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TR; no segundo ano em 4,75%, mais a TR; no terceiro ano em 5,5%, mais a TR; e, no quarto ano, ou seja, em 2019, passarão a ser reajustados pelas mesmas regras que remuneram a caderneta de poupança, que hoje está em 6,17%, mais a TR. Paulinho da Força ressalta que a pro- posta aprovada ainda não é a ideal, mas que não deixa de ser uma importante con- quista. “Foi mais uma vitória dos trabalha- dores, que merecem ser remunerados de forma mais justa. Para isto, vamos conti- nuar nossa luta no Congresso Nacional por mais direitos”, afirma, o deputado. A proposta apresentada no 1º de Maio da Força Sindical foi aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados no úl- timo dia 18. Trata-se do Projeto de Lei (PL) nº 1.358/15, de autoria do deputado fede- ral Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que reajusta o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) com índices superiores aos atuais. Agora, o Projeto será enviado para ser apreciado pelo Senado. “Queremos sensibilizar os senadores para colocar o Projeto na pauta de vota- ção no plenário e para aprová-lo”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindi- cal. Ao lado de dezenas de trabalhadores, Miguel comandou a pressão feita pelos sindicalistas para que haja acordo entre os Poderes Executivo e Legislativo sobre a questão da remuneração do Fundo de Garantia. “A ação da Força Sindical foi fundamen- tal para que o projeto fosse aprovado na Câmara Federal. Os Sindicatos filiados ti- veram participação efetiva nesta pressão. Sem a participação dos representantes das mais diversas categorias profissionais, a mobilização não teria a força necessária”, afirma o presidente da Central. Durante a votação do texto na Câmara, as galerias foram ocupadas por sindicalis- tas da Força Sindical. “A Central foi a Brasília por várias vezes, e, graças a esta grande mobilização, conseguimos sensibilizar os parlamentares a votar favoravelmente à aprovação da matéria, o que vai garantir um reajuste mais digno para o FGTS”, dis- se Miguel, que afirmou, ainda, que a luta vai continuar no Senado e que os Sindicatos da Força vão continuar pressionando. Pelo texto aprovado e negociado com o governo, em 2016 os novos depósitos do FGTS serão corrigidos em 4%, mais a Na foto maior, Quirino (com o microfone): “Esta será a Década Internacional dos Afrodescendentes”. No destaque representantes do Inspir, da Força e das demais Centrais. Foto: Jaélcio Santana Foto: Arquivo Força Sindical Foto: Agência Câmara O Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial (Inspir) lançará uma cam- panha contra toda e qualquer forma de violência em relação à juventude negra, contra a maioridade penal e em favor da emancipação do direito da juventude, ou seja: o Estado garantir lazer, educação e esporte. A decisão foi tomada na Confe- rência Continental de Combate ao Racis- mo no Mundo do Trabalho, realizada em São Paulo, com a participação da Força Sindical, demais centrais, entidades inter- nacionais e representantes de países da América. De acordo com a agenda da ONU (Orga- nização das Nações Unidas), o período de 2015 a 2024 será a ‘Década Internacional dos Afrodescendentes’, diz Francisco Quin- tino, presidente do Inspir e do Sindicato dos Químicos de Rio Claro, associado à Força Sindical. Ele adiantou que o Inspir divulgará nota de repúdio contra os assassinatos de jovens em Osasco e Barueri, e de haitianos no bairro do Glicério, em São Paulo. Nossa luta, agora, é no Senado! Força quer sensibilizar os senadores para que votem a favor do PL que aplica ao FGTS a mesma remuneração da poupança Dados alarmantes divulgados nesta 5ª feira, 20, pelo IBGE, nos dão conta de que o desempre- go, superando as expectativas, alcançou a casa de 7,5% apenas neste mês de julho – a 7ª alta consecutiva em 2015 e a maior taxa em mais de 5 anos (desde junho de 2010 a taxa não chegava a 7%). Em junho deste ano o de- semprego foi de 6,9%. E o aumento do desempre- go tem dois fatores principais: o primeiro é a política econômica desacertada e recessiva que o governo insiste em manter, com juros abusivos, inflação alta, cré- dito caro e a falta de investimen- tos na indústria nacional como forma de combater a desindus- trialização, gerar empregos e in- centivar a produção e o consumo. O outro é que cresceu o número de pessoas procurando empre- go, mas o mercado, em função da crise, além de não gerar pos- tos de trabalho suficientes para suprir esta demanda, ainda vem demitindo. O fato é que, enquanto o go- verno não rever seus concei- tos quanto à política econômica adotada, seguir privilegiando os especuladores, não investir na indústria nacional para garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos por elas mantidos e não elaborar políticas voltadas ao desenvolvimento econômico, as coisas tendem a piorar. E aí, aonde vamos parar? Taxa de desemprego sobe outra vez: 7,5%. Aonde vamos parar? Campanha em repúdio à violência contra juventude negra OPINIÃO Na abertura do evento, o deputado Adal- berto Galvão, o Bebeto, observou que: “Neste momento em que a Força Sindical ocupa a Presidência do Instituto (que é rotativa), é oportuno desenvolver ações unitárias”. “Abrimos espaço para os jovens discuti- rem a situação que vivenciam diariamente e deixamos que eles apontassem as polí- ticas que querem para uma vida melhor”, declara Quintino. A Central tem dois re- presentantes no Comitê de Juventude do Instituto: Yara Pereira da Silva, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e Antonio Francisco da Silva, diretor do Sindi- cato dos Metalúrgicos de Guarulhos. “O próximo evento acontecerá em 18 de novembro, quando será realizada, em Brasília, a passeata das mulheres negras”, afirma Maria Rosangela Lopes, presiden- ta do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rita do Sapucaí. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Trabalho Publieditorial REAJUSTE DO FGTS AFRODESCENDENTES Miguel Torres: “A Força vai continuar a luta no Senado pela aprovação do Projeto de Lei” Deputado Paulinho, autor do Projeto de Lei nº 1.358/15 Foto: Arquivo Força sindical www.fsindical.org.br facebook.com/CentralSindical twitter.com/centralsindical

Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 21 de agosto de 2015

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Page 1: Página Sindical do Diário de São Paulo - Força Sindical - 21 de agosto de 2015

TR; no segundo ano em 4,75%, mais a TR; no terceiro ano em 5,5%, mais a TR; e, no quarto ano, ou seja, em 2019, passarão a ser reajustados pelas mesmas regras que remuneram a caderneta de poupança, que hoje está em 6,17%, mais a TR.

Paulinho da Força ressalta que a pro-posta aprovada ainda não é a ideal, mas que não deixa de ser uma importante con-quista. “Foi mais uma vitória dos trabalha-dores, que merecem ser remunerados de forma mais justa. Para isto, vamos conti-nuar nossa luta no Congresso Nacional por mais direitos”, afi rma, o deputado.

A proposta apresentada no 1º de Maio da Força Sindical foi aprovada pelo

plenário da Câmara dos Deputados no úl-timo dia 18. Trata-se do Projeto de Lei (PL) nº 1.358/15, de autoria do deputado fede-ral Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que reajusta o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) com índices superiores aos atuais. Agora, o Projeto será enviado para ser apreciado pelo Senado.

“Queremos sensibilizar os senadores para colocar o Projeto na pauta de vota-ção no plenário e para aprová-lo”, declara Miguel Torres, presidente da Força Sindi-cal. Ao lado de dezenas de trabalhadores, Miguel comandou a pressão feita pelos sindicalistas para que haja acordo entre

os Poderes Executivo e Legislativo sobre a questão da remuneração do Fundo de Garantia.

“A ação da Força Sindical foi fundamen-tal para que o projeto fosse aprovado na Câmara Federal. Os Sindicatos fi liados ti-veram participação efetiva nesta pressão. Sem a participação dos representantes das mais diversas categorias profi ssionais, a mobilização não teria a força necessária”, afi rma o presidente da Central.

Durante a votação do texto na Câmara, as galerias foram ocupadas por sindicalis-tas da Força Sindical. “A Central foi a Brasília por várias vezes, e, graças a esta grande mobilização, conseguimos sensibilizar os parlamentares a votar favoravelmente à aprovação da matéria, o que vai garantir um reajuste mais digno para o FGTS”, dis-se Miguel, que afi rmou, ainda, que a luta vai continuar no Senado e que os Sindicatos da Força vão continuar pressionando.

Pelo texto aprovado e negociado com o governo, em 2016 os novos depósitos do FGTS serão corrigidos em 4%, mais a

Na foto maior, Quirino (com o microfone): “Esta será a Década Internacional dos Afrodescendentes”. No destaque representantes do Inspir, da Força e das demais Centrais.Fo

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O Instituto Sindical Interamericano pela Igualdade Racial (Inspir) lançará uma cam-panha contra toda e qualquer forma de violência em relação à juventude negra, contra a maioridade penal e em favor da emancipação do direito da juventude, ou seja: o Estado garantir lazer, educação e esporte. A decisão foi tomada na Confe-rência Continental de Combate ao Racis-mo no Mundo do Trabalho, realizada em São Paulo, com a participação da Força Sindical, demais centrais, entidades inter-nacionais e representantes de países da América.

De acordo com a agenda da ONU (Orga-nização das Nações Unidas), o período de 2015 a 2024 será a ‘Década Internacional dos Afrodescendentes’, diz Francisco Quin-tino, presidente do Inspir e do Sindicato dos Químicos de Rio Claro, associado à Força Sindical. Ele adiantou que o Inspir divulgará nota de repúdio contra os assassinatos de jovens em Osasco e Barueri, e de haitianos no bairro do Glicério, em São Paulo.

Nossa luta, agora, é no Senado!Força quer sensibilizar os senadores para que votem a favor do PL que aplica ao FGTS a mesma remuneração da poupança

Dados alarmantes divulgados nesta 5ª feira, 20, pelo IBGE, nos dão conta de que o desempre-go, superando as expectativas, alcançou a casa de 7,5% apenas neste mês de julho – a 7ª alta consecutiva em 2015 e a maior taxa em mais de 5 anos (desde junho de 2010 a taxa não chegava a 7%). Em junho deste ano o de-semprego foi de 6,9%.

E o aumento do desempre-go tem dois fatores principais: o primeiro é a política econômica desacertada e recessiva que o governo insiste em manter, com juros abusivos, infl ação alta, cré-dito caro e a falta de investimen-tos na indústria nacional como forma de combater a desindus-trialização, gerar empregos e in-centivar a produção e o consumo. O outro é que cresceu o número de pessoas procurando empre-go, mas o mercado, em função da crise, além de não gerar pos-tos de trabalho sufi cientes para suprir esta demanda, ainda vem demitindo.

O fato é que, enquanto o go-verno não rever seus concei-tos quanto à política econômica adotada, seguir privilegiando os especuladores, não investir na indústria nacional para garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos por elas mantidos e não elaborar políticas voltadas ao desenvolvimento econômico, as coisas tendem a piorar. E aí, aonde vamos parar?

Taxa de desemprego sobe outra vez: 7,5%. Aonde vamos parar?

Campanha em repúdio à violência contra juventude negra

OPINIÃO

Dados alarmantes divulgados nesta 5ª feira, 20, pelo IBGE, nos dão conta de que o desempre-go, superando as expectativas, alcançou a casa de 7,5% apenas neste mês de julho – a 7ª alta consecutiva em 2015 e a maior taxa em mais de 5 anos (desde junho de 2010 a taxa não chegava a 7%). Em junho deste ano o de-semprego foi de 6,9%.

E o aumento do desempre-go tem dois fatores principais: o primeiro é a política econômica desacertada e recessiva que o governo insiste em manter, com juros abusivos, infl ação alta, cré-dito caro e a falta de investimen-tos na indústria nacional como forma de combater a desindus-trialização, gerar empregos e in-centivar a produção e o consumo. O outro é que cresceu o número de pessoas procurando empre-go, mas o mercado, em função da crise, além de não gerar pos-tos de trabalho sufi cientes para suprir esta demanda, ainda vem demitindo.

O fato é que, enquanto o go-verno não rever seus concei-tos quanto à política econômica adotada, seguir privilegiando os especuladores, não investir na indústria nacional para garantir a sobrevivência das empresas e dos empregos por elas mantidos e não elaborar políticas voltadas ao desenvolvimento econômico, as coisas tendem a piorar. E aí, aonde vamos parar?

Taxa de desemprego sobe outra vez: 7,5%. Aonde vamos parar?

Na abertura do evento, o deputado Adal-berto Galvão, o Bebeto, observou que: “Neste momento em que a Força Sindical ocupa a Presidência do Instituto (que é rotativa), é oportuno desenvolver ações unitárias”.

“Abrimos espaço para os jovens discuti-rem a situação que vivenciam diariamente e deixamos que eles apontassem as polí-ticas que querem para uma vida melhor”, declara Quintino. A Central tem dois re-

presentantes no Comitê de Juventude do Instituto: Yara Pereira da Silva, diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e Antonio Francisco da Silva, diretor do Sindi-cato dos Metalúrgicos de Guarulhos.

“O próximo evento acontecerá em 18 de novembro, quando será realizada, em Brasília, a passeata das mulheres negras”, afi rma Maria Rosangela Lopes, presiden-ta do Sindicato dos Metalúrgicos de Santa Rita do Sapucaí.

Miguel TorresPresidente

da Força Sindical

TrabalhoPublieditorial

Miguel Torres

da Força Sindical

REAJUSTE DO FGTS

AFRODESCENDENTES

Miguel Torres: “A Força vai continuar a luta no Senado pela aprovação do Projeto de Lei”

Deputado Paulinho, autor do Projeto de Lei nº 1.358/15

Foto: Arquivo Força sindical

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