Dirigentes da Força Sindical decidiram ontem (dia 22), em reunião realizada
em São Paulo, lutar no Congresso Nacio-nal contra a Progressividade na aposen-tadoria estabelecida pela presidenta Dil-ma Rousseff na Medida Provisória (MP) nº 676, editada no dia 17 de junho. “O ponto negativo é a Progressividade”, declara Mi-guel Torres, presidente da Central.
Pela MP, os trabalhadores poderão se aposentar com 100% do valor do bene-fício até o fi nal de 2016. Em 2017, a soma do tempo de contribuição com as idades de mulheres e de homens sobe um ponto e chega a 86 (mulheres) e 96 (homens); em 2019 vai para 87/97; em 2020 fi ca em 88/98; em 2021 para 89/99 e, em 2022, fi ca em 90/100.
O deputado Paulo Pereira da Silva,
Eles consideram que a Progressividade acaba retirando os ganhos da fórmula 85/95
FÓRMULA 85/95
TrabalhoPublieditorial
A política econômica adotada pelo gover-no, com juros exagerados, infl ação crescente e impostos e encargos proibitivos, entre outros equívocos, vem, há tempos, penalizando a clas-se trabalhadora.
A Força Sindical sempre se posicionou contra-riamente às austeras decisões governamentais na condução da economia nacional, que colo-cam em risco a saúde fi nanceira das empresas e, consequentemente, aumentam o desem-prego no País – só em maio, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempre-gados), do MTE, foram demitidos mais de 115 mil
Desemprego em alta aumenta calote nas contas básicasOpinião
trabalhadores. E as altas das tarifas e da infl ação, com-binadas com o recuo da economia e a alta do desem-prego, estão fazendo com que famílias não paguem em dia suas despesas básicas, como por exemplo água, luz e telefone, promovendo um “rodízio de pagamentos”. Muita gente está reduzindo, inclusive, gêneros alimentí-cios, ou substituindo-os por outros mais em conta.
Aonde vamos parar, não sabemos. O que sabemos é que o governo tem de rever, com urgência, sua política econômica, baixar os juros, incentivar a produção e o consumo, coibir a rotatividade da mão de obra e inves-tir na indústria nacional, entre outras coisas. E a nossa pressão para que o governo aja vai continuar!
Paulinho da Força (Solidariedade-SP), in-formou na reunião que apresentou duas emendas na Câmara dos Deputados para mudar a Medida Provisória. Na primeira, ele propôs que a fórmula 85/95 entre em
vigor imediatamente. A segunda emen-da fi xa que a fórmula progrida um ponto a cada cinco anos, até chegar à proposta de 90/100, como quer o governo.
“Lutar contra a Progressividade e con-
tra o veto é garantir a fórmula 85/95”, destaca João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Central.
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, deu uma explicação de-talhada sobre a medida. “Precisamos ter muita atenção para esta medida da presidenta da República. Ela passou um melzinho na boca dos trabalhadores, que até o fi nal de 2016 poderão se aposentar com 100% do valor do benefício. Mas, na realidade, apenas 10% preenchem as condições para solicitar a aposentado-ria nesse período. Os outros 90% terão de trabalhar mais três anos, em média”, afi rma.
“A partir de 2017, quando será aplicada a Progressividade, aqueles que estarão na época de se aposentar não vão querer trabalhar mais três anos, e vão preferir o Fator Previdenciário, que achata o valor das aposentadorias em até 40%. Enfi m: fi ca tudo do mesmo tamanho com os trabalhadores usando o Fator”, observa Inocentini.
Centrais realizaram ato em Brasilia
Foto: Arquivo Força SindicalReunidas na sede do Dieese, em
São Paulo, as seis maiores Centrais Sindicais brasileiras decidiram inten-sifi car a luta contra a Progressividade, que diminui as vantagens da fórmula 85/95 e difi culta o acesso dos traba-lhadores brasileiros à aposentadoria. Veja, abaixo, a íntegra da Nota.
As Centrais Sindicais brasileiras – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – consideram que a fórmula 85/95 para as aposentado-
rias por tempo de contribuição é uma grande vitória da luta sindical.
Desde 1998, o Fator Previdenciá-rio tem reduzido signifi cativamente o valor das aposentadorias de milhares de trabalhadores. Com a nova regra, esses trabalhadores e trabalhadoras terão direito ao salário-benefício in-tegral.
Por isso, consideramos que, para os futuros aposentados, a nova regra restabelece a justiça previdenciária
no País.As Centrais Sindicais discordam da
Progressividade da fórmula na nova Medida Provisória encaminhada ao Congresso.
De forma unânime, as Centrais en-vidarão todos os esforços de nego-ciação da MP 676/15 e de tratamento do veto presidencial da MP 664/14, junto ao Congresso Nacional e ao Governo, para garantir a aplicação da fórmula 85/95 sem progressividade.
Para Miguel Torres, presidente da Força Sindical, “o ponto negativo é a Progressividade”
Foto: Jaélcio Sanatana
PREVIDÊNCIA
Em nota, Centrais Sindicais cobram aplicação da fórmula 85/95
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
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Sindicalistas intensificam luta contra a Progressividade
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