Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO MÓVEL SEM FIO NA APRENDIZAGEM
Rosiclei Salete Martini1 Miriam Adalgisa Bedim Godoy2
Resumo
Neste artigo apresentam-se as análises dos dados coletados dos estudos realizados durante o
processo da implementação pedagógica do Projeto sobre a relação da educação e as Tecnologias da
Informação Móveis. Elaborado junto aos professores e pedagogos, teve como objetivo a reflexão
sobre esta relação, a fim de apontar possibilidades de uso pedagógico e contribuir com as práticas de
formação continuada de professores. Dessa forma, buscou-se trabalhar as tecnologias educacionais
da atual política pública de inclusão digital implantada pela Secretaria de Educação de Estado do
Paraná nas escolas públicas, pois apenas manipular tecnicamente esses recursos não influencia no
processo de ensino-aprendizagem. Faz-se necessário estudá-los mais profundamente, pois levou-se
em conta que no ambiente escolar encontram-se educadores cujas épocas de formação para o
exercício do magistério diferem. Isso faz com que surjam questionamentos sobre a impossibilidade de
alguns professores em terem, durante o período de sua formação, acesso aos recursos tecnológicos.
Nesse sentido evidencia-se a necessidade de uma formação continuada que venha suprir esta
carência, que lhes permita conhecer e fazer uso das tecnologias em sala de aula, levando-se em
consideração que eles estão em contato permanente com alunos. Estes, por sua vez, estão em
contato frequente com ferramentas de comunicação móveis, com a internet, o uso de blogs, redes
sociais. Sendo assim, viu-se que as tecnologias sem fio oferecem amplas possibilidades de uso em
sala de aula, mas exigem uma metodologia própria para que o professor possa incluí-las como apoio
pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Formação continuada. Tecnologias móveis. Aprendizagem.
1. Introdução
A facilidade de acesso, popularização e as modificações nos processos de
produção e serviços são decorrentes da acelerada renovação dos meios
tecnológicos, que trouxeram importantes transformações nas relações de serviços,
comunicação e informação de tempo e de espaço.
O uso de computadores e da internet apresentam novos desafios à escola,
que não pode ignorar. As constantes mudanças das tecnologias desencadeiam
muitas transformações na forma de como se constrói o conhecimento, requerendo
1 Especialista em orientação, Supervisão e Administração Escolar. Professora e Pedagoga da Rede
Pública de Educação do Estado do Paraná. Pesquisadora do uso das TIM’s na Escola Pública do Paraná. 2 Professora do Curso de Pedagogia Presencial e a Distância da Unicentro – Irati.
um estímulo para o uso das TIMs (Tecnologia de Informação Móveis) por parte dos
professores, exigindo deles a disposição para um aprendizado contínuo.
Considerando a utilização das tecnologias da informação e comunicação no
contexto escolar efetivamente como ferramenta de ensino facilitadora da
aprendizagem dos alunos, que está fortemente influenciada pela formação docente,
seja ela inicial ou continuada, decidiu-se averiguar como se dá a relação entre
formação docente e o uso das tecnologias no processo educativo.
Sendo a formação do professor “o ponto chave para a modernização do
ensino”’, a atualização constante do professor é requisito essencial a essa inovação,
compreendendo a sua disciplina específica, as metodologias de ensino e as novas
tecnologias, que devem compor a preparação do professor para que em seu
trabalho atenda as exigências presentes nos setores da sociedade, no sentido de
formar um ser autônomo (GUIMARÃES, 2008, p. 35).
Este artigo apresenta um recorte do projeto de intervenção pedagógica
aplicado a 20 (vinte) participantes: o Diretor Auxiliar, Professores Pedagogos,
Agentes de Apoio I e II, Professores da Casa Familiar Rural, e demais profissionais
pertencentes à mesma escola de atuação da professora PDE.
A temática proposta para o projeto de intervenção pedagógica consistiu no
professor, sua formação, rotina de trabalho, desempenho em sala de aula,
interações com as mídias e demandas da sociedade atual com relação às
tecnologias e a internet, enfocando a percepção que esses educadores vivenciam
frente às dificuldades quanto ao uso de tecnologias em sala de aula.
Questões relevantes sobre as dificuldades na formação docente incluíram o
como enfrentar os desafios educacionais vigentes na era das Tecnologias Móveis e
o uso da internet em sala de aula. A importância da formação continuada na
atualidade diante de tal necessidade e o como integrar o uso das Tecnologias no
ensino-aprendizagem também foram pontos de destaque nesta investigação.
O ponto de partida que levou a preparação do projeto “Contribuições das
Tecnologias da Informação Móvel sem Fio na Aprendizagem (TIMs)”, foi a
necessidade de reflexão sobre a ação docente devidamente apoiada por um
referencial teórico que desse sustentação à prática escolar atual, por meio da
realização de um questionamento junto aos professores acerca de suas
necessidades mais urgentes.
Os docentes apontaram como grande desafio conhecer os recursos
tecnológicos e a aplicabilidade das ferramentas da internet no contexto da
aprendizagem como recursos pedagógicos, para contribuir com o trabalho em sala
de aula e mudar o processo de ensino-aprendizagem.
A partir disso pensou-se em estudar tais recursos de forma mais
aprofundada e oportunizar o conhecimento obtido aos docentes, pois estes buscam,
de fato, por melhor compreender os processos possíveis de aprendizagem com o
uso da internet. Outro tema envolveu suas relações com as diferentes dimensões do
fazer pedagógico a fim de possibilitar reflexão e discussão sobre a importância da
mediação do docente em relação ao uso dessas tecnologias em rede e on-line,
numa interação entre prática-teoria-prática.
O objetivo do projeto de intervenção pedagógica foi investigar a relação
entre formação docente e o uso de tecnologias no processo educativo. Os
resultados dessa aplicação serão apresentados neste artigo, utilizando textos do
Caderno Pedagógico e contribuições de professores do GTR.
2. Comunicação, informação e tecnologia na formação docente
2.1. A tecnologia na contemporaneidade e a adesão das pessoas a um novo
conceito de comunicação
O uso das tecnologias está tão incorporado aos hábitos pessoais e culturais
que, de certa forma, já não se consegue mais se imaginar vivendo sem os recursos
e confortos possibilitados por elas no dia a dia. Kensky (2007) afirma que:
A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. A ampliação e banalização do uso de determinada tecnologia impõe-se à cultura existente e transformam não apenas o comportamento individual, mas o de todo grupo social (KENSKY, 2007, p. 21).
Diante da realidade atual, constatar a presença da tecnologia no dia a dia e
as evidentes mudanças por sua influência direta ou indireta não é difícil, basta
observar o comportamento, já que
Desta forma, as tecnologias estão presentes nas ações das pessoas, como estudar, realizar atividades domésticas, trabalhar etc. fazendo com que os frutos dos mais variados tipos de tecnologias já se espalham em todos os setores da sociedade, em alguns momentos até acriticamente, pois muitos acabam fazendo uso das tecnologias devido ao grande incentivo da mídia ou por modismos (NOGUEIRA et al., 2013, p.3).
Neste cenário, a dinâmica do mundo moderno impõe, em todas as áreas,
que haja profissionais questionadores e dinâmicos, que ultrapassem os limites da
simples execução. A capacidade de pensar e decidir são essenciais para a
assimilação de mudanças e para o confronto com desafios que surgem todos os
dias.
Quando se fala em tecnologias é essencial compreender o seu conceito,
como “conjunto de conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao
planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado
tipo de atividade” (KENSKI, 2009, p.24).
Também Silva e Mendanha (2014) definem a tecnologia, em relação à
educação, especialmente, como sendo “Um conjunto de conhecimentos e princípios
que dá suplemento a Ciência na busca de resultados” (SILVA; MENDANHA, 2014,
p, 4).
A rapidez do desenvolvimento tecnológico na atualidade leva a formação de
conceitos como o das novas tecnologias que, por vezes, pode ser confundido com
inovação, sendo difícil estabelecer limite de tempo e espaço, pois esse é virtual,
daquilo que considera-se “novos”, principalmente tratando-se de conhecimentos de
eletrônica, microeletrônica e telecomunicações, pois evoluem rapidamente estando
em constante transformação.
Na educação, o ingresso de tecnologias vem agregado ao propósito de
facilitação da aprendizagem e das interações que podem ser oportunizadas ao aluno
e à informática, conforme dispõem Mainart e Santos (2010):
Os meios eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades para ficarem restritos à transmissão e memorização de informações. Permitem a interação com diferentes formas de representação simbólica - gráficos, textos, notas musicais, movimentos, ícones, imagens - e podem ser
importantes fontes de informação, da mesma forma que textos, livros, revistas, jornais da mídia impressa. Entrevistas, debates, documentários, filmes, novelas, músicas, noticiários, softwares, CD-ROM, BBS e Internet são apenas alguns exemplos de formatos diferentes de comunicação e informação possíveis utilizando-se esses meios (MAINART; SANTOS, 2010, p. 4).
Segundo Lévy (1996), "as pessoas não apenas são levadas a mudar várias
vezes de profissão em sua vida, como também, no interior da mesma profissão”,
pois “os conhecimentos têm um ciclo de renovação cada vez mais curto” (LÉVY
1996, p. 54). E ainda, continua ele, "a própria noção de profissão torna-se cada vez
mais problemática" (LÉVY 1999, p. 173).
2.1.1 As tecnologias móveis
Observa-se continuamente as mudanças culturais que as tecnologias
móveis propiciam, da importância e até da necessidade de se estar conectado,
considerando-se significativamente no estilo de vida de cada um, seja na vida
privada ou no mundo do trabalho, pois esta mobilidade permitida pelas tecnologias
de informação móvel sem fio confere-lhes uma multiplicidade de ações, como a
realização de qualquer atividade onde quer que estejam e de forma quase que
instantânea (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2000).
Dessa forma, a maioria dos profissionais têm se preparado para a sua
profissão de forma dinâmica, acompanhando todas as mudanças que nela ocorrem
ao longo do tempo, ainda que a exerça por toda a sua vida (PIMENTA, 2009), uma
vez que:
Os conhecimentos e habilidades empregados em um campo profissional já não são estáveis; em intervalos de tempo cada vez mais curtos, transformam-se ou, até mesmo, tornam-se obsoletos. Além de novas formas de trabalho, as crescentes demandas resultantes dos avanços que a ciência introduz nas áreas técnicas e tecnológicas, nos sistemas de comunicação, de transporte, e mesmo nas formas de relação, organização, lazer, etc. requerem o acesso a novas informações, o desenvolvimento de novas habilidades para a adaptação e a assimilação destas mudanças (PEDROSA, 2003, p.70).
Diante desses avanços científico-tecnológicos que facilitam a aquisição de
conhecimentos e informações fora da escola, é necessário abordar questões como:
“O que hoje a escola faz e para que? Ela responde às necessidades sociais da
atualidade?” (GASPARIN, 2005, p.1). Isto porque em razão das mudanças
processadas na sociedade, há uma tendência em compreender a escola como
substituível por “computadores e outros equipamentos tecnológicos, por meio dos
quais o educando adquire conhecimento” (Idem).
Ainda conforme Gasparin, as novas tecnologias são instrumentos de auxílio
e de intermediação no ensino-aprendizagem, em sua forma presencial, física e
virtual, essa última criada para a aprendizagem à distância. Neste sentido,
segundo o autor,
As novas tecnologias são instrumentos de auto-aprendizagem e interaprendizagem. Seu uso adequado requer que sejam escolhidas, planejadas e usadas de forma integrada, atendendo aos objetivos previstos, de modo que a aprendizagem significativa aconteça. Essas novas tecnologias têm como característica essencial serem instrumentos de apoio ao processo ensino-aprendizagem. Por isso, é necessário que o professor assuma uma nova perspectiva para seu papel de mediador do conhecimento (IDEM, p. 113).
Silva e Mendanha (2014) por sua vez, afirmam que:
A ciência, a tecnologia, e a educação sempre andaram juntas. A ciência sendo um conjunto de resultados obtidos a partir de pesquisas, experimentos, não pode deixar que exista uma dicotomia entre tecnologia e educação. Assim, considerando a importância da tecnologia e da educação, cuja parcela é significativa no processo de construção do conhecimento, transmuta-se em peça chave na interação entre ciência e tecnologia (SILVA; MENDANHA, 2014, p. 4).
Acerca das tecnologias e de seu ingresso na escola, entende-se a sua
importância na formação do professor e na formação continuada, como uma
exigência dos avanços tecnológicos e de novas formas de ensino e aprendizagem.
2.2. A formação continuada e o acesso aos recursos tecnológicos: o que é preciso
aprender
É importante destacar que a formação continuada do professor é assunto
constante nas diretrizes da escola, senão veja-se:
A formação continuada em serviço é uma necessidade, e para tanto é preciso que se garantam jornadas com tempo para estudo, leitura e discussão entre professores, dando condições para que possam ter acesso às informações mais atualizadas na área da educação (PPP, 2011, p. 24).
E assim compreendida, a formação do professor deve ser permeada por
recursos que lhe permitam construir um conhecimento acerca das técnicas
computacionais, bem como adquira domínio sobre a integração do computador na
sua prática pedagógica pela superação de barreiras de ordem administrativa e
pedagógica.
Iniciativas dessa natureza permitem pensar na transição de “um sistema
fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo e voltada
para a resolução de problemas específicos do interesse de cada aluno” (VALENTE;
ALMEIDA, 1997, p.26).
Para tanto, é imprescindível que a instituição possibilite ao professor
contextualizar o aprendizado e a experiência vividas em sua formação para a sala
de aula, promovendo o atendimento às necessidades dos alunos em vinculação com
os objetivos pedagógicos desejados, uma vez que, de acordo com Gasparin (2005,
p. 120):
A escola e o currículo não estão dando conta de acompanhar essas mudanças da sociedade e de preparar seus alunos e alunas para um mundo que é bem diferente daquele para o qual, por exemplo, nós fomos preparados. Essa escola que se mostra obsoleta, mas que se mantém como o mundo não houvesse mudado nos últimos 100 anos (GASPARIN, 2005, p. 120).
Dessa forma, é importante trazer para esta discussão os apontamentos de
Sánchez Vásquez (1968) e as suas considerações acerca da teoria e da prática:
A teoria em si [...] não transforma o mundo. Pode contribuir para a sua transformação, mas para isso tem que sair de si mesma, e, em primeiro lugar tem que ser assimilada pelos que vão ocasionar, com seus atos reais, efetivos, tal transformação. Entre teoria e a atividade prática transformadora se insere um trabalho de educação das consciências, de organização; tudo isso como passagem indispensável para desenvolver ações reais, efetivas. Nesse sentido, uma teoria é prática na medida em que materializa, através de uma série de mediações, o que antes só existia idealmente, como conhecimento da realidade ou antecipação ideal de sua transformação (SÁNCHEZ VÁSQUEZ, 1968, p.206-7 apud SAVIANI, 2003, p.73).
Ao educar-se, em continuum, o homem necessita criar, desenvolver
cotidianamente a sua capacidade de interagir com a natureza, produzindo
instrumentos mediante utilização de um conhecimento científico para aplicar a
técnica e ”modificar, melhorar, aprimorar os produtos oriundos do processo de
interação deste com a natureza e com os demais seres humanos” (SILVA;
MENDANHA, 2014, p.3).
Entretanto, é preciso considerar que no ambiente escolar encontram-se
educadores cujas épocas de formação para o exercício do magistério diferem,
fazendo surgir o questionamento a respeito de que, se nem todos tiveram no período
de sua formação acesso aos recursos tecnológicos, existe aqui uma lacuna a ser
preenchida (SACRISTÁN, 2000).
Nesse sentido evidencia-se a necessidade de uma formação continuada, da
discussão democrática e coletiva que venha suprir esta carência, que enfatize o
conhecimento das tecnologias e seu uso. É preciso interpretar e incluir esses
conhecimentos no planejamento escolar e, consequentemente, levar as tecnologias
para a sala de aula, uma vez que são os professores que estão em contato
permanente com alunos que, por sua vez, não raro fazem uso frequente das
ferramentas de comunicação móveis, como smartphones, tablets e outros recursos
digitais.
Pensando-se nisso, vê-se que as novas tecnologias por si só não são
suficientes, mas devem ser aliadas ao processo de ensino aprendizagem. São
muitos os autores que se fundamentam no materialismo histórico dialético que
orientam para que sempre se faça essa análise (GASPARIN, 2005).
3. Metodologia
A pesquisa foi realizada por meio de estudos, cursos, seminários, palestras
e encontros. O processo de implementação para ser aplicado com os docentes na
escola, foi planejado, organizado e construído com o estudo teórico. A parte prática
valeu-se das ferramentas da web, como aplicativos, softwares e a criação dos
tutoriais. Foi organizado um cronograma pré-definido, sendo escolhido para isso um
Projeto de Extensão com a aplicação de um curso com duração de 40 horas. Este
curso teve certificação da IES, elaborado com o requerimento da orientadora.
O trabalho de implementação na escola teve início com os professores em
08 (oito) encontros formais de quatro horas cada um, e também foram estabelecidas
mais 8 (oito) horas à distância. Na realidade, o trabalho começou no momento da
pesquisa com relação às dificuldades e necessidades dos docentes.
Durante a implementação pedagógica ocorreu uma atividade pela
Plataforma Moodle, ou seja, o Grupo de Trabalho em Rede (GTR) que se constitui
em uma das atividades do PDE. Caracteriza-se pela interação virtual entre os
Professores PDE e os demais professores que fazem parte da Rede Pública
Estadual de várias regiões do Estado do Paraná que, dessa maneira, têm a
oportunidade de disponibilizar suas ideias e impressões por meio da socialização
dos conhecimentos adquiridos. Isso se deu através do Projeto de Intervenção
Pedagógica na Escola e da Produção Didático-Pedagógica.
Essa interatividade com os professores possibilitou receber um feedback
relacionado ao trabalho realizado e da viabilidade de aplicação da proposta.
Destaca-se que o GTR também procura promover a inclusão virtual do professor
como forma de democratizar o acesso da Educação Básica aos conhecimentos
teórico- práticos específicos das áreas/disciplinas trabalhados no Programa.
Os professores inscritos no GTR discutiram e opinaram sobre a inserção dos
recursos tecnológicos disponibilizados à educação. Foram realizadas muitas trocas
de ideias e foi possível saber como as demais escolas estão assimilando o processo
de introduzir as novas tecnologias disponíveis de forma pedagógica e quais são os
entraves encontrados.
Para compreender melhor o processo de implementação, relata-se cada
etapa ocorrida. Estes encontros aconteceram durante o primeiro semestre do ano de
2014, entre os meses de fevereiro a maio, com os 20 (vinte) participantes já
referidos.
4. Resultados e discussão
4.1 Primeiro encontro de quatro horas
No primeiro momento foi realizada a apresentação do Projeto de Intervenção
Pedagógica aos cursistas, a fundamentação teórica e os objetivos. Na sequência foi
apresentado o Caderno Pedagógico, seus objetivos, o cronograma de atividades e a
metodologia do curso.
Em seguida foi realizada uma análise e discussão dos questionários que
foram aplicados aos professores visando identificar a possibilidade de inserir no
planejamento escolar o uso de tecnologias, pois é no planejamento de ensino que o
professor prevê os recursos para o desenvolvimento de suas aulas.
A discussão, portanto, deu-se com o seguinte contexto: considerando que a
aplicação ocorreu com um ano de antecedência, o fato de que a organização do
calendário escolar muda e também os horários de aulas dos professores e a
disponibilidade das escolas em que eles trabalham, não se caracterizou coincidência
entre os professores que responderam aos questionários e aqueles que vieram
participar do curso.
No segundo momento assistiram-se e discutiram-se dois vídeos: “A
Tecnologia em sala de aula” (20min), e “We all want to be Young” (9’05s). Foi
proposto um debate sobre o conteúdo dos vídeos e, após as considerações,
realizou-se a leitura do artigo “Três bases para um novo modelo de formação”.
Concluída essa parte com uma síntese procurou-se responder às questões: como
Nóvoa enfatiza a observação e análise de situações do cotidiano escolar? Como
você vê a necessidade da criação de uma nova realidade organizacional nas
escolas, integração de professores da rede versus formadores de professores
(universidade)?
De acordo com o planejado neste primeiro encontro, e com a preocupação
de que algum recurso tecnológico não funcionasse, foram colocadas atividades a
mais, que não foram utilizadas, a exemplo de alguns textos que foram
disponibilizados em cópias para cada um dos participantes, bem como os vídeos,
uma vez terem sido reservadas 8 (oito) horas de atividades à distância.
4.2. Segundo Encontro de 4 horas
No primeiro momento o grande grupo foi dividido em 4 (quatro) grupos de 5
(cinco) pessoas para a leitura de um texto diferente para cada grupo (a seguir
relacionados) de diferentes autores para leitura e análise.
Após a leitura, os participantes compartilharam a síntese ao grande grupo
respondendo: título do texto, autor(es) e qual a importância que o(s) referido(s)
autor(es) dão para a inserção de tecnologias no fazer pedagógico?
Texto 1 – “Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação”, de Vani
Moreira Kenski.
Texto 2 – “Educação e cibercultura”, de Pierre Lévy.
Texto 3 – “Novas tecnologias e mediação pedagógica” de José Manoel
Moran; Marcos Masetto; Marcos T. e Marilda Behrens.
Texto 4 – “As mídias na educação” de José Manoel Moran.
Foi interessante a postura dos professores no momento de compartilhar a
síntese entre eles, de perceberem que eles têm as condições necessárias de inserir
as TIMs em seus planejamentos de aula, que eles poderiam incluir, aos poucos,
algumas das sugestões das oficinas e que precisavam se sentir seguros para fazer
isso. Por meio desse momento de reflexão, com leitura de textos e vídeos
pertinentes ao tema puderam perceber a necessidade de tal atitude.
No segundo momento foram apresentados vídeos dos professores: José
Manoel Moran, Marilda Behrens , “Educação do século XXI” e Patricia Lupion Torres
“Aprendizagem colaborativa” que abordam o uso da internet na educação, em temas
como aplicação das diferentes mídias na educação e a aprendizagem colaborativa.
Na sequência, esses dois encontros iniciais foram analisados e avaliados.
Nesta oficina também não foi utilizado todo o material, mas colocado à
disposição de cada participante do grupo. Tais materiais foram ofertados através das
pesquisas, porque o assunto foi se tornando importante e os professores queriam
falar a respeito dos seus anseios em relação ao uso de tecnologias educacionais e
de como poderiam inserir as TIMs em sala de aula, bem como dos prós e contras
que poderiam acontecer.
4.3. Terceiro encontro de 4 horas
A partir desse terceiro encontro para a implementação das oficinas
pedagógicas, fez-se o uso de um laboratório, o Programa Paraná Digital (PRD) e
PROINFO, onde há muitos computadores, tela interativa e datashow para a
apresentação das oficinas e seus tutoriais.
Inicialmente, há de se ressaltar que, apesar de cada oficina ter suas próprias
características, cada uma se integra às demais, colaborando para a contemplação
do objetivo maior da pesquisa que é o de contribuir para uma maior ampliação e
compreensão do acesso às TIMS. O objetivo é atingir tanto docentes quanto alunos,
transformando a sala de aula em um espaço de formação de cidadãos, espaço
democrático onde pode se aprender de forma colaborativa, com compromisso ético.
Uma prática crítico-reflexiva, sabendo-se que o que está em foco é a aprendizagem
do educando.
Na primeira oficina do Correio Eletrônico e ou E-mail, o objetivo foi o de
verificar quantos professores possuíam uma conta de e-mail no G-mail; partindo daí
para a criação daqueles que ainda não possuíam, alguns reativaram a conta.
A intenção foi de que criassem um e-mail no G-mail, porque na atualidade
esta plataforma exerce sua função social muito significativa, pois as propostas das
demais oficinas foram embasadas em tutoriais do Google. Dessa forma, não houve
a necessidade de abrir uma conta para cada página de internet, já que tudo que foi
sendo criando utilizou-se de uma única conta.
Na sequência foi exibido o slide “Como criar uma conta de e-mail no G-mail”,
que versa sobre os seguintes temas:
E-mail ou correio eletrônico: é uma forma de comunicação entre usuários
da Internet, incluindo textos, imagens e arquivos. Foi iniciada a atividade de envio e
recebimento de e-mails, confirmação de leitura, anexação arquivos, como cadastrar
contatos e formar grupos. Pode ser usado entre um ou mais professores e os
alunos. Um único ambiente pode ser utilizado de forma coletiva, desde que o
endereço e a senha sejam comuns para o grupo. É interessante quando o professor
deseja trocar informações ou compartilhar suas produções com os demais colegas e
também com o uso pedagógico para recebimento de trabalhos e demais atividades
com alunos.
Foi realizada a leitura do texto “Netiqueta” por meio do acesso ao seu
endereço eletrônico: <http:sds.pe.gov.br/online/netiqueta.htmética> que oferece
dicas no uso de e-mails.
Relata-se a constatação de imprevistos, pois foram reservadas duas horas
para essa atividade, porém foram utilizadas quatro horas. Apesar de todos os
profissionais da escola possuírem uma conta no “Expresso”, correio eletrônico do
Portal Dia a Dia Educação da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná, alguns
profissionais não o utilizam, outros nem sabiam como acessar e os demais
raramente acessam. Alguns têm e-mails em outras contas, mas somente o utilizam
para enviar/receber mensagens.
4.4. Quarto encontro de 4 horas
Foi iniciada a primeira fase da Oficina Blog, através do datashow com a
apresentação sobre o que é um blog, qual a sua importância para professores e
alunos, os conceitos e objetivos relacionados à ferramenta e suas características e
seu uso para fins didáticos.
Oportunamente foi realizada a leitura do texto “Webwriting” (escrever na
web) de Bruno Rodrigues, que indica como se deve escrever nas páginas da web.O
autor afirma que a escrita deve ser muito bem pensada sobre o que o usuário quer
transmitir, as ênfases, os destaques que se quer dar, chamar atenção, entre outros.
Na segunda fase, foram passados vários endereços de Blogs educacionais,
para os professores acessarem e observarem a disposição do conteúdo de cada um
deles.
Na sequência assistiu-se ao vídeo “Como criar um Blog”, passo a passo, e
também disponibilizado através do datashow. Enquanto os professores abriam suas
próprias páginas, por diversas vezes foi retomado o passo a passo, bem como foram
atendidas as solicitações dos professores, individualmente, diretamente no
computador que utilizavam no momento. O servidor Google foi escolhido para
hospedá-lo, em razão de que já haviam sido construídos e-mails justamente para
utilizar um único servidor.
Aqui os professores aprenderam, ao iniciarem suas páginas na internet e
com o uso do datashow, a importância do blog: como criar, suas possibilidades de
uso, como usá-lo em atividades pedagógicas, suas possibilidades metodológicas em
sala de aula.
No contexto educacional, o uso do blog como ferramenta pedagógica pode
ampliar os processos de aprendizagem de forma colaborativa, com a valorização da
produção com autoria, e estimular a leitura e a escrita e o uso de outras linguagens
(vídeos, sons, imagens). É, portanto, um excelente aliado dos docentes. O diário
de bordo é um instrumento de registro de atividades realizadas, das reflexões de
grupos de pesquisa, que pode ser escrito individualmente ou em grupos, podendo
mais de um professor utilizar o mesmo blog, seja da mesma disciplina ou por eixos
temáticos. Desta forma o professor tem condições de atuar de forma efetiva, pois
existem diversas possibilidades para o uso em sala de aula.
4.5. Quinto Encontro de 4horas
Na segunda fase da oficina Blog (4 horas), muitos professores encontraram
dificuldades em abrir seus blogs, porque a velocidade da internet era muito baixa no
laboratório de informática, atrasando alguns. Outros preferiram trazer seus próprios
notebooks, mas a dificuldade foi a mesma. Também houve a questão dos nomes em
inglês de algumas ferramentas do servidor, ocasionando mais atrasos. A professora
PDE se colocou à disposição daqueles que tinham interesse fora do horário de
trabalho para melhor atendê-los.
4.6. Sexto Encontro de 4 horas
Foram revisadas todas as etapas do encontro anterior para que não ficasse
nenhuma dúvida. Dando sequência, iniciou-se a parte de registro de atividades de
cada professor. Cada um escolheu um layout (modelo) de blog dentre aqueles
disponibilizados pelo próprio servidor. A partir daí foi iniciada a inserção de textos,
vídeos, imagens, bem como a utilização de links.
Em seguida, os professores foram orientados a acessarem o blog uns dos
outros para incluírem comentários. Aprenderam também como fazer a publicação e
armazenamento dos “post” (arquivos), e também de atualização da página, como
observado nos comentários.
4.7. Sétimo encontro: Oficina 3 “Prezi” – com duração de 4 horas
Iniciou-se esta oficina relatando-se o que é a apresentação on line “Prezi”,
quais os objetivos da proposta e sua importância, pois os professores têm a tarefa
de transmitir ideias complexas num curto espaço de tempo, esforçando-se para
incluir detalhes suficientes em cada slide sendo constantemente forçados a
fragmentar informações em gráficos e diagramas.
“Prezi” é um software que possui opção gratuita para criação de
apresentações não-lineares, isto é, ele é feito em uma única plataforma, onde se
podem adicionar textos, imagens jpg, gif e outras, vídeos do Youtube ou ainda
incorporar os slides do Power Point. Os professores concordaram de que na
atualidade tanto eles quanto os alunos não se contentam mais com as
apresentações convencionais em sala de aula.
Os professores podem usar o “Prezi” em sala de aula, uma ferramenta das
melhores e mais bem aproveitadas e por eles. Nesse sentido, houve grande
demonstração de interesse, pois o “Prezi” não é uma apresentação convencional
não linear, pois foge dos padrões estabelecidos e trabalha com zoom.
Esta oficina atendeu a todos os objetivos e expectativas com relação a
apresentações; cada professor pode logar e criar/elaborar uma apresentação
dinâmica, mais atrativa, compreensível e divertida, aproveitando um plano de aula
dentro das suas respectivas disciplinas.
Aqui também o tempo foi extrapolado. Da reserva inicial de 4 (quatro) horas
de atividades no laboratório e mais duas horas à distância, foram utilizadas 8 (oito)
horas de laboratório e ainda alguns atendimentos a professores fora do horário da
oficina.
4.8. Oitavo encontro de 4 horas: oficina webquest
Esta oficina foi iniciada com a apresentação da web quest de autoria da
professora PDE. Está disponibilizada no endereço eletrônico
<https://sites.google.com/site/webquestrosiclei/home, e foi criada com a finalidade de
mostrar aos participantes como fica o visual de uma wq, do conceito, as
características e a importância metodológica da webquest como ferramenta de
ensino em ambientes educacionais.
A maioria ou quase todos os participantes do curso não tinham
conhecimento do que era e nem de como fazer para logar/acessar. Na sequência os
professores receberam orientação para visitarem alguns sites, como o Escola do
Futuro, da Universidade de São Paulo, disponível em
<http://futuro.usp.br/portal/Pesquisa/Projetos.view.ef?id=48> e metodologia que
ultrapassa os limites, do ciberespaço <http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo8
/etapa3/leituras/webquest_giliancris.pdf, para observar, investigar, explorar, ver
como era a sua formatação, sua qualidade e se apresentavam algum tema de
relevância para os professores. Os professores foram deixados por alguns
momentos observando à vontade para que pudessem avaliar e tirar suas primeiras
impressões.
Após esta exploração de WebQuest, foi realizado um feedback, para que os
professores falassem a respeito de suas impressões. Verificou-se que alguns têm
mais facilidade de acessar do que outros, mas todos concordaram em criar uma
página específica na internet. A sugestão foi de uma organização por área de
conhecimento, e/ou disciplina, mas a maioria preferiu fazer individualmente sua
página na internet.
Cada professor, com exceção de alguns, preferiu iniciar o trabalho de criação
da webquest nos seus próprios notebooks; naquele momento assistiu-se ao vídeo
“Como criar uma Webquest usando o Google”. Dando continuidade ao processo de
construir uma webquest, que parte da definição do tema e dos objetivos do
professor, foi proposto trabalhar: Introdução; Tarefa; Processo; Avaliação e
Conclusão. Alguns professores utilizaram o tema e os objetivos de uma pesquisa,
outros de projeto que já possuíam para inserir na wq criada por eles.
Após definirem o tema e objetivos, iniciaram a pesquisa em sites relacionados
ao tema por meio da web – internet. Na sequência, foram inseridos endereços da
internet, imagens e textos.
4.9. Nono encontro de 4 horas
Atendendo a solicitação dos participantes do curso, foi adicionado mais um
encontro de 4 (quatro) horas, para trabalhar a webquest, não para a maioria, mas
para alguns professores que ainda tinham muita dificuldade e insegurança no uso
dos recursos tecnológicos, bem como a falta de habilidade e prática na utilização do
computador e da internet.
Toda a sequência de como criar a wq foi revisada, parando e auxiliando
individualmente cada professor em seu computador para sanar dúvidas. Concluída
essa parte de revisão, cada professor fez uma apresentação da sua Web Quest
utilizando o “Prezi”.
5. Conclusão
A inquietação referente ao uso das novas tecnologias, no contexto escolar,
suas contradições, desafios e possibilidades na organização de informações e do
trabalho pedagógico, bem como apontar equívocos, desafios e perspectivas são
comprometimentos que estruturam a ética do professor pesquisador e que objetivou
o desenvolvimento desse trabalho.
Procurou-se trazer algumas reflexões e contribuições de autores que
escrevem sobre as tecnologias da informação e os recursos tecnológicos para a
democratização dos recursos que as ferramentas relacionadas às TIMs propiciam
na escola.
De modo especial, este Projeto de Intervenção Pedagógica teve a intenção
de analisar e contribuir com o uso da internet como ferramenta pedagógica e o papel
do professor como mediador nesse processo de aprendizagem colaborativa.
O trabalho de implementação do Caderno Pedagógico através de Oficinas
Pedagógicas foi uma escolha oportuna e elogiada, uma vez que os participantes
puderam observar o trabalho educativo que se requer na atualidade, um ensino
voltado para as tecnologias de informação de massa, pois são ótimas fontes e com o
uso das tecnologias, participaram de uma formação continuada específica às suas
inquietações e indagações de “como”, “quando” e “o que usar” para poder inserir as
TIMs no planejamento de ensino.
Através das oficinas os professores puderam construir suas próprias páginas
na internet, criar apresentações on line, utilizar e-mail e elaborar planos de aulas
dentro de suas respectivas disciplinas.
Realizaram a troca de e-mails, e a participação de um professor no blog do
outro fez com que cada um dos participantes pudesse perceber o valor e a
necessidade de uma produção compartilhada, que é possível usar e-mails, blogs,
webquest, e que as apresentações com o programa “Prezi” são atraentes para os
alunos e também traz a possibilidade da produção compartilhada entre eles.
Ao término deste trabalho, pode-se dizer que a participação no Programa de
Desenvolvimento Educacional permitiu assumir a aventura do novo, do não
conhecido.
Por isso, reafirma-se que esta é a grande diferença, na experiência do PDE,
ao contribuir com os colegas que acreditaram na proposta, bem como para a
democratização das tecnologias no contexto escolar.
Lembra-se que, historicamente, a mídia impressa é a mais utilizada no
trabalho pedagógico, mas que outras formas fazem parte de uma aula. O
computador e a Internet representam ainda um grande desafio e sua utilização não
deve restringir-se a passar informações.
Os ambientes virtuais oferecem novas possibilidades e permitem maior
interação entre os participantes, de modo que o seu uso integrado oportuniza novas
formas de diálogo, reflexão e ação. A mediação depende, necessariamente, do
trabalho do professor.
Nesse processo, portanto, faz-se necessário um plano bem elaborado para
não perder de vista a intencionalidade do ato educativo. A experiência deste trabalho
representou a possibilidade de construção de uma nova práxis, estendendo os
benefícios das tecnologias existentes para e na escola.
Constatou-se que, entre as contradições presentes, o professor precisa
vencer o medo do novo e encarar os desafios como possibilidades para a aquisição
de novos conhecimentos e descobertas. Considera-se uma necessidade
acompanhar os avanços das tecnologias e contribuir para o acesso a esse
conhecimento, mas, ao mesmo tempo, o educador deve ser o mediador na
apropriação crítica desses recursos, analisando as contribuições na organização do
seu trabalho pedagógico que permita efetivar o ato educativo.
Em relação ao Projeto implementado, compreende-se a sua contribuição
para tornar o ambiente da escola em um espaço para troca de perspectivas e
vivências, para uma nova práxis. Uma oportunidade para enfrentar os desafios que o
novo representa, no trabalho educacional. Isto porque se considera que o
conhecimento, aliado a experiência do professor e ao uso dos recursos tecnológicos,
deve contribuir no processo de ensino e aprendizagem, pois a utilização de
diferentes linguagens amplia o acesso às informações e facilita a construção do
conhecimento. É preciso ver as contradições como manifestações que continuarão
presentes no contexto escolar, necessitando de constantes pesquisas e reflexões.
Para este fechamento são pertinentes as colocações de Kenski (2005),
sobre o novo ambiente das escolas e as alterações que tem sofrido: “As
oportunidades postas pelas tecnologias para a escola lhe garante a sua função
como espaço em que ocorrem as interações” (KENSKY, 2005, p. 78).
Em síntese, percebe-se que os professores têm necessidade de
compreender o uso dos recursos das diferentes ferramentas disponíveis na internet,
em especial por meio do uso do computador, para além da técnica. Especificamente,
a função eminentemente pedagógica e a intencionalidade ao utilizar recursos
midiáticos na ação educativa. Esse é o grande desafio.
Referências
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