PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA
RELATÓRIO FINAL DA POLITICA LOCAL DE SANEAMENTO BÁSICO
E DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Açailândia
2017
PREFEITURA MUNICIPAL DE AÇAILÂNDIA
RELATÓRIO FINAL DA POLITICA LOCAL DE SANEAMENTO BÁSICO
E DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Relatório final da política local de saneamento básico e
do plano municipal de saneamento básico do município
de Açailândia – MA, apresentado ao Comitê
Coordenador para subsidiar as ações de planejamento e
elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.
Açailândia
2017
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Metas e prazos para os serviços de esgotamento sanitário .................................. 61
Quadro 2 - Programas, projetos e ações para o serviço de esgotamento sanitário ................ 63
Quadro 3 - Subprogramas e ações ......................................................................................... 65
Quadro 4 - Programa universalização do abastecimento de água ......................................... 81
Quadro 5 - Programa redução e controle de perdas no sistema de abastecimento de
água ..................................................................................................................... 82
Quadro 6 - Indicadores do serviço de esgotamento sanitário ................................................ 84
Quadro 7 - Indicadores do serviço de esgotamento sanitário ................................................ 85
Quadro 8 - Cronograma de ações e prazos para os serviços de esgotamento sanitário ......... 87
Quadro 9 - Programas, ações, responsáveis e valores a serem investidos nos serviços
de manejo resíduos sólidos ................................................................................ 102
Quadro 10 - Cronograma de ações e prazos .......................................................................... 110
Quadro 11 - Investimentos necessários no sistema de drenagem urbana .............................. 111
Quadro 12 - Indicadores, objetivos e metas para o sistema de abastecimento de água ......... 115
Quadro 13 - Componentes, atores, atividades para o monitoramento dos serviços de
esgotamento sanitário ........................................................................................ 119
Quadro 14 - Indicadores de desempenho do sistema de esgotamento sanitário .................... 121
Quadro 15 - Indicadores quanto ao atendimento com serviço de coleta de resíduos
sólidos e limpeza urbana ................................................................................... 124
Quadro 16 - Componentes, atores e indicadores para o monitoramento dos serviços de
drenagem pluvial ............................................................................................... 126
Quadro 17 - Pontuação de D2 em relação ao índice de redução de domicílios
acometidos por inundações ............................................................................... 130
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Localização do lixão da sede do município de Açailândia .................................... 42
Figura 2 - Vista da área interna do lixão da sede ................................................................... 43
Figura 3 - Vista da área interna do lixão ................................................................................ 43
Figura 4 - Equipamento de triagem de resíduos nunca utilizado ........................................... 44
Figura 5 - Localização do lixão do Pequiá ............................................................................. 45
Figura 6 - Lixão do Piquiá (ao fundo a ferrovia Carajás)....................................................... 45
Figura 7 - Abrigos provisórios dos catadores no Lixão de Açailândia .................................. 46
Figura 8 - Materiais recicláveis coletados por catadores no Lixão de Açailândia ................. 47
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 - Mapa político administrativo – cenário 2010 ........................................................ 13
Mapa 2 - Relevo da área de estudo ....................................................................................... 18
Mapa 3 - Padrões de uso e ocupação do solo de Açailândia – situação em 1984 ................. 24
Mapa 4 - Padrões de uso e ocupação do solo de Açailândia – situação em 2000 ................. 25
Mapa 5 - Dinâmica de uso e ocupação do solo de Açailândia – situação 2016 .................... 26
Mapa 6 - Cenário de expansão urbana da sede municipal de Açailândia período de
1983 a 2015............................................................................................................ 28
Mapa 7 - Dinâmica urbana no cenário de relevo e drenagem ............................................... 29
Mapa 8 - Coleta de lixo percentual em Açailândia – MA ..................................................... 38
Mapa 9 - Mapa de coleta de lixo em Açailândia – MA ........................................................ 38
Mapa 10 - Poços de abastecimento das zonas urbanas principais de Açailândia ................... 58
Mapa 11 - Poços de abastecimento na sede municipal no contexto das sub-bacias de
drenagem e densidade populacional ...................................................................... 59
Mapa 12 - Zonas de Segurança Aeroportuária no contexto da sede municipal e lixões ......... 71
Mapa 13 - Sítios potenciais para instalação de Aterro Sanitário no entorno da sede
municipal ............................................................................................................... 72
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Classificação e quantidade de lixo produzido em Açailândia - MA ..................... 37
Tabela 2 - Equipamentos utilizados na coleta de lixo em Açailândia – MA .......................... 39
Tabela 3 - Consumo percapta de água em Açailândia ............................................................ 52
Tabela 4 - Previsão de Consumo de água na Zona Urbana em projeção para 20 anos .......... 53
Tabela 5 - Previsão de Consumo de água na Zona Rural em projeção para 20 anos ............. 54
Tabela 6 - Índice de perdas de água ........................................................................................ 55
Tabela 7 - Programa de melhoramento do sistema de abastecimento de água ....................... 55
Tabela 8 - Critérios, parâmetros, cálculos e dados básicos considerados ............................... 56
Tabela 9 - Consumo per capita de água no município de Açailândia ..................................... 60
Tabela 10 - Estimativa de Geração de resíduos para população urbana - período de vinte
anos ...................................................................................................................... 107
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9
2 METODOLOGIA ......................................................................................................... 10
3 O OBJETIVO GERAL DE UM PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO ............... 11
4 A VISÃO GERAL DO MUNICÍPIO .......................................................................... 12
4.1 Situação político administrativa .................................................................................. 12
4.2 Meio físico ...................................................................................................................... 14
4.3 Meio biótico.................................................................................................................... 16
4.4 Infraestrutura e logística .............................................................................................. 19
4.5 Economia e IDH ............................................................................................................ 19
4.6 Dinâmica populacional ................................................................................................. 20
4.7 Dinâmica de uso e ocupação do solo municipal .......................................................... 20
4.8 Dinâmica de uso e ocupação do solo urbano .............................................................. 27
5 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SISTEMAS DA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS .................................................................................................................... 30
5.1 Abastecimento de água ................................................................................................. 30
5.1.1 Descrição geral do sistema de abastecimento de água de Açailândia ............................. 30
5.1.2 Caracterização da cobertura dos serviços ........................................................................ 31
5.1.3 Qualidade da água tratada................................................................................................ 31
5.2 Esgotamento sanitário .................................................................................................. 34
5.3 Resíduos sólidos ............................................................................................................. 36
5.4 Drenagem pluvial .......................................................................................................... 50
6 PROGNÓSTICO COM CENÁRIOS DE METAS E DEMANDAS E
ESTUDOS DE ALTERNATIVAS TÉCNICAS ......................................................... 51
6.1 Abastecimento de água ................................................................................................. 51
6.1.1 Identificação do potencial de fontes hídricas para o abastecimento ............................... 51
6.1.2 Balanço de oferta e demanda .......................................................................................... 52
6.1.3 Metas das perdas hídricas................................................................................................ 54
6.1.4 Redução de perdas de água Índice de perdas de água ..................................................... 55
6.1.5 Planejamento do sistema de abastecimento de água ....................................................... 56
6.1.6 Desafios no abastecimento hídrico.................................................................................. 56
6.2 Esgotamento sanitário .................................................................................................. 60
6.2.1 Metas para os serviços de saneamento básico................................................................. 61
6.2.2 Objetivos e Metas para os serviços de esgotamento sanitário ........................................ 62
6.2.3 Alternativas para o esgotamento sanitário ...................................................................... 64
6.3 Objetivos e Metas para os serviços de limpeza urbana/rural e manejo de
resíduos sólidos .............................................................................................................. 64
6.3.1 Gestão de Resíduos Sólidos ............................................................................................ 66
6.3.2 Cenários alternativos de demandas por serviços ............................................................. 68
6.3.3 Desafios na seleção de sítios potenciais para aterro sanitário ......................................... 69
6.3.4 Identificação de sítios potenciais preliminares ............................................................... 70
6.3.5 Compatibilização das Carências de Saneamento Básico com as Ações do PMSB ........ 73
6.3.6 Hierarquização das áreas de intervenção prioritárias ...................................................... 73
6.3.7 Definição de objetivos e metas ....................................................................................... 73
6.4 Drenagem pluvial .......................................................................................................... 74
7 PLANO DE METAS, PROGRAMA DE OBRAS E AÇÕES, CRONOGRAMA
DE INVESTIMENTOS E AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E
CONTINGÊNCIAS ...................................................................................................... 76
7.1 Programas socioambientais .......................................................................................... 76
7.1.1 Programa de Educação Ambiental – PEA ...................................................................... 76
7.1.2 Programa para formação de agentes ambientais ............................................................. 77
7.1.3 Programa pró-catador ...................................................................................................... 78
7.1.4 Implantação de Ecopontos ............................................................................................... 79
7.1.5 Projeto Horta Comunitária .............................................................................................. 79
7.1.6 Programa de Comunicação Social – PCS ........................................................................ 79
7.2 Abastecimento de água ................................................................................................. 80
7.3 Esgotamento sanitário .................................................................................................. 83
7.3.1 Ações propostas .............................................................................................................. 83
7.3.2 Ações de emergências e contingências ........................................................................... 90
7.3.3 Desafios logísticos .......................................................................................................... 91
7.3.4 Regras de funcionamento para situações críticas e tarifas de contingência .................... 92
7.3.5 Regras para um funcionamento seguro dos sistemas ...................................................... 93
7.3.6 Regras de segurança operacional dos sistemas de esgotos ............................................. 93
7.4 Resíduos sólidos ............................................................................................................. 94
8 ANÁLISE E SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO
VISANDO À MELHORIA DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS ............................. 101
8.1 Dimensionamento dos recursos .................................................................................. 101
8.2 Projeções das demandas de serviços .......................................................................... 106
8.3 Drenagem pluvial ........................................................................................................ 108
8.3.1 Ações de emergências e contingências ......................................................................... 112
8.3.2 Regras de funcionamento em situações críticas e de contingências. ............................ 112
8.3.3 Regras de segurança operacional no sistema de drenagem urbana ............................... 113
9 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO
SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES
PROGRAMADAS ....................................................................................................... 114
9.1 Abastecimento de água ............................................................................................... 114
9.2 Esgotamento sanitário ................................................................................................ 118
9.2.1 Listagem das componentes principais, atores, atividades e itens de
acompanhamento para monitoramento dos serviços de esgotos do PMSB .................. 119
9.3 Resíduos sólidos ........................................................................................................... 123
9.4 Drenagem pluvial ........................................................................................................ 125
9.4.1 Indicadores de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais ................................. 127
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 131
9
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1 INTRODUÇÃO
O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) segundo o disposto na Lei
Federal nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, busca satisfazer os requisitos necessários para que a
Prefeitura, cumpra com suas responsabilidades e obrigações na condição de titular dos serviços
públicos de saneamento básico do Município.
A implementação da Política Municipal de Saneamento é um passo fundamental na
busca da universalização das ações e serviços de saneamento ambiental no Município de
Açailândia, buscando assim alcançar a melhoria das condições sanitárias e ambientais do
município e, por consequência, da qualidade de vida da população.
No Diagnóstico (Produto II), foram realizados estudos que levantaram as
características socioeconômicas, de infraestrutura e administrativas do município e a demanda
nos sistemas de abastecimento de água, esgoto, drenagem pluvial e coleta de resíduos no
horizonte de planejamento, analisando a capacidade de oferta, qualidade e reservação destes
sistemas.
O Produto III apresentou o planejamento dos recursos humanos, financeiros,
naturais, materiais e tecnológicos necessários à universalização, dentro de um contexto de
eficiência, com minimização de perdas, desperdícios e a ampliação da infraestrutura e da
qualidade nos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial,
coleta e destinação de resíduos sólidos no município de Açailândia.
O Produto IV apresentou os Programas, projetos e ações necessárias para atingir
os objetivos e as metas do PMSB, apresentados no Produto III.
O Produto V apresentou os mecanismos que visam garantir a transparência e a
ampla divulgação das informações do saneamento básico à população do município, através das
metas, ações e resultados propostos no horizonte de 20 anos.
O Produto VI consiste de síntese contextualizada dos dados apresentados do
Produto II (Diagnóstico) ao Produto V (Mecanismos e Procedimentos de Controle Social e dos
Instrumentos para o Monitoramento e Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e
Efetividade das Ações Programadas). A sua elaboração foi feita a partir da seleção dos
principais aspectos ambientais e socioeconômicos do diagnóstico municipal e contextualização
dos mesmos para os cenários de metas de curto, médio e longo prazo.
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2 METODOLOGIA
A metodologia utilizada na elaboração do PMSB de Açailândia não considera
apenas a necessidade de desenhar soluções tecnológicas e de infraestrutura, mas também as
variáveis socioculturais e ambientais envolvidas na formulação das soluções de saneamento,
desde a adequação as necessidades, expectativas e valores culturais da população até as
vocações econômicas e aspectos ambientais da cidade.
O produto VI consiste de síntese contextualizante dos dados apresentados no
Produto II (Diagnóstico) ao Produto V (Mecanismos e Procedimentos de Controle Social e dos
Instrumentos para o Monitoramento e Avaliação Sistemática da Eficiência, Eficácia e
Efetividade das Ações Programadas).
A sua elaboração foi realizada a partir da seleção dos principais aspectos ambientais
e socioeconômicos do diagnóstico municipal e contextualização dos mesmos para os cenários
de metas de curto, médio e longo prazo.
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3 O OBJETIVO GERAL DE UM PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
O PMSB é em essência um Plano de Gestão de território e recursos naturais. O
território é o ambiente urbano e semiurbano, de maiores densidades populacionais e os recursos
“naturais” a saúde e qualidade de vida da população. Essas, por sua vez, são avaliadas pela
capacidade de gestão de recursos hídricos potáveis e despoluídos e destinação adequada de
resíduos sólidos. Um Plano de Gestão realista deve considerar a dinâmica espacial e temporal
dos padrões de uso e ocupação do território, pois ambas determinarão os cenários de demanda
e comprometimento dos recursos naturais do território.
Finalmente, é importante ressaltar que existem territórios que apresentam
dinâmicas espacial e temporal semelhantes, mas estas semelhanças não eliminam a necessidade
de identificar e entender suas potenciais peculiaridades e idiossincrasias. Em outras palavras,
cada território é único em seus desafios e soluções.
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4 A VISÃO GERAL DO MUNICÍPIO
4.1 Situação político administrativa
O município de Açailândia está situado na mesorregião oeste maranhense e
microrregião de Imperatriz. Foi emancipado em junho de 1981 pela Lei Estadual n° 4295,
desmembrado integralmente do município de Imperatriz.
Faz limite ao norte com os municípios de Itinga e Bom Jardim, a leste com os
municípios de Bom Jesus das Selvas e Buriticupu, a sul com João Lisboa, São Francisco do
Brejão e Cidelândia e a oeste com os municípios paraenses de Rondon do Pará e Dom Eliseu
(mapa 1).
Apresenta extensão areal de 584.690 ha, o que o torna o 12° município maranhense
em extensão (de um total de 217) e o quarto de maior Produto Interno Bruto (PIB). Tem
dimensão aproximada de 100 km tanto em seu eixo máximo longitudinal quanto latitudinal
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2011a).
Em população é o oitavo colocado, com um total em 2010 de 104.047 habitantes,
com estimativa no ano de 2016 de 110.543 pessoas, sendo observado que a evolução
populacional vem apresentando percentuais de decréscimo de 2000 a 2007.
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Mapa 1 - Mapa político administrativo – cenário 2010
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4.2 Meio físico
O total pluviométrico anual médio em Açailândia, para o período de 1996 a 2011,
foi de 1507,61 mm (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, 2017).
A temperatura do ar é bastante acentuada na região e apresenta certa
homogeneidade espacial e uma variação anual pouco significativa, sendo esta última
consequência da posição da região em relação ao equador. As temperaturas médias anuais na
região alcançam 25,9ºC. A evapotranspiração potencial, bem como a evapotranspiração real,
são mais intensas no período das chuvas concentrando-se, sobretudo, no verão. Esses valores
são elevados nessa estação por causa da radiação solar que é mais intensa neste período como,
também, do comprimento do dia que é mais longo e, ainda, o volume de água disponível que é
maior nesta estação.
As deficiências hídricas na região se manifestam a partir do mês de maio quando a
mesma deixa de ser influenciada pela convergência intertropical. É o início da estação das chuvas
efetivas negativas, a qual se estende, normalmente, até o mês de outubro. Os meses com déficit
hídricos mais críticos correspondem ao trimestre mais seco na região, julho-agosto- setembro. Os
excedentes hídricos na região se manifestam a partir do mês de janeiro.
A classificação tipologia Climática da região segundo Köppen, caracteriza-se como
Clima Úmido (B1) com chuvas de verão, período seco bem definido no inverno.
Segundo Thornthwaite e Matther (1955), caracteriza-se como o Clima úmido
B1WA’a’, com moderada deficiência hídrica no inverno entre os meses de junho a setembro,
megatérmico (A’), ou seja, temperatura média acima de 180C, sendo que a soma da
evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação à
evapotranspiração potencial anual de (a’).
Do ponto de vista geológico, a área de influência encontra-se inserida na bacia do
Parnaíba ou do Maranhão, que se constitui numa das três grandes bacias intracratônicas brasileiras,
a qual cobre quase integralmente os Estados do Maranhão, Piauí e partes do Tocantins e Ceará.
A bacia tem forma aproximadamente oval, sendo limitada ao norte pelas bacias de São
Luís e Barreirinhas; a oeste, sul e leste pelo Escudo Central Brasileiro e Escudo Costeiro Brasileiro,
respectivamente. Todas as rochas do território municipal são de origem sedimentar.
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As áreas de maior altitude apresentam depósitos detríticos e/ou lateríticos com
sedimento arenoso, areno-argiloso e conglomerático, do período Neógeno da Era Terciária, com
idade entre 1,75 a 23,5 milhões de anos.
Abaixo dos depósitos sedimentares terciários está a Formação Itapecuru da Era
Cretácea Superior, com idade aproximada de 65 milhões de anos. As rochas características
dessa formação são o arenito, siltito e folhelho depositados em ambiente fluvial e lacustre. A
Formação Itapecuru é exposta nos fundos de vale e encostas escavadas.
O relevo da área estudada se caracteriza por pequenas colinas e chapadas. A
altitude, acima do nível do mar, oscila dos 80 m na porção mais baixa do Rio Açailândia, aos
400 m, no topo das chapadas a noroeste de Açailândia (mapa 2).
As chapadas constituem as feições geomórficas mais antigas, cujo processo de
modelagem teria se iniciado no Terciário Inferior e finalizado no Terciário Médio, quando o
soerguimento generalizado do Continente Sul Americano promoveu a exposição diferencial das
unidades geológicas da região e reativou a erosão que produziu a sua compartimentação, pondo
em destaque as formas das chapadas.
No Terciário Superior, as evoluções dos processos de aplainamento sob domínio da
erosão lateral produziram o rebaixamento da área, com à formação das depressões
intermontanas e periféricas, que representam a segunda superfície de erosão.
O trabalho de rebaixamento do relevo desta última superfície o continuou até o
Pleistoceno Superior, quando mais um movimento epirogenético positivo na área produziu a
retomada da erosão, com o aprofundamento da rede de drenagem ao longo dos vales e o
retrabalhamento dos pedimentos nas encostas. Sobre esta superfície de erosão, a rede
hidrográfica local dá prosseguimento ao seu trabalho de morfogênese nos dias atuais.
A presença de superfícies dissecadas em escarpas erosivas das chapadas, relacionadas
às ravinas e encostas de vales encaixados, representam áreas de elevada susceptibilidade erosiva
decorrente de sua forte inclinação, da litologia friável e da presença de coberturas instáveis.
Em uma escala local, o potencial erosivo das encostas de vales e ravinas pode
apresentar riscos para a ocupação informal em zonas urbanas.
A hidrografia municipal é caracterizada por cursos de água de pequeno porte,
geralmente intermitentes, em consequência da posição municipal como divisor de águas para
as bacias hidrográficas dos rios Capim, Gurupi e Pindaré.
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Os cursos de água permanentes principais são o rio Ararandeua (Bacia Rio Capim),
rios Itinga e Açailândia (Bacia Rio Gurupi), e o rio Pindaré, que delimita o território municipal
a leste, e seus afluentes Córrego Brejão e Rio Azul.
4.3 Meio biótico
Do ponto de vista botânico, esta é uma região complexa devido ao seu caráter de
transição entre a floresta tropical úmida (amazônica) e os cerrados da região sul do estado. A
região de estudo comporta quatro ecossistemas básicos, sendo três aquáticos e um terrestre.
Os sistemas aquáticos são o Rio Pindaré e suas planícies de inundação e as áreas de
córregos e baixios ocorrentes ao longo de vales e depressões. O ecossistema terrestre é
representado por áreas de solo não exposto à inundação e bem drenados.
Três destes ecossistemas têm potencial para suportar cobertura vegetal arbórea. São
eles: a planície de inundação do Rio Pindaré, com a mata de várzea estacional; os baixios e
margens de córregos, com a mata de várzea; e a terra firme, com a mata aberta.
Subsistemas podem ser identificados em cada um dos ecossistemas acima citados,
com base em variações espaciais de parâmetros ambientais principais. Subsistemas podem
apresentar padrões distintos de vegetação, contudo estas variações irão ocorrer dentro de um
padrão típico de cada ecossistema.
Na mata de várzea estacional e mata de várzea, os parâmetros-chave são a variação
em hidroperíodo (tempo exposição / submersão) e as propriedades físico-químicas da água
inundante.
Para a floresta de terra firme, os parâmetros principais são o relevo / altitude e o
tipo de solo.
A mata de várzea estacional ocupa a planície de inundação do Rio Pindaré e está
adaptada a longos períodos de inundação, associados aos períodos de cheia do rio.
A mata de várzea geralmente ocorre ao longo de cursos d’água e no fundo de vales
e depressões, apresentando flora altamente adaptada a longos períodos de submersão parcial ou
total. Contudo este ambiente difere da várzea estacional em vários aspectos. A mata de várzea
tem um hidroperíodo distinto, passando mais tempo submersa ou com lençol freático próximo
à superfície do que a várzea estacional.
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O ecossistema terrestre original caracterizava-se por cobertura vegetal do tipo
amazônico, que se subdividia em dois tipos principais que eram a mata aberta com palmeiras e
a mata aberta sem palmeiras.
A cobertura vegetal atual é uma justaposição dos padrões originais com padrões
secundários em diferente estágio de intervenção humana.
O município não abriga unidades de conservação federais, estaduais, municipais e
territórios indígenas. Duas Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN), totalizando
2.857 ha, estão inseridas no mesmo (mapa 2).
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Mapa 2 - Relevo da área de estudo
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4.4 Infraestrutura e logística
O município possui uma localização estratégica, no entroncamento rodo-
ferroviário, formado pelas rodovias Belém-Brasília (BR-010) e BR-222, que liga a
Belém/Brasília à BR-316 (Pará/Maranhão). Nesta área formou-se ainda o entroncamento das
ferrovias Carajás-São Luís e Norte-Sul (primeiro trecho), ligando Açailândia à cidade de
Imperatriz situada 80 Km ao sul. Desta forma, a BR 222 tem grande importância para esta
cidade, pois a mesma é a principal via de acesso para a capital do Estado, São Luís (mapa 1).
A logística rodoviária e ferroviária está disposta ao longo de eixo nordeste a sul e é
deficiente o sistema viário secundário pavimentado. Estradas carroçais predominam na zona
rural e ficam de difícil trânsito na estação chuvosa. O município não possui rios navegáveis.
4.5 Economia e IDH
A economia do município está baseada na indústria siderúrgica, sendo a exportação
de ferro gusa gerada pelas indústrias instaladas a sua principal fonte de renda, além de possuir
um dos maiores rebanhos bovinos do Estado. Este cenário é ratificado pelos dados do IMESC
que registra Açailândia como a 4ª maior economia do Maranhão. Desta forma, pode-se
apresentar que o perfil econômico tem como principal atividade a Pecuária e Silvicultura, onde
na primeira, destaca-se a criação de bovinos.
Os empreendimentos conduzidos através de indústrias siderúrgicas, voltadas à
produção de ferro gusa, passaram a partir da década de 1980. Atualmente, das 5 grandes
siderúrgicas do polo Açailândia, apenas duas estão em operação, e mais uma aciaria, sendo que
uma destas não realiza mais exportação, apenas alimenta a aciaria. Este cenário de encerramento
e demissões, além de impactar diretamente no setor industrial, gera como efeito cascata danosos
impactos ao setor de serviços, onde já são constatados fechamentos de empresas e comércios.
A demissão em massa, bem como a drástica redução do capital circulante no município tem
alto poder de comprometer severamente a gestão de recursos econômicos, sociais e ambientais.
O cenário ora apresentado ratifica a posição de destaque e importância do município
de Açailândia na base econômica do estado, corroborando para acrescer a relevância da garantia
de adequada e satisfatória disponibilidade hídrica. Isto porque o desenvolvimento econômico
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de uma localidade, principalmente com bases econômicas relacionadas à agropecuária e
indústria, possui incontestável necessidade da disponibilidade de recursos hídricos.
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDHM) de Açailândia foi 0,672, em 2010, o que situa esse
município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699).
De acordo com o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) elaborado pelo
Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográfico (IMESC), o município de
Açailândia ocupa o 5º lugar no ranking estadual, registrando um Índice de Desenvolvimento
Econômico de 0,530.
4.6 Dinâmica populacional
Entre 2000 e 2010, o município de Açailândia cresceu e registrou acréscimo em sua
taxa de urbanização de 72,65% para 75,19%. Conforme dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a cidade conta com 78.241 moradores na zona urbana, e 25.772
residentes na zona rural. Ainda descrevendo o cenário do perfil da população de Açailândia, o
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, ratifica que entre os anos de 2000 e 2010, a razão
de dependência no município passou de 68,88% para 55,43% e a taxa de envelhecimento, de
3,06% para 4,57%. Em 1991, esses dois indicadores eram, respectivamente, 85,23% e 2,20%.
Ratificando esse cenário, dentre os fatores que impulsionaram o crescimento numa
taxa de mais de 200% no período entre 1999 e 2008, citam-se a abertura do loteamento Vila
Ildemar, hoje o maior bairro da cidade, e da ocupação das proximidades das siderúrgicas com
o bairro Pequiá. Ambos surgiram as margens da BR 222 e se aproximando da Ferrovia Carajás.
4.7 Dinâmica de uso e ocupação do solo municipal
Dentre os estados da Amazônia Brasileira o Maranhão é aquele com a colonização
mais antiga pelo elemento europeu. A interiorização a partir dos rios Itapecuru e Mearim fez
com que a já existissem fazendas de gado, por exemplo, na região de Viana em meados do
século XVII.
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A interiorização, contudo, não foi completa, principalmente naquelas desprovidas
de rios ou com rios não navegáveis. Neste último caso enquadra-se a região pré-amazônica que
será exposta a colonização intensa e desenvolvimento econômico somente a partir da
construção da rodovia Belém-Brasília e posteriormente com a implantação da Ferrovia Carajás;
O modelo de expansão econômica e colonização da pré-amazônia maranhense
seguiu o padrão típico de expansão de fronteiras agrícolas em áreas de floresta densa. Neste, o
processo de ocupação inicia-se com o desmatamento ao longo das principais vias de acesso para
a extração de madeira de lei, com conversão posterior das áreas desmatadas para agricultura
extensiva e de subsistência. A agricultura de baixa tecnologia e sem insumos leva ao abandono
das áreas desmatadas em poucos anos e abre o espaço para a pecuária extensiva. A necessidade
de manter o pasto com auxílio de queimadas sazonais impede o retorno da floresta original e
transforma a área desmatada em paisagem permanente;
A evolução econômica regional não se encerra com a implantação de uma pecuária
extensiva. Em função da crescente melhoria logística e de infraestrutura da região têm-se uma
evolução natural para uma sociedade de serviços centrada principalmente na cidade de
Imperatriz;
Independentemente da consolidação das cidades de Imperatriz e Açailândia como
polos de serviço e centros logísticos, surge um novo cenário com a descoberta das reservas de
minérios na Serra dos Carajás, que passam a ser uma riqueza real quando da construção da
Ferrovia Carajás na década de 1980.
A existência da ferrovia traz uma nova possibilidade de mudança econômica na
forma da industrialização do minério de ferro transportado pela então Companhia Vale do Rio
Doce. Surge assim o polo siderúrgico de Açailândia, inicialmente com duas indústrias de ferro
gusa, que gradativamente aumentam sua produção, até atingir o patamar anual de 1,8 milhões
de toneladas.
O polo siderúrgico ocupa diretamente 6.500 hectares (instalações industriais e
plantios de eucalipto adjacentes) no distrito de Pequiá em Açailândia, e indiretamente vários
milhares de hectares de silvicultura na forma de plantios de eucaliptos para fornecimento de
carvão vegetal para os altos-fornos das siderúrgicas.
É importante ressaltar que a implantação do polo siderúrgico e de suas fazendas de
eucalipto associadas não eliminou os usos tradicionais representados pela agricultura e
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pecuária. Na prática os vários estágios de desenvolvimento econômico hoje coexistem com
distintas importâncias relativas.
Visão mais específica da dinâmica territorial de Açailândia pode ser obtida por
análise dos mapas 3 a 5.
Em 1984 é nítida a predominância de áreas desmatadas (vegetação herbácea e arbórea
arbustiva – capoeira) ao longo dos eixos das duas rodovias federais, mas principalmente na BR-
010. Observar que o desmatamento não se restringe às áreas lindeiras das rodovias, mas se espalha
para as áreas de maior potencial agrícola adjacentes, tais como os fundos de vales.
Em 2000 está consolidado o modelo de expansão a partir dos eixos rodoviários
federais. Os padrões de uso e ocupação do solo agora indicam tanto a conversão da floresta
original para pastagem quanto para agricultura. As áreas de vegetação arbórea desenvolvida
agora estão restritas a algumas manchas na porção oeste do município, tendo sido convertidas
em capoeira (arbóreo – arbustivo) e vegetação herbácea.
O cenário populacional do município Açailândia, de acordo com o Censo 2010 do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2011b), é de uma população urbana com 52.882
habitantes e população rural com 20.468 habitantes.
A população rural está concentrada nos povoados: Macaúba, Nova Conquista,
Conquista da Lagoa, Macaúba, Córrego Novo, Novo Bacabal, e assentamentos Califórnia,
Santa Clara e Sudelândia,
O mapa 5 ilustra a situação atual de uso e ocupação do solo municipal a partir dos
padrões de distribuição da população municipal em 2016, da localização da malha ferroviária e
rodoviária e projetos agroflorestais.
Na porção leste do município a população ocupa preferencialmente os fundos de
vale dos afluentes do Rio Pindaré. O padrão indica, possivelmente, uma predominância de
atividade agrícola de subsistência, que dependeria de acesso mais fácil aos cursos de água para
captação de água. Os projetos agroflorestais estão concentrados nas partes mais altas, mas
também ocorrem em altitudes intermediárias e de fundo de vale.
Na região central, mas especificamente a sub-bacia do Rio Açailândia, observa-se
a nítida influência dos corredores ferroviários e rodoviários na distribuição da população. Na
convergência dos corredores está a área urbana da sede municipal, evidenciando a concentração de
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população como resposta à vocação de logística e serviços do aglomerado urbano. Os projetos
agroflorestais situam-se nas porções mais altas (chapadas) e altitudes intermediárias.
Na porção oeste do município a população ocupa preferencialmente as áreas mais
elevadas em detrimento das áreas de fundo de vale e áreas de altitude intermediária. Essa
concentração pode estar relacionada à distribuição dos projetos agroflorestais e de assentamento
agrícola.
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Mapa 3 - Padrões de uso e ocupação do solo de Açailândia – situação em 1984
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Mapa 4 - Padrões de uso e ocupação do solo de Açailândia – situação em 2000
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Mapa 5 - Dinâmica de uso e ocupação do solo de Açailândia – situação 2016
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4.8 Dinâmica de uso e ocupação do solo urbano
A zona urbana de Açailândia está dividida nos seguintes bairros/setores: Centro,
Parque das Nações, Jacu, Vila Maranhão, Jardim Brasil, Jardim Glória, Jardim de Alah, Vila
Gastão, Barra Azul, Boa Vista, Vieira, Vila Sarney Filho, Laranjeira, Gramacosa, Vila
Tancredo, Getat, Vila Progresso, Residencial Tropical, Vila Capeloza, Vila Ipiranga, Vila
Ildemar, Jardim América, Vila São Francisco, Baixão, Vila Bom Jardim, Nova Açailândia e
Novo Bairro. Além da nova área de expansão composta por: Novo Horizonte, Plano da Serra,
Pequiá, Pequiá de Baixo e Distrito Industrial.
A dinâmica populacional da sede foi estudada a partir do mapeamento da expansão
da mancha urbana da sede municipal em mapas convencionais e imagens satélite para os anos
de 1983, 1996, 2005 e 2015.
O mapa 6 ilustra a expansão da área urbana da sede municipal nos últimos 32 anos.
A cidade de 1983 incluía o atual centro e os bairros em seu entorno imediato e estava
posicionada exatamente na confluência das duas BRs.
A expansão de 1983 a 1996 se dá ao longo de 4 km do eixo da BR 222 no sentido
de São Luís. Nesse período observa-se o surgimento de bairros não conectados ao eixo da BR
222, tais como Bom Jardim, na margem oposta do Córrego Esperança, e Vila Ildemar, adjacente
à Ferrovia Carajás.
Entre 1996 e 2005 observa-se apenas uma consolidação dos vazios urbanos
deixados pela expansão urbana de 1983 a 1996, e a consolidação de Vila Ildemar como mancha
urbana situada entre os corredores ferroviário e rodoviário.
De 2006 a 2015 observa-se expansão significativa a partir da consolidação de vazios
urbanos a leste, sul e norte do aglomerado urbano em 2005. Uma peculiaridade dessa fase de
expansão é a retomada da BR 010, no sentido de Belém, como eixo de expansão urbana.
O mapa 7 superpõe a área urbana de 2016 ao relevo e drenagem, e revela padrões
importantes de dinâmica espacial da sede municipal.
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Mapa 6 - Cenário de expansão urbana da sede municipal de Açailândia período de 1983 a 2015
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Mapa 7 - Dinâmica urbana no cenário de relevo e drenagem
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5 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SISTEMAS DA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS
Os sistemas aqui considerados são o abastecimento de água, o esgotamento
sanitário e a coleta e disposição de resíduos sólidos
5.1 Abastecimento de água
A cobertura dos serviços de abastecimento de água potável no município de
Açailândia é feita por duas empresas, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e a
Companhia de Água e Esgoto do Maranhão (CAEMA). O SAAE ocupa a maior parte do
território do município tendo 29 poços tubulares, que atende a 44 bairros, com 17.070 unidades
consumidoras, assim distribuídas.
As empresas não apresentam ou não conhecem o potencial do manancial
subterrâneo do município, assim não tem condições de planejar, visto não ser possível planejar
sobre aquilo que não se conhece. Devido a este conflito a segurança hídrica do município fica
comprometida, havendo um possível conflito a ser mediado e resolvido, através do Estado, com
o município durante uma decisão.
5.1.1 Descrição geral do sistema de abastecimento de água de Açailândia
O serviço de abastecimento de água da cidade iniciou antes da emancipação do
município, com a construção de pequenos sistemas, constituídos de poços tubulares com
profundidade em torno de 100 metros, reservatórios elevados de fibra de vidro com capacidade
de 10000 litros e rede de distribuição em PVC. Os recursos eram repassados através de
convênios com o Ministério da Saúde (Fundação Nacional da Saúde (FNS)/ Fundação Nacional
de Saúde (FUNASA)), que atendia a municípios com população até 50 mil habitantes. Estes
sistemas, na sua maioria eram administrados pela Prefeitura Municipal, entretanto outros eram
administrados por associações de moradores, clubes de mães e congêneres, ficando algumas
vezes nas mãos de pessoas físicas que os exploravam economicamente. Também foram
realizados convênios com o Estado do Maranhão, através da Secretaria Estadual de Saúde e da
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CAEMA, resultando em vários sistemas de abastecimento de maior porte interligados na zona
urbana da cidade, o que veio a constituir o primeiro sistema de abastecimento de água da Cidade
de Açailândia, operado pela Concessionária Estadual em regime de concessão por prazo de 50
anos. Dessa forma, até a metade da 1ª década do século XXI, o abastecimento de água da cidade
de Açailândia era feito em três modalidades:
a) Sistema da CAEMA responsável pelo abastecimento do centro da cidade;
b) Sistemas periféricos operados pela prefeitura através da Secretaria de Obras e
Serviços;
c) Sistemas periféricos avulsos operados por entidades comunitárias e por
particulares.
5.1.2 Caracterização da cobertura dos serviços
O município de Açailândia conta atualmente com uma cobertura nos serviços de
abastecimento de água potável no qual é realizado por duas empresas, o SAAE e a CAEMA. O
SAAE ocupa a maior parte do território do município tendo 29 poços tubulares, que atende a
44 bairros, com 17.070 unidades consumidoras, assim distribuídas.
A situação de hidrometação das unidades do SAAE encontra-se assim distribuída: com
hidrômetro 5.756 = 33,72 % e sem hidrômetro 11.314 = 66,28 %. A CAEMA em que pese
ocupar menor parte do território atende a maior parte do centro urbano através de oito poços
tubulares, que retiram a somatória de 682m³/h, atende a 10.296 unidades, com oferta de 384,7
l/hab/dia. As duas empresas exploram provavelmente os mesmos aquíferos, sem haver
compartilhamento de informações na gestão do manancial. Este procedimento impede ações de
planejamento correto, quanto ao potencial existente, não sendo possível estabelecer
disponibilidade. É provável que a exploração esteja acontecendo em condições de interferência
e ou em condições promotoras de danos aos aquíferos.
5.1.3 Qualidade da água tratada
Com relação à qualidade das águas dos poços cadastrados não foram realizadas, “in
loco”, medidas de condutividade elétrica, em amostras de águas dos poços cadastrados, que é a
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capacidade de uma substância conduzir a corrente elétrica, diretamente relacionada com o teor
de sais dissolvidos.
Na maioria das águas subterrâneas naturais, a condutividade elétrica da água
multiplicada por um fator, que varia entre 0,55 e 0,75, gera um valor estimativo dos Sólidos
Totais Dissolvidos (STD). No diagnóstico foi utilizado o fator médio 0,65 para se obter o teor
de sólidos totais dissolvidos, a partir do valor da condutividade elétrica, medida por
condutivímetro nas águas dos poços cadastrados e amostrados.
A água com demasiado teor de sais dissolvidos não é recomendável para
determinados usos. De acordo com a classificação de Mcneely, Neimanis e Dwyer (1979),
Quadro DDDD, considera-se que águas com teores de STD menores do que 1.000 mg/L de
sólidos totais dissolvidos são, em geral, satisfatórias para o uso doméstico, sendo consideras de
tipologia doce. Ressalta-se que para fins industriais podem ser utilizadas, respeitando-se os
processos envolvidos, de acordo com critérios específicos de cada indústria.
Com relação aos STD apresenta uma média por poço de 98,25 mg/L, com valor
mínimo de 20,49 mg/L, encontrado na fazenda Santa Cruz (poço JC 758) e valor máximo de
410,61 mg/L detectado na localidade Nova Conquista (poço JH 883). De acordo com a
classificação de Mcneely et al. (1979), 100% das águas analisadas se enquadram no tipo doce.
Conforme Correia Filho (2011), os estudos hidrogeológicos e a análise e processamento dos
dados coletados no cadastramento de poços no município de Açailândia permitiram estabelecer
as seguintes conclusões:
a) Geologicamente a área do município está representada pelos sedimentos das
formações Itapecuru (K12it) - Cretáceo; e Depósitos Detrito-Lateríticas (Nd) –
Terciário;
b) O inventário hidrogeológico, realizado no município de Açailândia, registrou a
presença de 324 pontos d’água, sendo 320 poços tubulares, 03 poços amazonas
e 01 fonte natural;
c) Todos os locais dos poços tubulares levantados estão classificados em duas
naturezas: públicos 75 poços tubulares, quando estão em terrenos de servidão
pública e particulares 245 poços tubulares, quando estão situados em
propriedades privadas;
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d) Em relação ao uso da água 61 poços são utilizados para o abastecimento urbano,
66 poços são para uso doméstico, 119 para uso doméstico e animal, 09 para uso
doméstico e irrigação, 20 são utilizados na indústria, 05 tem uso múltiplo, 123
(uso doméstico, animal, industrial e na agricultura) e em 40 poços tubulares não
foram obtidas informações sobre o uso da água;
e) Quanto à natureza geológica da localização dos poços tubulares, em relação aos
domínios hidrogeológicos de superfície, 100% estão locados sobre terrenos
sedimentares;
f) O aquífero Itapecuru ocorre como aquífero livre ou semiconfinado na área do
município. Por ser formado litologicamente por arenitos finos a muito finos,
predominantemente argilosos, com intercalações de siltitos e argilitos, pode ser
classificado como de potencial hidrogeológico de fraco a médio, com vazões
ariando entre 5,0 a 12,0 m³/h, podendo, em alguns casos, atingir mais de
40,0m³/h;
g) Com relação à qualidade das águas dos poços cadastrados foram realizadas, “in
loco”, medidas de condutividade elétrica, em amostras de águas de 279 poços;
h) A Condutividade Elétrica, obtida nas amostras analisadas dos poços cadastrados,
apresenta em 100,0% baixos valores de STD, caracterizando a água como doce,
ou seja, de boa potabilidade para o consumo humano, como determina a Portaria
do MS nº 2914/2011;
i) Em termos de STD apresenta uma média, por poço, de 98,25 mg/L, com valor
mínimo de 20,49 mg/L, encontrado na fazenda Santa Cruz (poço JC 758) e valor
máximo de 410,61 mg/L detectado na localidade Nova Conquista (poço JH 883).
De acordo com a classificação de Mcneely, Neimanis e Dwyer (1979), 100% das
águas analisadas se enquadram no tipo doce.
O Sistema de Abastecimento de Água tem como objetivo disponibilizar água
potável aos consumidores, atendendo requisitos recomendados, com garantia de quantidade e
qualidade. O sistema público de abastecimento de água é constituído por uma captação de água
superficial, tubulações, estação de tratamento, reservatórios, equipamentos e demais instalações
destinadas ao fornecimento de água potável.
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5.2 Esgotamento sanitário
A Cidade de Açailândia não possui sistema público de esgotamento sanitário, nem
mesmo projeto para sua construção. Em termos de saneamento, a preocupação ainda é com o
abastecimento de água e com a drenagem, esta última em função do perigo oferecido pela
erosão urbana. No entanto, o IBGE em suas pesquisas identifica em torno de 1% o número de
domicílios ligados à rede coletora de esgotos. Isto ocorre pelo fato de pequena parcela de
domicílios ou lojas estarem situados em ruas onde passam galerias de águas pluviais,
construídas sem aspectos técnicos de engenharia e suas instalações sanitárias estarem
interligadas às mesmas.
A grande maioria dos domicílios de Açailândia, possui sistemas individuais de
tratamento e/ou disposição de esgotos do tipo fossa e sumidouro, com as seguintes versões:
Fossa com sumidouro - construídos de acordo com a Norma Brasileira (NBR)
7229 de 1993, são admitidos como solução técnica quando o solo tem coeficiente de
permeabilidade compatível com a produção de esgoto efluente de fossa, e estejam afastados no
mínimo 3 metros na vertical do nível d’água e 20 metros na horizontal em relação ao poço de
abastecimento. Por outro lado, o projeto prevê a limpeza da fossa a cada 6 meses, o que
geralmente não chega ao conhecimento nem do proprietário nem dos órgãos de vigilância
sanitária. Este descontrole acarreta deficiência na manutenção e consequente comprometimento
na eficiência do tratamento e na poluição do solo e da água (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 1993).
Tanque séptico de calçada - construído no passeio público, funciona apenas como
um depósito temporário de dejetos até seu enchimento e posterior remoção por caminhões
tanques conhecidos como “limpa-fossas”. Este sistema só recebe esgoto das bacias sanitárias,
os outros efluentes (as águas cinzas) são geralmente dispostas sobre o solo ou são dirigidas para
as sarjetas nas ruas, onde escorrem a céu aberto até encontrarem a rede de drenagem - bueiros,
galerias, valas, córregos ou rios.
Fossa Rudimentar – segundo o Plano Diretor Municipal, 59% dos domicílios do
município utilizam este tipo de destinação para seus esgotos. É descrito como um sistema em
que a instalação sanitária, havendo ou não vaso sanitário, encontra-se ligada à fossa rústica
(fossa negra, poço, buraco, etc.).
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Descreve ainda o Plano Diretor que, tanto na zona rural (29,7%) quanto na urbana
(17,4%), muitos domicílios não dispõem de instalação sanitária de qualquer tipo, sendo os
esgotos domésticos lançados sem nenhum tratamento no meio ambiente, propiciando a
proliferação de doenças e degradação ambiental com reflexos negativos no desenvolvimento
econômico e na qualidade de vida da população.
a) Área rural
A zona rural de Açailândia, não possui um sistema público de coleta e tratamento
de esgoto. O tratamento das comunidades rurais é exclusivamente domiciliar, através de fossas
sépticas, sumidouros e similares existentes nos terrenos das construções.
b) Área urbana
A zona urbana de Açailândia, apresenta sérios problemas com relação ao esgoto
doméstico e águas servidas, pois existem muitas ligações clandestinas de sumidouros
diretamente na rede de drenagem da área urbana. O poder público não dispõe de um método
para coibir estas ações, vindo a prejudicar toda a população. É elevado o número de residências
sem esgotamento adequado, com lançamento direto na rede pluvial, na rua e ainda diretamente
no terreno, indicando a fragilidade do sistema de saúde pública frente à precariedade do sistema
de esgotamento sanitário.
A falta de tratamento de esgoto sanitário causa baixa IDH, que um dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio (uma série de metas socioeconômicas que os países da
Organização das Nações Unidas - ONU). Além disso a ausência de tratamento de esgoto traz
doenças que afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas
doenças são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica,
animal ou humana, presentes em água contaminada. Doenças causadas pela falta de tratamento
de Esgoto Sanitário: febre tifoide, cólera, hepatite A amebíase, giardíase, leptospiroses.
Não foram encontradas informações relevantes a previsão de expansão industrial
na localidade do município de Açailândia.
Os consumos de água referentes aos cenários de início do plano foram definidos a
partir dos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Os dados de
consumo per capta relativos ao município de Açailândia, disponibilizados nesse sistema se
mostram bastante variáveis, e como há setores de abastecimento de compartilhados no
município, porém não muito confiáveis, com isso o optou se por utilizar para o consumo médio
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per capta estipulado pelo SNIS para a região Nordeste tendo base nas aferições dos últimos três
anos, na ordem de 117,5 l/hab.dia.
A cobertura de esgotamento sanitário no município de Açailândia é baixo, os
efluentes gerados deverá estar condicionado à qualidade da água efluente da unidade, a
disponibilidade de informações sobre a atual situação do município não abordou quantidade de
industrias para que se fosse traçado dados de geração de efluentes industriais, tendo em vista a
obrigatoriedade da Lei Federal de Saneamento Básico 11.445 de 07 de setembro de 2007, o
gerador se torna responsável pela geração de seu efluente, onde os parâmetros de cálculos são
fixados para atender às condições de lançamento dos efluentes segundo Resolução nº 357/2005
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
5.3 Resíduos sólidos
O diagnóstico elaborado para o setor município de Açailândia visou avaliar a
situação atual e relacionando as possíveis alternativas de ações estruturais e não estruturais e
propondo programas e metas para o gerenciamento adequado dos resíduos.
A responsabilidade pelos Serviços de Limpeza Pública de acordo com a
constituição brasileira é de competência municipal, por tratar-se de estrito interesse local, assim
como os demais componentes do saneamento básico.
Entretanto a Lei 12.305 de 2010, incentiva a gestão consorciada entre municípios
próximos, principalmente aqueles localizados na mesma bacia hidrográfica. Em Açailândia, a
Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Urbanos é a responsável por esse serviço.
a) Quantidade e qualidade de resíduos
Estimativa da produção per capita e de volume gerado de resíduos em Açailândia
(tabela 1).
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Tabela 1 - Classificação e quantidade de lixo produzido em Açailândia - MA
TIPOLOGIA PRODUÇÃO DIÁRIA
(TON.)
PRODUÇÃO MENSAL
(TON.)
Resíduo Domiciliar e Comercial 140 4200
Lixo Público (cap., podas, C. Civil 32 960
Pneus, baterias, sucatas metálicas 01 30
Totais 173 toneladas/dia 5.190 ton/mês
b) Coleta e transporte dos resíduos gerados
Varrição manual de ruas e logradouros públicos - compreende os serviços de
varrição, raspagem, corte de pequenas touceiras, a coleta e o acondicionamento dos resíduos
produzidos. Este serviço é diário no centro comercial da cidade e duas vezes por mês semana
nas avenidas e vias principais dos bairros do centro; para a execução destes serviços são
empregadas 10 equipes de 2 pessoas. A produção média diária destes resíduos é de 12ton.
Capinação, raspagem, roçagem manual e mecânica de vias e logradouros públicos
e pintura de meio-fio - estes serviços consistem em capina manual e raspagem manual de
passeios e vias não pavimentadas, assim como de logradouros com áreas públicas gramadas ou
com crescimento de matos, inclusive em barrancos e planícies inundáveis. A cada programação,
acompanha o serviço de pintura de meio-fio com solução com cal hidratada. Para a execução
destes serviços são empregadas 2 equipes de 12 pessoas e 1 de 20 Pessoas. A produção média
diária destes resíduos é de 10m³.
Coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e
de varrição – este serviço compreende a coleta porta a porta e nos logradouros dos resíduos
sólidos domiciliares, comerciais e os provenientes da varrição da área urbana, com frequência
de 3 vezes por semana (v/sem) (mapas 8 e 9). Nas localidades da zona rural Piquiá e Novo
Bacabal há coleta 3 v/sem. e em Córrego Novo e 50 BIS 2 v/sem. Este serviço na zona urbana
é realizado por 3 caminhões compactadores (17Ton) e 6 equipes de 4 homens. Na zona rural
são utilizadas 3 caçambas de 5m³. A quantidade média diária coletada é de 140 ton.
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Mapa 8 - Coleta de lixo percentual em Açailândia – MA
Mapa 9 - Mapa de coleta de lixo em Açailândia – MA
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Coleta, transporte e destino final de resíduos provenientes da capina, roçagem,
podas e da construção civil (entulhos) – Estes serviços compreendem a coleta manual ou
mecanizada do lixo público e sua destinação final. Os do primeiro grupo (capina, roçagem e
podas, vão para os lixões, enquanto os da Construção Civil são reaproveitados na recomposição
aleatória de ruas, áreas erodidas e aterros inclusive em áreas de proteção ambiental. Neste grupo
inclui-se a coleta de resíduos dispostos em 20 containers de 1,7 m³ espalhados na cidade,
próximo a locais de difícil acesso. Para este serviço são utilizadas 2 caçambas de 12m³, 2 de
5m³, e 03 carregadeiras mecânicas. A quantidade média diária coletada é de 32 ton.
Coleta, transporte e destino final de Pneus, sucatas e óleos lubrificantes – coleta
efetuada em dias alternados em borracharias, lojas de revenda e oficinas, estimando-se em 30
toneladas por mês, tendo como destino comum os lixões.
c) Equipe Técnica de Trabalho
Até o dia 31 de março de 2015, os serviços de limpeza eram executados por uma
empresa contratada, mediante licitação, e supervisionados pela (Secretaria de Infraestrutura -
SINFRA). A partir de 01 de abril, após rescisão do contrato com a terceirizada, foi criado o
Departamento de Limpeza Pública, subordinado à (SINFRA) que passou a executar de maneira
direta os respectivos serviços. Para tal foram contratados grande parte do pessoal que atuava na
prestadora anterior, cuidado este com o objetivo de manter o padrão dos serviços. Para este
primeiro momento foi contratada a locação dos equipamentos necessários para execução dos
serviços.
d) Veículos para Coleta de Resíduos em Açailândia (tabela 2)
Tabela 2 - Equipamentos utilizados na coleta de lixo em Açailândia – MA
DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE
Caminhões Compactadores – Cap. De 17 m³ 03
Caminhões basculantes – cap. De 12 m³ 03
Caminhões basculantes – cap. De 05 m³ 05
Caminhão de carroceria – cap. De 5m³ 01
Pá mecânica 01
Pá mecânica micro – Bob Cat 02
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e) Resíduos Químicos Pilhas e Baterias
A população descarta inadequadamente pilhas e baterias junto com os resíduos
domésticos, sem ter conhecimento sobre os impactos causados esta simples ação. Na
composição dessas pilhas são encontrados metais pesados, os quais são extremamente danosos
à saúde humana, como cádmio, chumbo e mercúrio, que podem causar doenças como o câncer
e outras mutações genéticas.
Para combater o impacto negativo do descarte de pilhas e baterias no meio
ambiente, foram criadas leis que obrigam os fabricantes e comerciantes a recolherem esses
materiais usados, dando a eles o descarte adequado, como a Resolução nº 257/99 do CONAMA
e, mais recentemente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de
agosto de 2010.
f) Lâmpadas fluorescentes
Em Açailândia não há a separação ou o controle sobre o descarte de lâmpadas
fluorescentes, sendo estas enviadas ao lixão. As lâmpadas fluorescentes contêm pequenas
quantidades de mercúrio, substância altamente tóxica que pode gerar como consequência riscos
à saúde pública e ao meio ambiente.
A intoxicação grave por mercúrio pode causar problemas respiratórios,
neurológicos, gastrointestinais e até mesmo levar o indivíduo contaminado a morte. Estes
materiais devem ser dispostos em aterros sanitários Classe I, em células especiais. Assim como
no caso das pilhas e baterias, uma opção para solução do descarte inadequado desses materiais
é aplicação da política de logística reversa.
g) Pneus Inservíveis
A prefeitura de Açailândia e o órgão ambiental não mantém qualquer controle sobre
pneus inservíveis, sendo estes geralmente descartados inadequadamente nos bolsões de
resíduos, lotes vazios e no lixão. Um dos maiores problemas encontrados no armazenamento
de pneus para a coleta ou reciclagem está no fato de estes propiciarem o acúmulo de água
quando estocado em áreas sujeitas a intempéries. Este cenário facilitará a criação de vetores
causadores de doenças.
h) Resíduos eletrônicos
Os resíduos de oficinas eletrônicas são de responsabilidade do próprio gerador,
devendo ser observada a política de logística reversa, porém, pela falta de uma fiscalização
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eficaz por parte do município, estes são descartados de forma inadequada sendo encaminhados
diretamente ao “lixão”.
i) Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)
Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde – o resíduo infectante proveniente de
hospitais, clinicas, postos de saúde da cidade é coletado por empresa especializada (Stericycle)
e transportado para São Luís onde é processado atendendo as normas da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
j) Destino final dos resíduos coletados
O serviço de limpeza não dispõe de instalações para a destinação adequada dos
resíduos sólidos coletados. Existe um lixão principal (-4°55’35” S, 47°32’39” O), situado a 9
km da sede (figura 1). Nesse local é jogado a maioria dos resíduos da cidade, não havendo
nenhum controle por parte do município, que apenas empurra o lixo a fim de abrir espaço para
novas descargas, feitas por veículos oficiais e particulares. Os resíduos do matadouro, incluindo
vísceras e carcaças são vistos em grande quantidade. Existem aproximadamente 35 pessoas
atuando como catadores, sendo que 7 famílias residem junto ao lixão em barracos precários, no
meio de nuvens de moscas e urubus. Os mais dispostos e experientes faturam entre 1 e 1,5
salário, porém trabalhando até 12 horas por dia (figuras 2 e 3).
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Figura 1 - Localização do lixão da sede do município de Açailândia
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Figura 2 - Vista da área interna do lixão da sede
Figura 3 - Vista da área interna do lixão
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Ressalte-se que já foi realizado investimento no local com aquisição e instalação de
equipamento de triagem de resíduos sólidos no local (figura 4), sem que, contudo, houvesse a
utilização do mesmo pelos funcionários da prefeitura ou pelos catadores instalados no local.
Figura 4 - Equipamento de triagem de resíduos nunca utilizado
Além do lixão principal, existem mais dois na zona rural; um em Piquiá, que atende
a este distrito, e outro em Novo Bacabal que atende ao mesmo e também a Córrego Novo e a
50 BIS.
O segundo maior local de despejo inadequado é o Lixão de Piquiá, coordenada
geográfica: 04°52’54.3”S, 047°22’29.3”W, localizado na localidade de mesmo nome (figuras
5 e 6).
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Figura 5 - Localização do lixão do Pequiá
Figura 6 - Lixão do Piquiá (ao fundo a ferrovia Carajás)
O lançamento dos resíduos coletados em área sem controle ou cuidados ambientais
necessários implica na contaminação do ar, do solo, das águas superficiais e subterrâneas.
Nesse local é jogado a maioria dos resíduos da cidade, não havendo nenhum
controle por parte do município, que apenas empurra o lixo a fim de abrir espaço para novas
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descargas, feitas por veículos oficiais e particulares. Os resíduos do matadouro, incluindo
vísceras e carcaças são vistos em grande quantidade.
A operação do lixão é realizada pela prefeitura do município, apresentando
problemas desde a chegada dos veículos de coleta no lixão, onde não são registrados os horários
de cada entrada, desconhecendo-se assim a natureza, o peso e a procedência dos resíduos
coletados.
A deposição dos resíduos se dá de forma totalmente desordenada sobre a superfície
do terreno sem qualquer tipo de impermeabilização ou preparo para coleta do chorume
resultante da decomposição do lixo. Não há recobrimento dos resíduos com terreno natural,
compactação do material coletado, nem segregação por natureza dos mesmos, além daquela
realizada pelos catadores presentes no perímetro interno do Lixão de Açailândia (sede).
Devido à ausência de qualquer obstáculo ao longo do perímetro do lixão, a
população local tem amplo e irrestrito acesso aos resíduos despejados na área. Existem
aproximadamente 35 pessoas atuando como catadores, sendo que 7 famílias residem junto ao
lixão em barracos precários, no meio de nuvens de moscas e urubus (figuras 7 e 8). Os mais
dispostos e experientes faturam entre 1 e 1,5 salário, porém trabalhando até 12 horas por dia.
Figura 7 - Abrigos provisórios dos catadores no Lixão de Açailândia
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Figura 8 - Materiais recicláveis coletados por catadores no Lixão de Açailândia
A disposição final do lixo urbano não é feita de forma adequada em um aterro
sanitário. De acordo com os dados da Confederação Nacional dos Municípios (2000), apenas
62,08% dos domicílios têm seus lixos coletados, enquanto 21,43% lançam seus dejetos
diretamente no solo ou os queimam e 2,76% jogam o lixo em lagos ou outros destinos. Dessa
forma, a disposição final do lixo urbano não atende as recomendações técnicas necessárias, pois
não há tratamento de chorume, nem drenagem dos gases e das águas pluviais, como forma de
reduzir a contaminação dos solos, evitar a poluição dos recursos naturais e a proliferação de
vetores de doenças de veiculação hídrica. Não existe a coleta diferenciada para o lixo dos
estabelecimentos de saúde, sendo seu acondicionamento feito de forma inadequada, elevando
o risco de poluição dos recursos hídricos subterrâneos (CORREIA FILHO et al., 2011).
As informações sobre o destino de lixo domiciliar constantes dos Censos do IBGE
realizados em 1991, 2000 e 2010 revelam três modalidades básicas de destinação: diretamente
por serviço de limpeza; em caçamba de serviço de limpeza; e outras formas. No município,
preponderam as modalidades de “coleta por serviço público de limpeza” (77%) e as “outras
formas” (16%) - categoria esta que denota a situação mais indesejável, pois se traduz em queima
do lixo doméstico ou o seu lançamento em terrenos baldios e/ou logradouros públicos
(DUPLICAÇÃO DA ESTRADA DE FERRO CARAJÁS, 2011).
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A deficiência de um sistema de coleta de resíduos não se manifesta somente na
incapacidade de gerenciar um aterro sanitário para a disposição final de resíduos. A fragilidade
executiva afeta todas as etapas da cadeia de gestão, do desconhecimento do volume de resíduos
produzidos à incapacidade de organizar um sistema de coleta.
Para muitos municípios brasileiros de pequeno e médio porte a deficiência na gestão
de resíduos está diretamente associada às limitações de recursos humanos e financeiros e
também a uma tradição cultural de não considerar uma política de gestão de resíduos como
prioritária.
Em geral, a não priorização da correta gestão de resíduos pelo poder público
municipal faz com que se acumulem passivos que tornam as soluções sustentáveis cada vez
mais caras e desafiadoras, até o ponto em que o problema atinge os estágios de intratável e
insolúvel.
Uma solução comumente adotada é fazer com que a população reconheça o
problema como da sociedade e não apenas como um problema “de governo”, que poderia ser
solucionado apenas com mais verbas, equipamentos e funcionários.
O município de Açailândia já deu os primeiros passos para a inclusão social no
processo de gestão de resíduos. A prefeitura municipal licitou a elaboração do plano de
saneamento básico e participou ativamente das etapas de mobilização de segmentos da
sociedade civil e de divulgação de informações à comunidade.
O município também carece de destinação de resíduos urbanos de Classe 1
(perigosos) e Classe 2 (não perigosos). Os exemplos mais comuns no município para cada uma
das classes estão listados abaixo, com breves comentários:
a) Classe 1 - Perigosos
Óleo usado que são gerados em oficinas, postos de combustíveis;
Óleo de cozinha – gerados por restaurantes. Tem alto potencial para compor um
projeto educacional e de renda para fabricação de sabão caseiro, por exemplo;
Resíduos ambulatoriais. Um grande problema da cidade hoje, pois estão sendo
lançados no lixão da cidade. A destinação adequada deve ser incineração ou autoclave.
Lâmpadas usadas;
Pilhas e baterias;
Resíduos de agrotóxicos;
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Resíduos eletroeletrônicos.
b) Classe 2 - Não Perigosos
Lixo comum orgânico. Pode ser significativamente reduzido com a construção de
um sistema de compostagem;
Plástico, papel, metal e vidros. Resíduos de alto potencial de reciclagem pela
cooperativa de catadores;
Resíduo de varrição e podagem. Podem ser inseridos no processo de compostagem.
c) Análise da limpeza realizada no município
O serviço de coleta de resíduos passou a ser operacionalizado diretamente pela
Prefeitura, devido ao distrato com empresa terceirizada em março de 2015. Passando a operar
a SINFRA através do Departamento de Limpeza Pública.
Como acontece na totalidade das cidades maranhenses, em maior ou menor
intensidade, os sistemas de saneamento básico, mormente os de Limpeza e Manejo de Resíduos
Sólidos, são afetados, tanto no planejamento quanto na operação, devido a diversos fatores,
dentre os quais destaca-se:
a) A baixa importância que a sociedade manifesta com as questões ambientais e
de limpeza pública;
b) O desinteresse também dos gestores públicos com questões dessa natureza;
c) A baixa qualificação profissional específica dos seus quadros de pessoal;
d) A incapacidade do sistema educacional de desenvolver a educação ambiental
satisfatoriamente;
e) O descrédito da população na eficiência dos sistemas de coleta, resultando na
disposição incorreta dos resíduos (local e temporal);
f) Urbanização inadequada resultando em locais de difícil acesso para o serviço
de coleta;
g) Má conservação das vias causando dificuldade ou mesmo interrompendo
periodicamente o acesso a determinadas ruas;
h) Falta de manutenção adequada da frota de veículos, ou pela caducidade dos
mesmos.
Embora o Município de Açailândia esteja em condição privilegiada, graças a
existência de uma economia diversificada e um ambiente socioeducacional mais elitizado,
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influenciado pela presença de pessoas e empresas de regiões mais prósperas, carece ainda, até
por ser muito novo, de maior organização no setor de limpeza para conquistar um melhor padrão
na qualidade de vida dos seus cidadãos.
Falta à sociedade como um todo, impregnar-se do conceito que “cidade limpa não
é a que mais se limpa, mas a que menos se suja" ou melhor ainda “tolerância zero para com os
que sujam a cidade”.
A realidade acima reflete no baixo nível de limpeza do centro da cidade, situado
dentro da Bacia do Córrego Esperança. Por isso observa-se ruas sujas, alguns pontos de lixo
sobre calçadas, sacos de lixo indevidamente colocados fora do horário de coleta, e
principalmente pontos maiores próximo aos córregos e talvegues os quais são arrastados pelas
correntes das chuvas causando entupimento dos dispositivos de drenagem e consequentes
alagamentos com danos materiais à população e poluição dos recursos hídricos da região.
Outro fator agravante observado foi o processo de aterramento de áreas da várzea
do córrego pela deposição criminosa de resíduo da construção civil (entulho) para acréscimo
de terrenos e construção de ruas e residências, em área de preservação ambiental e no perímetro
de alagamento, como se vê no final da Rua São Raimundo.
5.4 Drenagem pluvial
De acordo com o Diagnóstico realizado, bem como em consonância às análises
supra apresentadas, no que concerne à composição da estrutura de drenagem e manejo de águas
pluviais urbanas, não existe no município de Açailândia uma eficiente, estrutura de drenagem,
que poderia implicar em prevenção do surgimento de potenciais processos erosivos.
Em face de inexistência de um sistema de drenagem urbana eficiente, associado aos
aspectos ambientais locais que propiciam processos erosivos, devem ser adotadas ações para
que este seja desenvolvido e instalado.
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6 PROGNÓSTICO COM CENÁRIOS DE METAS E DEMANDAS E ESTUDOS DE
ALTERNATIVAS TÉCNICAS
6.1 Abastecimento de água
No que tange aos aspectos de Saneamento Básico, de acordo com dados do SNIS
no âmbito da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministério das Cidades
(MCID), o município de Açailândia, nos últimos 15 anos, vem sofrendo perdas quanto à oferta
de abastecimento de água nos domicílios, sendo que a disponibilização da rede não acompanha
o crescimento da população.
A ampliação do número de ligações domiciliares representa um avanço, no entanto,
este ainda não é suficiente, visto que, de acordo com o IBGE, no ano de 2010 o total de
domicílios particulares somou 31.208 unidades. Conforme já registrado, segundo o Censo de
2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), Açailândia é um município com
75% da população urbana, e a parcela de ligações domiciliares atende apenas 34,14% deste
universo.
Como cenário proposto a ampliação da oferta do sistema de abastecimento deverá
ser acompanhada de revisão do sistema de gestão da parcela implantada. Isto porque o
percentual de atendimento não está equitativo ao percentual de hidrometração. Isso significa
que, além do não atendimento à maior parcela da população, há também perdas monetárias
significativas da parcela que possui esse serviço.
A partir da projeção populacional para 20 anos, o Plano Municipal de Saneamento
deverá contemplar a indicação de obras de ampliação da captação, adução, tratamento e
distribuição dos sistemas de abastecimento e esgotamento para a área urbana.
6.1.1 Identificação do potencial de fontes hídricas para o abastecimento
O levantamento e avaliação das condições atuais e potenciais dos mananciais de
abastecimento de água no município de Açailândia, detectou que o manancial superficial só
poderá ser aproveitado após mapeamento de áreas de armazenamento e ou pontos de captação,
com obrigação de tratamento químico.
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As características geológicas e hidrogeológicas existente e atuais do município de
Açailândia, associados à situação sanitária dos rios no município, com as águas naturais
impróprias para consumo humano, assegura-se que nas condições atuais o potencial de
aproveitamento do manancial subterrâneo é muito superior ao manancial superficial. As
principais vantagens do manancial subterrâneo sobre o superficial são as seguintes:
a) A melhor qualidade natural da água subterrânea, por estar de modo geral,
naturalmente mais protegida;
b) A facilidade de locação do ponto de exploração em relação aos possíveis
usuários;
c) Tem menor custo de produção, com tratamento menos oneroso;
d) Tempo menor na execução da obra
É necessário identificar, delimitar e proteger áreas para as explorações dos
mananciais subterrâneos e superficiais.
6.1.2 Balanço de oferta e demanda
Os principais parâmetros que intervém no cálculo da demanda são: a população do
setor de abastecimento, os consumos per capita, o índice de abastecimento, os coeficientes
sazonais K1 e K2 e os índices de perdas físicas do sistema (tabela 3).
Tabela 3 - Consumo percapta de água em Açailândia
CONSUMO PERCAPTA DE ÁGUA EM AÇAILÂNDIA
Ano Percapta (l/hab.dia) Índice de perda (%)
2.008 270,6016 65,68
2.009 231,7912 56,26
2.010 247,9416 60,18
2.011 246,6644 59,87
2.012 261,7848 63,54
2.013 260,7548 63,29
2.014 246,4584 59,82
2.015 264,916 64,3
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A demanda de produção de água foi definida a partir dos parâmetros de consumo
médio per capita. Como critério de dimensionamento utilizou-se um consumo per capita de 150
l/hab.dia e coeficiente K1 (Coeficiente do dia de maior consumo K1 = 1,2) e K2 (Coeficiente
da hora de maior consumo K2 = 1,5) (tabela 4 e 5).
Tabela 4 - Previsão de Consumo de água na Zona Urbana em projeção para 20 anos
PREVISÃO DE CONSUMO URBANO-ALCANCE DE 20 ANOS
Ano População urbana Demanda (máx. Dia) (m3/h) Demanda (máx. Hora)
(m3/h)
2.017 89.951 674,63 1.011,95
2.018 91.759 688,19 1.032,29
2.019 93.603 702,03 1.053,04
2.020 95.485 716,14 1.074,20
2.021 97.404 730,53 1.095,80
2.022 99.362 745,21 1.117,82
2.023 101.359 760,19 1.140,29
2.024 103.396 775,47 1.163,21
2.025 105.475 791,06 1.186,59
2.026 107.595 806,96 1.210,44
2.027 109.757 823,18 1.234,77
2.028 111.963 839,73 1.259,59
2.029 114.214 856,60 1.284,91
2.030 116.510 873,82 1.310,73
2.031 118.851 891,39 1.337,08
2.032 121.240 909,30 1.363,95
2.033 123.677 927,58 1.391,37
2.034 126.163 946,22 1.419,34
2.035 128.699 965,24 1.447,86
2.036 131.286 984,64 1.476,97
2.037 133.925 1.004,44 1.506,65
Taxa de crescimento urbano de 2,01 % aa
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Tabela 5 - Previsão de Consumo de água na Zona Rural em projeção para 20 anos
PREVISÃO DE CONSUMO RURAL-ALCANCE DE 20 ANOS
Ano População rural Demanda (máx. Dia) (m3/h) Demanda (máx. Hora) (m3/h)
2.017 34.033 255,25 382,87
2.018 34.595 259,46 389,19
2.019 35.165 263,74 395,61
2.020 35.746 268,09 402,14
2.021 36.335 272,52 408,77
2.022 36.935 277,01 415,52
2.023 37.544 281,58 422,37
2.024 38.164 286,23 429,34
2.025 38.794 290,95 436,43
2.026 39.434 295,75 443,63
2.027 40.084 300,63 450,95
2.028 40.746 305,59 458,39
2.029 41.418 310,63 465,95
2.030 42.101 315,76 473,64
2.031 42.796 320,97 481,46
2.032 43.502 326,27 489,40
2.033 44.220 331,65 497,47
2.034 44.950 337,12 505,68
2.035 45.691 342,68 514,03
2.036 46.445 348,34 522,51
2.037 47.212 354,09 531,13
Taxa de crescimento Total de 1,65 % aa
6.1.3 Metas das perdas hídricas
O índice de perdas do sistema de abastecimento de água é definido como:
IPH = volume produzido - volume consumido
Volume produzido
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6.1.4 Redução de perdas de água Índice de perdas de água
Tabela 6 - Índice de perdas de água
ANO 2.017 2.021 2.025 2.029 2.033 2.037
Perdas % menor ou igual a: 62 49 39 31 25 20
A melhora do índice de perdas será obtida através de um programa de redução das
perdas físicas - vazamentos em tubulações, equipamentos e estruturas do sistema, por
extravasamento em reservatórios e elevatórias, e por vazamentos em adutoras, redes e ligações —
e não físicas — volumes decorrentes de imprecisão de micro medição, falhas na gestão comercial
(erros de cadastro), furtos de água e fraudes (que também correspondem a volumes de água
consumido, porém não medidos) — a ser implementado pela operadora em serviço (tabela 7).
Tabela 7 - Programa de melhoramento do sistema de abastecimento de água
OBJETIVOS E METAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Objetivos e Metas 2017 2025 2037
Universalização dos Serviços de Abastecimento de Água (%) 45 80 100
Fornecer água de qualidade e quantidade de forma contínua para toda a população
do município de Açailândia (%) 62 100 100
Criar condições para que a fixação das tarifas obedeça a critérios econômicos sadios
e a objetivos sociais justos (%) 70 100 100
Instalação de micromedição em todas as ligações (%) 31,53 65 100
Instalação de macromeditores em todos os poços em operação e também na EEAT
(%) 0 100 100
Garantir o abastecimento de água de qualidade para toda população rural de
Açailândia (%) 40 80 100
Reduzir em 20 anos o Índice de Perdas para 20% (%) 62 35 20
Definir um novo modelo de gestão, com concessionária, com contratados ou
empresas privadas IMEDIATO
Promover a expansão da rede de abastecimento de água 45 90 100
Adequar e inserir os reservatórios construídos pela prefeitura à nova situação
hidráulica proposta IMEDIATO
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6.1.5 Planejamento do sistema de abastecimento de água
Tabela 8 - Critérios, parâmetros, cálculos e dados básicos considerados
Parâmetros e Índices Açailândia
Evolução dos índices de atendimento (2.017 e 2.037) CAEMA
Porcentagens de ligações novas que demandam rede (%)
Coeficiente do dia de maior consumo 1,20
Volume de reservação (em relação ao dia de maior consumo) 1/5
Índice de atendimento atual (%)
Índice de atendimento em 2.038 (%) 100
Extensão de rede por ligação em rede nova (m/lig) 10
6.1.6 Desafios no abastecimento hídrico
Para o presente eixo temático está representado, são apresentados os mapas 10 e 11.
O mapa 10 permite visualizar a localização de manchas urbanas, poços e cursos de água
superficiais.
Observar a localização dos aproximadamente 60 poços de abastecimento público,
que garantem 100% do abastecimento de água da área urbana municipal. Os poços são a única
fonte de abastecimento mesmo em áreas próximas a cursos d’água, como em Plano de Serra,
Pequiá e Pequiá de Baixo.
O mapa 8 também revela que, pelo menos em termos de distância de ponto de
captação até a área urbana, seria possível também fornecer água para a região central de
Açailândia, e aos bairros de Vila Ildemar e Residencial Tropical a partir de captação superficial.
Observar que todas as captações potenciais estão a montante de áreas urbanizadas,
ou em distância significativa a jusante das mesmas.
As captações foram selecionadas considerando apenas o seu baixo potencial de
contaminação por efluentes domésticos. Estudos adicionais teriam de ser realizados para
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determinar a sua vazão potencial para o abastecimento da sede municipal e os tipos de
intervenção de engenharia necessários para a sua viabilização.
O mapa 9 detalha a densidade de edificações da sede municipal para as microbacias
de drenagem do Rio Açailândia e Córrego Água Branca.
Apenas uma das cinco microbacias de drenagem não escoa para o Rio Açailândia.
Contudo, a microbacia do Córrego Água Branca, sozinha, detém 28,5% do total de edificações
da sede municipal.
O mapa 11 também permite visualizar o potencial de contaminação por efluentes
domésticos dos corpos de água superficiais a partir das densidades populacionais em cada
microbacia de drenagem. Fica evidente o alto potencial de contaminação, em um cenário de
pequeno volume de esgotos tratados, do Córrego Esperança e do trecho do Rio Açailândia que
contorna a parte central da cidade.
Importante ressaltar que os pontos de captação poderiam estar mais próximos da sede,
contudo, o posicionamento proposto considerou a possibilidade comprometimento da captação
por expansão urbana para as microbacias imediatamente a montante das áreas já urbanizadas
ou por sítios de alto potencial de contaminação, tal como o lixão municipal.
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Mapa 10 - Poços de abastecimento das zonas urbanas principais de Açailândia
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Mapa 11 - Poços de abastecimento na sede municipal no contexto das sub-bacias de drenagem e densidade populacional
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6.2 Esgotamento sanitário
Esta seção apresenta um Prognostico do Sistema de Gerenciamento dos de efluentes
sanitários no Município de Açailândia, com informações disponibilizadas pela prefeitura.
Segue a tabela 9 com a geração per capita de efluentes para Açailândia:
Tabela 9 - Consumo per capita de água no município de Açailândia
ANO POPULAÇÃO TOTAL Geração de Efluente (l/s)
2015 82.860 191,81
2016 85.062 196,90
2017 87.374 202,25
2018 89.801 207,87
2019 92.346 213,76
2020 95.014 219,94
2021 97.809 226,41
2022 100.736 233,19
2023 103.800 240,28
2024 107.005 247,70
2025 110.350 255,44
2026 113.856 263,56
2027 118.520 274,35
2028 122.328 283,17
2029 126.307 292,38
2030 130.464 302,00
2031 134.805 312,05
2032 139.337 322,54
2033 144.068 333,49
2034 149.005 344,92
2035 154.156 356,84
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6.2.1 Metas para os serviços de saneamento básico
Visando o atendimento das alternativas e demandas apresentadas nos itens
correspondentes, propõe-se a seguir as metas que devem ser atendidas, dentro dos prazos
definidos conforme quadro 1:
Quadro 1 - Metas e prazos para os serviços de esgotamento sanitário
Metas Prazo (em anos)
Imediatas Até 3 anos
Curto Prazo Entre 4 a 9anos
Médio Prazo Entre 10 a 15 anos
Longo Prazo Entre 16 a 20 anos
a) Metas imediatas
- Criação ou fortalecimento de secretarias municipais de meio ambiente,
saneamento e/ou infraestrutura;
- Estudo dos corpos hídricos do município de Açailândia, com avaliação de
autodepuração para atendimento as metas do enquadramento de corpo
receptor;
- Atualização de dados estruturais e ambientais do município, considerando
zonas rurais e urbanas.
b) Metas de curto prazo
- Criação de legislação ambiental específica para gestão de lançamento de
efluentes na abrangência municipal;
- Estudos técnicos para concepção do tratamento de esgoto sanitário, sejam
estes estáticos ou dinâmicos, com abrangência máxima no município
considerando bacias hidrográficas existentes, características de ocupação e
setores atendidos com abastecimento de água;
- Analisar a viabilidade técnica e financeira para a implantação dos sistemas de
esgotamento sanitário em todo o município
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- Definição de tipos de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) a serem
implantados, considerando demanda populacional e bacia hidrográfica
disponível;
- Criação de lei regulamentadora, para a escolha de sistemas estáticos, quanto a
obrigatoriedade de limpeza periódica das fossas, destinação adequada do lodo,
uso de filtros, observando percolação do solo e fonte de abastecimento de água;
- Monitoramento de empreendimentos com fontes poluidoras existentes no
município.
- Acompanhamento e orientação dos moradores da zona rural, para que
realizem o tratamento adequado dos efluentes.
c) Metas para médio prazo
- Implantação do sistema de tratamento de esgotos, dinâmicos e estáticos,
conforme estudos de viabilidade realizados que atenda à todo o município.
- Atingir 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto na área
com viabilidade de uso de ETE;
- Atingir 100% o atendimento por soluções estáticas de esgotamento sanitário
na zona rural do município;
d) Metas para longo prazo
- Manter em 100% o índice de atendimento com sistema de esgotamento
sanitário adequado a zona habitacional indicada;
- Revisão periódica do serviço, visando alterações de acordo com as
dificuldades enfrentadas.
- Alcançar os objetivos propostos pela Lei 11.445 – erradicando todos os
problemas existentes na elaboração deste Plano.
6.2.2 Objetivos e Metas para os serviços de esgotamento sanitário
No caso de adoção e/ou permanência da utilização da solução individual de
tratamento de esgotos, a população deverá receber orientação técnica acerca dos métodos
construtivos, dimensionamento, operação e manutenção do sistema de tratamento individual de
esgotos sanitários, por meio de material informativo a ser distribuído pela prestadora de serviços
de água e esgotos sanitários em conjunto com a Prefeitura Municipal e Sociedade Civil. A partir
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daí as metas progressivas de implantação da infraestrutura será definida, observada a
sustentabilidade econômica e financeira do sistema, conforme indicado a seguir:
- Atingir 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto da sede
até o ano 2030;
- Manter em 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto até o
ano 2035;
- Atingir 100% o atendimento por soluções individuais nas regiões de chapada
do município até o ano de 2025;
- Atingir 100% o atendimento por soluções por soluções em banheiro seco na
zona rural de Açailândia até o ano de 2020.
Segue no quadro 2 a descrição dos programas, sugestão dos projetos e ações a serem
implementados para os serviços de esgotamento sanitário.
Quadro 2 - Programas, projetos e ações para o serviço de esgotamento sanitário
Sugestões Ações
Universalização do Acesso por
Metas Progressivas
Elaborar os projetos executivos para áreas não atendidas ou de ampliação e
orçar em caráter definitivo os investimentos necessários para atingir a meta
para o ano de 2035.
Revisar o projeto de engenharia do Sistema de esgotamento Sanitário, com
vistas a atualizá-lo em termos de passagem de coletores e interceptores, bem
como aferir no campo as áreas que necessitem ser desapropriadas para a
implantação de passagem de redes e demais unidades, bem como proceder a
atualização do orçamento de investimentos para a implantação das obras.
Universalização do Acesso por
Metas Progressivas
Inserir a programação de obras do sistema de esgotamento sanitário e
buscar fonte de recursos para a execução das obras.
Sistema Individual de Tratamento
de Esgotos Sanitários
Universalização do Acesso à
Solução Individual de
Tratament
Implementar programa permanente de orientação técnica acerca dos
métodos construtivos, dimensionamento, operação e manutenção do
sistema, em parceria com a Prefeitura Municipal e Sociedade Civil.
Estação de Tratamento de Esgoto
(ETE)
Implantação do sistema de tratamento de esgoto doméstico. Buscando a
eliminação dos sumidouros e fossa negra existente o município.
Sistema de coletores dos
efluentes nas residências
Implantação do sistema de tubulação para realizar a coleta dos efluentes
sanitários gerados pelo município e direcionar para ETE.
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6.2.3 Alternativas para o esgotamento sanitário
a) Zona rural
Dada as características da região com povoados e unidades isoladas distantes
quilômetros de concentrações urbanas, a adoção de uma solução conjunta convencional com
rede coletora composta de coletores primários, secundários, troncos, interceptores e emissários,
elevatórias e estação de tratamento mostra-se inviável devido ao elevado custo decorrente da
relação baixa densidade demográfica e grandes distâncias entre as unidades habitacionais ou
concentrações urbanas existentes.
A adoção de soluções individuais de tratamento como sistema composto de tanque
séptico, filtro anaeróbio e sumidouro pode se mostrar interessante para unidades que disponham
de abastecimento canalizado de água.
No caso da ausência do abastecimento d´água contínuo, pode-se adotar soluções
alternativas para tratamento de dejetos como a unidade de tratamento individual denominada
banheiro seco. Esta solução ainda oferece a possibilidade de uso dos dejetos tratados nas
culturas agrícolas de subsistência
b) Zona Urbana
Considerando a inexistência de um projeto para o sistema esgotamento sanitário, na
sede do município, verifica-se que a melhor opção para a zona rural do município é investir na
implementação da rede de esgotamento sanitário a fim de viabilizar a operação do sistema.
O investimento na implantação da rede coletora mostra-se como melhor alternativa
para essa região, tendo em vista fatores característicos como maiores índices de
urbanização/densidade demográfica e a possibilidade de construção de ETE nas proximidades.
6.3 Objetivos e Metas para os serviços de limpeza urbana/rural e manejo de resíduos
sólidos
O Município deverá contratar no prazo de 5 anos, o Plano Municipal de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, visando definir os programas, projetos e ações
a serem implantados no município.
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Este Programa deverá também contemplar os subprogramas/ações listadas a seguir
no quadro 3:
Quadro 3 - Subprogramas e ações
Programa Período Ações
Orientação para separação na
origem dos lixos seco e úmido 2018-2027
A coleta seletiva e a reciclagem de resíduos são soluções
desejáveis, por permitirem a redução do volume de lixo para
disposição final. O fundamento da coleta seletiva é a separação,
pela população, dos materiais recicláveis (papéis, vidros,
plásticos e metais, os chamados de lixos seco) do restante do
lixo (compostos orgânicos, chamados de lixo úmido).
Promoção de reforço de
fiscalização e estímulo para
denúncia anônima de descartes
irregulares
2018-2022
Para denúncias sobre descarte irregular de lixo ou entulho,
a Prefeitura pode instituir um programa de ligue-denúncias.
Assim a própria população poderá denunciar
irregularidades que ocorrem na sua região
Orientação para separação dos
entulhos na origem para
melhorar a eficiência do
reaproveitamento
2018-2022
Os resíduos da construção civil são compostos
principalmente por materiais de demolições, restos de
obras, solos de escavações diversas. O entulho é geralmente
um material inerte, passível de reaproveitamento, porém
geralmente contém uma vasta gama de materiais que podem
lhe conferir toxicidade, com destaque para os restos de
tintas, de solventes, peças de amianto e metais diversos,
cujos componentes podem ser reutilizados caso o material
seja disposto adequadamente.
Implantação de aterro sanitário 2018-2022
Implantação de aterro sanitário nas proximidades da BR
222, no sentido de Imperatriz – rodovia de acesso ao
município de Açailândia
Aquisição de caminhões
coletores 2018-2027
Aquisição de caminhões coletores incrementar o serviço de
coleta na sede do município
Construção de central de
triagem para resíduos
recicláveis
2018-2027
Construção de central de triagem para resíduos recicláveis
na periferia da sede do município a fim de beneficiar o
resíduo reciclável coletado
Implantação de unidade de
tratamento de resíduo hospitalar 2018-2027
Implantação de unidade de tratamento de resíduo hospitalar
dentro da área do aterro do aterro sanitário a ser construído
Construção de unidades de
compostagem 2022-2037
Construção de unidades de compostagem nos povoados da
região costeira e chapada.
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6.3.1 Gestão de Resíduos Sólidos
a) Piquiá
Os resíduos gerados no povoado de Piquiá, dada a predominância de resíduos
orgânicos, deverão ser coletados e tratados de acordo com diretrizes a serem estabelecidas por
um programa de compostagem a ser implantado nessas áreas.
Os resíduos recicláveis deverão ser estocados e enviados periodicamente para
processamento junto às entidades responsáveis pela coleta seletiva a ser implantada na sede do
município.
Os resíduos hospitalares, bem como as pilhas e baterias, quando gerados deverão
ser segregados em local protegido e daí transportados para tratamento adequado na sede do
município. Os resíduos remanescentes deverão ser destinados a mini aterros a se localizarem
em área central a fim de beneficiar o maior número de possível de povoados localizados na
região. Em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei
nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 regulamentada pelo Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de
2010, deve-se prever no município de Açailândia a implementação de conceitos inerentes à esta
política como: a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logística
reversa e o acordo setorial.
A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos é o "conjunto de
atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados,
bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental
decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei."
A logística reversa é "instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.
Acordo setorial é um "ato de natureza contratual firmado entre o poder público e
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto."
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Por permitir grande participação social, o Acordo Setorial tem sido privilegiado
pelo Comitê Orientador como instrumento preferencial para a implantação de logística reversa.
b) Sede do município
A sede do município de Açailândia apresenta o maior volume de resíduos das três
regiões contempladas devido a maior densidade populacional e ao maior grau de urbanização.
Deve-se prever a aquisição de um maior número de caminhões compactadores
ampliando-se a área de abrangência da coleta a fim de evitar acúmulo de resíduos nas vias
urbanas, ou o despejo inadequado em fundo de vales, terrenos baldios ou mesmo corpos
hídricos.
A implementação de um programa de educação ambiental com foco no
gerenciamento adequado de resíduos sólidos é imprescindível para se alcançar melhores
resultados.
A implantação de um aterro sanitário a se localizar necessariamente na área de
sertão do município é essencial para se redirecionar os resíduos coletados hoje direcionados ao
lixão localizado nas proximidades do principal hospital da região.
Os resíduos hospitalares ao invés de queimados dentro do perímetro interno do lixão
devem passar por um pré-tratamento, objetivando a eliminação de patógenos e segredados em
área específica dentro do futuro aterro sanitário.
A geração de resíduos recicláveis demanda por um programa de coleta seletiva
objetivando a redução dos resíduos destinados ao aterro e a geração de renda para os trabalhadores,
usualmente organizados em cooperativa, que segregam e processam o material a ser reciclado.
Os resíduos como pilhas e baterias devem ser coletados separadamente e
direcionadas para empresas, preferencialmente seus fabricantes, especializadas em sua
reciclagem.
Os lixões existentes a 9 km da sede e nos distritos de Piquiá e Novo Bacabal devem
ser desativados e os locais de despejo irregular dispersos no município deverão ser abandonados
com o devido redirecionamento para o aterro a ser implantado.
c) Novo Bacabal, Córrego Novo e 50 BIS 2 e demais localidades da zona rural
Os resíduos gerados nos povoados localizados no restante da zona rural, dada a
predominância de resíduos orgânicos, deverão ser coletados e tratados de acordo com diretrizes
a serem estabelecidas por um programa de compostagem a ser implantado nessas áreas.
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Os resíduos recicláveis deverão ser estocados e enviados periodicamente para
processamento junto às entidades responsáveis pela coleta seletiva a ser implantada na sede do
município.
Os resíduos hospitalares, bem como as pilhas e baterias, quando gerados deverão
ser segregados em local protegido e daí transportados para tratamento adequado na sede do
município.
Os resíduos remanescentes deverão ser destinados ao aterro do município que
deverá ser localizado na região, conforme recomendação supramencionada.
6.3.2 Cenários alternativos de demandas por serviços
Os cenários Tendencial, Ideal e Otimista para as demandas por serviços de manejo
de resíduos sólidos são:
a) Cenário tendencial
- Manutenção do sistema atual de limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos da área urbana;
- Manutenção do sistema atual de limpeza e manejo de resíduos sólidos nos
distritos;
b) Cenário ideal
- Ampliação do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos em
100% da área urbana e rural;
- Implantação de coleta seletiva para 100% dos resíduos recicláveis;
- Implantação de uma estação de transbordo para atender 100% dos resíduos
da área rural;
- Implantação do sistema de logística reversa;
- Criação de cooperativas de catadores;
- Atualização do PGIRS do município e elaboração do PGIRS de grandes
geradores, principalmente de resíduos perigosos.
c) Cenário otimista
- Ampliação do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos da
área urbana e rural e manutenção dos equipamentos utilizados;
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- Implantação de coleta seletiva para os resíduos recicláveis e manutenção
dos equipamentos utilizados;
- Implantação de uma estação de transbordo para atender a área rural;
- Implantação do sistema de logística reversa;
- Criação de cooperativas de catadores e constante treinamento dos mesmos;
- Atualização do PGIRS do município e elaboração do PGIRS de grandes
geradores, principalmente de resíduos perigosos.
6.3.3 Desafios na seleção de sítios potenciais para aterro sanitário
Três lixões foram identificados nos trabalhos de campo em 2017, mais
especificamente nas proximidades da sede municipal, em Piquiá e em Novo Bacabal. Os dois
primeiros estão na zona urbana definida no Plano Diretor de 2006 (mapa 12).
A legislação brasileira estabelece dois perímetros de segurança aeroportuária que
são aplicados para diferentes tipos de aeroporto.
Nenhum aterro sanitário ou lixão pode ser instalado e operado em raio inferior a 9
km da pista de pouso. Para aeroportos que operam com pouso e decolagem por instrumentos o
raio de segurança mínimo é de 20 km.
O projeto do aeroporto de Açailândia é atender demanda regional com aviões de
categoria 3C (A319) e, portanto, demandaria a desativação e recuperação dos lixões municipal
e de Piquiá.
Se for considerada a operação apenas para aeronaves de pequeno a médio porte,
então seria considerado o raio de 9 km e somente o lixão de Piquiá teria de ser desativado (para
não impedir a operação do aeroporto).
A legislação permite a existência de aterro sanitário em raio entre 9 km e 20 km,
mas não de lixão. Nesse caso o lixão teria se adequar às especificações de construção e operação
de aterro sanitário. Importante ressaltar que o descumprimento de especificações
automaticamente colocaria o futuro Aterro Municipal (na sua atual localização) em conflito
com a legislação de segurança aeroportuária.
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6.3.4 Identificação de sítios potenciais preliminares
Sítios potenciais para instalação de aterro sanitário no munícipio de Açailândia
foram preliminarmente identificados com base nos critérios de proximidade de infraestrutura
viária, de não inclusão em raio de 20 km do futuro aeroporto, de não proximidade de áreas
urbanas e povoados, de não proximidade de divisores de águas e talvegues, e inserção em sub-
bacias de drenagem a jusante dos principais polos urbanos municipais.
Importante ressaltar que o principal lixão em operação não foi considerado como
sítio potencial devido a sua inclusão no raio de 20 km de segurança aeroportuário do futuro
aeroporto de Açailândia, e ao alto custo de sua adequação aos rigores técnicos de aterro
sanitário.
O mapa 13 localiza os três sítios potenciais propostos. O sítio A é o mais próximo
da sede municipal, distando aproximadamente 10 km em linha reta. Os sítios B e C estão a
aproximadamente 30 km da sede. Todos os três sítios drenam para sub-bacias de drenagem
distintas daquela de inserção da sede municipal e estão foram do raio de segurança aeroportuária
de 20 km do futuro aeroporto de Açailândia. A seguir são apresentados os sítios potenciais
identificados.
a) SÍTIO A
Localizado em setor de baixa densidade populacional na sub-bacia de drenagem no
Córrego Jacaré, a 10 km em linha reta da sede municipal. O acesso viário é por estrada vicinal
a partir da BR-222. O Córrego Jacaré é afluente do Rio Açailândia, mas seu ponto de
confluência está cerca de 30 km a jusante da sede municipal.
b) SÍTIO B
Também localizado em setor de baixa densidade populacional na sub-bacia de
drenagem no Córrego do Boi, a 30 km em linha reta da sede municipal no sentido de Belém. O
acesso viário é pela BR-010. O Córrego do Boi é afluente do Rio Açailândia, mas seu ponto de
confluência com o mesmo situa-se cerca de 30 km a jusante da sede municipal.
c) SÍTIO C
Posicionado em setor de baixa densidade populacional próximo à BR-222, a cerca
de 30 km da sede municipal. Está inserido na sub-bacia de drenagem de Novo Córrego, que é
afluente do Rio Pindaré.
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Mapa 12 - Zonas de Segurança Aeroportuária no contexto da sede municipal e lixões
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Mapa 13 - Sítios potenciais para instalação de Aterro Sanitário no entorno da sede municipal
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6.3.5 Compatibilização das Carências de Saneamento Básico com as Ações do PMSB
A solução mais adequada para a melhoria do sistema de coleta e manejo de resíduos
sólidos deve compatibilizar o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental, a prestação
de serviços e a equidade social. Essa solução deve ser a que mais proporciona melhoria da
qualidade de vida para os habitantes do município de Açailândia/MA.
Com base nos cenários alternativos formulados, tendo em vista o conjunto de
alternativas que promoverá a compatibilização quali-quantitativa entre demandas e
disponibilidade de serviços, o cenário que se caracteriza como normativo objeto do PMSB de
Açailândia é o Cenário Ideal.
As ações previstas no Cenário Ideal visam à melhoria da qualidade de vida da
população, através da preservação do meio ambiente e do destino ambientalmente correto para
os resíduos sólidos urbanos, evitando assim, a contaminação do solo, águas superficiais e
subterrâneas que, consequentemente, possam comprometer a saúde do homem.
6.3.6 Hierarquização das áreas de intervenção prioritárias
Em relação ao Sistema de Coleta e Manejo de Resíduos Sólidos, as ações
consideradas prioritárias são:
a) Destinação ambientalmente correta para os resíduos não recicláveis e não
perigosos – utilização de aterro sanitário;
b) Ampliação do sistema de coleta urbana e rural;
c) Destinação final adequada aos resíduos recicláveis – Implantação de coleta
seletiva;
6.3.7 Definição de objetivos e metas
Os objetivos que serão abordados a seguir foram baseados nos seguintes aspectos:
a) As conclusões sobre a avaliação do Diagnóstico do Sistema de Coleta e Manejo
de Resíduos Sólidos;
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b) Os estudos de demanda, que projetaram cenários tendenciais dos Resíduos
Sólidos no município de Açailândia;
c) As reivindicações apresentadas pela população no momento das entrevistas e as
observações feitas em visitas técnicas.
6.4 Drenagem pluvial
A seguir, descrevemos as Diretrizes, Objetivos e Metas para a Drenagem Pluvial:
a) MD 01 - Insuficiência do Sistema e Micro Drenagem.
*Diretrizes:
- Apresentação de todos os elementos de projeto exigidos pelos órgãos
governamentais (concepção, memoriais descritivos, memorias de cálculo,
planilhas orçamentárias com definição, detalhamento e memorial de
quantitativos), cronogramas, estudos e licenciamentos ambientais;
- Divisão da área urbana em bacias de contribuição;
- Simulação do sistema de micro drenagem existente;
- Ajustamento do sistema existente;
- Aplicação dos dispositivos legais constantes da Lei Municipal ou Lei nº
11445/07;
- Adoção de técnicas estruturantes e não estruturantes;
*Objetivos Específicos: Ajustar a micro drenagem existente e disciplinar sua
expansão;
*Metas de curto prazo: desenvolver projeto de micro drenagem para 100% da zona
urbana até 2018 e implantar 50% das obras.
*Meta de médio prazo: implantar o restante das obras projetadas (50%).
b) 2) MD 02 - Enchentes e inundações em Área de APP e Fundos de Vale
*Diretrizes:
- Apresentação de todos os elementos de projeto exigidos pelos órgãos
governamentais (concepção, memoriais descritivos, memorias de cálculo,
planilhas orçamentárias com definição, detalhamento e memorial de
quantitativos), cronogramas, estudos e licenciamentos ambientais;
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- Divisão da área urbana em bacias de contribuição;
- Simulação do sistema de micro drenagem existente;
- Ajustamento do sistema existente;
- Aplicação dos dispositivos legais constantes da Lei Municipal ou Lei nº
11445/07;
- Adoção de técnicas estruturantes (contenções) e de renaturalização dos cursos
d’água;
* Objetivos Específicos: Identificar e corrigir os trechos de cursos d’água sujeitos
à enchentes e inundação minimizando os efeitos sobre os domicílios ribeirinhos;
* Metas de curto prazo: Desenvolver projeto de macrodrenagem para 100% dos
cursos d’água e fundos de vale da zona urbana até 2017.
* Metas de médio prazo: Implantar as obras de contenção e renaturalização de
cursos d’água projetadas.
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7 PLANO DE METAS, PROGRAMA DE OBRAS E AÇÕES, CRONOGRAMA DE
INVESTIMENTOS E AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS
Para que os objetivos e metas, estabelecidos no Plano de Saneamento Básico do
Município de Açailândia-MA possam ser cumpridas, algumas ações deverão ser implantadas.
Essas ações compreendem medidas estruturais, isto é, com intervenções diretas nos sistemas; e
medidas não estruturais, as quais possibilitam a adoção de procedimentos e intervenções
indiretas – uma ferramenta importante para a complementação das medidas estruturais.
Desta forma, as ações propostas foram distribuídas em programas, que seguirão os
princípios da universalização e integralidade, com o objetivo de abranger todo o município e as
suas necessidades em saneamento básico, sendo estes:
7.1 Programas socioambientais
7.1.1 Programa de Educação Ambiental – PEA
Tem como objetivo sensibilizar e conscientizar a população sobre suas
responsabilidades na gestão do recurso hídrico (abastecimento de água), resíduos sólidos,
esgotamento sanitário e drenagem urbana visando difundir e consolidar padrões sustentáveis.
Poderá realizar a implementação das ações no âmbito formal e informal em três eixos:
formação, capacitação e mobilização da comunidade no intuito de atingir um número
considerável de habitantes com informações úteis e relacionadas especialmente ao saneamento
básico de forma geral. Destacam-se as ações:
a) Implementar PEA na rede de ensino municipal realizando treinamento e
capacitação da equipe docente das escolas municipais;
b) Capacitar profissionais de educação para promover atividades de educação
ambiental;
c) Efetuar atividades de redação de jornais pelos alunos e outros materiais artísticos
com a temática do saneamento, para exposição dos mesmos nas escolas;
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d) Realizar visitas específicas para os alunos das escolas aos locais de infraestrutura
de saneamento, como a Central de Triagem (quando implantada) e ETE,s
(quando instaladas);
e) Criar calendário de eventos ambientais como medida de informação aos
munícipes, além de entrega de panfletos;
f) Realizar campanhas para orientação envolvendo toda a comunidade do
município, utilizando meios de comunicação em massa (jornal e rádios locais);
g) Estimular a formação de agentes sociais multiplicadores, através de cursos e
oficinas, para atuar em projetos de educação ambiental como monitores em
atividades com a população;
h) Promover campanhas específicas (uso racional da água, coleta seletiva, entre
outros) por meio da abordagem individual a cada residência, com o auxílio dos
agentes sociais multiplicadores e dos agentes de saúde;
i) Envolver os catadores de materiais recicláveis em atividades de educação
ambiental, para conscientizar a população e promover a inclusão social;
j) Desenvolver projeto de ecoturismo para despertar consciência de preservação e
ampliar opções de entretenimento da população;
k) Envolver todas as Secretarias Municipais e também setores representativos da
sociedade (grupos religiosos, ONG's, entre outros), visando potencializar a
promoção à educação ambiental;
l) Realizar eventos e atividades, visando à capacitação da população para
realização da compostagem em casa;
m) Fomentar a adoção de compostagem pelas propriedades da zona rural.
7.1.2 Programa para formação de agentes ambientais
O público envolvido nesta ação são os cidadãos do município que tenham interesse
em atuar como multiplicadores das ações do Plano em seu bairro/comunidade. Desta forma, os
grupos deverão passar por uma qualificação com o objetivo de equalizar e padronizar as
informações que serão repassadas à população. Esta capacitação será de responsabilidade das
secretarias e pode ser desenvolvida em cooperação entre as Secretarias de Meio Ambiente,
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Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE, Infraestrutura e Urbanismo e Educação para a
preparação de materiais com conteúdo claro, objetivo e didático.
Como estratégia poderão ser realizadas palestras e dinâmicas nos
bairros/comunidades/vilas, abordando temas diversos em relação ao saneamento básico com a
abordagem de diversos temas como:
a) Tratamento e armazenamento correto da água;
b) Uso racional da água;
c) Cuidados para não lançamento de resíduos na rede coletora de esgoto;
d) Diminuição da produção de resíduos sólidos urbanos, tendo por base o
princípio dos 3R’s: reduzir, reutilizar e reciclar;
e) Separação adequada dos resíduos sólidos e entrega para a coleta;
f) Destinação de resíduos especiais e/ou perigosos, destacando os riscos à saúde
e ao meio ambiente devido ao descarte incorreto destes;
g) Relação entre a disposição inadequada de resíduos e a proliferação de vetores.
7.1.3 Programa pró-catador
A população de catadores presentes em áreas de lixão está permanentemente
exposta a um ambiente altamente contagioso e insalubre. Desta forma, torna-se imperativa o
desenvolvimento de ações para retirada dos mesmo desse local, além do desenvolvimento de
um trabalho humanizado que gere renda e promova a despoluição das cidades mediante a coleta
seletiva. A inclusão das associações ou cooperativas de catadores baseia-se na Lei Federal de
Saneamento Básico nº 8.666/93, alterada pela Lei 11.445/07, que enfatiza ser dispensável de
licitação.
Desta maneira, o programa Pró-Catador busca integrar e articular as ações
institucionais voltadas ao apoio e fomento para organização produtiva dos catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis, melhoria das condições de trabalho, ampliação das
oportunidades de inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de resíduos
sólidos, reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse segmento. O objetivo do
programa é retirar 100% dos catadores do meio e entorno do lixão.
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7.1.4 Implantação de Ecopontos
O ecoponto é um local de entrega voluntária de pequenos volumes – até 1 m³ - de
entulho de obras, móveis usados, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, poda de jardim e de
resíduos recicláveis. A disponibilização do ecoponto, busca ofertar à população local adequado
para descartar, gratuitamente, os resíduos que não são recolhidos normalmente pelas coletas
regulares. Com esta ação evita-se que estes materiais sejam abandonados nas calçadas, ruas e
terrenos baldios que muitas vezes acabam se transformando em lixões.
7.1.5 Projeto Horta Comunitária
Este programa é proposto para as famílias residentes em áreas rurais e pequenos
núcleos distantes da sede urbana de Açailândia, ainda que em áreas consideradas urbanas. Para
estas áreas este programa tem principais objetivos ambientais e sociais as seguintes ações:
a) Realizar reaproveitamento de resíduos orgânicos com intuito de trazer benefícios
ambientais e sociais com a redução da quantidade de resíduos enviada ao aterro
sanitário, o que, por consequência, contribuirá para o aumento da vida útil do
mesmo;
b) Promover aumento da renda para as famílias que trabalham com resíduos
recicláveis e que terão um acréscimo em seu ganho mensal devido à venda do
composto orgânico, entre outros.
7.1.6 Programa de Comunicação Social – PCS
Tem como principais finalidades a promoção da articulação de informações entre
os programas em execução, bem como, com os agentes executores envolvidos. Deve também
promover a divulgação das ações do PMSB para a população, no intuito que a mesma possa
participar e contribuir para as melhorias almejadas.
Com esta articulação expande-se o diálogo com a população, garantindo que a
mesma possa expressar sua opinião sobre a as ações do PMSB, fazer reclamações, tirar suas
dúvidas e obter informações. Tais mecanismos de comunicação social também possibilitam à
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administração municipal realizar uma avaliação da satisfação da população e, ainda, mapear
áreas com maior incidência de reclamações/ruídos para investigação e tomada de ações
corretivas. As principais ações sugeridas para implementação do PCS são:
a) Interlocução e interface com os programas do PMSB de Açailândia;
b) Integração, cooperação e interlocução com representantes sociais para a
transmissão de informações sobre as ações e programas do PMSB;
c) Elaboração e/ou apoio à criação dos materiais informativos;
d) Criação de meio de comunicação formal (e-mail) para divulgação e respostas
sobre as ações do PMSB do município;
e) Criação de ouvidoria 0800, entre outros.
7.2 Abastecimento de água
O objetivo das ações para o sistema de abastecimento de água é a melhoria do
atendimento, a ampliação do sistema para alcançar 100% da população e assim garantir a
universalização do abastecimento de água, a redução das perdas de água, além da melhoria da
gestão da qualidade da água distribuída a população.
A criação de plano de metas e programas irá definir os aspectos quantitativos,
qualitativos e de eficiência operacional foram estabelecidas com base em indicadores estruturados
de forma a serem avaliados pelo futuro órgão regulador e fiscalizador dos serviços.
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# Programa Universalização do abastecimento de água
Quadro 4 - Programa universalização do abastecimento de água
PROPOSTA DESCRIÇÃO 2018 2020 2023 2025 2035
Elaborar plano de controle de perdas
O Plano de Controle de Perdas deverá ser elaborado de forma a diagnosticar as condições
atuais e as principais deficiências das unidades do sistema de abastecimento de água,
além de orientar as intervenções necessárias e os investimentos para o alcance do
objetivo (%).
00 50 100 100 100
Planejamento, melhorias, ampliação
e modernização do sistema de água
Elaborar estudos e projetos de engenharia, melhorar o desempenho
operacional, ampliar as unidades do sistema de água e modernizar
e melhorar o nível de eficiência operacional (%).
00 80 100 100 100
Expansão e/ou instalação de ETA
para tratamento água superficial e/ou
subterrânea.
Projeto de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água - ETA (%) 0 30 70 100 100
Rede de distribuição e substituição da
antiga
Projeto de Ampliação e melhoria dos Setores de Distribuição, através readequações das
elevatórias e dos reservatórios (%). 00 40 60 90 100
Reservar água das chuvas Reservar água para períodos de estiagem 00 50 80 90 100
Perfuração de novos poços Atender 100% do município onde não for possível levar água do sistema atual 5 50 60 80 100
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# Programa redução e controle de perdas no sistema de abastecimento de água
Quadro 5 - Programa redução e controle de perdas no sistema de abastecimento de água
PROPOSTA DESCRIÇÃO 2018 2020 2023 2025 2035
Elaborar plano de controle de perdas
O Plano de Controle de Perdas deverá ser elaborado de forma a diagnosticar
as condições atuais e as principais deficiências das unidades do sistema de
abastecimento de água, além de orientar as intervenções necessárias e os
investimentos para o alcance do objetivo. (%)
50 100 100 100 100
Rede de distribuição e substituição da antiga Projeto de Ampliação e melhoria dos Setores de Distribuição, através
readequações das elevatórias e dos reservatórios. (%) 10 30 60 90 100
Implantação e substituição de hidrômetros
Levantamento dos pontos que existem hidrômetros e realizar substituição dos
mesmos. (%) 40 80 100 100 100
Instalação de hidrômetros em locais onde não existe (%) 30 70 100 100 100
Atualização de cadastro consumidores Realizar cadastramento de residências e pontos comercias que utilização o
sistema de abastecimento de água da CAEMA (%) 30 70 100 100 100
Combate a fraudes de água (verificação no
sistema CAEMA/SAAE)
Pesquisa detalhada de irregularidade nos ramais prediais e
eliminação/regularização de ligações clandestinas. 20 30 50 100 100
Aferição de medidores Implementação de programa de manutenção e aferição de
macromedidores e hidrômetros. (%) 20 30 50 100 100
Combate a perdas físicas de água
Identificação e eliminação de vazamentos visíveis;
Implementação de controle por telemetria e telecomando das unidades de
bombeamento e níveis dos reservatórios;
Aquisição de equipamentos para pesquisa de vazamentos não visíveis;
Execução da pesquisa de vazamentos na rede de distribuição e nos ramais
domiciliares com o uso de equipamentos adequados;
Substituição de redes danificadas/antigas propícias a vazamentos;
Intervenções físicas para o fechamento dos distritos, subdistritos e micro áreas
de manobras, com instalações de registros e caps na rede; (%)
Contínuo
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7.3 Esgotamento sanitário
Conforme apontado no Produto III, apresentado anteriormente, as principais
necessidades do sistema de esgotamento sanitário de Açailândia são:
a) Correção das ligações clandestinas a galeria pluvial;
b) Estudo dos corpos hídricos do município de Açailândia, com avaliação de
autodepuração para atendimento as metas do enquadramento de corpo receptor;
c) Estudos técnicos para concepção do tratamento de esgoto sanitário, sejam estes
estáticos ou dinâmicos, com abrangência máxima no município considerando
bacias hidrográficas existentes, características de ocupação e setores atendidos
com abastecimento de água;
d) Definição de tipos de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) a serem
implantados, considerando demanda populacional e bacia hidrográfica
disponível;
e) Criação de lei regulamentadora, para a escolha de sistemas estáticos, quanto a
obrigatoriedade de limpeza periódica das fossas, destinação adequada do lodo,
uso de filtros, observando percolação do solo e fonte de abastecimento de água;
f) Monitoramento de empreendimentos com fontes poluidoras existentes no
município.
g) Acompanhamento e orientação dos moradores da zona rural, para que realizem
o tratamento adequado dos efluentes.
7.3.1 Ações propostas
a) Objetivos
Elaborar estudos e projetos de engenharia, melhorar o desempenho operacional,
ampliar as unidades do sistema de esgotos e modernizar e melhorar o nível de eficiência
operacional.
b) Metas
- Atingir 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto da sede
até o ano 2030;
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- Manter em 100% o índice de atendimento com rede coletora de esgoto até o
ano 2035;
- Atingir 100% o atendimento por soluções individuais nas regiões de chapada
do município até o ano de 2025;
- Atingir 100% o atendimento por soluções por soluções em banheiro seco na
zona rural de Açailândia até o ano de 2020.
c) Responsáveis pela implementação
A responsável direta pelas ações propostas neste Programa será a Prefeitura
Municipal de Açailândia, por intermédio de suas secretarias.
d) Revisões e atualizações
Este Programa deverá ser atualizado a qualquer tempo em virtude de alterações em
legislações, normas técnicas ou solicitação do órgão ambiental. Deverá ter seu conteúdo técnico
totalmente revisado anualmente, ou por ocasião de modificações no projeto executivo, ou ainda
solicitações do órgão ambiental licenciador.
e) Acompanhamento e avaliação
O monitoramento das ações propostas é condição indispensável para que as
medidas sugeridas tenham a efetividade esperada. A abordagem a ser utilizada em seu
desenvolvimento deve ter um caráter crítico-construtivo, ou seja, geração de informações com
o objetivo de reorientar, eventualmente, as ações do Plano e Projetos propostos, contribuindo
para a obtenção dos resultados planejados durante o processo de implantação (quadros 6 e 7).
Quadro 6 - Indicadores do serviço de esgotamento sanitário
INDICADOR DESCRIÇÃO
E1
Índice de cobertura por rede coletora de esgotos: Número de domicílios
urbanos atendidos por rede coletora / Número total de domicílios urbanos
(IBGE) [%]
E2
Índice de tratamento de esgotos: Número de economias residenciais ativas
ligadas ao sistema de coleta de esgotos afluentes às estações de tratamento
de esgotos / Número de economias ligadas ao sistema de esgotos [%]
E3
Índice de extravasamentos de esgotos: Número de extravasamentos
registrados no ano, inclusive repetições / Comprimento total da malha de
coleta de esgotos, incluindo redes coletoras coletores troncos e interceptores
[nº/km]
E4
Índice de qualidade do efluente tratado: Número de análises de DBO em
desacordo com a Resolução CONAMA 430/2011 no ano / Número de
análises de DBO realizadas [%]
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Quadro 7 - Indicadores do serviço de esgotamento sanitário
INDICADOR 2020 2025 2030 2035
E1- Índice de cobertura por rede
coletora de esgotos (%) 25 50 75 100
E2- Índice de tratamento de esgotos 20 35 70 100
E3 - Índice de extravasamentos de
esgotos 15 10 5 1
E4 - Índice de qualidade do efluente
tratado 10 5 3 0
R1 - Índice de cobertura por coleta de
resíduos 80 85 90 100
Para os indicadores apresentados foram estabelecidas metas progressivas de
expansão e qualidade dos serviços coerentes com o estudo de cenários, demandas e alternativas
discutidas no Produto III – Prognóstico com Cenário de Metas e Demandas e Estudo de
Alternativas Técnicas.
Atenta-se que as metas estabelecidas são instrumentos fundamentais para o
acompanhamento, regulação e fiscalização dos serviços de saneamento ao longo dos próximos
20 anos, tendo em vista a implementação dos programas e ações previstos neste PMSB. A
universalização dos serviços de esgotamento sanitário será alcançada em médio prazo, próximo
ao ano de 2021. Destaca-se que o esforço para a universalização desses serviços será no
aumento da cobertura principalmente nos locais de difícil acesso, carentes de qualquer
infraestrutura básica.
Destacam-se ainda os índices extremamente baixos de cobertura dos serviços de
esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Conforme discutido no
Diagnóstico deste PMSB, o déficit nestes serviços é resultado de anos sem obras e ações no
setor, o que irá gerar investimentos expressivos nos próximos anos para a sua universalização.
f) Orçamento e fontes de recursos (financeiros e humanos)
A disponibilização dos recursos para execução deste programa é de
responsabilidade do poder público nos âmbitos federal, estadual e municipal.
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g) Prazos de execução/cronograma
Apresentam-se no quadro 8 os prazos a serem cumpridos na implementação das
ações necessárias para o atendimento das metas estabelecidas no presente plano.
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Quadro 8 - Cronograma de ações e prazos para os serviços de esgotamento sanitário
(continua)
Programas
Imediatos ou emergenciais- até 3
Anos Curto prazo - entre 4 a 8 anos
Médio prazo - entre 9 a
12 anos
Longo prazo - entre 13
a 20 anos
Projetos e Ações
Planejamento e organização em
saneamento
• Fortalecimento de secretarias
municipais de meio ambiente,
saneamento e/ou infraestrutura;
• Estudo dos corpos hídricos do
município de Açailândia, com
avaliação de autodepuração para
atendimento as metas do
enquadramento de corpo
receptor;
• Atualização de dados estruturais
e ambientais do município,
considerando zonas rurais e
urbanas.
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Quadro 8 - Cronograma de ações e prazos para os serviços de esgotamento sanitário
(continuação)
Programas
Imediatos ou
emergenciais- até 3
Anos
Curto prazo - entre 4 a 8 anos Médio prazo - entre 9 a
12 anos
Longo prazo - entre 13
a 20 anos
Projetos e Ações
Estudo técnico e elaboração de
projetos de engenharia
• Criação de legislação ambiental específica para
gestão de lançamento de efluentes na
abrangência municipal;
• Estudos técnicos para concepção do tratamento
de esgoto sanitário, sejam estes estáticos ou
dinâmicos, com abrangência máxima no
município considerando bacias hidrográficas
existentes, características de ocupação e setores
atendidos com abastecimento de água;
• Analisar a viabilidade técnica e financeira para a
implantação dos sistemas de esgotamento
sanitário em todo o município
• Definição de tipos de Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) a serem implantados,
considerando demanda populacional e bacia
hidrográfica disponível;
• Criação de lei regulamentadora, para a escolha
de sistemas estáticos, quanto a obrigatoriedade
de limpeza periódica das fossas, destinação
adequada do lodo, uso de filtros, observando
percolação do solo e fonte de abastecimento de
água;
• Monitoramento de empreendimentos com fontes
poluidoras existentes no município.
• Acompanhamento e orientação dos moradores
da zona rural, para que realizem o tratamento
adequado dos efluentes.
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Quadro 8 - Cronograma de ações e prazos para os serviços de esgotamento sanitário
(conclusão)
Programas
Imediatos ou
emergenciais- até 3
Anos
Curto prazo - entre 4 a 8 anos Médio prazo - entre 9 a
12 anos
Longo prazo - entre 13
a 20 anos
Projetos e Ações
Tratamento de esgotos gerados
• Implantação do sistema de tratamento de esgotos,
dinâmicos e estáticos, conforme estudos de viabilidade
realizados que atenda à todo o município.
• Executar obras relativas aos projetos executivos para
áreas não atendidas ou de ampliação e orçar em caráter
definitivo os investimentos necessários para atingir da
meta.
Educação Ambiental Programa de Educação Socioambiental elaborado em conjunto com
Universalização do acesso ao sistema de esgotamento sanitário
• Executar obras relativas aos projetos executivos para
áreas não atendidas ou de ampliação e orçar em caráter
definitivo os investimentos necessários para atingir da
meta.
• Revisão periódica do serviço, visando alterações de
acordo com as dificuldades enfrentadas.
• Alcançar os objetivos propostos pela Lei 11.445 –
erradicando todos os problemas existentes na
elaboração deste plano.
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h) Demais ações concomitantes para o sistema de esgotamento sanitário
- Manter as ações em andamento para o sistema de esgotamento sanitário;
- Manter o município no Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas, e
o monitoramento das ETES implantadas;
- Manter e aperfeiçoar ações de gerenciamento do lodo das ETES implantadas,
elaborando estudos para o descarte adequado deste material.
7.3.2 Ações de emergências e contingências
a) Situações críticas: causas possíveis
No caso do esgotamento sanitário, as situações críticas se caracterizam pela
paralisação da ETE ou extravasamento de elevatórias de maior porte. Entre as causas possíveis
destas situações estão:
- Inundação das instalações da ETE com danificação de equipamentos;
- Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica às instalações;
- Ausência de funcionamento em qualquer fase (preliminar, primaria, secundária
ou terciaria) na ETE por equipamentos constituintes sem funcionamento;
- Chuvas intensas com ocorrência de deslizamento e movimento do solo atingindo
tubulações e estruturas e estruturas da ETE, de emissários e tubulações de
recalque;
- Ações de vandalismo e/ou sinistros.
b) Ações corretivas a serem tomadas
As ações corretivas a serem tomadas pelo Prestador do serviço devem dar-se dentro
dos passos seguintes:
- Comunicação à população, instituições, autoridades e Defesa Civil;
- Contratação emergencial de obras de reparos das instalações atingidas;
- Comunicação aos órgãos de controle ambiental;
- Comunicação à concessionária de energia e disponibilidade de gerador de
emergência na falta continuada de energia;
- Comunicação à Polícia no caso de vandalismo.
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7.3.3 Desafios logísticos
Para o esgotamento sanitário, os maiores desafios que emanam logística elaborada
e planejada que podem comprometer a gestão do sistema de esgotamento sanitário no município
de Açailândia, são:
- Valorização e promoção de ações educativas para mudanças de valores e hábitos
da sociedade são alguns dos elementos centrais para uma gestão integrada,
descentralizada e compartilhada. Trata-se de prioridades relativamente novas,
uma vez que foram incorporadas a partir do início da década de 1990 por alguns
governos municipais. Inúmeras razões explicam o desenvolvimento tardio destas
novas prioridades: o descaso ou desconhecimento por parte da sociedade sobre
os impactos socioambientais gerados pelo esgotamento sanitário sem destinação
adequada; a escassez de recursos públicos para esta atividade e uma cultura
privilegiando uma abordagem técnica e não socioambiental da questão.
- Quantidade gerada de lodo de esgoto crescente proporcionalmente ao aumento
dos serviços de coleta e tratamento de esgoto, que, por sua vez, deve acompanhar
o crescimento populacional.
- O esgoto, quando não contém resíduos industriais, é basicamente composto por
99,87% de água, 0,04% de sólidos sedimentáveis, 0,02% de sólidos não
sedimentáveis e 0,07% de substâncias dissolvidas. O tratamento de esgoto por
processo biológico resulta em dois tipos de resíduos: o efluente líquido pronto
para ser devolvido ao meio ambiente e o lodo (primário e secundário) que é um
material pastoso com grande concentração de micro-organismos, sólidos
orgânicos e minerais. O aproveitamento do lodo já é feito em outros países há
bastante tempo, sendo o reuso agrícola o método mais empregado, no Brasil as
alternativas de reuso ainda são pouco utilizadas e a destinação mais comum é o
aterro sanitário.
- Operação e manutenção de ETE’s, exigindo conhecimento técnico especializado
e continuamente reciclado.
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7.3.4 Regras de funcionamento para situações críticas e tarifas de contingência
Regras de atendimento e funcionamento operacional para situação crítica da
prestação dos serviços.
a) Contexto institucional das responsabilidades
Nas situações críticas da prestação dos serviços, as responsabilidades devem
envolver todos os níveis institucionais, como a seguir:
- Prestadores: é a quem se atribui a responsabilidade operacional das ações
emergenciais. As ações são as listadas nos itens anteriores deste capítulo, às
quais os prestadores deverão ter planos emergenciais detalhados, que serão
submetidos a aprovação prévia do Ente Regulador;
- Ente Regulador: aprova os planos detalhados das ações previstas para
situações críticas, e acompanha o cumprimento das operações nos períodos
de ocorrência de emergências;
- Titular (executivo municipal): através do Grupo ou Comitê de
Planejamento recebe as informações e monitora o andamento da situação
emergencial.
Os planos detalhados do Prestador nas situações críticas deverão conter:
- Situação de suspensão de serviço de coleta e tratamento de esgotos:
- Situação de acidentes e imprevistos nas instalações:
- Instrumentos formais de comunicação entre Prestador x Regulador,
Instituições, Autoridades e Defesa Civil;
- Meios e formas de comunicação a população; minuta de contratos
emergenciais para contratação de serviços; definição dos serviços padrão
e seus preços unitários médios;
- - Listagem prévia dos fornecedores de geradores de energia e
equipamentos usuais nas situações.
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7.3.5 Regras para um funcionamento seguro dos sistemas
O funcionamento seguro dos sistemas e que minimize as situações potenciais de
risco compreende todo um conjunto de ações que se situam nos planos de manutenção
preventiva das instalações e de monitoramento constante do funcionamento operacional.
Para o funcionamento seguro dos sistemas as responsabilidades devem envolver os
níveis institucionais como a seguir:
- Prestadores: é a quem se atribui a responsabilidade operacional das ações
preventivas. As ações são as listadas nos itens anteriores deste capítulo, às
quais os prestadores deverão ter planos preventivos detalhados, que serão
submetidos a aprovação prévia do Ente Regulador;
- Ente Regulador: aprova os planos detalhados das ações de manutenção
preventiva, e acompanha o cumprimento dos planos.
7.3.6 Regras de segurança operacional dos sistemas de esgotos
a) Controle dos mananciais
- Controle de vazões: mananciais superficiais – medição de vazão e
controle nas estiagens; mananciais subterrâneos - níveis e
rebaixamento, tempo diário de funcionamento;
- Limitações aos usos do solo na bacia de captação superficial;
- Monitoramento da bacia: registro de produtos químicos utilizados,
controle sanitário e da atividade humana, controle das descargas de
águas residuárias;
- Fiscalização regular na bacia hidrográfica contra atividades poluidoras
b) Controle das instalações de produção
- Realização de medição de vazão na entrada da ETE;
- Monitoramento a distância do bombeamento da captação e da
elevatória de esgoto;
- Monitoramento dos pontos de controle de ETE.
c) Controle dos equipamentos
- Horas trabalhadas e consumo de energia;
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- Corrente, tensão, vibração e temperatura;
- Controle de equipamentos reserva.
d) Gestão da manutenção
- Cadastro de equipamentos e instalações;
- Programação da manutenção preventiva;
- Programação da manutenção preditiva em equipamentos críticos;
- Programação de inspeção periódica em tubulações adutoras;
- Programação de limpeza periódica na ETE;
- Registro do histórico das manutenções.
e) Prevenção de acidentes nos sistemas
- Plano de ação nos casos de incêndio;
- Plano de ação nos casos de vazamento de cloro;
- Plano de ação nos casos de outros produtos químicos;
- Gestão de riscos ambientais em conjunto com órgãos do meio ambiente.
7.4 Resíduos sólidos
Depois de estabelecidos os cenários de evolução, foram definidos os programas e
ações, que serão desenvolvidos no horizonte de 20 anos, visando a melhoria das condições do
Sistema de Limpeza Pública e Manejo dos Resíduos Sólidos para a população de Açailândia.
Os programas a serem desenvolvidos são:
Programas para destinação adequada aos resíduos sólidos A Lei Federal 11.445 de
2007, que estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico, e mais recentemente através
da Lei Federal 12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Ambas abrangem, entre outros aspectos, a responsabilidade dos municípios na
elaboração de planos municipais de gerenciamento de resíduos sólidos, bem como a última
estabelece a necessidade da implantação de sistemas de gestão ambientalmente adequados. Na
sequência serão apresentados e discutidos os programas.
a) Destinação ambientalmente correta para os resíduos (Aterro sanitário)
A partir da criação da Lei 12.305 de Agosto de 2010, que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos que determina que todos os municípios têm a responsabilidade de destinar
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e tratar seus resíduos corretamente com construções de aterros sanitários, a fim de acabar com
a disposição incorreta de resíduos sólidos em lixões que contaminação os solos, as águas e
ocasionam doenças na população.
b) Planejamento e Implantação da coleta seletiva
Propõe-se a criação de uma Lei municipal que regulamente um programa de
reciclagem que estabeleça a Coleta Seletiva para o município de Açailândia. Com a separação
do resíduo orgânico (úmidos) dos materiais recicláveis (secos) que poderão ser vendidos ou
entregues a empresas ou cooperativas que os reciclam, gerando emprego e renda para todos que
atuam no processo, para posterior implementação da coleta seletiva completa com separação
de vidro, plásticos, papel e metal.
A implantação de um projeto de coleta seletiva envolve o desenvolvimento de 3
etapas: planejamento, implantação e manutenção.
a) Fase do planejamento
Primeiro Passo: Envolver as pessoas. É importante sensibilizar as pessoas para a
realização desse trabalho, pois uma pessoa não consegue arcar com tudo por todo o tempo,
portanto, o envolvimento das pessoas é o passo fundamental para o sucesso do projeto.
Segundo Passo: Conhecer os resíduos que são gerados, como:
- Quantidade diária de resíduo gerada;
- Quais tipos de resíduos são compostos e porcentagens de cada um (papel,
alumínio, plástico, vidro, orgânicos, perigosos, etc);
- O caminho do lixo: desde onde é gerado até onde é acumulado para a coleta;
- Identificar se alguns materiais já são coletados separadamente e, em caso
positivo, para onde são encaminhados.
- Verificar os pontos necessários para a disposição adequada dos coletores e
observação de procedimentos de limpeza e coleta do lixo
Terceiro Passo: Conhecer as características locais:
- Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser
reutilizados);
- Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo (quantas pessoas);
- Rotina da limpeza: como é feita a limpeza e a coleta (frequência, horários);
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- Instalações físicas: locais para armazenagem e intermediários (andares, esquinas
ou pontos de coleta);
- Recursos materiais existentes (tambores, latões e outros que possam ser
reutilizados);
- Quem são e quantas pessoas fazem a limpeza e a coleta normal do lixo;
- Rotina da limpeza: como é feita a limpeza e a coleta (frequência e horários).
Quarto passo: Conhecer o mercado de recicláveis e decidir sobre para onde
encaminhar os materiais recicláveis coletados.
Quinto passo: De posse de todas as informações sobre as quantidades geradas de
lixo por tipo de material, as possibilidades de estocagem no local e os recursos humanos
existentes, podemos iniciar a segunda parte do projeto que é o planejamento das ações, devendo
ser tomadas as seguintes decisões:
- Quais materiais recicláveis serão coletados?
- Quem fará a coleta?
- Onde será estocado o material?
- Para quem será doado o material?
- Como será o caminho dos recicláveis e qual a logística a ser adotada, desde a
origem até o local da estocagem?
- Quem fará o recolhimento dos materiais, como e em que frequência e horário?
- Quinto passo: a educação ambiental - Esta parte é fundamental para o programa
ter sucesso, pois integra todas as atividades de informação, sensibilização e
mobilização de todos os envolvidos.
É importante fazer uma lista dos diferentes grupos envolvidos, como por exemplo:
os diretores, grupo gerencial, os funcionários da área administrativa e da limpeza.
Para cada um desses grupos deve ser pensado e planejado o tipo de informação e as
atividades que cada segmento deve receber, visando atingir com mais sucesso o objetivo. Entre
as atividades usadas, sugere-se: cartazes, palestras, folhetos, reuniões, livretos informativos etc.
b) A fase de implantação
Primeiro passo: Os equipamentos - Esta é a etapa em que são decididos quais os
materiais e equipamentos que devem ser comprados ou adaptados, tais como lixeiras,
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fragmentadoras, balanças, adesivo, sacos plásticos e outros materiais planejados; também é o
momento em que ocorre a instalação dos equipamentos.
Segundo passo: Treinamento: Esta é a fase em que ocorre o treinamento dos
funcionários responsáveis pela coleta.
Terceiro passo: Comunicação - Neste momento são elaborados os cartazes e
folhetos explicativos do funcionamento da coleta, dos horários e frequências da coleta,
armazenagem e destinação.
Quarto passo: O lançamento do projeto: Deve ser realizada atividades
diferenciadas, com característica alegres e criativas. As informações principais de como vai
funcionar podem ser passadas na palestra, onde todos serão dotados de informações de todo o
funcionamento. Esta data deve ser um marco na vida das pessoas envolvidas.
c) A fase da manutenção
É importe que se crie um grupo para realizar o monitoramento da coleta, do
armazenamento e da doação dos materiais recicláveis, para que seja realizado um balanço
periódico do programa e divulgado a todo o grupo envolvido. Também é necessária a realização
de ações de informação, incentivo e sensibilização de forma contínua.
a) Criação da cooperativa de catadores
A inclusão das associações ou cooperativas de catadores baseia-se na Lei Federal
de Saneamento Básico 8666/93, alterada pela Lei 11.445/07, que enfatiza ser dispensável de
licitação
Inciso XXVII, do art. 24 da referida lei:
A contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos
recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados
por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa
renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, como
o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde
pública. (BRASIL, 2007, não paginado).
A Lei Federal 12.305 de 2010, Art. 19, inciso XI, estabelece que os planos
municipais de gerenciamento de resíduos sólidos devem apresentar programas e ações para a
participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de
baixa renda (BRASIL, 2010).
A importância das cooperativas de trabalho para a inclusão social, através do
trabalho de catar e reciclar o lixo na Cooperativa dos Catadores de Lixo. Os objetivos da
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implementação ou criação de cooperativas são a reflexão sobre uma forma de trabalho em
grupo, a valorização dos princípios democráticos, da participação do espírito de cidadania e da
autonomia e, consequentemente, da inclusão social.
b) Recuperação e monitoramento da área degradada do lixão
A destinação dos resíduos sólidos compreende um problema atual que afeta todas
as cidades, a necessidade de se promover gestão adequada das áreas de disposição de resíduos,
no intuito de prevenir ou reduzir os possíveis efeitos negativos ao meio ambiente ou à saúde
pública e evitar que se criem passivos ambientais.
Os resíduos sólidos produzidos em Açailândia serão destinados ao aterro sanitário
e devendo-se providenciar a recuperação das áreas utilizadas atualmente pelo município para
disposição incorreta de resíduo, de acordo com a Lei nº 12.305/10 Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
c) Implantação do Centro de Triagem
O gerenciamento de resíduos sólidos urbanos é parte integrante do saneamento
básico e apresenta-se como um importante item dentre as políticas públicas do meio urbano. A
destinação dos resíduos sólidos compreende um problema atual que afeta todas as cidades.
Para a escolha da área ou terreno onde será implantado o Centro de Triagem, é
necessário observar o zoneamento vigente no Plano Diretor Municipal. Em caso de ausência
desse e inexistência de indicações na Lei Orgânica do Município, recomenda-se observar os
seguintes critérios:
- O local deve ser longe de nascentes, cursos d’água, fundos de vale, mananciais
e vegetação nativa;
- Dar preferência a regiões industriais;
- Evitar bairros residenciais – principalmente de grande densidade demográfica;
- O lote deve ser afastado do centro urbano, mas com infraestrutura viária para
fácil acesso ao local;
Os centros de triagem recebem os resíduos que foram depositados nos diferentes
ecopontos. Desses resíduos, os recicláveis são diferenciados dos não recicláveis sendo os
segundos encaminhados para um aterro sanitário.
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A implantação do programa de reciclagem visa a diminuição do volume excessivo
de lixo gerado, desenvolvimento do trabalho e renda, despoluição das cidades mediante a coleta
seletiva, aumenta a vida útil dos aterros.
d) Terceirização dos serviços de compostagem
Ao destinar os resíduos orgânicos para uma empresa especializada em
compostagem, se deixa de investir em infraestrutura para realizar tais serviços, podendo
destinar esses recursos para outros setores que necessitam de melhorias. Com uma estrutura
para receber o seu material e de tantos outros clientes, a indústria de compostagem de resíduos
tem maior poder de processamento dos resíduos, concedendo a devida atenção ao processo
como um todo.
A Terceirização do processo de compostagem representa economia, Reduz o
quadro de recursos humanos, com isso diminui a carga tributária sobre salários, maquinário,
aquisição de tecnologia e destinação do material orgânico, economizando recursos para
investimento em outros setores.
A compostagem dos resíduos orgânicos exige equipe preparada para realizar as
atividades, ação que requer investimentos em capacitações e treinamentos profissionais. A
qualidade dos compostos é resultado de um trabalho multidisciplinar desempenhado por
profissionais com conhecimento aprofundado sobre o tema
e) Programa de implantação, ampliação e/ou melhorias no sistema de coleta dos
resíduos sólidos
Conforme o Diagnóstico, no município de Açailândia a coleta não cobre 100% da
população o que ocasiona que a população deposite resíduos em terrenos baldios (bolsões de
lixo), já nos distritos a coleta não é feita regularmente acarretando disposição incorreta que
proporciona ambiente insalubre.
Com a implantação de coleta seletiva, haverá maior controle na coleta. Será
necessário a aquisição de veículos, equipamento e maquinas para melhoraria do sistema de
coleta.
# Estudo e implantação de uma estação de transbordo
Tem a finalidade de facilitar destinação intermediária dos resíduos coletados. As
estações de transbordo são pontos de transferência intermediários de resíduos coletados, criados
em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de destinação final. Sugere-
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se a estação no Povoado de Piquiá onde poderá atender a demanda desta importante área do
município de Açailândia.
As estações de transbordo, portanto, são locais onde o lixo é descarregado dos
caminhões compactadores e, depois, colocados em uma carreta com maior capacidade, para
transportar os resíduos até o aterro sanitário, seu destino final.
a) Implantação da logística reversa
A logística reversa é "instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação.
A Logística Reversa, conforme a Lei nº 12.305/2010 foi definida em três diferentes
instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento, acordo setorial e
termo de compromisso.
Acordo setorial: é um ato de natureza contratual firmado entre o poder público e
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.
Vantagens da logística reversa para a sociedade e meio ambiente:
- Possibilita o retorno de resíduos sólidos para as empresas de origem, evitando
que eles possam poluir ou contaminar o meio ambiente (solo, rios, mares,
florestas, etc.);
- Permite economia nos processos produtivos das empresas, uma vez que estes
resíduos entram novamente na cadeia produtiva, diminuindo o consumo de
matérias-primas;
- Cria um sistema de responsabilidade compartilhada para o destino dos resíduos
sólidos. Governos, empresas e consumidores passam a ser responsáveis pela
coleta seletiva, separação, descarte e destino dos resíduos sólidos
(principalmente recicláveis);
- As indústrias passarão a usar tecnologias mais limpas e, para facilitar a
reutilização, criarão embalagens e produtos que sejam mais facilmente reciclados.
Em relação aos resíduos perigosos seria a implantação da logística reversa onde a
responsabilidade de destinação final adequada do resíduo, que não comprometa a
saúde pública e o ambiente, seja de responsabilidade do gerador.
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8 ANÁLISE E SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO VISANDO À
MELHORIA DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS
A identificação das deficiências e potencialidades do sistema de limpeza pública e
manejo dos resíduos sólidos foram apontadas no diagnóstico de Açailândia, objeto do Produto
II do presente PMSB.
Além do levantamento das potencialidades e deficiências do sistema deve-se
realizar o estudo dos cenários de evolução, os quais auxiliarão no estabelecimento dos períodos
para cumprimento de objetivos, metas e ações. De acordo com a Lei Federal nº 11.445, de 05
de janeiro de 2007, as projeções das demandas por serviços de saneamento básico deverão ser
estimadas para o horizonte de 20 anos. Porém, cada cenário deve ser considerado em horizonte
temporal distinto, sendo:
a) Imediatos ou emergenciais: até 1 ano;
b) Curto prazo: entre 1 a 4 anos;
c) Médio prazo: entre 4 a 8 anos;
d) Longo prazo: entre 8 a 20 anos.
As medidas e providências necessárias para a implementação do PMSB deverão estar
concluídas até 31/12/2017, de modo que o período de vigência de 20 anos será contado a partir de
01/01/2018, com término em 31/12/2037. Desta forma, os cenários ficam definidos como:
a) Imediatos ou emergenciais: até 1 ano - (2018);
b) Curto prazo: entre 1 a 4 anos - (2018 a 2022);
c) Médio prazo: entre 4 a 8 anos - (2023 a 2026);
d) Longo prazo: entre 8 a 20 anos - (2023 a 2037).
8.1 Dimensionamento dos recursos
Para a modelagem financeira foram baseados em referências de custo do IBGE-
PNAD, 2008; SNIS/2007; Ministério das Cidades/SNSA, 2008; tabelas de composições e insumos
do SINAPI (05/2014), revisões literárias relacionadas ao assunto e em cotações de mercado do ano
de 2017 com empresas especializadas. Os recursos necessários para concretizar os investimentos
previstos no PMSB estão distribuídos ao longo dos 20 anos de horizonte do Plano.
No quadro 9 a seguir são explicitados os programas, ações, responsáveis e valores
a serem investidos em limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos na área urbana e rural.
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Quadro 9 - Programas, ações, responsáveis e valores a serem investidos nos serviços de manejo resíduos sólidos
(continua)
Programas Ações
Custo
estimado da
ação (R$)
Custo
estimado do
programa
(R$)
Fontes de
financiamento
Meta de
execução da
ação
Meta de
execução dos
programas
Referencias de estimativa
de custos
Destinação
adequada aos
resíduos sólidos
Destinação ambientalmente
correta para os resíduos
(Implementação e do Aterro
Sanitário)
2.234.895,21
4.918.242,13
M. Cidades, MMA De 1 a 8 anos Curto e médio
prazo
Estimativa com base em
valores do mercado
(Maio/2017)
Criação de cooperativa de
Catadores 305.827,77 Próprios Até 1 ano Imediato
Estimativa com base em
valores do mercado
(Maio/2017)
Recuperação e
monitoramento da área
degradada dos lixões
564.605,10 M. Cidades, MMA De 1 a 20 anos Curto e médio e
longo prazo
Estimativa com base em
valores do mercado
(Maio/2017)
Terceirização dos serviços
de compostagem e da
construção civil
646.943,35 Próprios De 1 a 8 anos Curto, médio e
longo prazo
Estimativa com base em
valores do mercado
(Maio/2017)
Planejamento e implantação
de coleta seletiva 343.163,45 M. Cidades, MMA Até 1 ano Imediato
Considerado o custo médio
da coleta seletiva é R$
215,59/t (Cempre,2008).
Obs.: Cálculo realizado
com volume de resíduo
orgânico produzido.
Implantação de centro de
Triagem
822.807,25
Próprios/FUNASA Até 1 ano Imediato
Consideramos centro de
triagem no tamanho grande
(MCIDADES/SNSA,
2008)
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Quadro 9 - Programas, ações, responsáveis e valores a serem investidos nos serviços de manejo resíduos sólidos
(continuação)
Programas Ações
Custo
estimado da
ação (R$)
Custo
estimado do
programa
(R$)
Fontes de
financiamento
Meta de
execução da
ação
Meta de
execução dos
programas
Referencias de estimativa
de custos
Atendimento de
normativas
legais
Licenciamento e adequação
do projeto do aterro 294.065,16
M. Cidades,
Ministério do meio
ambiente
Até 1 ano Imediato
Estimativa com base em
valores do mercado
(Maio/2017)
Desenvolvimento de ações
de orientação, fiscalização e
controle por agentes
públicos e da sociedade
civil.
270.539,95
Próprios
De 4 a 8 anos Médio e longo
prazo
Estima-se contratação de 2
funcionários para
desenvolver esse serviço,
considerando que o salário
mínimo vigente em 2017
custa R$ 937,00/ao mês.
Cálculo feito ao longo dos
20 anos
Promover a sustentabilidade
anos econômica e financeira
dos serviços
34.064,51 De 1 a 20 anos Curto, médio e
longo prazo
Implantação da logística
reversa 30.582,78 629.252,40 De 4 a 8 anos Médio prazo
Estimativa com base em
valores do mercado
(Maio/2017)
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Quadro 9 - Programas, ações, responsáveis e valores a serem investidos nos serviços de manejo resíduos sólidos
(continuação)
Programas Ações
Custo
estimado da
ação (R$)
Custo
estimado do
programa
(R$)
Fontes de
financiamento
Meta de
execução da
ação
Meta de
execução dos
programas
Referencias de estimativa de
custos
Implantação
ampliação e/ou
melhorias no
sistema de
coleta dos
resíduos sólidos
Melhoria na
cobertura de coleta na
área rural e urbana
(veículos, maquinas e
equipamentos)
3.528.781,90
Próprios/Funasa Até 1 ano Imediato
O valor estimado foi baseado nos
(Quadros 9A e 10ª em anexo) de
custo adotadas pelo PAC, em
2008, para a concessão de recursos
aos municípios. Consideramos
centro de triagem no tamanho
grande (MCIDADES/SNSA,
2008).
Implantação de
centro de Triagem 822.807,25 Próprios De 1 a 20 anos
Curto, médio e
longo prazo
Custo atual pago por tonelada R$
103,85 (Empresa terceirizada no
município). Considerando a
produção total de resíduo em 2034
área urbana e rural: 40.000 ton.
Segundo projeção (Tabela 05) e
horizonte de plano 20 anos, (mais
pop flutuante + impostos)
Coleta e transporte
dos Resíduos (Rural e
urbana)
105.964,62 Próprios Até 1 ano Imediato
Estimamos 10 ecopontos a serem
implantados no município área
rural e urbana levando em
consideração o volume de resíduo
produzido, observando o número
de bolsões de lixo e a extensão da
área urbana, com de custo médio
de R$ 46.500 por ecoponto (preço
encontrado na literatura referente
ao assunto). Obs. O valor exato de
ecopontos só poderá ser definido
em projeto.
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Quadro 9 - Programas, ações, responsáveis e valores a serem investidos nos serviços de manejo resíduos sólidos
(conclusão)
Programas Ações
Custo
estimado da
ação (R$)
Custo
estimado do
programa
(R$)
Fontes de
financiamento
Meta de
execução da
ação
Meta de
execução dos
programas
Referencias de estimativa de
custos
Implantação
ampliação e/ou
melhorias no
sistema de
coleta dos
resíduos sólidos
Implantação de
ecopontos e Locais
de Entrega Voluntaria
(LEV) na área rural e
urbana
546.961,2
5.004.514,97
Próprios Até 1 ano Imediato Estimativa com base em valores
do mercado (Maio/2017)
Implantação de uma
estação de transbordo Próprios/Funasa Até 1 ano Imediato
Estimativa com base em valores
do mercado (Maio/2017)
Educação
Ambiental
Realização de ações
educativas, visando
reduzir a geração de
resíduos,
possibilitando a sua
segregação e
reaproveitamento
213.361,92 213.361,92 Próprios De 1 a 20 anos Curto, médio e
longo prazo
Custo médio de equipe padrão de
educação ambiental=
R$/equipe por mês, Tabela A 8 em
anexo, (9.069 ao ano),
considerando tempo de 20 anos
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8.2 Projeções das demandas de serviços
As planilhas que resultam nas projeções de geração de resíduos estão baseadas no
incremento populacional descrito no diagnóstico considerando população flutuante e taxa de
crescimento de Açailândia nos próximos 20 anos.
A produção de resíduos sólidos urbanos foi calculada de acordo com a geração per
capita de resíduos em Açailândia, em que foi adotado o valor de produção per capita de lixo
0,65 Kg/hab./dia (BRASIL, 2013). Para sua projeção, foram calculadas as produções diárias,
mensal e anual de resíduos na área rural e urbana.
Analisando-se a tabela 10, verifica-se que a população da cidade tende a aumentar,
consequentemente, a geração de resíduos aumentará proporcionalmente, como já citado no
diagnóstico. A coleta convencional não atende 100% da população tanto urbana quanto rural
com isso a implantação de um aterro sanitário no município é indispensável para atender as
demandas futuras de resíduos gerados.
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Tabela 10 - Estimativa de Geração de resíduos para população urbana - período de vinte anos
Urbana Rural
Ano População
(hab)
Produção Diária
(Kg)
Produção Mensal
(Kg)
Produção Anual
(kg)
População
(hab)
Produção Diária
(Kg)
Produção Mensal
(Kg)
Produção Anual
(kg)
2018 84.813 55.128,45 1.653.853,50 19.846.242,00 27.985 18.190,25 545.707,50 6.548.490,00
2019 85.675 55.688,75 1.670.662,50 20.047.950,00 28.269 18.374,85 551.245,50 6.614.946,00
2020 86.546 56.254,90 1.687.647,00 20.251.764,00 28.557 18.562,05 556.861,50 6.682.338,00
2021 87.427 56.827,55 1.704.826,50 20.457.918,00 28.848 18.751,20 562.536,00 6.750.432,00
2022 88.318 57.406,70 1.722.201,00 20.666.412,00 29.141 18.941,65 568.249,50 6.818.994,00
2023 89.218 57.991,70 1.739.751,00 20.877.012,00 29.438 19.134,70 574.041,00 6.888.492,00
2024 90.127 58.582,55 1.757.476,50 21.089.718,00 29.739 19.330,35 579.910,50 6.958.926,00
2025 91.047 59.180,55 1.775.416,50 21.304.998,00 30.042 19.527,30 585.819,00 7.029.828,00
2026 91.976 59.784,40 1.793.532,00 21.522.384,00 30.349 19.726,85 591.805,50 7.101.666,00
2027 92.916 60.395,40 1.811.862,00 21.742.344,00 30.659 19.928,35 597.850,50 7.174.206,00
2028 93.866 61.012,90 1.830.387,00 21.964.644,00 30.972 20.131,80 603.954,00 7.247.448,00
2029 102.345 66.524,25 1.995.727,50 23.948.730,00 33.770 21.950,50 658.515,00 7.902.180,00
2030 95.797 62.268,05 1.868.041,50 22.416.498,00 31.609 20.545,85 616.375,50 7.396.506,00
2031 96.777 62.905,05 1.887.151,50 22.645.818,00 31.933 20.756,45 622.693,50 7.472.322,00
2032 97.770 63.550,50 1.906.515,00 22.878.180,00 32.260 20.969,00 629.070,00 7.548.840,00
2033 98.583 64.078,95 1.922.368,50 23.068.422,00 32.529 21.143,85 634.315,50 7.611.786,00
2034 99.398 64.608,70 1.938.261,00 23.259.132,00 32.797 21.318,05 639.541,50 7.674.498,00
2035 101.026 65.666,90 1.970.007,00 23.640.084,00 33.334 21.667,10 650.013,00 7.800.156,00
2036 101.846 66.199,90 1.985.997,00 23.831.964,00 33.605 21.843,25 655.297,50 7.863.570,00
2037 102.893 66.880,45 2.006.413,50 24.076.962,00 33.951 22.068,15 662.044,50 7.944.534,00
2038 103.952 67.568,80 2.027.064,00 24.324.768,00 34.300 22.295,00 668.850,00 8.026.200,00
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A Coleta regular dos resíduos é de responsabilidade da prefeitura, como por
exemplo, Pequiá, com isso regularização da coleta convencional é necessária para atender área
rural e urbana.
8.3 Drenagem pluvial
a) Objetivos
Elencamos alguns objetivos do Plano, voltados para o Eixo Drenagem:
- Garantia da qualidade da prestação dos serviços de drenagem e manejo de águas
pluviais, reduzindo os riscos de inundação e preservação dos mananciais;
- Preservação e conservação do meio ambiente e dos recursos naturais existentes
no município;
- Recuperação de áreas ambientalmente degradadas;
- Redução da ocorrência de doenças relacionadas à falta de condições e eficiência
dos serviços de drenagens;
- Ampliação da capacidade de atendimento os serviços de saneamento em
quantidade e qualidade de acordo com o aumento da demanda populacional;
- Redução das perdas e desperdícios;
- Implantação de canais de participação e comunicação com os usuários;
- Aumento da captação de recursos para investimentos;
- Ampliação da capacidade de planejamento, execução e tomada de decisão dos
agentes envolvidos no sistema;
- Elaboração de projetos executivos de drenagem e de pavimentação, com
exigência mínima de percentual de área permeável para o interior dos lotes e
para os passeios.
b) Metas
São metas para a gestão da Drenagem:
- Mapeamento de pontos críticos nos acessos aos povoados da zona rural até o
ano de 2018;
- Promover a manutenção e limpeza do sistema de microdrenagem (bocas de
lobos, galerias de águas pluviais, etc.) até o ano de 2018;
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- Elaboração de projetos executivos atuais do sistema de drenagem urbana do
município visando sua implantação até 2018;
- Estabelecer e programar as obras no sistema de drenagem urbana, buscando
inclusive, fontes de recursos para a concretização das mesmas até o ano de 2018;
- Execução de serviços de engenharia pré-definidos na programação de obras na
zona urbana do município até o ano de 2026, buscando priorizar correção de
trechos sujeitos a enchentes e inundações; e renaturalização dos cursos d'água
projetados;
- Execução dos serviços de engenharia pré-definidos para as obras na zona rural
do município até o ano de 2030.
# Cronograma (quadro 10)
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Quadro 10 - Cronograma de ações e prazos
PERÍODOS IMEDIATO CURTO PRAZO MÉDIO PRAZO LONGO
PRAZO
AÇÕES DO PROGRAMA Até 3 anos do
PMSB 4 a 8 anos 9 a 12 anos 13 a 20 anos
Adoção de premissas para elaboração de projeto básico de pavimentação
viária e de manejo de águas pluviais
Verificação e análise de projetos de pavimentação e/ou loteamentos,
estrutura de inspeção dos elementos constituintes dos microdrenos.
Mapeamento dos pontos críticos nos acessos aos povoados da zona rural e
monitoramento das chuvas e registros de eventos críticos. (Prioridade aos
trechos de curso d’água sujeitos a enchentes e inundações ao domicílio dos
ribeirinhos.
Estabelecer a programação de obras do sistema de drenagem urbanas e
buscar fontes de recurso para a execução de obras (prioridade para as
contenções em trechos específicos com ocupações ribeirinha, como
alternativa à remoções.
Elaboração de projetos executivos de microdrenagem, macrodrenagem e
pavimentação do município, considerando exigência mínima de percentual
de área permeável no interior dos lotes e nos passeios.
Executar os serviços de engenharia definidos na programação de obras na
zona urbana do município priorizando a correção dos trechos sujeitos a
enchentes e inundações e renaturalização do curso d’água projetados.
Executar os serviços de engenharia definidos na programação de obras na
zona rural do município.
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# Investimentos
O quadro 11 apresenta dados estimados para os investimentos necessários para a melhoria do sistema de drenagem urbana do município
de Açailândia.
Quadro 11 - Investimentos necessários no sistema de drenagem urbana
TIPO DE IMPLANTAÇÃO/PRAZO
DE IMPLANTAÇÃO LOCAIS OBRAS PLANEJADAS
CUSTO
ESTIMADO (R$)
INVESTIMENTO
ANUAL
ESTIMADO (R$)
Curto prazo – 01 a 04 anos Sede do município de
zona urbana
Elaboração de projeto base e drenagem na
zona urbana do município 105.000,00 26.250,00
Curto prazo – 01 a 04 anos Sede do município de
zona urbana
Implantação e operação de programas de
limpeza de bocas de logos e galerias de águas
pluviais
575.000,00 28.750,00
Curto prazo – 01 a 04 anos Zona rural do
município
Levantamento dos locais com acesso
prejudicado em período de chuva 87.000,00 21.750,00
Médio prazo – 04 a 08 anos Zona rural do
município Implantação do sistema de drenagem urbana 2.300.000,00 287.500,00
Longo Prazo – 08 a 20 anos Povoados localizados
na zona rural
Implantação de obras de arte (pontes,
passagens e bueiros) em locais com acesso
prejudicado em períodos chuvosos
2.875.000,00 359.375,00
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8.3.1 Ações de emergências e contingências
a) Causas possíveis:
- Situações críticas ocorrem em decorrência de chuvas intensas, acarretando
transbordamento de talvegues, cursos d’água, canais e galerias; e
deslizamentos de encostas; etc.;
- Os transbordamentos, derivam de precipitações com intensidade acima da
capacidade de escoamento do sistema, mau funcionamento do sistema
devido a assoreamentos, resíduos e entulhos que comprometem o
escoamento, obstrução das calhas do rio por consequência de colapso em
estruturas e obras de arte, etc.;
- Da mesma forma, os deslizamentos, derivam de saturação do solo em
períodos de chuvas intensas, da declividade excessiva da encosta e da
geologia local, ocupação inadequada ou interferência advinda de
construções e infraestruturas diversas.
b) Ações corretivas:
- As ações corretivas devem ser de comunicação à população, instituições,
autoridades e defesa civil; e de reparo das instalações danificadas.
8.3.2 Regras de funcionamento em situações críticas e de contingências.
As responsabilidades no caso de ocorrências de situações críticas, deverá ser
dividida e suportada pelos diversos níveis institucionais, abrangendo desde os Prestadores, o
Ente Regulador e o Titular do executivo municipal. Abaixo, apresentamos um check-list com
regras gerais a serem seguidas em serviços de drenagem urbana, em caso de situações de
acidentes e imprevistos:
- Instrumentos formais de comunicação entre Prestador x Regulador, instituições,
autoridades e defesa civil;
- Meios e formas de comunicação a população, minuta de contratos emergenciais
para contratação de serviços;
- Definição dos serviços padrão e seus preços unitários médios;
- Plano de abrigo das populações atingidas;
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- Listagem prévia dos fornecedores de geradores de energia e equipamentos usuais
nas situações.
8.3.3 Regras de segurança operacional no sistema de drenagem urbana
a) Gestão da manutenção: cadastro das instalações; limpeza e desassoreamento dos
talvegues, cursos d’água e instalações; plano de manutenção preventiva das
estruturas e obras de arte; registro do histórico das manutenções;
monitoramento dos níveis dos canais de macrodrenagem e cursos d’água.
b) Prevenção de acidentes: montagem de um plano de EMERGENCIA, que permita
sinalizar para uma população em situação vulnerável, sobre uma situação de
perigo ou risco previsível a curto prazo (pode acontecer); e montagem de outro
plano de EMERGENCIA, que consista em sinalizar e informar de forma oficial,
sobre perigo ou risco eminente, devendo ser acionado quando existir certeza de
ocorrência da enchente (vai acontecer).
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9 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA
EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMADAS
Para o monitoramento e avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade
das ações e metas programadas foram definidos mecanismos e procedimentos de controle social
e que irão acompanhar toda a execução do PMSB de Açailândia - MA. O objetivo específico
desta fase é definir sistemas e procedimentos para o monitoramento e a avaliação dos objetivos,
metas e resultados das suas ações no acesso, na qualidade, na regularidade e na frequência dos
serviços programadas no PMSB.
Desta forma, já foram descritos procedimentos metodológicos que servirão de base
para o acompanhamento e gestão do PMSB e deverão mensurar as ações propostas, auxiliando
a medição e a tomada de decisões no seguinte sentido de garantir a efetividade, eficiência,
eficácia e sustentabilidade. Desta forma, os indicadores e critérios de avaliação foram
construídos a partir do planejamento orientado sob a concepção do conceito do Planejar –
Executar – Verificar – Agir (PDCA).
Esta fase é de suma importância pois abordam-se os arranjos institucionais
necessários para a execução e acompanhamento das ações do PMSB, de forma a favorecer que
o mesmo alcance suas metas. Cada ação apresenta uma forma definida por critérios
quantitativos e/ou qualitativos para verificação e avaliação do seu cumprimento. Desta forma,
o corpo diretivo poderá observar se são necessários ajustes ou otimização para melhoria
contínua do PMSB.
9.1 Abastecimento de água
# Definição Quantitativa de Indicadores para o Sistema de Abastecimento de Água
A aplicação na utilização de indicadores de desempenho como instrumentos de
apoio à gestão de sistemas de abastecimento de água, irá contribuir com a redução do custo e
sistema operacional (quadro 12).
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Quadro 12 - Indicadores, objetivos e metas para o sistema de abastecimento de água
# Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água
Na escolha dos Indicadores para acompanhamento da implantação do Plano
Municipal de Saneamento Básico (PMSB), buscou-se, sobretudo, definir indicadores com
características que atendam aos critérios de eficácia e de efetividade relacionados às metas e
ações planejadas. Segue a quantificação de sistema abastecimento de água.
Número de domicílios urbanos e rurais atendidos pelo sistema de abastecimento e
distribuição / Número total de domicílios urbanos e rurais.
a) Sistema de quantificação
Número de domicílios urbanos e rurais atendidos pelo sistema de abastecimento –
informações disponibilizadas pelas CAEMA, SAEE e Prefeitura, quantidade de residências
urbana e rural abastecida pelo sistema. (A)
Número total de domicílios urbanos e rurais – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) disponibilizará quantidade de municípios urbanos e rurais. (B)
Indicador Objetivos e Metas
1
Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água (%) -
Número de domicílios urbanos atendidos por rede de distribuição / Número total
de domicílios urbanos e rurais
2
Índice de fornecimento água de qualidade e em quantidade de forma
contínua para toda a população do município de Açailândia (%) - Número
de análises de coliformes totais na água em desacordo com o padrão de
potabilidade (Portaria nº 2914/11) no ano / Número de análises de coliformes
totais realizadas
3
Índice de reclamações por intermitência (%) - Quantidade de reclamações
relativas a falta de água no período de referência / Número de economias ativas
de água [nº/1000 economias]
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Equação
Índice de universalização dos Serviços de Abastecimento de Água = (A/B) *100
b) Validação dos dados
O total de economias considerado na avaliação será fornecido pelo cadastro do
Prestador, o qual deverá ser georreferenciado e estar atualizado e validado pelo Regulador. Já
a estimativa dos domicílios totais será encargo do Regulador, que consolidará os dados do
IBGE.
c) Periodicidade da avaliação:
A avaliação da meta será anual considerando de janeiro a dezembro de cada ano.
d) Andamento das ações programadas para a meta:
O acompanhamento irá ocorrer trimestralmente de acordo com o cronograma de
obras e ações:
- Obras de expansão das redes distribuidoras de água;
- Ação para garantia da quantidade de água ofertada, com obras de ampliação do
sistema produtor em compatibilidade com o crescimento da demanda e redução
de perdas de água.
# Índice de fornecimento de água de qualidade e em quantidade de forma contínua para
toda a população do município de Açailândia (%)
Número de análises de coliformes totais e escherichia coli na água em desacordo
com o padrão de potabilidade (Portaria nº 2914/11) no ano / Número de análises de coliformes
totais e escherichia coli realizadas. Número de domicílios abastecimento por região.
a) Sistema de quantificação
Número de análises de coliformes totais e escherichia coli na água em desacordo
com o padrão de potabilidade (Portaria nº 2914/11) no ano - Quantidade total anual de amostras
coletadas nas unidades de tratamento e na rede de distribuição de água, para aferição do teor de
coliformes totais, cujo resultado da análise ficou fora do padrão determinado pela Portaria serão
disponibilizadas pela CAEMA. (A)
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Número de análises de coliformes totais realizadas: CAEMA/SAEE irá
disponibilizar a quantidade total anual de amostras coletadas nas unidades de tratamento e no
sistema de distribuição de água para a aferição do teor de coliformes totais (B)
Número de domicílios abastecimento por região: CAEMA/SAEE irá informa a
quantidade de domicílios abastecimento na zona urbana e rural. (C)
Equação:
Índice de atendimento aos padrões de potabilidade = (A/C) *100
b) Validação dos dados:
O regulador deverá enviar os boletins, que poderá eventualmente realizar análises
de contraprova em laboratórios credenciados.
c) Periodicidade da avaliação:
A avaliação da meta será semestral, como dados em cada semestre do ano corrente.
d) Andamento das ações programadas para a meta:
O acompanhamento irá ocorrer semestralmente de acordo com o cronograma de
obras e ações:
- Condições laboratoriais do Prestador ou de seus credenciados;
- Ações de ajustes do tratamento.
# Índice de reclamações por intermitência
Quantidade de reclamações relativas à falta de água no período de referência /
Número de economias ativas de água [nº/1000 economias].
a) Sistema de quantificação
Quantidade de reclamações relativas à falta de água no período de referência –
relatórios de reclamação anual serão de responsabilidade da CAEMA. (Q)
Número de economias ativas de água – informações de responsabilidade da
CAEMA. (A)
Equação
Índice de reclamações = Q/A
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b) Validação dos dados
O sistema de registro deverá ser validado a partir do relatório de Pesquisas de
Satisfação junto aos Usuários e do Plano de Melhorias de Atendimento aos Usuários emitido
pela CAEMA.
c) Periodicidade da avaliação:
A avaliação da meta será semestral, como dados em cada semestre do ano corrente.
d) Andamento das ações programadas para a meta:
O alcance da meta será monitorado a partir do acompanhamento semestral do
cronograma de obras e ações relativas à meta, que são:
- Programa de redução de perdas;
- Obras de ampliação do sistema produtor;
- Obras de ampliação da macro distribuição;
- Ações de eficácia no sistema de atendimento ao público.
9.2 Esgotamento sanitário
O presente capítulo está direcionado ao estabelecimento de critérios e
procedimentos para avaliações sistemáticas sobre a eficácia das ações programadas no presente
PMSB.
A aplicação efetiva da metodologia definida somente será possível durante a
implementação do presente PMSB, com suas ações e intervenções previstas e organizadas em
componentes que serão empreendidos pelas entidades identificadas.
Objetivando melhor detalhar os procedimentos a serem adotados, apresentam-se
quadros específicos para os serviços de esgotamento sanitário, que apresentam uma listagem
inicial das componentes principais envolvidas na administração dos sistemas (intervenção,
operação e regulação), bem como dos atores envolvidos, dos objetivos principais e uma
recomendação preliminar a respeito dos itens de acompanhamento e os indicadores para
monitoramento.
Os itens de acompanhamento (IA) estão linkados aos procedimentos executivos,
aprovação dos projetos e implantação das obras, bem como aos procedimentos operacionais e
de manutenção, que podem indicar a necessidade de medidas corretivas e de otimização, tanto
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em termos de prestação adequada dos serviços quanto em termos da sustentabilidade
econômico-financeira do empreendimento.
Os indicadores de monitoramento serão importantes ferramentas para o alcance das
metas estabelecidas no PMSB em termos de cobertura e qualidade (indicadores primários), bem
como em relação às avaliações esporádicas em relação a alguns resultados de interesse
(indicadores complementares).
9.2.1 Listagem das componentes principais, atores, atividades e itens de acompanhamento para
monitoramento dos serviços de esgotos do PMSB
A seguir apresenta-se o quadro com os principais atores, atividades e indicadores
para o monitoramento dos serviços de esgotamento sanitário (quadros 13 e 14).
Quadro 13 - Componentes, atores, atividades para o monitoramento dos serviços de
esgotamento sanitário
(continua)
Componentes Principais-
Intervenção/Operação
Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento
(IA)
Construção e/ou ampliação da
infraestrutura dos sistemas de
esgotos
Empresas
contratadas
Operadores de
sistemas, Órgãos de
meio ambiente
Entidades das PMs
Elaboração dos projetos
executivos
Aprovação dos projetos em
órgãos competentes
Elaboração dos
relatórios para
licenciamento
Ambiental
Obtenção da licença prévia, de
instalação e operação.
Construção da
infraestrutura dos
sistemas, conforme
cronograma de obras.
Implantação das obras
previstas no cronograma, para
cada etapa da
construção/ampliação, como
extensão da rede de coleta,
ETEs e outras
Instalação de
equipamentos
Implantação dos equipamentos
em unidades dos sistemas, para
cada etapa da
construção/ampliação
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Quadro 13 - Componentes, atores, atividades para o monitoramento dos serviços de
esgotamento sanitário
(conclusão)
Componentes Principais-
Intervenção/Operação
Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento
(IA)
Operação e Manutenção dos
serviços de esgotos
SAAEs
Concessionária
estadual Operadores
privados
Prestação adequada e
contínua dos serviços
Fiscalização e
acompanhamento das
manutenções efetuadas em
equipamentos principais dos
sistemas, evitando-se
descontinuidades de operação.
Viabilização do
empreendimento em
relação aos serviços
prestados
Viabilização econômico-
financeira do empreendimento,
tendo como resultado tarifas
médias adequadas e despesas
de operação por m³ faturado
(esgoto) compatíveis com a
sustentabilidade dos sistemas.
O pronto
restabelecimento dos
serviços de operação e
Manutenção
O pronto restabelecimento no
caso de interrupções na coleta e
tratamento de esgotos
Monitoramento e ações para
regulação dos serviços prestados
Agências
reguladoras locais
Secretaria de Saúde
- A verificação e o
acompanhamento da
prestação adequada
dos serviços
- A verificação e o
acompanhamento
das tarifas de água e
esgotos, em níveis
justificados
- A verificação e o
acompanhamento
dos avanços na
eficiência dos
sistemas de água e
esgotos
a) monitoramento contínuo
dos seguintes indicadores
primários (IM):
- Cobertura de coleta de
esgotos;
- Cobertura do tratamento
de esgotos;
- Qualidade do esgoto
tratado.
b) monitoramento ocasional
dos seguintes indicadores
complementares (IM);
- Interrupções do
tratamento de esgotos;
- Despesas de exploração
dos serviços por m³
faturado (esgoto);
- Extensão de rede de
esgotos por ligação;
- Grau de endividamento da
empresa.
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Quadro 14 - Indicadores de desempenho do sistema de esgotamento sanitário
Nº DEFINIÇÃO DO
INDICADOR EQUAÇÃO
EXPRESSO
EM COMENTÁRIOS
INDICADORES
01 Índice de coleta de
esgoto (VEC/VC) *100 %
Volume de esgoto coletado
(VEC); volume de água
consumido (VC), menos
volume de água tratado
exportado).
02
Índice de
Tratamento de
Esgoto
(VET/VEC)
*100 %
Volume de esgoto tratado
(VET); VEC.
03
Índice de
Atendimento Urbano
de esgoto referido
aos municípios
atendidos com água
(PopUrbAten. /
Pop. Urbana
servida mais não
servida de água)
*100
%
PopUrbAten. = população
urbana atendida com
esgotamento sanitário; Pop.
Urbana servida mais não
servida de água =
população urbana dos
municípios em que o
prestador de serviços atua
com serviços de
abastecimento de água
(inclui população servida +
não servida), pois pode-se
possuir o serviço, mas não
estar sendo atendido.
04
Índice de esgoto
tratado referido à
Água consumida
(VET/VC) *100 %
VET; VC = volume de
água consumido (não
esquecer qdo possuir água
exportada).
05
Índice de
atendimento total de
esgoto referido aos
municípios
atendidos com água
(Pop.TotalAtend.
/ Pop.Total)*100 %
Pop.TotalAtend. =
população total atendida
com esgotamento sanitário;
Pop.Total = população
total dos municípios em
que o prestador de serviços
atua com serviços de
abastecimento de água
(inclui população servida +
não servida).
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A periodicidade estipulada para avaliação do desempenho dos serviços prestados
deverá ser no máximo anual. A prestadora dos serviços deverá elaborar relatório conclusivo
com a explicitação dos valores obtidos para os indicadores e o atendimento ou não das metas
estipuladas. Neste relatório deverão estar claramente especificados os seguintes aspectos:
- Planejamento, quando são discutidos os rumos do sistema para o ano que
inicia: estabelecimento de metas e adequação aos recursos, evolução da
amostra, do conjunto de dados, do programa de coleta, das análises a
produzir para o diagnóstico, das características da publicação e divulgação
do mesmo;
- Preparação da coleta, quando são realizadas atualizações cadastrais,
cadastramento de novos participantes da amostra, correções e evoluções no
programa de coleta de dados, manutenções no banco de dados e expedição
do material;
- Coleta de dados, estando incluídos aqui os trabalhos de confirmação do
recebimento do material, recepção dos dados, controle do andamento do
cronograma, prestação de esclarecimentos e retirada de dúvidas, controle e
busca da qualidade das informações. É nesta fase, em que se procura obter
dados da amostra e, em paralelo, todos os dados de cada um deles e com
consistência, que o trabalho é mais intenso. A análise de cada arquivo
recebido, a busca da completeza e da consistência dos dados, os contatos
com os encarregados de fornecer as informações para completá-las,
esclarecer particularidades ou corrigir erros exige esforço muito grande,
desproporcional à dimensão da equipe permanente, exigindo acréscimo
momentâneo de reforço;
- Produção do diagnóstico, envolvendo o cálculo dos indicadores, a extração
de material (tabelas e gráficos) para a elaboração das análises, a produção
dos textos e das peças gráficas (tabelas e gráficos). Uma versão preliminar
das tabelas de dados é remetida aos agentes participantes, que enviam
críticas e sugestões. Processadas todas as alterações, segue-se para a versão
definitiva com a publicação das mesmas;
- Divulgação, compreendendo a distribuição da informação para a sociedade.
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As metas não alcançadas deverão ser objeto de plano de ações corretivas,
justificando-se os aspectos não obtidos em relação ao proposto no Estudo Técnico e
Conceptivo. Mesmo sendo alcançados os objetivos propostos (metas), a operadora dos serviços
deverá encaminhar plano de ações corretivas e de redirecionamento, visando melhorar a
qualidade dos serviços prestados. As ações propostas – corretivas ou não, deverão ser
embasadas por:
- Objetivo: definição da ação, motivos e resultados esperados;
- Tipo: corretiva ou de redirecionamento;
- Prazo: período necessário para a sua execução;
- Agente: entidade ou órgão executor da ação;
- Custos: estimativa de custos para execução da ação.
9.3 Resíduos sólidos
Os indicadores quanto ao atendimento com serviço de coleta de resíduos sólidos e
limpeza urbana (quadro 15) permitem uma avaliação, ao longo do período de execução do
PMSB, com relação à evolução do serviço de manejo de resíduos sólidos no município. O
cálculo e a análise de tais indicadores de desempenho proporcionam o direcionamento para a
implantação de programas de incentivo à coleta seletiva e à destinação correta dos resíduos
gerados, minimizando os impactos ambientais e exigindo uma grande mobilização de
conscientização quanto a estes aspectos. Também geram informações referentes à coleta e ao
destino adequado dos resíduos sólidos, que pode ser associado à saúde da população, pois o
destino inadequado favorece a proliferação de vetores de doenças e pode contaminar o solo e
os corpos hídricos.
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Quadro 15 - Indicadores quanto ao atendimento com serviço de coleta de resíduos sólidos e limpeza urbana
Nome do
indicador Objetivo
Periodicidade
de cálculo
Fórmula de
cálculo Lista das variáveis Unidade
Limites para
avaliação
Possíveis fontes
de origem dos
dados
Índice de
domicílios
atendidos com
coleta de lixo
Quantificar o número
de domicílios atendidos
com coleta de lixo no
município.
Anual [NDL / NDM] *
100
NDL: N. de Domicílios
atendidos com serviço de
coleta de resíduos sólidos
NDM: Número Total de
Domicílios no Município
Porcentagem
(%)
Ideal 100%
De 90 a 99%
satisfatório
< Que 90% ruim
Prefeitura
Municipal /SNIS
Índice de
domicílios
urbanos atendidos
com coleta de
lixo
Identificar o índice de
atendimento de
domicílios na área
urbana do município
com coleta de resíduos
sólidos.
Anual [NDU / NTM]
*100
NDU: Domicílios
atendidos com serviço de
coleta de resíduos sólidos
na Área Urbana NTM:
Total de Domicílios
Urbanos no Município
Porcentagem
(%)
Ideal 100%
De 90 a 99%
satisfatório
< Que 90% ruim
Prefeitura
Municipal /SNIS
Índice de
domicílios rurais
atendidos com
coleta de lixo
Identificar o índice de
atendimento de
domicílios na área rural
do município com
coleta de resíduos
sólidos.
Anual [NDR / NTR]
*100
NDR: N. Domicílios
atendidos com serviço de
coleta de resíduos sólidos
na Área Rural NTR: N.
Total de Domicílios da
Área Rural no Município
Porcentagem
(%)
Ideal 100% De 90
a 99% satisfatório
< Que 90% ruim
Prefeitura
Municipal /SNIS
Índice de
atendimento do
serviço de
varrição
Identificar o índice de
atendimento do serviço
de varrição das vias
urbanas do município
Anual [ECV / ETV] *
100
ECV: Extensão das Vias
Urbanas com Serviços de
Varrição ETV: Extensão
Total das Vias Urbanas
Porcentagem
(%)
Ideal 100%
De 90 a 99%
satisfatório
< Que 90% ruim
Prefeitura
Municipal /SNIS
Índice de
domicílios
urbanos atendidos
com coleta
seletiva
Identificar o índice de
atendimento de
domicílios na área
urbana do município
com coleta seletiva.
Anual [NDA / NDT] *
100
NDA: N de Domicílios
atendidos com serviço de
coleta seletiva na Área
Urbana NDT: N. Total de
Domicílios na Área Urbana
Porcentagem
(%)
Ideal 100%
De 90 a 99%
satisfatório
< Que 90% ruim
Prefeitura
Municipal /SNIS
Nota: Responsável pela geração e divulgação: Prefeitura
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9.4 Drenagem pluvial
O planejamento do controle quantitativo e qualitativo da drenagem urbana passa
pelo conhecimento do comportamento dos processos relacionados com a drenagem pluvial.
A quantidade de dados hidrológicos e ambientais é reduzida e o planejamento nesta
etapa foi realizado com base em informações secundárias, o que tende a apresentar maiores
incertezas quanto à tomada de decisão na escolha de alternativas.
A precipitação mostra que existe variabilidade espacial importante na cidade em
face da sua urbanização e áreas impermeáveis que podem produzir efeitos sobre as mesmas. A
rede existente mostra que existem dados pluviométricos de quatro postos de pluviômetros, mas
não existem dados de pluviógrafos, que melhor caracterizam a distribuição espacial da
precipitação.
No tocante as informações de vazão, não existem dados e a estimativa dos
parâmetros do modelo que transforma chuva em vazão, foi realizada, primeiro com dados de
literatura e depois ajustado com a magnitude dos eventos, por meio das manchas de inundação.
No entanto, isto mostra que existem incertezas no dimensionamento da drenagem urbana na
cidade.
Quanto à qualidade da água pluvial, também não existem dados que permita estimar
a sua caracterização, já que as medidas que existem, geralmente retratam o escoamento em
período sem chuva, onde predomina a contaminação do esgoto sanitário da cidade que ainda
não foi coletado ou que está na drenagem por conexões indevidas (quadro 16).
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Quadro 16 - Componentes, atores e indicadores para o monitoramento dos serviços de
drenagem pluvial
Componentes Principais-
Intervenção/Operação
Atores Previstos Atividades Principais Itens de Acompanhamento
(IA)
Avanços na microdrenagem
em pontos de alagamento e na
infraestrutura regional para
macrodrenagem e controle de
cheias
Empresas
contratadas
Entidades das
PMs Órgãos de
meio ambiente
Projetos executivos
Serviço de verificação e
análise de projetos de
pavimentação e/ou
loteamentos
Licenciamento
ambiental
Licença prévia e de
instalação
Adequação e/ou novas
infraestruturas em
pontos de micro e de
macrodrenagem
Indicadores para cada etapa
de ajuste/construção das
infraestruturas de micro e
macrodrenagem
Planejamento urbano,
monitoramento e avanços na
infraestrutura de micro e de
macrodrenagem
Departamentos de
Secretarias
Municipais de
Obras e de
Planejamento
- Redução do número
de pontos e
recorrência de
alagamentos nas
áreas urbanas
- Instalação e
operação adequada
de obras para
macrodrenagem e
controle de cheias
Microdrenagem:
- Padrões de projeto viário e
de drenagem pluvial;
- Extensão de galerias e
número de bocas de lobo
limpas em relação ao total;
- Monitoramento de chuva,
níveis de
impermeabilização do solo
e registro de incidentes em
microdrenagem;
- Estrutura para inspeção e
manutenção de sistemas de
microdrenagem.
- Macrodrenagem:
- Existência de plano diretor
de drenagem, com tópico
sobre uso e ocupação do
solo;
- Monitoramento de cursos
d’água (nível e vazão) e
registro de incidentes
associados à
macrodrenagem;
- Número de córregos
operados e dragados e de
barragens operadas para
contenção de cheias;
- Modelos de simulação
hidrológica e de vazões em
cursos d’água.
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9.4.1 Indicadores de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais
# Indicador de cobertura domiciliar de microdrenagem (%)
Número de domicílios localizados em ruas com microdrenagem (sarjetas, bocas-
de-lobo, poços de visita, galerias de médio e pequeno porte) / Número total de domicílios
urbanos
Numerador:
Quantidade de domicílios urbanos localizados em ruas com microdrenagem no final
do ano de referência. Entende-se como microdrenagem as sarjetas, bocas-de-lobo, poços de
visita, galerias de médio e pequeno porte.
Denominador:
Quantidade de domicílios urbanos informados pelo IBGE. Quando da inexistência
de dados de Censo ou Contagem populacional do IBGE para o ano de referência, adotar uma
estimativa da população e dividir pela taxa de urbanização do último Censo.
Validação dos dados:
O número de domicílios considerado na avaliação será fornecido pelo cadastro do
Prestador, o qual deverá ser georeferenciado e estar atualizado e validado pelo Regulador. Já a
estimativa dos domicílios totais será encargo do Regulador, que consolidará os dados do IBGE.
Periodicidade da avaliação:
A avaliação da meta será anual, sendo feita com os dados do mês de dezembro de
cada ano.
Acompanhamento das ações programadas para a meta:
O alcance da meta será monitorado a partir do acompanhamento bi-mestral do
cronograma de obras e ações correlatas à meta, que são:
- Obras de expansão de pavimentação, sarjetas e galerias coletoras águas pluviais.
# Índice de redução de domicílios acometidos por inundações (%)
Número de domicílios acometidos por inundações conforme base de dados anterior
(Ex.: 2017) - Número de domicílios acometidos por inundações no ano de referência / Número
de domicílios acometidos por inundações em 2016.
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Numerador e Denominador:
Número de domicílios acometidos por inundações em 2017: quantidade total de
domicílios acometidos por inundações no ano de 2017 (considerado o ano base);
- Número de domicílios acometidos por inundações no ano de referência:
quantidade total de domicílios acometidos por inundações no último dia do ano
de referência;
Validação dos dados:
O cadastro do Prestador deverá ser georreferenciado e estar atualizado e validado
pelo Regulador.
Periodicidade da avaliação:
A avaliação da meta será anual, sendo feita com os dados do mês de dezembro de
cada ano.
Acompanhamento das ações programadas para a meta:
O alcance da meta será monitorado a partir do acompanhamento bimestral do
cronograma de obras e ações correlatas à meta, que são:
- Obras de implantação de galerias de micro-drenagem;
- Obras de canais de macro-drenagem:
- Programa de limpeza periódica de galerias e canais.
# Indicador de reclamações dos serviços de drenagem urbana (nº/1000 domicílios)
Quantidade de reclamações relativas aos serviços de drenagem / Número total de
domicílios urbanos
Numerador:
Quantidade de reclamações relativas aos serviços de drenagem no ano de referência.
Denominador:
Quantidade de domicílios urbanos informados pelo IBGE. Quando da inexistência
de dados de Censo ou Contagem populacional do IBGE para o ano de referência, adotar uma
estimativa da população e dividir pela taxa de urbanização do último Censo.
Observações:
As informações necessárias ao cálculo deste indicador deverão estar em
consonância com as Pesquisas de Satisfação junto aos Usuários.
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Validação dos dados:
O sistema de registro de reclamações do Prestador deverá ser validado pelo
Regulador. Já o sistema deste deverá ser compatível e excluir os registros duplicados. O
cadastro do Prestador deverá estar atualizado e validado pelo Regulador.
Periodicidade da avaliação:
A avaliação da meta será semestral, com os dados dos meses de junho e dezembro
de cada ano.
Acompanhamento das ações programadas para a meta:
O alcance da meta será monitorado a partir do acompanhamento bimestral do
cronograma de obras e ações correlatas à meta, que são:
- Ações de eficácia no sistema de atendimento ao público
# Índice de Drenagem Pluvial – IDP
O índice de Drenagem Pluvial – IDP é calculado a partir da média aritmética entre
os dois indicadores específicos:
I DP = (D1 + D2) /2
Onde:
D1 - Índice de cobertura domiciliar de microdrenagem (%);
D2 - Índice de redução de domicílios acometidos por inundações (%);
D1 - Índice de cobertura domiciliar de microdrenagem
Número total de domicílios urbanos (IBGE) /Número de domicílios urbanos
localizados em ruas comestrutura de microdrenagem = y
D1 = Valor y X 100
A pontuação do indicador D1 será de 0 a 100 e corresponderá diretamente ao
percentual de cobertura por microdrenagem no município.
D2 - Índice de redução de domicílios acometidos por inundações
Número de domicílios acometidos por inundações em 2017 MENOS Número de
domicílios acometidos por inundações no ano de referência/Número de domicílios acometidos
por inundações em 2017 = y
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D2 = Valor y X 100
A pontuação do indicador D2 deverá ser avaliada em função do percentual de
redução de domicílios acometidos por inundações em referência ao total observado no ano de
2017, variando de 0 a 100 conforme apresenta o quadro 17.
Quadro 17 - Pontuação de D2 em relação ao índice de redução de domicílios acometidos por
inundações
Faixa Pontuação
Índice de redução de domicílios acometidos por inundações < 5% 0
5% < Índice de redução de domicílios acometidos por inundações < 20% 30
20% < Índice de redução de domicílios acometidos por inundações < 50% 70
50% < Índice de redução de domicílios acometidos por inundações < 80% 90
Índice de redução de domicílios acometidos por inundações > 90% 100
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7229: Projeto, construção e
operação de sistemas de tanques sépticos. Rio de Janeiro, 1993.
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o
saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de
maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei
no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 8 jan. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 10 maio 2017.
______. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 3 ago. 2010. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636>. Acesso em: 10 maio
2017.
______. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento. SNIS: série histórica. 2013. Disponível em:
<http://app.cidades.gov.br/serieHistorica>. Acesso em: 3 maios 2017.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS. Dados gerais. 2000. Disponível em:
<http://portal.cnm.org.br/v4/v11/dado_geral/ufmain.asp?iIdUf=100121>. Acesso em: 23 jan.
2011.
CORREIA FILHO, Francisco Lages et al. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por
água subterrânea: estado do Maranhão: relatório diagnóstico do município de Lagoa Grande
do Maranhão. Teresina: CPRM, 2011.
CORREIA FILHO, Francisco Lages. Projeto cadastro de fontes de abastecimento por
água subterrânea: Estado do Maranhão: relatório diagnóstico do município de rosário.
Teresina, 2011.
DUPLICAÇÃO DA ESTRADA DE FERRO CARAJÁS. Estudo ambiental e plano básico
ambiental EA/PBA: capítulos 5.3 diagnóstico do meio socioeconômico – AII. Belo
Horizonte, 2011. v. 4.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. @ Cidades: Maranhão:
Açailândia. Rio de Janeiro, 2011a. Disponível em:
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E-Mail: [email protected] Site: www.gestaoamb.com.br
<http://www.cidades.ibge.gov.br/painel/populacao.php?lang=&codmun=210005&search=%7
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Janeiro, 2010.
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Estudos Climáticos. Evolução mensal e sazonal das chuvas. 2017. Disponível em:
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McNEELY, R. N.; NEIMANIS, V. P.; DWYER, L. Water quality sourcebook: a guide to
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THORNTHWAITE, C. W.; MATHER, J. R. The water balance. Publications in
Climatology, Centerton, v. 7, n. 1, 1955.
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EQUIPE TÉCNICA
José Renato Marques Borralho Junior Eng. Agrônomo Mestre em Agroecologia - Especialista em Engenharia Ambiental
CREA: 8917D/MA
José Pereira de Alencar
Químico Industrial – Esp. em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria
CRQ 11200021 – 11ª REGIÃO
Anderson Pires Ferreira
Biólogo - CRBio 77596/05D
Marcio Costa Fernandes Vaz dos Santos
Biólogo, PhD em Ciências Ambientais
Marcelo H. B. Costa de Alencar
Engenheiro Civil, Mestre em Saúde e Ambiente
CREA
Cláudio Leonardo Pereira Moreira
Advogado especialista em Direito Ambiental
João Alberto Goiabeira Feques
Engenheiro civil Sanitarista
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Leeds Queiroz Villar
Engenheira Sanitarista
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Engenheiro Civil
Raimundo Borges de Sousa Júnior
Economista
Lívia Cândice Ribeiro Silva
Geógrafa
Valéria Galdino Silva e Silva
Engenheira Ambiental
Nubya Karynne de Castro Viana Serra de Alencar
Bacharel em Direito e Administração Financeira – Pós graduação em Gestão de Projetos