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Trabalho setores, a articulação com os Mi- nistérios do Trabalho e da Educação quanto à realização de cursos de qualificação, articulação com o Le- gislativo e o Executivo para a elabo- ração de lei que especifique o direito dos dirigentes sindicais de acom- panhar e fiscalizar as empresas em casos de acidente de trabalho e, também, a comprovação de que as normas regulamentadoras, como a NR 13, estejam sendo cumpridas. A categoria fará uma campanha para a implementação da cota mí- nima de 30% de mulheres na com- posição da diretoria, a criação do Departamento de Políticas para Mu- lheres nos Sindicatos filiados e a de- fesa do projeto de lei da Igualdade. Os químicos da Força Sindical organizaram um cronograma de ações que serão desenvolvidas nos próximos anos pelos dirigentes da categoria. O programa foi elabora- do durante Encontro realizado em Minas Gerais, sob a coordenação de Herbert Passos, presidente do Sin- dicato dos Químicos de Santos. A estratégia faz parte da decisão da Central de organizar os traba- lhadores por setores de atividades. Primeiro foi realizado um Encontro com palestrantes de diversas áreas e, depois, um debate sobre as difi- culdades em cada Estado. Segundo Sergio Luiz Leite, Ser- ginho, presidente da Fequimfar e 1º secretário nacional da Força Sindi- cal, “o Programa tem três vertentes: uma trata da organização dos traba- lhadores no local de trabalho, outra do ambiente do trabalho e a terceira da redução do tempo para a aposenta- doria de acordo com a necessidade”. “Queremos, ainda, uma PLR (Par- ticipação nos Lucros ou Resultados) que garanta, pelo menos, um salá- rio nominal da categoria”, destaca Passos. Hoje as empresas pagam dentre R$ 1 mil e R$ 30 mil. Quan- to à aposentadoria especial, expli- ca o dirigente, “é para evitar que os trabalhadores fiquem muito tempo em contato com produtos manipu- lados”. Os químicos querem licença-ma- ternidade de 180 dias para todos os Publieditorial youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br O programa foi elaborado durante Encontro entre dirigentes sindicais realizado em Belo Horizonte – MG O Brasil atravessa uma das piores crises política-econômica-social de sua história recente. Juros em pata- mares insustentáveis, uma tabela do IR na fonte que penaliza os tra- balhadores, desindustrialização e uma forte ameaça de desemprego, denúncias, descasos, a redução de representantes dos trabalhadores no Congresso após as últimas elei- ções, desvalorização das aposen- tadorias e dos salários, entre outras demandas, nos deixam apreensi- vos. Muito apreensivos! O movimento sindical, focando para 2015, vai ter de tomar atitudes mais contundentes na defesa dos direitos e para continuar avançando. Nossa organização e mobilização pela efetivação da Agenda da Clas- se Trabalhadora, que contempla a Pauta Trabalhista e o fortalecimento do parque industrial brasileiro, terão de ser intensificadas. Não podemos ficar de braços cruzados assistindo, impassíveis, a continuidade da estagnação eco- nômica – e suas consequências nocivas para o mercado de trabalho – e da falta de um projeto efetivo visando o nosso fortalecimento in- dustrial. A menção de novos impos- tos para realizar o ajuste fiscal pre- tende remeter aos trabalhadores a conta de algo que eles não con- sumiram. Jogar o ônus pela insta- bilidade econômica nas costas dos trabalhadores é muito fácil. Mas não vamos permitir, em hipótese algu- ma, que tal fato ocorra. O ano de 2015 promete! Miguel Torres Presidente da Força Sindical As demandas dos trabalhadores para 2015 OPINIÃO Herbert, com Serginho: “Aposentadoria especial para evitar muito tempo em contato com produtos manipulados” QUÍMICOS Reunião entre Fetiasp, Sindicatos e bancada patronal fecha acordo do Trigo Foto: Arquivo Fetiasp Foto: Arquivo Fequimfar Os trabalhadores do Trigo do Esta- do conquistaram reajuste de 8% nes- ta Campanha Salarial do setor (1,66% de aumento real). “Foram apenas duas negociações, mas muito difí- ceis. Tanto que se prolongou por um mês após a data-base (1º de novem- bro)”, disse Artur Bueno Júnior, pre- ALIMENTAÇÃO Trabalhadores do setor do Trigo têm reajuste de 8% sidente do Sindicato da Alimentação de Limeira e coordenador de nego- ciação do setor na Federação da Ali- mentação (Fetiasp). Outras conquistas foram: cesta básica de R$ 130, multa de 90% para empresas que não estabeleceram metas para a PLR correspondente a 90% do valor do salário normativo (R$ 1.335,15), vale-refeição de R$ 18,00 e desjejum de R$ 4, no início de cada turno. Trabalhadores e os patrões que compuseram a bancada nas nego- ciações também recomendaram às empresas que não concedem a cesta natalina que passem a fornecer o be- nefício. As partes sugerem também melhorar os planos de saúde. Dirigentes definem ações para o setor

Página Sindical do Diário de São Paulo - 10 de dezembro de 2014 - Força Sindical

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Destaques - Químicos: 'Dirigentes definem ações para o setor'; Miguel Torres: 'As demandas dos trabalhadores para 2015'; Alimentação: 'Trabalhadores do setor do Trigo têm reajuste de 8%'

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - 10 de dezembro de 2014 - Força Sindical

Trabalho

setores, a articulação com os Mi-nistérios do Trabalho e da Educação quanto à realização de cursos de qualificação, articulação com o Le-gislativo e o Executivo para a elabo-ração de lei que especifique o direito dos dirigentes sindicais de acom-panhar e fiscalizar as empresas em casos de acidente de trabalho e, também, a comprovação de que as normas regulamentadoras, como a NR 13, estejam sendo cumpridas.

A categoria fará uma campanha para a implementação da cota mí-nima de 30% de mulheres na com-posição da diretoria, a criação do Departamento de Políticas para Mu-lheres nos Sindicatos filiados e a de-fesa do projeto de lei da Igualdade.

Os químicos da Força Sindical organizaram um cronograma de

ações que serão desenvolvidas nos próximos anos pelos dirigentes da categoria. O programa foi elabora-do durante Encontro realizado em Minas Gerais, sob a coordenação de Herbert Passos, presidente do Sin-dicato dos Químicos de Santos.

A estratégia faz parte da decisão da Central de organizar os traba-lhadores por setores de atividades. Primeiro foi realizado um Encontro com palestrantes de diversas áreas e, depois, um debate sobre as difi-culdades em cada Estado.

Segundo Sergio Luiz Leite, Ser-ginho, presidente da Fequimfar e 1º secretário nacional da Força Sindi-

cal, “o Programa tem três vertentes: uma trata da organização dos traba-lhadores no local de trabalho, outra do ambiente do trabalho e a terceira da redução do tempo para a aposenta-doria de acordo com a necessidade”.

“Queremos, ainda, uma PLR (Par-ticipação nos Lucros ou Resultados) que garanta, pelo menos, um salá-rio nominal da categoria”, destaca Passos. Hoje as empresas pagam dentre R$ 1 mil e R$ 30 mil. Quan-to à aposentadoria especial, expli-ca o dirigente, “é para evitar que os trabalhadores fiquem muito tempo em contato com produtos manipu-lados”.

Os químicos querem licença-ma-ternidade de 180 dias para todos os

Publieditorial

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O programa foi elaborado durante Encontro entre dirigentes sindicais realizado em Belo Horizonte – MG

O Brasil atravessa uma das piores crises política-econômica-social de sua história recente. Juros em pata-mares insustentáveis, uma tabela do IR na fonte que penaliza os tra-balhadores, desindustrialização e uma forte ameaça de desemprego, denúncias, descasos, a redução de representantes dos trabalhadores no Congresso após as últimas elei-ções, desvalorização das aposen-tadorias e dos salários, entre outras demandas, nos deixam apreensi-vos. Muito apreensivos!

O movimento sindical, focando para 2015, vai ter de tomar atitudes mais contundentes na defesa dos direitos e para continuar avançando. Nossa organização e mobilização pela efetivação da Agenda da Clas-se Trabalhadora, que contempla a Pauta Trabalhista e o fortalecimento do parque industrial brasileiro, terão de ser intensifi cadas.

Não podemos fi car de braços cruzados assistindo, impassíveis, a continuidade da estagnação eco-nômica – e suas consequências nocivas para o mercado de trabalho – e da falta de um projeto efetivo visando o nosso fortalecimento in-dustrial. A menção de novos impos-tos para realizar o ajuste fi scal pre-tende remeter aos trabalhadores a conta de algo que eles não con-sumiram. Jogar o ônus pela insta-bilidade econômica nas costas dos trabalhadores é muito fácil. Mas não vamos permitir, em hipótese algu-ma, que tal fato ocorra.

O ano de 2015 promete!

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

As demandas dos trabalhadores para 2015

OPINIÃO

Herbert, com Serginho: “Aposentadoria especial para evitar muito tempo em contato com produtos manipulados”

QUÍMICOS

Reunião entre Fetiasp, Sindicatos e bancada patronal fecha acordo do Trigo

Foto: Arquivo Fetiasp

Foto: Arquivo Fequimfar

Os trabalhadores do Trigo do Esta-do conquistaram reajuste de 8% nes-ta Campanha Salarial do setor (1,66% de aumento real). “Foram apenas duas negociações, mas muito difí-ceis. Tanto que se prolongou por um mês após a data-base (1º de novem-bro)”, disse Artur Bueno Júnior, pre-

ALIMENTAÇÃO

Trabalhadores do setor do Trigo têm reajuste de 8%

sidente do Sindicato da Alimentação de Limeira e coordenador de nego-ciação do setor na Federação da Ali-

mentação (Fetiasp).Outras conquistas foram: cesta

básica de R$ 130, multa de 90% para empresas que não estabeleceram metas para a PLR correspondente a 90% do valor do salário normativo (R$ 1.335,15), vale-refeição de R$ 18,00 e desjejum de R$ 4, no início de cada turno.

Trabalhadores e os patrões que compuseram a bancada nas nego-ciações também recomendaram às empresas que não concedem a cesta natalina que passem a fornecer o be-nefício. As partes sugerem também melhorar os planos de saúde.

Dirigentes definem ações para o setor