PAINEL: REDE DE CUIDADOS DE ESTOMATERAPIA NO SUS
O olhar do especialista
ET Aline Lino Balista
Enfermeira Estomaterapeuta pela UNITAU
Especialista em Saúde da Família pela UNIFESP
Mestranda em Saúde Coletiva pela EEUSP
Professor Auxiliar I na UNITAU na Disciplina Saúde Coletiva do Dpato de Medicina
O olhar do especialista
Estomaterapia: Avanços e Desafios
SUS : Avanços e Desafios
Tajetória Profissional
• Criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, para ser o
sistema de saúde dos mais de 180 milhões de brasileiros;
• O maior empregador dos profissionais de saúde;
• Expansão de 51.6 % para 75% de cobertura da população brasileira
(25% cobertura por planos privados de saúde);
• Defesa do acesso universal à saúde como direito (Redes de
Atenção á Saude – RASs).
SUS
portalsaude.saude.gov.br
• Enfermagem – maior contingente de trabalhores no SUS;
• Compreensão o modelo de organização do
trabalho que considera o direito à saúde para o
conjunto da população.
Acioli S. David HL. Garcez J. Enfermagem em defesa do SUS: construindo a
15ª Conferencia Nacional de Saúde.
Redes de Atenção á Saude – RASs
• Níveis de atenção à saúde - arranjos produtivos
conformados segundo as densidades tecnológicas singulares.
Menor densidade a APS (ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE)
Densidade tecnológica intermediária atenção secundária à saúde
Até o de maior densidade tecnológica atenção terciária à saúde.
Os pontos de atenção à saúde se distribuem, espacialmente, de acordo
com o processo de territorialização.Mendes, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça
Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.
• As redes são novas formas de organização social, do Estado ou da
sociedade, intensivas em tecnologia de informação e baseadas na
cooperação entre unidades dotadas de autonomia. Diferentes
conceitos coincidem em elementos comuns das redes:
relações relativamente estáveis,
autonomia,
inexistência de hierarquia,
compartilhamento de objetivos comuns,
cooperação,
confiança,
interdependência e intercâmbio constante e duradouro de recursos.
Mendes, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça
Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.
Mendes, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça
Mendes. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.
• A assistência à saúde, nos níveis de especialidades, apoio diagnóstico
e terapêutico, média e alta complexidade, em geral são um ponto
importante de estrangulamento dos serviços de saúde.
• De um lado, os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) convivem
com uma grande pressão de demanda por estes recursos assistenciais,
à qual não se consegue responder, gerando muitas vezes longas filas
de espera para alguns procedimentos. Por outro, estes serviços
representam vultosos gastos para o orçamento da saúde.
• Condera-se que se vive hoje um estrangulamento grave no acesso
aos serviços especializados de atenção secundária no SUS.
Reflexões
Merhy EE, Franco TB, Júnior HMM. Integralidade e transversalidade das necessidades de saúde nas
linhas de cuidado. Movimentos moleculares na micropolítica do trabalho em saúde.
APS como ela pode contribuir ou não para uma melhor
performance da assistência especializada ?
Uma maior resolutividade da assistência prestada em nível das Unidades
Básicas de Saúde poderá reduzir a demanda por consultas
especializadas e exames, especialmente os de maior complexidade,
reservando os recursos públicos para garantir os procedimentos
realmente necessários.
Atualmente, parte dos encaminhamentos feitos por médicos da rede
básica a especialistas, não esgotam todos os recursos assistenciais
disponíveis na Unidade Básica.
Reflexões
Merhy EE, Franco TB, Júnior HMM. Integralidade e transversalidade das necessidades de saúde nas
linhas de cuidado. Movimentos moleculares na micropolítica do trabalho em saúde.
Integralidadeunificar ações preventivas, curativas e de reabilitação; acesso
(Franco, Franco, 2012)
Para Cecílio e Merry, define-se como: “…complexa trama de
atos, de procedimentos, de fluxos, de rotinas, de saberes,
num processo dialético de complementação, mas também
de disputa, que compõem o que entendemos como cuidado
em saúde. A maior ou menor integralidade da atenção
recebida resulta, em boa medida, na forma como se
articulam as práticas dos trabalhadores”. (Cecílio, Merhy, 2003)
INTRODUÇÃO
COMO PODEMOS CONTRIBUIR?Reflexões ainda preliminares
• GT da qualidade das bolsas de estomia
• GT para elaboração das “Diretrizes de Atenção à
Pessoa com estomia”
Coordenação-Geral de Saúde Pessoa com
Deficiência/DAPES/SAS/MS
Ministério da Saúde
COMO PODEMOS CONTRIBUIR?
Sobre a Linha de Cuidado (LC)
Linha de Cuidado X Protocolos de Cuidado
INTRODUÇÃO
Protocolos de Cuidado à Saúde
•Importantes instrumentos orientados por diretrizes clínicas
de natureza técnica, organizacional e política; (Werneck, 2009)
•Autonomia dos municípios; (Dantas, Torres, Dantas, 2011)
•Limitações; Não descrevem recursos e condutas que
são disponíveis em diferentes níveis de assistência.
Linha de Cuidado (LC)
Imagem que expressa os fluxos assistências seguros e garantidos aos
ususário; (Franco, Franco, 2012)
Inclui segmentos – entidades comunitárias e assistência social (Franco,
Franco, 2012)
Caminho na Rede de Atenção à saúde (RAS) – APS ou qualquer estação
de cuidado (da Silva, Cubas, 2012)
Participação de profissionais dos diversos pontos de atenção da RAS
e categorias profissionais (BRASIL, 2013). Gestores (Franco, Franco, 2012)
INTRODUÇÃO
A LC é alimentada por recursos/insumos que expressam as tecnologias a serem
consumidas pelos usuários durante o processo de assistência ao beneficiário,
funcionando de forma sistêmica e operando no âmbito de diversos serviços. (Malta,
Merhy, 2010)
INTRODUÇÃO
Entrada do usuário
em qualquer ponto
Pessoa x Profissional
Necessidades de saúde
Serviços de Apoio diagnóstico e terapêutico
Especialidades
Reabilitação
Atenção Hospitalar
Ainda...
Devem ser orientadas por diretrizes clínicas ; Servem para
qualificar a atenção nos diversos pontos da rede e, enquanto
referência, para o processo de regulação; (BRASIL, 2013 )
Criação de fluxos a partir de um grupo de vulnerabilidade ou
mesmo de uma situação de risco ou condição clínica,
valorizando ora ações individuais, ora coletivas, ora ambas,
para além da proposta rígida de programas de saúde (mesmo
reconhecendo sua experiência anterior), criando maior
permeabilidade dentro do sistema de saúde (da Silva, Cubas,
2012)
INTRODUÇÃO
Tem como pressuposto propostas mais amplas e pode priorizar grandes áreas e pode
também criar linhas específicas (Linha de Cuidado para Hipertensão Arterial).
Outras Linhas DM, Pré Natal e Puerpério
Pressupõe fluxograma e manual ou Diretriz Clínica
Enfermagem
É necessário que os Enfemerios Estomaterapeutas contribuam e assumam
um papel de destaque no âmbito da saúde e na sociedade como um todo.
Compreende o modelo de organização do trabalho que considera o
direito à saúde para o conjunto da população – território, e considera a
importância de todos os pontos de atenção.
Compreende processo saúde- doença.
Considerações
REFERÊNCIAS
• Mendes EV. O cuidado das condições crônicas na APS: o imperativo da consolidação daESF. CONASS/OMS/MS, 2012. Cap 4
• Acioli S. David HL. Garcez J. Enfermagem em defesa do SUS: construindo a 15ªConferencia Nacional de Saúde.
• Merhy EE, Franco TB, Júnior HMM. Integralidade e transversalidade das necessidades desaúde nas linhas de cuidado. Movimentos moleculares na micropolítica do trabalho emsaúde.
• Mendes, Eugênio Vilaça. As redes de atenção à saúde. / Eugênio Vilaça Mendes. Brasília:Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 549 p.: il.
• Werneck, Faria, Campos. Protocolos de Cuidado à Saúde e de do Serviço. Universidade Federal de Minas Gerais. NESCON. Belo Horizonte, 2009
• Merhy, Campos, Cecílio. Inventando a mudança na saúde. São Paulo: 2ed. Hucitec, 1997.
• Dantas DV, Torres GV, Dantas RSN. Assistência aos portadores de feridas: caracterização dos
protocolos existentes no Brasil. Cienc Cuid Saude 2011 abr/jun; 10(2):366-372
• Franco, C. M.; Franco, T. B. Linhas do cuidado integral: uma proposta de organização da rede de
saúde, 2012.
• da Silva Santos, Á., & Cubas, M. R. (2012). Saúde Coletiva: Linhas de Cuidado e Consulta de
Enfermagem. Elsevier Brasil.
• Malta, D. C.; Merhy, E. E. O percurso da linha do cuidado sob a perspectiva das doenças crônicas
não transmissíveis. Interface: comunic., saúde, educ., Botucatu, SP, v. 14, n. 34, p. 593-605, jul./set.
2010.
• Cecílio, L.C.O. E Merhy, E.E.; "A integralidade do cuidado como eixo da gestão hospitalar",
Campinas (SP), 2003.
• Merhy, E.E. “A gestão do cotidiano em saúde e o ato de governar as tensões constitutivas do seu
agir: desafio permanente das estratégias gerenciais adotadas”, mimeo, Campinas, 1998.
• Franco, TB, Magalhães JHM. Integralidade na assistência à saúde: a organização das linhas do
cuidado. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano, 2, 125-34.
• Franco, TB. O uso de fluxograma descritor e projetos terapêuticos para análise de serviços
de saúde, em apoio ao planejamento: o caso de Luz- MG. São Paulo, 2003.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de
atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias /Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde,
2013.28 p. : il.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Departamento de Ciência e Tecnologia. Agenda Nacional de Prioridades de pesquisa em
saúde (ANPPS). 2ª ed. Brasília; 2008.
• Brasil. Constituição, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:
Senado; 1988.
• Brasil. Lei no8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção,
proteção e recuração da saúde, a recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e da outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 20 de set. 1990. Seção 1: 18055
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