PESQUISA EM
COMUNICAÇÃO
Ms. Laércio Torres de Góes
Pesquisa em comunicação
• O campo empresta a maioria de seu métodos de outros campos das ciências sociais (antropologia, sociologia, psicologia).
• De outros campos: história, economia, ciência política, linguística, estudos retóricos e literários.
• Abordagem própria: análise de conteúdo da mídia.
• Técnicas para estudo sistemático de conteúdo da mídia.
Pesquisa em comunicação
• Aplicação da pesquisa de mídia relacionada
às questões práticas:
• Relações públicas e propaganda.
• Comunicação política persuasiva.
• Planejamento de campanhas de comunicação
que pretendem mudar comportamentos
(saúde, meio ambiente, educação).
Pesquisa em comunicação
• Melhorar prática profissional do jornalista e da
organização (audiência).
• Contribuição para compreensão da sociedade e
da mídia.
• A melhor pesquisa frequentemente combina
metas práticas com teóricas.
• Em geral, tem pelo menos algum grau de
aplicabilidade.
Origem da pesquisa em comunicação
• Nos Estados Unidos, entre a Primeira e a Segunda Guerra
Mundial, quando os cinemas se tornaram muito populares.
• Estudos do Fundo Payne (estudos sobre filmes): tentou
documentar como a exposição a novas ideias e estilos de
vida de Hollywood estava mudando os valores e o
comportamento social da juventude do país.
• Transmissão de rádio.
• Aumento da urbanização.
Origem da pesquisa em comunicação
• Segunda onda de pesquisas em resposta à
Segunda Guerra Mundial.
• Aparente sucesso da propaganda nazista em
influenciar a população da Alemanha.
• Persuasão da mídia
Origem da pesquisa em comunicação
• Efeitos da comunicação de massa.
• Os lares nos EUA estavam permanentemente
transformados pela difusão da programação de
televisão nas salas das pessoas.
• Tanto a programação de entretenimento quanto as
propagandas estavam associadas a mudanças no
comportamento dos americanos.
Origem da pesquisa em comunicação
• Era das pesquisas sobre os efeitos da mídia, na
pressuposição de terem grandes influências na
política, no comportamento dos consumidores e no
estilo de vida das pessoas.
• Descobriu-se que esses efeitos eram menos potentes
e mais complexos do que se pensava no início.
• A comunicação interpessoal e a comunicação de
massa interagiam de formas complexas (efeitos
limitados).
Pesquisa em comunicação
• Pesquisa histórica sobre o jornalismo e a
tecnologia da comunicação é principalmente
qualitativa.
• Pesquisa experimental sobre os efeitos da mídia
geralmente utiliza experimentos cuidadosamente
controlados e medidas bem calibradas.
• Métodos qualitativos X Métodos quantitativos.
Análise de conteúdo
Descrição e interpretação do conteúdo das mensagens.
Analisar o que está realmente sendo transmitido nas
mensagens da mídia.
Quais os tipos de itens que aparecem com mais
frequência, como são apresentados, quem está falando,
etc..
Pode ser puramente ou parcialmente quantitativa ou
qualitativa.
Análise de conteúdo
Análise de conteúdo
Análise quantitativa: procura uma estimativaprecisa da presença ou da ausência decaracterísticas diferentes (temas, fontes, etc.).
Análise qualitativa: procura por temas mais geraisna estrutura narrativa (análise textual ou análise dediscurso).
Interpretação do pesquisador – bagagem cultural.
População e unidade de análise: grupo de coisasou pessoas que o pesquisador quer entender.
Exemplos - Análise de conteúdo quantitativa
As notícias realmente tendem a ir contra as mulheres?
Quantas modelos utilizadas nas propagandas são realmentemagras?
Um campanha de comunicação de saúde sobre parar defumar recebeu alguma cobertura da mídia? Qual tipo?
Os âncoras dos noticiários locais representam etnicamente apopulação que atendem?
Quais tipos de materiais são geralmente postados nosblogs?
Quanta violência, de fato, aparece nos desenhos infantis?
Exemplos - Análise de conteúdo qualitativa
Como são representados os negros nas
telenovelas?
Qual o papel da mulher no cinema americano
contemporâneo?
Como são retratados os políticos de esquerda
na revista Veja?
Referência
• PRIEST, Susanna Hornig.
Pesquisa de mídia – Introdução.
Porto Alegre: Penso, 2011.