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Fatores responsáveis pela crise no sistema
das capitanias hereditárias
É costume afirmar-se que o sistema de capitanias hereditárias fracassou no Brasil, diante da constatação de que apenas a Capitania de Pernambuco e a de São Vicente lograram alcançar relativa prosperidade nas décadas seguintes. Em ambas, havia prosperado a lavoura de cana-de-açúcar e, apesar dos problemas comuns às demais capitanias, os respectivos donatários, Duarte Coelho e os representantes de Martim Afonso de Sousa, conseguiram manter os seus colonos e estabelecer alianças com os indígenas.Entre as causas para tal, relacionam-se: a difícil a adaptação às condições climáticas e a um tipo de vida
diferente do existente na Europa; o alto custo do investimento, que não trazia um retorno imediato; a falta de recursos humanos, por parte dos donatários, para
desenvolver os lotes; os ataques das tribos indígenas e de corsários estrangeiros, assim
como as disputas internas e dificuldades na aplicação da Justiça; a falta de comunicação e de articulação entre as diversas capitanias
pelas enormes distâncias entre si, e entre elas e a metrópole; a ausência de uma autoridade central (governo) que amparasse
localmente as Capitanias, referente à economia, justiça e segurança
MonocultoraVoltado para exportação
Mão de obra escrava
O sistema de Plantation
O ciclo da cana-de-açúcar, a primeira grande riqueza agrícola e industrial do Brasil, teve início quando foi simultaneamente introduzida nas suas três capitanias: Pernambuco, Bahia e São Paulo. Em 1549, Pernambuco já possuía trinta engenhos, a Bahia, dezoito, e São Vicente, apenas dois. A lavoura da cana-de-açúcar era próspera e, meio século depois, a distribuição dos engenhos perfazia um total de 256.