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Page 1: O Segredo do Fundo Branco

zamos dois anteparos pretos posicionados

um de cada lado da modelo, de forma que

o tecido absorva grande parte dessa luz

de retorno. Esses anteparos podem ser

confeccionados em qualquer tecido preto

fosco e são montados como estandartes

para serem pendurados na ponta de tripés

de iluminação. Os anteparos devem ter,

no mínimo, 70 centímetros de largura

por 2 metros de altura, sendo desejável

que, em estúdios maiores, tenham 1,4

metros de largura. Seguindo estes passos,

a obtenção do fundo branco será fácil e

linear, sem sobressaltos causados por

tons de cinza ou até mesmo por pequenas

manchas de sujeira no fundo. Sejam bem-

vindos ao High Key!

rovavelmente o tipo de ilumina-

ção mais solicitado por modelos,

agências e clientes em trabalhos

ESTÚ

DIO

Texto

e fot

os: C

leber

Med

eiros

36 PHOTOS – MAR/ABR 2007

HIGH KEY: O SEGREDO DO FUNDO BRANCO

feita, a foto de modelo com fundo branco

nem sempre agrada ao fotógrafo, devido

às tantas “nuances” de branco, ou melhor,

de cinza, que podem existir quando não

logramos o branco total.

O que ocorre é que muitos fotógrafos

apenas posicionam a modelo à frente de

uma parede ou fundo branco e, normal-

mente, utilizam duas unidades de flash

Recurso destaca-se por facilitar o trabalho do arte-finalista no recorte da modelo

Pde book, o High Key, ou, simplesmente, foto

com fundo branco, destaca-se por facilitar

o trabalho do arte-finalista no recorte da

modelo ou mesmo por permitir uma leitura

limpa e imediata do objeto de interesse.

Embora pareça uma imagem simples de ser

de estúdio posicionadas lateralmente,

fechando em um ângulo que varia entre

90 a 140° (fig. 1). Dessa forma, o fundo

acaba saindo cinza claro, pois a ilumina-

ção terá mais intensidade na modelo do

que no fundo, pelo fato de ela estar mais

próxima das fontes de luz.

A solução para o problema consiste em

iluminar o fundo com dois flashes dotados

de parabólicas grandes, posicionados um

de cada lado, ambos com, no mínimo, um

f.stop a mais do que o aferido na luz princi-

pal (a que ilumina a modelo). Entretanto,

apenas um ponto não trará ao fundo o

branco neve desejado. Geralmente, os

profissionais preferem trabalhar com 1,5

ou dois pontos acima da luz principal para

obter o tom puro. Devemos observar que

o simples fato de posicionar duas tochas

para o fundo com dois pontos acima da

luz principal acarretaria um problema

adicional, pois a luz do fundo iria retornar

por reflexão, invadindo as laterais da mo-

delo e ocasionando um efeito homogêneo

semelhante a um flaire, diminuindo sensi-

velmente o contraste da imagem.

Para eliminar mais esse problema, utili-

PHOTOS – MAR/ABR 2007 37

CLEBER MEDEIROS é fotógrafo, professor de fotografia de moda e coordenador da Universidade da Fotografia – Unifoto/Upis. E-mail: [email protected]

Fig. 1

Um flash meter – aparelho que mede a luz do flash – vale cada centavo co-brado, porém, na era digital, podemos ajustar a iluminação na medida em que fotografamos, ainda que possamos ganhar tempo com um cálculo simples, o quase esquecido número guia.O número guia consiste na potência real do flash indicada pelo fabricante,

Fig. 2

Medindo a luzmas geralmente o valor constante no manual não corresponde à realidade.A equação é simples: basta dividir o número guia pela distância em metros entre o flash/tema e o resultado será a abertura do diafragma para a sensibi-lidade ISO 100. Um flash com número guia 22 apontado diretamente para um modelo a dois metros de distância daria

uma abertura f.11 (22/2 =11).Essa equação não considera o uso de objetivas mais escuras ou acessórios que reduzem a quantidade de luz, como filtros ou sombrinhas (estas geralmente diminuem em até dois pontos o número guia), então deve ser utilizada apenas como base e os ajustes finos deverão ser feitos com a própria câmera.

Mod

elo: D

aniel

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