrespeito da direção
aos direitos humanos, quando as garantias básicas de cuidado aos usuários
institucionalizados não são respeitadas, bem como não há nenhum movimento da
direção para garantir o processo de desinstitucionalização e inclusão dos moradores do
São Pedro nas suas cidades de origem ou em Serviços Residenciais Terapêuticos,
diferentemente do que é divulgado pela mídia. Também é público que o Hospital
Psiquiátrico tem se colocado como referência no tratamento de pessoas com
problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Nosso repúdio também a
essa situação. Entendemos que a formação de trabalhadores do SUS deve acontecer
através dos preceitos da Reforma Psiquiátrica e de Redução de Danos.
12. Os participantes da II Conferência Estadual de Saúde Mental e Intersetorial
repudiam o encaminhamento das situações de crianças e adolescentes em conflito
com a Lei que utilizam dos dispositivos de abrigamento, internação e medicalização
como formas de punição e controle, violando assim duplamente os direitos previstos no
Estatuto da Criança e Adolescente. A exemplo da Fundação casa do Estado de São
Paulo que criou um serviço em meio fechado com características semelhantes a um
manicômio judiciário.
13. Aos municípios que não dispuseram recurso para mobilizar e garantir recursos
para a participação de delegados nesta conferência.
14. A decisão do STF que prevê o pagamento de diferença no atendimento médico
nas consultas do SUS.
15. Aos governantes de municípios que não apoiaram, ou dificultaram a vinda de
delegados a Conferência Estadual de Saúde Mental.
16. A Plenária da APAF- Assembléia das Políticas, da Administração e das
Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia, reunida em Brasília nos dias 15 e 16 de
maio de 2010, com a presença do Conselho Federal de Psicologia e dos 17 Conselhos
Regionais de Psicologia de todo o Brasil, apresenta nesta Conferência Estadual de
Saúde Mental moção de repúdio ao PL do Ato Médico ( PL 268/2002, bem como o
substitutivo PL 7703-2006) que, a pretexto de regulamentar a profissão da medicina,
determina, como privativas dos médicos atividades que vem sendo exercidas por todos
os demais profissionais da saúde. Repudiamos qualquer ação que atrela o diagnóstico
nosológico e qualquer prescrição terapêutica somente à profissão médica, impedindo
que profissionais de outras áreas possam exercer livremente suas atividades conforme
orientações técnicas e cientifica de suas áreas, regulamentadas anteriormente.
Consideramos que este projeto de Lei prejudica a autonomia de cada profissão e fere
as diretrizes do SUS. O SUS – Sistema único de Saúde preconiza a integralidade do
cuidado, por meio de equipe multiprofissional, reconhecendo o valor de cada profissão
nas ações cotidianas dos serviços.
17. Repudiamos as entidades de ensino que utilizam, para a formação, espaços de
hospitais psiquiátricos e/ou com lógica manicomial.
18. Devido à precariedade das condições de veículo (ônibus), defeito mecânico,
documentação atrasada colocada à disposição pelo Governo do RS à delegação
gaúcha para deslocamento a Brasília para a 4ª Conferência Nacional de Mulheres
19. Repúdio aos municípios que não trouxeram delegados paritários – ou seja os
usuários, e que não deveria ser candidato a delegados na conferência para a nacional.
20. Às cidades que não trouxeram seus usuários eleitos delegados nas suas
conferências municipais de saúde mental.
21. Repudiar a não liberação de residentes e trabalhadores da saúde mental ou da
saúde para participar da III Conferência Municipal de Saúde Mental.
22. Repudiar o não incentivo à participação dos usuários em espaço do controle
social.
23. Repúdio aos atos de violência aos abrigados do Abrigo Bom Jesus em
08/04/2010 em Porto Alegre por integrantes da Guarda Municipal e Brigada Militar.
24. Repudiar a extinção de serviços existentes para a criação de novos, utilizando
a mesma equipe de RH e criando uma falácia de ampliação da rede.
25. Repúdio à prática de conveniamento massivo de internações psiquiátricas para
crianças e adolescentes junto à Clínica Gramado e São José.
26. Repúdio a não existência de serviços destinados à criança e adolescente no
acolhimento, estabilização e avaliação de crises.
27. Repúdio ao descumprimento sistemático das deliberações das instâncias de
controle social por parte do gestor.
28. Repudiar o projeto de lei do Ato Médico (PL 7703/06) atualmente no Senado
Federal, projeto que é claramente contrario a todos os esforços interdisciplinares e
intersetoriais que o SUS tem realizado para assegurar a atenção integral em saúde e
em saúde mental.
29. Repúdio à criminalização da pobreza e dos agentes que trabalham com as
parcelas excluídas e marginalizadas da população. Repudio pela repressão da polícia
e pelo incentivo da mídia a criminalização da pobreza, que fazem parte de uma
concepção higienista do governo municipal no tratamento à pobreza.
30. Repúdio ao modelo municipal de gestão da Secretaria da Saúde de POA, que
não age de forma transparente na informação à comunidade de usuários sobre os
recursos que são aplicados nos convênios para funcionamento da rede de saúde
mental.
31. A coordenação do fórum da população adulta em situação de rua apresenta
moção de repudio contra a não divulgação junto às lideranças e organizações que
trabalham com moradores de rua de POA, dos orçamentos alocados e metas atingidas
pelo conveniamento da SMS com a FASC, que desde 2006 encaminha moradores de
rua, usuários dos programas e serviços da FASC, para fazendas terapêuticas
localizadas na região metropolitana. Cremos que esta atitude é uma falta de respeito
não só com o controle social, mas, sobretudo com os usuários destes serviços.
32. Repúdio a atual gestão do executivo municipal que prioriza a abertura de
serviços substitutivos ao manicômio em parcerias público- privadas, estando desta
forma, dissonante com a política nacional de saúde mental, que atribui ao SUS essa
competência. Entendemos que neste momento, é imperativa a ampliação da rede de
atendimento em saúde mental em POA, cem por cento subsidiada pelo poder publico.
Sendo assim, a prestação e contratação desse serviço se faria de forma transparente e
consonante com lei 8080 (SUS).
33. Repúdio às campanhas de combate às drogas, especialmente contra o crack,
realizadas pelo Governo do Estado e pelo Ministério da Saúde que abordam o tema,
relacionando diretamente ao crime e violência, alimentando medos e preconceitos,
desrespeitando a singularidade do usuário de droga e indo contra a política de atenção
integral ao usuário de álcool e outras drogas.
34. Nós, participantes da III Conferência Municipal de Saúde Mental de POA,
viemos manifestar nosso repúdio pela forma com que o gestor municipal trata a
questão da saúde mental em Porto Alegre e o descaso como organizou a III CMSM
tratando o Controle Social, o Conselho Municipal de Saúde, a população desta cidade
e trabalhadores que buscaram auxiliar na realização da mesma com desrespeito,
realizando a conferência em lugar inapropriado e submetendo todos a uma situação de
constrangimento, desconforto e uma total falta de condições operacionais para a
realização da mesma.
35. Aos deputados estaduais pelo desinteresse de estar na III Conferência de
Saúde Mental, e que tem por missão votar projetos de lei a fim de implantar CAPS em
todos os municípios e a captação de recursos ao orçamento do estado para
implementação a nível estadual.
36. À prefeitura Municipal de Uruguaiana, que por ato de seu Secretário de Saúde
impossibilitou que a delegação de Uruguaiana (8 delegados, destes 4 usuários, 1
gestor, 1 prestador de serviço e 1 intersensorial, em suas representações) e usuários
do CAPS Asas da Liberdade, participassem da III CESM DORS, tendo cancelado o
ônibus e reservas de hospedagem as vésperas desta Conferência, casualmente no dia
18 de maio, Dia Nacional da Luta Anti manicomial, esta atitude demonstra total
desrespeito com o controle e a participação social, ferindo a Lei 8.142/90 na construção
de uma política pública que responda as necessidades de saúde da população. Este
município, da fronteira oeste do Estado do RS, prioritário para a política de álcool e
drogas, vem sendo boicotado na tentativa de participação social dos profissionais de
saúde na busca pela abertura do CAPS AD em Uruguaiana, na política nacional de
saúde mental.
37. Os integrantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial
repudiam a insistente campanha publicitária contra o crack, por entender que,
subliminarmente, há a invocação de reabertura de leitos em hospitais psiquiátricos.
38. Repúdio a:
A privatização do SUS devido a compra de leitos e encaminhamento do recurso público para instituições privadas.
À gestão do Estado de São Paulo pela não realização da Conferência Estadual de Saúde Mental, uma vez que é o único estado do país que não está referendando o dispositivo democrático.
Ao Supremo Tribunal Federal pela postura inconstitucional e imoral de desmantelamento do SUS e privatização de um sistema público que garante em preceitos a universalidade, o qual foi construído através da democrática e de controle social e que o STF dê visibilidade ao equivoco realizado, demonstrando o desconhecimento da Constituição Federal, leis 8080/90 e 8142/90, gerando grande confusão para a população em geral a qual, pela mídia, acredita-se ser um avanço.
39. A delegação do município de Santa Maria repudia a gestão municipal em
específico o Secretário de Saúde, pelo descaso com a saúde mental do município e
com os delegados que devido a questões burocráticas e falta de vontade política quase
não chegam a cidade de São Lourenço necessitando ajuda da empresa para tal.
40. Faz-se necessário destacar a posição de alguns gestores em não facilitar e
apoiar seus delegados na sua representatividade a fazerem-se presentes na III
Conferência Estadual de Saúde Mental Intersensorial. Sendo que os mesmos foram
legitimados em todas as instâncias legais que participam.
41. Nesse momento importante em que discutimos a III Conferência Municipal de
Saúde Mental, etapa preparatória para as conferências estadual e nacional, nos
deparamos com condições e acolhimento completamente inadequados para a plena
realização do debate. São tantos pontos relevantes a serem discutidos e
encaminhados; como por exemplo, a grave situação do alto índice do uso de drogas
como o crack que dizima a juventude do nosso país, a falta de políticas públicas
adequadas e articuladas para tratar dessas e de outras questões relevantes nesse
âmbito. Mesmo assim, nos deparamos, mais uma vez, com o descaso ao espaço e às
condições oferecidas pelos governos Fogaça/Fortunati quando nos apresentam um
local que não comporta todo o público inscrito para a Conferência. Subestimam a
nossa capacidade de organização. Queremos deixar claro que entendemos ser esta a
intenção política de desvalorização da participação do coletivo. Também é uma
maneira de desarticular, inviabilizar o debate e a participação dos atores envolvidos no
processo pela busca da democracia. Exigimos mais comprometimento deste governo
com esses fóruns e com o SUS. Acreditamos que o empoderamento e a participação
dos usuários, trabalhadores e sociedade são as formas mais democráticas de controle
social, inclusive para coibir os desvios de recursos como os que acabamos de assistir
em relação a empresas terceirizadas como a SOLLUS, denunciada pelo desvio de
aproximadamente 10 milhões de reais dos cofres públicos do município. CONTRA AS
TERCEIRIZAÇÕES QUE PRECARIZAM O TRABALHO, OS(AS)
TRABALHADORES(AS) E O ATENDIMENTO, MAIS INVESTIMENTO NA SAÚDE
PÚBLICA E NA INTERSETORIALIDADE.
42. Exigimos o fortalecimento do SUS público. Somos contrários às terceirizações
que retiram dos gestores a responsabilidade e o compromisso com a prestação dos
serviços à população, transferindo-o à iniciativa privada. Temos o exemplo recente da
Empresa SOLLUS e da Reação que culminou em corrupção e assalto aos cofres
públicos, pois as terceirizações facilitam essas práticas de desvio do dinheiro público.
NÃO AO ESTADO MÍNIMO, SIM ÀS POLÍTICAS PPPs (Públicas, Públicas e Públicas)!
43. A Conferência Estadual de Saúde Mental do Estado do Rio Grande do Sul
realizada em São Lourenço do Sul de 20 a 22 de maio de 2010, em razão do manifesto
desconhecimento da constituição brasileira e do processo histórico da construção do
SUS no Brasil, vem a público repudiar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
em favor da ação do CREMERS, que permite o atendimento pelo Sistema Único de
Saúde e, ao mesmo tempo, pagar médicos e hospitais de forma privada. E assim
manifesta seu integral apoio a manifestação do Conselho Estadual de Saúde CES/RS
e solicita que a mesma seja na íntegra, transcrita em moção.
44. Ao Estado do Rio Grande do Sul pelo descumprimento da EC 29 destinando o
mínimo de 12% de recurso próprio para o SUS em ações de saúde conforme prevê a
lei 8080/90.
45. Repudiar o projeto de lei do Ato Médico (PL 7703/06) atualmente no Senado
Federal, projeto que é claramente contrario a todos os esforços interdisciplinares e
intersetoriais que o SUS tem realizado para assegurar a atenção integral em saúde e
em saúde mental.
46. Moção de repúdio ao ato médico.
47. A não participação e a não tentativa de diversos atores sociais na III
Conferência Estadual, sendo um encontro que aborda a intersetorialidade, na qual a
mesa da mesma, assim como os demais participantes são essencialmente
representantes de saúde. Como pensar intersetorialidade o encontro com outros
setores, sem estarem presentes?
48. O grupo de saúde mental e cultura apresenta uma moção de indignação pelo
desinteresse de outras secretarias do município que não estão presentes em um
momento tão importante como esse da conferência, uma vez que estão sendo
debatidos questões que são diretamente influenciadas nesses diversos temas.
49. À Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo. Vimos por meio desta, manifestar
nosso repúdio ao não cumprimento integral do apoio prometido as pessoas que
sofreram avarias em suas moradias no bairro Canudos ocasionadas pela última
enchente no município em 2008/2009. À criação de direito privado de saúde no
município para a gestão dos trabalhadores de saúde, na medida em que não atende as
diretrizes do SUS no que diz respeito aos recursos humanos, significando a
precarização do trabalho e a desqualificação do atendimento prestado. Ao gestor
municipal por inaugurar um importante serviço como CAPS Canudos estando no bairro
mais populoso de Novo Hamburgo, sem infra-estrutura mínima, e mais com equipe
muito aquém da recomendada pela legislação. Ao Executivo e aos Gestores de Saúde
do município de NH pela implantação da Fundação de Saúde Pública de Direito
Privado, contrariando a Legislação Nacional do SUS, que preconiza a contratação de
servidores por concurso público com regime estatutário. O que seria possível se a
Fundação fosse de Direito Público. Com esta atitude NH passa por cima de
deliberações do Controle Social, a nível Estadual e Nacional.
50. Repúdio à ausência do Poder Judiciário, do Poder Legislativo e do Ministério
Público nesta conferência. Repúdio à ausência do poder executivo em toda a
conferência, estando o mesmo presente em sua abertura e se ausentando, nos
momentos de debates, de proposições e discussão das propostas na plenária final
51. Repúdio ao discurso de abertura realizado pelo Prefeito Sr. Sanchotene Feliche
na I Conferencia Municipal de Saúde Mental, onde o mesmo lamentou o fechamento
dos hospitais psiquiátricos.
52. A partir dos documentos “Inspeção Nacional ás Unidades de Internação de
Adolescentes em Conflito com a Lei”, elaborado pelo Conselho Nacional da OAB e pelo
Conselho Federal de Psicologia, datado em 2006; do Relatório confeccionados pela
Acessória de Saúde da Fundação de Atendimento Sócio-Educativa (FASE), de 2007;
das discussões do Seminário Mais Juventude, realizado pelo Ministério da Saúde, em
2009, e da contínua atuação dos profissionais de diferentes áreas junto á crianças e
adolescentes, tem-se conhecimento de que cerca de 80% dos adolescentes
cumprindo medida sócio educativa (MSE) em provação de liberdade fazem uso de
medicação psiquiátrica sem acompanhamento adequado na rede pública de saúde.
Manifestamos nosso repúdio á política de atenção destinada a estes adolescentes, que
se caracteriza mais pela contenção química, do que pela possibilidade de promoção
de saúde. Exigimos, conforme o artigo 227, combinado com o artigo 196 da
Constituição Federal; artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA);
Portaria 647 do Ministério da Saúde e Portaria Interministerial n nº 1426, que seja
garantido o direito á saúde, através do acesso á rede pública de saúde, considerando
seus diferentes níveis de complexidade, visando o atendimento, visando a atenção
integral dos adolescentes em cumprimento de MSE, prioritariamente fora das unidades
de internação. O uso de medicação psiquiátrica, quando necessária, deve compor um
plano mais amplo de tratamento em saúde mental, não devendo ser o único recurso
terapêutico utilizado.
Moções de Apoio
1. Nós trabalhadores da saúde entendemos que a defesa intransigente do SUS é
uma construção coletiva que fizemos parte e defendemos equipes
multiprofissionais e com isonomia das categorias profissionais de saúde.
Somos trabalhadores de saúde e defendemos a saúde pública e não disputas
corporativas por categorias de profissão.
2. Apoiamos e reconhecemos como legítima e democrática as manifestações dos
coletivos de pessoas que usam drogas como a Marcha da Maconha que
dialogam com as diretrizes da promoção e prevenção da lei de drogas Lei
11343/06. As mesmas reforçam o exercício da cidadania e colocam o usuário
como protagonista do processo de construção da política pública de AD,
condizente com os princípios da luta anti manicomial e garantia de direitos e
combate ao combate ao estigma e segregação.
3. Apoiamos a proposta de convênio nº 003/07/07/GSIPR/SENAD/FUNAD que
aguarda assinatura da governadora na Casa Civil e que propõe a criação de
fundo estadual para a destinação de valores aprendidos em decorrência do
crime de tráfico e lícito de drogas. Estes valores deverão ser disponibilizados
para o Fundo Estadual de Entorpecentes ligado ao CONEN que se
responsabilizará pelo repasse do recurso através de edital público.
4. Reconhecimento ao trabalho de recepção, apoio, higienização composto por
trabalhadores de São Lourenço do Sul que acolheram as delegações com
respeito e hospitalidade.
5. As Universidades que fomentam os projetos de residência multiprofissional em
saúde (residência integrada) que desta forma contribuem para construção e
consolidação do SUS, bem como, para formação dos profissionais incentivando
assim a intersetorialidade, a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.
6. Aos municípios que, em seus concursos públicos, valorizam profissionais com
formação através da Residência Integrada em Saúde/Multiprofissional e
Médica, tendo em vista serem estas modalidades de formação em serviço, com
financiamento público, que tem por finalidade a atuação no Sistema Único de
Saúde.
7. Apoio a Escola de Formação de Supervisores de Saúde Mental, que visa
qualificar o trabalho profissional de Supervisão Clínico – Institucional, conforme
editais do Ministério da Saúde, na perspectiva da reforma psiquiátrica,
composta por várias instituições: Escola de Saúde Pública, Seção de Saúde
Mental da SES RS, Ministério da Saúde, Instituições de Ensino e Gestão
Municipais.
8. A Comissão Organizadora da I Conferência Regional de Saúde Mental
Intersensorial do Litoral Norte. Parabeniza os municípios que realizaram
conferências municipais e os que participaram da I Conferência Regional,
contribuindo para nossa representatividade nesta Conferência.
9. Apoio a escola de supervisores de CAPS da Escola Estadual de Saúde
Pública.
10. À Comissão Organizadora e colaboradores da I Conferência Municipal de
Saúde Mental por, em tempo muito reduzido, 30 dias, buscar condições para a
realização deste importante evento. Os profissionais, usuários e prestadores
aqui representados nesta Conferência Municipal de Saúde Mental vêm
manifestar o seu profundo reconhecimento aos profissionais da rede de Saúde
Mental que estão involuntariamente deixando os serviços devido à instalação
da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo. Ressaltamos o papel
imprescindível de protagonismo destes profissionais na implementação,
sustentação e condução das políticas públicas em Saúde Mental na cidade de
Novo Hamburgo até o presente momento.
11. Parabenizar a SMS de São Lourenço pelas disponibilidade desse Evento e o
apoio tem dado aos aspectos de saúde mental, coisa que em outras cidades e
até mesmo Pelotas não tem dado
12. A Plenária da APAF- Assembléia das Políticas, da Administração e das
Finanças do Sistema Conselhos de Psicologia, reunida em Brasília nos dias 15
e 16 de maio de 2010, com a presença do Conselho Federal de Psicologia e
dos 17 Conselhos Regionais de Psicologia de todo o Brasil, referenda a esta
Conferência Estadual de Saúde Mental a moção de apoio a uma política
pública sobre Álcool e outras drogas que reafirme a Reforma Psiquiátrica e a
Redução de Danos como diretrizes das ações que norteiam o documento
proposto pelo grupo de trabalho: Cuidado das pessoas que fazem uso de
álcool e outras drogas em interface com a luta antimanicomial do Sistema de
Conselhos de Psicologia. Tal documento pauta o protagonismo dos sujeitos, a
autonomia, o respeito às diferenças, os direitos humanos, com direito de
acesso aos serviços e à participação social, oportunizando o aprofundamento
do debate com os usuários de drogas. A reforma Psiquiátrica, em curso no
país, é fruto da construção de um amplo processo democrático, de mudança no
cenário político-social brasileiro, que contou com a participação de diferentes
segmentos da sociedade, para um Sistema Único de Saúde integral, de caráter
universal. Defendemos uma política para esta área que priorize o
compartilhamento de responsabilidades entre os diferentes segmentos (gestor,
trabalhador, familiares, usuários, e sociedade) em ação conjunta baseada no
apoio mútuo, conhecimento e criatividade, formando uma rede de cuidados,
intersetorial e interinstitucional. Reafirmamos a necessidade de ampliação da
rede de cuidados, implementando equipamentos substitutivos preconizados em
lei, que tenham como referência o cuidado em liberdade, com diferentes
abordagens para o desenvolvimento de habilidades de enfrentamentos por
toda a família e do usuário, potencializando projetos coletivos e solidários que
possam dar conta desta problemática e jamais retroceder no processo de
reforma psiquiátrica em nome da desassistência aos usuários de drogas,
imprimindo uma lógica higienista, excludente e segregados nas práticas de
cuidado para a questão.
Moção de Recomendação
1. Que o Ministério da Saúde e as gestões estaduais trabalhem para modificar
artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal que impõem limites de gastos com
recursos humanos. A mudança recomendada visa permitir a contratação
adequada de trabalhadores para investimento e implantação de políticas
públicas, inclusive na saúde.
2. Ao Estado do RS para seguir a Portaria 2867/08, a qual referenda o repasse
MAC, através da série histórica e não por produção.
3. Que os pequenos municípios com menos de 70 mil habitantes recebam
incentivos financeiros do Ministério da Saúde para implantar ambulatórios
especializados para os segmentos de atendimento a álcool e drogas e para o
atendimento de crianças e adolescentes; O objetivo é respeitar a singularidade
de cada uma destas clínicas e criar condições de dar um atendimento
adequado aos mesmos.
4. Ao Estado do Rio Grande do Sul pelo cumprimento da EC 29 destinando o
mínimo de 12% de recurso próprio para o SUS em ações de saúde conforme
prevê a lei 8080/90.
5. Recomendação:
Que o Estado e a União cumpram a PEC 29, sendo que os municípios
cumpram os percentuais exigidos.
Que sejam disponibilizados aos municípios pequenos recursos federais
ou estaduais a serem aplicados em oficinas terapêuticas, grupos operativos,
ambulatórios etc. Substituindo o CAPS quando a população não é a mínima
exigida.
Que o Estado e a União ampliem a sua participação (estrutura física,
manutenção dos serviços e recursos humanos) na rede de saúde mental não
se limitando somente na disponibilização de leitos psiquiátricos.
Agilizar a liberação dos medicamentos da saúde mental de
responsabilidade do estado.
6. Para além dos Manicômios Judiciários: A reforma psiquiátrica antimanicomial e sua implementação na execução das medidas de segurança! A IV Conferência Nacional de Saúde Mental, a ser realizada entre
os dias 27 e 30 de junho, em Brasília, precedida pelas etapas municipais e/ou
regionais, tem como tema principal “Saúde Mental direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios”. Considerando o caráter
intersetorial da IV Conferência, principalmente o foco do Eixo I: “Saúde Mental
e Políticas de Estado: pactuar caminhos intersetoriais”, abre-se caminho para
um debate profícuo, bem como a pactuação de diretrizes e ações no que diz
respeito à relação da Justiça com as políticas de Saúde Mental.
É fundamental que a IV Conferência Nacional de Saúde Mental aponte para
avanços no tocante à execução de medidas de segurança, inclusive discutindo
em profundidade as instituições manicomiais que em cada Estado recebe
denominações diferentes (hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico,
manicômios judiciários, casas de custódia, etc) que são destinadas para
confinarem vidas a partir da determinação de um “tratamento compulsório”. É
urgente a incorporação dessas questões na construção coletiva e intersetorial
de políticas públicas da Saúde Mental.
De acordo com os dados de 2009 do Departamento Penitenciário Nacional
(DEPEN), são aproximadamente 3.900 pessoas em cumprimento de medida de
segurança no Brasil, a esmagadora maioria confinada em instituições
manicomiais, sendo que os índices apontam para o crescimento dessa
população: em 4 anos houve um aumento de 40,93% (Dez. 2003 a Dez. 2007).
Defendemos que os dispositivos do Código Penal devem ser analisados sob a
luz da Lei Federal mais atual e que versa sobre a mesma matéria, ou seja,
analisado a partir da Lei 10.216/01 (Lei da Reforma Psiquiátrica), no que diz
respeito ao tratamento que será oferecido aos indivíduos submetidos à medida
de segurança.O Código Penal, no que se refere à aplicação das medidas de
segurança, dispõe que se o agente que infringiu a lei for considerado
inimputável, o juiz determinará sua internação (Artigo 26 do Código Penal).
Contudo, de acordo com a Lei 10.216/01, em seu Artigo 4º.: “a internação, em
qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-
hospitalares se mostrarem insuficientes”, dispondo, inclusive, que o tratamento
deverá ter como finalidade permanente a reinserção social do paciente (no § 1º
deste Artigo). Além disso, temos no § 3º que: “é vedada a internação de
pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com
características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos
mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos
enumerados no parágrafo único do art. 2º”.
Se a medida de segurança não tem caráter punitivo – e de direito não tem – a
sua feição terapêutica deve preponderar. Eis o argumento elementar levado à
mesa de discussões. Muda-se o paradigma. A questão deixa de ser focada
unicamente sob o prisma da segurança pública e é acolhida definitivamente
pelos serviços de saúde pública. Não será a cadeia, tampouco o manicômio, o
destino desses homens e dessas mulheres submetidos à internação
psiquiátrica compulsória. (SILVA, Haroldo Caetano, “Implementação da reforma
psiquiátrica na execução de medidas de segurança”, p. 11).
É fundamental que retomemos o disposto na 1ª. Conferência Nacional de
Saúde Mental, buscando efetivar avanços no que se refere à reforma
psiquiátrica na execução de medidas de segurança: “Que se aprofunde a
discussão sobre os manicômios judiciários, visando sua extinção ou profunda
transformação”; bem como as diretrizes da 2ª. Conferência Nacional de Saúde
Mental, que apontava para a extinção de “todos os dispositivos legais que
atribuem periculosidade ao doente mental” e colocava como proposta uma
articulação junto ao Ministério da Justiça,visando: “a extinção dos manicômios
judiciários (‘hospitais de custódia e tratamento psiquiátrico’), de maneira lenta e
gradual, semelhante aquela proposta para os hospitais psiquiátricos, devendo
ser substituídos por modelos alternativos que possibilitem o cumprimento das
medidas de segurança impostas e o recebimento de um tratamento humano e
reabilitador”; e da 3ª. Conferência Nacional de Saúde Mental: “as condições de
funcionamento dos manicômios judiciários (chamados hospitais de custódia e
tratamento psiquiátrico), para onde são encaminhados os pacientes que
cometem delitos, constituem atentados aos direitos humanos, e precisam ser
profundamente reestruturadas”..... “No horizonte da reforma, deve estar
colocada a superação total desse tipo de estabelecimento.””
Vamos avançar na Reforma Psiquiátrica Antimanicomial ao abarcar a execução
de medidas de segurança, espaço em que viceja com maior força o ideário da
periculosidade das pessoas com transtornos psiquiátricos e a lógica de
“tratamento” pelo confinamento e punição! Precisamos, juntos, enfrentar
também este desafio que se coloca no horizonte de nossa luta coletiva!
7. A plenária recomenda e orienta, que o dia 18 de maio – dia nacional de luta
anti manicomial, esteja presente em todos os calendários municipais de
eventos, e que, cada município através da gestão intersetorial, providencie
subsídios financeiros para a realização do evento, bem como total
infraestrutura.
8. A plenária da III Conferência Municipal de Saúde Mental recomenda ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário, de que, quando se tratar de solicitação
de medicamentos via judicial, os mesmos se detenham na lista de
medicamentos a quem compete: união, estados e municípios. Sendo que os
municípios encaminharão listas de medicamentos de sua competência,
conforme pactuação com o Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da
Saúde, pois sabemos que os três entes são co-responsáveis pelo SUS.
9. A plenária orienta e recomenda, ainda, à Prefeitura Municipal de Alegrete, a
criação da CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes).
10. Considerando a atual precariedade da rede substitutiva no município de São
Leopoldo, colocar a Saúde Mental como prioridade de investimento no âmbito
municipal, até a implantação de uma rede adequada às demandas do
município. Considerando a importância da participação de todos os segmentos
na formulação, implementação e monitoramento das políticas de saúde,
apontamos para a baixa representatividade dos gestores da política municipal
de saúde na Iª Conferência Intersetorial de Saúde Mental de São Leopoldo.
Considerando que a Redução de Danos é a diretriz apontada pela Política
Nacional de Atenção aos Usuários de Álcool e outras drogas, reforçamos a
necessidade de que o município implemente tal diretriz no Plano Municipal de
Saúde Municipal a ser elaborado.
11. Nós, participantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental, reafirmamos o
caráter fundamental da participação das páreas de Artes, Pedagogia e
profissões afins das equipes de saúde mental e nas modalidades de formação,
destacando as residências integradas e multiprofissionais em saúde coletiva
12. Em razão das dificuldades apresentadas por vários municípios referente a
inexistência de marco legal que garanta o custeio do envio de delegados para
as Conferências Estaduais – principalmente de usuários e trabalhadores que
não possuem vínculo empregatício com o município, faz-se necessário a
criação e aprovação de legislação específica que ampare os municípios no uso
de se orçamento para tal fim.
13. Considerando a importância propositiva de todos os segmentos para a saúde
mental, recomendamos para que nas próximas conferências seja garantida ida
das delegações para as conferências estadual e nacional de saúde mental por
meio de recursos municipal e estadual.
14. O sub-eixo saúde mental, atenção básica e promoção de saúde recomenda a
inclusão de uma proposta de: revisão do atual financiamento destinado à saúde
mental na atenção básica, uma vez que o mesmo é insuficiente para atender
as necessidades do serviço.
15. Em defesa da participação dos movimentos sociais na formulação de políticas! A instituição das Residências em saúde tem enfrentado muitos
obstáculos, considerando as tensões corporativas, tecnoburocráticas e políticas
que marcam nosso presente. Depois de sancionada a Lei 11.129, de junho de
2005, foram necessários dois anos de intensa mobilização, com importante
participação no CNS, para que a Portaria interministral n° 45 finalmente
instituísse a Comissão Nacional de Residências Multiprofissional em Saúde
(CNRMS) que daria legitimidade e regulação participativa às residências em
saúde, passando a funcionar somente partir de setembro de 2007. Nestes dois
anos de funcionamento, apesar das dificuldades operacionais, por parte do
Ministério da Saúde (MS) e Ministério da Educação (MEC), que prejudicaram o
andamento dos trabalhos, vinha sendo possível manter o espírito democrático
de negociação e construção das residências, fortalecendo suas conexão com a
consolidação do SUS e a democratização da formação em saúde, bem como
mantendo permanente diálogo com os movimentos sociais e profissionais de
área da saúde por meio de seminário e Fóruns Nacionais. A partir de agosto de
2009, unilateralmente, o MS e o MEC deixaram de convocar as reuniões do
pleno da Comissão, suspendendo as negociações públicas e agravando as
tensões e dúvidas em relação à regulamentação, credenciamento e
financiamento de atuais e novos programas. Situação agora bastante
agravada, uma vez que, no dia 12/11/2009, sem qualquer debate público, os
citados Ministérios revogaram a Portaria n° 45, substituindo-a pela Portaria
Interministerial n° 1.077, que “dispõe sobre a Residência Multiprofissional e em
área Profissional da Saúde”, e, entre outras providências, altera a composição
e a dinâmica da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde
(CNRMS). Dentre as alterações promovidas pela Portaria, destacamos como
muito grave a mudança na composição da CNRMS, que amplia a
representação do governo, fragmenta a representação dos diversos segmentos
e deslegitima os fóruns que a compunham (Fórum Nacional de Residentes
Multiprofissionais em Saúde – FNRMS, Fórum Nacional de Tutores e
Preceptores das Residências Multiprofissional e em Área Profissional em
Saúde – FNTP, Fórum Nacional de Coordenadores de Residências
Multiprofissionais e em Área Profissional em Saúde, Fórum das entidades
Nacionais dos trabalhadores da Área da Saúde – Fentas e Fórum Nacional de
Educação das Profissões da Área da Saúde – Fnepas) e, mais grave ainda,
atribui ao governo o poder de designar os representantes dos movimentos, já
que a estes caberia apenas indicar listas tríplices, reacendendo práticas do
período autoritário, a partir das quais o governo definiria os componentes da
Comissão. A nova Portaria também institui um regime presidencialista na
CNRMS, contraindo a dinâmica colegiada até então existentes e bandeira
histórica das lutas pela reforma sanitária. Em descordo com o movimento
antidemocrático a unilateral da gestão do MEC e do MS, os fóruns buscaram
diálogo com o CNS, MAC e MS, onde estivemos presentes, no dia 10/12/2009,
na posse no CNS, em Brasília DF, para articular e informar os atores (usuários,
gestores e trabalhadores) do fato ocorrido. Foi marcada uma reunião para o dia
14/12/2009, com representantes do MEC, MS, CNS e Fóruns ( o relato dessa
reunião está na ata da reunião ordinária do CNS, do dia 13/01/2010). Na
ocasião foi acordado que, seguindo as orientações da portaria 45, os Fóruns
indicariam seus representantes (de residentes, de coordenadores, preceptores,
Trabalhadores de Saúde) e a tarefa prioritária da Comissão seria a organização
de Seminário Nacional para a discussão acerca da composição da comissão e
da política de formação para as Residências em Saúde. Espaço democrático e
de participação popular dos que pensam, vivem, estudam e trabalham a
formação das residências e dos residentes. Porém, fomos surpreendidos pela
publicação de nova portaria interministerial – MEC/MS n° 143 de 09/02/2010 –
nomeando e instituindo a comissão desrespeitando o acordo firmado com o
Conselho Nacional de Saúde e o movimento social. Em 02/032010, essa nova
CNRMS se reuniu pela primeira vez. Diante da atitude autoritária dos dois
Ministérios e entendo a importância estratégica da Residência Multiprofissional
e em Área Profissional em Saúde na aproximação da formação em saúde às
necessidades do SUS, reafirmamos e conclamamos a todos os representantes
nesta oficina a manisfestar-se pela Livre e Democrática participação dos
movimentos sociais na formulação e acompanhamento das políticas de
formação em saúde, modalidade de Residências em Saúde. Porto Alegre, 26
de Março de 2010.
16. Os participantes da III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial
reafirmam a função deliberativa do controle social e a necessidade de
retomada de conceitos e marcos normativos para o funcionamento da
Seguridade Social que articula saúde, assistência social, políticas não
contributivas, e previdência social, como única política contributiva, com vistas
à constituição de um sistema de garantia da proteção social. Apontam ainda a
função estratégica do Ministério Público como agente fiscalizador destas
legislações, expressamente indicado como responsável pelo acompanhamento
da implantação da rede substitutiva pela Lei de Reforma Psiquiátrica do Rio
Grande do Sul e não pela via da “Judicialização” desta Política de Estado.