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PANORAMA DO PROJETO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOSDA CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) – ESTUDO DE CASO NACONSTRUÇÃO DO CENTRO ADMINISTRATIVO DO DISTRITOFEDERAL (CADF)

 

 

ROBERTO BERNARDO DA SILVAUniversidade de Brasí[email protected] EVALDO CESAR CAVALCANTE RODRIGUESUniversidade de Brasí[email protected] FLAVIA GARCIA ZAUUniversidade Federal [email protected] GABRIELA PEREIRA DA TRINDADEUniversidade de Brasí[email protected] 

 

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Anais do IV SINGEP – São Paulo – SP – Brasil – 08, 09 e 10/11/2015 1

PANORAMA DO PROJETO DE GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) – ESTUDO DE

CASO NA CONSTRUÇÃO DO CENTRO ADMINISTRATIVO

DO DISTRITO FEDERAL (CADF)

Resumo

Empresas de construção civil geram grandes quantidades de resíduos que poderiam ser

reaproveitados, reciclados e/ou reutilizados. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

em Obras de Construção Civil visa minimizar tais resíduos, assim como reduzir gastos com

seus tratamentos e disposição final, beneficiando, assim, as empresas, visto que esta

economizará e melhorará sua produção. O presente trabalho visou abordar e implantar as

técnicas propostas no plano supracitado, bem como a discussão da aplicação da resolução

307/2002 do CONAMA, que é objeto dessa pesquisa no Consócio Construtor. Os dados

obtidos nas construtoras mostraram que esta obteve melhoras na sua produção ao utilizar os

procedimentos propostos, minimizou a geração de seus resíduos, contou com o apoio de sua

equipe técnica e economizando materiais.

Palavras-chave: Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Resíduos da Construção Civil (RCC);

Gestão dos Resíduos; Reutilizacão.

Abstract

Civil engineering companies generate big amounts of residues that could be recycled, reused

or reutilized. The Management Plan of Civil Construction Waste aims to decrease these

residues, reduce expenses on its treatments and final disposal, benefiting the company, due to

the fact that it will improve and save its production. The present paper aimed to approach and

implant the plans techniques, as well as the discussion on the application of the Resolution

307/2002, from CONAMA, which is the research object in Consórcio Consciente. The

resulted data showed that the company improved its production, by using the presented

methods, reduced its residue generation, had help from its technical team and reduced its

expenses.

Keywords: Urban Solid Waste (RSU); Civil Construction Waste (RCC); Waste Management;

Reuse.

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1 Introdução

A construção civil é um dos setores da economia que mais utiliza recursos naturais e é,

também, a maior geradora de resíduos, sendo que a tecnologia construtiva adotada no Brasil

favorece o desperdício de materiais.

Um grande problema relacionado à construção civil é a geração de resíduos. Os

resíduos de construção e demolição (RCD) ocupam grande volume para disposição final.

Considerando que 13% das cidades brasileiras pesquisadas no censo de saneamento possuem

aterros sanitários, 7% possuem aterros especiais e que, apenas, 5% possuem usinas de

reciclagem, deve-se propor e implementar métodos de tratamento de resíduos (IBGE, 2000).

A destinação dos RCD não é o único problema ambiental da construção civil, a

exploração de matérias-primas também causa grandes impactos ambientais.

Em função da realização dos maiores e mais importantes eventos esportivos no Brasil,

principalmente a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio em 2016, assim como as

obras do Programada de Aceleração do Crescimento (PAC) I e II do Governo Federal, a

indústria da construção civil brasileira apresenta atualmente um ritmo de crescimento muito

superior ao de décadas anteriores.

O forte crescimento do setor está associado, portanto a incentivos do governo e a uma

demanda cada vez maior. Esses incentivos governamentais para a área da construção civil

foram estruturados no longo prazo, como o caso do programa habitacional, aceleração de

algumas obras de infraestrutura e até a perspectiva de início de algumas obras. Por isso esse

setor tem se mantido num crescimento muito forte.

No Distrito Federal o ritmo de crescimento e dinamismo da indústria da construção

civil não é diferente. A vocação de Brasília para grandes obras é indiscutível. Desde a

construção da cidade, em tempo recorde, a capital demonstra dinamismo acima da média no

setor. O crescimento populacional, a migração, a alta renda e o padrão de qualidade de vida

estimulam o mercado brasiliense.

Segundo Sinduscon-DF (2012), o mercado brasiliense da construção civil é o segundo

maior do pais. Ficando atrás somente para São Paulo. O que não é para menos: o mercado de

Brasília cresce, historicamente, a uma velocidade maior do que a dos demais centros urbanos

brasileiros. Apenas nos últimos três anos, o setor da construção civil cresceu em torno de 25%

no DF. A estimativa do setor é que o volume de negócios já chegue a cifra de R$ 3,5 bilhões

anuais (Dieese, 2012). O que representa cerca de 13% do Produto Interno Bruto (PIB)

brasiliense. Somente para o mercado imobiliário, calcula-se que esse número possa chegar a

R$ 4,5 bilhões (SINDUSCON-DF, 2012). O impacto da indústria da construção civil na renda

e na vida de Brasília é enorme. O setor gera de forma direta cerca de 68 mil empregos. Sem

falar na geração de empregos indiretos (PED-DF). Essas características fazem da construção

civil uma verdadeira vocação produtiva de Brasília.

Nessa perspectiva, o objetivo desse trabalho é analisar o projeto de gerenciamento de

resíduos da construção civil (PGRCC) na construção do centro administrativo do Distrito

Federal (CADF), levando em consideração as técnicas de reaproveitamento dos resíduos da

construção civil, assim como propor alternativas para uma menor geração na fonte, bem como

para o seu correto tratamento e destinação final.

2 Saneamento básico

Saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do

meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a

qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade

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econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e

definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações

operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem

urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.

Um dos princípios da Lei nº. 11.445/2007 é a universalização dos serviços de

saneamento básico, para que todos tenham acesso ao abastecimento de água de qualidade e

em quantidade suficientes às suas necessidades, à coleta e tratamento adequado do esgoto e do

lixo, e ao manejo correto das águas das chuvas.

A lei nº. 11.445/2007 estabelece a elaboração do Plano Municipal de Saneamento

Básico como instrumento de planejamento para a prestação dos serviços públicos de

saneamento básico, e ainda determina os princípios dessa prestação de serviços; as obrigações

do titular, as condições para delegação dos serviços, as regras para as relações entre o titular e

os prestadores de serviços, e as condições para a retomada dos serviços.

As preocupações com o saneamento dos ambientes urbanos e com a necessidade de

ampliar o conceito desse termo para a totalidade dos componentes que interferem com a

qualidade de vida das populações têm crescido nos últimos tempos, em função mesmo do

rápido incremento da urbanização, mas não chegaram ainda aos RCD - Resíduos de

Construção e Demolição.

Historicamente, tem-se dado ênfase aos aspectos de abastecimento em detrimento dos

de coleta, e de ambos sobre os de destinação. Nas últimas décadas o suprimento de água às

comunidades tem tido primazia em relação à coleta de esgotos, secundarizando-se as

preocupações em relação à destinação dos resíduos líquidos e só recentemente introduzindo-

se alguma atenção à questão do conjunto dos resíduos sólidos urbanos (RSU).

3 Resíduos sólidos

Todo processo econômico gera resíduos. Mesmo sendo considerado inservível por

grande parcela da sociedade, os resíduos possuem, aproximadamente, 40% de materiais

recicláveis. Esta parte reciclável é atrativa econômica, energética ou ambientalmente

(FIGUEIREDO, 1994).

A gestão de resíduos sólidos se enquadra nas atividades de saneamento básico, pois

existe a interdependência entre este, a saúde e o meio ambiente. Portanto, as ações de

gerenciamento de resíduos da construção civil devem ser inter-relacionadas para contribuir

com a melhoria da qualidade ambiental proporcionada a população.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2010), dos 5.475

municípios brasileiros, 489 têm entre 50 e 70% dos seus resíduos coletados, 728 entre 70 e

80%, 771 entre 80 e 90%, 525 entre 90 e 99% e 1.814 têm 100% coletados. Também, foi

identificado que 194 municípios não tinham a informação ou não declararam qual a

porcentagem coletada.

A construção civil, devido às praticas utilizadas, gera grandes volumes de resíduos, e

isto pode ser observado desde a produção de insumos, que caracteriza a geração anterior a

própria etapa construtiva.

A construção e a reforma de edificações, demolições, obras viárias, materiais de

escavação, são origens de resíduos da construção civil. A investigação da sua origem é

importante para a quantificação e a qualificação dos volumes gerados. O resíduo gerado em

novas construções provém de quatro fases, a fundação, a estrutura e alvenaria, o revestimento

e o acabamento, sendo que os resíduos devem ser diferenciados em função do tempo, da

atividade e da quantidade gerada.

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Por outro lado, o resíduo de reformas é gerado principalmente pela falta de

conhecimento, pois as quebras de paredes e outros elementos da edificação são realizadas em

processos simples, sendo alto o volume final de resíduos. A composição destes resíduos pode

ser comparada a de resíduos de demolição, isto porque os trabalhos de reforma se assemelham

aos trabalhos de demolição. Nas demolições, o potencial de reciclagem depende do processo

construtivo e da qualidade da obra, entretanto, a quantidade independe destes fatores.

3.1 Gerenciamento de resíduos da construção civil

A Resolução CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002, p.01) define RCC:

“provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de

construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais

como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,

colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento

asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de

entulhos de obras, caliça ou metralha”.

Esta mesma resolução define, também, o gerenciamento de resíduos como:

“o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo

planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para

desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas

previstas em programas e planos”.

De acordo com Monteiro et al. (2001), no Brasil, a geração de RCD é de,

aproximadamente, 300 kg/m² a partir de novas edificações, enquanto países desenvolvidos

geram 100 kg/m². Em cidades com 500 mil ou mais habitantes os RCD representam,

aproximadamente, 50% do peso dos resíduos sólidos urbanos coletados.

Para diagnosticar a geração de resíduos de construção civil nas cidades brasileiras

utilizam-se dados de estimativas de área construída, de quantificação de volumes por

empresas coletoras, do monitoramento de descargas nas áreas de disposição final dos resíduos

de construção civil. As duas primeiras estimativas permitem uma quantificação confiável e

pode ser utilizada em todo município que possui cadastro de construções licenciadas

(PINTO,1999).

A composição dos resíduos da construção civil brasileira gerados em uma obra é,

basicamente, constituída por argamassa, concreto e blocos de concreto, além de madeiras,

plásticos, papel e papelão. Além destes, também, podem ser gerados resíduos classificados

como perigosos e não inertes.

Quando se trata da construção civil em outros países, a composição dos seus resíduos

muda, sendo muito presentes, além do concreto e blocos de concreto, o gesso e o EPS

utilizado para isolamento, atingindo geração de 30,77 kg/m². (BOHNE; BERGSDAL;

BRATTEBO, 2005). Segundo Kimbert (2002), esta taxa é de 25 kg/m² para novas

construções e de 320 kg/m² para demolições.

Para todos estes resíduos, o potencial de contaminação pode ser determinado de

acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR nº 10.004/04, nº

10.005/04 e nº 10.006/04 (ABNT, 2004a; ABNT, 2004b; ABNT, 2004c). De acordo com as

especificações da NBR nº 10.004/04 (ABNT, 2004a) os resíduos são classificados em função

das características de periculosidade ou toxicidade, em classe I, classe II A e II B. Os resíduos

classe I são denominados perigosos, apresentam riscos à saúde pública, provocam efeitos

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adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada, devido as

suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou

patogenicidade. Os resíduos classe II A, são denominados não inertes, e podem estar

relacionados a riscos à saúde ou ao meio ambiente devido às características de

combustilidade, biodegradabilidade ou solubilidade. Os resíduos classe II B, são considerados

inertes e não apresentam riscos à saúde ou ao meio ambiente (ABNT, 2004a).

O tratamento de resíduos deve definir uma série de ações para reduzir a quantidade ou

seu potencial poluidor. Considerando o entulho da construção civil, classificado como Classe

II B – inerte (ABNT, 2004a), seu tratamento está relacionado à redução da quantidade. O

tratamento mais difundido, além da redução, é a segregação, trituração e reutilização. Por sua

vez, a forma mais difundida de reutilização tem sido na construção de rodovias, como base ou

sub-base e em preenchimentos não estruturais de edificações.

3.2 Reutilização de resíduos da construção civil

A Resolução CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002) aborda a reutilização,

reciclagem e beneficiamento de resíduos e define reutilização como a reaplicação do resíduo,

sem transformação. A reciclagem é o reaproveitamento do resíduo, após ter sido submetido à

transformação e o beneficiamento submete o resíduo a processos/operações para fornecer ao

resíduo condições para utilização como matéria-prima ou produto.

No Brasil existem, aproximadamente, nove instalações de beneficiamento de resíduos

da construção civil, nas quais o resíduo é triturado, peneirado e estocado. Estas usinas

produzem elementos de função não-estrutural como briquetes para calçada, blocos para muros

e alvenaria de casas populares, agregado miúdo para revestimento, agregados para construção

de meios-fios, bocas-de-lobo, sarjetas, e ainda servem como base e sub-base de rodovias

(MONTEIRO et al., 2001).

John e Agopyan (2000) apontam a maior reutilização destes resíduos na composição

de bases e sub-bases de rodovias. Tal reutilização possui apenas um cliente, representado

pelos municípios, tornando assim a implantação de usinas de beneficiamento pelo setor

privado arriscado, pois o material pode tornar-se escasso e mudanças de gestão podem

interferir nos pagamentos devido a produtos já fornecidos. Outro fator apontado é a não

aceitação popular, pois os consumidores poderão considerar os produtos produzidos com

agregados reciclados como produtos de qualidade inferior ou sem qualidade.

4 Legislação

A Resolução CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002) foi, a primeira no Brasil, a

estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil

(RCC), disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.

Esta resolução classifica os resíduos de acordo com sua possibilidade de reutilização,

sendo:

Classe A - reutilizáveis ou recicláveis como agregados;

Classe B - recicláveis para outras destinações;

Classe C - não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que

permitam a sua reciclagem/recuperação;

Classe D - perigosos oriundos do processo de construção.

Classifica os geradores como:

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Pequenos geradores: geram até 5 m³ de resíduos;

Grandes geradores: geram mais de 5 m³ de resíduos.

A referida resolução especifica, ainda, que os geradores de RCD devem seguir os

objetivos usualmente presentes em projetos de gerenciamento, que são: a não geração, a

redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final, respectivamente. Ainda, especifica

que deverá ser elaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo Distrito

Federal o Programa de Gerenciamento de RCD. Também, estabelece diretrizes técnicas e

procedimentos para pequenos geradores, que estejam em conformidade com critérios técnicos

do sistema de limpeza urbana local.

5 Metodologia

Para a realização desse artigo foram realizadas pesquisas em diversos meios,

incluindo:

a) Normas Brasileiras (ABNT);

b) Normas do MTE;

c) Manuais de gerenciamento de RCC; e

d) Artigos científicos e dissertações.

Além disso, foi realizada uma visita de campo na obra da construção do centro

administrativo do Distrito Federal (CADF), que é realizada pelo Consórcio formado pelas

empresas Odebrecht Empreendimentos Imobiliários e a Via Engenharia e que está localizado

as margens da via Elmo Serejo. Via que liga as cidades de Taguatinga e Ceilândia.

Figura 1: Imagem ilustrativa da obra.

Fonte: Consórcio construtor CADF (2014).

6 Estudo de caso

6.1 Etapas do gerenciamento de resíduos

6.1.1 Palestra informativa

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Uma das etapas do gerenciamento de RCC são as palestras informativas, que aborda

temas ligados ao PGRCC. A palestra informativa tem a função de apresentar o trabalho e

esperar a colaboração dos funcionários, essenciais no gerenciamento de resíduos. Essa

palestra aborda os tópicos: definição e identificação dos RCC; destinação dos RCC;

gerenciamento de RCC; necessidade de fazer o gerenciamento de RCC; técnicas de separação

dos RCC e procedimentos na obra.

A abordagem para a palestra sobre os procedimentos a serem adotados nas obras visa à

participação de todos os funcionários e deve ser apresentada com linguagem acessível, para

evitar mal entendidos em relação aos objetivos do projeto e à adoção de boas práticas no

canteiro de obra. Os funcionários são estimulados a interromper a palestra e a fazer perguntas

sobre o que está sendo apresentado e, também, informados sobre a disponibilidade do mestre

de obras, do almoxarife e do(a) engenheiro(a) da obra para esclarecimentos. Na palestra teve

conter apresentação visual através de slides a partir de um computador portátil, e duração de

30 minutos cada.

Para a complementação do treinamento serram realizadas reuniões com as equipes de

trabalho no início de cada etapa construtiva.

6.2 Planejamento

O correto planejamento é importante para o funcionamento do PGRCC. O

planejamento do PGRCC será realizado de acordo com os decretos distritais.

Nesta fase, os resíduos gerados devam ser identificados, não somente identificados em

classes ou quantidades prováveis, mas, também deve ser definida a época em que serão

gerados. Em função do cronograma de cada obra será possível perceber em que mês o resíduo

será gerado e então programar a viabilização de estruturas para o armazenamento e controle,

com posterior reciclagem ou disposição final.

No planejamento, devem ser identificados os funcionários diretamente ligados ao

PGRCC, e relacionado o grau de conhecimento e entendimento em relação à atividade

desenvolvida, segundo apresentado no Quadro 1.

Os funcionários identificados em relação a um maior conhecimento receberam

treinamento adicional em reuniões com a equipe de trabalho definida.

FUNCIONÁRIOS GRAU DE CONHECIMENTO DO

PROJETO

Engenheiros da obra

Total

Mestre de obra

Total

Encarregado

Total

Equipe de serventes Palestra informativa + reunião deliberativa

Equipe de armadores Palestra informativa

Equipe de carpinteiros Palestra informativa

Equipe de pedreiros Palestra informativa

Equipes externas Palestra informativa

Quadro 1: Funcionários e grau de conhecimento.

Fonte: Os autores (2014).

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Os funcionários que devem ter o conhecimento total do projeto deveram ser definidos

por sua função e autoridade na obra. Tais funcionários motivarão e supervisionarão o trabalho

de outros, para garantir a eficiência do PGRCC.

6.3 Caracterização dos RCC

A caracterização dos resíduos da construção civil será realizada de acordo com a

resolução CONAMA 307/2002 sendo apresentada no Quadro 2.

TIPO DE RESÍDUO DESCRIÇÃO

Classe A

Resíduos de concreto

Resíduos de argamassa

Brita

Areia

Blocos cerâmicos

Saibro

Classe B

Madeira

PVC

Acrílico

Metais

Vidro

Papéis

Plásticos

Gesso

Classe C Isopor

Classe D

Tinta

Impermeabilizantes

Telha de fibrocimento

Quadro 2: Caracterização do RCC.

Fonte: CONAMA nº 307/02 (CONAMA, 2002).

6.4 Redução da geração de RCC

A redução de resíduos caracteriza-se por envolver ações de economia, evitando o

desperdício na utilização da matéria-prima, abordado neste capítulo separadamente para cada

matéria-prima.

Concreto: a análise da utilização do concreto permitiu observar que os únicos resíduos de

concreto gerados em grande volume serão provenientes das estacas a serem arrasadas, pois se

tratando de uma obra nova não haverá demolições. O arrasamento de estacas se caracteriza

pela quebra das estacas até que atinjam uma altura ideal para a construção de blocos de

fundação e baldrames.

Argamassa: o resíduo de argamassa será gerado nos trabalhos de assentamento de tijolos,

chapisco, reboco e emboço. Para reduzir este resíduo deve treina-se a mão-de-obra para

executar estes serviços para que as perdas fossem minimizadas, e o material derrubado no

piso deverá ser novamente levado à betoneira.

Areia, brita, saibro, fibrocimento e cerâmica: para a redução destes resíduos observou-se o

cuidado no recebimento, evitando quebras ou perdas ao descarregar o produto. Tais materiais

deverão ser armazenados próximo ao local de utilização. O fibrocimento e a cerâmica deverão

ser armazenados sobre “palets” evitando a perda do material pela contaminação no contato

com o solo e pela umidade transmitida pelo solo.

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Madeira: os cuidados no recebimento e armazenagem devem ser observados, sendo que a

madeira deverá ser mantida afastada da umidade e do tempo, evitando sua deterioração

precária. No início da obra a madeira deve ser estocada sobre “palets” e coberta com telhas de

fibrocimento. Depois da execução da infraestrutura (estacas, blocos, baldrames) e

superestrutura (pilares, vigas, lajes entre outros) a madeira será armazenada sob a laje de um

dos prédios já construídos.

PVC, acrílico, vidro, gesso, tinta, impermeabilizante: os pedidos serão feitos sob medida

para evitar a sobra de materiais. O recebimento do material será realizado cuidadosamente,

evitando-se quebras ou perdas.

Papéis e plásticos: os papéis e plásticos gerados na obra são provenientes de embalagens

não havendo alternativas de redução. Estes materiais, portanto, serão corretamente

armazenados e dispostos.

Aço: a maior geração de resíduos de aço em uma obra é proveniente do corte para a

montagem das armaduras. Para reduzir ao máximo a geração destes resíduos, a matéria-prima

deverá ser comprada cortada e dobrada diretamente da fábrica. Cabe ressaltar que esta

possibilidade de pedido é viável apenas para obras grandes, pois o pedido mínimo é de 5 t de

aço cortado e dobrado. A geração de resíduos de aço está relacionada à construção de pilares

com alturas variáveis que deveriam ser confirmadas no local.

6.5 Segregação dos RCC

Para definir como será realizada a segregação serão considerados fatores como

distância de transporte e pontos de reutilização. Todos os materiais serão segregados na

geração, sendo dispostos, quando necessário, em locais separados e identificados. Exceção

feita aos resíduos de concreto, que deverão ser reutilizados no próprio local de geração, e aos

resíduos de madeira só serão identificados no final da obra, portanto toda madeira é estocada

e separada de outros materiais.

6.6 Etapas do Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

a) Caracterização e quantificação dos resíduos sólidos

Classificar os tipos de resíduos sólidos produzidos pelo empreendimento, adotando a

classificação das Resoluções CONAMA 307/02 e 348/04, inclusive os resíduos de

característica doméstica. Estimar a geração média de resíduos sólidos de acordo com o

cronograma de execução de obra (em kg ou m3).

b) Minimização dos resíduos

Descrever os procedimentos que serão adotados para minimização da geração dos

resíduos sólidos, por classe.

c) Triagem/segregação dos resíduos

Priorizar a segregação na origem, neste caso, descrever os procedimentos a serem

adotados para segregação dos resíduos sólidos por classe e tipo. Caso a obra não possuir

espaço para segregação dos resíduos, esta poderá ocorrer em Áreas de Triagem e Transbordo

– ATT, devidamente licenciadas, com identificação da área e do responsável técnico.

d) Acondicionamento/armazenamento

Deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de geração dos resíduos,

dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando a boa organização dos

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espaços nos diversos setores da obra. Em alguns casos, os resíduos deverão ser coletados e

levados diretamente para os locais de acondicionamento final. (MEDEIROS et al., 2012).

e) Transporte interno

Deve ser atribuição específica dos operários que se encarregarem da coleta dos

resíduos nos pavimentos. Eles ficam com a responsabilidade de trocar os sacos de ráfia com

resíduos contidos nas bombonas por sacos vazios, e, em seguida, de transportar os sacos de

ráfia com os resíduos até os locais de acondicionamento final.

O transporte interno pode utilizar os meios convencionais e disponíveis: transporte

horizontal (carrinhos, giricas, transporte manual) ou transporte vertical (elevador de carga,

grua, condutor de entulho). As rotinas de coleta dos resíduos nos pavimentos devem estar

ajustadas à disponibilidade dos equipamentos para transporte vertical (grua e elevador de

carga, por exemplo). O ideal é que, no planejamento da implantação do canteiro, haja

preocupação específica com a movimentação dos resíduos para minimizar as possibilidades

de formação de “gargalos”. Equipamentos como o condutor de entulho, por exemplo, podem

propiciar melhores resultados, agilizando o transporte interno de resíduos de alvenaria,

concreto e cerâmicos.

As recomendações para transporte interno de cada tipo de resíduo estão na tabela 05

abaixo, do qual foram excluídos alguns resíduos que precisam de acondicionamento final

imediatamente após a coleta. (MEDEIROS et al., 2012).

f) Reutilização e reciclagem

Deve haver atenção especial sobre a possibilidade da reutilização de materiais ou

mesmo a viabilidade econômica da reciclagem dos resíduos no canteiro, evitando sua

remoção e destinação. (MEDEIROS et al., 2012).

O correto manejo dos resíduos no interior do canteiro permite a identificação de

materiais reutilizáveis, que geram economia tanto por dispensarem a compra de novos

materiais como por evitar sua identificação como resíduo e gerar custo de remoção.

Em relação à reciclagem em canteiro dos resíduos de alvenaria, concreto e cerâmicos,

devem ser examinados os seguintes aspectos:

a) Volume e fluxo estimado de geração;

b) Investimento e custos para a reciclagem (equipamento, mão-de-obra, consumo de energia

etc.);

c) Tipos de equipamentos disponíveis no mercado e especificações;

d) Alocação de espaços para a reciclagem e formação de estoque de agregados;

e) Possíveis aplicações para os agregados reciclados na obra;

f) Controle tecnológico sobre os agregados produzidos;

g) Custo dos agregados naturais; e

h) Custo da remoção dos resíduos.

A decisão por reciclar resíduos em canteiro somente poderá ser tomada após o exame

cuidadoso dos aspectos acima relacionados e uma análise da viabilidade econômica e

financeira. (MEDEIROS et al., 2012).

g) Transporte externo

O transporte dos RCC não poderá ser realizado sem o Controle de Transporte de

Resíduos CTR. Este documento contém a identificação do gerador, do(s) responsável(is) pela

execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados no empreendimento, bem como da

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unidade de destinação final. Identificar a empresa licenciada para a realização do transporte

dos RCC, os tipos de veículos e equipamentos a serem utilizados, bem como os horários de

coleta, frequência e itinerário.

A coleta dos resíduos e sua remoção do canteiro devem ser feitas de modo a conciliar

alguns fatores, a saber:

a) Compatibilização com a forma de acondicionamento final dos resíduos na obra;

b) Minimização dos custos de coleta e remoção;

c) Possibilidade de valorização dos resíduos;

d) Adequação dos equipamentos utilizados para coleta e remoção aos padrões definidos em

legislação.

h) Transbordo de Resíduos

Localização: endereço completo (croquis de localização).

i) Destinação dos resíduos

Descrever os procedimentos que deverão ser adotados com relação à destinação dos

RCC por classe de acordo com a Resolução CONAMA. Apresentar carta de viabilidade de

recebimento/destinação de empresa licenciada para destinação ou de Área de Triagem e

Transbordo – ATT da classe/tipo de resíduo.

As soluções para a destinação dos resíduos devem combinar compromisso ambiental e

viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade e as condições para a reprodução da

metodologia pelos construtores.

Os fatores determinantes na designação de soluções para a destinação dos resíduos são

os seguintes:

a) Possibilidade de reutilização ou reciclagem dos resíduos nos próprios canteiros;

b) Proximidade dos destinatários para minimizar custos de deslocamento;

c) Conveniência do uso de áreas especializadas para a concentração de pequenos volumes de

resíduos mais problemáticos, visando à maior eficiência na destinação. (MEDEIROS et al.,

2012).

7 Considerações Finais

O planejamento desde a concepção do projeto básico, assim como a técnica

construtiva foram fundamentais para que durante a construção do Centro Administrativo do

Distrito Federal (CENTRAD) houvesse uma economia de 1,5% ou seja, R$ 5.467.767,11 dos

recursos gastos para construção desse empreendimento.

A reciclagem de RCD tenta consolidar seus processos de produção e garantia de

qualidade na busca de um mercado mais diversificado e efetivo, através de ações discutidas

no grupo do CONAMA e nos grupos de estudos ambientais de cada estado, no distrito federal,

assim como nos municípios brasileiros. O desempenho ambiental na reciclagem deste resíduo

é ainda negligenciado e existem problemas na etapa de caracterização do resíduo. Embora a

reciclagem de escórias e cinzas volantes tenha um mercado mais consolidado, suas aplicações

são limitadas, indicando problemas na transferência de tecnologias.

Comprovando a possibilidade de uso do entulho como agregado na confecção de

concreto não estrutural, abrem-se mercados para a utilização do material beneficiado pelas

usinas de reciclagem de entulho, o que permite que se aumente a produção das mesmas e,

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consequentemente, diminuam os depósitos clandestinos de resíduos de construção civil, que

degradam o meio ambiente.

Obtidas as características positivas do concreto analisado, permite-se que um material

alternativo (o entulho) possa ser utilizado para a confecção de elementos construtivos

empregados na criação e manutenção da infraestrutura urbana (guias, sarjetas, blocos para

calçamento, etc.), de uma forma mais econômica, o que acaba aumentando o numero dessas

benfeitorias e contribuindo para melhorar a qualidade de vida da sociedade.

Nesse sentido, é importante o correto gerenciamento dos RCC´s, tendo em vista os

sérios impactos ambientais, tanto pela poluição que os materiais geram no meio ambiente,

quanto pela extração na natureza da fonte do material, por exemplo, de areia lavada dos rios e

da extração de argila.

Há ainda que se considerar os outros diversos benefícios decorrentes da reciclagem de

RCC´s, notadamente os de natureza ambiental, tais como o aumento da vida útil dos aterros e

a diminuição da poluição visual.

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