M O N I T O R I Z A Ç Ã O D O D E S E N V O L V I M E N T O
O R G A N I Z A C I O N A L
D O S
C U I D A D O S D E S A Ú D E P R I M Á R I O S *
II Medição
Agosto / Setembro 2011
Questionário aos presidentes
dos
conselhos clínicos
(Análise detalhada)
Coordenação: Vítor Ramos
Investigadora ENSP/UNL: Patrícia Barbosa
Novembro 2011
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
2
ÍNDICE
ÍNDICE ....................................................................................................................................................................... 2
1. Introdução ........................................................................................................................................................... 3
2. Respostas dos presidentes dos conselhos clínicos ............................................................................. 4
2.1 Taxa de resposta ................................................................................................................................ 4
2.2 Actividade do conselho clínico ..................................................................................................... 5
2.3 Qualificações e competências ....................................................................................................... 6
2.4 Recursos humanos ............................................................................................................................ 7
2.5 Recursos materiais............................................................................................................................ 8
2.6 Apoio regional ..................................................................................................................................... 9
2.7 Desenvolvimento contínuo da qualidade .............................................................................. 10
2.8 Parcerias para a realização de projectos ............................................................................... 11
2.9 Ganhos em saúde ............................................................................................................................. 12
2.10 Governação clínica e de saúde ................................................................................................... 13
2.11 Intervenção em saúde.................................................................................................................... 18
2.12 Suporte à continuidade dos cuidados ..................................................................................... 26
2.13 Comentários adicionais ................................................................................................................. 27
3. Discussão ........................................................................................................................................................... 28
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
3
1. INTRODUÇÃO
O projecto “Monitorização do desenvolvimento organizacional dos cuidados de saúde
primários”, tem por objectivo monitorizar e avaliar progressos, dificuldades, bem como
perspectivas e práticas inovadoras no desenvolvimento organizacional dos cuidados de saúde
primários em Portugal. Esta segunda medição decorreu em Agosto/Setembro de 2011 e
possibilita uma comparação inicial com os resultados da primeira medição realizada em
Abril/Maio de 2011.
Do total dos 1220 questionários enviados obtiveram-se 359 respostas completas, o que
representa uma taxa de resposta de 29,4%, embora tenha havido uma taxa global de resposta
de 35,2%. Tal como na primeira medição deste estudo, algumas respostas foram consideradas
incompletas, por apenas se encontrarem preenchidos alguns campos, em número insuficiente
para um adequado tratamento de dados. Estas foram excluídas da análise e não estão
contabilizadas nas taxas de resposta.
O grupo com maior taxa de resposta foi o dos directores executivos com um valor de 45%. O
grupo com menor taxa de resposta foi o dos presidentes dos conselhos da comunidade, com
uma taxa de resposta de 8% (Quadro 1).
Quadro 1. Taxa de resposta aos questionários da monitorização do desenvolvimento
organizacional dos cuidados de saúde primários – Agosto/ Setembro de 2011
Questionários específicos
Enviados Respostas recebidas
Respostas completas Taxa de resposta (%)
Directores Executivos 69 43 31 45
Presidentes dos Conselhos Clínicos 69 37 29 42
Unidades de Apoio à Gestão 39 17 14 36 Conselhos da Comunidade 48 5 4 8 Unidades de Saúde Familiar 280 100 87 31 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados
396 89 72 18
Unidades de Cuidados na Comunidade 142 65 57 40
Unidades de Saúde Pública 65 26 21 32
Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados
46 19 19 41
Gabinetes do Cidadão 66 28 25 38
Totais 1220 429 359 29
Verifica-se, nesta segunda medição, uma variação no número de potenciais respondentes, que
se pode justificar pela desactualização de contactos, dada a frequente alteração do número de
unidades funcionais que entretanto vão sendo implementadas no terreno, ou ainda pelo facto
de alguns respondentes, na primeira medição, terem seleccionado na plataforma de resposta a
opção “optout”, que impossibilita o envio de questionários para esses endereços.
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2. RESPOSTAS DOS PRESIDENTES DOS CONSELHOS CLÍNICOS
2.1 TAXA DE RESPOSTA
Foram enviados questionários a 69 presidentes de conselhos clínicos, tendo sido recebidas 37
respostas. Destas, 8 foram consideradas incompletas e excluídas da análise, estando apenas
representados 29 presidentes de conselhos clínicos (Quadro 2).
Quadro 2. Taxa de resposta aos questionários enviados aos presidentes dos conselhos
clínicos
Questionário específico Enviados Respostas
recebidas
Respostas
completas
Taxa de
resposta
Presidentes conselhos
clínicos
69 37 29 42%
Quadro 3. Taxa de resposta dos presidentes dos conselhos clínicos, por região de saúde
Região de saúde Questionários
enviados
Respostas
recebidas
Respostas
completas
Taxa de
resposta (%)
Norte 24 12 7 29.2
Centro 15 9 9 60
LVT 21 12 10 47.6
Alentejo 6 3 2 33.3
Algarve 3 1 1 33.3
Total 69 37 29 42 (Continente)
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5
2.2 ACTIVIDADE DO CONSELHO CLÍNICO
A percepção dos presidentes quanto ao nível de actividade dos conselhos clínicos é, em geral,
elevada (58,6%). No Quadro 4 estão transcritos os comentários associados a esta pergunta.
Figura 1. Percepção dos presidentes quanto ao nível de actividade dos conselhos clínicos, por
região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e
Vale do Tejo
Centro Norte
17,20 0
10
33,3
14,324,1
0 0
20
33,3
28,6
58,6
100 100
70
33,3
57,1
0 0 0 0 0 0
Nível baixo (1;2) Nível médio (3) Nível elevado (4;5) NS/NR
Figura 2. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto ao nível
de actividade dos conselhos clínicos, por região de saúde
Quadro 4. Comentários de alguns presidentes quanto ao nível de actividade do seu conselho
clínico
Comentários
Falta de tempo disponível uma vez que exerço clínica com lista superior a 1650 utentes e sou coordenador de uma UCSP. Há boa vontade
O conselho clínico perdeu dois elementos que ainda não foram substituídos.
O conselho clínico está neste momento "amputado" por mobilidade do vogal de saúde pública
Durante mais de 6 meses funcionou com apenas 3 elementos, por razões alheias ao conselho clínico
O facto de os elementos continuarem a exercer em pleno as actividade prévias à integração do conselho clínico dificulta a disponibilidade que o mesmo exige
Estava a ficar bem mas a troika e a instabilidade a nível directivo e de normas veio paralisar as coisas
3,32,7 2,5
3,63,1
3,6
4,8
4 43,6
33,3
Continente Algarve Alentejo LVT Centro Norte
Medição I
Medição II
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6
2.3 QUALIFICAÇÕES E COMPETÊNCIAS
A maioria dos respondentes atribuiu o nível elevado (82,7%) às qualificações e competências
dos profissionais dos conselhos clínicos. De salientar que o nível baixo não foi atribuído por
nenhum respondente. Os comentários relacionados com esta pergunta estão transcritos no
Quadro 5.
Figura 3. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos, quanto às qualificações e
competências dos profissionais, por região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do
Tejo
Centro Norte
0 0 0 0 0 013,8
0 010 11,1
28,6
82,7100 100
9077,8 71,5
3,4 0 0 011,1
0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Figura 4. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto às
qualificações e competências dos profissionais, por região de saúde
3,9 4 4 3,8 3,94,24 4
4,5 4,23,7
4,1
Continente Algarve Alentejo LVT Centro Norte
Medição I
Medição II
Quadro 5. Comentários de alguns presidentes quanto às qualificações e competências dos
profissionais dos conselhos clínicos
Comentários
Ausência de presidente do conselho clínico desde a sua aposentação em Abril 2011
50% dos elementos não desenvolveram as suas competências ou não aplicam os seus conhecimentos relevantes para a sua actividade no conselho clínico
Elementos de qualidade excelente
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7
2.4 RECURSOS HUMANOS
41% dos respondentes considera os recursos humanos de apoio ao conselho clínico como de
nível baixo. As respostas variam de região para região. Estão transcritos no Quadro 6 os
comentários associados a esta pergunta.
Figura 5. Percepção dos presidentes quanto aos recursos humanos de apoio aos conselhos
clínicos, por região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do Tejo
Centro Norte
41,3
0
50 5044,4
28,634,5
100
50
20 22,2
57,1
20,6
0 0
3022,2
14,3
3,4 0 0 011,1
0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Figura 6. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto aos
recursos humanos de apoio aos conselhos clínicos, por região de saúde
2,8
2,32,5
2,9
2,4
3,2
2,6
1
2
2,7
2,3
2,7
Medição I
Medição II
Quadro 6. Comentários de alguns presidentes quanto aos recursos humanos de apoio aos
conselhos clínicos
Comentários
Escassos // O que é isso?
Valor imensurável. Sem o seu apoio e disponibilidade, grande parte das actividades não seriam possíveis
Uma secretária muito disponível, envolvida no projecto de governação, promovendo a melhor comunicação entre os intervenientes, ao optimizar todos os recursos para manter toda a informação bem actualizada e amplamente divulgada
Ausência de secretariado permanente e exclusivo para o conselho clínico
A escassez de recursos humanos não permite todo o apoio que é necessário, apesar do interesse e disponibilidade de todo o pessoal
Só temos uma pessoa que partilhamos com a direcção executiva (é excelente mas insuficiente); agora temos dois POOC
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2.5 RECURSOS MATERIAIS
No total, 48,2% dos respondentes atribuiu o nível elevado aos recursos materiais disponíveis
para o conselho clínico. As respostas variam de acordo com a região de saúde.
Figura 7. Percepção dos presidentes quanto aos recursos materiais dos conselhos clínicos, por
região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do
Tejo
Centro Norte
24,1
0 0
20
33,328,627,6
100
0
40 33,3
0
48,2
0
100
4033,3
71,4
0 0 0 0 0 0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Esta pergunta foi introduzida apenas na segunda medição, pelo que não existe comparação de
médias de resposta.
Os dois comentários relacionados com esta pergunta referem ambos a falta de equipamento
informático e de telefones.
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2.6 APOIO REGIONAL
O apoio recebido por parte da Equipa Regional de Apoio (ERA) varia de região para região.
Mais de metade dos respondentes (55%) atribuiu o nível médio e 17% o nível elevado.
Figura 8. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto ao apoio recebido da
Equipa Regional de Apoio, por região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do
Tejo
Centro Norte
24,1
0 0
20
33,328,6
55,2
100 100
60
33,3
57,1
17,2
0 0
20 22,214,3
3,4 0 0 0
11,1
0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Figura 9. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto ao apoio
recebido das ERA
2,7
3,33
2,3 2,4
3,1
2,73 3 3
2,3
2,7
Medição I
Medição II
O único comentário relacionado com esta pergunta, refere que o apoio da ERA é inexistente.
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2.7 DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO DA QUALIDADE
Mais de metade dos respondentes considera como de nível médio (55,2%) os processos de
desenvolvimento contínuo da qualidade.
Figura 10. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto aos processos de
desenvolvimento contínuo da qualidade, por região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do
Tejo
Centro Norte
10,30 0 0
22,214,3
55,2
0
5060
66,7
42,934,4
100
5040
11,1
42,9
0 0 0 0 0 0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Figura 11. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto aos
processos de desenvolvimento contínuo da qualidade
3,4
2,72,5
2,82,6
2,8
3,3
4
3,5 3,5
2,93,3
Medição I
Medição II
O único comentário associado a esta pergunta refere que tem sido extremamente difícil
manter a qualidade, quanto mais melhorá-la.
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2.8 PARCERIAS PARA A REALIZAÇÃO DE PROJECTOS
44,8% dos respondentes atribuiu o nível médio às parcerias estabelecidas para a realização de
projectos e 31% atribuiu o nível elevado.
Figura 12. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto às parcerias
estabelecidas para a realização de projectos, por região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do
Tejo
Centro Norte
20,7
0 0
20
33,3
14,3
44,8
0 0
5044,4
57,1
31
100 100
30
11,1
28,6
3,4 0 0 011,1
0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Figura 13. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto às
parcerias estabelecidas para a realização de projectos
3
3,7
2
3
2,4
3,4
2,9
4 4
3,1
2,2
3,1
Medição I
Medição II
O único comentário associado a esta pergunta refere que as parcerias estabelecidas com
algumas das juntas de freguesia e municípios têm-se revelado uma aposta conseguida.
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2.9 GANHOS EM SAÚDE
A monitorização e avaliação dos ganhos em saúde foram classificadas como de nível médio por
41% dos respondentes e como de nível elevado por 38%. Os comentários relacionados com
esta pergunta estão transcritos no Quadro 7.
Figura 14. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto à monitorização e
avaliação dos ganhos em saúde, por região de saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do
Tejo
Centro Norte
20,6
0 0
30 33,3
0
41,4
0 0
20
66,757,1
37,9
100 100
50
0
42,9
0 0 0 0 0 0
Nível baixo (1;2)
Nível médio (3)
Nível elevado (4;5)
NS/NR
Figura 15. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto à
monitorização e avaliação dos ganhos em saúde
2,8
2,3
3,5
2,9
2,3
2,93,2
4 4
3,3
2,6
3,4
Medição I
Medição II
Quadro 7. Comentários de alguns presidentes dos conselhos clínicos quanto à monitorização
e avaliação dos ganhos em saúde
Comentários
As mudanças verificadas na composição do conselho clínico têm dificultado a progressão das suas actividades
A monitorização está totalmente dependente da capacidade de tempo pessoal dos 4 elementos do conselho clínico, dada a quase inexistência de apoio
Trabalho pessoal
A monitorização tem sido essencialmente baseada nos dados da contratualização
Tem sido feito um trabalho de monitorização dos indicadores de desempenho dos médicos /enfermeiros das diferentes unidades do ACeS. Mas de que forma se repercutem em ganhos em saúde, ainda é muito cedo para poder ser feita essa avaliação
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13
2.10 GOVERNAÇÃO CLÍNICA E DE SAÚDE
As actividades de governação clínica e de saúde consideradas mais desenvolvidas pelos
presidentes dos conselhos clínicos foram a adaptação local de guias de prática clínica, a
avaliação da efectividade e o uso regular de sistemas de monitorização e controle do
desempenho.
As respostas variam de acordo com as regiões.
Figura 16. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto às actividades de
governação clínica e de saúde – Continente
Outras
Gestão de projectos específicos
Uso regular de sistemas de monitorização e controle do desempenho
Monitorização de guidelines
Implementação das guias de prática clínica ou NOC
Adaptação local de guias de prática clínica ou NOC
Avaliação da satisfação dos utentes
Avaliação da satisfação dos profissionais
Avaliação da equidade dos cuidados e intervenções
Avaliação da eficiência
Avaliação custo/efectividade
Avaliação da efectividade
0
32,2
24,1
58,6
37,9
27,5
41,3
44,8
20,7
13,7
17,2
13,7
0
21,4
34,5
31
27,6
31
20,7
24,1
55,2
58,6
51,7
44,8
0
39,3
37,9
10,3
34,5
41,4
31
27,5
24,1
27,6
31
37,9
100
7,1
3,4
0
0
0
6,9
3,4
0
0
0
3,4
NS/NR
Nível elevado (4;5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1;2)
O único comentário relacionado com esta pergunta refere que estas actividades dizem
respeito a processos igualmente dependentes da capacidade e tempo pessoais dos elementos
dos conselhos clínicos.
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
14
Figura 17. Comparação das médias de resposta das medições I e II do estudo, quanto às actividades de governação clínica e de saúde – Continente
2,9
3,1
2,3
3
3,1
2,5
2,5
3
3,1
3,1
3,1
2,7
2,7
2,1
2,6
2,5
2,4
2,4
3
2,8
2,7
2,7
Gestão de projectos específicos
Uso regular de sistemas de monitorização e controle do …
Monitorização de guidelines
Implementação das guias de prática clínica ou NOC
Adaptação local de guias de prática clínica ou NOC
Avaliação da satisfação dos utentes
Avaliação da satisfação dos profissionais
Avaliação da equidade dos cuidados e intervenções
Avaliação da eficiência
Avaliação custo/efectividade
Avaliação da efectividade
Medição I
Medição II
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
15
Figura 18. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto às actividades de
governação clínica e de saúde – Norte
Outras
Gestão de projectos específicos
Uso regular de sistemas de monitorização e controle do …
Monitorização de guidelines
Implementação das guias de prática clínica ou NOC
Adaptação local de guias de prática clínica ou NOC
Avaliação da satisfação dos utentes
Avaliação da satisfação dos profissionais
Avaliação da equidade dos cuidados e intervenções
Avaliação da eficiência
Avaliação custo/efectividade
Avaliação da efectividade
0
14,3
14,3
42,9
28,6
28,6
14,3
14,3
14,3
14,3
14,3
14,3
0
57,1
28,6
42,9
28,6
14,3
14,3
14,3
57,1
57,1
42,9
28,6
0
14,3
57,2
14,3
42,9
57,1
42,9
57,2
28,6
28,6
42,9
57,1
0
14,3
0
0
0
0
28,6
14,3
0
0
0
0
NS/NR
Nível elevado (4;5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1;2)
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
16
Figura 19. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto às actividades de
governação clínica e de saúde – Centro
Outras
Gestão de projectos específicos
Uso regular de sistemas de monitorização e controle do
desempenho
Monitorização de guidelines
Implementação das guias de prática clínica ou NOC
Adaptação local de guias de prática clínica ou NOC
Avaliação da satisfação dos utentes
Avaliação da satisfação dos profissionais
Avaliação da equidade dos cuidados e intervenções
Avaliação da eficiência
Avaliação custo/efectividade
Avaliação da efectividade
0
77,7
55,5
42,9
28,6
55,6
77,8
77,8
33,3
22,2
44,4
33,3
0
11,1
33,3
42,9
28,6
44,4
0
22,2
44,4
77,8
44,4
66,7
0
11,1
0
14,3
42,9
0
22,2
0
22,2
0
11,1
0
100
0
11,1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
NS/NR
Nível elevado (4;5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1;2)
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
17
Figura 20. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto às actividades de
governação clínica e de saúde – Lisboa e Vale do Tejo
Outras
Gestão de projectos específicos
Uso regular de sistemas de …
Monitorização de guidelines
Implementação das guias de prática …
Adaptação local de guias de prática …
Avaliação da satisfação dos utentes
Avaliação da satisfação dos …
Avaliação da equidade dos cuidados e …
Avaliação da eficiência
Avaliação custo/efectividade
Avaliação da efectividade
0
11,1
10
50
30
10
40
50
20
10
0
0
0
11,1
40
30
30
40
30
20
60
50
80
50
0
66,7
50
20
40
50
30
30
20
40
20
40
0
11,1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
10
NS/NR
Nível elevado (4;5)
Nível médio (3)
Nível baixo (1;2)
Dado o número de respondentes relativamente às regiões do Alentejo (2) e Algarve (1), não se
apresentam as figuras correspondentes, mas deve referir-se que no Alentejo as actividades
consideradas como de nível elevado foram a avaliação custo/ efectividade, a implementação
das guias de prática clínica e a adaptação local das mesmas. No Algarve foram consideradas
como de nível elevado as actividades de avaliação da efectividade, custo/ efectividade e
eficiência, e a implementação das guias de prática clínica e a adaptação local das mesmas.
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
18
2.11 INTERVENÇÃO EM SAÚDE
Tal como na primeira fase do estudo, uma das perguntas do questionário pedia que fosse
atribuído um valor ao desenvolvimento percepcionado para cada uma das áreas de
intervenção em saúde do ACeS na sua globalidade, utilizando uma escala de 0% (inexistente) a
100% (ideal). Para facilitar a apresentação das respostas, agruparam-se os valores atribuídos
em 3 classes: 0 a 33%; 34 a 66% e 67 a 100%. Foi também calculada a média dos valores para
todos os ACeS e para cada região (Quadros 8 a 15).
De acordo com os valores médios das respostas a nível do continente (última coluna da
tabela), verifica-se que as áreas cujo nível de desenvolvimento é superior, são as da saúde
materno - fetal, da saúde infantil e juvenil, da autoridade de saúde, da saúde oral, da saúde
escolar, da saúde cardiovascular e dos cuidados continuados na dependência. As de menor
nível de desenvolvimento são as da saúde ocupacional, da investigação, dos cuidados
paliativos, da saúde mental e da saúde familiar.
Apresenta-se no Quadro 9 uma comparação das médias dos valores atribuídos pelos
presidentes dos conselhos clínicos e pelos directores executivos, aos níveis de
desenvolvimento nos ACeS das diversas áreas de intervenção em saúde consideradas.
Apesar de os valores atribuídos se basearem em percepções subjectivas, é notável a
coincidência das respectivas ordens de grandeza das médias encontradas em 16 das 22 áreas
de intervenção consideradas, se admitirmos o intervalo de 5%. As maiores diferenças
rondaram os 8 pontos percentuais, respectivamente, quanto às percepções do
desenvolvimento das áreas de desenvolvimento contínuo da qualidade (∆ = 8.6) e da saúde
materno - fetal (∆=7.7), seguidas das da saúde infantil e juvenil (∆ = 6.6) e da saúde oral (∆ =
5.9).
Apresenta-se, igualmente, um quadro com as comparações das médias das respostas dos
presidentes dos conselhos clínicos e directores executivos nas duas medições do estudo
(Quadro 10).
A comparação dos valores atribuídos pelos presidentes dos conselhos clínicos e pelos
directores executivos, com um intervalo de quatro meses, evidencia de modo consistente
valores ligeiramente mais elevados na segunda medição na maior parte das áreas de
intervenção consideradas (19 em 22 no caso dos directores executivos e 16 em 22 no caso dos
presidentes dos conselhos clínicos).
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
19
Quadro 8. Percepções dos presidentes dos conselhos clínicos quanto ao desenvolvimento das
áreas de intervenção em saúde – Continente
Área de intervenção 0 a 33
%
34 a 66
%
67 a 100
%
Média
%
Saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar 13.7 37.8 48.5 63.4
Saúde materno-fetal 0 17.2 82.8 79.5
Saúde infantil e juvenil 0 10.2 89.8 79
Saúde mental 27.4 65.6 6.8 43.6
Saúde familiar – práticas específicas de avaliação e
intervenção na família
21.4 35.8 42.8 54.3
Saúde cardiovascular 0 24.3 75.7 71.7
Prevenção oncológica 10.4 41.3 48.3 62.9
Prevenção e controlo de doenças transmissíveis 7.2 46.4 46.4 62.3
Prevenção, detecção e controlo de outros
problemas de saúde comuns
0 39.3 60.7 67.3
Cuidados continuados na dependência 3.6 30.8 65.6 70
Cuidados paliativos 46.4 35.8 17.8 43
Saúde escolar 3.6 24.1 72.3 73.1
Saúde oral 6.9 24.2 68.9 73.6
Projectos específicos de intervenção comunitária 6.8 41.4 51.8 63.6
Saúde pública – âmbito populacional 10.8 50 39.2 59.5
Autoridade de saúde 3.4 3.5 93.1 73.8
Saúde ambiental 6.8 48.3 44.7 65.3
Saúde ocupacional 62.9 33.3 3.7 29.3
Planeamento em saúde em CSP 10.3 51.7 37.9 59.3
Formação e desenvolvimento profissional contínuo 10.3 44.9 44.7 60.2
Desenvolvimento contínuo da qualidade 27.7 41.4 30.9 57.3
Estudos de investigação 46.4 42.9 10.7 37.1
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
20
Quadro 9. Percepções dos directores executivos e dos presidentes dos conselhos clínicos
quanto ao desenvolvimento das áreas de intervenção em saúde (médias dos valores
atribuídos) – Continente
Área de intervenção
Directores
executivos
(médias %)
Presidentes dos
conselhos
clínicos (médias
%)
∆
Saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar 58.9 63.4 4.5
Saúde materno-fetal 71.8 79.5 7.7
Saúde infantil e juvenil 72.4 79 6.6
Saúde mental 41.6 43.6 2
Saúde familiar – práticas específicas de avaliação e
intervenção na família
56.3 54.3 2
Saúde cardiovascular 66.1 71.7 5.6
Prevenção oncológica 65.2 62.9 2.3
Prevenção e controlo de doenças transmissíveis 62.4 62.3 0.1
Prevenção, detecção e controlo de outros
problemas de saúde comuns
64.7 67.3 2.6
Cuidados continuados na dependência 70.2 70 0.2
Cuidados paliativos 45.8 43 2.8
Saúde escolar 74.8 73.1 1.7
Saúde oral 78.9 73 5.9
Projectos específicos de intervenção comunitária 67.9 63.6 4.3
Saúde pública – âmbito populacional 59.3 59.5 0.2
Autoridade de saúde 69.8 73.8 4
Saúde ambiental 65 65.3 0.3
Saúde ocupacional 31.2 29.3 1.9
Planeamento em saúde em CSP 64.8 59.3 5.5
Formação e desenvolvimento profissional
contínuo
58.5 60.2 1.7
Desenvolvimento contínuo da qualidade 48.7 57.3 8.6
Estudos de investigação 32.9 37.1 4.2
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
21
Quadro 10. Comparação das médias de respostas nas duas medições (PCC e DE) – Continente
Área de intervenção
Média (%) DE I
Média (%) DE II
Média (%) PCC
I
Média (%) PCC
II
∆
I
∆
II
Saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar 56,4 58.9 55,1 63.4 1.3 4.5
Saúde materno - fetal 69,9 71.8 73,8 79.5 3.9 7.7
Saúde infantil e juvenil 72,4 72.4 71,8 79 0.6 6.6
Saúde mental 36,5 41.6 47,1 43.6 10.6 2
Saúde familiar – práticas específicas de avaliação e intervenção na família
52,8 56.3 50,1 54.3 2.7 2
Saúde cardiovascular 62,2 66.1 63,8 71.7 1.6 5.6
Prevenção oncológica 62,8 65.2 62,1 62.9 0.7 2.3
Prevenção e controlo de doenças transmissíveis 58,3 62.4 61,7 62.3 3.4 0.1
Prevenção, detecção e controlo de outros problemas de saúde comuns
63,6 64.7 59,4 67.3 4.2 2.6
Cuidados continuados na dependên cia 61,3 70.2 67,8 70 6.5 0.2
Cuidados paliativos 36,4 45.8 37,8 43 1.4 2.8
Saúde escolar 73 74.8 67,5 73.1 5.5 1.7
Saúde oral 71 78.9 78 73 7.0 5.9
Projectos específicos de intervenção comunitária 61 67.9 59,3 63.6 1.7 4.3
Saúde pública – âmbito populacional 57,9 59.3 60,3 59.5 2.4 0.2
Autoridade de saúde 70,7 69.8 73,9 73.8 3.2 4
Saúde ambiental 62,4 65 65 65.3 2.6 0.3
Saúde ocupacional 31,9 31.2 28,1 29.3 3.8 1.9
Planeamento em saúde em CSP 53,5 64.8 61,5 59.3 8.0 5.5
Formação e desenvolvimento profissional contínuo 56,5 58.5 58,3 60.2 1.8 1.7
Desenvolvimento contínuo da qualidade 43,9 48.7 43,9 57.3 0.0 8.6
Estudos de investigação 24,6 32.9 35,4 37.1 10.8 4.2
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
22
Quadro 11. Percepções dos presidentes dos conselhos clínicos quanto ao desenvolvimento
das áreas de intervenção em saúde – Norte
Área de intervenção 0 a 33
%
34 a 66
%
67 a 100
%
Média
%
Saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar 0 28.6 71.5 71
Saúde materno-fetal 0 0 100 62.1
Saúde infantil e juvenil 0 0 100 83.6
Saúde mental 0 85.8 14.3 52.1
Saúde familiar – práticas específicas de avaliação e
intervenção na família
14.3 28.6 57.2 61.4
Saúde cardiovascular 0 42.9 57.2 66.4
Prevenção oncológica 0 42.9 57.2 67.9
Prevenção e controlo de doenças transmissíveis 14.3 28.6 57.2 65.7
Prevenção, detecção e controlo de outros
problemas de saúde comuns
0 42.9 57.2 65
Cuidados continuados na dependência 0 28.6 71.5 71.4
Cuidados paliativos 14.3 71.5 14.3 55
Saúde escolar 0 14.3 85.8 75.7
Saúde oral 14.3 0 85.8 73.6
Projectos específicos de intervenção comunitária 0 42.9 57.2 70
Saúde pública – âmbito populacional 0 71.5 28.6 58.6
Autoridade de saúde 0 14.3 85.8 77.1
Saúde ambiental 14.3 71.5 14.3 55
Saúde ocupacional 28.6 57.2 14.3 47.1
Planeamento em saúde em CSP 0 71.5 28.6 62.1
Formação e desenvolvimento profissional contínuo 0 14.3 85.8 72.9
Desenvolvimento contínuo da qualidade 0 57.2 42.9 65
Estudos de investigação 0 57.2 42.9 62.1
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23
Quadro 12. Percepções dos presidentes dos conselhos clínicos quanto ao desenvolvimento
das áreas de intervenção em saúde – Centro
Área de intervenção 0 a 33
%
34 a 66
%
67 a 100
%
Média
%
Saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar 11.1 44.4 44.4 64.4
Saúde materno-fetal 0 33.3 66.6 76.7
Saúde infantil e juvenil 0 0 100 83.3
Saúde mental 44.5 55.5 0 36.1
Saúde familiar – práticas específicas de avaliação e
intervenção na família
33.3 11.1 55.5 55.6
Saúde cardiovascular 0 22.2 77.8 74.4
Prevenção oncológica 0 44.4 55.6 68.9
Prevenção e controlo de doenças transmissíveis 0 66.6 33.4 59.4
Prevenção, detecção e controlo de outros
problemas de saúde comuns
0 33.3 66.7 67.2
Cuidados continuados na dependência 11.1 33.3 55.6 60
Cuidados paliativos 75 12.5 12.5 23.9
Saúde escolar 0 33.3 55.7 72.2
Saúde oral 0 22.2 77.8 78.9
Projectos específicos de intervenção comunitária 22.2 66.6 11.2 46.1
Saúde pública – âmbito populacional 25 50 25 49.4
Autoridade de saúde 0 0 100 71.7
Saúde ambiental 11.1 44.4 44.5 86.1
Saúde ocupacional 71.5 28.5 0 16.1
Planeamento em saúde em CSP 11.1 55.5 33.4 56.1
Formação e desenvolvimento profissional contínuo 33.3 55.5 11.2 44.4
Desenvolvimento contínuo da qualidade 66.7 33.3 0 36.1
Estudos de investigação 77.7 22.3 0 23.3
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
24
Quadro 13. Percepções dos presidentes dos conselhos clínicos quanto ao desenvolvimento
das áreas de intervenção em saúde – Lisboa e Vale do Tejo
Área de intervenção 0 a 33
%
34 a 66
%
67 a 100
%
Média
%
Saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar 30 40 30 48
Saúde materno-fetal 0 20 80 77.5
Saúde infantil e juvenil 0 30 70 72
Saúde mental 30 70 0 43
Saúde familiar – práticas específicas de avaliação e
intervenção na família
10 60 30 53
Saúde cardiovascular 0 20 80 62.5
Prevenção oncológica 30 50 20 49.5
Prevenção e controlo de doenças transmissíveis 10 50 40 57.5
Prevenção, detecção e controlo de outros
problemas de saúde comuns
0 50 50 59
Cuidados continuados na dependência 0 40 60 73
Cuidados paliativos 50 30 20 43.5
Saúde escolar 10 30 60 69.5
Saúde oral 10 50 40 66
Projectos específicos de intervenção comunitária 0 30 70 69
Saúde pública – âmbito populacional 10 50 40 58.5
Autoridade de saúde 10 0 90 73
Saúde ambiental 0 50 50 66
Saúde ocupacional 70 30 0 26.5
Planeamento em saúde em CSP 20 40 40 57
Formação e desenvolvimento profissional contínuo 0 50 50 65.5
Desenvolvimento contínuo da qualidade 20 50 30 52
Estudos de investigação 30 60 0 30.5
Dado o número reduzido de respondentes relativamente às regiões do Alentejo (2) e Algarve
(1), não se apresentam as figuras correspondentes. No Alentejo as áreas de intervenção com
maior nível de desenvolvimento são as da saúde ambiental, da saúde materno – fetal e dos
projectos de intervenção comunitária. As áreas de menor desenvolvimento são as da
investigação, da saúde familiar e da saúde ocupacional. No Algarve, as áreas cujo nível de
desenvolvimento é superior são as dos cuidados paliativos, da saúde oral, da intervenção
comunitária e do planeamento em cuidados primários. As de menor desenvolvimento são as
da saúde ocupacional, da saúde familiar e da saúde mental.
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
25
A Figura 21 resume as áreas de intervenção com os maiores e menores níveis de
desenvolvimento, para o continente e para as regiões de saúde.
Figura 21. Resumo das áreas de intervenção em saúde, mais e menos desenvolvidas, por
região de saúde
+ -
CONTINENTESaúde materno - fetalSaúde infantil e juvenilAutoridade de saúde
Saúde ocupacionalInvestigaçãoCuidados paliativos
NORTESaúde infantil e juvenilAutoridade de saúdeSaúde escolar
Saúde ocupacionalSaúde mentalCuidados paliativosSaúde ambiental
CENTROSaúde ambientalSaúde infantil e juvenilSaúde oral
Saúde ocupacionalInvestigaçãoCuidados paliativos
LISBOA E VALE DO TEJO
Saúde materno - fetalCuidados continuados na dependênciaAutoridade de saúde
Saúde ocupacionalInvestigaçãoSaúde mental
ALENTEJOSaúde ambientalSaúde materno – fetalProjectos de intervenção comunitária
InvestigaçãoSaúde familiarSaúde ocupacional
ALGARVE Cuidados paliativosSaúde oralIntervenção comunitáriaPlaneamento em CSP
Saúde ocupacionalSaúde familiarSaúde mental
Nota: deve ter-se em conta o baixo número de respondentes no Alentejo (2) e no Algarve (1).
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
26
2.12 SUPORTE À CONTINUIDADE DOS CUIDADOS
A maioria dos respondentes (59%) afirmou que estão implementados processos assistenciais
integrados de suporte à continuidade dos cuidados. As respostas são semelhantes em quase
todas as regiões, à excepção da região Centro onde 33% afirmou não existirem esses
processos. Transcrevem-se no Quadro 14 os comentários relacionados com esta pergunta.
Figura 22. Percepção dos presidentes dos conselhos clínicos quanto à implementação de
processos assistenciais integrados de suporte à continuidade dos cuidados, por região de
saúde
Continente Algarve Alentejo Lisboa e Vale do Tejo
Centro Norte
58,6
100 100
60
22,2
85,7
20,7
0 0
20
33,3
14,320,7
0 0
20
44,4
0
Sim
Não
NS/NR
Esta pergunta só foi feita na segunda medição, pelo que não é possível efectuar comparação
das médias das respostas.
Quadro 14. Comentários dos presidentes dos conselhos clínicos, quanto aos processos
assistenciais integrados de suporte à continuidade de cuidados
Comentários
Duas equipas de cuidados continuados integrados
Equipa de cuidados continuados integrados
Equipa de cuidados continuados integrados e projectos da unidade de cuidados na comunidade
Boa articulação interna entre as unidades funcionais e a unidade de cuidados na comunidade e externa com hospitais de referência
Equipas de cuidados continuados integrados, da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Três unidades de cuidados na comunidade com equipa de cuidados continuados integrados
No âmbito das unidades de cuidados na comunidade
Unidades coordenadoras funcionais (UCF) da criança e do adolescente e materno – neonatal; violência doméstica (intervenção em rede); protocolo de articulação com o hospital na diabetes (em execução)
Unidade de cuidados na comunidade e equipa de cuidados continuados integrados
Assistência aos doentes com insuficiência respiratória crónica com oxigeno terapia domiciliária
Articulação com equipas de gestão de altas dos hospitais de referência, IPO e IPPS locais
Doente diabético, doente dependente integrado em equipa de cuidados continuados integrados
Saúde materno - fetal
Saúde mental na comunidade em articulação com o centro hospitalar e IPSS
H/ACES =TAO = consulta de cirurgia =RCCU =SM
Gestão integrada da diabetes; gestão integrada de medicina física e reabilitação.; cuidados paliativos domiciliários
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
27
2.13 COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Foi dada a possibilidade de, no final do questionário, os presidentes dos conselhos clínicos
deixarem críticas, sugestões ou observações adicionais, as quais se transcrevem no Quadro 15.
Quadro 15. Comentários adicionais dos presidentes dos conselhos clínicos
Comentários
Os conselhos clínicos não têm qualquer apoio da ERA, nem de qualquer estrutura da ARS, nem normas orientadoras ou integradas de actuação comum; seria também necessário um projecto comum de desenvolvimento contínuo da qualidade - o que leva uma disparidade muito grande entre ACeS. Adicionalmente os membros dos conselhos clínicos não têm qualquer subsídio de função, que está previsto na legislação pela qual os ACeS se regulam. Por último, a resposta a este inquérito não permite ao respondente ficar com uma cópia do que respondeu, o que traduz também um pouco o grau de consideração que a administração dedica aos conselhos clínicos dos ACeS. Daí as dúvidas em responder e o atraso na resposta *
Mantenho a impressão de que este questionário não caracteriza devidamente a actividade de governação clínica no ACeS
Este ACeS apresenta um deficit de recursos humanos de cerca de 40%. Com a descontinuidade das prestações de serviços e não contratação de mais profissionais em todas as áreas, o processo de reforma e o seu desenvolvimento ficam seriamente comprometidos
Sugiro que se faça avaliação dos ACeS
*Nota da Equipa de Projecto:
É sempre possível a cada respondente aceder às respostas que deu procedendo da seguinte
forma:
1º pode utilizar o link pessoal que lhe foi enviado e através do qual respondeu ao questionário
(este procedimento só é válido durante o período de tempo em que a plataforma estiver
disponível para aceitar respostas e cuja data limite está sempre indicada na primeira página do
questionário);
2º imprimir as respectivas respostas através da funcionalidade “print screen” para cada uma
das páginas do questionário;
3º em alternativa poderá solicitar por e-mail para [email protected] o envio pessoal do
respectivo questionário preenchido, em formato PDF. Para o efeito, terá que indicar qual o
tipo de órgão de gestão ou unidade funcional a que pertence e qual o endereço de e-mail
associado ao seu questionário (aquele através do qual recebeu o link para responder).
Na próxima medição será incluída em todos os questionários a pergunta a cada respondente
se deseja receber uma cópia PDF do seu questionário finalizado.
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
28
3. DISCUSSÃO
A segunda medição evidencia:
Quadro 16. Principais aspectos evidenciados na segunda medição
Aspectos com evolução positiva (Continente) I II Diferença
entre as
médias
Actividade do conselho clínico 3.3 4.8 +1.5
Monitorização e avaliação dos ganhos em saúde 2.8 3.2 +0.4
Actividades de governação clínica e de saúde
Avaliação da efectividade 2.7 3.1 +0.4
Avaliação custo/efectividade 2.7 3.1 +0.4
Avaliação da eficiência 2.8 3.1 +0.3
Adaptação local de guias de prática clínica 2.5 3.1 +0.6
Implementação das guias de prática clínica 2.6 3 +0.4
Monitorização de guidelines 2.1 2.3 +0.2
Uso regular de sistemas de monitorização e controle
do desempenho
2.7 3.1 +0.4
Gestão de projectos específicos 2.7 2.9 +0.2
Aspectos sem alteração sensível (Continente) I II Diferença
médias
Qualificações e competências dos profissionais 3.9 4 +0.1
Apoio recebido das ERA 2.7 2.7 0
Desenvolvimento contínuo da qualidade 3.4 3.3 -0.1
Parcerias para a realização de projectos 3 2.9 -0.1
Actividades de governação clínica e de saúde
Avaliação da equidade dos cuidados e intervenções 3 3 0
Avaliação da satisfação dos profissionais 2.4 2.5 +0.1
Avaliação da satisfação dos utentes 2.4 2.5 +0.1
Aspectos com evolução negativa (Continente) I II Diferença
médias
Recursos humanos de apoio ao conselho clínico 2.8 2.6 -0.2
Nota: consideram-se áreas de melhoria aquelas em que a diferença entre as médias foi
superior a + 0.1 e com evolução negativa aquelas em que a diferença entre as médias foi
superior a -0.1.
Presidentes Conselhos Clínicos Análise detalhada II Medição Agosto/Setembro 2011
* Projecto de colaboração entre o Ministério da Saúde e a Escola Nacional de Saúde Pública/UNL
29
Nesta segunda medição do projecto “Monitorização do desenvolvimento organizacional dos
cuidados de saúde primários”, são de realçar os seguintes aspectos:
A taxa de participação foi bastante inferior à primeira medição e isso pode ter
enviesado os resultados;
Parece ter havido progressos consistentes, ainda que modestos, em quase todas as
áreas assistenciais e de intervenção em saúde;
O diferencial de percepções entre os presidentes dos conselhos clínicos e os directores
executivos parece ter diminuído, o que pode significar que estão mais coincidentes na
apreciação das suas realidades;
A comparação dos valores atribuídos tanto pelos presidentes dos conselhos clínicos
como pelos directores executivos, com um intervalo de quatro meses, evidencia de
modo consistente valores ligeiramente mais elevados na segunda medição, na maior
parte das áreas de intervenção consideradas (16 em 22 no caso dos presidentes dos
conselhos clínicos e 19 em 22 no caso dos directores executivos);
O Quadro 16 resume a evolução das percepções dos presidentes dos conselhos
clínicos sobre os aspectos em monitorização nas duas medições do estudo;
É de salientar que as diferenças encontradas entre a primeira e a segunda medição
parecem lógicas e dentro do esperado. De notar, por exemplo, o aumento global da
actividade dos conselhos clínicos, da monitorização e avaliação dos ganhos em saúde e
dos respectivos detalhes nos aspectos da efectividade, custo/efectividade, eficiência,
adaptação e implementação local de guias de prática clínica, monitorização de
guidelines, uso regular de sistemas de monitorização e controle do desempenho e
gestão de projectos específicos;
O intervalo entre estas primeiras medições foi de quatro meses, o que parece ser um
intervalo relativamente curto para detectar mudanças assinaláveis. Mesmo assim,
existem indícios de evolução positiva em mais de metade dos aspectos em
monitorização. Haverá uma terceira medição em Janeiro/Fevereiro de 2012 e será
proposta a realização em 2012 de uma segunda fase do projecto, contemplando duas
medições semestrais.
Lisboa, ENSP, Novembro de 2011