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Central assume a coordenação do Fórum Trabalho também a sua contrapartida”. Para ele, “o que mais impressiona é o fato de o ministro Mantega, que se encontra de aviso prévio, já que a presidenta Dilma avisou que irá demiti-lo, continuar aju- dando apenas os empresários. Cada vez que o governo se utiliza dessa prá- tica, ele acaba se distanciando mais dos trabalhadores”. “O governo precisa parar de dar atenção somente aos empresários e voltar seus olhos também para as demandas dos trabalhadores. Estamos em ano eleito- ral e, quanto mais aumenta a distância entre o governo e o conjunto dos traba- lhadores, mais difíceis tendem a ficar as coisas”, finaliza Torres. A reunião do ministro Guido Man- tega, da Fazenda, com executivos de grandes empresas, provocou a in- dignação dos dirigentes sindicais que, desde 2010 reivindicam – sem que se- jam atendidos – a Pauta Trabalhista, um conjunto de reivindicações retiradas pe- los trabalhadores da “Agenda da Classe Trabalhadora”, no qual se destacam a revogação do Fator Previdenciário (que impede o trabalhador de aposentar-se mais cedo), a redução da jornada sema- nal de trabalho de 44 para 40 horas, o fim da terceirização, a correção da tabe- la do Imposto de Renda na fonte, a dimi- nuição da taxa de juros, a inclusão social e a promoção da igualdade de gêneros e racial, entre outras. “Enquanto o ministro se reúne com os tubarões o povo tem de se contentar com as sardinhas”, destaca Miguel Tor- res, presidente da Força Sindical, ao co- mentar a decisão da Central de promo- ver uma sardinhada em protesto contra a decisão do ministro da Fazenda de debater com o empresariado a conjun- tura e as perspectivas para a economia brasileira. O ato foi realizado em frente ao escritório da CNI (Confederação Na- cional da Indústria), em São Paulo, no bairro do Brooklin Novo. Miguel esclarece que “os trabalhadores não são contrários ao governo reunir- se com os empresários, mas querem Publieditorial No próximo dia 18 será realizada, na sede do Dieese, reunião extraordinária do Fórum Nacional de Saúde do Trabalhador das Cen- trais, que, entre setembro e fevereiro, será coordenado pela Força Sindical. “A coorde- nação é em sistema de rodízio, e todas as decisões são tomadas em consenso”, ex- plica Arnaldo Gonçalves, secretário nacional da Força na área de Saúde e Segurança. Segundo o sindicalista, a Central irá propor na reunião do Fórum que conste da pauta prioritária, além da revisão do Plansat (Pla- no Nacional de Segurança e Saúde do Tra- youtube.com/user/centralsindical facebook.com/CentralSindical flickr.com/photos/forca_sindical [email protected] twitter.com/centralsindical fsindical.org.br Força protesta contra reunião entre Mantega e patrões Trabalhadores da Central querem que o governo dê atenção as suas demandas SAÚDE E SEGURANÇA Gonçalves: “Coordenação em sistema de rodízio e decisões em consenso” Foto: TIiago Santana A Força Sindical sempre priori- zou a qualificação profissional como fator determinante para o crescimento dos trabalhado- res e sua consequente melho- ria na qualidade de vida. É sabido que, no mundo globa- lizado de hoje, com as constan- tes transformações em todos os ramos de atividade – o que torna o mercado de trabalho mais exigente e competitivo a cada dia –, é imperativa a exis- tência de profissionais cada vez mais capacitados para su- prir os desafios que se apre- sentam. E a qualificação e requalifica- ção profissionais, ainda, não devem se restringir apenas aos cursos de formação profissio- nal. O trabalhador deve levar em conta todos os níveis de aprendizado, do básico à gra- duação, especialização, ofici- nas etc. Enfim, utilizar todos os recursos disponíveis para acumular conhecimentos que atendam aos altos padrões de exigência do mercado. Um trabalhador qualificado re- cebe salário melhor, aumen- ta sua autoestima, cumpre jornada menos exaustiva. A qualificação profissional faz, inclusive, com que o número de acidentes de trabalho seja reduzido. Hoje, vagas de traba- lho não são preenchidas justa- mente por falta de mão de obra especializada, e este quadro precisa ser revertido. Qualificar os trabalhadores e adequá-los ao novo cenário in- dustrial que se apresenta é um desafio que precisa ser vencido. Miguel Torres Presidente da Força Sindical Qualificação profissional: um desafio a ser vencido OPINIÃO Foto: TIiago Santana PROTESTO balhador), os projetos que serão executados nos próximos cinco anos antes da Comissão Tripartite Paritária e Permanente de Saúde e Segurança do Trabalhador. A Força irá propor também que, juntas, as Cen- trais avaliem o novo estatuto da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat e Figueiredo), que pas- sa por mudanças. Os trabalhadores pleiteiam que a indicação do presidente da instituição seja feita por meio de lista tríplice apresentada pelo Conselho Curador da Fundação, abandonando o modelo antigo, que era por indicação direta do ministro do Trabalho. Miguel: “Não somos contra o governo reunir-se com os empresarios, mas queremos contrapartida”

Pagina sindical do Diário de SP - 16 de setembro de 2014 - Força Sindical

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Destaques: Saúde e segurança: 'Central assume a coordenação do Fórum'; Protesto: 'Força protesta contra reunião entre Mantega e patrões'; Opinião Miguel Torres: 'Qualificação profissional: um desafio a ser vencido'

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Page 1: Pagina sindical do Diário de SP - 16 de setembro de 2014 - Força Sindical

Central assume a coordenação do Fórum

Trabalho

também a sua contrapartida”. Para ele, “o que mais impressiona é o fato de o ministro Mantega, que se encontra de aviso prévio, já que a presidenta Dilma avisou que irá demiti-lo, continuar aju-dando apenas os empresários. Cada vez que o governo se utiliza dessa prá-tica, ele acaba se distanciando mais dos trabalhadores”.“O governo precisa parar de dar atenção somente aos empresários e voltar seus olhos também para as demandas dos trabalhadores. Estamos em ano eleito-ral e, quanto mais aumenta a distância entre o governo e o conjunto dos traba-lhadores, mais difíceis tendem a ficar as coisas”, finaliza Torres.

A reunião do ministro Guido Man-tega, da Fazenda, com executivos

de grandes empresas, provocou a in-dignação dos dirigentes sindicais que, desde 2010 reivindicam – sem que se-jam atendidos – a Pauta Trabalhista, um conjunto de reivindicações retiradas pe-los trabalhadores da “Agenda da Classe Trabalhadora”, no qual se destacam a revogação do Fator Previdenciário (que impede o trabalhador de aposentar-se mais cedo), a redução da jornada sema-nal de trabalho de 44 para 40 horas, o fim da terceirização, a correção da tabe-la do Imposto de Renda na fonte, a dimi-nuição da taxa de juros, a inclusão social e a promoção da igualdade de gêneros e

racial, entre outras.“Enquanto o ministro se reúne com os tubarões o povo tem de se contentar com as sardinhas”, destaca Miguel Tor-res, presidente da Força Sindical, ao co-mentar a decisão da Central de promo-ver uma sardinhada em protesto contra a decisão do ministro da Fazenda de debater com o empresariado a conjun-tura e as perspectivas para a economia brasileira. O ato foi realizado em frente ao escritório da CNI (Confederação Na-cional da Indústria), em São Paulo, no bairro do Brooklin Novo. Miguel esclarece que “os trabalhadores não são contrários ao governo reunir-se com os empresários, mas querem

Publieditorial

No próximo dia 18 será realizada, na sede do Dieese, reunião extraordinária do Fórum Nacional de Saúde do Trabalhador das Cen-trais, que, entre setembro e fevereiro, será coordenado pela Força Sindical. “A coorde-nação é em sistema de rodízio, e todas as decisões são tomadas em consenso”, ex-plica Arnaldo Gonçalves, secretário nacional da Força na área de Saúde e Segurança.Segundo o sindicalista, a Central irá propor na reunião do Fórum que conste da pauta prioritária, além da revisão do Plansat (Pla-no Nacional de Segurança e Saúde do Tra-

youtube.com/user/centralsindical

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fsindical.org.br

Força protesta contra reuniãoentre Mantega e patrõesTrabalhadores da Central querem que o governo dê atenção as suas demandas

SAÚDE E SEGURANÇA

Gonçalves: “Coordenação em sistema de rodízio e decisões em consenso”

Foto: TIiago Santana

A Força Sindical sempre priori-zou a qualificação profissional como fator determinante para o crescimento dos trabalhado-res e sua consequente melho-ria na qualidade de vida.É sabido que, no mundo globa-lizado de hoje, com as constan-tes transformações em todos os ramos de atividade – o que torna o mercado de trabalho mais exigente e competitivo a cada dia –, é imperativa a exis-tência de profissionais cada vez mais capacitados para su-prir os desafios que se apre-sentam.E a qualificação e requalifica-ção profissionais, ainda, não devem se restringir apenas aos cursos de formação profissio-nal. O trabalhador deve levar em conta todos os níveis de aprendizado, do básico à gra-duação, especialização, ofici-nas etc. Enfim, utilizar todos os recursos disponíveis para acumular conhecimentos que atendam aos altos padrões de exigência do mercado.Um trabalhador qualificado re-cebe salário melhor, aumen-ta sua autoestima, cumpre jornada menos exaustiva. A qualificação profissional faz, inclusive, com que o número de acidentes de trabalho seja reduzido. Hoje, vagas de traba-lho não são preenchidas justa-mente por falta de mão de obra especializada, e este quadro precisa ser revertido.Qualificar os trabalhadores e adequá-los ao novo cenário in-dustrial que se apresenta é um desafio que precisa ser vencido.

Miguel TorresPresidente da Força Sindical

Qualificação profissional: um desafio a ser vencido

OPINIÃO

Foto: TIiago SantanaPROTESTO

balhador), os projetos que serão executados nos próximos cinco anos antes da Comissão Tripartite Paritária e Permanente de Saúde e Segurança do Trabalhador.A Força irá propor também que, juntas, as Cen-trais avaliem o novo estatuto da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat e Figueiredo), que pas-sa por mudanças. Os trabalhadores pleiteiam que a indicação do presidente da instituição seja feita por meio de lista tríplice apresentada pelo Conselho Curador da Fundação, abandonando o modelo antigo, que era por indicação direta do ministro do Trabalho.

Miguel: “Não somos contra o governo reunir-se com os empresarios, mas queremos contrapartida”