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ORGANIZAÇÃO DE MATERIAIS CARTOGRÁFICOS DIGITAIS POR MEIODE SIG-WEB: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE ESTUDOS
POPULACIONAIS
HELDER BATISTA DE OLIVEIRA
SOBRAL-CEARÁ2013
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Helder Batista de Oliveira
ORGANIZAÇÃO DE MATERIAIS CARTOGRÁFICOS DIGITAIS POR MEIODE SIG-WEB: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE ESTUDOS
POPULACIONAIS
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)apresentado como requisito parcial para aobtenção de título de Licenciado em Geografia,outorgado pelo curso de Geografia daUniversidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
ORIENTADOR: Prof. Dr. Fábio Souza e Silva daCunha
Sobral-CEJunho, 2013
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Helder Batista de Oliveira
ORGANIZAÇÃO DE MATERIAIS CARTOGRÁFICOS DIGITAIS POR MEIODE SIG-WEB: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE ESTUDOSPOPULACIONAIS
Sobral, 17 de Junho de 2013
Banca Examinadora
______________________________________________
Orientador. Prof. Dr. Fábio Souza e Silva da Cunha
________________________________________________
Profª.: Ms. Sandra Maria Fontenele Magalhães
_________________________________________________
Profª.: Ms. Ana Paula Pinho Pacheco
_______________________________________________
Acadêmico: Helder Batista de Oliveira
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Dedico
A Deus...
Aos meus Pais...
A minha esposa...
E a minha filha Ingrid Vitória...
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela coragem, força e fé consentida; pelo dom da vida e pela minha
querida Ingrid Vitória.
Aos meus pais dona Francisca, pela preocupação nestes anos quando vinha para Sobral,
com todas as dificuldades que só ela sabia. Seu Arnóbio que, mesmo separado, nos
ensinou a ser homens de caráter desde cedo.
Aos meus irmãos, em especial, Francisco Francinir (Novo) pela ajuda financeira no
primeiro ano de faculdade, quando pagávamos o transporte integralmente.
À minha amada filha Ingrid Vitória, pilar da minha vida, pelas alegrias que forammuitas nestes três anos de existência, sempre carinhosa, amável nos momentos alegres e
difíceis que passamos.
A minha esposa, Rosilene, sempre compreensível nas horas em que mais precisei e nos
percalços que tivemos de enfrentar juntos durante estes quatro anos de união.
Um agradecimento especial ao “Clube do Bolinha” como ficou conhecido nosso grupo
de amigos: Fabio (Coreaú), Eduardo Marques (Camocim), Leandro (Tianguá), Israel(Forquilha), sem pre fazendo uma “vaquinha” para alimentar o agronegócio. Era como
chamávamos as nossas idas ao Pinheiro e aos amigos incorporados a este grupo durante
nossa caminhada, Paulo Gomes (Forquilha) e Gilton (Sobral).
Aos meus coordenadores do PIBID, professora Sandra Maria Fontenele Magalhães,
sempre presente quando a procurei, orientando e direcionando para uma formação
adequada e por ter aceitado o convite de participar de minha Banca como avaliadora,
mas, além disso, foi um grande suporte nas orientações sobre entendimento do estudo
da população.
Um agradecimento especial ao professor Lenilton Francisco de Assis que, nestes
últimos dois anos, se tornou um norte na minha caminhada a este triunfo, sempre
atencioso quando procurava para falar dos temas da disciplina de Geografia Política,
dos documentários e dos assuntos do Projeto PIBID. Muito obrigado professor pelos
ótimos ensinamentos e paciência dispensada.
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À professora Marize Vital, pelos momentos de discussões proporcionados na disciplina
de Estágio Supervisionado III e IV, haja vista a remodelação que os Estágios passaram a
ter com sua chegada a esta Universidade.
À Professora de Geotecnologias Aplicadas ao Ensino de Geografia, Ana Paula Pacheco,
pela monitoria nesta disciplina e pelas orientações dos mapas, executada enquanto
bolsista do PIBID e TCC e por aceitar participar da minha Banca como avaliadora.
Aos colegas do LEGEO e bolsistas do PIBID. Em nome de meu amigo Paulo Gomes,
Jarbas (Graça) e Maria de Fátima (Senador Sá), dizemos que foi um prazer fazer parte
das vidas de vocês, pois aprendemos muito.
Ao prof. Dr. Fabio Souza e Silva da Cunha por aceitar-me como orientando nesta reta
final, deste processo que considero, uma vitória pessoal.
Aos alunos, professores e núcleo gestor da EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos,
espaço onde coloquei em prática a oficina pedagógica desenvolvida com 20 alunos dos
cursos de Agroindústria, Finanças, Eletrotécnica e Desenho da Construção Civil.
A Todos os funcionários que conheci nesta universidade: os motoristas, auxiliares de
serviços, vigias, porteiros, zeladores, secretárias, em especial Vanda e Luciana, sempre
atenciosas quando as procurava.
À União dos Universitários de Santana do Acaraú – UNISA, na pessoa do seu Augusto,
motorista desta entidade, continuamente preocupado em prestar um serviço de
qualidade, proporcionando ótimas discussões de temas atuais nas idas e voltas a Sobral.
Agradeço de coração a todos os professores da Geografia, pelos momentos de
ensinamentos durante as aulas; nas idas a campo; nos pátios da universidade; no trajeto
de Santana a Sobral e de Sobral a Santana e, principalmente, por esta conclusão de um
curso de nível superior, a primeira de muitas.
Enfim, a todos e a todas que de uma forma ou de outra fizeram parte da minha formação
enquanto acadêmico de Geografia.
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Um dos grandes potenciais dos SIG é o de ser uma
janela para o mundo. Um pesquisador em uma
agência em Nairóbi, Quênia, pode usá-la para obter e
analisar dados a respeito da Salinização da Bacia de
Murray, na Austrália, combinando imagens de
satélites com dados topográficos básicos, dados sobre
as rodovias, solos e distribuição populacional, todos
obtidos de diversas fontes por meio da internet.
LONGLEY, 2013
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RESUMO
Este trabalho utiliza as Geotecnologias para a organização de materiais cartográficos
(mapas e tabelas) como suporte didático na exposição das temáticas: “população e pobreza”,
em uma escola de ensino médio integral.
A pesquisa foi iniciada por meio do estudo de diversos textos que possibilitaram a
estruturação do nosso referencial teórico-metodológico e de um levantamento de dados da
Escola Estadual de Educação Profissional Francisco das Chagas Vasconcelos, em Santana do
Acaraú-CE. Em um segundo momento, foi elaborado e aplicado um questionário de
verificação a fim de analisar o nível de conhecimento de um grupo de alunos da referida
escola em relação ao uso de Sistema de Informações Geográficas.A partir da análise das respostas do questionário de verificação, foram realizadas
aulas práticas, por meio da utilização do SIG-WEB “Ceará em Mapas Interativo” (CEARÁ,
2009). Este sistema possui uma interface amigável e facilitou a organização dos produtos que
auxiliaram na exposição e compreensão da Distribuição Populacional da Microrregião de
Sobral e seus Indicadores Sociais. Pautando-se no conceito do Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS) e nos dados do IBGE e do IPECE, foi analisada a taxa de
pessoas desta microrregião que sobrevive com um valor inferior a 70 reais mensais por pessoa. Ao término das aulas foi aplicado um questionário de avaliação das atividades
desenvolvidas.
Os resultados obtidos com os produtos organizados (mapas e tabelas) nos leva a crer
que as geotecnologias, podem contribuir significativamente no planejamento de aulas
dinâmicas. Além disso, compreendemos que precisa haver uma importância na qualificação
profissional em termos de aprimoramento do uso das tecnologias.
Palavras-Chave: SIG-WEB. Estudos Populacionais. Santana do Acaraú-CE.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Aspecto geral da EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos ................................ 26
Figura 02 – Organograma da EEEP Francisco das C. Vasconcelos ......................................... 27
Figura 03 – Tela inicial do Ceará em mapas Interativo............................................................36
Figura 04 – Mapa da Distribuição da População da Microrregião de Sobral em 2000 ............ 37
Figura 05 – Mapa da Distribuição da População da Microrregião de Sobral em 2010 ............ 39
Figura 06 – Proporção de pessoas da Microrregião de Sobral vivendo na extrema pobreza
2010 ........................................................................................................................................ 42
Figura 07 – Proporção de pessoas da Microrregião de Sobral vivendo na extrema pobreza
2010 – Zona Urbana ................................................................................................................ 44
Figura 08 – Proporção de pessoas da Microrregião de Sobral vivendo na extrema pobreza
2010 – Zona Rural .................................................................................................................... 44
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01 – Local onde os alunos utilizam a internet ............................................................. 30
Gráfico 02 – Atividades executadas on-line semanalmente pelos alunos ............................... 31
Gráfico 03 – Conhecimentos dos alunos em relação aos Bancos de Dados e Sistemas de
Informações Geográficas .......................................................................................................... 32
Gráfico 04 – Dificuldades na compreensão das dinâmicas populacionais ............................... 33
Gráfico 05 – Recursos utilizados para explicar a temática População .................................... 34
Gráfico 06 – Percepção dos alunos sobre os recursos utilizados pelo professor nas aulas de
Geografia .................................................................................................................................. 34
Gráfico 07 – O uso do SIG-WEB como recurso didático no estudo da população .................. 46
Gráfico 08 – Dificuldade em usar o SIG-WEB ........................................................................ 46
Gráfico 09 – A importância do SIG-WEB na compreensão da temática população ................ 47
Gráfico 10 – A contribuição dos mapas e tabelas organizados para a discussão dos temas
"População e Pobreza" ............................................................................................................. 47
Gráfico 11 – Avaliação da Metodologia................................................................................... 48
Gráfico 12 – Alunos que gostaria de ver outros temas/aulas através de SIG-WEB ................. 48
LISTA TABELAS
Tabela 01 – Quadro de Funcionários ....................................................................................... 28 Tabela 02 – Infraestrutura da Escola ....................................................................................... 29
Tabela 03 – Evolução populacional da Microrregião Geográfica de Sobral no período de 2000
– 2010 ...................................................................................................................................... 39
Tabela 04 – Distribuição da população extremamente pobre na Microrregião de Sobral em2010 ......................................................................................................................................... 42
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LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
DPI – Divisão de Processamento de Imagens
EEEP – Escola Estadual de Educação Profissional
GEODEN – Geotecnologias Digitais no Ensino
GPS – Sistema de Posicionamento Global
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPECE – Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
LDB – Lei de Diretrizes Bases
LEGEO – Laboratório de Ensino de Geografia
MDS – Ministério do Desenvolvimento Social
MEC – Ministério da Educação
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais
PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência
PNLD – Programa Nacional de Livros Didáticos
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SIG-WEB – Sistema de Informação Geográfica em ambiente interativo
SPRING – Sistema de Processamento de Informações Georeferenciadas
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
UFF – Universidade Federal Fluminense
UNISA – União dos Universitários de Santana do Acaraú - CE
WWW – World Wide Web
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SUMÁRIO
Lista de Figuras
Lista de GráficosLista de Tabelas
Lista de Abreviações e Siglas
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 12
CAPÍTULO 1: GEOTECNOLOGIAS, POPULAÇÃO E O ENSINO DE GEOGRAFIA
NA ERA TECNOLÓGICA.................................................................................................... 14
1.1.Geografia Tecnológica e o Sistema de Informações Geográficas na era da internet ........ 151.2.Aplicabilidade do SIG no Ensino de Geografia ................................................................. 18
1.3.SIGs, População e Ensino de Geografia. ........................................................................... 21
CAPITULO 2: A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE OS SIG-WEB APLICADO
AOS ESTUDOS POPULACIONAIS NA EEEP FRANCISCO DAS CHAGAS
VASCONCELOS .................................................................................................................. 24
2.1. A EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos no novo contexto das escolas
profissionalizantes. .................................................................................................................. 242.1.1. Estrutura Organizacional ............................................................................................. 27
2.1.2. Estrutura física encontrada na escola .......................................................................... 28
2.2. Percepção dos educandos, sobre o acesso a informação relacionada ao Sistema de
Informações Geográficas, bancos de dados e População nas aulas de Geografia ................... 30
CAPITULO 3: O USO DE MAPAS TEMÁTICOS ORGANIZADOS POR MEIO DE
SIG-WEB EM ESTUDOS DA POPULAÇÃO .................................................................. 35
3.1. Metodologia ...................................................................................................................... 35
3.2. Contextualizando a população da Microrregião de Sobral ................................................ 37
3.3. Avaliando a Prática Pedagógica ........................................................................................ 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 51
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 52
APÊNDICES .......................................................................................................................... 55
APÊNDICE 01 - QUESTIONÁRIO DE VERIFICAÇÃO ................................................ 56
APÊNDICE 02 - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO .................................................... 58
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12
INTRODUÇÃO
As Geotecnologias envolvem a disponibilização de produtos de sensoriamento
remoto (imagens de satélite), dados espaciais e seus atributos, entre outros, por meio de
softwares de Sistemas de Informação Geográfica e metodologias de geoprocessamento. Seu
desenvolvimento esteve fortemente ligado a interesses militares até o final da Guerra Fria
(1989). Mais recentemente, com o desenvolvimento tecnológico, tem se ampliado em larga
escala o seu uso pela sociedade civil, possibilitando a elaboração de materiais didáticos no
âmbito da Geografia.
Sua inserção no ensino de Geografia é recente, fazendo com que haja algumas
dificuldades a serem enfrentadas. Entretanto, podemos aprimorar as práticas pedagógicasatravés desta tecnologia, desenvolvendo materiais didáticos, como é o caso de mapas em
escala local e microrregional.
A prática pedagógica desenvolvida neste trabalho teve o objetivo de organizar
materiais cartográficos para serem utilizados no ensino médio. A escolha da temática
“População e Pobreza”, surgiu de algumas inquietações na qual almejamos contribuir para
melhorar a exposição dos conteúdos relacionados a população local e regional na educação
básica. Consideramos que tais componentes da grade curricular são explanadossuperficialmente e sem a utilização de nenhum recurso didático, tais como mapas, tabelas e
gráficos, para melhorar a representação do espaço geográfico discutido. Tais indagações são
resultados de observações feitas em sala de aula, proporcionadas pelo projeto: “Geografia
Escolar: Os Desafios de Ensinar e aprender na Educação Básica, através do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES”, o que provocou a ideia de
uma oficina pedagógica, a fim de organizarmos mapas temáticos na escala local e
microrregional por meio do uso da geotecnologia.Além dos produtos cartográficos organizados, buscou-se disseminar as vantagens das
geotecnologias e de alguns trabalhos e softwares desenvolvidos com fins didáticos,
disponibilizados gratuitamente na internet, ajudando na elaboração de tais produtos. Elas
também proporcionam ao professor a possibilidade de organizar seus materiais didáticos,
compactuando com as diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
(BRASIL, 2002). Estas ferramentas são instigantes para os alunos e os levam a desenvolver o
hábito de trabalhar com mapas, tabelas e gráficos. Tais elementos são capazes de fornecer
uma leitura analítica, compreensiva, interpretativa, tornando o conhecimento local mais
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prazeroso e dinamizado por meio das tecnologias da informação e comunicação, em que as
possibilidades de produzir os materiais didáticos são maiores, devido ao avanço da
geotecnologia nos últimos anos.
Assim sendo, para uma melhor contextualização desta pesquisa, optamos pela
divisão nos seguintes capítulos:
O primeiro capítulo apresenta um levantamento dos referenciais teórico-
metodológicos sobre o uso das geotecnologias e seu suporte ao ensino de Geografia, centrado
principalmente nos Sistemas de Informações Geográficas em ambiente web, bem como sua
aplicação no ensino de Geografia nos temas referentes à população e pobreza.
No segundo capítulo, encontra-se uma análise da percepção dos alunos sobre o SIG-
WEB aplicado aos Estudos Populacionais, através de um estudo na EEEP Francisco das
Chagas Vasconcelos, onde foi desenvolvida a pesquisa.
Por fim, no terceiro capítulo, é apresentada e discutida a aplicação e a análise de
mapas temáticos sobre a demografia e aspectos sociais da microrregião de Sobral, a partir de
dados dos censos demográficos de 2000 e 2010, organizados por meio do SIG-WEB “Ceará
em Mapas Interativo” desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do
Ceará - IPECE (CEARÁ, 2009), envolvendo uma avaliação sobre a oficina e a metodologia
adotada.
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14
CAPÍTULO 01: GEOTECNOLOGIAS, POPULAÇÃO E O ENSINO DE GEOGRAFIA
NA ERA TECNOLÓGICA.
As geotecnologias se constituem como ferramentas de coleta, processamento e
gerenciamento de informações sobre dados espaciais. Seu uso, principalmente no que se
refere ao Brasil, é de recente difusão.
Para Fitz (2008), trata-se de uma realidade inquestionável, pois os avanços
tecnológicos proporcionaram facilidade de uso, rapidez e consistência nos resultados, sua
evolução vem se difundindo de forma gradativa, contribuindo de diversas formas para os
vários campos de desenvolvimento e planejamento dos dados espaciais.
Em busca de uma conceituação com mais precisão do termo geotecnologias,
recorremos a Rosa (2005):
As geotecnologias são o conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informação com referênciageográfica. As geotecnologias são compostas por soluções emhardware, software e peopleware que juntas constituem
poderosas ferramentas para tomada de decisão. Dentre asgeotecnologias podemos destacar: sistemas de informação
geográfica, cartografia digital, sensoriamento remoto, sistema
de posicionamento global e a topografia georreferenciada. (ROSA, 2005, p.81 - grifos nossos)
Compreende-se que o hardwares se constituem da parte física dos componentes e
recursos materiais, como, computadores e os demais produtos que os acompanham. Os
softwares se configuram na parte lógica, ou seja, os programas que são utilizados para o
processamento dos dados em análise. E o peopleware, elemento considerado central,
constitui-se dos profissionais que utilizam a parte física e lógica através de técnicas e métodos
para fazer a análise e a interpretação dos dados.
Na Educação, o uso das geotecnologias tem contribuído para o processo de
construção do conhecimento do aluno, seja na interpretação de imagens de satélites,
elaboração e/ou organização de mapas temáticos, além do manuseio dos sistemas interativos,
onde a internet é o principal instrumento para termos acesso as geotecnologias. Estes aspectos
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levam a ressaltar que ambas (geotecnologias e internet) precisam de um grande suporte
teórico, suporte este, conceituado por Fitz (2008) de Geografia Tecnológica.
1.1.Geografia Tecnológica e o Sistema de Informações Geográficas na era da internet
Este trabalho adota o termo Geografia Tecnológica (Fitz, 2008) para caracterizar a
evolução das geotecnologias, bem como o avanço deste segmento na era tecnológica que, nos
últimos anos, vem possibilitando a expansão de suas potencialidades. Também, favorecendo
melhores condições na hora de fazer as leituras e interpretações da interface dos produtos
elaborados e/ou organizados no atual período técnico-científico-informacional (Santos, 1994)
em que vivemos.
A constituição de uma Ciência da Informação Geográfica ou, como preferimos
denominar, Ciência da Geoinformação, ficaria caracterizada pela aglutinação dos
conhecimentos inerentes à confecção de SIG e às suas utilizações práticas. De igual forma,
poderia se pensar uma Geografia Tecnológica, ou seja, uma nova proposta paradigmática
dentro da Geografia (Fitz, 2008, p.28).
Nesta nova proposta de Geografia Tecnológica, Fitz (2008) diz que:
Trata-se, portanto, simplesmente de uma nova forma de leitura e modelagemdo objeto de estudo da Geografia. As atividades de modelagem, análise eresolução de problemas de caráter ambiental, econômico, físico, social, etc.seriam trabalhadas, dentro dessa nova concepção, por meio da união decaracterísticas específicas da geografia, da informática e da cartografia.(FITZ, 2008, p.28-29)
A idéia sobre a diferenciação desta nova concepção de geografia com a geografia
tradicionalmente percebida é discutida pelo autor:
A diferenciação estrutural entre a Geografia tradicionalmente concebida e as propostas apresentadas estaria vinculada mais à metodologia do que ao objetode estudo dessas áreas. Assim, a relação homem-meio seria trabalhada numsentido mais dinâmico, analisando questões ambientais, sociais, econômicas,
culturais, históricas, geológicas etc. a partir de modelagens virtuais. (FITZ,2008, p.28)
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Portanto, o foco deste trabalho está na mudança desta metodologia e não no objeto de
estudo da Geografia, fazendo com que seja adotado o Sistema de Informações Geográficas em
ambiente web, como suporte na organização de produtos que servisse de auxilio aos temas
ligados à população e a pobreza.
Por outro lado, no que diz respeito à arquitetura do Sistema de Informações
Geográficas em ambiente web, Câmara e Queiroz (1996) afirmam que:
A ter ceira geração de SIGs (“bibliotecas geográficas digitais” ou “centros de dados
geográficos”) é caracterizada pelo gerenciamento de grandes bases de dadosgeográficos, com acesso através de redes locais e remotas, com interface via WWW(World Wide Web). Para esta terceira geração, o crescimento dos bancos de dadosespaciais e a necessidade de seu compartilhamento com outras instituições requer orecurso a tecnologias como bancos de dados distribuídos e federativos. Estessistemas deverão seguir os requisitos de interoperabilidade, de maneira a permitir oacesso de informações espaciais por SIGs distintos. A terceira geração de SIG podeainda ser vista como o desenvolvimento de sistemas orientados para troca deinformações entre uma instituição e os demais com ponentes da sociedade (“society-oriented GIS”). (CÂMARA e QUEIROZ, 1996, p.8-9)
Quando se menciona a internet como suporte para os SIG‟s, Miranda (2010, p. 369)
ressalta que se costuma generalizar a mesma como se fosse uma coisa só. Mas, na realidade,
ela consiste de cinco divisões, ou cinco diferentes protocolos1. Adotar-se-á o protocolo que,
segundo o autor, é associado com a internet, que é um sistema de hipermídia que incorpora a
maioria dos aspectos dos quatro serviços anteriores e distribui informações em formas
múltiplas, incluindo texto, figuras, sons e animação, o WWW (World Wide Web).
A internet tem grande importância no desenvolvimento das geotecnologias, pois
conforme Miranda (2010), ela:
“abre espaço para que um SIG publique produtos de informação geográfica ricos em
dados para um público muito maior do que vem ocorrendo até agora. Mas não é
apenas para suprir dados e informações que um SIG, na era da internet, pode ser útil.
Ele pode compartilhar “conhecimento” e transferir informações mais eficientemente,
de maneira que o usuário se sinta mais bem servido.” (MIRANDA, 2010, p.381).
1 Os outros protocolos citados por Miranda (2010) são o File Transfer Protocol – FTP, que diz respeito a troca de arquivos
entre computadores, Telnet – acessar programas e computadores remotos como se eles fossem de acesso local, e-mail – troca de mensagensna internet e os newsgroups que constituem grupos de discussão que distribuem informações a grupos de usuários por meio de um fórum de
pesquisadores.
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É notório o avanço da tecnologia em favor dos Sistemas de Informações Geográficas,
principalmente a partir da 3ª geração dos SIGs. Está se presenciando um momento na história
onde a sociedade começa a ter mais acesso a produtos cartográficos e, até mesmo, a gerar ou aorganizar em tempo hábil seus produtos. Entretanto, devemos considerar que para se ter
acesso às geotecnologias, é preciso ter um aparato tecnológico com bons computadores,
navegadores web, resolução dos monitores e outros recursos de hardware e software
existentes no mercado. Não se pode pensar em desenvolver um sistema para web delimitando
o usuário a uma série de requisitos de sistema operacional (SO), capacidade de processamento
da máquina, resolução do monitor, quantidade de cores, etc. (Miranda, 2010, p.371).
Neste sentido, a implementação do SIG com conexões na web tem, segundo Longleyet al . (2013), propiciado uma comunicação flexível, possibilitando o intercâmbio de
mensagens e de dados. Esse novo paradigma de interação permite que o usuário saiba
manusear sem muito conhecimento do SIG, sua interface baseada em menus, com facilidade
de uso dos recursos para personalizar seus produtos.
Ressalte-se que na web, o uso de mapas é classificado por Miranda (2010, p.400) de
duas formas:
“Estático e Dinâmico. Na forma estática, o usuário apenas visualiza o mapa acabado,não lhe sendo permitida qualquer interação, como a sobreposição de um novo planode informação. Já na forma dinâmica, o mapa pode ser “manipulado” pelo usuário,
que, além das operações básicas de ampliação e navegação, pode também obternovos planos de informações.”
A forma dinâmica foi a escolhida, pois ela suplanta um antigo problema dos mapas
analógicos, trazidos pelo livro didático, que é sua incapacidade de atualização sem um
processo inteiro de recompilação. Edições comuns em mapas, como atualizar uma legenda ou
adicionar um novo atributo geográfico (rio, lago, estado, estrada, etc.) em um mapa analógico,
exigem a reconstrução de todo o trabalho, consumindo muito tempo e recursos financeiros.
Através dos SIG-WEB os mapas podem ser atualizados constantemente, à medida que o
ambiente neles representados sofra mudanças.
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1.2. Aplicabilidade do SIG no Ensino de Geografia
Dentre as diversas informações obtidas sobre Sistemas de Informação Geográfica
(Fitz, 2008; Miranda, 2010 e Longley et.al. 2013) percebe-se que, de modo geral, são
compostos por um banco de dados de informações geográficas ou espaciais, representadas
graficamente por estruturas matriciais (raster) e/ou vetoriais (pontos, linhas e polígonos, aos
quais são associados atributos) descritas por metadados2, permitindo ao usuário
(professor/aluno) a possibilidade de manipular e obter novos produtos.
Sobre a aplicabilidade dos SIG no estudo da pobreza, Longley et.al, (2013) menciona
que:
Os SIG contribuem para o nosso entendimento sobre pobreza e desigualdade, poismelhoram a nossa capacidade de integrar, analisar e retratar múltiplos conjuntos dedados e apoiar a logística por meio do uso de nossas ferramentas. Porém maisimportante é a ciência que sustenta o SIG, pois nos possibilita sair de descrições dotipo „o que é‟ para análises do tipo „o que acontece se‟ em uma vasta gama deescalas interativas, do global ao local. Nossa capacidade de fazer isso na prática
permanece restrita pela qualidade extremamente variável dos dados e porferramentas de modelagem inadequadas. (LONGLEY et.al, 2013.p. 506)
Outros trabalhos, como DI MAIO (2004) são direcionados na maioria das vezes aos
temas da cartografia e áreas ambientais, na qual há a customização de vários aplicativos. Este
é caso do Eduspring 5.0, uma customização do SPRING, com que se pode inovar as práticas
pedagógicas. Trata-se de um Sistema de Informação Geográfica que está disponível para
download na página web do Projeto Geotecnologias Digitais no Ensino – GEODEN (projeto
de pesquisa e extensão da Universidade Federal Fluminense – UFF), desenvolvido pela
professora Angélica di Maio e seu grupo de pesquisa. Além do software é possível baixar
exemplos de bancos de dados, manuais, tutoriais, exercícios e módulos de cartografia e a
Geolista3.
2 Metadados são definidos pelo Decreto Lei nº 6.666 de 27 de novembro de 2008, no Art. 2º , como “conjunto de informações descritivas sobre os dados,
incluindo as características de seu levantamento, produção, qualidade e estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua documentação, integração edisponibilização, bem como possibilitar sua busca e exploração”.
3Geolista: Relação de “sites” e SIGWEB, que disponibilizam gratuitamente dados e informações geoespaciais. (Disponível em:
http://www.uff.br/geoden/index_download_eduspring_geoden.htm).
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Segundo DI MAIO (2007):
“Na educação, mudanças metodológicas não ocorrem de forma tão rápida quanto na
tecnologia, gerando um distanciamento a ser superado. É fato que a informática está
cada vez mais presente na vida escolar pela internet, multimídia, ou outros meios
digitais. Hoje, encontram-se disponíveis na Internet imagens de satélites e sistemas
de informações geográficas, mas em geral existem dificuldades para se obter dados
com finalidade didática para serem utilizados nos diferentes níveis de ensino devido
a grande falta de material preparado, especificamente para o ensino básico no país.”
Além destes fatores enfatizados por DI MAIO (2007), deve-se ressaltar que,
realmente, foi muito amplo o avanço tecnológico proporcionado ao ensino básico a partir da
promulgação da constituição de 1988, de seus artigos que tratam da Educação no país e
regulamentados pela Lei de Diretrizes e Bases - LDB 9.934/96 e pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997; 2002). Entretanto, percebe-se que muitas destas
transformações ainda não alcançaram o nível almejado, pois o que observamos nos EstágiosSupervisionados é a falta de políticas públicas mais eficientes, bem como a falta de
aperfeiçoamento dos profissionais para o manuseio das geotecnologias.
Pensando neste aperfeiçoamento, KENKI (1996) diz que o papel do professor e da
escola na sociedade tecnológica mudou.
“[...] é importante que tenhamos consciência de que o papel do professor e da escola,
nesta nova sociedade, mudou. Ainda que a escola – e, muitas vezes, o próprio
professor – não tenha percebido isto. Na sociedade tradicional – a que criou o
modelo de escola que nós ainda temos aí – a escola era o lócus privilegiado do
saber. O professor era a principal fonte de onde emanava todo o conhecimento que
as novas gerações precisavam adquirir para viver bem socialmente. A escola era a
instituição responsável pela transmissão da memória social e cultural. Era a
„formadora‟ dos sujeitos e precisava garantir -lhes todos os instrumentos para a sua
integração e realização profissional no âmbito da sociedade.” (p. 131).
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Este avanço tem provocado mudanças substanciais no modelo tradicional para a
sociedade pós-moderna, pois através das tecnologias da informação, enfatizando as
geotecnologias, percebe-se o seu potencial quando chega à educação básica, mesmo ainda
sendo em escala tão pequena, seu auxílio à metodologia dos professores tem colaborado de
forma significativa no processo de ensino-aprendizagem.
ARAUJO (2007, p. 17), ao discutir “ A construção de material didático pelos
licenciandos em Geografia: Uma contribuição ao ensino” , relata que os recursos
tecnológicos “ainda são escassos e de difícil acesso nas escolas públicas” . Este contexto é
debatido por Perrenoud (2000), que diz:
“As novas tecnologias podem reforçar a contribuição dos trabalhos pedagógicos e
didáticos contemporâneos, pois permitem que sejam criadas situações de
aprendizagem ricas, complexas, diversificadas, por meio de uma divisão de trabalho
que não faz mais com que todo o investimento repouse sobre o professor, uma vez
que tanto a informação quanto a dimensão interativa são assumidas pelos produtores
de instrumentos (PERRENOUD, 2000, p. 139)
Para se planejar uma metodologia, utilizando as geotecnologias, é necessário dispor
de aparatos tecnológicos, e principalmente o conhecimento do educador que exerce grande
influência sobre seu desempenho. As geotecnologias trazem algo a mais, e precisam que os
professores apropriem-se e sintam-se preparados para auxiliar na aprendizagem dos alunos.
Para GOUVÊA, s/d (apud Lopes, J.J.), ao se voltar à importância do professor na era
tecnológica, argumenta que:
“O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa
tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um
professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a
lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de
comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e aprender pela palavra, pelo gosto,
pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora
também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em
janelas que vão se aprofundando às nossas vistas (GOUVÊA, s/d apud LOPES,
J.J)”.
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No entanto, as escolas precisam está preparadas com as tecnologias auxiliares da
aprendizagem dos alunos, procurando quebrar as barreiras dos métodos prontos e rígidos.
Cabe, portanto, aos governantes disponibilizarem treinamentos adequados aos
professores, a fim de suprir a necessidade de adaptação das tecnologias em suas práticas
pedagógicas.
O fato de o professor adotar as tecnologias da informação e comunicação,
especificamente as geotecnologias, para o auxilio em sua metodologia, não quer dizer,
necessariamente, que o mesmo será um bom profissional. Além disso, ele precisa tomar
cuidado para não usar as geotecnologias de forma descontextualizada.
1.3. SIG’s, População e Ensino de Geografia.
No século XIX, viu-se à concretização de várias ciências. A Geografia que, graçasaos geógrafos definidores de seus princípios fundamentais, Humboldt, La Blache e De
Martonne, configura o caráter social e humanístico de uma ciência construída também com
concepções e leis de ordem natural, identificada com elementos que se configuram em um
processo de organização e apropriação do espaço pelo homem que, em última instância, lhe
dá o toque final e, por consequência, seu caráter peculiar (BRASIL, 2002, p.52).
Durante este período ocorreram enormes transformações no ensino de Geografia e o
uso de Sistema de Informações Geográficas no âmbito da Geografia vem sendo uma das mais
significativas evoluções da atualidade. Isso porque, através desta tecnologia, percebe-se o
aprimoramento das habilidades e competências, tais como ler, analisar e interpretar os códigos
específicos de Geografia (mapas, gráficos, tabelas), possibilitando, “[...] ao aluno entender a
distribuição espacial das relações entre sociedade e natureza, ao mesmo tempo em que se
apropria de uma técnica imprescindível para desenvolver habilidades de representar,
compreender e interpretar o espaço geográfico. (BRASIL, 1999).”
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Portanto, acredita-se que a introdução das geotecnologias no ensino de geografia
(Matias, 2001 e Di Maio, 2004) só foi possível devido às reformas educativas4 (Pinto, 2001) e
ao avanço da tecnologia da informação na educação a partir do final da década de 1990, sendo
a internet o principal meio de divulgação. Tais reformas trazem orientações e normatizações
do sistema educacional brasileiro e que, segundo o governo federal, servem de base para
Estados e Municípios.
Entre as reformas adotadas pelo governo brasileiro por meio da Lei de Diretrizes e
Bases (LDB 9.394/94) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997; 2002)
verifica-se a importância de se trabalhar com a tecnologia da informação no aperfeiçoamento
de conteúdos ministrados na educação básica em prol do desenvolvimento do educando.
DI MAIO (2004, p. 11), refletindo sobre a evolução tecnológica, menciona que “um
dos avanços mais significativos que vem ocorrendo na cartografia nas últimas décadas é a
introdução do computador, ou a informatização do modo de se fazer mapas [...]”.
Sendo assim, percebe-se que as Geotecnologias tem tornado o processo de
elaboração de produtos cartográficos digitais (mapas, tabelas, gráficos) mais acessíveis para
professores e alunos do ensino de geografia e a sociedade de modo geral.
Por meio deste aperfeiçoamento, a produção de dados cartográficos está deixando de
ser algo complexo e passa a envolver um conjunto acessível de procedimentos através do usode diversos softwares livres e visualizadores, tais como: GvSIG, SPRING, EDUSPRING,
Quantum GIS(QGIS) Philcarto, Google Map, Google Earth e Terraview/TerraSIG onde se
desenvolvem e/ou visualiza os mais diferentes tipos de mapas e dados digitais.
Di Maio (2004) comenta sobre a revitalização que a cartografia passou a ter na era da
tecnologia da informação e o advento dos SIG‟s na criação de novos produtos direcionados ao
ensino de geografia. Tal revitalização contribui para que ocorra um aperfeiçoamento das
técnicas de “alfabetização cartográfica” que irão possibilitar que o aluno se torne um “leitorcrítico do espaço” (CALLAI, 2002).
Entretanto, acredita-se que a aplicabilidade dos SIGs (seja instalados em
computadores pessoais ou acessados remotamente por meio do ambiente web) no
desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras para o ensino de geografia, em
conteúdos que englobam interpretação e criação de produtos cartográficos, é possível, não
4 As reformas educativas foram feitas pelo governo brasileiro a partir da década de 1990, com o objetivo melhorar o sistema educacional, este “pacote” de ações
e medidas é constituído pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do EnsinoFundamental e Valorização do Magistério (Fundef), substituído pelo O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dosProfissionais da Educação (Fundeb) e pelas avaliações do ensino como o Exame Nacional de Cursos (Provão) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pelos Planos Nacionais de Avaliação dos Livros Didáticos (PNLDs) e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
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apenas por ser uma tecnologia livre, mas por viver mos na era dos “nativos tecnológicos”,
jovens que iniciam seus estudos manuseando inúmeros equipamentos tecnológicos.
Desta forma, a fim de averiguar tais aspectos, procedeu-se a aplicação de um
questionário de verificação sobre o nível de conhecimento sobre os temas aqui debatidos a um
conjunto de alunos da EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos, em Santana do Acaraú-CE,
com a finalidade de analisar se, realmente, poderíamos ter condições favoráveis para o
desenvolvimento da pesquisa neste estabelecimento de ensino.
O resultado da aplicação deste questionário e os dados descritivos dessa escola
escolhida como área de estudo serão apresentados no capítulo seguinte.
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CAPITULO 2: A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE OS SIG-WEB APLICADO
AOS ESTUDOS POPULACIONAIS NA EEEP FRANCISCO DAS CHAGAS
VASCONCELOS
2.1. A EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos no novo contexto das escolas
profissionalizantes.
A Lei nº 14.273, de 19 de dezembro de 2008, sancionada pelo Governo do Estado
Ceará, autorizou a criação das Escolas Estaduais de Educação Profissional – EEEP no âmbitoda Secretaria da Educação, sendo-lhes asseguradas as condições pedagógicas, administrativas
e financeiras para que possam ofertar, conforme o Decreto Federal 5.154/2004, o ensino
médio técnico.
Em Santana do Acaraú, a EEEP teve início com suas atividades letivas em 23 de
abril de 2012. Em 19 de Julho do mesmo ano, o Governo do Estado sancionou a Lei Nº
15.196, que, em cujo Art. 1º, lê-se: Denomina-se Francisco das Chagas Vasconcelos a Escola
Estadual de Educação Profissional no Município de Santana do Acaraú, no Estado do Ceará.A mesma localiza-se na latitude 3º 28‟ 04,75‟‟ S e longitude 40º 12‟ 44 ,72‟‟ W, na Rua:
Prefeito José Ananias Vasconcelos s/nº, Bairro João Alfredo Araújo. A EEEP Francisco das
Chagas Vasconcelos (Figura 01) pertence ao Programa Brasil Profissionalizado, lançado em
2007 pelo Governo Federal, tendo como objetivo fortalecer as redes estaduais de educação
profissional e tecnológica, através de recursos para que os estados investissem na criação,
modernização e expansão das redes públicas de ensino médio integrado, isto é, integração do
conhecimento do ensino médio a uma formação prática.Entretanto, para colocar em prática este programa, precisaria de uma atualização
dos artigos da LDB 9394/96 que diz respeito às Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Profissional Técnica de Nível Médio definidas pela Resolução CNE/CEB nº 4/99,
com base no Parecer CNE/CEB nº 16/99. Assim, foi necessário a revogação do Decreto nº
2.208, de 17 de abril de 1997 e editar o Decreto nº 5.154/2004, atualizando o conjunto dessas
Diretrizes Curriculares Nacionais através do Parecer CNE/CEB nº 39/2004, dando origem à
Resolução CNE/CEB nº 1/2005. A partir disso, estavam organizadas e atualizadas asDiretrizes para a oferta da nova modalidade de Educação Profissional no Brasil.
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Neste contexto e orientado pela legislação educacional federal e estadual, o Estado
do Ceará já possui uma rede contendo 92 escolas profissionais em 75 municípios. Entretanto,
nem todas as escolas têm padrão MEC5. Muitas foram reformadas ou adaptadas para receber
esta modalidade de ensino.
O objetivo nesta nova modalidade é de preparar os jovens para enfrentar os
problemas da vida cotidiana através de uma formação global que dê conta das demandas e das
transformações contínuas que incidem sobre a sociedade, a economia e o mundo do trabalho.
Em Santana do Acaraú, ela atende 330 alunos nos 1ºs e 2ºs anos do ensino médio
temporariamente. Esse número aumentará para 540 educandos em 2014, que é a capacidade
máxima deste tipo de escola.
A escolha desta escola para o desenvolvimento desta pesquisa não foi planejada,
pois, a princípio, pretendia-se desenvolver esta pesquisa com os alunos do ensino médio
regular. No entanto, uma vez que o autor foi selecionado para ministrar aulas na referida
escola, optou-se por colocar em prática o projeto de pesquisa na mesma, já que os alunos são
da mesma faixa etária, egressos no ensino médio. Uma vez que já havia tido uma experiência
anterior como estagiário e conhecia a estrutura das escolas regulares de forma integral,
trabalhar numa escola profissional também serviu para desmitificar alguns conceitos a
respeito desta modalidade de ensino.
5 No portal do MEC está disponibilizado as Orientações técnicas aos Estados, Projeto de Arquitetura Executiva Padrão, Projetocomplementares opcionais e Maquete eletrônica que determina como o governo federal reconhece uma escola Padrão MEC. disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16355&Itemid=1011
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Figura 01 – Aspecto geral da EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos.
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2.1.1. Estrutura Organizacional
O art. 2º da Lei 14.273 de 19 de dezembro de 2008, que dispõe sobre a criação dasEscolas Estaduais de Educação Profissional, estabelece que as mesmas terão estrutura
organizacional definida em Decreto e fundamentada em parâmetros educacionais que venham
a atender os desafios de uma oferta de ensino médio integrado à educação profissional com
corpo docente especializado e jornada de trabalho integral.
Em relação ao corpo docente, a Lei afirma, no seu art. 3º, que sua constituição é feita
mediante seleção pública que, além de exames de conhecimentos e comprovação de
experiência, constarão de avaliações situacionais de competência específicas, sendo sua
regulamentação estabelecida por Decreto, não estando sujeitas ao que estabelece a Lei nº
13.513, de 19 de julho de 2004, e o Decreto nº 29.451, de 24 de setembro de 2008.
Portanto, levando em consideração os artigos acima citados, podemos demonstrar
através de um organograma (Figura 02) e da Tabela 01, a estrutura organizacional e a
distribuição dos profissionais que atuam nesta escola.
Figura 02 – Organograma da EEEP Francisco das Chagas Vasconcelos. Org. Helder Batista, 2012.
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Tabela 01 – Quadro de Funcionários
Cargo Qtd SituaçãoProfessores 19 Temporários
Professores Técnicos 04 TerceirizadosDiretor 01 Cargo de ConfiançaSecretária 01 Cargo de ConfiançaCoordenadores Pedagógicos 02 Efetivo e TemporáriaAux. Adm. 01 ContratoAux. de Ser. Gerais 04 ContratoCantina 04 TerceirizadaVigilantes 04 TerceirizadaTotal 40
Fonte: Secretaria da Escola, 2013.
2.1.2. Estrutura física encontrada na escola
Seguindo o padrão MEC, a escola possui uma organização bem diferenciada,
abrangendo 4,5 mil metros quadrados de área construída com 12 salas de aula, além dos
seguintes espaços: hall/foyer , auditório para 200 lugares; biblioteca; bloco pedagógico-
administrativo; secretaria, diretoria, reprografia, coordenações, salas de professores;
laboratórios de Línguas, Informática, Química, Física, Biologia e Matemática; laboratórios
especiais (02 oficinas); bloco administrativo de vivência (cantina, cozinha, vestiários de
funcionários, grêmio, refeitório, vivência, oficina de manutenção), quadra poliesportiva,
depósito de material esportivo, coordenação de educação física, vestiários para alunos, sala
multiuso, teatro de arena e estacionamento com 40 vagas.
Outro ponto que deve ser ressaltado é que todos os ambientes são climatizados e
espaçosos. A Tabela 02 apresenta a quantidade e a distribuição em área (m2) de cada um dosambientes.
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Tabela 02 – Infraestrutura da Escola
AMBIENTEQtd Área
(m²)PAVIMENTO TÉRREOBLOCO ADMNISTRATIVO/PEDAGÓGICOSecretária 1 43,50Almoxarifado 3 36,55Reprografia 1 9,76Coordenação Pedagógica 1 14,57Coordenação de Estágio 1 14,57Recepção 1 10,74
Diretoria 1 19,31W.C. Feminino e Masculino 15 151,27Sala de Professores 1 54,04Lab. Línguas 1 60,60Lab. Informática 1 60,73Lab. Química 1 60,60Sala Técnica (apoio) 1 14,80Lab. Biologia 1 60,60Lab. Física 1 60,60Lab. Matemática 1 60,60
Depósito Material Pedagógico e Multimídia 2 9,7BLOCO SERVIÇOS/VIVÊNCIARefeitório 1 242,20Cozinha 1 43,90Lavagem de utensílios 1 10,67Lixo 1 3,50Cantina 1 17,00Dispensa e Dispensa Frios 2 24,1Carga/Descarga de materiais 1 50,83Grêmio Estudantil 1 19,40Depósito Manutenção e Mobiliário 1 24,70BLOCO LABORATÓRIOS ESPECIAISLaboratório Especial 01 e 02 2 464,56PAVIMENTO SUPERIORSala de Aula 12 727,44AUDITÓRIO 1 297,30BIBLIOTECA 1 197,2COMPLEXO QUADRA POLIESPORTIVA 1 1.114,45AREA CONSTRUÍDA PAV. TÉRREO 3.253,10AREA CONTRUÍDA PAV. SUPERIOR 1.253,35AREA CONSTRUIDA TOTAL 4.506,45
AREA DO TERRENO 15.769,08
Fonte: Secretaria da Escola, 2013.
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2.2. Percepção dos educandos sobre o acesso à informação relacionada aos Sistemas de
Informações Geográficas, bancos de dados e População nas aulas de Geografia.
Segundo Santos (1998) estamos vivenciando o período técnico-científico
informacional, o que nos faz pressupor uma juventude envolvida com os equipamentos
digitais, conectada no mundo tecnológico.
Partindo deste pressuposto aplica-se um questionário de diagnóstico com 20 alunos,
sendo escolhidos de forma aleatória 5 (cinco) discentes dos cursos de Agroindústria,
Finanças, Eletrotécnica e Desenho da Construção Civil do 1º ano do Ensino Médio Integral.
A partir disso, procurou-se saber o local onde os alunos utilizam a internet . Foiobtido um percentual de 77% que ainda não tem acesso em casa, já que 47% utilizam em lan
houses/cybers, 24% usam em casas de amigos/parentes e 6% utilizam na escola (Gráfico 01).
Esse resultado gera discussões sobre o por que deste percentual tão alto. Neste contexto temos
algumas respostas fornecidas pelos próprios alunos, que afirmaram não ter condição de
comprar um computador, de pagar mensalmente a internet, dar manutenção, etc. Verificamos
que muitos dos alunos entrevistados têm como principal fonte de renda os subsídios da Bolsa
Família.
Fonte: Pesquisa de Campo, Fevereiro de 2013
6%
23%
47%
24%
0%
Gráfico 01: Local onde os alunos utilizam a internet
Escola
Em casa
Lan house/Cybers
Casa de amigos/parentes
outros
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Em seguida foi perguntado sobre as três principais tarefas executadas semanalmente
na internet (Gráfico 02), sendo observado que as respostas mais frequentes envolviam
pesquisas de trabalhos escolares (15 alunos), acesso às redes sociais (12 alunos), baixar
músicas e vídeos (07 alunos).
Fonte: Pesquisa de Campo, Fevereiro de 2013
Na terceira pergunta (Gráfico 03), os alunos foram questionados se conheciam osSistemas de Informações Geográficas e os bancos de dados que seriam utilizados no projeto.
Houve uma surpresa: 07 alunos disseram que conheciam, mas nunca utilizaram, outros 07
alunos afirmaram que não conheciam, 03 alunos disseram que conheciam o SIG-IBGE e
apenas um aluno afirmou que conhecia o SIG-IPECE (Ceará em Mapas Interativo),
ferramenta pela qual foram organizados os mapas e gráficos sobre a população da
Microrregião de Sobral que iriam ser mais tarde trabalhados com eles nesta pesquisa.
0
5
10
15
20
P e s q u i s a r t r a b a l h o s e s c o l a r e s
A c e s s a r r e d e s s o c i a i s e m e n s a g e n s
i n s t a n t â n e a s …
B a i x a r m u s i c a s e v í d e o s
J o g a r o n - l i n e
F a z e r c o m p r a s
L e r j o r n a i s e r e v i s t a s
A c e s s a r o s S i s t e m a s d e i n f o r m a ç õ e s
G e o g r á f i c a s I n t e r a t i v o s
- S I G / W E B
A c e s s a r e e n v i a r e m a i l
( H o t m a i l , M S N , Y a h o o , G m a i l . . . )
F a z e r d o w n l o a d d e s o f t w a r e s
A c e s
s a r b l o g u e s
N ã o a c e s s
o a i n t e r n e t
Gráfico 02: Atividades executadas on-line semanalmente pelos alunos
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Fonte: Pesquisa de Campo, Fevereiro de 2013
Na segunda parte do questionário, foi feito um levantamento sobre o conhecimento
dos alunos em relação a uma temática da Geografia, no caso, Distribuição Populacional,
escolhida em razão de ser um conteúdo visto tanto no ensino fundamental, quanto no ensino
médio. Ao analisarmos o livro didático Conexões: Estudos de Geografia Geral e do Brasil
da Editora Moderna, em sua Unidade III, verificou-se que os autores abordam de forma
global as Dinâmicas Demográficas e percebeu-se que tais conteúdos poderiam ser explicadosde forma interativa, proporcionando que os próprios alunos elaborassem mapas e gráficos da
população local.
Assim sendo, foi necessário avaliar se este conteúdo havia sido trabalhado
anteriormente no Ensino Fundamental e se os alunos tinham algumas dificuldades para
compreender o tema. O Gráfico 04 revela que 73% dos alunos afirmaram que às vezes tinham
dificuldades, 24% dos alunos confirmaram que sim e apenas 4% disseram que não tinham
dificuldades em entender a temática de distribuição populacional.
1
0
0
3
0
0
7
7
0 1 2 3 4 5 6 7 8
SIG/IPECE – Sistema de Informação Geográfica doInstituto de Pesquisa e Estatística do Estado do…
SIRHCE – Secretaria de Recursos Hídricos doEstado do Ceará - (Mapas Interativos);
Google Earth e Google Maps; (Visualizadores demapas estáticos)
SIG/IBGE – Sistema de Informação Geográfica doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística -…
SIDRA – Sistema IBGE de RecuperaçãoAutomática; (Banco de Dados, gera mapas…
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada;(Banco de Dados)
Não conheço
Sim, conheço mas nunca utilizei
Gráfico 03: Conhecimentos dos alunos em relação aos Bancos deDados e Sistemas de Informações Geográficas
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Fonte: Pesquisa de Campo, Fevereiro de 2013
Essas dificuldades enfrentadas pelos alunos podem ocasionar grandes perdas para o
ensino-aprendizagem, proporcionadas muitas vezes por falta de metodologias que facilitem a
aprendizagem, formação continuada para professores e/ou a defasagem que ainda é
encontrada nos alunos egressos ao ensino médio.
No Gráfico 05, é possível observar que 36% dos alunos disseram que o tema
população era tratado unicamente com o livro didático, enquanto que 53% deles afirmaram
que estudaram também com o auxílio de mapas estáticos, gráficos e tabelas. Entretanto, é
importante ressaltar que os alunos mencionaram que poucas vezes, ou quase nunca, eram
usados outros materiais nas aulas que não fosse o livro didático. Assim, consideramos que os
mapas, gráficos e tabelas que foram utilizados limitavam-se àqueles presentes no livro. Outros
11% dos alunos disseram que os recursos usados foram construção de maquetes
populacionais. Percentuais menores foram verificados nas demais opções: uso de Filmes,
documentários, produção de vídeos (3%), uso de Sistema de Informações Geográficas
Interativo (SIG-WEB) para elaborar mapas populacionais (3%) e aulas de campo (2%). O uso
de revistas, jornais e musicas não foram citados.
23%
4%
73%
Gráfico 04: Dificuldades na compreensão das dinâmicas populacionais
Sim
Não
As vezes
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Fonte: Pesquisa de Campo, Fevereiro de 2013
Por fim (Gráfico 06), foi perguntado se estes recursos facilitaram na compreensão da
temática população. Nas respostas, 65% dos alunos disseram que sim, 24% deles afirmaram
que às vezes e 12% disseram que não.
Fonte: Pesquisa de Campo, Fevereiro de 2013
A seguir, serão apresentados alguns dos produtos gerados a partir do manuseio do
Sistema de Informações Geográficas com o intuito de dinamizarmos o estudo da dinâmica
populacional da microrregião de Sobral, bem como analisar os indicadores sociais desta
região. Desde já, vale lembrar que o SIG-WEB “Ceará em Mapas Interativo” permite
trabalhar inúmeras temáticas da geografia, além das outrora citadas.
36%
0%2%3%
53%
3%
3%
Gráfico 05 - Recursos utilizados para explicar a temática População
Livro didático
Revistas, jornais, musicas
Aula de Campo
Sistemas de Informações Geográfica Interativo -SIG/WEB, elaborando mapas populacionaisMapas estáticos, gráficos e tabelas
Construção de Maquetes populacionais
Filmes, documentários, produção de vídeos
65%12%
23%
Gráfico 06: Percepção dos alunos sobre os recursosutilizados pelo professor nas aulas de Geografia
Sim
Não
As vezes
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CAPITULO 3: O USO DE MAPAS TEMÁTICOS ORGANIZADOS POR MEIO DE
SIG-WEB EM ESTUDOS DA POPULAÇÃO
O ensino de Geografia, ainda que de forma muito tímida, vem fazendo uso das
tecnologias livres no trabalho dos conteúdos em sala de aula. O uso desses recursos de forma
mais eficiente encontra alguns obstáculos, haja vista ter de um lado a lentidão do poder
público na criação de infraestrutura nas escolas e de outro a falta de qualificação adequada
dos professores e/ou de interesse e o tempo necessário para buscar, o quanto antes, a sua
inserção na era tecnológica.
O professor precisa estar constantemente atualizado para enfrentar as mudançasvelozes que a era da informação impõe, pois, se até bem pouco tempo manusear um
computador era um desafio, hoje grande parte dos estudantes consegue manusear esta
tecnologia muito bem.
É neste momento que o professor precisa agir, produzindo seus materiais didáticos
com o auxílio de softwares livres. As geotecnologias podem proporcionar aos professores a
elaboração de materiais didáticos que, trabalhados em conjunto com os livros, permitem fazer
uma interação entre as escalas local, regional, nacional e global, que na atualidade éindispensável na formação dos alunos.
Desta forma, o tema população foi trabalhado através da organização de mapas,
utilizando o SIG-WEB denominado “Ceará em Mapas Interativos” (CEARÁ, 2009) que tem
se tornado uma tecnologia eficiente para o desenvolvimento de materiais didáticos para o
Ensino de Geografia do Ceará. O estudo faz um recorte da população da Microrregião
Geográfica Sobral.
3.1. Metodologia
Os mapas foram organizados seguindo a proposta curricular da escola onde a
pesquisa foi executada e as orientações presentes nos PCNs (BRASIL, 1999; 2002). Foi
elaborada uma atividade a ser executada em quatro momentos: Preparação, Desenvolvimento,
Análise, Correlação e Sintetização, finalizando a prática com uma Reflexão e Avaliação da
metodologia.
Para a organização dos produtos os alunos seguiram os passos abaixo:
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1. Acessar o SIG-WEB “Ceará em Mapas Interativo”,
Figura 03 – Tela inicial do Ceará em mapas InterativoDisponível em: http://mapas.ipece.ce.gov.br
2. Selecionar a Guia Adicionar + Temas;
3. Ativar a aba Tema – Socioeconômicos, Demografia e Distribuição da
População 2000 e 2010;
4. Selecionar a guia Tema;
5. Na aba camada, ativar o tema distribuição da população e efetuar a filtragem
das cidades da Microrregião de Sobral na aba Filtro e depois formatar os
nomes das cidades na aba Texto;
6. Ativar a aba Propriedades do Mapa na guia Tema e formatar a Grade deCoordenadas; Escala e Legenda;
7. Depois de organizar todas as informações do mapa, foi gerado o arquivo
digital, para comparação com os mapas analógicos, bem como seu
arquivamento no computador, tornando-se possível retirar, modificar ou
acrescentar novas informações.
8. Ativar a ferramenta imprimir, escolhendo-se a opção A4 com margens pdf;
9. Na janela: Digite o titulo do mapa, digitar os nomes escolhidos e clicar emok.
1. Menu Superior
2. Guias
3. Barra de Ferramenta
4. Mapa
5. Rodapé
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10. Abrir a pasta onde foi salvo o arquivo digital e realizar uma discussão dos
temas abordados.
Este passo a passo serviu para a organização dos seguintes mapas da Microrregião de
Sobral, o que possibilitou para os alunos entender a contextualização da área estuda:
Distribuição da População – 2000;
Distribuição da População – 2010;
Taxa de Extrema Pobreza – total – 2010;
Taxa de Extrema Pobreza – zona urbana – 2010;
Taxa de Extrema Pobreza – zona rural – 2010.
3.2. Contextualizando a Microrregião de Sobral
A Microrregião Geográfica de Sobral está inserida no semiárido cearense, sendo
composta pelos seguintes municípios: Cariré, Forquilha, Graça, Groaíras, Irauçuba, Massapê,
Miraíma, Mucambo, Pacujá, Santana do Acaraú, Senador Sá e Sobral.
A importância de Sobral como uma das principais cidades médias do Ceará tem
gerado uma vasta literatura (Holanda, 2000; Assis, 2010; Holanda, 2010) na qual se verifica
uma busca para entender as dinâmicas espaciais envolvidas.
Para Holanda (2010, p.75), Sobral destaca-se desde o século XVIII, por sua
importância sobre toda a zona norte do território cearense, assim como sobre parte dos estados
vizinhos do Piauí e do Maranhão.
Durante o processo de industrialização do Estado do Ceará na década de 1980,sustentada em três vetores (agroindústria, interiorização da indústria e o turismo), Sobral
reforça-se ainda mais como centro dinamizador e passa a atrair investimentos e mais
consumidores, proporcionado pelas políticas neoliberais adotadas a partir do Governo das
Mudanças6.
Segundo Holanda, 2010:
6
O governo instalado no Estado do Ceará, (1987-2002) liderado pelo empresário Tasso Ribeiro Jereissati, nomeou-se de Governo dasMudanças em oposição ao governo dos coronéis, que durante décadas dominou a política nacional e, de modo específico, o cenário
nordestino.
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O Poder Público municipal busca também programar políticas que atraiam
investimentos diversificados, novos e modernos, com destaque para a chegada de
autorizadas de vendas de automóveis e de motos, faculdades particulares, clínicas
médicas, serviços bancários privados, construtoras, imobiliárias, centro comerciais,
fast foods com drive thru, colégios particulares de grande rede, cinema etc.
(HOLANDA, 2010.p, 89).
A autora ressalta ainda que:
As regionalizações propostas e as políticas pelo Governo do Estado, aliado à
expansão do capital, proporcionam o fortalecimento de Sobral, como cidade média,
percebendo-se novas tendências e contradições no que concerne a indicadores
demográficos, urbanização, industrialização, oferta de serviços, relações com os
espaços mais longínquos, aumento dos problemas urbanos, entre outros
(HOLANDA, 2010, p. 89).
Esse grande crescimento liderado pela cidade de Sobral tem contribuído para que a
Microrregião Geográfica de Sobral se tornasse uma das mais populosas do Estado. Conforme
o IBGE (2010) a microrregião de Sobral registrou entre os censos de 2000 e 2010 um
aumento significativo de sua população, passando de 326.753 habitantes para 380.950
habitantes, o que corresponde a 14,22%.
Para uma análise mais detalhada da dinâmica populacional desta microrregião, foi
feita a organização de mapas (Figuras 4 e 5) e tabelas (Tabelas 3 e 4).
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Figura 05 - Mapa da Distribuição da População da Microrregião de Sobral em 2010.Fonte: Adaptado de IPECE, 2012. Ceará em Mapas Interativo.
Figura 04 - Mapa da Distribuição da População da Microrregião de Sobral em 2000.Fonte: Adaptado de IPECE, 2012. Ceará em Mapas Interativo.
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TABELA 03 - Evolução populacional da Microrregião Geográfica de Sobral no período de 2000 – 2010.
Municípios e
Microrregião
2000 2010
Urbana Rural Total Urbana Rural Total Variação %
Cariré 5 459 13 158 18 617 8 302 10 046 18 348 - 269 - 1.47
Forquilha 11 619 5 869 17 488 15 473 6 313 21 786 4 298 19.73
Graça 4 838 9 975 14 813 5 818 9 234 15 052 239 1.59
Groaíras 5 588 3 153 8 741 7 076 3 152 10 228 1 487 14.54
Irauçuba 10 873 8 687 19 560 14 366 7 981 22 347 2 787 12.47
Massapê 19 173 10 401 29 574 23 993 11 208 35 201 5 627 15.99
Miraíma 4 772 6 645 11 417 6 847 5 953 12 800 1 383 10.80
Mucambo 7 574 6 237 13 811 9 066 5 036 14 102 291 2.06
Pacujá 3 276 2 377 5 653 3 723 2 263 5 986 333 5.56
Santana doAcaraú 12 454 13 744 26 198 15 402 14 575 29 977 3 779 12.61
Senador Sá 3 802 1 803 5 605 5 068 1 784 6 852 1 247 18.20
Sobral 134 508 20 768 155 276 166 333 21 938 188 271 32 995 17.53
Microrregião 223 936 102 817 326 753 281 467 99 483 380 950 54 197 14.23
Fonte: IBGE, Resultados do Censo 2000/2010 - IPECE, Ceará em Mapas Interativo.
As Figuras 04 e 05 e a Tabela 03 revelam que o significativo crescimento populacional visto
na microrregião de Sobral concentrou-se na zona urbana. Apesar de Sobral, Santana do Acaraú,
Massapê e Forquilha terem sofrido um leve aumento da população rural no período de 2000 a 2010,
este aumento não foi suficiente para evitar um êxodo rural de 36,75% nos municípios que compõem a
microrregião.
Os maiores índices de crescimento da população na Microrregião de Sobral no período 2000-
2010 ocorreram nos municípios de Forquilha (19,73%), Senador Sá (18,20%), Sobral (17,53%),
Massapê (15,99%), e Santana do Acaraú (12,61%). O aumento populacional verificado em Sobral
pode ser interpretado como decorrente de seu desenvolvimento em diversos setores: indústria,
construção civil, comércio e serviços, que resultaram em um forte poder de absorção de mão de obra.
Da mesma forma, o aumento populacional de Forquilha, Senador Sá, Massapê e Santana do Acaraú
também pode ser considerado como diretamente relacionado à proximidade destes com Sobral, uma
vez que boa parte dos moradores destes municípios desloca-se diariamente à Sobral para trabalhar e/ou
estudar.
Essa demanda da mão-de-obra gerada pelas indústrias e outros setores na cidade de Sobral
tem ocasionado nos municípios mais distantes da microrregião, em relação ao pólo regional, uma
“estagnação” no crescimento populacional, bem como em diversas áreas tais como: economia, saúde,
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comércio, educação, pois as pessoas destes lugares que se deslocam para Sobral, geralmente passam a
semana, trabalhando e/ou estudando.
Portanto, concorda-se com ASSIS (2010, p. 105) acerca de que os impactos deste
crescimento de Sobral também são sentidos pelas pequenas cidades da sua hinterlândia, as quais passam a buscar, cada vez mais, empregos, comércios, saúde e educação na capital regional. Tais
fatores podem ser responsáveis pelo baixo crescimento populacional nas cidades não dormitórios,
observando-se inclusive uma cidade com déficit populacional como é o caso do município de Cariré
(Tabela 3), que no período de 2000 a 2010 registrou um déficit de 1,47%. Convém ressaltar que este
decréscimo pode ter sido motivado por inúmeros fatores, como o controle de natalidade, política
defendida pelas organizações internacionais, migração para as cidades médias e para as grandes
capitais na busca de melhores condições de vida.
O fato é que Sobral hoje oferece um campo de possibilidades de absorção de mão de obra
que dificulta qualquer política de desenvolvimento das cidades pequenas que compõem sua
microrregião. Consequentemente isso pode indicar que nos próximos anos ocorra um decréscimo
populacional nos municípios que estão mais distantes de Sobral, bem como o aumento nas cidades
vizinhas.
Em um segundo momento, organizamos mapas (Figuras 05, 06 e 07) e uma tabela (Tabela
04) para discutirmos os níveis de pobreza registrados nessa microrregião no ano de 2010. A análise
dos números e da distribuição espacial da pobreza pautou-se no conceito adotado pelo Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS) que considera extremamente pobres as pessoas com rendimento
mensal domiciliar per capita de até R$ 70,00.
Segundo o IBGE (2010), o Estado do Ceará possui 1.502.924 moradores residentes em
domicílios com rendimentos mensais por pessoa que não ultrapassavam o valor de R$ 70,00 em 2010.
Isso significa que 17,8% da população cearense estão em situação de miséria, conforme o parâmetro
estabelecido pelo MDS.
Em termos proporcionais, o Ceará é o sétimo estado da federação com maior percentual de
pessoas nessa condição. Já em termos de participação relativa, dos 16,3 milhões de brasileiros nesta
faixa de renda domiciliar per capita, 9,24% estão localizados no Ceará. Isto implica que o Estado é o
terceiro do país com maior contingente de pessoas extremamente pobres ou miseráveis, atrás apenas
da Bahia (14,80%) e do Maranhão (10,40%). Quando se partiu para uma análise regional da
quantidade e distribuição do contingente de pessoas extremamente pobres, temos a Microrregião de
Sobral com 21,77% da sua população urbana e rural sobrevivendo com menos de R$ 70 reais mensais.
Percentual que demonstra preocupação, pois estamos tratando apenas de uma microrregião no
universo de 33 existentes no Estado do Ceará.
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A Figura 6 mostra que a população em condições de extrema pobreza não se encontra
uniformemente distribuída na microrregião de Sobral. Isso nos faz pensar nas desigualdades existentesnas escalas local, regional, nacional e global proporcionadas pela discrepância dos indicadores sociais,
políticos e econômicos entre zona urbana e rural.
No mapa da Figura 06 pode-se verificar também que Sobral e Forquilha apresentam os
menores percentuais em termos de população extremamente pobre em relação ao restante dos
municípios que compõem a microrregião de Sobral. Porém, a cidade de Sobral ao mesmo tempo, que
agrega valores para seu desenvolvimento, contribui para uma maior segregação, quando a qualificação
da mão de obra local ainda é restrita, havendo assim uma migração de pessoas qualificadas para
ocupar cargos nos diversos setores da sociedade sobralense. Tal segregação é visível nas periferias de
toda a microrregião, envolvendo pessoas com pouco ou nenhum estudo, que são consideradas inaptas
para assumir uma função no mundo globalizado. Isto vêm contribuindo para o aumento dos serviços
informais, nestas cidades.
Na Tabela 4 encontram-se sistematizados, com base na organização dos dados de atributos
presentes no SIG-WEB “Ceará em Mapas Interativo” e Censo demográfico 2010, o número de
habitantes dos municípios da microrregião de Sobral que sobrevivem com um valor mínimo de R$
70,00 por pessoa.
Figura 06 – Proporção de pessoas da Microrregião de Sobral vivendo na extrema pobreza 2010Fonte: Adaptado de IPECE, 2012. Ceará em Mapas Interativo.
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TABELA 04 – Distribuição da população extremamente pobre na Microrregião de Sobral em 2010.
Municípios
SETORExtremamente Pobre (R$
70) Proporção (%)Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total
Cariré 8 302 10 046 18 348 1 817 3 844 5 661 21.89 38.26 30.85
Forquilha 15 473 6 313 21 786 1 616 1 141 2 757 10.44 18.07 12.65
Graça 5 818 9 234 15 052 1 802 4 606 6 408 30.97 49.88 42.57
Groaíras 7 076 3 152 10 228 985 915 1 900 13.92 29.03 18.58
Irauçuba 14 366 7 981 22 347 4 450 3 558 8 008 30.98 44.58 35.83
Massapê 23 993 11 208 35 201 4 044 4 082 8 126 16.85 36.42 23.08
Miraíma 6 847 5 953 12 800 2 527 3 503 6 030 36.91 58.84 47.11
Mucambo 9 066 5 036 14 102 2 503 2 538 5 041 27.61 50.40 35.75
Pacujá 3 723 2 263 5 986 570 744 1 314 15.31 32.88 21.95
Santana doAcaraú
15 402 14 575 29 977 4 388 8 660 13 048 28.49 59.42 43.53
Senador Sá 5 068 1 784 6 852 1 325 1 006 2 331 26.14 56.39 34.02
Sobral 166 333 21 938 188 271 15 443 6 847 22 290 9.28 31.21 11.84
Microrregião 281 467 99 483 380 950 41 470 41 444 82 914 14.73 41.66 21.77
Fonte: IBGE, Resultados do Censo 2010 - IPECE, atributos do “Ceará em Mapas Interativo”.
Tal desigualdade encontrada na microrregião de Sobral é ainda mais expressiva quando
analisamos as diferenças entre a população urbana e rural (Figuras 7 e 8). A análise dessas duas
realidades populacionais mostra que o baixo nível educacional constitui um das condicionantes que
mais contribuem para o aumento do nível de pobreza. Conforme o IBGE (2010) os “ baixos níveis
educacionais da população encontram-se entre os principais determinantes da insuficiência de renda
das pessoas.”
Além destes determinantes mencionados pelo IBGE, ressaltamos e corroboramos comLongley et. al , 2013, quando citam que:
A pobreza é inevitável, ela é uma consequência da má gestão das economiasnacionais ou é simplesmente resultado da nossa falha em conceber,representar, analisar e entender e comunicar o que está acontecendo. Asevidências apontam que boa parte da pobreza resulta de um conjunto decausas: governo fraco, corrupção, condições ambientais difíceis, baixosníveis de educação, impotência perante o sistema financeiro global e uma
aparente falta de alternativas (Longley et. al , 2013, p. 505).
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44
Outro fator que contribui para pobreza, segundo Longley (et. al , 2013) é o baixo nível de
nutrição ou áreas rurais dependentes de uma única cultura. O fracasso na colheita pode
significar fome, morte ou migração forçada.
Figura 07 – Proporção de pessoas da Microrregião de Sobral vivendo na extrema pobreza 2010 – Zona
UrbanaFonte: Adaptado de IPECE, 2012. Ceará em Mapas Interativo.
Figura 08 – Proporção de pessoas da Microrregião de Sobral vivendo na extrema pobreza 2010 – Zona Rural
Fonte: Adaptado de IPECE, 2012. Ceará em Mapas Interativo.
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Constata-se na comparação das Figuras 7 e 8 e na Tabela 4, que em todos os
municípios o percentual de extrema pobreza é bastante superior na população rural em relação
à população urbana. Estas altas porcentagens podem ser explicadas por fatores políticos,
econômicos, sociais, educacionais, dentre outros.
Entretanto, é necessário ressaltar que quando feita a análise em valores absolutos de
quantidade, em alguns casos, como por exemplo, no município de Sobral, a zona urbana
concentra um maior número de habitantes na faixa de extrema pobreza. Como pode ser visto
na Tabela 04, a população extremamente pobre na zona urbana de Sobral, em 2010,
englobava 15.443 habitantes, enquanto que a população extremamente pobre na zona rural
reunia 6.847 pessoas. Deve-se atentar para estes detalhes, pois se sabe que as desigualdades
encontradas dentro da microrregião são muitas, e analisar apenas a partir de dados
percentuais, por vezes oculta alguns aspectos que podem ser considerados como decorrentes
da falta de planejamento dos governantes, principalmente nas regiões periféricas das cidades,
onde concentram o maior número de habitantes analfabetos, desempregados e sem
qualificação para se inserir no mercado de trabalho formal.
O município de Santana do Acaraú é o que possui o maior percentual de extrema
pobreza na zona rural (59,42%) de toda a microrregião, totalizando 8.660 habitantes (Tabela
4). Esse número ainda é muito elevado, apesar das conquistas que os movimentos camponesesdo município conseguiram depois da promulgação da Constituição Federal de 1988,
resultando nas últimas décadas em 12 assentamentos rurais e em uma política de incentivos
destinados a estes assentamentos. Os recursos recebidos das esferas estadual e federal
deveriam servir para melhorar as condições de vida da população rural através do
desenvolvimento da agricultura familiar. Diante disso devemos questionar o porquê da
elevada taxa e do elevado número de pessoas sobrevivendo com menos de ¼ do salário
mínimo. Aparentemente, fatores políticos e econômicos são as principais causas, pois omunicípio sempre teve uma disputa política entre as lideranças locais muita acirrada. Também
devemos ressaltar que até o ano 2000 o município ainda concentrava maior parte de sua
população no campo. Assim, vê-se um certo descaso do governo local para com as áreas
rurais não assentadas.
Em Santana do Acaraú, bem como em Sobral, a extrema pobreza na área urbana se
concentra em seus bairros periféricos. Infelizmente a cidade não é planejada para todos e os
projetos considerados importantes para a inserção destes municípios no mundo globalizado,
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normalmente se concentram nos bairros onde se encontra a população com maior poder
aquisitivo.
3.3. Avaliando a Prática Pedagógica
Depois da organização dos materiais (Mapas e Tabelas) e da contextualização da
microrregião de Sobral, chegou-se à conclusão de que se precisaria avaliar nossa prática
pedagógica desenvolvida. Escolheu-se a forma de questionário, a fim de obter uma análise
para futuras pesquisas na área de geotecnologias no ensino de geografia.A avaliação foi aplicada a um universo de 20 alunos que participaram da atividade
prática. Eles responderam questões relacionadas à introdução das geotecnologias como
suporte nas aulas de Geografia em estudos populacionais. Quando questionados sobre o uso
do SIG-WEB como recurso didático (Gráfico 07), 90% dos alunos entrevistados disseram que
a prática através desta ferramenta tinha contribuído para melhorar sua aprendizagem, e 10%
afirmaram não ter contribuído em sua aprendizagem. Nesse aspecto, convém ressaltar que o
uso de tecnologia exige acima de tudo interesse e dedicação do aluno em praticar asatividades exigidas pelo educador.
Fonte: Pesquisa de Campo, Abril de 2013
90%
10%
Gráfico 07: O uso do SIG/WEB como recurso didáticono estudo da população
Contribuiu para minhaaprendizagem
Não contribuiu para minhaaprendizagem
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Com relação a principal dificuldade encontrada pelos alunos, 40% dos participantes
relacionaram ao manuseio do computador, uma vez que tinham tido pouco contato
anteriormente com o mesmo. Isso também pode ser um dos motivos pelos quais 20% dos
alunos afirmaram ter sentido dificuldade na organização dos mapas. Já 10% deles disseram
que a maior dificuldade foi decorrente de uma conexão lenta, apesar de que no referido
momento a internet proporcionava condições adequadas. Apenas 5% disseram que a principal
dificuldade estava na explicação do professor. Um percentual significativo de 25% dos alunos
afirmou não ter sentido dificuldade no desenvolvimento da atividade (Gráfico 08).
Fonte: Pesquisa de Campo, Abril de 2013
O terceiro item da avaliação (Gráfico 09) foi solicitar ao aluno uma análise da
importância do SIG-WEB na temática população. Neste aspecto, 67% dos alunos disseramque a prática tinha proporcionado uma interação/entendimento melhor do conteúdo explicado.
Para 17% dos alunos, a atividade tornou a aula dinâmica e interativa, 11% disseram que foi
importante para o processo de ensino-aprendizagem e 5% acharam que não contribuiu para o
processo de ensino-aprendizagem.
10%
20%
5%
40%
25%
Gráfico 08 - Dificuldade em usar o SIG/WEB
Conexão da Internet (Lenta)
Na confecção dos mapas e gráficosreferentes a temática estudada
Na explicação do professor
No manuseio do computador
Não tive nenhum dificuldade emutilizar o SIG/WEB
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Fonte: Pesquisa de Campo, Abril de 2013
Em seguida foi perguntado se os mapas e tabelas organizados da Microrregião de
Sobral tinham contribuído para a compreensão dos conceitos de distribuição populacional e
taxa de extrema pobreza (Gráfico 10). As respostas resultaram em uma afirmação de
compreensão dos conteúdos por 95% dos alunos.
Fonte: Pesquisa de Campo, Abril de 2013
11%
5%
17%
67%
Gráfico 09 - A importância do SIG/WEB na compreensão datemática população
Importante para o processo de ensinoaprendizagem
Não importante para o processo deensino aprendizagem
Tornou a aula dinâmica e interativa
Proporcionou-me um(a)interação/entendimento melhor doconteúdo explicado
95%
5%
Gráfico 10 - A contribuição dos mapas e tabelasorganizados para os temas "população e Pobreza"
Sim
Não
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Outro ponto avaliado na prática pedagógica para aprimorar nossos métodos foi a
metodologia (a explicação da temática população através do SIG-WEB). Nesta questão
(Gráfico 11), 50% dos alunos acharam a metodologia ótima, 25% afirmaram que tinha sido
boa, 15% avaliaram como razoável e 10% disseram que precisa melhorar.
Fonte: Pesquisa de Campo, Abril de 2013
Para finalizar, perguntamos aos alunos se eles gostariam de ver mais temas e outras
disciplinas utilizando este ou outros SIG-WEB na exposição de seus conteúdos. O Gráfico 12
revela que 95% gostariam que as aulas passassem a ter uma dinamicidade maior, evitando
assim, aquelas aulas enfadonhas e descritivas, onde segundo alguns alunos, só o professor
fala, apresentando os dados contidos nos livros didáticos, sem buscar atualizações para os
temas em discussão.
25%
15%50%
10%
Gráfico 11 - Avaliação da Metodologia
Boa
Razoável
Ótima
Precisa Melhor
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Fonte: Pesquisa de Campo, Abril de 2013
Os resultados obtidos nos levam a crer ainda mais no potencial didático
proporcionado atualmente pelas tecnologias da informação e comunicação, em especial, pelas
geotecnologias, que podemos considerar como tendo sido a mola-mestra desta pesquisa. Além
disso, compreendemos melhor a importância da qualificação profissional em termos de
aprimoramento do uso das tecnologias pelo corpo docente, que deve continuar a ser
incentivado cada vez mais pelos órgãos educacionais.
95%
5%
Gráfico 12 - Alunos que gostaria de ver outrostemas/aulas através de SIG-WEB
Sim, pois tornam as aulasdinâmicas, menosenfadonhas, menos descritivas
Não, pois é chato trabalhar comestas novas tecnologias;
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os “novos” meios tecnológicos têm dinamizado o processo educacional na geração ze y, considerados “nativos tecnológicos”. Esta juventude cresce numa era onde a tecnologia
de ponta a domina pelo seu fascínio, pela rapidez e interatividade entre processo de criação e
de consumo, que é também conhecida pelo nome de revolução tecnológica.
Essa revolução começou com o aperfeiçoamento das tecnologias da informação e
comunicação e tende a se ampliar em relação à possibilidade de uso de SIG-WEBs,
denominados de 3ª geração, não só para visualização dos dados, mas para que não haja perda
de funções, dinamicidade, praticidade e precisão na hora de elaborar e/ou organizar os
resultados obtidos.
Isso tem ocasionado alguns dilemas no processo educacional. Um deles é conviver
de forma harmoniosa com alunos que dominam muito bem tais tecnologias, a ponto de causar
desconforto em sala de aula, acessando principalmente redes sociais, através de celulares de
última geração, quando deveriam está prestando atenção na aula. A grande questão é: o que
fazer para tornar a aula atraente para este aluno? Como aproveitar tais tecnologias em
benefício dos alunos e no aprimoramento da metodologia adotada em aula?
Tais indagações foram levantadas durante o desenvolvimento desta pesquisa e
chegou-se a algumas reflexões de que as geotecnologias têm hoje um grande potencial
didático no planejamento de aulas dinâmicas e flexíveis, por meio dos recursos que o Sistema
de Informações Geográficas em ambiente web podem proporcionar aos docentes e discentes.
Acredita-se, ainda, que o uso adequado destas tecnologias, cada vez mais acessíveis
via rede mundial de computadores (internet), só é possível quando há um devido treinamento
dos professores de ensino fundamental e médio, que deve ser cada vez mais estimulado pelos
governantes e universidades. Por outro lado, deve haver também o compromisso dos
profissionais da educação em buscar se aperfeiçoar mais nas tecnologias da informação de
comunicação – TIC‟s para proporcionarem aos seus alunos aulas mais dinâmicas e interativas.
Por fim, é necessário ressaltar que as análises contribuíram para a compreensão de
forma quantitativa e qualitativa dos aspectos demográficos e sociais discutidos durante a
prática pedagógica, uma vez que o SIG-WEB permite uma interação em camadas entre as
diferentes escalas: local, regional, nacional e global.
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APÊNDICES
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APÊNDICE 01 - QUESTIONÁRIO DE VERIFICAÇÃO
Escola: EEFP Francisco das Chagas Vasconcelos 1º Ano Turno: Integral
Nome:__________________________Bairro/Localidade ________________Idade:____
1. Onde você utiliza a internet?( ) Em casa ( ) Escola ( ) Lan house/Cybers( ) Casa de amigos/parentes ( ) Não Utilizo a internet ( ) Outros
2. O que você faz semanalmente quando acessa a internet? (Observação: Pode marcarmais de uma opção)( ) Pesquisar trabalhos escolares( ) Acessar redes sociais e mensagens instantâneas (Facebook, Orkut, Twitter)( ) Baixar musicas e vídeos( ) Jogar on-line( ) Fazer compras( ) Ler jornais e revistas( ) Acessar os Sistemas de informações Geográficas Interativos - SIG-WEB( ) Acessar e enviar email (Hotmail, MSN, Yahoo, Gmail...)( ) Assistir documentários, filmes, desenhos animados
( ) Fazer download de softwares( ) Acessar blogs( ) Não acesso a internet
3. Você conhece alguns destes Sistemas ou sites que fornecem informações geográficas,onde é possível manipular seus dados de forma interativa ou estática, gerando gráficose mapas.( ) SIG/IPECE – Sistema de Informações Geográficas do Instituto de Pesquisa e
Estatística do Estado do Ceará - (Mapas Interativos);( ) SIRHCE – Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará - (MapasInterativos);
( ) Google Earth e Google Maps; (Visualizadores de mapas estáticos)( ) SIG/IBGE – Sistema de Informações Geográficas do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística -(Mapas Interativos);( ) SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática; (Banco de Dados, gera
mapas estáticos)( ) IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; (Banco de Dados)
( ) Não conheço( ) Sim, conheço mas nunca utilizei
4. Você tem(teve) dificuldade em compreender a temática população nas aulas deGeografia.
( ) Sim ( ) Não ( ) as vezes
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5. Quais recursos foram utilizados na explicação do conteúdo de população no ensinofundamental? (Observação: Pode marcar mais de uma opção)( ) Livro didático
( ) Revistas, jornais, musicas( ) Aula de Campo( ) Sistemas de Informações Geográfica Interativo - SIG-WEB, elaborando mapas populacionais( ) Mapas estáticos, gráficos e tabelas( ) Construção de Maquetes populacionais (expor os dados populacionais em isopor,formando gráficos e mapas dos diversos segmentos do tema população)( ) Filmes, documentários, produção de vídeos( ) Não lembro ter visto este conteúdo
6. Os recursos utilizados pelo professor facilitou na compreensão do conteúdorelacionado a população?
( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes
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APÊNDICE 02 - QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO
1. O que você achou do uso do Sistema de Informações Geográficas - Interativo - SIG-WEB
como recurso didático no estudo da população?( ) Contribuiu para minha aprendizagem ( ) Não contribuiu para minha aprendizagem
2. Qual dessa foi sua maior dificuldade com o uso do Sistema de Informações Geográficas -Interativo – WEB
( ) Conexão da Internet (Lenta)( ) Na confecção dos mapas e gráficos referentes a temática estudada( ) Na explicação do professor( ) No manuseio do computador( ) Não tive nenhum dificuldade em utilizar o SIG-WEB
3. Como você analise a importância da oficina desenvolvida na compreensão da temática população?
( ) importante para o processo de ensino aprendizagem( ) não importante para o processo de ensino aprendizagem( ) tornou a aula dinâmica e interativa( ) proporcionou-me um(a) interação/entendimento melhor do conteúdo explicado
4. Os mapas e tabelas da Microrregião de Sobral organizado por você contribuiu paracompreensão dos conceitos de distribuição populacional e taxa de extrema pobreza.( ) Sim ( ) Não
5. Como você avalia a metodologia (a explicação da temática população através do SIG-WEB) do professor durante esta oficina.
( ) Boa ( ) Razoável ( ) Ótima ( ) Precisa melhorar.
6. Você gostaria de ver seus professores trabalhando mais temas, através destes ou de outrosSIG-WEB.
( ) Sim, pois tornam as aulas dinâmicas, menos enfadonhas, menos descritivas
( ) Não, pois é chato trabalhar com estas novas tecnologias;