Referências
Mariana Capelo Barroso Silva
Como começar?
• Difícil falar de referências, diferente de uma palestra de cores ou de roteiros, que pode ser esquematizada dentro de um esquema didático, referências saem flutuando por aí. Tudo é referência. Desde o cotidiano até um assunto muito específico. A diferença é a maneira como olhamos para cada uma dessas coisas, e como usamos tudo a nosso favor.
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Entender contextos, entender as reações que cada detalhe pode causar. ( por isso, para os diretores de arte principalmente, é tão importante entender o processo das cores e como funciona a sensibilização delas no leitor. Afinal, apesar do poder das palavras, a visão se sobressai.)
E as palavras...
Objetividade das palavras a busca eterna do redator, a fuga eterna do redator:
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IroniaMetáforaduplo sentido metalinguagem
Às vezes, brincar com os limites da significância da palavra:
Dizer algo maior que as palavras.
Um bom poema é aquele que nos dá a impressão que está lendo a gnte.. E não a gente a ele... M. Quintana
A Madaleine de proust
desperta sensações mais profundas • e pode provocar toda uma série de
vivências psicológicas Assim, a impressão superficial da
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cor pode se converter em vivência.
Se a cor penetra mais adentro,
Pois bem, aqueles triângulos e quadrados vivem em duas dimensões. Não sabem o que seja espessura. Agora imagine que algum de nós, que vivemos em três dimensões, os tocasse do alto. Teriam uma sensação nunca experimentada e seriam incapazes de dizer o que era. Como se alguém viesse da quarta dimensão e nos tocasse de dentro, o que sentiria? Eu diria.. Uma misteriosa chama.
Umberto Eco
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•Paladar e o olfato são mais diretos... •Mas tem outros jeitos de “catuca” lá dentro
Sinto fome ao ler
• Quando se alcança um certo desenvolvimento da sensibilidade, os objetos e pessoas adquirem um valor interior, um som interior.
• • Por exemplo, podemos explicar através de uma associação os outros efeitos físicos da cor,
quer dizer, os efeitos não apenas sobre a vista, mas como também sobre os outros sentidos. É como sentir o gosto ácido do limão ao ver um amarelo esverdeado.
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O Que um lobo pensa ao ver um elefante?
Se Lázaro se levantou, foi por que lhe falaram com modos.Ao invés de:-Levanta-te,-E se você se levantasse?
J. Saramago
Como escolher as notas
• Nas pessoas muito sensíveis, os caminhos que levam à alma são tão diretos e as impressões tão imediatas que um efeito de sabor alcança imediatamente a alma e provoca vibrações nas vias que unem a alma com os outros órgãos que sensoriais
•
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De novo as madeleines....
O artista é a mão que, por esta ou aquela nota, fazvibrar adequadamente a alma humana.
E para que o resultado seja o ódio, a paixão, o devaneio; e não a paixão o devaneio e o ódio; temos que saber como lidar com todo o imaginário que nos cerca. Conhecer as cordas, para saber qual puxar na hora certa.
O Mundo não para de contar histórias
• Não existe nada nesse mundo que não nos diga nada. As palavras não chegam a todo momento em nossa alma, sobretudo quando a mensagem é indiferente, ou com maior
exatidão, quando surge em lugar inadequado.
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Kandisnky
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Lightpainting
• http://www.youtube.com/watch?v=0DeoHoizadE
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Picasso, hype não por acaso
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Radionovela
www.youtube.comwatchv=UqDu_lBHRz8&feature=related
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E com você, como são as coisas?
• Já ficou deprimido depois de ver um filme?• Tem alguma música que te tira desse mundo?• Algum perfume que te faz sentir saudade • (não apenas lembrar, mas sentir-se ao lado da pessoa) de alguém? • Borboletas no estômago? Quando? ( ignorando situações de nervosismo)• Já conseguiu descrever suas sensações sem usar metáforas?• Já ficou triste pelo fim de um livro?• Anotou passagens de um livro para não esquecê-las?• Que mais?
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Enfim, o fim
• Entende agora o difícil de referências?• Eu poderia mostrar um milhão de coisas importantes para mim... Mas que diferença isso
faria para vocês? • O pulo do gato é vocês usarem as “leituras” de vocês a favor das suas criações. Portanto,
quanto mais melhor. Mas que seja um mais sentido, entendido, vivido, chorado, odiado. Se for superficial, não vale...
• O olhar tem que ser crítico, e as referências, para serem de fato referências, têm que ser vividas. Cuidado com a banalidade no uso das “coisas”
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Fim