Transcript
  • A NO PERDER...

    15 MAIO | 10h30-12h30PEDDY PAPER NO CASTELOAssinalamos o Dia Internacional da Famlia, convidando descoberta do castelo por meio de perguntas, pistas e enigmas.

    Pblico-alvo: Famlias. Frequncia gratuitaInsc.: [email protected] |212 336 640Limite de inscries: 30 (at s 12h00 de 12 maio)Org.: Cmara Municipal de Palmela

    21 E 22 MAIODIA INTERNACIONAL E NOITE DOS MUSEUSMUSEUS E PAISAGENS CULTURAIS

    21 MAIONoite dos Museus - Municipal de Palmela

    Consultar programa, disponvel brevemente em www.cm-palmela.pt

    22 MAIO | 15H00-18H00 | CASTELO DE PALMELA PRAA DE ARMASDia Internacional dos MuseusPara assinalar o Dia Internacional dos Museus, convidamo-lo a conhecer o espao de Servio Educativo do Museu Municipal de Palmela, local onde esto expostos os nossos recursos pedaggicos e no qual se realizam diversas oficinas dirigidas a diferentes pblicos. Participe!

    Pblico-alvo: Famlias e pblico em geral. Frequncia gratuitaOrg.: Cmara Municipal de Palmela

    28 E 29 MAIO | AUDITRIO DA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE PALMELA14 Curso sobre Ordens Militares A MONARQUIA PORTUGUESA E AS ORDENS MILITARES (I Dinastia)

    Consultor Cientfico: Professor Doutor Hermenegildo FernandesConsultar programa em www.cm-palmela.ptOrg.: Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago - Municpio de PalmelaCentro de Histria da Universidade de Lisboa

    n 48 maio 2016

    notcias do Museu Municipal de Palmela

    Castelo de Palmela

  • MUSEUS E PAISAGENS CULTURAIS

    A Arrbida , indubitavelmente, um territrio com paisagem imponente: as escarpas, os cumes, as grutas, o mar, copulam num latejar permanente de vida. E assim h milhares de anos. O homem comeou por encontrar, aqui, um espao de abrigo e de sustento. O impacto da sua ao, ainda que algumas vezes questionvel, tem evoludo para uma apropriao mais sustentvel que permite uma comunho entre as atividades que promove e os ecossistemas.

    Fruto deste devir, a Associao de Municpios da Regio de Setbal, o Instituto de Conservao da Natureza e Florestas e os municpios de Palmela, Setbal e Sesimbra, uniram-se com o propsito de sublinhar a importncia da Arrbida, enquanto paisagem cultural que queremos preservar e valorizar. Todos devemos participar neste processo de reconhecimento do territrio onde habitamos; todos devemos dar opinio.

    No passado dia 14 de abril, realizou-se a apresentao pblica da Candidatura da Arrbida a Reserva da Biosfera. Existem, em Portugal, 10 stios j classificados. Este ano, no Per, foram aprovadas pelo Comit de Coordenao Internacional do Programa Cientfico O Homem e a Biosfera (Man and Biosphere - MAB), da UNESCO, as candidaturas da Reserva da Biosfera Transfronteiria Tejo/Tajo Internacional, apresentada por Portugal e Espanha, e a Reserva da Biosfera Fajs de S. Jorge, nos Aores. objetivo destas Reservas promover o desenvolvimento sustentvel do territrio, numa simbiose entre a atividade humana e a natureza.

    Mais info.: http://tinyurl.com/hlvwymy

    A aldeia de Quinta do Anjo parte indissocivel desta paisagem. Nela se reconhece e atua, criando vnculos que persistem na memria.

    Eu lembro-me do burro andar de nora a tirar gua. A nora ficava encostada ao tanque. E essa gua no era a que servia para as pessoas lavarem, pagavam x pela roupa que lavavam. E as pessoas iam depois pr a roupa a corar no campo de futebol, com grande arrelia do Ginja que tinha que limpar o campo porque as pessoas punham pedras para a roupa no fugir. Ento depois foi proibido as pessoas ir l pr no campo. Entretanto esses tanques que eram particulares acabaram tambm. Depois as pessoas comearam a vir lavar para aqui [Tanquinhos], as pessoas que moravam aqui mais perto. E comearam com aqueles tanquezinhos [pequenos e individuais], que eu ainda l tenho no quintal, antes de aparecerem as mquinas da roupa. E iam lavar aos Olhos dgua, que era a que a minha me gostava de ir lavar a roupa. Dizia ela que at a roupa cheirava bem. De manh, no burro, punha a roupa de um lado e a luzia do outro. E ia () exceto na altura da Festa da Moita, porque os touros podiam fugir () nessa semana no amos

    Prazeres, Conversas na Aldeia (Quinta do Anjo), junho de 2012

    Lavadeira (?), Quinta do Anjo. Foto de Jos Artur Leito Brcia, incio do sculo XX

    notcias do Museu Municipal de Palmela

    n 48 maio 2016

  • PEA DO MS

    Designao: PanelaProvenincia: Alto da Queimada (Sector II) | Q. O-9, [U.E. 2D].Inventrio: A.Q.04.13 (Matriz 2004.01.1079)Cronologia: Sculo XDimenses: Altura: 120 mm; Largura: 240 mm; do bordo: 140 mm

    Recipiente cermico, de grandes dimenses, apresenta bordo extrovertido e espessado, com lbio semicircular; o colo curto, mas demarcado e o corpo de formato globular encontra-se marcado por caneluras. Esta panela tem as superfcies revestidas por engobe castanho e terminaria com uma base plana ou eventualmente convexa. Possua duas asas verticais opostas, de seco oval com depresso central, que nascem no bordo.

    A panela, recolhida no povoado rural do Alto da Queimada (escavao de 2004), teve uma utilizao exclusivamente culinria pela populao muulmana ali residente. Produzida a torno lento, ostenta evidentes marcas de fogo, resultado da sua exposio s brasas a fogo suave, possibilitando uma cozedura lenta. Estes recipientes poderiam ser tapados, caso o tipo de cozinhado o exigisse.

    No perodo Medieval Islmico, a sua utilizao era muito vulgar entre os muulmanos, talvez por serem versteis e prticas para confeccionar sopas, cozidos e ensopados mas tambm para assar e guisar. Estas peas eram elementares em todas as cozinhas do Al--Andaluz, e surgem em grande quantidade no registo arqueolgico, nos mais variados formatos e tamanhos, durante um vasto perodo cronolgico.

    BIBLIOGRAFIAFERNANDES, I.C.F., CARDOSO, J.L. e DETRY, C. (2012) Cozinhar e Comer no Castelo Medieval de Palmela, in GOMEZ MARTINEZ, S. (Coord.) Memria dos Sabores do Mediterrneo. Mrtola: Campo Arqueolgico de Mrtola, pp. 113-127.FERNANDES, I.C.F. e SANTOS, M. (2008) Palmela Arqueolgica. Espaos, Vivncias, Poderes. Roteiro da exposio. Palmela: Cmara Municipal.FERNANDES, I.C.F. (2012) Palmela Medieval e Moderna: a leitura arqueolgica, in FERNANDES, I.C.F. e SANTOS, M.T. (Coord.) Palmela Arqueolgica no Contexto da Regio Interestuarina Sado-Tejo. Palmela: Cmara Municipal, pp. 111-132.MACIAS, S. e TORRES, C. (1998) Consumo Alimentar e Utenslios de Cozinha, in DIOGO, J. e ABRAOS, H. (coord.) - Actas das 2.as Jornadas de Cermica Medieval e Ps-medieval. Mtodos e resultados para o seu estudo. Porto: Cmara Municipal de Tondela, pp. 67-79.

    Fotografia: Bruno Damas, 2014

    notcias do Museu Municipal de Palmela

    n 48 maio 2016

    NAO_PERDERMEM_SOCIALPECA_MES

    Boto 11: Boto 7: Boto 10: Boto 12: Boto 8: Boto 13: