8/7/2019 Morte do Papa Joo Paulo II (2005)
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MORTE DO PAPA
JOO PAULO II (2005)
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INFORMAO IMPORTANTE
O texto que se segue uma reproduo escrita, com
pequenas adaptaes e esclarecimentos, do programa exibido
pela Rdio e Televiso de Portugal, 2005 Morte do Papa Joo
Paulo II integrado na srie 50 Anos 50 Notcias, de 2007.
Como tal, cumpre-me esclarecer que toda a informao
constante deste documento foi apresentada pela citada estao
de televiso portuguesa, aquando da exibio do documentrioreferido.
Resta-me recordar, em ltimo lugar, que no ano de 2007 a
Rdio e Televiso de Portugal celebrou o seu quinquagsimo
aniversrio.
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MORTE DO PAPA JOO PAULO II (2005)
2 de Abril de 2005: milhares de fiis juntam-se na Praa de S.Pedro, em Roma. Todos aguardam notcias da sade do Papa
Joo Paulo II.
Caros irmos e irms, s 21 horas e 37 minutos, o nosso
amado e Santo Padre Joo Paulo II voltou Casa do Senhor.
Oremos por ele.
A notcia recebida com profundo silncio.(Aura Miguel, jornalista da Rdio Renascena) Impressionou-
me imenso, porque reinava silncio, as pessoas no
conversavam. Estavam ali praticamente impotentes, de certo
modo era como que a sua presena lhe estivesse a fazer
companhia. uma presena silenciosa, pareciam rvores ali
especadas. Eu at pensei: podiam-se sentar no cho ou Mas
no. Era assim uma atitude, de certo modo, respeitosa. Mas noite era ainda mais impressionante, porque algumas
aproveitavam para rezar.
O cardeal polaco Karol Jzef Wojtya tinha sido eleito Papa em
1978.
(Papa Joo Paulo II, em 1978, aquando da sua eleio)
Poderei exprimir-me na vossa, na nossa lngua italiana. Se me
equivocar se me equivocar, corrijam-me.
Em 455 anos, era o primeiro pontfice no italiano. O atentado
de que foi vtima, em 1981, surpreendeu o Mundo. O Papa
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sobreviveu e, j depois disso, tornou-se um viajante incansvel, o
Papa mais viajado e mais meditico da Histria.
Mesmo nos ltimos anos de vida, marcados pela doena de
Parkinson, Wojtya manteve-se frente da Igreja e sempre em
actividade.
(Aura Miguel) Foi um Papa muito carismtico e as pessoas
amavam-no muito. Ainda hoje, muita gente fala dele com
saudade. Mesmo os no catlicos tinham-no como uma grande
autoridade e referncia moral. Talvez at mais do que isso: era
mesmo, afectivamente, uma pessoa querida. Alguns tratavam-nocomo um av, como se fosse uma pessoa de famlia ou at mais
ainda. Tinham-no como uma referncia.
O Papa esteve trs dias em cmara ardente. Nesses trs dias,
milhares de pessoas rumaram Baslica de S. Pedro para uma
ltima despedida. As cerimnias fnebres tambm foram
acompanhadas por uma multido pesarosa.
(Aura Miguel) O que se passou na morte dele e no funeral foi
um fenmeno extraordinrio. Para mim, foi como uma espcie
de ricochete daquilo que ele deu. Portanto, era como se ele
irradiasse uma ternura e um amor que as pessoas queriam
absorver e foi a maneira como as pessoas do mundo inteiro, das
sensibilidades mais variadas, religiosas ou no, quiseram, de
certo modo, corresponder quilo que ele deu (e deu at ao fim,
como vimos), com esta presena esmagadora absolutamenteextraordinria, inesperada, quase arrasadora, de tanta multido,
para passar uns segundos frente do corpo.