Professor Professor Rodrigo Rodrigo SalomãoSalomão
A distribuição geográfica dos vegetais no planeta está intimamente relacionada com as características climáticas de cada lugar
Há quem afirme que a vegetação é reflexo do clima. Portanto para analisarmos a distribuição das principais formações vegetais é preciso considerar também os domínios climáticos existentes
Dora Amarante Romariz - 4 grandes formações vegetais Florestas Complexas Campestres Litorâneas
Aziz Ab’ Saber - 6 domínios morfoclimáticos Amazônico Caatinga Cerrado Mares de Morros Araucárias Pradarias
Profa. DoraProfa. Dora Prof. AzizProf. Aziz
Latifoliadas Árvores com folhas largas que se agrupam
densamente (dossel contínuo), com grandes alturas abrigando também sob suas copas, árvores menores arbustos e herbáceas.
Distribuem-se amplamente pelo território devido ao clima quente e úmido predominante no Brasil
Aciculifoliadas Folhas pontiagudas, adaptadas às baixas
temperaturas. Ocorrem especialmente nas áreas mais elevadas
da bacia do Paraná, devido ao clima subtropical com verões brandos
Também conhecida como Floresta Amazônica ou Hiléia
Ocupa 40% do território brasileiro, estendendo-se pela quase totalidade da região norte
Característica de clima quente e superúmido
Extremamente heterogênea e densa
Três estratos básicos: Igapó – terras mais baixas (sempre alagado) Várzea – terras de médias altitudes (inundações
periódicas) Terra firme terras mais elevadas(sem inundações)
Bastante parecida com a floresta equatorial, heterogênea, intrincada e densa
Aparece em diferentes pontos do país, onde apresentam-se temperaturas elevadas e alto teor de umidade
No litoral recebe o nome de Mata Atlântica Intensamente devastada – expansão canavieira
No interior do sudeste também fora chamado de Mata da Bacia do Paraná Intensamente devastada pelo avanço da cafeicultura em
São Paulo e Minas Gerais
Restam estreitas faixas, principalmente junto as margens dos rios, as chamadas matas galerias ou ciliares.
Típica do clima subtropical, menos quente e úmido que o equatorial e o tropical
Árvores com folhas finas e alongadas (forma de agulha)
Relativamente homogênea, apresenta pouca variedade
Predomina-se a Araucária ou pinheiro do paraná
Estendia-se do sul de São Paulo ao norte do Rio Grande do Sul Exploração intensa e não racional – também por ser
uma formação aberta
Formação de transição
Cercada por climas opostos A oeste: equatorial superúmido A leste: semi árido
Ocorrência do babaçú junto à áreas mais úmidas e da carnaúba próximas ao semi árido
Concentra-se no Meio Norte, composta pelos estados do Maranhão e Piauí
Ocorrência de estratos arbóreos, arbustivos e herbáceos
Compreende aos domínios do cerrado, da caatinga e do pantanal
Também denominado savana brasileira
É a segunda maior formação do país
Típico de áreas com clima tropical com duas estações bem definidas (verão chuvoso e invernos seco)
Domínio de pequenas árvores e arbustos bastante retorcidos com casca grossa (cortiça), geralmente caducifólios (queda das folhas) e com raízes profundas
Intensa devastação pelo avanço da pecuária e da agricultura comercial mecanizada (cultivo de soja)
Ocorrência em quase todo o Brasil Central com manchas nos estados de Tocantins, Pará, Maranhão, Bahia, Minas Gerais e São Paulo
Típica do clima semi árido
Plantas xerófilas (Adaptadas ao clima seco – cactáceas folhas em espinho)
Principalmente utilizada para a pecuária apresenta baixos rendimentos
Ocorrência junto ao sertão nordestino
Formação rasteira nas áreas de alagamento e alguns arbustos
Em regiões mais altas misturam-se espécies do cerrado
Em regiões mais úmidas apresenta espécies arbóreas típicas da floresta tropical
Ocorre em uma grande depressão que abrange os estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
Também denominadas campestres
Compostas de vegetação rasteira e pequenos arbustos
Encontradas em todas as regiões brasileiras, diferenciam-se de acordo com características climáticas e pedológicas
Campos meridionais: destacando-se a campanha gaúcha – área de gramínia mais extensa e homogênea – “Campos Limpos”
Campos da Hiléia: correspondem as áreas inundáveis da Amazônia – litoral do Amapá, Ilha de Marajó e o golfão Maranhense
Campos de altitude: localizados na Serra da Mantiqueira e na região dos serrana dos planaltos residuais Norte-Amazônicos
Estendem-se por toda a costa brasileira
Caracterizam-se por apresentar constituições diferenciadas, estando condicionadas ao tipo de solo e ao nível de umidade
Mangues Plantas adaptadas a alta salinidade e a falta de
oxigenação do solo em áreas alagadas periodicamente pelas águas do mar
Arbustos misturados a espécies arbóreas, quase sempre de tronco muito fino e raízes aéreas
Restingas Misturam-se espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas Favorece a formação de dunas
Dunas Vegetação rasteira com raízes profundas e grande
extensão horizontal – cordões vegetais Praias
Comuns as espécies halófilas, que proliferam em locais ricos em sal
Vegetação arbóreo-arbustiva no litoral paulista
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio morfoclimático.
É formado por terras baixas: depressões, planícies aluviais e planaltos, cobertos pela extensa floresta latifoliada equatorial Amazônica. É banhado pela Bacia Amazônica, que se destaca pelo grande potencial hidrelétrico.
Apresenta grave problema de degradação ambiental,representado pelas queimadas e desmatamentos.
O governo brasileiro, por meio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, adotará o ecoturismo e a biotecnologia como formas de desenvolver a Amazônia, preservando-a.
Corresponde à área do Brasil Central e apresenta extensos chapadões e chapadas, com domínio do clima tropical semi-úmido e vegetação do cerrado.
A vegetação do cerrado é formada por arbustos com troncos e galhos retorcidos, recobertos por casca grossa. Os solos são pobres e ácidos, mas com a utilização do método da calagem, colocando-se calcário no solo, estão sendo aproveitados pelo setor agrícola,transformando-se na nova fronteira da agricultura, representada pela expansão do cultivo da soja, feijão, arroz e outros produtos.
Nesse domínio estão as áreas dispersoras da Bacia do Paraná,do Paraguai, do Tocantins, do Madeira e outros rios destacáveis.
Esse domínio acompanha a faixa litorânea do Brasil desde o Nordeste até o Sul do País. Caracteriza-se pelo relevo com topografia em "meia-laranja", mamelonares ou mares de morros,formados pela intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço.
Apresenta predominantemente clima tropical quente e úmido,caracterizado pela floresta latifoliada tropical, que, na encosta da Serra do Mar, é conhecida como Mata Atlântica.
Essa paisagem sofreu grande degradação em conseqüência da forte ocupação humana.
Além do desmatamento, esse domínio sofre intenso processo erosivo (relevo acidentado e clima úmido), com deslizamentos freqüentes e formação de voçorocas.
Corresponde à região da depressão sertaneja nordestina, com clima quente e semi-árido e típica vegetação de caatinga formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores.
Destaca-se o extrativismo vegetal de fibras, como o caroá, o sisal e a piaçava.
A bacia do São Francisco atravessa o domínio da caatinga e tem destaque pelo aproveitamento hidrelétrico e pelos projetos de irrigação no seu vale, onde a produção de frutas (melão, manga,goiaba, uva) tem apresentado expansão.
A tradicional ocupação da caatinga é a pecuária extensiva de corte, com baixo aproveitamento.
No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido.
É o domínio que ocupa o planalto da Bacia do Rio Paraná,onde o clima subtropical está associado às médias altitudes, entre800 e 1300 metros.
Nesse domínio aparecem áreas com manchas de terra roxa, como no Paraná.
A floresta de araucária também é conhecida como Mata dos Pinhais; é homogênea, aciculifoliada e tem grande aproveitamento de madeira e erva-mate.
A intensa ocupação agrária (café, soja) desse domínio é a responsável pela devastação dessa floresta.
Domínio representado pelo Pampa, ou Campanha Gaúcha,onde o relevo é baixo, com suaves ondulações (coxilhas) e coberto pela vegetação herbácea das pradarias (campos).
A ocupação econômica desse domínio tem-se efetuado pela pecuária extensiva de corte, com gado tipo europeu, obtendo altos rendimentos e pela rizicultura irrigada.