8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
1/615
U N I V E R S I D A D E L U S Í A D A D E L I S B O A
Faculdade de Arquitectura e Artes
Doutoramento em Arquitectura
O sensível e o inteligível: o projecto e a arquitectura:o caso de Steven Holl
Realizado por:Rui Manuel Reis AlvesOrientado por:
Prof. Doutor Arqt. Joaquim José Ferrão de Oliveira Braizinha
Constituição do Júri:
Presidente: Prof. Doutor Eng. Diamantino Freitas Gomes DurãoOrientador e Vogal: Prof. Doutor Arqt. Joaquim José Ferrão de Oliveira Braizinha Arguente e Vogal: Prof. Doutor Arqt. Fernando Manuel Domingues Hipólito
Arguente e Vogal: Prof. Doutor Arqt. Luís Filipe Ferreira AfonsoVogal: Prof. Doutor Arqt. Francisco José Gentil BergerVogal: Prof. Doutor Arqt. Ricardo José do Canto Moniz ZúqueteVogal: Prof. Doutor Arqt. Alberto Cruz Reaes Pinto
Tese aprovada em: 9 de Junho de 2010
Lisboa
2009
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
2/615
U N I V E R S I D A D E L U S Í A D A D E L I S B O A
Faculdade de Arquitectura e Artes
Dou to r amen to em Ar qu i t ec tu r a
O sensível e o inteligível: o projecto e a arquitectura:o caso de Steven Holl
Rui Manuel Reis Alves
Lisboa
2009
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
3/615
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
4/615
Rui Manuel Reis Alves
O sensível e o inteligível: o projecto e a arquitectura:o caso de Steven Holl
Tese apresentada à Faculdade de Arquitectura e Artes da
Universidade Lusíada de Lisboa, para obtenção do grau de
Doutor em Arquitectura.
Orientador:
Prof. Doutor Arqt. Joaquim José Ferrão de Oliveira
Braizinha
Lisboa
2009
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
5/615
Mediateca da Universidade Lusíada de Lisboa - Catalogação na Publicação
ALVES, Rui Manuel Reis, 1964-
O sensível e o inteligível : o projecto e a arquitectura : o caso de Steven Holl / Rui ManuelReis Alves ; orientado por Joaquim José Ferrão de Oliveira Braizinha. - Lisboa : [s.n.], 2009.- Tese de Doutoramento em Arquitectura, Faculdade de Arquitectura e Artes daUniversidade Lusíada de Lisboa.
I – BRAIZINHA, Joaquim José Ferrão de Oliveira, 1944-
LCSH1. Projecto de Arquitectura2. Desenho Arquitectónico3. Fenomenologia4. Percepção (Filosofia)5. Lugar (Filosofia) na Arquitectura6. Espaço (Arquitectura)7. Arquitectura - Filosofia8. HOLL, Steven, 1947- - Crítica e Interpretação9. Universidade Lusíada de Lisboa. Faculdade de Arquitectura e Artes - Teses
10. Teses – Portugal - Lisboa
1. Architectural Design
2.
Architectural Drawing3.
Phenomenology4. Perception (Philosophy)5. Place (Philosophy) in Architecture6. Space (Architecture)7. Architecture - Philosophy8. HOLL, Steven, 1947- - Criticism and Interpretation9. Universidade Lusíada de Lisboa. Faculdade de Arquitectura e Artes - Dissertations
10. Dissertations, Academic – Portugal - Lisbon
LCC - NA2500.A48 2009
Ficha Técnica
Autor Rui Manuel Reis Alves
Orientador Prof. Doutor Arqt. Joaquim José Ferrão de Oliveira Braizinha
Título O sensível e o inteligível: o projecto e a arquitectura: o caso de StevenHoll
Local Lisboa
Ano 2009
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
6/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
i
Dedicado à memória dos meus pais, Ester e Jacinto.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
7/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
ii
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Doutor Arq. Joaquim Braizinha pela orientação, disponibilidade e apoio ao longodestes anos.
À Prof. Doutora Arqta. Dulce Loução pelas indicações e críticas. Ao João M.C. Duarte
pela minuciosa revisão do texto e rigor dos comentários. Ao Dr. Hélder Machado pelas
indicações e correcções. À Janine Ribeiro pela colaboração na elaboração gráfica da tese. À
Vera Baeta pelas traduções. À Teresa Rodeia pela disponibilidade ao longo destes anos. À
Ivone Correia pelo apoio e presença constantes. À Cátia Santana pelas sugestões, apoio e
motivação para levar este projecto à sua concretização. A todos o meu agradecimento.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
8/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
iii
As soon as you make a statement, you want to transcend it.
This is the dilemma of philosophizing.
Steven Holl
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
9/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
iv
APRESENTAÇÃO
Título: O sensível e o inteligível: o projecto e a arquitectura: o caso de Steven
Holl.
Resumo: A possibilidade de a arquitectura comunicar remete-nos para oconfronto entre os dois lados em que tradicionalmente se divide anossa relação com o mundo – o sensível e o inteligível.
Este tema coloca-nos também uma questão: que valor contém hoje em
dia uma dimensão comunicativa da arquitectura?
O cruzamento entre sensível e inteligível, a importância que cada uma
destas vertentes adquire e a forma como operam na definição do
projecto, constituem o núcleo da tese.
Dois conceitos filosóficos estabelecem o fio condutor – chora e
quiasma.
O conceito platónico de chora , (receptáculo, lugar), define a terceira
substância que permite ligar as ideias às coisas sensíveis. Esta fissura
entre dois mundos totalmente distintos, constitui, uma excepção na
concepção dualista de Platão, na qual pode entrar a obra humana,
como a poesia ou a arte.
O conceito, proposto por Merleau-Ponty, de quiasma, cruzamentoentre corpo e mundo, alternativo à oposição dualista tradicional entre
sujeito e objecto, expressa uma continuidade entre reflexão e intuição,
presente também na experiência arquitectónica, na relação entre o
corpo da arquitectura e o corpo que percorre o espaço.
Qual o significado das palavras conceito e ideia no contexto da
arquitectura? De que maneira a arquitectura e a arte são a manifestação
de um conceito que é simultaneamente o seu fio condutor? As
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
10/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
v
definições de Kant e as concepções de Hegel permitem esclarecer
algumas questões.
As investigações de António Damásio no domínio das neurociências
conduziram a resultados que põem em causa a separação cartesiana
entre alma e corpo, estabelecendo uma união entre corpo e cérebro e
uma ligação e interdependência entre mente e corpo. Além disso,
afirmam ainda a prioridade do corpo, para o bem-estar do qual a
mente está orientada e não a primazia da mente. Por fim, defendem a
influência determinante da intuição sobre a racionalidade.
Também J. A. Marina analisando o processo mental da criação, põe em
evidência a complexa relação entre intuição e racionalidade, entre a
liberdade criadora e o projecto que, ao limitá-la a impulsiona,
defendendo que os mecanismos mentais da criatividade constituem
apenas um uso diferente dado a processos mentais comuns.
O trabalho de Steven Holl é usado como referência, dada a
importância do conceito limitado como condensador do significado eda intencionalidade do projecto que se traduz na arquitectura enquanto
fenómeno. Este cruzamento entre ideia e fenómeno ocupa uma
posição central no seu método projectual e tem sido o tema principal
da sua obra teórica, ao mesmo tempo que vai estabelecendo pontes
com outras disciplinas, como a filosofia, através da fenomenologia, a
ciência ou as artes.
O estudo da relação entre o trabalho de Steven Holl e a fenomenologia
de Merleau-Ponty permite questionar de que modo é que esta corrente
filosófica pode ser operativa na abordagem à arquitectura, ao mesmo
tempo que nos permite reflectir sobre a natureza fenomenológica da
arquitectura e da posição teórica de Steven Holl.
Concluiu-se que:
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
11/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
vi
A arquitectura se encontra numa posição emblemática entre o sensível
e o inteligível, entre o sujeito e o objecto que não lhe é exclusiva, antes
pelo contrário, mas cuja natureza, por vezes tida como confusa ou
híbrida, poderá ajudar a compreender melhor o que sucede noutras
áreas de conhecimento.
O raciocínio projectual, o acto mental criativo da arquitectura não é
diferente do que é usado por outras disciplinas, apenas diferem o
objecto e os processos de trabalho.
A fenomenologia da percepção, filosofia do sensível e do corpo, parece
estabelecer uma relação natural com a arquitectura. Todavia, o seu
enfoque no conhecimento pré-reflexivo pode limitar essa relação.
Contudo, isto não impede que alguns temas abordados pela
fenomenologia tenham valor operativo no contexto arquitectónico.
O posicionamento teórico de Steven Holl não se radica numa
abordagem fenomenológica, pelo contrário, ao estabelecer a ideia ouconceito como princípio e significado do projecto, parece partir de
uma concepção cartesiana. Contudo, a origem do uso de conceitos, por
parte de Steven Holl, não se baseia num posicionamento filosófico,
tendo antes origem no método de arquitectos como Kazuo Shinohara
ou Louis Kahn.
A arquitectura de Steven Holl, caracteriza-se por uma aproximação
fenomenológica na qualificação do espaço, privilegiando o sensível e o
corpóreo. Utiliza também conceitos da fenomenologia como analogia
metafórica, do mesmo modo que o faz com estruturas musicais,
artísticas, literárias ou científicas. Todavia, enquanto expressão do
conceito, estabelece uma tensão com um referente que está para lá dela
própria, o que não confere um maior valor à experiência
arquitectónica.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
12/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
vii
O conceito poderá constituir um instrumento impulsionador e
unificador do projecto mas a arquitectura não terá que se limitar à sua
expressão.
Palavras-chave: 1. Projecto de Arquitectura
2. Desenho Arquitectónico
3. Fenomenologia
4. Percepção (Filosofia)
5. Lugar (Filosofia) na Arquitectura
6. Espaço (Arquitectura)
7. Arquitectura - Filosofia8. HOLL, Steven, 1947- - Crítica e Interpretação
9. Universidade Lusíada de Lisboa. Faculdade de Arquitectura e Artes -
Teses
10. Teses – Portugal - Lisboa
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
13/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
viii
PRESENTATION
Title: The sensible and the intelligible: project and architecture: a case studyon Steven Holl.
Abstract: The likelihood of architecture’s capacity to communicate sets us tothink about the relationship between the two parts which traditionallybuilds and divides our relation with the world – the sensible and theintelligible.
Therefore there is a question to raise: today, what value is there in thisarchitecture communicative dimension?
The overlay between the sensible and the intelligible, the importance
that each of these areas acquire, the form by which both operate on
the project’s definition and its consequences on architecture perception
form the central theme of this thesis.
Two philosophic concepts draw a path guide - chora and chiasma.
The platonic concept of chora (receptacle, place) defines a third
substance allowing the linkage between ideas and sensible features.
This fine line between two distinct worlds is an exception in Plato’s
dualist conception in which the human work is present, like poetry or
art.
The chiasma concept proposed by Merleau-Ponty, meaning the overlay
between the body and the world, is an alternative to the traditional
opposition subject-object, and expresses a continuity on thought and
intuition also present in the architectonic experience, referring to the
equivalent relation between the human body in motion in the
architecture’s material presence.
What is the meaning of words such as concept and idea in the
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
14/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
ix
architecture context? In which way architecture and art are
manifestations of a concept when this concept is acting simultaneously
as a path guide? Kant´s definitions and Hegel´s concepts can shed
some lights on these issues.
António Damásio research in the neuroscience domain led to
conclusions that basically jeopardize the cartesian separation between
body and soul, and instead point to a strong interwining between body
and brain and the interdependence between body and mind.
Furthermore these conclusions state the body’s priority over mind
considering the mind focus towards the body’s well being. Another
conclusion regards the predominant influence of intuition over
rationality.
Also on the mental process of creativity, J. A. Marina regards the
complex relationship between intuition and rationality, between
creative freedom and the project which by enclosuring the former also
acts as its trigger. Thus the author argues that the creativity mental
mechanisms are only using ordinary mental processes but in a ratherdifferent way.
In this research the work of Steven Holl is used as a main reference
given its focus on the concept as the project’s meaning and
intentionality core which is passed to architecture as a phenomena.
This overlaying between ideia and phenomena has been a central issue
in Hall’s project method and a recurrent theme in his essays, while at
the same time bridging other disciplines such as philosophy through
phenomenology, science and art.
Studying the relation between the work of Steven Holl and the
phenomenology of Merleau-Ponty triggers the questioning about how
this philosophic current might represent a conceptual basis to
architecture practice. At the same time the former question leads to the
development of a more in depth regard both upon the architecture’s
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
15/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
x
phenomenological nature and Steven Holl’s theoretic party.
The main conclusions are:
Architecture finds itself in an emblematic position between the
sensible and the intelligible, between subject and object, a position not
exclusive to architecture but where this hybrid quality can improve our
understanding on what is happening in other knowledge areas.
The creative mental process in architecture is not unique among other
disciplines, what sets it apart is the object and the work methods.
The phenomenology of perception, philosophy on the sensible and the
human body, seems to establish a natural bond with architecture, but
its focus on the pre-reflexive knowledge might in fact limit that same
relation. Nevertheless, this does not restrain the major operative
bearing of some of the phenomenology themes brought into the
architectonic context.
Steven Holl’s project process and by consequence his architecture,
does not emerge from a phenomenological approach but right the
opposite: when it bounds the project to a core idea or concept, it
seems to start from a pure Cartesian conception. Yet, the use of the
conceptual framework from which Steven Holl starts off is less drawn
from a philosophic assertion and much rather from a method
commonly used by other architects such as Kazuo Shinohara or Louis
Kahn.
The architecture of Steven Holl is marked by a phenomenological
approach in the search for space qualification, taking a clear preference
on the sensible and on the human body. Other phenomenology
concepts are taken such as the metaphoric analogy, and the architect
uses this in a much similar way as he does with music, artistic and
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
16/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xi
literary structures. But when looked at as a concept expression, Steven
Holl’s architecture establishes a tension with a reference beyond itself
that furthermore does not represent an added value to the
architectonic experience.
The concept might represent a triggering and unifying tool for the
project development but architecture will not have to limit itself to the
concept’s expression.
Keywords: 1. Architectural Design2. Architectural Drawing
3. Phenomenology
4. Perception (Philosophy)
5. Place (Philosophy) in Architecture
6. Space (Architecture)
7. Architecture - Philosophy
8. HOLL, Steven, 1947- - Criticism and Interpretation
9. Universidade Lusíada de Lisboa. Faculdade de Arquitectura e Artes -
Dissertations
10. Dissertations, Academic – Portugal - Lisbon
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
17/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Esquema da dicotomia platónica entre Ser e Devir 66
Figura 2 – Esquema da posição intermediária de Chora entre Ser e Devir. 71
Figura 3 – Esquema da dualidade cartesiana, entre sujeito e objecto. 83
Figura 4 – O quiasma ou entrelaçamento entre corpo e mundo. 87
Figura 5 – página de Alphabetical City (HOLL, 1998d, p.42). 334
Figura 6 – página de Alphabetical City (HOLL, 1998b, p. 46). 335
Figura 7 - página de Alphabetical City (HOLL, 1998b, p. 60). 336
Figura 8 – página de Rural and Urban House Types (HOLL, 1998c, p. 16). 337
Figura 9 – página de Rural and Urban House Types (HOLL, 1998c, p.17). 338
Figura 10 – página de Rural and Urban House Types (HOLL, 1998c, p.18). 339
Figura 11 – página de Rural and Urban House Types (HOLL, 1998c, p.19). 340
Figura 12 – esquissos iniciais da capela de Notre-Dame-du-Haut (1950)
(LE CORBUSIER, 1990, s/p). 341
Figura 13 – axonometria da capela de Notre-Dame-du-Haut (1950) (ibidem, s/p). 341
Figura 14 – desenhos de referência da Vila Adriana (ibidem, s/p). 341 Figura 15 – diagrama da planta de Notre-Dame-du-Haut (1950)
acompanhados de frases (ibidem, s/p). 341
Figura 16 - esquisso projectual de Álvaro Siza, Agência bancária de
Oliveira de Azeméis (1971), (SIZA & COSTA, 1990 p. 29) 342
Figura 17 – esquissos sobre impressões de desenhos digitais – Álvaro Siza,
Pavilhão Anyang (2005), (CASTANHEIRA, 2007 p. 342) 342
Figura 18 – Steven Holl 343
Figura 19 – Desenhos de referência 344
Figura 20 – Desenhos analógicos 345
Figura 21 – Desenhos visionários 346
Figura 22 – Desenhos projectuais 347
Figura 23 – Desenhos projectuais 348
Figura 24 – Desenhos diagramáticos 349
Figura 25 – Desenhos de apresentação 350
Figura 26 – Desenhos de apresentação 351
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
18/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xiii
Figura 27 – Modelos tridimensionais 352
Figura 28 - perspectiva (desenho a lápis) – (HOLL, 1991, p. 24 e 25). 394
Figura 29 - composição de planta e alçado (desenho a lápis) – (ibidem, p. 23). 428
Figura 30 - fotografia do modelo tridimensional – (ibidem, p. 20). 428
Figura 31 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1991, p. 26). 429
Figura 32 - esquema conceptual (ibidem, p. 26). 429
Figura 33 - estudos de proporções (ibidem, p. 28) 429
Figura 34 - corte axonométrico e axonometria (HOLL, 1996a, p. 8). 430
Figura 35 e Figura 36 - perspectiva (técnica mista) e perspectiva (desenho a lápis) –
(HOLL, 1991, p. 40 e 41). 430
Figura 37 - fotografia do modelo tridimensional (FRAMPTON, 2002, p. 153). 430
Figura 38 - cortes e alçados (HOLL, 1991, p. 49). 431 Figura 39 - implantação, níveis e esquema conceptual (ibidem, p. 46 e 48). 431
Figura 40 - cortes e axonometria (ibidem, p. 47 e 48). 431
Figura 41 - esquema axonométrico (HOLL, 1991, p. 52). 432
Figura 42 – vista exterior (HOLL, 1996b., p. 21) 433
Figura 43 - perspectiva (desenho a lápis) – (HOLL, 1996a, p. 9). 434
Figura 44 - axonometria (desenho aguarelado) – (ibidem, p. 9). 434
Figura 45 -fotografia do modelo tridimensional (ibidem, p. 9). 434 Figura 46 – perspectiva (HOLL, 1991, p. 64). 435
Figura 47 e Figura 48 - fotografias de vidro serigrafado (ibidem, p. 65 e 63). 435
Figura 49 - fotografia do apartamento (ibidem, p. 64). 435
Figura 50 - perspectivas do interior (HOLL, 1991, p. 73). 436
Figura 51 - perspectiva (técnica mista) – (ibidem, p. 71). 436
Figura 52 – corte (ibidem, p. 71). 436
Figura 53 – axonometria (ibidem, p. 75). 437
Figura 54 – fotografia (HOLL, 2009, s/p). 437
Figura 55 – axonometria (HOLL, 1991, p. 88). 438
Figura 56 – fotografia (HOLL, 2009, s/p). 438
Figura 57 - fotografia do conjunto (HOLL, 2009, s/p). 438
Figura 58 – planta (HOLL, 1991, p. 98 e 99). 439
Figura 59 – axonometria (ibidem, p. 100 e 101). 439
Figura 60 e Figura 61 - perspectivas com esquema (ibidem, p. 102 e 106). 439
Figura 62, Figura 63, Figura 64 e Figura 65 - perspectivas com esquema
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
19/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xiv
(FRAMPTON, 2002, p. 92 e 93). 440
Figura 66 – fotografia do armário (HOLL, 1991, p. 108). 441
Figura 67, Figura 68, Figura 69 e Figura 70 -
fotografias do modelo tridimensional (HOLL,1996, p. 55 e 57). 442
Figura 71 – axonometrias (HOLL, 1991, p. 124). 442
Figura 72 - Esquema de vazios (HOLL, 1996a, p. 60). 443
Figura 73 - Esquema conceptual (HOLL, 1991, p. 126). 443
Figura 74 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1996, pág. 61). 443
Figura 75 - perspectivas do interior (HOLL, 1991, p. 134). 444
Figura 76 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1996a, p. 78 e 79). 444
Figura 77 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1991, p. 137). 445
Figura 78 - planta de implantação e esquemas conceptuais (ibidem, p. 137). 445 Figura 79 - fotografia do modelo tridimensional (ibidem, p. 136). 445
Figura 80 – modelos tridimensionais de estudo (HOLL, 1999, p. 136). 446
Figura 81 - perspectiva aguarelada (ibidem, p. 136). 446
Figura 82 - modelo tridimensional (ibidem, p. 134). 446
Figura 83 - modelo tridimensional (ibidem, p. 136). 446
Figura 84 - modelo tridimensional (HOLL, 1999, p. 143). 413
Figura 85 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 447 Figura 86 - fotografia, relação do conjunto com a envolvente (HOLL, 2009, s/p). 447
Figura 87 – Vista exterior (HOLL, 2009, s/p). 448
Figura 88, Figura 89, Figura 90 e Figura 91 -
fotografias no interior (HOLL, 1991, p. 148 e 149). 449
Figura 92 - esquema axonométrico das tipologias (ibidem, p. 143). 449
Figura 93 e Figura 94 - perspectivas e esquemas conceptuais (HOLL, 1996a, pág. 113). 450
Figura 95 - planta e corte (ibidem, p. 110). 450
Figura 96 - fotografia do modelo tridimensional (ibidem, p. 109). 450
Figura 97 - montagem fotográfica (HOLL, 1996a, p. 67). 451
Figura 98 - fotografia do modelo tridimensional (ibidem, p. 69). 451
Figura 99 – fotomontagem (HOLL, 1996a, pág. 71). 452
Figura 100 - maqueta esquemática (ibidem, p. 73). 452
Figura 101 – fotografia do interior (HOLL, 1996a, p. 131). 453
Figura 102 – axonometria (ibidem, p. 131). 453
Figura 103 - fotografia (ibidem, p. 130). 419
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
20/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xv
Figura 104 - fotografia (ibidem, p. 129). 453
Figura 105 – planta (HOLL, 1996a, p. 136). 454
Figura 106 e Figura 107 - fotografias do exterior (ibidem, p. 133). 454
Figura 108 - fotografia do interior (ibidem, p. 136). 454
Figura 109 - esquema axonométrico (HOLL, 1997, p. 118). 455
Figura 110 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1996a, p. 154). 455
Figura 111 – fotografia (ibidem, p. 161). 455
Figura 112 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1996a, p. 179). 456
Figura 113 - esquemas conceptuais (ibidem, p. 172). 456
Figura 114 - fotografia do modelo tridimensional (ibidem, p. 173). 456
Figura 115 - aguarela conceptual (HOLL, 1997, p. 158). 457
Figura 116 - fotografia do modelo tridimensional (ibidem, p. 159). 457 Figura 117, Figura 118, Figura 119 e Figura 120 – estudos lumínicos
a partir do modelo tridimensional à escala 1/2 (ibidem, p. 162, 163 e 166). 457
Figura 121, Figura 122, Figura 123 e Figura 124 - estudos lumínicos
a partir de modelos tridimensionais (ibidem, p. 166 e 167). 458
Figura 125 - modelos de estudo conceptual (HOLL, 1996a, p. 114 e 115). 458
Figura 126 - interior do modelo tridimensional à escala 1/2 (ibidem, p. 120). 459
Figura 127 - perspectiva aguarelada (ibidem, p. 120). 459 Figura 128 – fotografia do exterior (HOLL, 1999, p. 87). 460
Figura 129 - fotografia do interior (ibidem, p. 100). 460
Figura 130 – fotografia do interior (ibidem, p. 107). 460
Figura 131 - fotografia do exterior (ibidem, p. 113). 460
Figura 132 - esquema conceptual (desenho aguarelado) - (FRAMPTON, 2002, p. 299). 461
Figura 133 - desenho de estudo (ibidem, p. 298). 461
Figura 134 - fotografias do modelo tridimensional (ibidem, p. 297). 461
Figura 135 - fotomontagem (ibidem, p. 296). 461
Figura 136 – axonometria aguarelada (FRAMPTON, 2002, p. 122). 462
Figura 137 - imagem conceptual (ibidem, p. 122). 462
Figura 138 e Figura 139 - fotografias do modelo tridimensional (ibidem, p. 126). 462
Figura 140 e Figura 141 – fotografia do acesso vertical (HOLL, 2006, p. 191). 462
Figura 142 - fotografia (HOLL, 2006, p. 188). 429
Figura 143 - fotografia (ibidem, p. 197). 463
Figura 144 - fotografia (ibidem, p. 196). 463
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
21/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xvi
Figura 145 - fotografia (FRAMPTON, 2002, p. 291). 463
Figura 146 - estudos lumínicos (HOLL, 1999, p. 130). 464
Figura 147 - estudos lumínicos e modelo tridimensional (ibidem, p. 129). 464
Figura 148 - estudos lumínicos (HOLL, 1999, p. 131). 465
Figura 149 - corte (HOLL, 2008, p. 12). 466
Figura 150 e Figura 151 - fotografias (HOLL, 2009, s/p). 466
Figura 152 - fotografia (HOLL, 2008, p. 14). 466
Figura 153 - fotografia do interior (HOLL, 2009, s/p). 467
Figura 154 - fotografia do interior (HOLL, 2009, s/p). 467
Figura 155 – desenhos conceptuais (HOLL, 2002a, p. 66). 468
Figura 156 - modelos conceptuais (ibidem, p. 70). 468
Figura 157 - modelos conceptuais (ibidem p. 70). 468 Figura 158 - modelos de estudo (HOLL, 2002a, p. 70). 469
Figura 159 - modelos tridimensionais de estudo (HOLL, 1999, p. 158). 469
Figura 160 – Vista exterior (HOLL, 2002a, p.71) 470
Figura 161 – Pátio na cobertura (HOLL, 2002a, p.77) 470
Figura 162 - imagem conceptual (HOLL, 1999, p. 173). 471
Figura 163 e Figura 164 - desenhos conceptuais (ibidem, p. 172). 471
Figura 165 -desenho conceptual (ibidem, p.174). 471 Figura 166 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 472
Figura 167 e Figura 168 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 472
Figura 169 - desenho conceptual (HOLL, 1999, p. 178). 473
Figura 170 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 473
Figura 171 - modelo tridimensional (HOLL, 1999, p. 185). 474
Figura 172 - modelo tridimensional (ibidem, p. 187). 474
Figura 173 - modelo tridimensional (HOLL, 2002a, p. 93). 475
Figura 174 e Figura 175 - desenhos conceptuais (ibidem, p. 92). 475
Figura 176 - corte esquemático (ibidem, p. 95). 475
Figura 177 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 476
Figura 178, Figura 179 e Figura 180 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 476
Figura 181 - fotografia (HOLL, 2009, s/p) 476
Figura 182 e Figura 183 – esquemas conceptuais (HOLL, 2002a, pág. 108) 477
Figura 184 - esquema estrutural (ibidem, p. 117). 477
Figura 185 - modelos tridimensionais (ibidem p. 117). 477
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
22/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xvii
Figura 186 e Figura 187 - fotografias (HOLL, 2009, s/p). 478
Figura 188 e Figura 189 - fotografias (HOLL, 2009, s/p). 478
Figura 190 e Figura 191 - fotografias (HOLL, 2009, s/p). 478
Figura 192 - desenhos conceptuais (HOLL, 2008, p. 20). 479
Figura 193 e Figura 194 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 479
Figura 195 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 479
Figura 196 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 446
Figura 197 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 480
Figura 198 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 480
Figura 199 – desenhos conceptuais (HOLL, 2002a, p. 22). 481
Figura 200 - desenhos conceptuais (HOLL, 2002a, pág. 23). 481
Figura 201 - modelos tridimensionais (ibidem, p. 120). 481 Figura 202 – corte perspectivado (HOLL, 2002a, p. 123). 482
Figura 203 - fotomontagem 3d (ibidem, p. 122). 482
Figura 204 - planta (ibidem, p. 124). 482
Figura 205 - desenhos conceptuais (HOLL, 2002a, p. 132 e 136). 483
Figura 206 - modelo tridimensional (ibidem, p. 135). 483
Figura 207 - esquemas conceptuais (HOLL, 2002a, p. 143). 450
Figura 208 - plantas (ibidem, p. 146). 484 Figura 209 e Figura 210 - esquemas conceptuais e perspectivas aguareladas
(ibidem, p. 142 e 146). 484
Figura 211 - desenho 3d (ibidem, p. 155). 485
Figura 212 - modelo tridimensional (ibidem, p. 151). 451
Figura 213 - desenho 3d (ibidem, p. 155). 485
Figura 214 - perspectiva, esquema de localização e diagrama conceptual (ibidem, p. 150)485
Figura 215 - desenhos e modelo conceptuais (HOLL, 2002a, p. 164). 486
Figura 216 – esquema conceptual (ibidem p. 162) 486
Figura 217 – fotomontagem 3d (ibidem, p. 165). 486
Figura 218 - modelo tridimensional (ibidem, p. 165). 486
Figura 219 e Figura 220 - modelo tridimensional (HOLL, 2002a, p. 171 e 173). 487
Figura 221 - desenhos conceptuais (ibidem, p. 170). 487
Figura 222 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 454
Figura 223 – fotografia (HOLL, 2009, s/p). 488
Figura 224 - desenho aguarelado (HOLL, 2002a p. 174). 488
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
23/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xviii
Figura 225 – esquema conceptual 489
Figura 226 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 489
Figura 227 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 489
Figura 228 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 490
Figura 229 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 456
Figura 230 - fotografia do interior (HOLL, 2009, s/p). 490
Figura 231 - desenho aguarelado (HOLL, 2008, p. 84). 491
Figura 232 - planta (ibidem, p. 89). 491
Figura 233 - desenho aguarelado (ibidem, p. 84). 491
Figura 234 fotografia (HOLL, 2009, s/p). 458
Figura 235 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 492
Figura 236 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 492 Figura 237 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 492
Figura 238 - fotografia (HOLL, 2008, p. 127). 493
Figura 239 - fotografia (ibidem, p. 127). 460
Figura 240 - planta (ibidem, p. 126). 493
Figura 241, Figura 242, Figura 243 e Figura 244 – fotografias (HOLL, 2009, s/p). 493
Figura 245 - esquema conceptual (HOLL, 2008, p. 140). 460
Figura 246 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 494 Figura 247 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 494
Figura 248 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 494
Figura 249 - desenho aguarelado (HOLL, 2008, p. 151). 495
Figura 250 - fotografia (HOLL, 2009, s/p). 495
Figura 251 - modelo tridimensional (HOLL, 2008, p. 153). 495
Figura 252 - modelo tridimensional (ibidem, p. 153). 495
Figura 253 - esquemas conceptuais (HOLL, 2008, p. 160). 496
Figura 254 - composição de edifícios simbólicos da cidade de Milão (p. 159 e 160). 496
Figura 255 - modelo tridimensional (ibidem, p. 163). 496
Figura 256 - corte (ibidem, p. 161). 496
Figura 257 – Le Domaine Enchanté , Mural 7, René Magritte, 1953 (HOLL, 2008, p. 166). 497
Figura 258 - esquema conceptual (ibidem, p. 164). 497
Figura 259 – fotomontagem 3D (ibidem, p. 165). 497
Figura 260 - fotomontagem 3d (ibidem, p. 166). 497
Figura 261 - esquema conceptual - (HOLL, 2008, p. 171). 498
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
24/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xix
Figura 262 - fotomontagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 464
Figura 263 - imagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 498
Figura 264 - imagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 498
Figura 265 - fotomontagem 3d (HOLL, 2008, pág. 171). 498
Figura 266 – imagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 499
Figura 267 – imagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 499
Figura 268 - modelo tridimensional (HOLL, 2008, p. 187). 499
Figura 269 - fotomontagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 499
Figura 270 - imagem 3d (HOLL, 2009, s/p). 466
Figura 271 -desenho conceptual (HOLL, 2008, p.190). 500
Figura 272 - implantação (HOLL, 2009, s/p) 466
Figura 273 - fotomontagem 3d (HOLL, 2009, s/p) 500 Figura 274 - modelo tridimensional (HOLL, 2008, p. 193). 500
Figura 275 - esquema conceptual (HOLL, 2008, p. 210) 501
Figura 276 - modelo tridimensional (HOLL, 2009, s/p). 467
Figura 277 - esquema conceptual (HOLL, 2009, s/p). 501
Figura 278 e Figura 279 – fotomontagem a partir do
modelo tridimensional (HOLL,2009,s/p). 501
Figura 280 e Figura 281 - desenhos conceptuais (HOLL, 2008, p. 221). 502 Figura 282 - modelo tridimensional (ibidem, p. 223). 502
Figura 283 e Figura 284 - fotomontagens 3D (HOLL, 2009, s/p). 502
Figura 285 - esquema conceptual (HOLL, 2009, s/p). 469
Figura 286 -modelo tridimensional (HOLL, 2008, p. 229). 503
Figura 287 e Figura 288 - desenhos conceptuais (ibidem, p. 226). 503
Figura 289, Figura 290 e Figura 291 - fotografias (HOLL, 2009, s/p). 503
Figura 292 – axonometria (HOLL, 1996, p. 87). 518
Figura 293 e Figura 294 - desenhos conceptuais
(HOLL, 1996a, p. 82) e (HOLL, 1997, p. 32). 518
Figura 295 - perspectiva aguarelada do interior (HOLL, 1991, p. 155). 518
Figura 296 - alçado e planta (HOLL, 1997, p. 34). 518
Figura 297 - fotografia do modelo tridimensional (HOLL, 1997, p. 31). 519
Figura 298 e Figura 299 – fotografias (interior e exterior) (HOLL, 2009, s/p). 519
Figura 300 – fotografia (HOLL, 2009, s/p). 519
Figura 301 - fotografia da casa dos hóspedes (HOLL, 1997, p. 42). 520
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
25/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xx
Figura 302 - fotografia da sala inundada (ibidem, p. 43). 520
Figura 303 - fotografia da fonte de vidro moldado situada junto à entrada
(ibidem, p. 41). 520
Figura 304 – análise esquemática da partitura de Sonata para cordas, percussão e celesta (1936)
de Belá Bartók – análise efectuada por Luísa Correia (CORREIA, 2006, p. 97). 521
Figura 305 – análise esquemática da planta da Stretto House , de Steven Holl.
Análise efectuada por Luísa Correia (ibidem, p. 97). 521
Figura 306 e Figura 307 - esquisso conceptual (HOLL, 1996b, p. 83 e 86). 522
Figura 308, Figura 309, Figura 310 e Figura 311 – perspectivas e
esquemas aguarelados (ibidem p. 83 e 87). 522
Figura 312 – Desenhos diagramáticos da analogia formal entre as montanhas e
o Museo de Cantabria de Mansilla & Tuñon (MANSILLA&TUÑON, 2003, p. 84). 523 Figura 313 – Diagrama conceptual em planta das Termas de Vals ,
Peter Zumthor (ZUMTHOR, 1997, p. 60). 524
Figura 314, Figura 315 – Termas de Vals – cobertura e exterior. 524
Figura 316 – Termas de Vals – interior – piscina. 524
Figura 317, Figura 318 e Figura 319 – Termas de Vals – interior. 524
Figura 320 e Figura 321 - fotografias do modelo tridimensional (HOLL, 1996, p. 153). 525
Figura 322 e Figura 323 - fotografias do interior domodelo tridimensional à escala 1/2 (ibidem, p. 152). 525
Figura 324 - plantas e cortes (ibidem, pp. 146 e 147) 525
Figura 325 - perspectiva aguarelada (HOLL, 1996a, p. 147). 526
Figura 326 - fotografia de modelos de estudo (ibidem, p. 146). 526
Figura 327 - esquemas conceptuais (HOLL, 1997, p. 90). 526
Figura 328 - esquissos conceptuais (ibidem, p. 92). 526
Figura 329 - fotografias do modelo estrutural (ibidem, p. 93). 526
Figura 330 - fotografias do modelo estrutural (ibidem, p. 93). 526
Figura 331 e Figura 332 - modelo tridimensional à escala 1/2 (HOLL, 1997, p. 98). 527
Figura 333 - modelo tridimensional da proposta de concurso (fotografia nossa). 527
Figura 334 - modelo tridimensional da proposta de concurso (fotografia nossa). 527
Figura 335 - quadro de estratégias conceptuais 531
Figura 336 – quadro de referências formais. 532
Figura 337 - vista do conjunto a partir da praça do centro comercial (fotografia nossa). 546
Figura 338 - vista do conjunto a partir de Sul/Poente (fotografia nossa). 546
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
26/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxi
Figura 339 - entrada principal (fotografia nossa). 546
Figura 340 - relação entre alçado sul e alçado nascente (fotografia nossa). 546
Figura 341 – parede cortina no alçado nascente (fotografia nossa). 546
Figura 342 - alçado nascente, confronto entre revestimento
em alumínio e em zinco (fotografia nossa). 546
Figura 343 – alçado nascente entre diferentes cotas (fotografia nossa). 547
Figura 344 – alçado nascente (fotografia nossa). 547
Figura 345 - alçado nascente (fotografia nossa). 547
Figura 346 - revestimento em zinco com lanternins (fotografia nossa). 547
Figura 347 - lanternins (fotografia nossa). 547
Figura 348 - corpo curvo, lanternins e entrada do túnel (fotografia nossa). 547
Figura 349 - túnel, escada/cascata (fotografia nossa). 548 Figura 350 - espelho de água e alçado nascente (fotografia nossa). 548
Figura 351 - interior do túnel (fotografia nossa). 548
Figura 352 - saída do túnel (fotografia nossa). 548
Figura 353 - espelho de água no exterior lado poente (fotografia nossa). 549
Figura 354 - vista do túnel para Foyer (fotografia nossa). 549
Figura 355 - alçado poente (fotografia nossa). 549
Figura 356 - intersecção dos dois corpos (fotografia nossa). 549 Figura 357 - intersecção dos dois corpos (fotografia nossa). 549
Figura 358 - intersecção dos dois corpos (fotografia nossa). 550
Figura 359 - alçado poente do corpo curvo (fotografia nossa). 550
Figura 360 - topo norte (fotografia nossa). 550
Figura 361 - topo norte (fotografia nossa). 550
Figura 362 - topo norte (fotografia nossa). 550
Figura 363 - vista da praça (fotografia nossa). 550
Figura 364 – porta da entrada principal (fotografia nossa). 551
Figura 365 - entrada (fotografia nossa). 551
Figura 366 - janela a sul sobre a entrada (fotografia nossa). 551
Figura 367 - entrada e janela para sul (fotografia nossa). 551
Figura 368 - vista do tecto difusor de luz (fotografia nossa). 551
Figura 369 - vista do foyer - bilheteira e bengaleiro (fotografia nossa). 551
Figura 370 - ponte sobre a entrada (fotografia nossa). 552
Figura 371 - tecto difusor de luz (fotografia nossa). 552
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
27/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxii
Figura 372 - banco junto à entrada (fotografia nossa). 552
Figura 373 - vista da bilheteira e do foyer (fotografia nossa). 552
Figura 374 - vista da cafetaria (fotografia nossa). 552
Figura 375 - cadeira no cemitério de Estocolmo,
Erik Gunnar Asplund (SEIR+SEIR+SEIR, 2007, s./p.). 552
Figura 376 - luminária na cafetaria (fotografia nossa). 553
Figura 377 - entrada para a livraria, divisória pivotante (fotografia nossa). 553
Figura 378 - banco junto ao bengaleiro (fotografia nossa). 553
Figura 379 – escada no ângulo sul / nascente (fotografia nossa). 553
Figura 380 - vista inferior da escada (fotografia nossa). 553
Figura 381 - patim da escada (fotografia nossa). 553
Figura 382 – guarda da escada (fotografia nossa). 554 Figura 383 - vista da escada para o exterior (fotografia nossa). 554
Figura 384 – vista do foyer (fotografia nossa) 554
Figura 385 - início da rampa de acesso ao piso de exposições (fotografia nossa). 554
Figura 386 - final da rampa de acesso ao espaço de exposição (fotografia de autor). 554
Figura 387 - vista da rampa para a entrada (fotografia nossa). 555
Figura 388 - guarda (fotografia nossa). 555
Figura 389 - vista do foyer (fotografia nossa). 555 Figura 390 – passagem sob a rampa (fotografia nossa). 555
Figura 391 - manípulo (fotografia nossa). 555
Figura 392 – vista do Foyer de norte para sul (fotografia nossa). 556
Figura 393 - rampas e tecto difusor (fotografia nossa). 556
Figura 394 - Foyer (fotografia nossa). 556
Figura 395 - vazio do corpo recto no entrelaçamento com o corpo curvo,
vista para o exterior (fotografia nossa). 556
Figura 396 - escada rampa e helicoidal (fotografia nossa). 557
Figura 397 - acesso ao auditório e vista para o exterior com
espelho de água a poente (fotografia nossa). 557
Figura 398 - Foyer do auditório (fotografia nossa). 557
Figura 399 - parede curva do auditório forrada a veludo azul (fotografia nossa). 557
Figura 400 - interior do auditório (FRAMPTON, 2002, p. 245). 557
Figura 401 - vista para o túnel no exterior (fotografia nossa). 557
Figura 402 - intersecção entre os dois corpos (fotografia nossa). 558
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
28/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxiii
Figura 403 - escada helicoidal (fotografia nossa). 558
Figura 404 - vazio da escada helicoidal (fotografia nossa). 558
Figura 405 - plataforma de acesso aos espaços de exposição e
escada helicoidal (fotografia nossa). 558
Figura 406 - vista da rampa para o exterior (fotografia nossa). 559
Figura 407 - plataforma de acesso aos espaços de exposição,
ligação à rampa (fotografia nossa). 559
Figura 408 - porta de acesso ao espaço de exposição (fotografia nossa). 559
Figura 409 - entrelaçamento de espaços (fotografia nossa). 559
Figura 410 - entrelaçamento de corpos (fotografia nossa). 559
Figura 411 - detalhe da guarda da escada helicoidal (fotografia nossa). 559
Figura 412 - detalhe da guarda da escada helicoidal (fotografia nossa). 560 Figura 413 - detalhe da guarda da escada helicoidal (fotografia nossa). 560
Figura 414 - vista do foyer a partir do cimo da rampa (fotgrafia do autor). 560
Figura 415 - vista da rampa para a escada helicoidal (fotografia nossa). 560
Figura 416 - encontro da rampa superior com o corpo curvo (fotografia nossa). 560
Figura 417 - sequência das salas de exposição (fotografia nossa). 560
Figura 418 - sequência das salas de exposição (fotografia nossa). 561
Figura 419 - vista para o exterior sul na passagem da pontesobre a entrada (fotografia nossa). 561
Figura 420 - vista da ponte sobre a entrada para o Foyer (fotografia nossa). 561
Figura 421 - ligação ao espaço de exposição do corpo nascente (fotografia nossa). 561
Figura 422 - porta de correr (fotografia nossa). 561
Figura 423 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 561
Figura 424 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 562
Figura 425 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 562
Figura 426 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 562
Figura 427 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 562
Figura 428 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 562
Figura 429 - espaço de exposição no corpo nascente (fotografia nossa). 562
Figura 430 - vista do interior do espaço de exposições para o acesso vertical
(fotografia nossa). 563
Figura 431 – acesso vertical no ângulo do corpo nascente com vista
para o exterior (fotografia nossa). 563
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
29/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxiv
Figura 432 - acesso vertical no ângulo do corpo nascente com vista
para o exterior (fotografia nossa). 563
Figura 433 – acesso vertical no ângulo do corpo nascente com vista
para o exterior (fotografia nossa). 563
Figura 434 – espaço de exposição do corpo nascente (fotografia nossa). 563
Figura 435 - espaço de exposição do corpo nascente (fotografia nossa). 564
Figura 436 - espaço de exposição do corpo nascente (fotografia nossa). 564
Figura 437 - espaço de exposição do corpo nascente (fotografia nossa). 564
Figura 438 - espaço de exposição do corpo nascente (fotografia nossa). 564
Figura 439 – acesso ao núcleo de escadas (fotografia nossa). 565
Figura 440 – ligação à rampa superior sobre o Foyer (fotografia nossa). 565
Figura 441 – porta do espaço de exposição a poente, para a plataforma
de acesso (fotografia nossa). 565
Figura 442 – escada e rampa, acesso aos espaços de exposição (fotografia nossa). 565
Figura 443 - escada e rampa, acesso aos espaços de exposição (fotografia nossa). 566
Figura 444 – espaços de exposição a poente, piso superior (fotografia nossa). 566
Figura 445 - plataforma superior sobre a entrada, vista para sul (fotografia nossa). 566
Figura 446 - plataforma superior sobre a entrada, vista para sul (fotografia nossa). 566
Figura 447 - plataforma superior sobre a entrada, vista sobre o foyer (fotografia nossa). 566 Figura 448 – relação, parede empenada - alçado (fotografia nossa). 566
Figura 449 – ligação ao acesso vertical no topo sul/nascente (fotografia nossa). 567
Figura 450 – iluminação de parede (fotografia nossa). 567
Figura 451 - rampa superior de acesso sobre o foyer (fotografia nossa). 567
Figura 452 - foyer visto da rampa superior (fotografia nossa). 567
Figura 453 - intersecção entre a rampa e a parede empenada, entrada para
o espaço de exposição (fotografia nossa). 567
Figura 454 - acesso por rampa ao nível superior de exposição a nascente
(fotografia nossa). 567
Figura 455 - relação com o exterior (fotografia nossa). 568
Figura 456 - luz zenital (fotografia nossa). 568
Figura 457 - topo da rampa (fotografia nossa). 568
Figura 458 - entrada oblíqua (fotografia nossa). 568
Figura 459 - espaço de exposição no nível superior do corpo curvo (fotografia nossa). 568
Figura 460 - varanda no topo norte, nível superior (fotografia nossa). 568
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
30/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxv
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS
a. C. – antes de Cristo p. – página(s)
a. D – anno Domini p. ex. – por exemplo
cit. – citado s./d. – sem data de edição
ed. – editor s./p. – sem numeração de página
eds. Editores trad. – tradução
et. al. – et aliae vol. – volume
etc. – et caetera ADN – ácido desoxirribonucleico
dr. – doutor C.I.A.M. – Congrés Internationale d’Architecture Moderne
fig. – figura C.N.E.S – Centre Nationale d’Études Spatiales
figs. – figuras E.N.S.A. – École Normale Supérieure d’Architecture
i.e. – id est I.A.U.S. – Institute for Architecture and Urban Studies
introd. – introdução M.I.T. – Massachusets Institute of Technology
loc. cit. – locus citatum MoMA – Museum of Modern Art
op. cit. – opus citatum NASA – National Aeronautics and Space Administration
séc. – século OMA – Office for Metropolitan Architecture
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
31/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxvi
NOTA PRÉVIA
Neste trabalho seguiu-se a Norma Portuguesa 405 para a elaboração das citações e
das referências bibliográficas. As citações seguiram o método autor-data-localização. As
citações de transcrição aparecem entre aspas. Depois da referenciar uma citação, quando se
utiliza uma expressão própria de um autor citado, a mesma surge entre aspas mas não se
repete a referenciação. Para não sobrecarregar o texto, depois de feita uma citação e
respectiva referência, se se volta, na mesma página a citar a mesma obra e o mesmo autor
utiliza-se a expressão «ibidem», seguida do respectivo número de página. Caso se trate de
uma citação da mesma página utiliza-se a expressão «loc. cit.» ( locus citatum ). Contudo, ao
voltar a fazer uma citação, numa outra página, mesmo que se trate de uma citação do
mesmo autor, obra e localização, volta-se a fazer a referenciação completa. Caso se trate de
um autor que tem apenas uma única obra referenciada no texto, e quando a referência játenha sido feita, pode-se utilizar a expressão «op. cit.» ( opus citatum ).
Utilizou-se a letra normal Garamond 12 para os textos em geral, Times New Roman
para os títulos, sendo as citações com menos de três linhas no mesmo corpo de letra do
restante texto ou, quando com extensão superior a três linhas, em corpo 11, justificado
com margens de 1 cm em relação ao resto do texto. As notas são em Garamond 10.
As palavras estrangeiras e os nomes de obras literárias ou de arquitectura estão em
itálico, no mesmo tipo e corpo de letra do texto em que estão inseridas, a não ser quando
se trata de citações, aparecendo entre aspas. Os nomes próprios são apresentados na grafia
original, no mesmo tipo e corpo de letra do restante texto em que estão inseridos. Os
nomes de lugares, cidades ou países aparecem na grafia original ou traduzida, conforme o
seu uso mais comum, com tipo e corpo de letra idênticos ao texto em que se inserem.
Quando se pretende salientar o sentido metafórico ou figurado da utilização de
palavras ou expressões as mesmas são colocadas entre aspas francesas. Este tipo de aspas é
também empregue quando se pretende identificar um determinado termo. Algumas
palavras que se pretendem evidenciar são escritas a negrito.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
32/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxvii
SUMÁRIO
Introdução 1
1. Proposta 2
1.1. Objectivos 2
1.2. Justificação 3
1.2.1. Escolha do caso de estudo 4
2. Argumentos 5
3.
Metodologia 9
4. Organização do trabalho 11
5. Definições 17
PARTE I
Capítulo I. Entre sensível e inteligível
Resumo do capítulo I 28
1. Chora , entre o Ser e o Devir 30
1.1 Os dois elementos primordiais 30
1.2 A terceira substância 32
1.3 A natureza obscura de chora e a comparação com o topos aristotélico 39
2. O quiasma ou o entrelaçamento entre corpo e mundo 49
2.1. Antes do pensamento 49
2.2. A “carne” 50
2.3. A consciência e o hiato entre o sensível e o sentiente 52
2.4. A “carne” como imagem simbólica 56
2.5. As ideias sensíveis 58
2.6. A pintura como símbolo da percepção e a dificuldade em situar
a arquitectura 60
2.7. A idealidade 61
3. O significado de chora e quiasma para a arquitectura 63
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
33/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxviii
Capítulo II. Do sensível – a percepção
Resumo do capítulo II 66
1. O papel da percepção, a partir da fenomenologia de Merleau-Ponty 68
1.1 A Natureza da percepção e O primado da percepção – leitura crítica 69
1.1.1. A natureza da percepção 69
1.1.2. O primado da percepção e suas consequências filosóficas 72
1.2 Fenomenologia da percepção – leitura crítica 77
1.2.1 A síntese do prefácio 77
1.2.2 O sentir 79
1.2.3
A crítica ao empirismo 80
1.2.4 A crítica do intelectualismo 83
1.2.5 A abordagem fenomenológica 87
1.3 O olho e o espírito – leitura crítica 91
1.3.1 A crítica da ciência 91
1.3.2 O corpo, a visão e a pintura 92
1.3.3 A crítica a Descartes 97
1.3.4 O espaço e a pintura 1011.3.5 O pensamento mudo 104
2 A fenomenologia de Merleau-Ponty e a arquitectura 105
Capítulo III. Do inteligível – o conceito
Resumo do capítulo III 114
1 O conceito, a ideia e a obra como expressão da ideia 115
1.1 Definições 115
1.2 Sentidos 116
1.2.1 Segundo Platão 116
1.2.2 Segundo Hegel 116
1.2.3 Segundo Goethe 119
1.2.4 Segundo Kant 119
2 Conceito e arquitectura 127
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
34/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxix
Capítulo IV. Os mecanismos da mente – percepção, reflexão e criatividade
Resumo do capítulo IV 132
1 A relação mente-corpo na perspectiva de António Damásio 134
1.1 A crítica da separação mente-corpo 134
1.2 A autonomia da mente 136
1.3 Os marcadores somáticos e a intuição 137
1.4 A percepção e a memória 141
2 Os mecanismos mentais da criatividade a partir de J. A. Marina 146
2.1 A percepção e o significado 146
2.2
O projecto criador 146
2.3 O processo de busca 149
2.4 O trabalho criativo 151
3 Mente e arquitectura 152
3.1 Separação entre pensamento arquitectónico e construção arquitectónica 152
3.2 O uso da memória 156
3.3 Percepcionar, perceber, projectar 160
3.4
Ver o espaço 1613.5 O significado está nas coisas 163
3.6 O esquema inicial 165
4 Conclusões do capítulo IV 172
PARTE II
Capítulo V. Leitura crítica de alguns textos de Steven Holl
Resumo do capítulo V 178
1 Anchoring 180
1.1 Escrita e arquitectura 180
1.2 Arquitectura e lugar 181
1.3 Arquitectura e significado 182
1.4 Ideia e fenómenos 186
1.5 A ideia – a intencionalidade 187
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
35/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxx
1.6 O conceito como alternativa às teorias gerais de arquitectura 190
2 Questions of Perception: Phenomenology of Architecture 192
2.1 Espaço discursivo e espaço construído 192
2.2 Intersecção entre campo e objecto 196
2.3 Espaço perspéctico 197
2.4 Da luz e cor 199
2.5 Da luz e sombra 201
2.6 Da espacialidade da noite 202
2.7 Tempo e duração 203
2.8 A água como lente fenomenológica 205
2.9 Som 206
2.10 O corpo e a materialidade 207
2.11 Proporção e escala 209
2.12 O conceito unificador 210
3 Parallax 212
3.1 Arquitectura, ciência e fenómenos 212
3.2 Profundidade espacial 215
3.3 Entrelaçamento 217
3.4 Paralaxe 2183.5 Luz solar 219
3.6 La Tourette 220
3.7 Kiasma 224
3.8 Stretto 229
3.9 Experiência enredada 230
3.10 Corpo e materialidade 234
4 O discurso e a arquitectura de Steven Holl 237
Capítulo VI. O “conceito limitado” no âmago do projecto
Resumo do capítulo VI 241
1 Formação, cultura e referências 243
1.1 Raízes 243
1.2 A originalidade de Steven Holl 246
1.3 As influências de Kazuo Shinohara e de Louis Kahn 249
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
36/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxxi
1.4 Arquitectura conceptual e arquitectura visual 255
1.5 Arquitectura da mente e do corpo 258
2 Experiência e conceito 259
2.1 Um fio no labirinto 259
2.2 O conceito como síntese 261
2.3 A formulação do conceito 263
2.4 O conceito como instrumento heurístico 265
2.5 O conceito como significado 267
3 Comparação com o método de Le Corbusier 269
3.1 Croquis e frases sintéticas 269
3.2 Conceitos e princípios 270
3.3 Génese da ideia 271
3.4 Espaço significante e espaço inefável – St. Ignatius e Notre-Dame-du-Haut 273
4 Especificidade do projecto de arquitectura 278
4.1 O conceito como “esquema da obra” 278
4.2 O conceito como alternativa a uma “linguagem de formas” 280
4.3 A pluridisciplinaridade de Steven Holl 281
4.4 O conceito sob a forma de diagrama conceptual 283
4.5 A arquitectura como fenómeno físico e mental 2854.6 A manifestação do conceito na obra construída 288
5 Conclusões do capítulo VI 296
Capítulo VII. Instrumentos de trabalho projectual – desenhos e maquetas entre o
registo da ideia e a simulação do sentir.
Resumo do capítulo VII 302
1 Desenhos/aguarelas 304
1.1 A liberdade intuitiva do desenho 304
1.2 Desenhos de definição conceptual 310
1.2.1 Desenhos de referência 311
1.2.2 Desenhos analógicos 311
1.2.3 Desenhos visionários 312
1.2.4 Diagramas conceptuais 316
2 Análise crítica aos desenhos de Steven Holl 317
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
37/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxxii
2.1 As sínteses desenhadas do início da carreira 317
2.2 Axonometrias 319
2.3 Busca projectual ou processo de figuração da ideia? 322
2.4 Pesquisa formal 323
3 Outros registos e representações 326
3.1 Maquetas 326
3.2 Simulações computorizadas 329
4 Conclusões do capítulo VII 330
Capítulo VIII. Crítica da obra arquitectónica de Steven Holl
Resumo do capítulo VIII 354
1 Análise crítica das obras entre 1977 e 2007 356
1.1 Primeiras obras (1977-1984) 356
1.2 Fifht Avenue Apartment , Nova Iorque, Nova Iorque (1983) 359
1.3 Oceanfront House, Leucadia, Califórnia (1984) 359
1.4 Berkowitz-Hodgis House, Martha’s Vineyard, Massachusetts (1984) 359
1.5 Hybrid Building, Seaside, Florida (1985-1988) 360
1.6 Porta Vittoria, Milão, Itália (1986) 3611.7 MoMA Tower Apartment, Nova Iorque, Nova Iorque (1986) 361
1.8 Cleveland House, Cleveland, Ohio (1988) 362
1.9 Oxnard House, Oxnard, Califórnia (1988) 362
1.10 Berlin Library , Berlim, Alemanha (1988) 363
1.11 College of Architecture , Minneapolis, Minnesotta (1988, 1996-2002) 363
1.12 Fukuoka Housing , Fukuoka, Japão (1989-1991) 364
1.13 Palazzo del Cinema, Veneza, Itália (1990) 366
1.14 Edge of a city (1988-1990) 367
1.15 D. E. Shaw Offices, Nova Iorque, Nova Iorque (1991) 367
1.16 Storefront Gallery, Nova Iorque, Nova Iorque (1992-1993) 368
1.17 Makuhari Housing , Chiba, Japão (1992-1996) 369
1.18 Cranbrook Institute of Science, Bloomfield Hills, Michigan (1991-1996) 371
1.19 St. Ignatius Chapel, Seattle, Washington (1994-1997) 373
1.20 Knut-Hamson Museum, Hamarøy, Noruega (1996-2009) 374
1.21 Sarphatistraat Offices, Amesterdão, Holanda (1996-2000) 374
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
38/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxxiii
1.22 Museum of the City, Cassino, Itália (1996) 375
1.23 Higgins Hall – Pratt Institute, Brooklin, Nova Iorque (1997-2005) 375
1.24 Bellevue Art Museum , Bellevue, Washington (1997-2001) 376
1.25 Y House , Catskill Mountains, Nova Iorque (1997-1999) 377
1.26 Whitney Waterworks Park, Hamden, Connecticut (1998-2005) 377
1.27 Housing and Hotel , Guadalajara, México (1998) 377
1.28 Simmons Hall – MIT , Cambridge, Massachusetts (1999-2002) 378
1.29 Nelson – Atkins Museum of Art, Kansas City, Missouri (1999-2007) 378
1.30 University of Yowa Art and Art History, Iowa City, Iowa (1999-2006) 379
1.31 Museo de la Evolución Humana, Burgos, Espanha (2000) 380
1.32 Cornell University Department of Architecture, Ithaca, Nova Iorque (2001) 380
1.33 Musée des Confluences, Lyon, France (2001) 3811.34 Housing Toolenburg – Zuid, Schipol, Holanda (2001) 381
1.35 Île Seguin, Paris, França (2001) 382
1.36 Oceanic Retreat, Kaua’i, Hawai (2001) 382
1.37 Turbulence House, Abiqui, Novo México (2001-2002) 383
1.38 Nail Collectors House, Essex, Nova Iorque (2001-2004) 383
1.39 Wrihting with Light House, E. Long Island, Nova Iorque (2001-2004) 384
1.40 Planar House, Phoenix, Arizona (2002-2005) 3851.41 New Residence at the Swiss Embassy, Washington D.C. (2001-2006) 385
1.42 NYU Department of Philosophy, Manhattan, Nova Iorque (2004-2007) 385
1.43 Nanjing Museu, Nanjing, China (2003) 386
1.44 New Lombardy Region Offices, Milão, Itália (2004) 386
1.45 Sail Hybrid, Knokke-Heist, Bélgica (2005) 387
1.46 Cité du Surf et de l’Océan, Biarritz, França (2005 387
1.47 Busan Cinema Complex, Busan, Coreia do Sul (2005) 388
1.48 Herning Center of Art, Herning, Dinamarca (2005-2009) 388
1.49 Vanke Center, Shenzen, China (2006) 389
1.50 World Design Park Complex, Seul, Coreia do Sul (2007) 390
1.51 Linked Hybrid, Pequim, China (2003-2008) 390
2 A Stretto House , o Hypo-Bank e o Kiasma Museum 470
2.1 Stretto House, Dallas, Texas (1989-1992) 470
2.2 Hypo-Bank, Munique, Alemanha (1994) 477
2.3 Kiasma, Museum of Contemporary Art, Helsínquia, Finlândia (1992-1998) 482
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
39/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
xxxiv
3 Classificação dos conceitos projectuais usados por Steven Holl 494
3.1 Tipos de estratégias conceptuais 494
3.1.1 Analogias ou paralelismos simbólicos e metafóricos 494
3.1.2 Princípios organizativos 496
3.1.3 Objectivos ou alvos simbólicos 496
4 O corpo no espaço – uma visita ao Kiasma Museum 499
4.1 Inserção no sítio 499
4.2 Implantação 500
4.3 Volume e materialidade 501
4.4 Espaço interior 502
4.5 Espaços públicos do piso térreo 503
4.6 Foyer 5034.7 Cruzamento quiasmático 504
4.8 Percurso pelos espaços de exposição 505
4.9 Detalhes 506
4.10 Impressões e reflexões 507
5 Conclusões do capítulo VIII 535
Conclusões 539
Bibliografia 554
Glossário 569
Apêndice Entrevista (não concretizada) a Steven Holl 574
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
40/615
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
1
INTRODUÇÃO
A ideia de que a arquitectura, como disciplina, se encontra numa posição de charneira
entre o sensível e o inteligível estabelece, desde logo, uma diferença em relação a outras
áreas, geralmente conotadas, ou com o sensível – as artes – ou com o inteligível – as
ciências ou a filosofia.
O sensível é identificável com a experiência corpórea, pois é no corpo que se
localizam os diversos órgãos dos sentidos, associando-se também ao lado intuitivo da nossa
relação com as coisas. O inteligível, pelo contrário, liga-se ao raciocínio, ao pensamento
abstracto e não está dependente de uma relação directa com o mundo. Enquanto o sensível
é contingente, o inteligível procura a universalidade. A arquitectura situa-se assim entre o
lado do corpo e o lado do pensamento, entre a contingência e a universalidade.
Basta considerarmos esta posição entre dois supostos lados em oposição, para
percebermos que a arquitectura tem qualquer coisa de híbrido, simultaneamente racional, se
olharmos p. ex., para a geometria, que constitui indiscutivelmente uma das suas bases, e
sensorial, se pensarmos na qualidade lumínica de alguns espaços arquitectónicos.
Ao mesmo tempo, a, também tradicional, oposição entre sujeito e objecto não faz
muito sentido quando pensamos em arquitectura. Se ainda é possível imaginar, no decursodo projecto, o arquitecto-sujeito versus o objecto-projecto esta distinção surge muito mais
confusa ao pensarmos no corpo-sujeito dentro do edifício-objecto. O sujeito no interior do
objecto? O sujeito que nunca consegue ter uma visão completa e global do objecto, que é
envolvido por ele, que ora está fora ora dentro?
Então, que posição é esta da arquitectura, que natureza é a sua? E, no entanto, na
prática do projecto e, sobretudo, no ensino da arquitectura vemo-nos permanentemente
confrontados com estas questões, ora fazendo uso da sensibilidade, ora da racionalidade,
ou, mais correctamente, sempre das duas, mas tendo necessidade de apelar às capacidades
sensíveis ou racionais, i.e. tendo consciência que esses dois lados trabalham ligados, mas
procurando potenciar as suas capacidades específicas.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
41/615
INTRODUÇÃO _____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
2
1. Proposta
1.1 Objectivos:
O tema decorre da vontade de questionar como se relacionam os aspectos sensíveis e
inteligíveis da arquitectura no decurso do projecto e na experiência da arquitectura depois
de construída. Deste modo procura investigar nesses dois pólos: o projecto e a arquitectura
construída.
Ao nível do projecto, é objectivo desta tese evidenciar a relação entre os instrumentos
conceptuais e os processos intuitivos, procurando compreender de que modo é que cada
um desses dois lados contribui para definir a ideia projectual.
A amplitude desta questão permite-nos relacioná-la com um conjunto de outras
ligadas à criatividade arquitectónica.
Poder-se-à identificar a ideia projectual, ou ideia arquitectónica, com o conceito, ou
os processos intuitivos envolvidos na sua definição impedem esta identificação? Será o
conceito definido por processos lógicos, ou intuitivos?
Consequentemente, aquilo a que poderemos chamar raciocínio projectual, i.e. o
processo mental envolvido na criatividade arquitectónica, possui alguma especificidade, ou
utilizará processos comuns, também envolvidos na criatividade em outras áreas? Existiráuma diferença entre o processo criativo em arquitectura relativamente a outras disciplinas?
É também nossa intenção clarificar a interacção entre os processos sensoriais e
interpretativos ao nível do confronto com a arquitectura construída. Que papel
desempenha a percepção nesse processo? Que relação se pode estabelecer entre a
percepção e os processos mais racionais no contexto desse confronto? De que modo será
possível articular a ideia – inteligível – com os fenómenos e o corpo – sensível – no âmbito
da arquitectura?
Nesse sentido, procurar-se-à também perceber se existe uma dimensão comunicativa
na arquitectura e de que modo é que as intenções projectuais se traduzem, ou não, na
experiência arquitectónica. Existirá uma comunicação entre o autor do projecto e quem
experiência a obra de arquitectura? Ou a experiência da arquitectura é mais aberta e não
está dependente de um significado que o autor do projecto queira transmitir?
A fenomenologia enquanto estudo das essências a partir da existência, e daí procurar
as bases do conhecimento, que se identificam com a percepção, i.e. partindo do corpo, do
espaço e do tempo vividos, parece estabelecer uma relação natural com a arquitectura.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
42/615
INTRODUÇÃO _____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
3
Poder-se-à falar de uma fenomenologia da arquitectura? E de uma arquitectura
fenomenológica?
Pretende-se também confrontar estas questões de natureza filosófica e científica com
a teoria e prática da arquitectura, no contexto contemporâneo, no sentido de indagar da sua
operatividade.
1.2 Justificação:
As razões que nos levaram a investigar este tema prendem-se com a experiência do
ensino da arquitectura, sobretudo na sua fase inicial. A necessidade de evitar que o trabalho
de projecto se converta numa simples manipulação formal, e sobretudo, evite a cópia de
modelos mal compreendidos remete-nos permanentemente para a relação entre a estrutura
espacial e a ideia que estará na sua origem e que guiará o processo projectual.
Por um lado, a falta de informação sobre estes temas conduz à dificuldade de
estabelecer consenso sobre o significado de alguns termos e o papel de certos instrumentos
no processo projectual, como é exemplo o conceito e/ou ideia arquitectónica.
Por outro lado, é ainda necessário compreender se tem sentido propor um método
projectual que tem como ponto de partida a definição do conceito e, como ponto de
chegada, a sua tradução no espaço arquitectónico – que consequências terá na arquitectura,i.e. na obra construída, a assumpção de que o conceito contém o significado da obra.
Se a realidade da arquitectura é a construção, a obra construída, é preciso reflectir
sobre o papel dos registos no processo de projecto, ainda mais quando temos ao nosso
dispor instrumentos informáticos de crescente capacidade, capazes de simular a realidade
com tal rigor, e de, posteriormente, a alterar podendo-nos fazer valorizar mais os registos
do que a própria realidade física. Nesse sentido, a fenomenologia pode ajudar-nos a
reequacionar a experiência directa das coisas, como origem do verdadeiro conhecimento.
Por um lado, a manualidade e expressividade, intensamente exploradas, dos
processos de trabalho projectual utilizados por Steven Holl, pode constituir uma alternativa
à artificialidade dos processos informáticos hoje comuns. Por outro lado, a maneira como
reflecte sobre a arquitectua torna a sua obra singularmente apta para ser objecto deste tipo
de investigação.
Numa época em que os meios de comunicação, entre os quais a Internet, adquirem
um crescente protagonismo, facilitando a divulgação de informação e, sobretudo, de
imagens da arquitectura, construída ou não, a realidade e o simulacro tendem a misturar-se.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
43/615
INTRODUÇÃO _____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
4
Faz sentido valorizar a experiência directa, que, em arquitectura, é insubstituível, uma vez
que se trata de uma parte do nosso mundo físico, não constituindo apenas um fenómeno
mental.
A experiência da arquitectura poderá assim ser uma alternativa a uma tendência
crescente de artificialização, ao mesmo tempo que, constituindo um quadro perene e
silencioso para as nossas vidas, também se contrapõe ao ruído e efemeridade de muitas
estruturas do mundo contemporâneo.
Esta tese procura contribuir para reorientar a prática e o ensino da arquitectura para a
revalorização da sua experiência sensível e actual, quer como ponto de partida para o seu
conhecimento, quer como objectivo último de todo o trabalho do arquitecto.
A fenomenologia da percepção de Merleau-Ponty 1, apesar de este autor não se ter
dedicado à arquitectura, ao investigar a essência do conhecimento e ao defender a ideia de
que a percepção constitui a base de toda a reflexão, valoriza esse contacto directo com as
coisas e, nesse sentido, permite questionar o valor da experiência da arquitectura
construída, constituindo-se como princípio para qualquer processo de reflexão que
façamos sobre ela. Para além disso, sendo essa uma experiência contingente, sujeita a uma
determinada localização no espaço e no tempo, também nos remete para a questão da
singularidade, função das condições particulares de cada arquitectura.
1.2.1 Escolha do caso de estudo:
Escolhemos usar o trabalho de um autor cuja obra nos parece exemplar a vários
níveis: o arquitecto norte-americano Steven Holl2. A escolha da sua obra deve-se:
1 Maurice Merleau-Ponty (1908-1961) filósofo francês, da corrente fenomenológica. Foi professor de liceu
antes da II Guerra Mundial, na qual participou integrado no exército francês. Em 1945 tornou-se professor
da Universidade de Lyon e a partir de 1949 na Universidade de Paris (Sorbonne). Influenciado por Edmund
Husserl, mas fundamentando a sua teoria no corpo e na percepção. Autor de Phénoménologie de la perception
(1945), Le visible et l’invisible (1964), L’oeil et l’esprit (1985).
2 Steven Holl (1947) arquitecto norte-americano, nascido em Bremerton, Washington. Autor do Kiasma Museum (1998) e da St. Ignatius Chapel (1997).
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
44/615
INTRODUÇÃO _____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
5
- à intencionalidade que coloca na interacção entre ideia e fenómenos;
- à obra construída, de grande valor, quer pela sua qualidade específica, quantidade,
quer pela variedade tipológica e dispersão geográfica - Europa, Estados Unidos,
China e Japão;
- à reflexão teórica, desenvolvida em constante relação com o trabalho projectual,
estabelecendo ainda pontes com outras áreas, das ciências e artes;
- ao valor pedagógico do seu processo de trabalho, nomeadamente pela
particularidade do uso do desenho/pintura e clareza dos conceitos iniciais.
Steven Holl tem-se dedicado a reflectir sobre a interacção entre a ideia arquitectónica,
que identifica com o conceito inicial, e os fenómenos da arquitectura construída. O
comjunto do seu processo de trabalho, obra arquitectónica e reflexão crítica constituirão o
caso de estudo para a nossa investigação. Pretende-se dar um contributo para o
conhecimento dos temas que atrás enunciámos a partir de um autor que faz deles o tema
de todo o seu trabalho.
Na hipótese de podermos falar de uma fenomenologia da arquitectura, mais uma vez,
o trabalho de Steven Holl nesta área servir-nos-à como princípio para um questionamento.
2. Argumentos:
O tema que nos propomos abordar é objecto de uma discussão subliminar entre
arquitectos e entre docentes de arquitectura. Enquanto alguns defendem a importância da
existência de uma ideia/conceito que organize e se expresse no projecto de arquitectura,
outros argumentam que a arquitectura, enquanto pensamento sensível, não se relaciona
com um conceito.
A tese defendida nesta dissertação é a de que a arquitectura, situando-se na fronteira
entre dois estados contraditórios – o sensível e o inteligível – não é, todavia, diferente de
outras disciplinas, quer no que respeita ao acto criativo de que resulta, quer na relação que
estabelecemos com a obra construída, se pensarmos nos processos mentais envolvidos,
uma vez que existe uma relação de interdependência constante entre pensamento abstracto,
dito racional, e sensibilidade, ou intuição, quer na vida quotidiana quer nos processos que
envolvem a criatividade e a imaginação ou uma relação crítica com o mundo que nos
envolve. A posição da arquitectura, sendo aparentemente confusa, é afinal esclarecedora.
8/18/2019 O Sensível e o Inteligível o Projecto e a Arquitectura
45/615
INTRODUÇÃO _____________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
O SENSÍVEL E O INTELIGÍVEL – O PROJECTO E A ARQUITECTURA – O CASO DE STEVEN HOLL
6
Desde Platão3, nas suas origens, e mais tarde Descartes 4, como seu fundador
moderno, que o pensamento ocidental se tem baseado numa dicotomia, ou entre o Ser e o
Devir (Platão), ou entre corpo e alma, ou extensão e pensamento (Descartes), que
podemos traduzir em corpo/sensível versus mente/inteligível em que o inteligível possui a
primazia, já que dá acesso à verdade.
A fenomenologia e, em particular, Merleau-Ponty (1999), ao colocar a essência na
existência, ultrapassa a concepção idealista, além de que a dualidade sujeito-objecto, em que
o sujeito constitui o objecto através do conhecimento, é substituída por uma relação entre
um sujeito que está no mundo, onde também se encontram os objectos, que tem um corpo
e uma situação espaço-temporal, e cuja abertura ao mundo não lhe permite, apesar de se
dirigir às coisas, possuí-las através do pensamento pois está preso à contingência. O mundo
é muito maior do que a sua capacidade de o constituir.
Interessa-nos então confrontar a fenomenologia de Merleau-Ponty com a teoria de
Steven Holl, da relação entre a ideia e o fenómeno arquitectónico, uma vez que, sendo
Merleau-Ponty uma das suas fontes principais, se defende neste trabalho que, nesse
sentido, o valor que Holl atribui ao conceito ao pretender que este constitui o significado
da arquitectura, i.e. que o sujeito que vive a arquitectura pode afinal constituí-la, como
objecto, através do pensamento, se opõe à perspectiva fenomenológica.
A posição deste trabalho aproxima-se da de Mer