Cultura de Massa eCultura de Massa eIndústria CulturalIndústria Cultural
ProªMaria Cristina Bortolozo
Teoria CríticaTeoria CríticaEscola de FrankfurtEscola de Frankfurt
• Década de 30: Max Horkheimer e o economista
Friedrich Pollock fundam o Instituto de Pesquisa
Social (Universidade de Frankfurt, na Alemanha);
• Em 1933 Hitler ascende ao poder pela via
eleitoral e pouco tempo depois Horkheimer é
destituído do cargo de diretor do Instituto, assim
como todos os membros judeus da instituição;
• Empresários judeus financiavam o Instituto e
para garantir sua independência transferem seus
fundos para outros países.
• A sede de estudos do Instituto
transferiu-se para a Universidade de
Columbia/EUA, que cedeu um prédio
aos pesquisadores exilados;
• Theodor Adorno, musicólogo e
filósofo, junta-se à Max Horkheimer, e
Leo Löwenthal em1938,
• Lazarsfeld convida Adorno para
integrar suas pesquisas com o objetivo
de “desenvolver uma convergência
entre a teoria européia e o empirismo
americano” e, a partir da pesquisa
crítica, revitalizar a pesquisa
administrativa;
• Adorno recusa dobrar-se à
interferência do financiador da
pesquisa, a Fundação Rockefeller, que
prima pela pesquisa da rádio comercial.
• Adorno justifica: “quando fui
submetido à exigência de
medir a cultura, vi que a
cultura deveria precisamente
ser essa condição que exclui
uma mentalidade capaz de
medi-la”;
• Horkheimer concorda com
Adorno.
O conceito de Indústria CulturalO conceito de Indústria Cultural
• Na década de 40, Adorno e Horkheimer criam o conceito de indústria cultural;•Indústria Cultural: produção da cultura como mercadoria;• O mercado das massas impõe o mesmo esquema de organização e planejamento administrativo das fabricações em série aos produtos imateriais da cultura (simbólicos);• Revistas, programas radiofônicos, filmes, música são produzidos pela “indústria cultural” como os demais produtos fabricados em série (automóveis, por exemplo);
•Como consequência ocorre a
serialização e padronização da
cultura;
• A Escola de Frankfurt aponta que a
racionalidade técnica encontrada na
produção em série significa
racionalidade da dominação.
• Os produtos culturais são entendidos como
produtos feitos para impedir a atividade
mental do espectador, portanto, são produtos
alienantes, geram uma cultura da alienação;
• Os produtos da Indústria Cultural prescrevem
reações;
• A mídia produz dominação através de
mensagens ideológicas.
• Indústria Cultural, ao criar a
padronização, anula toda a
individualidade e qualquer idéia
de resistência por parte da
audiência;
• impõe padrões estéticos com
objetivo de garantir público para
seus produtos culturais,
garantindo o lucro para suas
empresas.
• Walter Benjamin, Marcuse e Habermas
são outros expoentes da Teoria;
• Walter Benjamin: não diferenciava a
arte erudita como boa e a popular como
ruim. Via na arte diferentes
possibilidades;
• Nunca saiu da Europa - permaneceu em
Paris durante seu exílio.
SÍNTESE DA TEORIA:
- critica um mundo onde a
instrumentalização das coisas
torna-se a instrumentalização dos
indivíduos.
Influências da Escola de Frankfurt
• concepção da mídia como indústria
que manipula, aliena e engana;
• Os meios de comunicação de massa
(m.c.m.) são instrumentos de controle e
manipulação do pensamento coletivo.
Entretanto
•A mídia não representa apenas uma
ideologia dominante (veja
programações como da TV Cultura, TV
E, alguns canais de TV a cabo);
• Existem espectadores que não absorve
a mensagem de forma passiva, existe
alguma resistência.
ex: grupos que fazem a verdadeira música
sertaneja resistem aos imperativos da indústria
musical, que impõem padrões americanizados,
ou escolas que na festa junina se recusam da
dançar música norte-americana porque a festa
junina celebra a cultura e, portanto, a
identidade brasileira.
Outro exemplo são os movimentos culturais alternativos – contracultura.
Mas é interessante notar que mesmo esses movimentos podem sofrer ataques da indústria cultural: contracultura = underground = vangard = vanguarda = alternativo, e, agora, estão chamando de “indie”.