N e w s l e t t e r
N. 12 - Agosto 2014
Caros Clientes e Amigos,
Como sabido, inicia-se hoje um novo ano judicial que, para j, se perspetiva ser particularmente atribulado no que respeita implementao do to afamado novo mapa judicirio. Centenas de magistrados e funcionrios judiciais mobilizados, centenas de milhares de processos transferidos, tribunais a funcionar provisoriamente em contentores, a indisponibilidade temporria da aplicao CITIUS, tudo fruto de improvisos de ltima hora.
Esperamos, no entanto, que o clima de incerteza e instabilidade que pauta o incio deste ano judicial, em resultado da reforma estrutural do sistema judicirio, possa, num futuro prximo, converter-se numa otimizao dos recursos existentes com vista prossecuo de uma Justia efetiva.
Aps o gozo de um merecido e retemperador descanso, desejamos a todos os nossos Amigos e Clientes um bom regresso ao trabalho!
A Equipa da CAMMP
Nota de Abertura
Sumrio
Nota de Abertura 1
Da criminalizao dos
maus-tratos 2
Jurisprudncia Nacional
Relevante 5
Principais Alteraes
Legislativas 7
Newsletter N. 12 - Agosto 2014 2
No passado dia 29 de agosto de 2014 foi publicada a Lei n. 69/2014,
que procedeu trigsima terceira alterao ao Cdigo Penal,
instituindo a criminalizao dos maus tratos e do abandono de
animais de companhia.
Assim, quem, sem motivo legtimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer
outros maus tratos fsicos a um animal de companhia punido com
pena de priso at um ano ou com pena de multa at 120 dias,
pena que ser agravada at dois anos de priso ou at 240 dias de
multa se, daqueles maus tratos, resultar a morte do animal, a privao
importante de um rgo ou membro ou a afetao grave e
permanente da sua capacidade de locomoo.
Mas tambm, quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir
animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a
sua alimentao e a prestao de cuidados que lhe so devidos,
punido com pena de priso at seis meses ou com pena de multa at
60 dias.
O Cdigo Penal institui, por via da presente alterao legislativa, um
conceito de animal de companhia que consiste em qualquer animal
detido ou destinado a ser detido por seres humanos, designadamente
no seu lar, para seu entretenimento e companhia. Esto
expressamente excludos do referido conceito os animais util izados
para fins de explorao agrcola, pecuria ou agro-industrial, bem
como para fins de espetculo comercial ou outros fins legalmente
previstos. Deste modo, fica excluda da presente penalizao, por
exemplo, a util izao de animais para fins tauromquicos.
A presente lei visa acompanhar uma crescente consciencializao da vida animal como seres vivos. De facto, a Unio Europeia j havia firmado um Protocolo relativo proteo e ao bem-estar dos animais, em 1997, o qual foi anexado ao Tratado de Amesterdo.
Uns anos antes, em 1978, tambm a UNESCO (Organizao das
Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura) criou uma
Declarao Universal dos Animais, a qual determina, no art. 2.,
Da criminalizao dos maus-tratos a animais
Da nossa parte, consideramos que esta evoluo legislativa
positiva, acompanhando uma tendncia
internacional, que se tem vindo a verificar.
Newsletter N. 12 - Agosto 2014 3
do abandono de animais no nos
oferece dvidas de maior.
A lei em apreo altera, ainda, a
Lei n. 92/95, sobre a proteo
dos animais, conferindo
legitimidade s associaes
zofilas legalmente constitudas
para requerer a todas as
autoridades e tribunais as
medidas preventivas e urgentes
necessrias e adequadas para
evitar violaes em curso ou
iminentes na presente lei,
podendo, ainda constituir-se
assistentes em todos os processos
originados ou relacionados com a
violao da presente lei, ficando
dispensadas do pagamento de
custas e taxa de justia.
A presente lei entra em vigor no
dia 1 de outubro deste ano,
momento a partir do qual
poderemos verificar a efetividade
da criminalizao introduzida,
bem como o alcance da mesma.
Mariana Lupi
que todo o animal tem direito a
ser respeitado, e, no art. 3., que
nenhum animal ser submetido
nem a maus tratos nem a atos
cruis. No que respeita
especificamente aos animais de
companhia, esta Declarao
determina que todo o animal
que o homem escolheu para seu
companheiro tem direito a uma
durao de vida conforme a sua
longevidade natural,
considerando que o abandono
de um animal um ato cruel e
degradante (art. 6).
Da nossa parte, consideramos
que esta evoluo legislativa
positiva, acompanhando uma
tendncia internacional, que se
tem vindo a verificar.
Receamos, contudo, que esta
disposio encerre vrias
questes, relacionadas, por um
lado, com o sistema normativo
nacional, e, por outro lado, com a
redao da norma incriminadora.
Em breve nota relativa ao sistema
normativo nacional, salienta-se
que, aos olhos do Direito, um
animal uma coisa, pelo que,
nesse sentido, no encarado
como um titular de direito e
obrigaes, o que poder gerar
discusses doutrinrias e, no limite,
crticas entre juristas a propsito
da conformidade do estatuto ora
atribudo aos animais de
companhia e o estatuto geral
que o Direito confere aos animais.
Conceo diferente foi adotada
pelo Cdigo Civil alemo, o qual
tem, desde 1990, um pargrafo (
90) que dispe que 1. Os
animais no so coisas. 2. Eles
sero protegidos por legislao
especial. 3. As normas relativas s
coisas sero
correspondentemente aplicveis
aos animais, salvo disposio em
contrrio, seguindo, aqui, uma
formulao similar quela que foi
adotada pelo Cdigo Civil
austraco, em 1988. Ainda no
Cdigo Civil alemo, tambm o
pargrafo 903, relativo aos
poderes do proprietrio,
determina que o proprietrio de
um animal tem que observar no
exerccio dos seus poderes, os
preceitos especiais de proteo
dos animais. Tambm a Frana
distingue claramente os animais
de objetos. Mais recentemente,
em abril de 2003, o Cdigo Civil
suo foi alterado, conferindo aos
animais um estatuto prprio
distinto das coisas.
No plano prtico, desta feita
relacionado com a redao
normativa, cumpre alertar para a
multiplicidade de conceitos
indeterminados, e, porventura,
difceis de provar num eventual
processo-crime.
De facto, pratica um crime de
maus tratos a animais de
companhia, quem, sem motivo
legtimo, infligir dor, sofrimento ou
quaisquer outros maus tratos
fsicos a um animal de
companhia. Ora, o que se
entende por motivo legtimo para
efeitos desta norma pode revelar-
se uma matria geradora de
discrdia e, sobretudo, de difcil
concretizao no caso concreto.
Por ltimo, tambm a prova da dor e do sofrimento causados a um animal, poder revelar-se rdua, em particular nas situaes-fronteira. Ainda no que respeita dor e ao sofrimento, no percebemos se o legislador exige um grau mnimo de dor/sofrimento, ou qualquer leso ser tida em considerao para efeitos penais.
A situao agravante em funo
do resultado e a criminalizao
Newsletter N. 12 - Agosto 2014 4
efetivamente, concedido que,
tendo entrado em situao de
incumprimento, decorrente da
simples mora ou j da sua
transio para a fase de
contencioso, pelo facto de o seu
pagamento integral no ter
ocorrido, nos termos, inicialmente,
acordados, foram, entretanto,
renegociados, sem garantias
adicionais, deixando, assim, de se
encontrar na situao de
incumprimento e, portanto, de
constituir crdito vencido. Os
crditos renegociados fazem
parte, igualmente, das situaes
objeto de informao mensal
relevante, a enviar pelas
entidades participantes ao Banco
de Portugal. Sendo, legalmente,
obrigatria a comunicao dos
crditos renegociados, pelas
instituies bancrias ao Banco
de Portugal, os rus atuaram no
cumprimento de um dever,
mesmo na situao da nova
realidade dos crditos
renegociados, que legitima a
verificao do dano resultante da
no concesso de crdito aos
autores que, como causa
justificativa do facto, afasta a
aparente il icitude da sua
conduta. Na ausncia de
estatuio expressa, em sentido
diverso, constante do plano de
insolvncia, s o cumprimento
deste exonera o devedor e os
responsveis legais da totalidade
das dvidas da insolvncia
remanescentes, pois que os
responsveis pelas dvidas apenas
ficariam libertos, aps integral
execuo do plano de
insolvncia celebrado, sendo,
assim, realidades distintas, no
JURISPRUDNCIA NACIONAL RELEVANTE
- INSOLVNCIA -
Acrdo do Supremo Tribunal de Justia, de 1 de julho de 2014
Resoluo do Negcio M F Impugnao
Tendo uma sociedade, oito meses
antes de dar entrada em juzo do
processo onde veio a ser
declarada insolvente, procedido
escritura de venda de um
imvel a favor da viva de um
primo de um dos scios da
insolvente, preenche-se a
presuno prevista no n 4 do art.
120 do CIRE. Tal relao familiar
(primos), embora no quadre
nenhuma das consignadas
especificamente no artigo 49, n1
do CIRE, nele poder ser
abrangida, por interpretao
extensiva, sendo a enunciao a
feita, meramente exemplificativa.
Apurando-se no ter sido paga
qualquer quantia a titulo de
preo, a invocada venda,
sempre poderia ser subsumida no
preceituado na alnea b) do n1,
do artigo 121do CIRE, por se
apresentar como um negcio
gratuito celebrado pelo devedor
nos dois anos anteriores data do
inicio do processo e assim sendo,
resolvel a titulo incondicional.
Acrdo do Supremo Tribunal de Justia, de 1 de julho de 2014
Plano de Insolvncia Liquidao de Patrimnio Recuperao de Empresa Crditos Renegociados
O plano de insolvncia constitui
uma providncia de recuperao
empresarial alternativa que visa a
satisfao dos interesses dos
credores, aplicvel,
indistintamente, a pessoas
singulares e a pessoas coletivas.
Sendo o insolvente pessoa
singular, o facto de, no processo
de insolvncia, se ter procedido
liquidao universal do seu
patrimnio, sem se haver obtido o
pagamento integral dos crditos
verificados, no ainda suficiente
para, sem mais, se declarar a
liberao do devedor. Aps
integral execuo do plano de
insolvncia, as pessoas singulares
ou as pessoas coletivas
responsveis pelas dvidas ficam
libertas do quantitativo que no
tiver sido pago, neste mbito,
desde que o plano no estipule,
expressamente, a sua
responsabilidade pelas dvidas
que no forem abrangidas pelo
mesmo. O encerramento do
processo de insolvncia apenas
ocorrer, em princpio, no caso de
o plano de insolvncia se traduzir
em medidas de recuperao da
empresa insolvente, porquanto,
consistindo antes num meio
alternativo de liquidao do
patrimnio do insolvente, o
processo, to-s, poder ser
encerrado com o rateio do saldo
apurado na liquidao de bens.
Na categoria dos tipos de crdito
em situao de incumprimento
de pagamento, tambm,
designados por crditos vencidos,
sob o ponto de vista das
responsabilidades dos devedores,
de acordo com a natureza das
operaes, existe a classificao
de crditos em mora, de crditos
em contencioso e de crditos
abatidos ao ativo,
compreendendo estes os crditos
e juros vencidos que foram
abatidos das contas de crdito,
mas que continuam em
cobrana. Os crditos
renegociados resultam de
operaes de crdito,
Newsletter N. 12 - Agosto 2014 5
incompatveis, o trnsito em
julgado da sentena
homologatria do plano de
insolvncia e a execuo
concluda deste.
- CIVIL -
Acrdo do Tribunal da Relao de Guimares, de 26 de junho de 2014
Defeito da coisa Denncia Caducidade
No mbito do disposto no artigo
1225. CC, a ao em que se
pede a "eliminao dos defeitos"
tem que ser instaurada no ano
seguinte ao da denncia dos
mesmos, sendo para o efeito
irrelevante se isso acontece antes
ou depois de terem decorrido
"cinco anos a contar da entrega"
do bem.
Acrdo do Supremo Tribunal de Justia, de 1 de julho de 2014
Arrendamento Comercial Direito de Preferncia
Decorre do art. 417, n1, do
Cdigo Civil que o obrigado
preferncia tem direito a vender a
coisa sobre que incide um direito
de preferncia conjuntamente
com outras e por um preo
global; neste caso o
titular/preferente no interessado
na opo pela aquisio do
conjunto a vender pode exercer o
seu direito pelo preo que
proporcionalmente for atribudo; o
obrigado preferncia s pode
opor-se a esta pretenso de
diviso proporcional do preo,
exigindo que a preferncia incida
sobre as coisas restantes se estas
no forem separveis sem prejuzo
aprecivel. Quando o preferente
acede a exercer o seu direito
sobre o conjunto de coisas a
alienar art. 417 do Cdigo Civil
v estendido o seu original
direito de preferncia, direito esse
que pode exercer
facultativamente. O direito a
exercer a preferncia pelo preo
proporcional pode ser paralisado
pela invocao/exigncia dos
obrigados preferncia de que a
venda seja global, porque a
venda parcelar e o inerente
preo proporcional, lhe causam
prejuzo aprecivel, no sendo as
coisas pretendidas vender
separveis; a lei visa a proteo
do interesse econmico do
vendedor. No aceitando o
preferente a aquisio conjunta
de bens comunicada pelo
obrigado preferncia, alm
daquele sobre que recai o seu
direito, no estando o obrigado
preferncia vinculado a
discriminar o preo de cada coisa
integrante do conjunto, assiste ao
preferente parcelar, mesmo em
caso de notificao extrajudicial,
requerer arbitramento judicial
para determinar o valor
proporcional e assim exercer o
direito de prelao, no sendo de
afastar por analogia a aplicao
do regime jurdico do art.1459
(preferncia limitada) do Cdigo
de Processo Civil e o recurso
ao de suprimento prevista no
art. 1429. daquele diploma. A
meno discriminada dos preos
dos imveis vendidos em
conjunto, constante da escritura
pblica de compra e venda
resulta, obrigatoriamente, do art.
63 do Cdigo do Notariado que
impe que nos atos sujeitos a
registo predial, a indicao do
valor de cada prdio, da parte
indivisa ou do direito a que o ato
respeitar. Tal meno no
evidencia qualquer
comportamento menos leal dos
vendedores, nem empresta ao
recorrente termo a quo para
evitar a caducidade da ao de
preferncia art. 1410, n1, do
Cdigo Civil.
Acrdo do Tribunal da Relao de vora, de 10 de julho de 2014
Incidente de Qualificao da Insolvncia Presuno juris et de jure
Em incidente de qualificao da
insolvncia, as vrias alneas do
n. 2 do artigo 186. do CIRE
encerram uma presuno juris et
de jure por definio, inil idvel e
irrefutvel de culpa grave da
parte dos
administradores/gerentes na
criao ou agravamento de uma
situao de insolvncia. Mas,
antes, ter que se fazer a prova
segura de que, no caso concreto
e em relao a eles, tais situaes
abstratas ali descritas
efetivamente se verificaram.
Newsletter N. 12 - Agosto 2014 6
PRINCIPAIS ALTERAES LEGISLATIVAS
- FISCAL -
Lei n. 61/2014, de 26 de agosto de 2014
Aprova o regime especial
aplicvel aos ativos por impostos
diferidos.
- BANCRIO -
Decreto-Lei n. 114-A/2014, de 1 de agosto de 2014
Altera o Regime Geral das
Instituies de Crdito e
Sociedades Financeiras,
aprovado pelo Decreto-Lei n.
298/92, de 31 de dezembro,
procedendo a alteraes ao
regime previsto no Ttulo VIII
relativo aplicao de medidas
de resoluo, e transpondo
parcialmente a Diretiva n.
2014/59/UE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 15 de
maio, que estabelece um
enquadramento para a
recuperao e a resoluo de
instituies de crdito e de
empresas de investimento.
Decreto-Lei n. 114-B/2014, de 4 de agosto de 2014
Altera o Regime Geral das
Instituies de Crdito e
Sociedades Financeiras,
aprovado pelo Decreto-Lei n.
298/92, de 31 de dezembro,
procedendo a alteraes ao
regime previsto no Ttulo VIII
relativo aplicao de medidas
de resoluo.
Lei n. 58/2014, de 25 de agosto de 2014
Primeira alterao Lei n.
58/2012, de 9 de novembro, que
cria um regime extraordinrio de
proteo de devedores de
crdito habitao em situao
econmica muito difcil.
- PENAL -
Lei Orgnica n. 2/2014, 6 de agosto de 2014
Aprova o Regime do Segredo de
Estado, procede vigsima
primeira alterao ao Cdigo de
Processo Penal e trigsima
primeira alterao ao Cdigo
Penal e revoga a Lei n. 6/94, de 7
de abril.
Lei Orgnica n. 3/2014, de 6 de agosto de 2014
Cria a Entidade Fiscalizadora do
Segredo de Estado, qual
compete zelar pelo cumprimento
da Constituio e da lei em
matria de segredo de Estado,
sem prejuzo dos poderes de
fiscalizao da Assembleia da
Repblica. No mbito da sua
competncia, esta entidade
dever acompanhar e fiscalizar a
atividade de classificao do
segredo de Estado, pronunciar-se
sobre requerimentos e queixas
apresentados por cidados em
matria deste segredo e velar
pelo cumprimento da
Constituio e da lei,
especialmente em matria de
direitos, l iberdades e garantias dos
cidados.
Lei n. 59/2014, de 26 de agosto de 2014
Procede trigsima segunda
alterao ao Cdigo Penal,
aprovado pelo Decreto-Lei n.
400/82, de 23 de setembro,
qualificando os crimes de
homicdio e de ofensas
integridade fsica cometidos
contra solicitadores, agentes de
execuo e administradores
judiciais.
Lei n. 69/2014, de 29 de agosto de 2014
Procede trigsima terceira
alterao ao Cdigo Penal,
aprovado pelo Decreto-Lei n.
400/82, de 23 de setembro,
criminalizando os maus tratos a
animais de companhia, e
segunda alterao Lei n. 92/95,
de 12 de setembro, sobre
proteo aos animais, alargando
os direitos das associaes
zofilas.
- LABORAL -
Lei n. 55/2014, de 25 de agosto de 2014
Procede stima alterao ao
Cdigo do Trabalho, aprovado
pela Lei n. 7/2009, de 12 de
fevereiro, no que respeita
sobrevigncia e caducidade, e
ainda, cessao da vigncia
das convenes coletivas.
No mbito desta alterao, a
clusula de conveno que faa
depender a cessao da
vigncia desta da substituio por
outro instrumento de
regulamentao coletiva de
trabalho caduca decorridos trs
anos sobre a verificao de um
dos seguintes factos: a) ltima
publicao integral da
conveno; b) denncia da
conveno; e c) apresentao
de proposta de reviso da
conveno que inclua a reviso
da referida clusula. Na redao
anterior, o prazo era de cinco
anos.
Newsletter N. 12 - Agosto 2014 7
Ilustraes de Briton Rivire
Em situao de denncia da
conveno, esta mantm-se em
regime de sobrevigncia durante
o perodo em que decorra a
negociao, incluindo
conciliao, mediao ou
arbitragem voluntria, ou no
mnimo durante 12 meses, tendo
este perodo sido reduzido em 6
meses.
Em matria de cessao da
vigncia da conveno coletiva,
esta alterao veio permitir que
aquela conveno ou parte dela
pode ser suspensa
temporariamente na sua
aplicao, em situao de crise
empresarial, por motivos de
mercado, estruturais ou
tecnolgicos, catstrofes ou
outras ocorrncias que tenham
afetado gravemente a atividade
normal da empresa, desde que
tal medida seja indispensvel
para assegurar a viabilidade da
empresa e a manuteno dos
postos de trabalho, por acordo
escrito entre as associaes de
empregadores e as associaes
sindicais outorgantes sem prejuzo
da possibil idade de delegao, o
qual deve ter meno expressa
fundamentao e determinar o
prazo de aplicao da suspenso
e os efeitos decorrentes da
mesma.
- CONCORRNCIA -
Decreto-Lei n. 125/2014, de 18 de agosto de 2014
Aprova os estatutos da
Autoridade da Concorrncia,
adaptando-os ao regime
estabelecido na lei-quadro das
entidades reguladoras, aprovada
pela Lei n. 67/2013, de 28 de
agosto.
- DIVERSOS -
Decreto-Lei n. 117/2014, de 5 agosto de 2014
Procede quarta alterao ao
Decreto-Lei n. 113/2011, de 29 de
novembro, que regula o acesso
s prestaes do Servio Nacional
de Sade por parte dos utentes,
no que respeita ao regime de
taxas moderadoras e aplicao
dos regimes especiais de
benefcios.
Decreto-Lei n. 131/2014, de 29 de agosto de 2014
Regulamenta a Lei n. 12/2005, de
26 de janeiro, no que se refere
proteo e confidencialidade da
informao gentica, s bases de
dados genticos humanos com
fins de prestao de cuidados de
sade e investigao em sade,
s condies de oferta e
realizao de testes genticos e
aos termos em que assegurada
a consulta de gentica mdica.
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