1. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 1/41 RESOLUO
N 33, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 Aprova a Norma Operacional Bsica do
Sistema nico de Assistncia Social -NOB/SUAS. O CONSELHO NACIONAL DE
ASSISTNCIA SOCIAL - CNAS, em reunio ordinria realizada nos dias 10,
11, 12 e 13 de dezembro de 2012, no uso da competncia que lhe
conferem os incisos I, II, V, IX e XIV do artigo 18 da Lei n.
8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Lei Orgnica da Assistncia Social
- LOAS, RESOLVE: Art. 1 Aprovar a Norma Operacional Bsica da
Assistncia Social - NOB/SUAS, anexa, apresentada pela Comisso
Intergestores Tripartite - CIT, apreciada e deliberada pelo
Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS. Art. 2 O CNAS
divulgar a NOB/SUAS amplamente nos diversos meios de comunicao e a
enviar Presidncia da Repblica, ao Congresso Nacional e demais entes
federados para conhecimento, observncia e providncias cabveis. Art.
3 O CNAS recomenda as seguintes aes referentes NOB/SUAS. I - ao
Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome: a) divulg-la
amplamente nos diversos meios de comunicao; b) inclu-la como
contedo do Plano Nacional de Capacitao; c) public-la em meio
impresso e distribu-la, inclusive em braile e em meio digital
acessvel; d) regulamentar os blocos de financiamento em tempo hbil
para que os municpios possam elaborar os seus Planos Plurianuais -
PPA. e) regulamentar os processos e procedimentos de acompanhamento
disposto no art. 36 e da aplicao das medidas administrativas
definidas no art. 42. II - aos rgos gestores da Poltica de
Assistncia Social e aos conselhos de assistncia social: a)
divulg-la e publiciz-la amplamente nos diversos meios de comunicao;
b) inclu-la como contedo dos Planos de Capacitao. Art. 4 Revoga-se
a Resoluo CNAS n 130, de 15 de julho de 2005, publicada no Dirio
Oficial da Unio de 25 de julho de 2005, que aprova a NOB/SUAS 2005.
Art. 5 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao. LUZIELE
MARIA DE SOUZA TAPAJS Presidenta do Conselho
2. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 2/41 ANEXO
RESOLUO N 33, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 CAPTULO I SISTEMA NICO DE
ASSISTNCIA SOCIAL Art. 1 A poltica de assistncia social, que tem
por funes a proteo social, a vigilncia socioassistencial e a defesa
de direitos, organiza-se sob a forma de sistema pblico no
contributivo, descentralizado e participativo, denominado Sistema
nico de Assistncia Social - SUAS. Pargrafo nico. A assistncia
social ocupa-se de prover proteo vida, reduzir danos, prevenir a
incidncia de riscos sociais, independente de contribuio prvia, e
deve ser financiada com recursos previstos no oramento da
Seguridade Social. Art. 2 So objetivos do SUAS: I - consolidar a
gesto compartilhada, o cofinanciamento e a cooperao tcnica entre a
Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios que, de modo
articulado, operam a proteo social no contributiva e garantem os
direitos dos usurios; II - estabelecer as responsabilidades da
Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios na
organizao, regulao, manuteno e expanso das aes de assistncia
social; III - definir os nveis de gesto, de acordo com estgios de
organizao da gesto e ofertas de servios pactuados nacionalmente; IV
- orientar-se pelo princpio da unidade e regular, em todo o
territrio nacional, a hierarquia, os vnculos e as responsabilidades
quanto oferta dos servios, benefcios, programas e projetos de
assistncia social; V - respeitar as diversidades culturais, tnicas,
religiosas, socioeconmicas, polticas e territoriais; VI -
reconhecer as especificidades, iniquidades e desigualdades
regionais e municipais no planejamento e execuo das aes; VII -
assegurar a oferta dos servios, programas, projetos e benefcios da
assistncia social; VIII - integrar a rede pblica e privada, com
vnculo ao SUAS, de servios, programas, projetos e benefcios de
assistncia social; IX - implementar a gesto do trabalho e a educao
permanente na assistncia social; X - estabelecer a gesto integrada
de servios e benefcios; XI - afianar a vigilncia socioassistencial
e a garantia de direitos como funes da poltica de assistncia
social. Art. 3 So princpios organizativos do SUAS: I -
universalidade: todos tm direito proteo socioassistencial, prestada
a quem dela necessitar, com respeito dignidade e autonomia do
cidado, sem discriminao de qualquer espcie ou comprovao vexatria da
sua condio; II - gratuidade: a assistncia social deve ser prestada
sem exigncia de contribuio ou contrapartida, observado o que dispe
o art. 35, da Lei n 10.741, de 1 de outubro de 2003 - Estatuto do
Idoso; III - integralidade da proteo social: oferta das provises em
sua completude, por meio de conjunto articulado de servios,
programas, projetos e benefcios socioassistenciais; IV
intersetorialidade: integrao e articulao da rede socioassistencial
com as demais polticas e rgos setoriais; V equidade: respeito s
diversidades regionais, culturais, socioeconmicas, polticas e
territoriais, priorizando aqueles que estiverem em situao de
vulnerabilidade e risco pessoal e social. Art. 4 So seguranas
afianadas pelo SUAS: I - acolhida: provida por meio da oferta
pblica de espaos e servios para a realizao da proteo social bsica e
especial, devendo as instalaes fsicas e a ao profissional
conter:
3. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 3/41
a)condies de recepo; b)escuta profissional qualificada; c)informao;
d)referncia; e)concesso de benefcios; f)aquisies materiais e
sociais; g)abordagem em territrios de incidncia de situaes de
risco; h) oferta de uma rede de servios e de locais de permanncia
de indivduos e famlias sob curta, mdia e longa permanncia. II -
renda: operada por meio da concesso de auxlios financeiros e da
concesso de benefcios continuados, nos termos da lei, para cidados
no includos no sistema contributivo de proteo social, que
apresentem vulnerabilidades decorrentes do ciclo de vida e/ou
incapacidade para a vida independente e para o trabalho; III -
convvio ou vivncia familiar, comunitria e social: exige a oferta
pblica de rede continuada de servios que garantam oportunidades e
ao profissional para: a)a construo, restaurao e o fortalecimento de
laos de pertencimento, de natureza geracional, intergeracional,
familiar, de vizinhana e interesses comuns e societrios; b)o
exerccio capacitador e qualificador de vnculos sociais e de
projetos pessoais e sociais de vida em sociedade. IV -
desenvolvimento de autonomia: exige aes profissionais e sociais
para: a) o desenvolvimento de capacidades e habilidades para o
exerccio do protagonismo, da cidadania; b) a conquista de melhores
graus de liberdade, respeito dignidade humana, protagonismo e
certeza de proteo social para o cidado e a cidad, a famlia e a
sociedade; c) conquista de maior grau de independncia pessoal e
qualidade, nos laos sociais, para os cidados e as cidads sob
contingncias e vicissitudes. V - apoio e auxlio: quando sob riscos
circunstanciais, exige a oferta de auxlios em bens materiais e em
pecnia, em carter transitrio, denominados de benefcios eventuais
para as famlias, seus membros e indivduos. Art. 5 So diretrizes
estruturantes da gesto do SUAS: I - primazia da responsabilidade do
Estado na conduo da poltica de assistncia social; II -
descentralizao poltico-administrativa e comando nico das aes em
cada esfera de governo; III - financiamento partilhado entre a
Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; IV -
matricialidade sociofamiliar; V - territorializao; VI -
fortalecimento da relao democrtica entre Estado e sociedade civil;
VII controle social e participao popular. Art. 6 So princpios ticos
para a oferta da proteo socioassistencial no SUAS: I - defesa
incondicional da liberdade, da dignidade da pessoa humana, da
privacidade, da cidadania, da integridade fsica, moral e psicolgica
e dos direitos socioassistenciais; II defesa do protagonismo e da
autonomia dos usurios e a recusa de prticas de carter clientelista,
vexatrio ou com intuito de benesse ou ajuda; III - oferta de
servios, programas, projetos e benefcios pblicos gratuitos com
qualidade e continuidade, que garantam a oportunidade de convvio
para o fortalecimento de laos familiares e sociais; IV - garantia
da laicidade na relao entre o cidado e o Estado na prestao e
divulgao das aes do SUAS; V - respeito pluralidade e diversidade
cultural, socioeconmica, poltica e religiosa; VI - combate s
discriminaes etrias, tnicas, de classe social, de gnero, por
orientao sexual ou por deficincia, dentre outras;
4. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 4/41 VII
garantia do direito a receber dos rgos pblicos e prestadores de
servios o acesso s informaes e documentos da assistncia social, de
interesse particular, ou coletivo, ou geral - que sero prestadas
dentro do prazo da Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011 - Lei de
Acesso Informao - LAI, e a identificao daqueles que o atender; VIII
- proteo privacidade dos usurios, observando o sigilo profissional,
preservando sua intimidade e opo e resgatando sua histria de vida;
IX - garantia de ateno profissional direcionada para a construo de
projetos pessoais e sociais para autonomia e sustentabilidade do
usurio; X - reconhecimento do direito dos usurios de ter acesso a
benefcios e renda; XI garantia incondicional do exerccio do direito
participao democrtica dos usurios, com incentivo e apoio organizao
de fruns, conselhos, movimentos sociais e cooperativas populares,
potencializando prticas participativas; XII - acesso assistncia
social a quem dela necessitar, sem discriminao social de qualquer
natureza, resguardando os critrios de elegibilidade dos diferentes
benefcios e as especificidades dos servios, programas e projetos;
XIII - garantia aos profissionais das condies necessrias para a
oferta de servios em local adequado e acessvel aos usurios, com a
preservao do sigilo sobre as informaes prestadas no atendimento
socioassistencial, de forma a assegurar o compromisso tico e
profissional estabelecidos na Norma Operacional Bsica de Recurso
Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS; XIV - disseminao do conhecimento
produzido no mbito do SUAS, por meio da publicizao e divulgao das
informaes colhidas nos estudos e pesquisas aos usurios e
trabalhadores, no sentido de que estes possam us-las na defesa da
assistncia social, de seus direitos e na melhoria das qualidade dos
servios, programas, projetos e benefcios; XV simplificao dos
processos e procedimentos na relao com os usurios no acesso aos
servios, programas, projetos e benefcios, agilizando e melhorando
sua oferta; XVI garantia de acolhida digna, atenciosa, equitativa,
com qualidade, agilidade e continuidade; XVII prevalncia, no mbito
do SUAS, de aes articuladas e integradas, para garantir a
integralidade da proteo socioassistencial aos usurios dos servios,
programas, projetos e benefcios; XVIII garantia aos usurios do
direito s informaes do respectivo histrico de atendimentos,
devidamente registrados nos pronturios do SUAS. Art. 7 A garantia
de proteo socioassistencial compreende: I - precedncia da proteo
social bsica, com o objetivo de prevenir situaes de risco social e
pessoal; II - no submisso do usurio a situaes de subalternizao; III
- desenvolvimento de ofertas de servios e benefcios que favoream
aos usurios do SUAS a autonomia, resilincia, sustentabilidade,
protagonismo, acesso a oportunidades, condies de convvio e
socializao, de acordo com sua capacidade, dignidade e projeto
pessoal e social; IV dimenso proativa que compreende a interveno
planejada e sistemtica para o alcance dos objetivos do SUAS com
absoluta primazia da responsabilidade estatal na conduo da poltica
de assistncia social em cada esfera de governo; V reafirmao da
assistncia social como poltica de seguridade social e a importncia
da intersetorialidade com as demais polticas pblicas para a
efetivao da proteo social. CAPTULO II GESTO DO SISTEMA NICO DE
ASSISTNCIA SOCIAL Art. 8 O SUAS se fundamenta na cooperao entre a
Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios e estabelece as
respectivas competncias e responsabilidades comuns e especficas. 1
As responsabilidades se pautam pela ampliao da proteo
socioassistencial em todos os seus nveis, contribuindo para a
erradicao do trabalho infantil, o enfrentamento da pobreza, da
extrema pobreza e
5. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 5/41 das
desigualdades sociais, e para a garantia dos direitos, conforme
disposto na Constituio Federal e na legislao relativa assistncia
social. 2 O SUAS comporta quatro tipos de Gesto: I - da Unio II -
dos Estados; III - do Distrito Federal; IV - dos Municpios. 3 O
SUAS integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos
de assistncia social e pelas entidades e organizaes de assistncia
social abrangidas pela Lei n 8.742, de 7 de Dezembro de 1993, Lei
Orgnica da Assistncia Social LOAS. Art. 9 A Unio, os Estados, o
Distrito Federal e os Municpios, conforme suas competncias,
previstas na Constituio Federal e na LOAS, assumem
responsabilidades na gesto do sistema e na garantia de sua
organizao, qualidade e resultados na prestao dos servios,
programas, projetos e benefcios socioassistenciais que sero
ofertados pela rede socioassistencial. Pargrafo nico. Considera-se
rede socioassistencial o conjunto integrado da oferta de servios,
programas, projetos e benefcios de assistncia social mediante
articulao entre todas as unidades de proviso do SUAS. Art. 10. Os
Municpios que no aderiram ao SUAS na forma da NOB SUAS, aprovada
pela Resoluo n 130, de 15 de julho de 2005, do Conselho Nacional de
Assistncia Social CNAS, faro a adeso por meio da apresentao Comisso
Intergestores Bipartite - CIB de seu Estado dos documentos
comprobatrios da instituio e funcionamento do conselho, plano e
fundo de assistncia social, bem como da alocao de recursos prprios
no fundo. 1 A criao e o funcionamento do conselho de assistncia
social devero ser demonstrados por: I - cpia da lei de sua criao;
II - cpia das atas das suas 3 (trs) ltimas reunies ordinrias; III -
cpia da publicao da sua atual composio; e IV - cpia da ata que
aprova o envio destes documentos CIB. 2 A criao e existncia do
fundo de assistncia social, assim como a alocao de recursos
prprios, devero ser demonstradas por: I - cpia da lei de criao do
fundo e de sua regulamentao; II - cpia da Lei Oramentria Anual -
LOA; III - balancete do ltimo trimestre do fundo; e IV - cpia da
resoluo do conselho de assistncia social de aprovao da prestao de
contas do ano anterior. Art. 11. Sero pactuados pela Comisso
Intergestores Tripartite - CIT parmetros para a consolidao da rede
de servios, de equipamentos, da gesto do SUAS e do funcionamento
adequado dos conselhos de assistncia social. SEO I
RESPONSABILIDADES DOS ENTES Art. 12. Constituem responsabilidades
comuns Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios: I - organizar e
coordenar o SUAS em seu mbito, observando as deliberaes e pactuaes
de suas
6. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 6/41
respectivas instncias; II - estabelecer prioridades e metas visando
preveno e ao enfrentamento da pobreza, da desigualdade, das
vulnerabilidades e dos riscos sociais; III - normatizar e regular a
poltica de assistncia social em cada esfera de governo, em
consonncia com as normas gerais da Unio; IV - elaborar o Pacto de
Aprimoramento do SUAS, contendo: a) aes de estruturao e
aperfeioamento do SUAS em seu mbito; b)planejamento e
acompanhamento da gesto, organizao e execuo dos servios, programas,
projetos e benefcios socioassistenciais; V - garantir o comando
nico das aes do SUAS pelo rgo gestor da poltica de assistncia
social, conforme preconiza a LOAS; VI - atender aos requisitos
previstos no art. 30 e seu pargrafo nico, da LOAS, com a efetiva
instituio e funcionamento do: a) conselho de assistncia social, de
composio paritria entre governo e sociedade civil; b) fundo de
assistncia social constitudo como unidade oramentria e gestora,
vinculado ao rgo gestor da assistncia social, que tambm dever ser o
responsvel pela sua ordenao de despesas, e com alocao de recursos
financeiros prprios; c) Plano de Assistncia Social; VII - prover a
infraestrutura necessria ao funcionamento do conselho de assistncia
social, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros,
inclusive para as despesas referentes a passagens e dirias de
conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, no
exerccio de suas atribuies; VIII - realizar, em conjunto com os
conselhos de assistncia social, as conferncias de assistncia
social; IX - estimular a mobilizao e organizao dos usurios e
trabalhadores do SUAS para a participao nas instncias de controle
social da poltica de assistncia social; X - promover a participao
da sociedade, especialmente dos usurios, na elaborao da poltica de
assistncia social; XI - instituir o planejamento contnuo e
participativo no mbito da poltica de assistncia social; XII -
assegurar recursos oramentrios e financeiros prprios para o
financiamento dos servios tipificados e benefcios assistenciais de
sua competncia, alocando-os no fundo de assistncia social; XIII -
garantir que a elaborao da pea oramentria esteja de acordo com os
Planos de Assistncia Social e compromissos assumidos no Pacto de
Aprimoramento do SUAS; XIV dar publicidade ao dispndio dos recursos
pblicos destinados assistncia social; XV - formular diretrizes e
participar das definies sobre o financiamento e o oramento da
assistncia social; XVI - garantir a integralidade da proteo
socioassistencial populao, primando pela qualificao dos servios do
SUAS, exercendo essa responsabilidade de forma compartilhada entre
a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios; XVII - garantir e
organizar a oferta dos servios socioassistenciais conforme
Tipificao Nacional de Servios Socioassistenciais; XVIII definir os
servios socioassistenciais de alto custo e as responsabilidades dos
entes de financiamento e execuo; XIX- estruturar, implantar e
implementar a Vigilncia Socioassistencial; XX - definir os fluxos
de referncia e contrarreferncia do atendimento nos servios
socioassistenciais, com respeito s diversidades em todas as suas
formas de modo a garantir a ateno igualitria. XXI aprimorar a gesto
do Programa Bolsa Famlia e do Cadastro nico para Programas Sociais
do Governo Federal - Cadastro nico; XXII gerir, de forma integrada,
os servios, benefcios e programas de transferncia de renda de sua
competncia; XXIII - regulamentar os benefcios eventuais em
consonncia com as deliberaes do CNAS; XXIV - implementar os
protocolos pactuados na CIT;
7. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 7/41 XXV -
promover a articulao intersetorial do SUAS com as demais polticas
pblicas e o sistema de garantia de direitos; XXVI - desenvolver,
participar e apoiar a realizao de estudos, pesquisas e diagnsticos
relacionados poltica de assistncia social, em especial para
fundamentar a anlise de situaes de vulnerabilidade e risco dos
territrios e o equacionamento da oferta de servios em conformidade
com a tipificao nacional; XXVII - implantar sistema de informao,
acompanhamento, monitoramento e avaliao para promover o
aprimoramento, qualificao e integrao contnuos dos servios da rede
socioassistencial, conforme Pacto de Aprimoramento do SUAS e Plano
de Assistncia Social; XXVIII - manter atualizado o conjunto de
aplicativos do Sistema de Informao do Sistema nico de Assistncia
Social Rede SUAS; XXIX - definir, em seu nvel de competncia, os
indicadores necessrios ao processo de acompanhamento, monitoramento
e avaliao; XXX - elaborar, implantar e executar a poltica de
recursos humanos, de acordo com a NOB/RH - SUAS; XXXI - implementar
a gesto do trabalho e a educao permanente; XXXII - instituir e
garantir capacitao para gestores, trabalhadores, dirigentes de
entidades e organizaes, usurios e conselheiros de assistncia
social; XXXIII - criar ouvidoria do SUAS, preferencialmente com
profissionais do quadro efetivo; XXXIV - atender s aes
socioassistenciais de carter de emergncia; XXXV assessorar e apoiar
as entidades e organizaes visando adequao dos seus servios,
programas, projetos e benefcios de assistncia social s normas do
SUAS. Art. 13. So responsabilidades da Unio: I - responder pela
concesso e manuteno do Benefcio de Prestao Continuada - BPC
definido no art. 203 da Constituio Federal; II - coordenar a gesto
do BPC, promovendo estratgias de articulao com os servios,
programas e projetos socioassistenciais e demais polticas
setoriais; III regulamentar e cofinanciar, em mbito nacional, por
meio de transferncia regular e automtica, na modalidade fundo a
fundo, o aprimoramento da gesto, dos servios, programas e projetos
de proteo social bsica e especial, para prevenir e reverter situaes
de vulnerabilidade social e riscos; IV - realizar o monitoramento e
a avaliao da poltica de assistncia social e assessorar os Estados,
o Distrito Federal e os Municpios para seu desenvolvimento; V -
garantir condies financeiras, materiais e estruturais para o
efetivo funcionamento da CIT e do CNAS; VI - regular o acesso s
seguranas de proteo social, conforme estabelecem a Poltica Nacional
de Assistncia Social PNAS e esta NOB SUAS; VII - definir as condies
e o modo de acesso aos direitos socioassistenciais, visando sua
universalizao; VIII - propor diretrizes para a prestao dos servios
socioassistenciais, pactu-las com os Estados, o Distrito Federal e
os Municpios e submet-las aprovao do CNAS; IX orientar, acompanhar
e monitorar a implementao dos servios socioassistenciais
tipificados nacionalmente, objetivando a sua qualidade; X - apoiar
tcnica e financeiramente os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios na implementao dos servios, programas, projetos e
benefcios de proteo social bsica e especial, dos projetos de
enfrentamento da pobreza e das aes socioassistenciais de carter
emergencial; XI - coordenar e gerir a Rede SUAS; XII coordenar em
nvel nacional o Cadastro nico e o Programa Bolsa Famlia; XIII -
apoiar tcnica e financeiramente os Estados, e o Distrito Federal e
Municpios na implantao da vigilncia socioassistencial; XIV -
elaborar plano de apoio aos Estados e Distrito Federal com
pendncias e irregularidades junto ao SUAS, para cumprimento do
plano de providncias; XV coordenar e manter atualizado cadastro de
entidades de assistncia social, de que trata o inciso XI, do art.
19, da LOAS, em articulao com os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios;
8. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 8/41 XVI
decidir sobre a concesso e renovao da certificao de entidade
beneficente de assistncia social no mbito da assistncia social;
XVII reconhecer as entidades e organizaes integrantes da rede
socioassistencial, por meio do vnculo SUAS; XVIII apoiar tcnica e
financeiramente as entidades de representao nacional dos secretrios
estaduais e municipais de assistncia social; XIX - normatizar o 3
do art. 6- B da LOAS. Art. 14. A Unio apoiar financeiramente o
aprimoramento gesto descentralizada do Programa Bolsa Famlia e dos
servios, programas, projetos e benefcios de assistncia social,
respectivamente, por meio do ndice de Gesto Descentralizada do
Programa Bolsa Famlia IGD PBF e do ndice de Gesto Descentralizada
do Sistema nico de Assistncia Social - IGDSUAS, para a utilizao no
mbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, conforme
definido no 2, art. 8 da Lei 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e no
art. 12-A da Lei n 8.742, de 1993. Art. 15. So responsabilidades
dos Estados: I - destinar recursos financeiros aos Municpios, a
ttulo de participao no custeio do pagamento dos benefcios eventuais
de que trata o art. 22, da LOAS, mediante critrios estabelecidos
pelo Conselho Estadual de Assistncia Social CEAS; II - cofinanciar,
por meio de transferncia regular e automtica, na modalidade fundo a
fundo os servios, programas, projetos e benefcios eventuais e o
aprimoramento da gesto, em mbito regional e local; III - estimular
e apoiar tcnica e financeiramente as associaes e consrcios
municipais na prestao de servios de assistncia social; IV -
organizar, coordenar e prestar servios regionalizados da proteo
social especial de mdia e alta complexidade, de acordo com o
diagnstico socioterritorial e os critrios pactuados na CIB e
deliberados pelo CEAS; V - realizar o monitoramento e a avaliao da
poltica de assistncia social em sua esfera de abrangncia e
assessorar os Municpios para seu desenvolvimento; VI - garantir
condies financeiras, materiais e estruturais para o funcionamento
efetivo da CIB e do CEAS; VII - apoiar tcnica e financeiramente os
Municpios na implantao e na organizao dos servios, programas,
projetos e benefcios socioassistenciais; VIII - apoiar tcnica e
financeiramente os Municpios para a implantao e gesto do SUAS,
Cadastro nico e Programa Bolsa Famlia; IX - apoiar tcnica e
financeiramente os Municpios na implantao da vigilncia
socioassistencial; X - municipalizar os servios de proteo social
bsica executados diretamente pelos Estados, assegurando seu
cofinanciamento, com exceo dos servios socioassistenciais prestados
no distrito estadual de Pernambuco, Fernando de Noronha, at que
este seja emancipado; XI - coordenar o processo de definio dos
fluxos de referncia e contrarreferncia dos servios regionalizados,
acordado com os Municpios e pactuado na CIB; XII - organizar,
coordenar, articular, acompanhar e monitorar a rede
socioassistencial nos mbitos estadual e regional; XIII - instituir
aes preventivas e proativas de acompanhamento aos Municpios no
cumprimento das normativas do SUAS, para o aprimoramento da gesto,
dos servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais
pactuados nacionalmente; XIV - participar dos mecanismos formais de
cooperao intergovernamental que viabilizem tcnica e financeiramente
os servios de referncia regional, definindo as competncias na gesto
e no cofinanciamento, a serem pactuadas na CIB; XV - elaborar plano
de apoio aos Municpios com pendncias e irregularidades junto ao
SUAS, para cumprimento do plano de providncias acordado nas
respectivas instncias de pactuao e deliberao; XVI - elaborar e
cumprir o plano de providncias, no caso de pendncias e
irregularidades do Estado junto
9. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 9/41 ao
SUAS, aprovado no CEAS e pactuado na CIT; XVII - prestar as
informaes necessrias para a Unio no acompanhamento da gesto
estadual; XVIII zelar pela boa e regular execuo dos recursos da
Unio transferidos aos Estados, executados direta ou indiretamente
por este, inclusive no que tange prestao de contas; XIX - aprimorar
os equipamentos e servios socioassistenciais, observando os
indicadores de monitoramento e avaliao pactuados; XX alimentar o
Censo do Sistema nico de Assistncia Social Censo SUAS; XXI -
instituir plano estadual de capacitao e educao permanente; XXII -
acompanhar o sistema de cadastro de entidades e organizaes de
assistncia social, de que trata o inciso XI, do art. 19, da LOAS,
em articulao com os Municpios de sua rea de abrangncia; XXIII -
apoiar tcnica e financeiramente entidade de representao estadual
dos secretrios municipais de assistncia social. XXIV normatizar, em
seu mbito, o financiamento integral dos servios, programas,
projetos e benefcios de assistncia social ofertados pelas entidades
vinculadas ao SUAS, conforme 3 do art. 6- B da LOAS e sua
regulamentao em mbito federal. Art. 16. So responsabilidades do
Distrito Federal: I - destinar recursos financeiros para custeio
dos benefcios eventuais de que trata o art. 22, da LOAS, mediante
critrios e prazos estabelecidos pelo Conselho de Assistncia Social
do Distrito Federal - CASDF; II - efetuar o pagamento do
auxlio-natalidade e o auxlio-funeral; III - executar os projetos de
enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com organizaes da
sociedade civil; IV - atender s aes socioassistenciais de carter de
emergncia; V - prestar os servios socioassistenciais de que trata o
art. 23, da LOAS; VI - cofinanciar o aprimoramento da gesto, dos
servios, programas e projetos de assistncia social em mbito local;
VII - realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia
social em seu mbito; VIII - aprimorar os equipamentos e servios
socioassistenciais, observando os indicadores de monitoramento e
avaliao pactuados; IX - organizar a oferta de servios de forma
territorializada, em reas de maior vulnerabilidade e risco, de
acordo com o diagnstico socioterritorial, construindo arranjo
institucional que permita envolver os Municpios da Regio Integrada
de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE; X -
organizar, coordenar, articular, acompanhar e monitorar a rede de
servios da proteo social bsica e especial; XI - participar dos
mecanismos formais de cooperao intergovernamental que viabilizem
tcnica e financeiramente os servios de referncia regional,
definindo as competncias na gesto e no cofinanciamento, a serem
pactuadas na CIT; XII - realizar a gesto local do BPC, garantindo
aos seus beneficirios e famlias o acesso aos servios, programas e
projetos da rede socioassistencial; XIII alimentar o Censo SUAS;
XIV - gerir, no mbito do Distrito Federal, o Cadastro nico e o
Programa Bolsa Famlia, nos termos do 1 do art. 8 da Lei n 10.836,
de 2004; XV - elaborar e cumprir o plano de providncias, no caso de
pendncias e irregularidades junto ao SUAS, aprovado pelo CASDF e
pactuado na CIT; XVI - prestar as informaes necessrias para a Unio
no acompanhamento da gesto do Distrito Federal; XVII - instituir
plano de capacitao e educao permanente do Distrito Federal; XVIII
zelar pela boa e regular execuo, direta ou indireta, dos recursos
da Unio transferidos ao Distrito Federal, inclusive no que tange
prestao de contas; XIX - proceder o preenchimento do sistema de
cadastro de entidades e organizaes de assistncia social de que
trata o inciso XI do art. 19 da LOAS;
10. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 10/41 XX -
viabilizar estratgias e mecanismos de organizao, reconhecendo o
pertencimento das entidades de assistncia social como integrantes
da rede socioassistencial em mbito local. XXI normatizar, em seu
mbito, o financiamento integral dos servios, programas, projetos e
benefcios de assistncia social ofertados pelas entidades vinculadas
ao SUAS, conforme 3 do art. 6-B da LOAS e sua regulamentao em mbito
federal. Art. 17. So responsabilidades dos Municpios: I - destinar
recursos financeiros para custeio dos benefcios eventuais de que
trata o art. 22, da LOAS, mediante critrios estabelecidos pelos
Conselhos Municipais de Assistncia Social - CMAS; II - efetuar o
pagamento do auxlio-natalidade e o auxlio-funeral; III - executar
os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com
organizaes da sociedade civil; IV - atender s aes
socioassistenciais de carter de emergncia; V - prestar os servios
socioassistenciais de que trata o art. 23, da LOAS; VI -
cofinanciar o aprimoramento da gesto e dos servios, programas e
projetos de assistncia social, em mbito local; VII - realizar o
monitoramento e a avaliao da poltica de assistncia social em seu
mbito; VIII - aprimorar os equipamentos e servios
socioassistenciais, observando os indicadores de monitoramento e
avaliao pactuados; IX - organizar a oferta de servios de forma
territorializada, em reas de maior vulnerabilidade e risco, de
acordo com o diagnstico socioterritorial; X - organizar, coordenar,
articular, acompanhar e monitorar a rede de servios da proteo
social bsica e especial; XI alimentar o Censo SUAS; XII - assumir
as atribuies, no que lhe couber, no processo de municipalizao dos
servios de proteo social bsica; XIII - participar dos mecanismos
formais de cooperao intergovernamental que viabilizem tcnica e
financeiramente os servios de referncia regional, definindo as
competncias na gesto e no cofinanciamento, a serem pactuadas na
CIB; XIV - realizar a gesto local do BPC, garantindo aos seus
beneficirios e famlias o acesso aos servios, programas e projetos
da rede socioassistencial; XV - gerir, no mbito municipal, o
Cadastro nico e o Programa Bolsa Famlia, nos termos do 1 do art. 8
da Lei n 10.836 de 2004; XVI - elaborar e cumprir o plano de
providncias, no caso de pendncias e irregularidades do Municpio
junto ao SUAS, aprovado pelo CMAS e pactuado na CIB; XVII - prestar
informaes que subsidiem o acompanhamento estadual e federal da
gesto municipal; XVIII zelar pela execuo direta ou indireta dos
recursos transferidos pela Unio e pelos Estados aos Municpios,
inclusive no que tange a prestao de contas; XIX - proceder o
preenchimento do sistema de cadastro de entidades e organizaes de
assistncia social de que trata o inciso XI do art. 19 da LOAS; XX -
viabilizar estratgias e mecanismos de organizao para aferir o
pertencimento rede socioassistencial, em mbito local, de servios,
programas, projetos e benefcios socioassistenciais ofertados pelas
entidades e organizaes de acordo com as normativas federais. XXI
normatizar, em mbito local, o financiamento integral dos servios,
programas, projetos e benefcios de assistncia social ofertados
pelas entidades vinculadas ao SUAS, conforme 3 do art. 6 B da LOAS
e sua regulamentao em mbito federal. CAPTULO III PLANOS DE
ASSISTNCIA SOCIAL
11. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 11/41 Art.
18. O Plano de Assistncia Social, de que trata o art. 30 da LOAS,
um instrumento de planejamento estratgico que organiza, regula e
norteia a execuo da PNAS na perspectiva do SUAS. 1 A elaborao do
Plano de Assistncia Social de responsabilidade do rgo gestor da
poltica que o submete aprovao do conselho de assistncia social. 2 A
estrutura do plano composta por, dentre outros: I - diagnstico
socioterritorial; II - objetivos gerais e especficos; III -
diretrizes e prioridades deliberadas; IV - aes e estratgias
correspondentes para sua implementao; V - metas estabelecidas; VI -
resultados e impactos esperados; VII - recursos materiais, humanos
e financeiros disponveis e necessrios; VIII - mecanismos e fontes
de financiamento; IX - cobertura da rede prestadora de servios; X -
indicadores de monitoramento e avaliao; XI - espao temporal de
execuo; Art. 19. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios devero elaborar os respectivos Planos de Assistncia
Social a cada 4 (quatro) anos, de acordo com os perodos de elaborao
do Plano Plurianual - PPA. Art. 20. A realizao de diagnstico
socioterritorial, a cada quadrinio, compe a elaborao dos Planos de
Assistncia Social em cada esfera de governo. Pargrafo nico. O
diagnstico tem por base o conhecimento da realidade a partir da
leitura dos territrios, microterritrios ou outros recortes
socioterritoriais que possibilitem identificar as dinmicas sociais,
econmicas, polticas e culturais que os caracterizam, reconhecendo
as suas demandas e potencialidades. Art. 21. A realizao de
diagnstico socioterritorial requer: I - processo contnuo de
investigao das situaes de risco e vulnerabilidade social presentes
nos territrios, acompanhado da interpretao e anlise da realidade
socioterritorial e das demandas sociais que esto em constante
mutao, estabelecendo relaes e avaliaes de resultados e de impacto
das aes planejadas; II - identificao da rede socioassistencial
disponvel no territrio, bem como de outras polticas pblicas, com a
finalidade de planejar a articulao das aes em resposta s demandas
identificadas e a implantao de servios e equipamentos necessrios;
III reconhecimento da oferta e da demanda por servios
socioassistenciais e definio de territrios prioritrios para a atuao
da poltica de assistncia social. IV utilizao de dados
territorializados disponveis nos sistemas oficiais de informaes.
Pargrafo nico. Consideram-se sistemas oficiais de informaes aqueles
utilizados no mbito do SUAS, ainda que oriundos de outros rgos da
administrao pblica. Art. 22. Os Planos de Assistncia Social, alm do
que estabelece o 2 do art. 18 desta Norma, devem observar: I -
deliberaes das conferncias de assistncia social para a Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios; II metas nacionais
pactuadas, que expressam o compromisso para o aprimoramento do SUAS
para a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; III
metas estaduais pactuadas que expressam o compromisso para o
aprimoramento do SUAS para
12. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 12/41
Estados e Municpios; IV aes articuladas e intersetoriais; V- aes de
apoio tcnico e financeiro gesto descentralizada do SUAS. Pargrafo
nico. O apoio tcnico e financeiro compreende, entre outras aes: I -
capacitao; II - elaborao de normas e instrumentos; III - publicao
de materiais informativos e de orientaes tcnicas; IV assessoramento
e acompanhamento; V - incentivos financeiros. CAPTULO IV PACTO DE
APRIMORAMENTO DO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL Art. 23. O Pacto
de Aprimoramento do SUAS firmado entre a Unio, os Estados, o
Distrito Federal e os Municpios o instrumento pelo qual se
materializam as metas e as prioridades nacionais no mbito do SUAS,
e se constitui em mecanismo de induo do aprimoramento da gesto, dos
servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais. 1 A
periodicidade de elaborao do Pacto ser quadrienal, com o
acompanhamento e a reviso anual das prioridades e metas
estabelecidas. 2 A pactuao das prioridades e metas se dar no ltimo
ano de vigncia do PPA de cada ente federativo. 3 A Unio dever
pactuar na CIT, no ltimo ano de vigncia do PPA de cada ente
federativo, a cada 4 (quatro anos), as prioridades e metas
nacionais para Estados, Distrito Federal e Municpios. 4 Os Estados
devero pactuar nas CIBs, no ltimo ano de vigncia do PPA dos
Municpios, a cada 4 (quatro) anos, as prioridades e metas regionais
e estaduais para os municpios, que devem guardar consonncia com as
prioridades e metas nacionais. 5 A reviso das prioridades e metas
ocorrer anualmente, sob proposio do Ministrio do Desenvolvimento
Social e Combate Fome - MDS, pactuadas na CIT, a partir de alteraes
de indicadores identificados nos sistemas nacionais de estatstica,
Censo SUAS, Rede SUAS e outros sistemas do MDS. 6 O Pacto e o Plano
de Assistncia Social devem guardar correlao entre si. 7 A Unio e os
Estados acompanharo a realizao das prioridades e das metas contidas
no Pacto. 8 A primeira pactuao das prioridades e metas se dar para:
I Os Estados e o Distrito Federal no exerccio de 2015, com vigncia
para o quadrinio de 2016/2019. II - Os Municpios no exerccio de
2013, com vigncia para o quadrinio de 2014/2017. Art. 24. O Pacto
de Aprimoramento do SUAS compreende: I - definio de indicadores; II
definio de nveis de gesto; III - fixao de prioridades e metas de
aprimoramento da gesto, dos servios, programas, projetos e
benefcios socioassistenciais do SUAS; IV planejamento para o
alcance de metas de aprimoramento da gesto, dos servios, programas,
projetos e benefcios socioassistenciais do SUAS; V - apoio entre a
Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, para o alcance
das metas pactuadas; e VI adoo de mecanismos de acompanhamento e
avaliao.
13. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 13/41 Art.
25. A realizao do Pacto de Aprimoramento do SUAS se dar a partir da
definio das prioridades e metas nacionais para cada quadrinio e do
preenchimento do instrumento que materializa o planejamento para o
alcance das metas. Art. 26. As prioridades e metas nacionais
referentes a pblicos, vulnerabilidade e riscos especficos podero
ser objeto de pactuao prpria. SEO I INDICADORES Art. 27. Os
indicadores que orientam o processo de planejamento para o alcance
de metas de aprimoramento do SUAS sero apurados anualmente, a
partir das informaes prestadas nos sistemas oficiais de informaes e
sistemas nacionais de estatstica. 1 Os indicadores nacionais sero
institudos pelo MDS. 2 Sero incorporados progressivamente novos
indicadores e dimenses, na medida em que ocorrerem novas pactuaes.
SEO II NVEIS DE GESTO Art. 28. Os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios sero agrupados em nveis de gesto, a partir da apurao do
ndice de Desenvolvimento do SUAS - ID SUAS, consoante ao estgio de
organizao do SUAS em mbito local, estadual e distrital. Pargrafo
nico. O ID SUAS ser composto por um conjunto de indicadores de
gesto, servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais
apurados a partir do Censo SUAS, sistemas da Rede SUAS e outros
sistemas do MDS. Art. 29. Os nveis de gesto correspondem escala de
aprimoramento, na qual a base representa os nveis iniciais de
implantao do SUAS e o pice corresponde aos seus nveis mais
avanados, de acordo com as normativas em vigor. Art. 30. Os nveis
de gesto so dinmicos e as mudanas ocorrero automaticamente na
medida em que o ente federativo, quando da apurao anual do ID SUAS,
demonstrar o alcance de estgio mais avanado ou o retrocesso a
estgio anterior de organizao do SUAS. SEO III PRIORIDADES E METAS
DE APRIMORAMENTO DO SUAS Art. 31. As prioridades e metas nacionais
sero pactuadas a cada 4 (quatro) anos na CIT, conforme prev o 1 do
art.23, com base nos indicadores apurados anualmente, a partir das
informaes prestadas nos sistemas de informaes oficiais do MDS e
sistemas nacionais de estatstica, que nortearo a elaborao dos
Pactos de Aprimoramento do SUAS. SEO IV ALCANCE DAS METAS DE
APRIMORAMENTO DO SUAS Art. 32. O planejamento para alcance das
metas de aprimoramento do SUAS ser realizado por meio de ferramenta
informatizada, a ser disponibilizada pela Unio.
14. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 14/41 1 Os
conselhos de assistncia social deliberaro acerca do planejamento
para o alcance das metas. 2 A resoluo do respectivo conselho de
assistncia social referente aprovao ou reviso do planejamento para
alcance de metas dever ser publicada em dirio oficial ou jornal de
grande circulao. SEO V ACOMPANHAMENTO E AVALIAO DO ALCANCE DAS
METAS DE APRIMORAMENTO DO SUAS Art. 33. O acompanhamento e a
avaliao do Pacto de Aprimoramento do SUAS tem por objetivo observar
o cumprimento do seu contedo e a efetivao dos compromissos
assumidos entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios para a melhoria contnua da gesto, dos servios, programas,
projetos e benefcios socioassistenciais, visando sua adequao
gradativa aos padres estabelecidos pelo SUAS. Art. 34. O
acompanhamento e a avaliao possibilitam o acesso s informaes sobre
a execuo das aes planejadas, as dificuldades encontradas e os
resultados alcanados, favorecendo a reviso e a tomada de decises
pelo gestor. Art. 35. As informaes referentes ao acompanhamento e
avaliao sero atualizadas anualmente pela Unio, pelos Estados, pelo
Distrito Federal e pelos Municpios, para aferio da execuo do
planejamento que visa o alcance das respectivas metas. Pargrafo
nico. O acompanhamento dos Pactos de Aprimoramento do SUAS, que
estar a cargo da Unio e dos Estados, dever orientar o apoio tcnico
e financeiro gesto descentralizada para o alcance das metas de
aprimoramento da gesto, dos servios, programas, projetos e
benefcios socioassistenciais do SUAS. CAPTULO V PROCESSO DE
ACOMPANHAMENTO NO SUAS Art. 36. O processo de acompanhamento da
gesto, dos servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais do SUAS, realizado pela Unio, pelos Estados,
pelo Distrito Federal e pelos Municpios objetiva a verificao: I do
alcance das metas de pactuao nacional e estadual e dos indicadores
do SUAS, visando ao reordenamento e qualificao da gesto, dos
servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais; II da
observncia das normativas do SUAS. 1 O processo de acompanhamento
se dar pela Unio aos Estados e Distrito Federal e pelos Estados aos
respectivos Municpios. 2 O processo de acompanhamento de que trata
o caput se dar por meio do: I - monitoramento do SUAS; II - visitas
tcnicas; III - anlise de dados do Censo SUAS, da Rede SUAS e de
outros sistemas do MDS ou dos Estados; IV - apurao de denncias; V -
fiscalizaes e auditorias; VI - outros que vierem a ser institudos.
3 A Unio realizar o monitoramento e a avaliao da poltica de
assistncia social e assessorar os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios para seu desenvolvimento.
15. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 15/41 Art.
37. Os processos de acompanhamento desencadearo aes que objetivam a
resoluo de dificuldades encontradas, o aprimoramento e a qualificao
da gesto, dos servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais do SUAS, quais sejam: I - proativas e
preventivas; II - de superao das dificuldades encontradas; III de
avaliao da execuo do plano de providncias e medidas adotadas.
Pargrafo nico. As aes de que trata o caput destinam-se Unio, aos
Estados, ao Distrito Federal, aos Municpios e rede
socioassistencial. Art. 38. As aes de acompanhamento proativas e
preventivas consistem em procedimentos adotados na prestao de apoio
tcnico para o aprimoramento da gesto, dos servios, programas,
projetos e benefcios socioassistenciais, conforme previsto nas
normativas do SUAS e nas pactuaes nacionais e estaduais, prevenindo
a ocorrncia de situaes inadequadas. 1 Os procedimentos adotados no
acompanhamento proativo e preventivo podero desencadear: I - o
contato peridico, presencial ou no, da Unio com o Distrito Federal
e os Estados e destes com os respectivos Municpios; II - o
monitoramento presencial sistemtico da rede socioassistencial dos
Municpios e do Distrito Federal; III - a verificao anual do alcance
de metas e de indicadores do SUAS e da observncia das normativas
vigentes; IV outros procedimentos. 2 Os rgos gestores da poltica de
assistncia social devero, como parte do processo proativo e
preventivo, elaborar instrumentos informativos e publiciz-los
amplamente, para subsidiar o aprimoramento do SUAS. Art. 39. As aes
para a superao das dificuldades dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municpios na execuo do previsto nas normativas vigentes, no
alcance das metas de pactuao nacional e na melhoria dos indicadores
do SUAS objetivam solucionar as falhas identificadas e completar o
ciclo do processo de acompanhamento. 1 O processo de acompanhamento
adotar como instrumentos de assessoramento os planos de providncias
e de apoio. 2 As aes para a superao de dificuldades dos entes
federativos consistem no planejamento que envolva o gestor local, o
Estado e a Unio na resoluo definitiva dos problemas. Art. 40. O
Plano de Providncias constitui-se em instrumento de planejamento
das aes para a superao de dificuldades dos entes federados na gesto
e execuo dos servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais, a ser elaborado pelos Estados, Distrito Federal
e Municpios, com atribuies, dentre outras, de: I - identificar as
dificuldades apontadas nos relatrios de auditorias, nas denncias,
no Censo SUAS, entre outros; II - definir aes para superao das
dificuldades encontradas; III - indicar os responsveis por cada ao
e estabelecer prazos para seu cumprimento. 1 Os Estados, o Distrito
Federal e os Municpios elaboraro seus Planos de Providncias, que
sero: I - aprovados pelos CMAS e pactuados nas CIBs no mbito dos
Municpios; II - aprovados pelos CEAS e pactuados na CIT no mbito
dos Estados;
16. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 16/41 III -
aprovado pelo CASDF e pactuado na CIT no mbito do Distrito Federal.
2 A execuo dos Planos de Providncias ser acompanhada: I - pelos
respectivos conselhos de assistncia social e pelo Estado quanto aos
seus Municpios; II - pelos respectivos conselhos de assistncia
social e pela Unio quanto aos Estados e Distrito Federal; 3 O prazo
de vigncia do Plano de Providncias ser estabelecido de acordo com
cada caso, sendo considerado concludo aps a realizao de todas as
aes previstas. 4 A Unio acompanhar a execuo do Plano de Providncias
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios por meio de
aplicativos informatizados. Art. 41. O Plano de Apoio decorre do
Plano de Providncias dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios e consiste no instrumento de planejamento do
assessoramento tcnico e, quando for o caso, financeiro, para a
superao das dificuldades dos entes federados na gesto e execuo dos
servios, programas, projetos e benefcios socioassistenciais. 1 O
Plano de Apoio contm as aes de acompanhamento, assessoramento
tcnico e financeiro prestadas de acordo com as metas estabelecidas
no Plano de Providncias e deve ser: I - elaborado: a) pelo Estado
quanto aos seus Municpios; b) pela Unio quanto aos Estados e ao
Distrito Federal. II - encaminhado para pactuao na CIB ou CIT, de
acordo com o envolvimento e a responsabilidade de cada ente
federativo. Art. 42. O descumprimento do Plano de Providncias e de
Apoio pelos Estados, Distrito Federal e Municpios ser comunicado
aos respectivos conselhos de assistncia social e acarretar a
aplicao de medidas administrativas pela Unio na forma a ser
definida em norma especfica. 1 Constituem medidas administrativas:
I - comunicao ao Ministrio Pblico para tomada de providncias
cabveis; II - excluso das expanses de cofinanciamento dos servios
socioassistenciais e equipamentos pblicos; III bloqueio ou suspenso
dos recursos do cofinanciamento; IV - descredenciamento do
equipamento da rede socioassistencial. 2 O gestor federal comunicar
ao gestor estadual, do Distrito Federal ou municipal as medidas
administrativas adotadas pelo no cumprimento das metas e aes do
Plano de Providncias. 3 O Fundo Nacional de Assistncia Social -
FNAS comunicar as Cmaras de Vereadores e s Assembleias Legislativas
os casos de suspenso de recursos financeiros. Art. 43. A CIT
pactuar as normas complementares necessrias para a execuo do
processo de acompanhamento pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito
Federal e pelos Municpios. CAPTULO VI GESTO FINANCEIRA E ORAMENTRIA
DO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL Art. 44. So instrumentos da
gesto financeira e oramentria do SUAS o oramento da assistncia
social e os fundos de assistncia social.
17. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 17/41 Art.
45. A gesto financeira e oramentria da assistncia social implica na
observncia dos princpios da administrao pblica, em especial: a
legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a
eficincia. SEO I ORAMENTO DA ASSISTNCIA SOCIAL Art. 46. O oramento
instrumento da administrao pblica indispensvel para a gesto da
poltica de assistncia social e expressa o planejamento financeiro
das funes de gesto e da prestao de servios, programas, projetos e
benefcios socioassistenciais populao usuria. Pargrafo nico. A
elaborao da pea oramentria requer: I a definio de diretrizes,
objetivos e metas; II a previso da organizao das aes; III a proviso
de recursos; IV a definio da forma de acompanhamento das aes; e V a
reviso crtica das propostas, dos processos e dos resultados. Art.
47. Constituem princpios do oramento pblico: I - anualidade: o
oramento pblico deve ser elaborado pelo perodo de um ano,
coincidente com o ano civil; II - clareza: o oramento pblico deve
ser apresentado em linguagem clara e compreensvel a todos; III -
especialidade: as receitas e as despesas devem constar de maneira
discriminada, pormenorizando a origem dos recursos e a sua aplicao;
IV - exclusividade: o oramento pblico no deve conter matria
estranha previso da receita e fixao da despesa, ressalvadas as
excees legais; V - legalidade: a arrecadao de receitas e a execuo
de despesas pelo setor pblico devem ser precedidas de expressa
autorizao legislativa; VI - publicidade: deve ser permitido o amplo
acesso da sociedade a todas as informaes relativas ao oramento
pblico; VII - unidade: o oramento pblico deve ser elaborado com
base numa mesma poltica oramentria, estruturado de modo uniforme,
sendo vedada toda forma de oramentos paralelos; VIII -
universalidade: todas as receitas e despesas devem ser includas na
lei oramentria; IX - equilbrio: o oramento pblico deve possuir
equilbrio financeiro entre receita e despesa; X - exatido: as
estimativas oramentrias devem ser to exatas quanto possvel, a fim
de se dotar o oramento da consistncia necessria, para que possa ser
empregado como instrumento de gerncia, programao e controle; XI -
flexibilidade: possibilidade de ajuste na execuo do oramento pblico
s contingncias operacionais e disponibilidade efetiva de recursos;
XII - programao: o oramento pblico deve expressar o programa de
trabalho detalhado concernente atuao do setor pblico durante a
execuo oramentria; XIII - regionalizao: o oramento pblico deve ser
elaborado sobre a base territorial com o maior nvel de especificao
possvel, de forma a reduzir as desigualdades inter-regionais,
segundo critrio populacional. SEO II FUNDOS DE ASSISTNCIA SOCIAL
Art. 48. Os fundos de assistncia social so instrumentos de gesto
oramentria e financeira da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municpios, nos quais devem ser alocadas as receitas e
executadas as despesas relativas ao conjunto de aes, servios,
programas, projetos e benefcios de assistncia social.
18. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 18/41 1
Cabe ao rgo da administrao pblica responsvel pela coordenao da
Poltica de Assistncia Social na Unio, nos Estados, no Distrito
Federal e nos Municpios gerir o Fundo de Assistncia Social, sob
orientao e controle dos respectivos Conselhos de Assistncia Social.
2 Caracterizam-se como fundos especiais e se constituem em unidades
oramentrias e gestoras, na forma da Lei n 4.320, de 17 de maro de
1964, cabendo o seu gerenciamento aos rgos responsveis pela
coordenao da poltica de assistncia social. 3 Devem ser inscritos no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica CNPJ, na condio de Matriz, na
forma das Instrues Normativas da Receita Federal do Brasil em
vigor, com o intuito de assegurar maior transparncia na identificao
e no controle das contas a eles vinculadas, sem, com isso,
caracterizar autonomia administrativa e de gesto. 4 Os recursos
previstos no oramento para a poltica de assistncia social devem ser
alocados e executados nos respectivos fundos. 5 Todo o recurso
repassado aos Fundos seja pela Unio ou pelos Estados e os recursos
provenientes dos tesouros estaduais, municipais ou do Distrito
Federal devero ter a sua execuo oramentria e financeira realizada
pelos respectivos fundos. Art. 49. As despesas realizadas com
recursos financeiros recebidos na modalidade fundo a fundo devem
atender s exigncias legais concernentes ao processamento, empenho,
liquidao e efetivao do pagamento, mantendo-se a respectiva
documentao administrativa e fiscal pelo perodo legalmente exigido.
Pargrafo nico. Os documentos comprobatrios das despesas de que
trata o caput, tais como notas fiscais, recibos, faturas, dentre
outros legalmente aceitos, devero ser arquivados preferencialmente
na sede da unidade pagadora do Estado, Distrito Federal ou
Municpio, em boa conservao, identificados e disposio do rgo
repassador e dos rgos de controle interno e externo. SEO III
COFINANCIAMENTO NO SISTEMA NICO DE ASSISTNCIA SOCIAL Art. 50. O
modelo de gesto preconizado pelo SUAS prev o financiamento
compartilhado entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os
Municpios e viabilizado por meio de transferncias regulares e
automticas entre os fundos de assistncia social, observando-se a
obrigatoriedade da destinao e alocao de recursos prprios pelos
respectivos entes. Art. 51. O cofinanciamento na gesto
compartilhada do SUAS tem por pressupostos: I - a definio e o
cumprimento das competncias e responsabilidades dos entes
federativos; II - a participao oramentria e financeira de todos os
entes federativos; III - a implantao e a implementao das
transferncias de recursos por meio de repasses na modalidade fundo
a fundo, de forma regular e automtica; IV - o financiamento contnuo
de benefcios e de servios socioassistenciais tipificados
nacionalmente; V - o estabelecimento de pisos para os servios
socioassistenciais e de incentivos para a gesto; VI - a adoo de
critrios transparentes de partilha de recursos, pactuados nas
Comisses Intergestores e deliberados pelos respectivos Conselhos de
Assistncia Social; VII - o financiamento de programas e projetos.
Art. 52. So requisitos mnimos para que os Estados, o Distrito
Federal e os Municpios recebam os
19. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 19/41
recursos referentes ao cofinanciamento federal, de acordo com o
art. 30, da LOAS: I - conselho de assistncia social institudo e em
funcionamento; II - plano de assistncia social elaborado e aprovado
pelo conselho de assistncia social; III - fundo de assistncia
social criado em lei e implantado; e IV - alocao de recursos
prprios no fundo de assistncia social. Art. 53. Os Municpios e o
Distrito Federal devem destinar recursos prprios para o cumprimento
de suas responsabilidades, em especial: I - custeio dos benefcios
eventuais; II - cofinanciamento dos servios, programas e projetos
socioassistenciais sob sua gesto; III - atendimento s situaes
emergenciais; IV - execuo dos projetos de enfrentamento da pobreza;
V - provimento de infraestrutura necessria ao funcionamento do
Conselho de Assistncia Social Municipal ou do Distrito Federal.
Pargrafo nico. Os Municpios e o Distrito Federal, quando institurem
programas de transferncia de renda, podero faz-lo,
preferencialmente, integrados ao Programa Bolsa Famlia. Art. 54. Os
Estados devem destinar recursos prprios para o cumprimento de suas
responsabilidades, em especial para: I a participao no custeio do
pagamento de benefcios eventuais referentes aos respectivos
municpios; II o apoio tcnico e financeiro para a prestao de
servios, programas e projetos em mbito local e regional; III o
atendimento s situaes emergenciais; IV a prestao de servios
regionalizados de proteo social especial de mdia e alta
complexidade, quando os custos e a demanda local no justificarem a
implantao de servios municipais; V o provimento da infraestrutura
necessria ao funcionamento do Conselho Estadual de Assistncia
Social; Pargrafo nico. Os Estados, quando institurem programas de
transferncia de renda, podero faz-lo, preferencialmente, integrados
ao Programa Bolsa Famlia. Art. 55. A Unio tem por responsabilidade:
I - o financiamento do Benefcio de Prestao Continuada BPC; II - o
financiamento do Programa Bolsa Famlia PBF; III - o apoio tcnico
para os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; IV - o
cofinanciamento dos servios, programas e projetos
socioassistenciais, inclusive em casos emergenciais e de calamidade
pblica. Pargrafo nico. O cofinanciamento federal poder se dar sem a
realizao de convnios, ajustes ou congneres, desde que seja cumprido
o art.30, da LOAS. Art. 56. O cofinanciamento federal de servios,
programas e projetos de assistncia social e de sua gesto, no mbito
do SUAS, poder ser realizado por meio de Blocos de Financiamento.
Pargrafo nico. Consideram-se Blocos de Financiamento o conjunto de
recursos destinados aos servios, programas e projetos, devidamente
tipificados e agrupados, e sua gesto, na forma definida em ato do
Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate Fome. Art.
57. Os Blocos de Financiamento se destinam a cofinanciar: I - as
Protees Sociais Bsica e Especial, em seu conjunto de servios
socioassistenciais tipificados nacionalmente; II - a gesto do SUAS;
III - a gesto do Programa Bolsa Famlia e do Cadastro nico; e
20. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 20/41 IV
outros, conforme regulamentao especfica. 1 Os recursos referentes a
cada Bloco de Financiamento somente devem ser aplicados nas aes e
nos servios a eles relacionados, incluindo as despesas de custeio e
de investimento em equipamentos pblicos, observados os planos de
assistncia social e a normatizao vigente. 2 Os repasses fundo a
fundo sero efetuados para cada Bloco de Financiamento, considerando
a especificidade de seus componentes, com exceo dos recursos
destinados a acordos especficos de cooperao interfederativa e a
programas especficos que contenham regulao prpria. 3 Os Blocos de
Financiamento podero ser desdobrados para facilitar a identificao
dos servios socioassistenciais para os quais se destinavam
originariamente. Art. 58. O detalhamento da forma de aplicao dos
repasses do cofinanciamento, dos critrios de partilha, da prestao
de contas do cofinanciamento dos servios socioassistenciais
regionalizados de mdia e alta complexidade e de outras questes
afetas operacionalizao do cofinanciamento ser objeto de ato
normativo especfico. Art. 59. Os recursos dos Blocos de
Financiamento dos servios socioassistenciais tipificados
nacionalmente devem ser aplicados no mesmo nvel de proteo social,
bsica ou especial, desde que componham a rede socioassistencial e
que a matria seja deliberada pelo respectivo conselho de assistncia
social. 1 A prestao dos servios que der origem transferncia dos
recursos deve estar assegurada dentro dos padres e condies
normatizados e aferida por meio dos indicadores definidos pelo
SUAS. 2 Os recursos que formam cada Bloco e seus respectivos
componentes, respeitadas as especificidades, devem ser expressos em
forma de memria de clculo para registro histrico e monitoramento.
Art. 60. O controle e o acompanhamento das aes e servios
subsidiados pelos Blocos de Financiamento devem ser efetuados por
meio dos instrumentos especficos adotados pelo MDS no mbito do
SUAS, cabendo aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a
prestao das informaes de forma regular e sistemtica. SUBSEO I
COFINANCIAMENTO DOS SERVIOS SOCIOASSISTENCIAIS Art. 61. O
cofinanciamento dos servios socioassistenciais se dar por meio do
Bloco de Financiamento da Proteo Social Bsica e do Bloco de
Financiamento da Proteo Social Especial. 1 Os Blocos de
Financiamento de que trata o caput sero compostos pelo conjunto de
pisos relativos a cada proteo, de acordo com a Tipificao Nacional
dos Servios Socioassistenciais. 2 Os recursos transferidos pelos
Blocos de Financiamento de que trata o caput, permitem a organizao
da rede de servios local e regional, com base no planejamento
realizado. 3 No compem a forma de repasse por Blocos de
Financiamento de que trata o caput os recursos destinados ao
cofinanciamento por acordos de cooperao interfederativa ou
equivalente, para os quais sero aplicadas regras especficas de
transferncia, a serem pactuadas e deliberadas nas instncias
competentes.
21. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 21/41 Art.
62. O cofinanciamento dos servios socioassistenciais de proteo
social bsica e especial dever considerar fatores que elevam o custo
dos servios na Regio Amaznica, alm de outras situaes e
especificidades regionais e locais pactuadas na CIT e deliberados
pelo CNAS. Art. 63. O cofinanciamento da Proteo Social Bsica tem
por componentes o Piso Bsico Fixo e o Piso Bsico Varivel. Art. 64.
O Piso Bsico Fixo destina-se ao acompanhamento e atendimento famlia
e seus membros, no desenvolvimento do Servio de Proteo e
Atendimento Integral Famlia - PAIF, necessariamente ofertado pelo
Centro de Referncia da Assistncia Social CRAS. 1 O repasse do Piso
de que trata o caput deve se basear no nmero de famlias
referenciadas ao CRAS. 2 A capacidade de referenciamento de um CRAS
est relacionada: I - ao nmero de famlias do territrio; II -
estrutura fsica da unidade; e III - quantidade de profissionais que
atuam na unidade, conforme referncia da NOB RH. 3 Os CRAS sero
organizados conforme o nmero de famlias a ele referenciadas,
observando-se a seguinte diviso: I - at 2.500 famlias; II - de
2.501 a 3.500 famlias; III - de 3.501 at 5.000 famlias; 4 Outras
classificaes podero ser estabelecidos, pactuadas na CIT e
deliberadas pelo CNAS. Art. 65. O Piso Bsico Varivel destina-se: I
- ao cofinanciamento dos servios complementares e inerentes ao
PAIF; II - ao atendimento de demandas especficas do territrio; III
- ao cofinanciamento de outros servios complementares que se tornem
mais onerosos em razo da extenso territorial e das condies de
acesso da populao; IV - ao cofinanciamento de servios executados
por equipes volantes, vinculadas ao CRAS; V - a outras prioridades
ou metas pactuadas nacionalmente. 1 O Piso Bsico Varivel poder ser
desdobrado para permitir o atendimento de situaes ou
particularidades, a partir da anlise de necessidade, prioridade ou
ainda em razo de dispositivos legais especficos. 2 Os valores para
repasse do Piso de que trata o caput sero definidos com base em
informaes constantes no Cadastro nico, utilizando-se como referncia
o nmero de famlias com presena de idosos, crianas, adolescentes,
jovens, incluindo as pessoas com deficincia, para ateno aos ciclos
de vida em servios que complementam a proteo famlia no territrio. 3
Durante o perodo de migrao dos beneficirios do BPC para o Cadastro
nico, os dados dos sistemas de informao prprios do BPC tambm sero
considerados. 4 Outras fontes de informao e parmetros de clculo
podero ser utilizados, inclusive para novos servios tipificados
nacionalmente, desde que previamente pactuados e deliberados. 5
Cabe Unio e aos Estados, em ateno aos princpios da
corresponsabilidade e cooperao que regem
22. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 22/41 o
SUAS, a regulao, o monitoramento e o apoio tcnico e financeiro para
a execuo desses servios. 6 Os valores do Piso de que trata o caput,
destinados manuteno de embarcaes, de outros meios de transporte e
das equipes que prestam servios volantes, sero objeto de normatizao
pela Unio. Art. 66. O cofinanciamento da Proteo Social Especial tem
por componentes: I - Mdia Complexidade: a)o Piso Fixo de Mdia
Complexidade; b)o Piso Varivel de Mdia Complexidade; e c)o Piso de
Transio de Mdia Complexidade; II - Alta Complexidade: a)o Piso Fixo
de Alta Complexidade; e b)o Piso Varivel de Alta Complexidade.
Pargrafo nico. Os recursos que compem o cofinanciamento de que
trata o caput devem ser aplicados segundo a perspectiva
socioterritorial, assegurando-se a proviso de deslocamentos quando
necessrio. Art. 67. O Piso Fixo de Mdia Complexidade destina-se ao
cofinanciamento dos servios tipificados nacionalmente que so
prestados exclusivamente no Centro de Referncia Especializado para
Populao em Situao de Rua - CENTRO POP e no Centro de Referncia
Especializado de Assistncia Social CREAS, como o Servio de Proteo e
Atendimento Especializado a Famlias e Indivduos PAEFI. Art. 68. O
Piso Varivel de Mdia Complexidade destina-se ao cofinanciamento dos
servios tipificados nacionalmente, tais como: I - Servio
Especializado em Abordagem Social; II - Servio de Proteo Social
Especial para Pessoas com Deficincia, Idosas e suas Famlias; III -
Servio de Proteo Social a Adolescentes em Cumprimento de Medidas
Socioeducativas de Liberdade Assistida e de Prestao de Servios
Comunidade; e IV - outros que venham a ser institudos, conforme as
prioridades ou metas pactuadas nacionalmente e deliberadas pelo
CNAS. 1 O Piso de que trata o caput poder incluir outras aes ou ser
desdobrado para permitir o atendimento de situaes ou
particularidades, a partir da anlise de necessidade, prioridade ou
dispositivos legais especficos. 2 Os critrios para definio de
valores diferenciados de cofinanciamento de servios que atendam s
especificidades regionais devero ser objeto de pactuao na CIT e
deliberao no CNAS. 3 Os valores de referncia a serem adotados para
o cofinanciamento dos diferentes tipos de agravos de mdia
complexidade e das situaes que envolvam a prestao de servios para
pblicos determinados sero submetidos pactuao na CIT e deliberao no
CNAS. Art. 69. O Piso de Transio de Mdia Complexidade ser objeto de
regulao especfica. Art. 70. O Piso Fixo de Alta Complexidade
destina-se ao cofinanciamento dos servios tipificados
nacionalmente, voltados ao atendimento especializado a indivduos e
famlias que, por diversas situaes, necessitem de acolhimento fora
de seu ncleo familiar ou comunitrio de origem.
23. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 23/41 Art.
71. O Piso Varivel de Alta Complexidade destina-se ao
cofinanciamento dos servios tipificados nacionalmente a usurios
que, devido ao nvel de agravamento ou complexidade das situaes
vivenciadas, necessitem de ateno diferenciada e atendimentos
complementares. Pargrafo nico. O Piso de trata o caput poder ser
utilizado para o: I - atendimento a especificidades regionais,
prioridades nacionais, incentivos implementao de novas modalidades
de servios de acolhimento e equipes responsveis pelo acompanhamento
dos servios de acolhimento e de gesto de vagas, de acordo com
critrios nacionalmente definidos, com base em legislao prpria ou em
necessidades peculiares. II - cofinanciamento de servios de
atendimento a situaes emergenciais, desastres ou calamidades,
observadas as provises e os objetivos nacionalmente tipificados,
podendo ser especificadas as condies de repasse, dos valores e do
perodo de vigncia em instrumento legal prprio. SUBSEO II INCENTIVOS
FINANCEIROS GESTO Art. 72. O apoio gesto descentralizada do SUAS e
do Programa Bolsa Famlia se dar por meio do Bloco de Financiamento
da Gesto do SUAS, do Programa Bolsa Famlia e do Cadastro nico. Art.
73. O incentivo gesto do SUAS tem como componentes o ndice de Gesto
Descentralizada Estadual do Sistema nico de Assistncia Social
IGDSUAS-E e o ndice de Gesto Descentralizada Municipal do Sistema
nico de Assistncia Social IGDSUAS-M; Art. 74. O incentivo gesto do
Programa Bolsa Famlia tem como componente o ndice de Gesto
Descentralizada Estadual do Programa Bolsa Famlia IGD PBF-E e o
ndice de Gesto Descentralizada Municipal do Programa Bolsa Famlia
IGD PBF-M, institudo pelo art. 8 da Lei n 10.836 de 2004. Art. 75.
Os incentivos gesto descentralizada visam oferecer o aporte
financeiro necessrio ao incremento dos processos de: I - gesto e
prestao de servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais em mbito local e regional, tendo por fundamento
os resultados alcanados e os investimentos realizados pelos entes
federativos, no caso do IGDSUAS; e II - gesto do Programa Bolsa
Famlia e do Cadastro nico, em mbito municipal, estadual e
distrital, tendo por fundamento os resultados alcanados pelos
respectivos entes federativos no caso do IGD PBF, conforme previsto
na Lei n 10.836 de 2004, e sua regulamentao. Art. 76. Os incentivos
financeiros com base nos resultados sero calculados por meio dos
ndices de Gesto Descentralizada do SUAS IGDSUAS e do Programa Bolsa
Famlia - IGDPBF institudos, respectivamente, na Lei n 8.742, de 7
de dezembro de 1993, e na Lei n 10.836, de 9 de janeiro de 2004.
SUBSEO III COFINANCIAMENTO DE PROGRAMAS E PROJETOS
SOCIOASSISTENCIAIS Art. 77. Os critrios para repasses do
cofinanciamento de programas e projetos socioassistenciais
constituem objeto de normatizao especfica. Pargrafo nico. As metas
dos programas e projetos sero pactuadas na CIT e deliberadas no
CNAS. SUBSEO IV CRITRIOS DE PARTILHA PARA O COFINANCIAMENTO Art.
78. O cofinanciamento dos servios socioassistenciais, observada a
disponibilidade
24. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 24/41
oramentria e financeira de cada ente federativo, efetivar-se- a
partir da adoo dos seguintes objetivos e pressupostos: I -
implantao e oferta qualificada de servios socioassistenciais
nacionalmente tipificados; II - implantao e oferta qualificada de
servios em territrios de vulnerabilidade e risco social, de acordo
com o diagnstico das necessidades e especificidades locais e
regionais, considerando os parmetros do teto mximo estabelecido
para cofinanciamento da rede de servios e do patamar existente; III
atendimento das prioridades nacionais e estaduais pactuadas; IV -
equalizao e universalizao da cobertura dos servios
socioassistenciais. 1 Para a aferio do disposto no inciso I sero
utilizadas as informaes constantes no Censo SUAS e nos demais
sistemas informatizados do MDS. 2 Para implantao de que trata o
inciso II sero considerados os dados do diagnstico socioterritorial
e da Vigilncia Socioassistencial, por meio do cruzamento de
indicadores, com o objetivo de estabelecer prioridades progressivas
at o alcance do teto a ser destinado a cada ente federativo, por
nvel de proteo. 3 O atendimento das prioridades de que trata o
inciso III levar em considerao informaes e cruzamento de
indicadores, a partir da anlise global das situaes que demandem
esforo concentrado de financiamento, sendo que as prioridades
estaduais e regionais devem ser objeto de pactuao na CIB e
deliberao nos Conselhos Estaduais de Assistncia Social, luz da
normatizao nacional, e no caso das prioridades de mbito municipal e
do Distrito Federal, debatidas e deliberadas em seus respectivos
Conselhos de Assistncia Social. 4 Para a equalizao e universalizao
da cobertura de que trata o inciso IV, levar-se-o em conta os
diagnsticos e os planejamentos intraurbanos e regionais, devendo
ser objeto de pactuao nas respectivas Comisses Intergestores quando
se tratar de definies em mbito nacional e estadual e de deliberao
nos Conselhos de Assistncia Social de cada esfera de governo. Art.
79. Na Proteo Social Bsica, os critrios de partilha de
cofinanciamento de servios socioassistenciais basear-se-o: I - no
nmero de famlias existentes no Municpio ou Distrito Federal, de
acordo com os dados de populao levantados pelo IBGE; II - no nmero
de famlias constantes do Cadastro nico, tomando como referncia os
cadastros vlidos de cada Municpio e do Distrito Federal; III - na
extenso territorial; IV - nas especificidades locais ou regionais;
V - na cobertura de vulnerabilidades por ciclo de vida; e VI - em
outros indicadores que vierem a ser pactuados na CIT. Art. 80. Na
proteo social especial, os critrios de partilha para o
cofinanciamento de servios socioassistenciais tero como base as
situaes de risco pessoal e social, por violao de direitos, que
subsidiam a elaborao de parmetros e o estabelecimento de teto para
o repasse de recursos do cofinanciamento federal, considerando a
estruturao de unidades ou equipes de referncia para operacionalizar
os servios necessrios em determinada realidade e territrio.
Pargrafo nico. As unidades de oferta de servios de proteo social
especial podero ter distintas capacidades de atendimento e de
composio, em funo das dinmicas territoriais e da relao entre estas
unidades e as situaes de risco pessoal e social, as quais devero
estar previstas nos planos de assistncia social.
25. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 25/41 Art.
81. O cofinanciamento da gesto adotar como referncia os resultados
apurados a partir da mensurao de indicadores, das pactuaes nas
Comisses Intergestores e das deliberao nos Conselhos de Assistncia
Social. Art.82. Os critrios de partilha para cofinanciamento
federal destinado a construo de equipamentos pblicos utilizar como
referncia os dados do Censo SUAS e as orientaes sobre os espaos de
cada equipamento para a oferta do servio. Pargrafo nico: Tendo em
vista o efeito indutor da estruturao da rede de servios, o critrio
de partilha priorizar, sempre que possvel, os Estados, o Distrito
Federal e os Municpios que estiverem com a execuo de servios em
conformidade com as normativas e orientaes do SUAS. SEO V
PENALIDADES Art. 83. Sero aplicadas medidas administrativas e o
processo de acompanhamento de que trata o Captulo V desta Norma
quando: I - no forem alcanadas as metas de pactuao nacional e os
indicadores de gesto, servios, programas, projetos e benefcios
socioassistenciais; II - no forem observadas as normativas do SUAS.
1 Cabem as seguintes medidas administrativas para as transferncias
relativas ao cofinanciamento federal dos servios, incentivos,
programas e projetos socioassistenciais: I - bloqueio temporrio,
que permitir o pagamento retroativo aps regularizao dos motivos que
deram causa; ou II suspenso. 2 A aplicao das medidas
administrativas e do processo de acompanhamento se dar na forma
definida em norma especfica. SEO VI FISCALIZAO DOS FUNDOS DE
ASSISTNCIA SOCIAL PELOS CONSELHOS DE ASSISTNCIA SOCIAL Art. 84. Os
Conselhos de Assistncia Social, em seu carter deliberativo, tm
papel estratgico no SUAS de agentes participantes da formulao,
avaliao, controle e fiscalizao da poltica, desde o seu planejamento
at o efetivo monitoramento das ofertas e dos recursos destinados s
aes a serem desenvolvidas. Pargrafo nico. responsabilidade dos
Conselhos de Assistncia Social a discusso de metas e prioridades
oramentrias, no mbito do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes
Oramentrias e da Lei Oramentria Anual, podendo para isso realizar
audincias pblicas. Art. 85. Incumbe aos Conselhos de Assistncia
Social exercer o controle e a fiscalizao dos Fundos de Assistncia
Social, mediante: I - aprovao da proposta oramentria; II -
acompanhamento da execuo oramentria e financeira, de acordo com a
periodicidade prevista na Lei de instituio do Fundo ou em seu
Decreto de regulamentao, observando o calendrio elaborado pelos
respectivos conselhos; III - anlise e deliberao acerca da
respectiva prestao de contas.
26. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 26/41 Art.
86. No controle do financiamento, os Conselhos de Assistncia Social
devem observar: I - o montante e as fontes de financiamento dos
recursos destinados assistncia social e sua correspondncia s
demandas; II - os valores de cofinanciamento da poltica de
assistncia social em nvel local; III - a compatibilidade entre a
aplicao dos recursos e o Plano de Assistncia Social; IV - os
critrios de partilha e de transferncia dos recursos; V - a
estrutura e a organizao do oramento da assistncia social e do fundo
de assistncia social, sendo este na forma de unidade oramentria, e
a ordenao de despesas deste fundo em mbito local; VI - a definio e
aferio de padres e indicadores de qualidade na prestao dos servios,
programas, projetos e benefcios socioassistenciais e os
investimentos em gesto que favoream seu incremento; VII - a
correspondncia entre as funes de gesto de cada ente federativo e a
destinao oramentria; VIII - a avaliao de saldos financeiros e sua
implicao na oferta dos servios e em sua qualidade; IX a apreciao
dos instrumentos, documentos e sistemas de informaes para a prestao
de contas relativas aos recursos destinados assistncia social; X -
a aplicao dos recursos transferidos como incentivos de gesto do
SUAS e do Programa Bolsa Famlia e a sua integrao aos servios; XI -
a avaliao da qualidade dos servios e das necessidades de
investimento nessa rea; XII - a aprovao do plano de aplicao dos
recursos destinados s aes finalsticas da assistncia social e o
resultado dessa aplicao; XIII - o acompanhamento da execuo dos
recursos pela rede prestadora de servios socioassistenciais, no
mbito governamental e no governamental, com vistas ao alcance dos
padres de qualidade estabelecidos em diretrizes, pactos e
deliberaes das Conferncias e demais instncias do SUAS. CAPTULO VII
VIGILNCIA SOCIOASSISTENCIAL Art. 87. A Vigilncia Socioassistencial
caracterizada como uma das funes da poltica de assistncia social e
deve ser realizada por intermdio da produo, sistematizao, anlise e
disseminao de informaes territorializadas, e trata: I das situaes
de vulnerabilidade e risco que incidem sobre famlias e indivduos e
dos eventos de violao de direitos em determinados territrios; II do
tipo, volume e padres de qualidade dos servios ofertados pela rede
socioassistencial. SEO I OPERACIONALIZAO DA VIGILNCIA
SOCIOASSISTENCIAL Art. 88. A Vigilncia Socioassistencial deve
manter estreita relao com as reas diretamente responsveis pela
oferta de servios socioassistenciais populao nas Protees Sociais
Bsica e Especial. 1 As unidades que prestam servios de Proteo
Social Bsica ou Especial e Benefcios socioassistenciais so
provedoras de dados e utilizam as informaes produzidas e
processadas pela Vigilncia Socioassistencial sempre que estas so
registradas e armazenadas de forma adequada e subsidiam o processo
de planejamento das aes. 2 A Vigilncia Socioassistencial dever
cumprir seus objetivos, fornecendo informaes estruturadas que: I -
contribuam para que as equipes dos servios socioassistenciais
avaliem sua prpria atuao; II - ampliem o conhecimento das equipes
dos servios socioassistenciais sobre as caractersticas da populao e
do territrio de forma a melhor atender s necessidades e demandas
existentes; III - proporcionem o planejamento e a execuo das aes de
busca ativa que assegurem a oferta de servios e benefcios s famlias
e indivduos mais vulnerveis, superando a atuao pautada
27. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 27/41
exclusivamente pela demanda espontnea. Art. 89. A Vigilncia
Socioassistencial deve analisar as informaes relativas s demandas
quanto s: I - incidncias de riscos e vulnerabilidades e s
necessidades de proteo da populao, no que concerne assistncia
social; e II - caractersticas e distribuio da oferta da rede
socioassistencial instalada vistas na perspectiva do territrio,
considerando a integrao entre a demanda e a oferta. Art. 90. A
Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devem instituir
a rea da Vigilncia Socioassistencial diretamente vinculada aos rgos
gestores da poltica de assistncia social, dispondo de recursos de
incentivo gesto para sua estruturao e manuteno. Pargrafo nico. A
Vigilncia Socioassistencial constitui como uma rea essencialmente
dedicada gesto da informao, comprometida com: I - o apoio efetivo s
atividades de planejamento, gesto, monitoramento, avaliao e execuo
dos servios socioassistenciais, imprimindo carter tcnico tomada de
deciso; e II - a produo e disseminao de informaes, possibilitando
conhecimentos que contribuam para a efetivao do carter preventivo e
proativo da poltica de assistncia social, assim como para a reduo
dos agravos, fortalecendo a funo de proteo social do SUAS. Art. 91.
Constituem responsabilidades comuns Unio, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municpios acerca da rea de Vigilncia
Socioassistencial: I - elaborar e atualizar periodicamente
diagnsticos socioterritoriais que devem ser compatveis com os
limites territoriais dos respectivos entes federados e devem conter
as informaes espaciais referentes: a)s vulnerabilidades e aos
riscos dos territrios e da consequente demanda por servios
socioassistenciais de Proteo Social Bsica e Proteo Social Especial
e de benefcios; b)ao tipo, ao volume e qualidade das ofertas
disponveis e efetivas populao. II - contribuir com as reas de gesto
e de proteo social bsica e especial na elaborao de diagnsticos,
planos e outros. III - utilizar a base de dados do Cadastro nico
como ferramenta para construo de mapas de vulnerabilidade social
dos territrios, para traar o perfil de populaes vulnerveis e
estimar a demanda potencial dos servios de Proteo Social Bsica e
Especial e sua distribuio no territrio; IV - utilizar a base de
dados do Cadastro nico como instrumento permanente de identificao
das famlias que apresentam caractersticas de potenciais demandantes
dos distintos servios socioassistenciais e, com base em tais
informaes, planejar, orientar e coordenar aes de busca ativa a
serem executas pelas equipes dos CRAS e CREAS; V implementar o
sistema de notificao compulsria contemplando o registro e a
notificao ao Sistema de Garantia de Direitos sobre as situaes de
violncia intrafamiliar, abuso ou explorao sexual de crianas e
adolescentes e trabalho infantil, alm de outras que venham a ser
pactuadas e deliberadas; VI utilizar os dados provenientes do
Sistema de Notificao das Violaes de Direitos para monitorar a
incidncia e o atendimento das situaes de risco pessoal e social
pertinentes assistncia social; VII - orientar quanto aos
procedimentos de registro das informaes referentes aos atendimentos
realizados pelas unidades da rede socioassistencial, zelando pela
padronizao e qualidade dos mesmos; VIII - coordenar e acompanhar a
alimentao dos sistemas de informao que provm dados sobre a rede
socioassistencial e sobre os atendimentos por ela realizados,
mantendo dilogo permanente com as reas de Proteo Social Bsica e de
Proteo Social Especial, que so diretamente responsveis pela proviso
dos dados necessrios alimentao dos sistemas especficos ao seu mbito
de atuao; IX - realizar a gesto do cadastro de unidades da rede
socioassistencial pblica no CadSUAS; X - responsabilizar-se pela
gesto e alimentao de outros sistemas de informao que provm dados
sobre a rede socioassistencial e sobre os atendimentos por ela
realizados, quando estes no forem especficos de
28. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 28/41 um
programa, servio ou benefcio; XI - analisar periodicamente os dados
dos sistemas de informao do SUAS, utilizando-os como base para a
produo de estudos e indicadores; XII - coordenar o processo de
realizao anual do Censo SUAS, zelando pela qualidade das informaes
coletadas; XIII - estabelecer, com base nas normativas existentes e
no dilogo com as demais reas tcnicas, padres de referncia para
avaliao da qualidade dos servios ofertados pela rede
socioassistencial e monitor-los por meio de indicadores; XIV
coordenar, de forma articulada com as reas de Proteo Social Bsica e
de Proteo Social Especial, as atividades de monitoramento da rede
socioassistencial, de forma a avaliar periodicamente a observncia
dos padres de referncia relativos qualidade dos servios ofertados;
XV - estabelecer articulaes intersetoriais de forma a ampliar o
conhecimento sobre os riscos e as vulnerabilidades que afetam as
famlias e os indivduos em um dado territrio, colaborando para o
aprimoramento das intervenes realizadas. Art. 92. Constituem
responsabilidades especficas da Unio acerca da rea da Vigilncia
Socioassistencial: I - apoiar tecnicamente a estruturao da
Vigilncia Socioassistencial nos estados, DF e municpios; II -
organizar, normatizar e gerir nacionalmente, no mbito da Poltica de
Assistncia Social, o sistema de notificaes para eventos de violncia
e violao de direitos, estabelecendo instrumentos e fluxos
necessrios sua implementao e ao seu funcionamento; III - planejar e
coordenar, em mbito nacional, o processo de realizao anual do Censo
SUAS, zelando pela qualidade das informaes coletadas; IV - propor
parmetros nacionais para os registros de informaes no mbito do
SUAS; V - propor indicadores nacionais para o monitoramento no
mbito do SUAS. Art. 93. Constituem responsabilidades especficas dos
Estados acerca da rea da Vigilncia Socioassistencial: I -
desenvolver estudos para subsidiar a regionalizao dos servios de
proteo social especial no mbito do estado; II - apoiar tecnicamente
a estruturao da Vigilncia Socioassistencial nos municpios do
estado; III - coordenar, em mbito estadual, o processo de realizao
anual do Censo SUAS, apoiando tecnicamente os municpios para o
preenchimento dos questionrios e zelando pela qualidade das
informaes coletadas. Art. 94. Constituem responsabilidades
especficas dos Municpios e do Distrito Federal acerca da rea da
Vigilncia Socioassistencial: I - elaborar e atualizar, em conjunto
com as reas de proteo social bsica e especial, os diagnsticos
circunscritos aos territrios de abrangncia dos CRAS e CREAS; II
colaborar com o planejamento das atividades pertinentes ao
cadastramento e atualizao cadastral do Cadastro nico em mbito
municipal; III - fornecer sistematicamente s unidades da rede
socioassistencial, especialmente aos CRAS e CREAS, informaes e
indicadores territorializados, extrados do Cadastro nico, que
possam auxiliar as aes de busca ativa e subsidiar as atividades de
planejamento e avaliao dos prprios servios; IV - fornecer
sistematicamente aos CRAS e CREAS listagens territorializadas das
famlias em descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa
Famlia, com bloqueio ou suspenso do benefcio, e monitorar a
realizao da busca ativa destas famlias pelas referidas unidades e o
registro do acompanhamento que possibilita a interrupo dos efeitos
do descumprimento sobre o benefcio das famlias; V - fornecer
sistematicamente aos CRAS e CREAS listagens territorializadas das
famlias beneficirias do BPC
29. Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) - 29/41 e dos
benefcios eventuais e monitorar a realizao da busca ativa destas
famlias pelas referidas unidades para insero nos respectivos
servios; VI - realizar a gesto do cadastro de unidades da rede
socioassistencial privada no CadSUAS, quando no houver na estrutura
do rgo gestor rea administrativa especfica responsvel pela relao
com a rede socioassistencial privada; VII - coordenar, em mbito
municipal ou do Distrito Federal, o processo de preenchimento dos
questionrios do Censo SUAS, zelando pela qualidade das informaes
coletadas. SEO II INFORMAO Art. 95. A gesto da informao, por meio
da integrao entre ferramentas tecnolgicas, torna-se um componente
estratgico para: I a definio do contedo da poltica e seu
planejamento; II o monitoramento e a avaliao da oferta e da demanda
de servios socioassistenciais. Pargrafo nico. Na Unio, nos Estados,
no Distrito Federal e nos Municpios, a gesto da informao e a
organizao de sistemas de informao devem ser priorizadas no mbito da
gesto, com destinao de recursos financeiros e tcnicos para a sua
consolidao. Art. 96. Constituem-se diretrizes para a concepo dos
sistemas de informao no SUAS: I - compartilhamento da informao na
esfera federal, estadual, do Distrito Federal e municipal e entre
todos os atores do SUAS - trabalhadores, conselheiros, usurios e
entidades; II - compreenso de que a informao no SUAS no se resume
informatizao ou instalao de aplicativos e ferramentas, mas
afirma-se tambm como uma cultura a ser disseminada na gesto e no
controle social; III - disponibilizao da informao de maneira
compreensvel populao; IV - transparncia e acessibilidade; V -
construo de aplicativos e subsistemas flexveis que respeitem as
diversidades e particularidades regionais; VI - interconectividade
entre os sistemas. Art. 97. A Rede SUAS operacionaliza a gesto da
informao do SUAS por meio de um conjunto de aplicativos de suporte
gesto, ao monitoramento, avaliao e ao controle social de servios,
programas, projetos e benefcios da assistncia social e ao seu
respectivo funcionamento. Pargrafo nico. So consideradas