Alunas : Dbora CorsoRosiana Boniatti
Universidade de Caxias do Sul
Centro de Cincias Exatas e Tecnologia
Departamento de Engenharia Qumica
Disciplina: Operaes Unitrias na Indstria Qumica II
Professora: Lisete C. Scienza
A gelatina uma substncia translcida, incolor ou amarelada,
praticamente inspida e inodora. uma substncia orgnica nitrogenada,
uma protena coloidal, cujo valor principal est nas suas propriedades
coagulativas, protetoras e adesivas.
A gelatina animal obtidas pela hidrlise do colgeno (fibras
brancas dos tecidos conectivos do corpo animal, particularmente da pele
(crion), dos ossos (ossena) e dos tendes), em que as ligaes moleculares
naturais entre fibras separadas de colgeno so quebradas, permitindo o
seu rearranjo. C102H149N31O33 + H2O C102H151N31O39
Colgeno gua Gelatina
Definio
Empregos
Alm de ser amplamente consumida como alimento, na indstria alimentcia usada na elaborao de iogurtes, balas e produtos dietticos;
Nas indstrias cinematogrficas e fotogrficas, reveste a base das pelculas e constitui a emulso de sais de prata sensveis luz;
No encorporamento de papel, de tecidos e de chapus de palha. Na indstria farmacutica para fabricar cpsulas e como emulsificador; No fabrico de cabeas de fsforos e de lixa; Alguns cosmticos contm uma variedade de gelatina que no gelifica.
Matrias-primas
A indstria reconhece quatro tipos de gelatina: Comestvel Tcnica, Fotogrfica Farmacutica.
Para fabricao de todos os quatro tipos de gelatina, so usados os carnais (tecidos que ligam a pele animal carcaa) e os couros crus de grandes animais.
Tambm se usam peles de novilha, de porcos e ossos animais; estes constituem 11% da matria-prima total.
Somente a matria prima de melhor qualidade, usada na produo de gelatina fotogrfica ou comestvel.
Etapas do processo de fabricao
Pr-Tratamento;
Extrao;
Purificao;
Concentrao;
Secagem;
Moagem, Peneiramento e Mistura.
Pr-TratamentoH dois processos principais que podem ser empregados na fabricao de gelatina:
Processo cido - para a fabricao de gelatina do Tipo A:
A matria-prima (principalmente a pele suna) submetida a um processo de pr-tratamento de trs
dias. Este tratamento realizado com cido clordrico frio que prepara a matria-prima para o processo
subseqente de extrao.
Processo Alcalino - para a fabricao de gelatina do Tipo B:
Este processo somente pode ser aplicado quando a matria-prima for ossena ou raspa bovina. Esteprocesso estende-se por um perodo de vrias semanas com hidrxido de clcio saturado e vai
transformando lentamente a estrutura do colgeno. O colgeno produzido desta maneira solvel em gua
quente.
Pr-tratamento da matria-prima
Extrao
Extrao
Aps a primeira etapa de extrao o material recebe outra vez gua aquecida a temperatura elevada e novamente extrado.
Este processo repetido at que os ltimos traos de gelatina sejam retirados.
O material pr-tratado passa por um processo de extrao de mltiplos estgios. E em geral efetuada em tanques aquipados com serpentinas de vapor.
A primeira extrao feita com gua mantida entre 60 e 65C. O pH importante, sendo timo entre 3,0 e 4,0. A gua fica em contato com a ossena durante 8,0h. Obtm-se uma soluo de gelatina 8-10%.
Purificao
A soluo de aproximadamente 5% de gelatina obtida no processo de extrao passa, ento, por filtros de alta performance que retiram todo e qualquer resduo de gorduras e fibras que ainda possa estar presente nesta soluo.
Purificao
A soluo filtrada passa, ento, por colunas contendo resinas de troca inica, onde clcio, sdio, resduos de cidos e outros sais presentes na soluo so eliminados.
Concentrao
Evaporadores a vcuo, de mltiplos estgios com pr-aquecimento, so usados para esterilizar a soluo de gelatina e ao mesmo tempo remover, gastando um mnimo de energia, a gua da soluo diluda, e concentrar a gelatina at que esta atinja uma consistncia de mel.
Concentrao
Usa-se, muitas vezes, o perxido de hidrognio ou o cido sulforoso como agente alvejante. As evaporaes usualmente em nmero de quatro ou cinco, so feitas continuadamente em temperaturas cada vez mais elevadas, at que se atinge aos 100C.
Secagem
Com a ajuda de um esterilizador de alta temperatura, a soluo de gelatina altamente concentrada passa por mais uma esterilizao de segurana.
Os passos seguintes so, ento, refrigerao e solidificao. Neste ltimo processo a gelatina "extrusada" contra uma tela de ao inoxidvel e ganha a forma de "espaguete", sendo distribuda uniformemente sobre a esteira de secagem.
Secagem
O ar usado para secagem filtrado, lavado, desumidificadoe descontaminado, a 40C. Na sada do tnel de secagem, a gelatina quebrada e moda em partculas de tamanho uniforme.
Moagem, Peneiramento e Mistura
Esta a etapa final, no qual a gelatina preparada para aplicaes especficas. Nesta etapa o grnulo da gelatina modo, peneirado, misturado e enviado ao estoque final.
Moagem, Peneiramento e Mistura
A produo de gelatina comestvel deve atender s exigncias da Anvisa (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria).
Gelatinas comestveis disponveis comercialmente possuem a seguinte composio:
Elas no contm carboidratos, gorduras, colesterol ou purina e so livres de qualquer tipo de conservantes. Todas as gelatinas comestveis esto integralmente de acordo com os padres bacteriolgicos exigidos.
84 - 90% protena 8 - 12% gua 2 - 4% sais minerais
Legislao
Bibliografia
SHREVE, R. Norris; BRINK JR., Joseph A.. Indstrias de processos qumicos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1977.
http://amp746.wordpress.com/2008/03/06/gelatina-sua-origem/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gelatina
http://www.gelita.com/DGF-portuguese/gelatine/gelatine_herstellung.html