O Domínio de Napoleão na Europa
Módulo 26
Nascido em Ajácio, Córsega em 15 de agosto de 1769,
teve a sua desenvoltura na carreira militar.
Com apenas 24 anos já se tornara general.
Durante o período do terror, chegou a ser preso
por apoiar Robespierre.
Mas, devido à sua liderança, organização e administração, foi visto como o melhor
representante para a França.
Colocado no poder através do golpe do 18 Brumário, em 15 anos, ele realizou mais do que qualquer outro
líder francês em toda a história.
Transformou-se em um verdadeiro déspota, que governou com mão de ferro a Europa.
Governou primeiramente como cônsul e depois como imperador.
Suas ações na Europa ganharam repercussão até fora da Europa.
O processo de independência do Brasil está intimamente ligado às ações napoleônicas.
A família real portuguesa tinha vínculo familiar com ele, pois a irmã de Dona Leopoldina,
esposa de Dom Pedro I era casada com Napoleão.
O governo francês foi instituído sob a responsabilidade de 3 cônsules.
Napoleão era o primeiro.
Uma nova constituição foi elaborada para dar legitimidade a Napoleão.
De Cônsul a Imperador
Napoleão era o representante do Executivo, com autoridade ilimitada.
Sabendo das instabilidades políticas dos países vizinhos, iniciou negociações com a Inglaterra.
Havia uma tensão militar entre os dois países que já duravam 10 anos,
que foi encerrada pela Paz de Amiens.
Foi criado o Banco da França em 1800, para buscar a recuperação econômica.
Ele teve autonomia para realizar empréstimos aos setores industrial e agrícola,
promovendo empregos, crescimento rural e reaquecimento da economia.
Um acordo com a igreja católica estabeleceu o confisco de propriedades da Igreja .
No setor educacional, na intenção de ter pessoas mais bem instruídas, criou um sistema de liceus.
Com intenções de alcançar um consulado vitalício, Napoleão criou o Código Civil Napoleônico.
Conseguiu aprovação até à hereditariedade do cargo.
Era claro que tudo se encaminhava para um retorno à monarquia.
Em 18 de maio de 1804, entra em vigor a nova Constituição, nomeando Napoleão como Imperador.
Um plebiscito confirmou junto ao povo a maioria da aprovação da nomeação.
Temendo críticas, Napoleão determinou censura à imprensa.
Não se aceitava questionamentos ao governo.
A imagem de Napoleão era exaltada, nem que fosse em textos que ele mesmo escrevia.
Já visando uma forte participação militar, determinou o serviço militar obrigatório.
Esta exigência apresentava ideais expansionistas do governo.
Apresentando um autoritarismo decisivo, estabeleceu o fim das liberdades políticas.
Até a Igreja teve que se moldar às vontades de Napoleão.
Gen. Belthier e Papa Pio VI
(fev./1798)
As propostas expansionistas de Napoleão alcançaram submissão das nações vizinhas.
Cerca de 20 nações colaboraram para a composição de um Grande Exército,
que possuía mais de 500 mil soldados.
Não encontrando apoio ou submissão por parte da Inglaterra, Napoleão a ataca,
mas é derrotado pela forte marinha inglesa na Batalha de Trafalgar.
Percebendo que não dominaria a Inglaterra, aplicou um Bloqueio Continental,
onde determinou que nenhuma embarcação que passasse pelo porto inglês
seria recebido em nenhum porto de domínio francês.
Por causa de suas relações políticas e econômicas com a Inglaterra, Portugal não aderiu ao bloqueio.
Isto ocasionou a invasão de Portugal em novembro de 1808.
Porém, antes da chegada do exército à Lisboa, Dom João VI toda a Corte fugiram para o Brasil,
embarcando em 36 navios.
A família real fica neste “exílio” no Brasil de 1808 até 1820.
Agregando Estados independentes e países aliados,o território de domínio de Napoleão
tinha extensão continental.
Diante da necessidade de produtos industrializados pelos ingleses, que não eram substituídos pelos franceses, a Rússia furou o Bloqueio.
Napoleão resolve, então invadir a Rússia.
Esta investida, ocasiona a primeira derrota em terra
do exército francês.
Em cada cidade da rota do exército até Moscou, a população russa destruía tudo
o que poderia ser útil a eles, colocando fogo nas cidades e as abandonando.
Quando o exército inimigo chegava, não tinha condições de obter alimentação ou descansar.
Chegando em Moscou, prevendo a derrota, Napoleão determinou a retirada o exército.
O exército russo não os deixa retornar em paz e intensificou uma perseguição,
que aliada ao frio, cansaço e fome, massacrou mais de 90% dos franceses.
Posteriormente, em 29 de janeiro de 1814, a Inglaterra se une à Áustria, Prússia e Rússia
e impõe uma derrota final a Napoleão.
No dia seguinte, Napoleão abdica o trono francês e se exila na Ilha de Elba.
Em 30 de maio de 1814, o Tratado de Paris estabelece o fim da Era Napoleônica.
No início de 1815, Napoleão surge na França, na tentativa de reconquistar o poder.
Os soldados franceses que deveriam prendê-lo, o receberam como herói.
O reino que havia sido passado a Luís XVIII, (irmão de Luís XVI) foi tomado
e ele ocupa o trono por aproximados 100 dias.
Finalmente, veio a derrota final: na Batalha de Waterloo,
Napoleão é preso e enviado para a Ilha de Santa Helena,
ficando 6 anos, até morrer em 1821.
Museu das Armas - Paris