Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2013
Título: Atletismo Escolar: Desenvolvendo as Habilidades Motoras Através da Ludicidade
Autor Jeferson Luís Citadella
Disciplina/Área Educação física
Escola de Implementação
do Projeto e localização Colégio Estadual José de Anchieta
Município da escola Dois Vizinhos
NRE Dois Vizinhos
Professor Orientador Dr. Luís Sérgio Peres
IES UNIOESTE
Resumo
A forma mais natural do ser humano se desenvolver e de se
expressar é através de seus movimentos corporais. A prática do
Atletismo além de ter como base os movimentos naturais como
correr, saltar, arremessar/lançar, propicia ao aluno/atleta o
desenvolvimento mútuo das coordenações neuro-motoras que os
auxilia integralmente na realização de gestos técnicos, não só do
Atletismo, mas de todas as modalidades esportivas. Porém, a
modalidade vem sendo negligenciada na Educação Física Escolar.
Nesse contexto, buscou-se criar atividades para se trabalhar esse
conteúdo, mostrando que é possível realizar as práticas, usando-
se de materiais alternativos e de jogos e brincadeiras,
desenvolvendo as capacidades físicas dos alunos, dando ênfase a
atividades que tenha como base o desenvolvimento das
habilidades motoras. A utilização de materiais alternativos é uma
proposta de mostrar que podemos desenvolver diversas atividades
dentro do contexto escolar, sem estarmos efetivamente utilizando
os implementos específicos da modalidade, mas sim adequando e
nos adequando ao espaço físico que possuímos neste ambiente,
proporcionando a vivência das atividades de forma lúdica e
recreativa, despertando nos alunos, o interesse por essa
modalidade e popularizando-a no universo escolar.
Palavras-chave Atletismo Escolar. Habilidades Motoras. Ludicidade.
Formato do Material Unidade Didática
Público Alvo Alunos
APRESENTAÇÃO
O Atletismo é apontado por muitos pesquisadores como a base para
todos os demais esportes, é considerado o esporte natural, que pode ser
desenvolvido em qualquer lugar e com qualquer implemento e devido a sua
complexidade desenvolve o aluno na sua estrutura física de forma geral. O
presente trabalho tem por objetivo aprimorar as habilidades motoras nos alunos
trabalhando o Atletismo na escola.
Betti (1999) ressalta que, apesar do esporte ser o meio mais utilizado na
difusão do conhecimento corporal e cultural nas escolas, somente algumas
modalidades esportivas são utilizadas, normalmente as coletivas como o
futebol, voleibol e basquetebol, sendo que modalidades individuais como o
atletismo, por exemplo, raramente são apresentadas aos escolares. A autora
conclui elencando diversas hipóteses para a não utilização de outras
modalidades esportivas no contexto escolar, entre as quais: a ausência de
materiais, falta de espaço e motivação, comodismo dos professores e falta de
aceitação desses conteúdos pela sociedade.
Apesar de ser considerado um dos esportes clássicos da Educação
Física, Matthiesen (2009), coloca que o Atletismo vem ao longo do tempo,
sendo tratado com displicência na educação física escolar, além de ser pouco
difundido na sociedade e na cultura brasileira. A maioria dos praticantes do
Atletismo vem das classes sociais mais baixas, pelo fato de ser um esporte
relativamente barato, de fácil adaptação, e por verem no esporte uma
oportunidade de crescimento e de inserção na sociedade, sendo muito
importante na qualidade de vida e na autoestima dos alunos e adeptos. Ela
conclui dizendo que, para facilitar e incluir as crianças nesse esporte,o
profissional de Educação Física deveria buscar por meio das atividades
recreativas e lúdicas um conhecimento geral das habilidades motoras básicas e
um conhecimento específico para as provas oficiais, resultando na maior
adaptação e prática, aproximando essas crianças do universo do Atletismo.
Através deste trabalho pretende-se conscientizar o aluno da
importância do atletismo para sua vida escolar e no seu cotidiano, pois quando
vivenciado e trabalhado de forma assídua, se transforma em uma ferramenta
pedagógica que poderá auxiliar no desenvolvimento da aprendizagem de forma
interdisciplinar.
Assim, esta proposta de Intervenção Pedagógica, através da
apresentação desta Unidade Didática junto ao Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, será a utilização do atletismo, como ferramenta para o
desenvolvimento das habilidades motoras natas nas crianças, através de
atividades lúdicas, valorizando a prática e motivando para o desenvolvimento
da modalidade.
A realização desse trabalho justifica-se, por se tratar de um esporte que
ainda pouco praticado nas escolas, devido a sua abrangência espacial, onde
os profissionais da área de Educação Física, justificam a sua não utilização por
falta de materiais específicos e falta de espaço físico, porém o mesmo é
considerado base fundamental para o desenvolvimento de todos as demais
modalidades esportivas.
Nesse contexto, busca-se criar atividades para se trabalhar esse
conteúdo, mostrando que é possível realizar as práticas, usando-se de
materiais alternativos e de jogos e brincadeiras, desenvolvendo as capacidades
físicas dos alunos, dando ênfase a atividades que tenha como base o
desenvolvimento das habilidades motoras.
A utilização de materiais alternativos, é uma proposta de mostrar que
podemos desenvolver diversas atividades dentro do contexto escolar, sem
estarmos efetivamente utilizando os implementos específicos da modalidade,
mas sim adequando e nos adequando ao espaço físico que possuímos neste
ambiente, proporcionando a vivência das atividades de forma lúdica e
recreativa, despertando nos alunos, o interesse por essa modalidade e
popularizando-a no universo escolar.
Jeferson Luís Citadella
Professor PDE/2013-2014
ATLETISMO ESCOLAR: DESENVOLVENDO AS
HABILIDADES MOTORAS ATRAVÉS DA
LUDICIDADE
Figura 1: Salto com vara
Fonte: PARANÁ, S/D
Jeferson Luís Citadella
Professor PDE/2013-2014
UNIDADE 1 – DIVULGANDO O PROJETO
ATIVIDADE 01 – APRESENTAÇÃO DO PROJETO PARA A
COMUNIDADE ESCOLAR.
OBJETIVO: Divulgar à comunidade escolar a relevância do Projeto: “Atletismo
Escolar: Desenvolvendo as habilidades motoras através da ludicidade”,
buscando a colaboração dos pais no acompanhamento e incentivo dos filhos
na participação efetiva do mesmo.
PROCEDIMENTO:
1ª) Realização de uma reunião pedagógica junto a escola, com a
participação de todos os membros da comunidade escolar (direção,
professores e alunos) para a apresentação do projeto e sua relevância no
contexto escolar.
2ª) Selecionar a amostra do projeto. Os alunos serão convidados a
participar do Projeto, sendo os mesmos pertencentes a uma dos 6ª anos do
colégio.
3ª) Encaminhamento aos pais e responsáveis do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando a participação de seu filho no
estudo.
ATIVIDADE
Reunião com a equipe pedagógica da escola para a apresentação do
projeto de intervenção.
OBS: Esta atividade equivale-se para 2 hora/aula atividade.
ATIVIDADE 02 – APLICAÇÃO DE UM TESTE DE CONHECIMENTO NO
ATLETISMO COMO DIAGNÓSTICO (PRÉ-TESTE)
OBJETIVO: Verificar através do teste teórico-prático, o nível de conhecimento
prévio que o aluno tem do referido conteúdo de Atletismo.
PROCEDIMENTO: Aplicação do teste visando obter o nível de conhecimento
inicial da amostra com relação ao Atletismo:
ATIVIDADE
Conhecimento Teórico:
1) Você já praticou alguma modalidade do Atletismo na sua vida escolar?
( ) Sim ( ) Não
2) Caso positivo, qual prova você poderia citar do Atletismo que você praticou
na escola?.................................................................................................
3) Caso negativo, você gostaria de aprender?
( ) Sim ( ) Não
4) Você já viu alguma modalidade de Atletismo pela televisão. Poderia citar
uma:................................................................................................................
Conhecimento Prático:
5) Correr 50 metros; (ver velocidade e coordenação de movimentos)
6) Saltar em Distância; (ver a coordenação no salto e impulsão)
7) Arremessar uma pelota: (ver a coordenação e a força)
OBS: Esta atividade contará como 02 horas aula.
UNIDADE 2 – CONHECENDO O ATLETISMO E SUA RELEVÂNCIA
ATLETISMO: Movimentos naturais, esporte base, atividade lúdica, disciplina, integração e inclusão social.
ATIVIDADE 03 – CONHECENDO O ATLETISMO: SUA HISTÓRIA,
CURIOSIDADE E ASPECTOS GERAIS SOBRE A MODALIDADE
OBJETIVO: Conhecer a origem do atletismo, a história e a sua importância
para o aprendizado e desenvolvimento das demais modalidades esportivas;
PROCEDIMENTO: Apresentar a modalidade do atletismo aos alunos, sua
história, sua origem e a importância do seu aprendizado no desenvolvimento
das outras modalidades esportivas. A atividade será de leitura e explicação por
parte do professor tirando as duvidas dos alunos.
ATIVIDADE:
O atletismo é um esporte muito simples e barato, uma vez que não
demanda de materiais caros para exercer sua prática, sendo, portanto, fácil de
ser elaborado pelos alunos em forma de oficinas. Seu desenvolvimento
proporciona infinitos benefícios às pessoas, entre eles a aquisição e
manutenção de uma boa saúde, independência e a autonomia.
Originou-se na antiguidade onde os povos praticavam esses
movimentos naturais como forma de sua própria sobrevivência, no qual foi se
transfigurando em uma atividade onde o esforço físico rendia aos praticantes,
reconhecimento mútuo da sociedade.
Segundo DARIDO (2007: p.115),
“o ser humano já praticava algumas modalidades do atletismo como forma de sobrevivência na Pré-história. A caminhada ,por exemplo, era utilizada para se locomover de um lugar para outro; a corrida e os saltos, para escapar das presas dos animais carnívoros. O arremesso era usado para se defender e matar animais, que serviam de alimento. Dessa forma, os homens e as mulheres foram adquirindo habilidades que, mais tarde, foram aprimoradas e adaptadas para as competições de atletismo.
A história relata que os primeiros eventos esportivos organizados foram realizados por volta de 1200 a.C., no Monte Olimpo, na Grécia. Próximo a esse local foi construído um palco esportivo para sediar os Jogos Olímpicos. Lá, os homens exibiam sua força, suas habilidades físicas e o controle psicológico, tudo em homenagem a Zeus, o rei dos deuses da mitologia grega.
As mulheres, por sua vez, não tinham permissão para participar dos jogos e nem mesmo para assistir às competições masculinas. Mas, em contrapartida a cada quatro anos era organizado um evento esportivo só para elas, em homenagem a Hera, esposa de Zeus”.
É significante citar a extrema importância do atletismo no
desenvolvimento das demais atividades esportivas. Seus fundamentos básicos
desencadeiam direta e indiretamente uma série conhecimentos específicos que
serão utilizados no decorrer do aprendizado a na iniciação desportiva em geral.
Quando falamos em iniciar alguma atividade curricular, temos que ter em
mente as propostas e princípios norteadores da referida atividade, bem como,
os objetivos a serem alcançados e se os mesmos correspondem às
necessidades individuais de forma satisfatória. Essas propostas fazem parte do
processo ensino-aprendizagem, já que, após definidas, são inevitavelmente
levadas ao conhecimento dos escolares a fim de encaminhar o
desenvolvimento das atividades.
Para Kirsch, Koch e Oro (1984: p. 2),
“a iniciação do atletismo, visto como um conjunto de habilidades específicas constitui a primeira fase do processo ensino-aprendizagem para as formas esportivas de caminhar correr, saltar, lançar e arremessar, utilizadas no atletismo convencional. Representa a passagem dessas atividades básicas do estágio de padrões gerais para o de formas grossas dos respectivos movimentos padrões, no atletismo”.
Outro aspecto a ser considerado, é a ideia de não iniciar uma
modalidade pensando em oportunizar só aos mais rápidos, mais fortes e mais
habilidosos. O aproveitamento das habilidades físicas também deve ser
contemplado, mas em segundo plano, visto que segundo Kirsch, Koch e Oro
(1984: p. 6), “a grande tarefa didática da iniciação ao Atletismo é aumentar sua
atratividade, tornando-o uma atividade esportiva mais agradável aos iniciantes.”
Segundo as Diretrizes Curriculares, ao se trabalhar o Atletismo, o
professor não deve se limitar somente ao aprendizado das técnicas, regras
básicas, táticas, mas também criar estratégias de possibilidades de se analisar
criticamente as inúmeras modalidades esportivas presentes na nossa
sociedade:
“O ensino do esporte nas aulas de Educação Física, deve sim contemplar o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades esportivas, mas não se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu plano de trabalho docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das inúmeras modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que sem dúvida é algo bastante presente na sociedade atual”. (PARANÁ, DCE 2008, p. 64).
Obs.: Esta atividade será realizada em 02 horas/aula.
UNIDADE 03: PROVAS DO ATLETISMO
ATIVIDADE 4 – CONHECENDO AS DIVISÕES DAS PROVAS DO
ATLETISMO, SUAS REGRAS E AS TÉCNICAS UTILIZADAS
OBJETIVO: Apresentar aos alunos o entendimento de como é subdividido o
atletismo, bem como, suas regras e as técnicas utilizadas na realização das
provas.
PROCEDIMENTO: Apresentar em sala de aula, as divisões do atletismo, com
suas provas de campo (saltos e arremessos/lançamentos) e as provas de pista
(corridas), explicando o funcionamento e desenvolvimento de cada prova.
ATIVIDADE:
PROVAS DE CAMPO
SALTOS E ARREMESSOS E/OU LANÇAMENTOS
Estas provas são realizadas no espaço central da pista de atletismo, no
campo. São divididas em dois grandes grupos que complementam o Atletismo,
as Provas de Saltos e as Provas de Arremessos e/ou Lançamentos.
As Provas de Saltos são compostas por: Salto em Distância, Salto
Triplo, Salto em Altura e Salto com Vara.
As Provas de Arremessos são compostas por Arremesso de Peso,
Arremesso de Disco, Arremesso de Martelo e Lançamento de Dardo.
SALTO EM DISTÂNCIA
O salto em distância é uma prova que requer do seu praticante
velocidade, boa coordenação, flexibilidade e rápida reação nervosa.
A corrida para o salto é feita numa pista de 40 metros aproximadamente,
e o salto propriamente dito se dá de uma tábua de impulso, mediante impulsão
vigorosa com uma das pernas e movimento energético dos braços, com o
objetivo de ajudar o corpo a elevar-se e retardar sua queda na caixa de areia.
ASPECTOS BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
Para esta prova, buscamos uma corrida rápida para adquirir a
velocidade ideal, o acúmulo de energia para realizar o salto, procurando ganhar
a altura máxima e finalmente uma queda que não seja sentada na areia.
FASES DO SALTO EM DISTÂNCIA
a) Corrida de Impulso
b) Impulsão
c) Fase Aérea
d) Queda
SALTO TRIPLO
A prova do salto triplo é considerada uma das mais complexas do
atletismo por ser de ações contínuas, composta de três partes bem definidas,
com características próprias, ainda que interdependentes entre si. Trata-se de
uma prova bastante estimulante porque requer a combinação da velocidade,
agilidade e flexibilidade; exige músculos fortes e rápidos, apresentando um
problema de mecânica relacionado com a importância relativa que se dá a
cada um dos três saltos que o compõe.
ASPECTOS BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
Para a realização correta de um salto devemos levar em consideração
cinco aspectos básicos:
1 - A prova exige completa coordenação e continuidade da ação. Não se
deve descuidar de uma fase em proveito da outra, o que virá a prejudicar o
salto em sua forma total; isto significa que devemos dar justa importância a
cada uma das fases, ou seja, distância e velocidade da corrida, altura e
distância para cada um dos saltos, etc. Cada aspecto tem seu valor, mas
sempre levado em termos da ação total.
2 - Embora denominemos de “passo” o segundo salto, o nome é
inapropriado, uma vez que é necessário saltar para cima nos demais saltos.
3 - O equilíbrio e o ângulo do corpo, determinados pela linha traçada
entre o centro de gravidade e o pé que faz o impulso, são fatores decisivos,
pois se permitirmos que o centro de gravidade caia para trás, com o objetivo de
se ganhar altura, estamos prejudicando a velocidade e a distância, por outro
lado, se a inclinação do corpo à frente for muito acentuada, a altura e a
distância terão prejuízos, se bem que para o salto triplo a inclinação do corpo à
frente, no momento do impulso, é pouco mais acentuada que no salto em
distância.
4 - A inclinação para a frente se torna difícil devido à elevada posição do
joelho no primeiro e segundo saltos, considerada vital para a boa técnica.
5 - Poucas são as provas de campo que exigem um grau tão alto de
relaxamento como no salto triplo. Em cada aterrissagem, exige-se muita
elasticidade, para que se possa ter um relaxamento controlado, de maneira que
o corpo ressalte, para entrar de imediato na fase seguinte. Estar em tensão
eqüivale a conseguir uma má atuação.
FASES DO SALTO TRIPLO
a) Corrida de Impulso
b) Primeiro Salto (hop)
c) Segundo Salto (step)
d) Terceiro Salto (jump)
SALTO EM ALTURA
O salto faz parte integrante da atividade natural do homem, assim como a
corrida. Quase se poderia dizer que é inato do homem, ante a presença de um
obstáculo, saltar naturalmente. Tecnicamente, podemos definir que salto em
altura é a passagem de um atleta sobre um sarrafo apoiado em dois suportes,
num plano horizontal elevado.
Nas competições de atletismo, o salto em altura é sem dúvida, uma das
provas que mais atrai a atenção do público.
ASPECTOS BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
Não é muito fácil descrever uma técnica correta no salto em altura, porque
desde o seu início, ao longo de cem anos, fizeram-se experiências com as
distintas técnicas e estilos, mas, se formos analisar cada uma delas em
separado, nossa tarefa tornar-se-á muito trabalhosa. Devemos considerar que
não somente a fase da corrida é parte integrante do salto, mas temos também
que nos preocupar com as demais fases como a impulsão, a suspensão, a
elevação e a queda.
FASES DO SALTO EM ALTURA
a) Corrida de Impulso
b) Impulsão
c) Elevação
d) Passagem pelo Sarrafo
e) Queda
SALTO COM VARA
A prova do salto com vara passou por uma fase de transição, devido ao
aparecimento da vara de fibra de vidro, que revolucionou o mundo desportivo,
quebrando todos os recordes imagináveis e também dando a esta prova uma
beleza incomparável.
As técnicas do salto com vara de fibra são muito distintas daquelas em
que se utilizam as varas antigas (bambu ou metal). Nossa intenção consiste em
apresentar os fatores básicos da técnica do salto com a vara antiga para, em
seguida, expor as diferenças exigidas para a técnica com a vara de fibra.
Basicamente, as técnicas são as mesmas. Embora não haja dois
saltadores que as pratiquem da mesma forma em todos os seus detalhes,
consideramos a técnica como sendo uma questão pessoal. Se damos uma
vara e um local para alguém que queira aprender esta prova, ensinamos-lhe os
detalhes básicos, deixamo-lo a sós e podemos observar que as semelhanças
de toda ordem, estrutural e mecanicamente, são mais numerosas do que as
diferenças.
FATORES BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
Como ocorre em todas as provas de pista e de campo, também para o
salto com vara existe uma técnica adequada.
Em geral, a opinião é de que o salto com vara é a prova mais
complicada do atletismo Basicamente seu problema consiste em:
a) conseguir a máxima velocidade na corrida e na subida;
b) converter a velocidade horizontal em impulso vertical até onde seja possível;
c) somar a tudo isso um poderoso impulso e lançar-se com força em um
movimento que permita uma ascensão máxima do corpo;
d) fazer tudo sem perder o ritmo, sem tensão e mantendo a unidade de ação.
Esses itens têm por objetivo descrever as diversas fases de um só
movimento ascendente, que nos leva a passar sobre o sarrafo, movimento este
que tem como importância fundamental um impulso sem interrupções.
Resumindo-se, o salto com vara é um intento para converter em vertical
todo o ímpeto horizontal acumulado durante a corrida, com a ajuda de uma
vara portátil.
FASES DO SALTO COM VARA
a) Empunhadura
b) Corrida de Impulso
c) Encaixe
d) Elevação
e) Oscilação
f) Impulso Ascendente
g) Volta ou Giro
h) Impulso Final
i) Passagem sobre o Sarrafo
j) Queda
CLASSIFICAÇÃO DOS ARREMESSOS
Ao estudarmos o gesto atlético dos arremessos, temos que levar
inicialmente em consideração o problema da balística de projeção de um
objeto, onde o projétil é o implemento atlético e o corpo humano a máquina que
atua sobre o implemento , dando a este a sua velocidade de projeção.
O centro de gravidade do projétil recebe uma impulsão oblíqua, com
uma trajetória sensivelmente parabólica.
LANÇAMENTO E/OU ARREMESSO DO DARDO
No arremesso do dardo não há regras sobre a extensão da corrida de
aproximação, e isto distingue esta disciplina de todas as outras disciplinas
olímpicas de arremessos: a do peso, a do disco e a do martelo.
Enquanto que, nessas disciplinas, o arremesso tem que ser feito de
dentro de uma zona própria, circular, o dardo deve ser arremessado por trás de
um círculo, com o raio de 8 metros, e formado por uma tira de madeira ou
metal.
FATORES BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
A técnica do arremesso do dardo já sofreu muitas alterações ao longo da
sua história, mas se baseia no aproveitamento do impulso originando no início
do lançamento que dependerá da qualificação técnica do arremessador.
FASES DO ARREMESSO DO DARDO
a) Empunhadura
b) Transporte
c) Corrida de Aproximação
d) Ação Final
ARREMESSO DO PESO
O peso é lançado do interior de um círculo com 2,135 metros de
diâmetro. O tamanho, peso e distância dos segmentos são elementos
determinantes do êxito, pois, em razão do tempo limitado durante o qual o
arremessador pode atuar sobre o implemento e da inércia que o peso
representa, é indispensável que a ação seja extremamente potente. Conclui-se
que para arremessar-se longe é preciso antes de tudo ser grande e forte, mas
também ter boa velocidade com capacidade de desenvolver grande potência
durante a execução do gesto.
FATORES BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
A técnica do arremesso do peso é a mesma para os atletas dos dois
sexos. Na posição inicial, o atleta está em pé virado para trás em relação ao
sentido do lançamento. Esta posição facilita a aceleração continuada do
implemento ao longo de uma linha reta. A transição do deslocamento para a
fase de largada pode assim realizar-se com pequena perda de momento. O
ângulo de largada deve ser de 38 a 41 graus.
Na parte da frente da circunferência que limita o círculo de lançamento
há uma antepara curva.
O peso tem de ser lançado com uma só mão, e a partir do ombro do
atleta. Quando este toma posição no círculo de lançamento, o implemento deve
estar junto a mandíbula, perto do queixo. Durante a ação do lançamento, o
braço não pode baixar e o peso não deve ir atrás da linha dos ombros.
FASES DO ARREMESSO DO PESO
a) Empunhadura
b) Posição Inicial
c) Deslocamento
d) Posição Final
e) Arremesso Propriamente Dito
f) Reversão
ARREMESSO DO DISCO
O disco deve ser lançado de um círculo com 2,5 metros de diâmetro. O
atleta, rodando no interior deste círculo, transmite ao disco a maior aceleração
possível. O ângulo de largada deve ser de 35 a 40 graus.
FATORES BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
Sua técnica de lançamento se baseia no integral aproveitamento da
força centrífuga que gera o atleta, ao efetuar o giro de uma volta e um quarto
(ou volta e meia) dentro do círculo.
FASES DO ARREMESSO DO DISCO
a) Empunhadura;
b) Posição Inicial;
c) Giro;
d) Posição Final;
e) Arremesso Propriamente Dito;
f) Reversão.
ARREMESSO DO MARTELO
O martelo deve ser lançado de um círculo com 2,135 metros de
diâmetro. O atleta, rodando no interior deste círculo, transmite ao martelo a
maior aceleração possível. O ângulo de largada deve ser de 42 a 44 graus.
FATORES BÁSICOS DE UMA TÉCNICA CORRETA
O lançamento consiste basicamente em combinar o ímpeto máximo que
se possa dar à cabeça do martelo, sem perder seu controle, com o máximo
movimento ascendente realizado pelas forças do corpo ao terminar as voltas e
soltar o martelo.
FASES DO ARREMESSO DO MARTELO
a) Empunhadura
b) Posição de partida;
c) Molinetes;
d) Giros;
e) Arremesso propriamente dito;
f) Ação final.
PROVAS DE PISTA (CORRIDAS)
CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS DE CORRIDAS
1) Quanto à organização:
a) Balizadas - 100, 200 e 400 metros rasos; 800 m balizados até o final da
primeira curva; 100,110 e 400 m com barreiras; revezamento 4 x 100m e 4 x
400m, onde apenas o primeiro homem corre em raia marcada e o segundo
somente até o final da primeira curva, quando a corrida passa a ser livre.
As provas balizadas são todas aquelas provas de distâncias menores,
nas quais o corredor deve perfazer o percurso total (até 400 metros) ou parcial
(800 metros) em raias, que são em número de 6 ou 8 em uma pista oficial (400
metros de perímetro por 7,32m de largura para 6 raias e 9,36m para 8 raias. As
raias medem de 1,22m a 1,25m de largura, sendo marcadas com linhas de 5
cm de largura.
b) Não- balizadas - 1.500, 5.000 e 10.000 metros rasos e 3.000 m com
obstáculos.
Nas corridas não balizadas, que são as provas de percurso mais
longo, o competidor corre livremente durante todo o percurso.
2) Quanto ao desenvolvimento:
a) Rasas - 100, 200, 400, 800, 1.500, 5.000, 10.000 metros.
b) Com obstáculos - 110 e 400 metros masculinos e 100m femininos com
barreiras; 3.000 metros com obstáculos.
As corridas rasas são provas, balizadas ou não, nas quais o corredor
corre livremente pela pista. Nas provas com obstáculos, o corredor tem que
passar por sobre dez barreiras nas corridas com barreiras ou quatro
obstáculos e um fosso em cada volta na prova de 3.000 metros com obstáculos
(existem outras distâncias, que serão estudadas mais adiante).
3) Quanto ao esforço fisiológico:
a) Velocidade pura - 100 e 200 metros.
b) Velocidade prolongada - 400 e 800 metros.
c) Resistência anaeróbia - 1.500 metros.
d) Resistência aeróbia ou geral - 5.000 e 10.000 metros e maratona (42.195m).
Essas provas recebem tal tipo de classificação devido às exigências
funcionais ou capacidades que elas requerem.
4) Provas olímpicas:
Masculinas - 100, 200, 400, 800, 1.500, 5.000, 10.000 metros rasos; 110 e 400
metros com barreiras e 3.000 metros com obstáculos; revezamento 4 x 100 e 4
x 400 metros; maratona.
Femininas - 100, 200, 400, 800 e 1.500 metros rasos; 100 metros com
barreiras; revezamento 4 x 100 e 4 x 400m
Quanto ao tipo de piso:
a) Em pistas - ao ar livre e pistas cobertas.
b) Em terrenos variados - cross-country.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O REGULAMENTO
DAS PROVAS DE CORRIDAS
Com o objetivo de informar, fazemos neste capítulo algumas
considerações gerais sobre as regras mais solicitadas e mais diretamente
ligadas à pratica do professor e dos alunos.
Regras:
1 - Pista
a) É considerada oficial uma pista para corridas que tenha 400 m de perímetro
e 7,32 m de largura. De preferência, a sua borda interna deve ser de cimento,
madeira ou outro material adequado, com 5 cm de altura por 5 cm de largura.
b) Para verificar se a pista possui os 400 m regulamentares, a medida deve ser
feita a uma distância de 30 cm da sua borda interna.
2 - Raias
a) A pista é dividida em partes iguais no seu sentido longitudinal. A cada uma
dessas partes dá-se o nome de raias, cuja largura deve ser de 1,22 m a 1,25
m. As raias são separadas por linhas de 5 cm de largura, e somente a linha
que estiver do lado direito da raia deve ser incluída na sua largura.
b) Em todas as provas de até 400 m e parte dos 800 m, cada atleta deve correr
dentro de uma única raia.
c) Nas competições de maior projeção (estaduais, nacionais, mundiais e Jogos
Olímpicos), a pista deve ter 8 raias. A raia de cada corredor é determinada por
sorteio.
d) Durante a disputa de uma prova balizada (corrida em raia), o competidor
deve desenvolver todo o seu percurso dentro da raia que lhe foi designada no
sorteio. Caso invada a raia do adversário, será desqualificado.
e) A prova dos 800 m deve ser corrida em raia até o final da primeira curva,
quando ela se torna não balizada.
f) Todas as provas acima de 100 m devem ser escalonadas de tal forma que a
distância percorrida por todos os competidores seja a mesma.
3 - Partida
a) A partida de todas as provas deve ser medida da linha de chegada para trás,
uma vez que o local de partida é exclusivo de cada prova e a linha de chegada
é uma só para todas as distâncias.
b) É considerada falha a saída em que o competidor deixar o seu bloco ou
lugar após a ordem do juiz de partida, antes do tiro de saída.
c) Se realizar uma saída falsa, o corredor é advertido; caso repita a falta, será
desqualificado.
d) Os blocos de partida devem obedecer às especificações do regulamento;
quando forem utilizados na partida, o competidor deve manter os seus dois pés
e ambas as mãos em contato com o solo.
4 - A Chegada
a) A linha de chegada deve ser marcada por uma risca de 5 cm de largura e
possuir, em cada extremidade, um poste branco afastado 30 cm das mesmas.
b) Cada um dos postes deve ser rígido e medir 1,37 m de comprimento, 80 mm
de largura e 20 mm de espessura.
c) Sobre a linha de chegada deve ser estendido um fio de lã, preso aos postes
de chegada a 1,22 m de altura. Caso o vento esteja muito forte, o árbitro pode
desaconselhar o seu uso.
d) Para determinar a classificação de cada corredor, a chegada deve ser
determinada pelo tórax, ficando excluídos cabeça, pescoço, braços, mãos,
pernas e pés.
5 - Cronometristas
a) Devem ser utilizados 3cronometristas para cada colocação de chegada da
prova.
b) Cada cronometrista deve atuar independentemente, sem mostrar ou conferir
o tempo com outra pessoa.
c) Dos 3cronometristas, um é denominado Chefe e deve receber uma papeleta
contendo o tempo registrado pelos outros dois colegas e decidir qual será o
resultado.
d) Caso os tempos registrados por dois dos cronometristas forem coincidentes
e o do terceiro diferente, valerá aquele que coincidiu. Se os três forem
diferentes, valerá o intermediário.
e) Recomenda-se que todos os cronometristas sejam colocados a 5 m de
distância da linha de chegada e do lado oposto ao dos Oficiais de Chegada.
f) Os Oficiais de Chegada têm por função decidir a ordem de chegada dos
competidores.
6 - Corridas com Barreiras
a) As distâncias masculinas e femininas, bem como a altura das respectivas
barreiras, devem ser consultadas no capítulo referente ao estudo dessas
provas.
b) Todas as corridas dessa classe devem ser disputadas em raias marcadas.
c) Será desqualificado todo corredor que passar o pé ou a perna por fora de
qualquer barreira e também quando, na opinião do árbitro, ele derrubar
propositadamente qualquer barreira com o pé ou a mão.
d) Desde que a barreira não seja derrubada da forma descrita no item anterior,
o barreirista não será desqualificado nem impedido de estabelecer um recorde.
7 - Corridas de Revezamento
a) Nas corridas de revezamento até 4 x 200 m, com exceção do primeiro
corredor, os demais podem iniciar a corrida 10 m antes da zona de passagem,
ou seja, na zona opcional.
b) Nos revezamentos 4 x 400 m, a primeira e a segunda volta até o fim da
primeira curva devem ser percorridas inteiramente dentro de raias marcadas.
c) O bastão deve ser carregado pela mão durante todo o percurso e se cair só
deve ser apanhado pelo corredor que o deixou cair.
d) A passagem do bastão deve ser realizada dentro da zona de passagem (20
m) e será completada apenas quando estiver na mão do atleta que o recebe.
e) O bastão deve ser um tubo circular liso e oco, feito de metal, madeira ou
outro material rígido, em uma única peça, medindo 30 cm no máximo e 28 cm
no mínimo de comprimento. A sua circunferência deve ser de 130 mm e
possuir um peso de no mínimo 50 g.
f) Após a passagem do bastão, o corredor deve permanecer em sua raia ou
zona de passagem até que a pista fique livre, a fim de não prejudicar os outros
competidores; caso contrário, torna-se possível a desqualificação da sua
equipe.
g) Desde que uma equipe tenha corrido nas séries preliminares de uma
competição, a sua formação não pode ser alterada para as séries seguintes ou
na final. A substituição de um corredor da equipe só será possível com a
aprovação do árbitro e desde que seja constatado pelo médico oficial da
competição um ferimento ou contusão no corredor a ser substituído.
h) Pode ser mudada a ordem dos corredores, mas nenhum deles poderá correr
mais de uma etapa do percurso em um revezamento.
OBS: Esta atividade será realizada em 12 horas aulas.
UNIDADE 04: ATLETISMO VISTO DE FORMA
LÚDICA RECREATIVA
ATIVIDADE 5: DESENVOLVIMENTO DE EDUCATIVOS DE FORMA LÚDICA
E RECREATIVA, OBJETIVANDO A PREPARAÇÃO DOS ALUNOS PARA A
REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES.
OBJETIVO: Desenvolver atividades lúdicas e recreativas, aprimorando as
habilidades básicas do atletismo, a fim de trazer o conhecimento, a motivação
e o interesse pela prática dessa modalidade.
PROCEDIMENTO: Atividades práticas recreativas, através de jogos e
brincadeiras lúdicas.
ATIVIDADE: Iniciação das atividades práticas recreativas e lúdicas,
estabelecendo no aluno a vivência das habilidades motoras básicas das
provas de pista (corridas) e de campo (salto e arremesso/lançamentos).
CORRIDAS
Atividade 1-Competição de saída sob forma de estafeta
Formar grupos com quatro integrantes. Em uma reta são demarcados
quatro segmentos com 20 metros cada um, sendo a primeira linha a de partida
e, a última, a de chegada. Os participantes nº1, 2, 3 e 4 de cada grupo ficarão
na linha de partida, na posição de saída baixa. Ao sinal, os alunos nº 1 correrão
pela raia livre existente entre cada grupo, sendo que ao alcançarem os alunos
nº2, deverão tocá-los nos ombros para que eles iniciem a corrida do trecho
seguinte e assim sucessivamente. Vence o grupo que ultrapassar a linha de
chegada primeiro. (KIRSCH; KOCH E ORO, 1984, P.38)
Atividade 2-Preto e branco
Formar dois grupos que se posicionarão um de cada lado do campo. O
professor, que está na linha divisória entre os dois grupos, lançará um disco de
papelão para cima. Se o objeto cair com o lado preto para cima, o grupo “preto”
deverá fugir enquanto a grupo “branco” será o pegador. (KIRSCH; KOCH E
ORO, 1984, P.42)
Atividade 3-Corridas de números
Alunos dispostos em duas colunas, formando duas equipes com número
igual de participantes numerados do primeiro ao último. O professor
mencionará um número e os alunos com a respectiva numeração deverão
correr em direção da bola colocada a 10-15 metros, contornando-a e
retornando para sua equipe, marcando um ponto o alunoque chegar primeiro.
Vence a equipe que obtiver maior número de pontos após a execução de todos
os participantes. (SÃO PAULO (Estado), 1978, p.27)
Atividade 4-Bater e pegar
De uma equipe são escolhidos dois ( ou três ) batedores. Eles distribuem
tapas fracos nas mãos estendidas a frente dos demais participantes. Aquele
que receber o terceiro tapa, deve tentar pegar o ”batedor”, correndo
rapidamente atrás dele. Se não conseguir, será o prisioneiro do “batedor”.
Depois de um tempo determinado, os prisioneiros são contados, apurando-se a
equipe vencedora. . (KIRSCH; KOCH E ORO, 1984, P. 26-27)
Atividade 5- Corrida por números em círculo
Alunos dispostos em um círculo, numerados um a um. O professor diz
um número de modo que todos os alunos assim numerados corram em torno
do círculo, tentando pegar o seu companheiro da frente, até chegar ao seu
lugar inicial. Ganha ponto pra equipe o aluno que conseguir tocar no
companheiro da frente. (SÃO PAULO (Estado), 1978, p.29)
Atividade 6-Jogo das duplas
Em duplas, um aluno á frente do outro. Quem estiver atrás deverá lançar
uma bola (rasteira ou pelo ar), de modo que a mesma sirva como estímulo para
aquele que está na frente, o qual sairá correndo devendo recuperá-la antes que
esta ultrapasse um determinado ponto da quadra ou da pista. (MATTHIESEN,
2012, p.34)
Atividade 7- Siga o sinal
Alunos divididos em equipes, dispostas em duas colunas, em frente a
dois cones distantes 30 metros. Ao primeiro sinal do professor, o primeiro aluno
de cada equipe dará início a uma corrida de velocidade que será interrompida
por um segundo sinal a partir do qual deverá realizar um dos educativos de
corridas (alfersen ou skipping) até que o professor dê o terceiro sinal para a
retomada da corrida. Cada aluno realizará o percurso de ida e volta, vencendo
a equipe que concluir o exercício, com todos os integrantes primeiro.
(MATTHIESEN, 2012, p.35)
Atividade 8- Pega-pega da corrente
Os alunos dispostos em um espaço determinado. Escolhe-se dois ou
três alunos para serem os pegadores, na qual os mesmos darão as mãos. Ao
sinal, os alunos deverão correr aleatoriamente pelo espaço e os escolhidos
deverão pegar os demais. Cada aluno pego deverá também dar a mão,
formando assim uma corrente até que todos os demais sejam capturados.
Atividade 9-Um pega o outro leva
Divide-se a turma que será posicionada em duas colunas. Coloca-se um
objeto (bola, cone, etc.) a aproximadamente 15-20 metros de distância. Ao
sinal do professor, o primeiro aluno deverá correr até o objeto, e assim que
apanhar deverá voltar trazendo-o até entregar ao próximo aluno da coluna.
Esse segundo aluno deverá levar o objeto e coloca-lo na posição inicial. O
mesmo acontece com todos os demais alunos até que todos completem a
prova. Vence a equipe que completar primeiro.
Atividade 10-Ponte, pedra ou árvore
Dois ou mais alunos serão os pegadores. Os demais deverão correr
livremente no espaço determinado. Ao sinal, os pegadores irão tentar pegar os
demais e ao tocá-los deverão falar ponte, pedra ou árvore. Se o pegador falar
árvore, por exemplo, esse aluno tocado ficará em uma posição que lembre uma
árvore (em pé, mãos e pés estendidos e afastados), e assim acontece com a
ponte e a pedra. Para dar sequência a atividade, os alunos que não foram
pegos poderão “salvar” os demais que estarão nas posições citadas.
SALTOS
Atividade 1-Pular em círculo
Alunos em círculo, lado a lado. No centro, um dos alunos gira uma corda
rente ao chão com um arco (bambolê) na extremidade enquanto os demais
deverão saltá-la. Quem for tocado pela corda, será o responsável por girá-la.
(KIRSCH; KOCK E ORO, 1984, P. 78)
Atividade 2-Estafeta de saltitamentos
Alunos dispostos em colunas, formando várias equipes. Ao sinal,
verificar qual grupo que contorna em primeiro lugar uma marca e volta a
posição inicial, por meio de saltitos. As distâncias deverão ser pequenas (cerca
de 10 metros), com repetições realizadas após uma pequena pausa.
Variações: saltitos em uma perna só; alternância das pernas; saltitos com uma
corda. (KIRSCH; KOCH E ORO, 1984, P. 78)
Atividade3- Pega-pega do Saci Pererê
Em um espaço delimitado, os alunos deverão saltar realizando a
impulsão em uma das pernas. Um dos alunos inicia o jogo como pegador (Saci
Pererê), sendo que ao tocar nos participantes, estes também se tornarão
pegadores. Obs.: Para não haver sobrecarga na perna de impulsão, os
participantes deverão alternar a perna de salto sempre que alguém for pego.
(MATTHIESEN, 2012, p.61)
Atividade 4-Jogo do quadrado
Alunos dispostos ao redor de um espaço de 20m2,deverão deslocar-se
de um lado para outro sem serem tocados pelo pegador que está no centro. O
deslocamento de todos os participantes deverá ocorrer por meio de saltos em
uma perna só, alternando-se as pernas ou com as duas pernas, de acordo com
a solicitação do professor. O aluno que for pego, passará á posição de
pegador, sendo que o fugitivo não pode ser pego dentro do quadrado.
(MATTHIESEN, 2012, p.60)
Atividade 5- Dança dos arcos
Alunos correndo livremente ao redor de arcos espalhadospelo chão. Ao
sinal, deverão saltar ao redor com impulso em um dos pés para dentro dos
arcos, aprimorando o movimento do salto grupado. O mesmo exercício poderá
ser feito saltando-se sobre os arcos, a fim de ampliar a passada. Obs.: a
critério do professor, poderá haver um número menor de arcos em relação ao
número de crianças.(MATTHIESEN, 2012, p.61)
Atividade 6- Amarelinha simples
Com giz ou arco (bambolês), delimitar diferentes formatos para o jogo de
amarelinha, partindo-se, inicialmente, do tradicionalmente conhecido (impulso
com um dos pés e queda nos dois), para uma sequência em que os impulsos
são repetidos com os dois pés, com o mesmo pé ou com alternância dos pés
(direito e esquerdo). (MATTHIESEN, 2012, p.64)
Atividade 7- Cobrinha
Em duas colunas, os alunos deverão correr em direção a uma corda que
está sendo movimentada no chão em ondas, por dois alunos, como fosse uma
“cobrinha”. (MATTHIESEN, 2012, p.69)
Atividade 8- Amarelinha tripla
Promover uma amarelinha “mais técnica”, colocando-se os arcos no
chão respeitando-se a sequência de impulso do salto triplo: direita-direita-
esquerda; esquerda-esquerda-direita. Na sequência, colocar os arcos próximos
à caixa de areia, onde deverá ser efetuada a queda. (MATTHIESEN, 2012, p.
66-67)
Atividade 9- Salto triplo com revezamento
Alunos dispostos em colunas, formando duas equipes, de frente para um
cone colocado a 5 metros de distância. Com um bastão em uma das mãos, o
aluno deverá, ao sinal, realizar o movimento do salto triplo em direção ao cone
e voltar até o final da coluna, entregando o bastão para o último da equipe.
Quando o bastão chegar no primeiro da coluna , este reiniciará o exercício.
(MATTHIESEN, 2012, p. 66)
Atividade 10- Corda inclinada
Em duas colunas, as crianças deverão correr em direção à corda que
está parada e elevada a poucos centímetros do chão. Essa elevação deverá
ser progressiva, mantendo a corda em um plano inclinado de forma que todas
as crianças permaneçam saltando durante a atividade. (MATTHIESEN, 2012,
p.70)
ARREMESSOS/LANÇAMENTOS
Atividade 1- Acerte os objetos
Colocar sobre uma mesa diferentes objetos que deverão ser derrubados
com o lançamento da pelota. Cada objeto terá um número de pontos
determinados por um rótulo. Vencerão aqueles que conseguirem obter o maior
e o menor número de pontos, de acordo com a solicitação do professor. Obs.:
O professor poderá colocar objetos sobre a mesa que não deverão ser
derrubados. (MATTHIESEN, 2012, p.82)
Atividade 2- Estafeta 1
Alunos dispostos em colunas formando equipes com números iguais de
integrantes. À frente de cada equipe haverá um círculo traçado no solo com giz
e uma bolinha de borracha dentro dele. Ao sinal, o primeiro integrante correrá
até o círculo, pegará a bolinha, lançando-a ao próximo de sua equipe, antes de
permanecer dentro do círculo. Vence a equipe que ao final do jogo reunir todos
os integrantes da equipe dentro do círculo. (MATTHIESEN, 2012, p.87)
Atividade 3- Buscando o “jornal”
Duas equipes, dispostas em quatro colunas, formando duplas, nas quais
um será o “cão” e o outro o dono. Ao sinal, os donos deverão lançar uma
bolinha de jornal o mais distante possível para que o “cão” (da dupla
adversária) possa buscá-la. Marcará um ponto para a equipe o primeiro a
retornar com a bolinha de jornal para o “dono”. (MATTHIESEN, 2012, p.88)
Atividade 4- Boliche adaptado
Alunos dispostos em colunas, formando duas equipes com números
iguais de integrantes, de frente para dez garrafas PET com água formando um
triângulo. Cada integrante da equipe realizará um lançamento da pelota
tentando derrubar as garrafas, Marcará ponto quando derrubar uma garrafa
que poderá ter um rótulo com um determinado número de pontos. Vence a
equipe cujos integrantes acumularem um número maior de pontos.
(MATTHIESEN, 2012, p.96)
Atividade 5- Lançamento ao alvo
O professor deverá pendurar alguns arcos no travessão da goleira. Os
alunos deverão acertar o alvo que estará suspenso a uma certa distância dos
alunos. Poderá ser atribuída uma pontuação a quem acertar esse alvo.
(KIRSCH; KOCH E ORO, 1984, P. 131)
Atividade 6- Exercícios para estimular a habilidade do lançamento
6.1- Lançar a bola contra a parede e pegá-la;
6.2- Lançar a bola ao alto, rodar três vezes sobre seu próprio eixo e pegar a
bola;
6.3- Lançar uma bola contra o solo de maneira que a mesma salte e passe por
dentro de um arco segurado por um colega a uma distância de 4 metros.
(KIRSCH; KOCH E ORO, 1984, P. 130)
Atividade 7-Canhoneio
Essa atividade terá uma combinação de força e velocidade do
lançamento.
No centro de uma área delimitada pelo professor (10 largura e 12-20 de
comprimento) está colocado um medicinebol. Duas equipes se colocam atrás
de uma linha demarcatória, defrontando-se. Ao sinal do professor, tem início o
canhoneio, isto é, cada equipe tenta fazer o medicinebol ultrapassar a linha
adversária, por meio de fortes lançamentos de bolas menores (podem ser
usados diferentes tipos de bola). (KIRSCH; KOCH E ORO, 1984, P. 127-128)
Atividade 8-Queimada adaptada ao lançamento do dardo
Duas equipes, dispostas em campos opostos da quadra de voleibol. O
objetivo de jogo é que a equipe de posse de bola de meia consiga acertar os
adversários por meio de lançamentos que ocorrerão a partir da passada
cruzada do lançamento do dardo. Os alunos que forem acertados pela bola
deverão contornar a quadra, sendo que poderão permanecer na brincadeira,
executando o mesmo movimento. (MATTHIESEN, 2012, p.101)
Atividade 9- O túnel
Alunos dispostos em equipes com números iguais de participantes.
Cinco alunos segurarão um arco formando um túnel, ao final do qual haverá um
alvo fixo, na parede. O primeiro aluno da coluna distante 10 metros do túnel,
realizará o lançamento da bolinha de borracha fazendo com que esta passe
pelo túnel e atinja o alvo. Marca pontos a equipe que conseguir atingir o alvo na
parede. (MATTHIESEN, 2012, p.96)
Atividade 10- O cofre
Alunos dispostos em dois círculos, formando duas equipes, cujos
integrantes estarão numerados de 1 a 10. Um dos integrantes receberá a
senha com cinco números e uma bola de medicinebol de 1 Kg. Ao sinal, o
aluno iniciará os lançamentos lançando a bola para o primeiro número da
senha, dizendo os demais números na sequência para a realização dos demais
lançamentos. Marca ponto a equipe que terminar a senha primeiro.
(MATTHIESEN, 2012, p.95)
Obs.: Esta atividade será realizada em 06 horas aulas.
UNIDADE 05: ATIVIDADES COMPLEMENTARES NO
ATLETISMO - O MINIATLETISMO
ATIVIDADE 06: O MINIATLETISMO COMO FERRAMENTA MOTIVACIONAL
PARA O ATLETISMO ESCOLAR
OBJETIVO: Aplicar atividades de construção e desenvolvimento de
modalidades junto ao MINIATLETISMO, como forma motivacional da
modalidade do Atletismo.
PROCEDIMENTO: Em sala de aula, elaboração e desenvolvimento de
implementos junto aos alunos na forma de MINIATLETISMO.
ATIVIDADE: Desenvolver implementos do Atletismo.
Implementos confeccionados como material alternativo e que serão
utilizados no desenvolvimento do MINIATLETISMO:
1-Escada
1.1- atividade: Corrida em escada.
Breve descrição da atividade: Corrida de ida e volta em uma escada.
2- Corda
2.1- atividade: Salto com corda.
Breve descrição: Saltar corda (15 segundos)
3- Dardo
3.1- atividade: Lançamento do Dardo.
Breve descrição: Lançamento do dardo com um braço, com dardo para
crianças.
4- Medicinebol
4.1- atividade: Lançamento ajoelhado
Breve descrição: lançamento da medicinebol à distância com duas
mãos, em uma posição ajoelhada.
4.2- atividade: Lançamento para trás
Breve descrição: Lançamento do medicinebol à distância e para trás,
sob a cabeça.
5-Minitablado em forma de cruz
5.1- atividade: Saltos cruzados
Breve descrição: Saltos com os dois pés com mudanças de direção.
6- Arco
6.1- atividade: Salto em distância com corrida curta
Breve descrição: Saltar em distância com corrida curta dentro do arco.
7- Bastão, bandeirinhas para slalom e barreiras
7.1- atividade: Fórmula um
Breve descrição: Revezamento com uma combinação de corridas rasas,
corridas com barreiras e slalom em velocidade.
Após a confecção dos implementos alternativos, será promovida uma
atividade de encerramento em forma de competição entre equipes formadas na
turma, onde envolva todos os materiais, objetivando o desenvolvimento das
habilidades básicas do atletismo, divulgando a modalidade e vivenciando o
miniatletismo.
Obs.: Esta atividade será realizada em 06 horas aulas.
UNIDADE 6 – ENCERRANDO O PROJETO
ATIVIDADE 07 – AVALIAÇÃO FINAL (Pós-Teste)
OBJETIVO: Verificar o nível de aprendizagem adquirido pelos alunos após o
desenvolvimento das atividades propostas.
PROCEDIMENTO: Em sala de aula, reaplicação do Teste inicial.
ATIVIDADE:
1ª - Reaplicação do questionário inicial, para verificarmos o nível de
aprendizagem adquirido pelos participantes do projeto;
2ª - Avaliação escrita pela Direção da escola a respeito do Projeto;
3ª - Avaliação escrita pela Coordenação Pedagógica da escola a
respeito do Projeto;
OBS: Esta atividade equivale-se a 02 horas aulas
REFERÊNCIAS
BETTI, I. C. R. Esporte na escola: mas é só isso, professor? Revista Motriz, Rio Claro, v. 1, n. 1, p. 25-31, junho/1999.
MATTHIESEN, S. Q. Atletismo se aprende na escola. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 2ª Edição, 2009.
GOZZOLI, C. et all. MINIATLETISMO: Iniciação ao Esporte. Guia Prático de Atletismo para Crianças. CBAt, 1ª edição nacional, 2011. DARIDO, Suraya Cristina. Para ensinar educação física: Possibilidades de intervenção na escola/Suraya Cristina Darido, Osmar Moreira de Souza Júnior. - Campinas, SP: Papirus, 2007.
KIRSCK, A.; KOCH, K.; ORO, U. Antologia do atletismo: metodologia para iniciação em escolas e clubes. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Curitiba: Governo do estado do Paraná/Superintendência da Educação, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Salto com vara: Educação Física. Disponível em <http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/fotos.php?evento=5&start=20, acesso em 22/11/2013>. PERES, L.S. Apostila de Atletismo. UNIOESTE- Campus Marechal Cândido Rondon, 2006.