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Captação: Finalidade – Obter água de forma contínua e duradoura
em qualidade compatível com as necessidades e com qualidade suficiente para, após tratamento, poder ser considerada própria para consumo humano
Procedimento – Decidido o local onde se vai fazer a captação de água (rio ou corrente de água subterrânea próxima) realizam-se as obras de captação, que desviam parte do caudal e o lançam no circuito abastecedor
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Processos de Captação:
Minas Drenos Poços
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Minas – Galerias abertas no terreno, túneis pelas paredes dos quais a água exsuda, e juntando-se na soleira das galerias escorre, até à câmara de captação donde é transportada por tubagem adequada até se inserir na rede de distribuição
Drenos – Tubagens que percorrem o solo, a uma profundidade conveniente, recolhendo a água que molha os terrenos vizinhos (através dos orifícios existentes nas tubagens e das juntas que unem os tubos,não argamassadas).
Poços Processo mais económico e fácil de executar Locais aconselháveis para a sua construção são a vizinhança de
cursos de água (há água quase de certeza) e perto de um vale seco (é admissível supor que no seu subsolo exista água)
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Tratamento da água Características de uma água potável:
Incolor; Inodora; Insípida; Teor de matérias minerais dentro de determinados parâmetros; Teor de anidrido carbónico, livre, que não a torne agressiva
(com possibilidade de corroer as tubagens de abastecimento); Isenta de micro-organismos prejudiciais.
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Tipos de tratamentos da água:
Decantação (eliminação de substâncias sólidas)
Filtragem
Desferrização (correcção do teor em ferro)
Tratamento para eliminação das bactérias – cloração (adição de cloro)
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Dimensionamento da rede de abastecimento de água Geralmente projectam-se abastecimentos para 20 ou 40 anos
atendendo a:
Vida útil das obras de construção civil e do equipamento;
Facilidade ou dificuldade de ampliação;
Grau de certeza na previsão da evolução da população;
Funcionamento da instalação nos primeiros anos de exploração;
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Vantagem de projectar a 20 anos Obra mais barata no momento do investimento
Destina-se a uma população menor (se em expansão) Os diâmetros são inferiores
Vantagem de projectar a 40 anos Não implica novas obras dentro de 20 anos (apenas substituição
dos grupos electrobomba)
A escolha deve ter principal atenção à rapidez de crescimento da população (se o crescimento for grande deve-se projectar a 40 anos para maximizar o uso das tubagens)
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Rede de Distribuição de Água
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Materiais utilizados nas redes interiores
Ferro fundido (pouca utilização) Ferro preto Cobre Aço Inox (grande utilização) Aço Galvanizado PVC (policloreto de vinilo) PEX (polietileno reticulado) PEAD (polietileno de alta densidade) PP (polipropileno)
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Principais características dos materiais utilizados nas redes interiores de
distribuição de água
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Ferro Preto
De utilização apenas em circuitos fechados (Ex: sistemas de aquecimento central)
Quando o teor de oxigénio na água é pouco relevante Não se devem permitir longos períodos de estagnação das
águas – Corrosão Ligações entre troços feita com elementos do mesmo
material Evitar conjugação com tubagens de cobre (a montante)
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Cobre
Grande durabilidade Custo elevado Excelente condutibilidade térmica Boa resistência química Grande facilidade de instalação em obra Evitar grandes velocidades de escoamento As ligações entre troços devem ser em cobre, latão ou
bronze (são competitivos em termos de custo final)
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Aço Inox
Mesmas características do cobre Maior resistência à tracção – (menor espessura necessária) Evitar águas com elevado teor de cloretos Evitar águas com temperaturas superiores a 50ºC As ligações entre troços devem ser em cobre ou aço inox
A relação entre as características e o preço tornam o aço inox extremamente competitivo e utilizado!!
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Aço Galvanizado
Constituem grande parte dos sistemas de água em Angola; Galvanização – revestimento de zinco fundido (aumenta a
resistência à oxidação); Evitar velocidades de escoamento muito altas e baixas; Evitar temperaturas superiores a 60ºC; As ligações entre troços devem ser feitas pelo mesmo
material; Em tubos de grande diâmetro podem-se fazer ligações com
recurso ao latão; Evitar conjugação com tubagens de cobre (a montante);
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PVC (policloreto de vinilo) Utilizados em redes de água fria; Suportam temperaturas até cerca de 20ºC em
funcionamento contínuo; As ligações entre troços devem ser feitas pelo mesmo
material através de colagem; A cola utilizada provoca amolecimento do PVC o que se
traduz em soldadura; Elevado coeficiente de dilatação => grande variação das
dimensões lineares (ter atenção aos deslocamentos); Não se devem fazer dobragens dos tubos; Utilizar revestimento quando sujeitos a raios ultravioletas;
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PEX (polietileno reticulado)
Redes de água fria ou quente; Temperaturas até 95ºC em funcionamento contínuo; Ligação entre troços é feita com acessórios de compressão,
normalmente de ligas de cobre; Utilizar revestimento quando sujeitos a raios ultravioletas; Em redes de água quente, embutidas, com comprimento
superior a 2m (devido ao elevado coeficiente de dilatação) deverão ser instalados em mangas de protecção de polietileno termoestabilizado, para absorção das dilatações térmicas;
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PEX (continuação)
Em redes não embutidas utilizam-se curvas ou braços de dilatação;
A técnica de encamisamento com mangas permite a fácil substituição dos tubos;
Grande flexibilidade –podem ser dobrados a quente ou a frio;
Se dobrados a quente não utilizar chama – utilizar pistola de ar quente;
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PEAD (polietileno de alta densidade)
Redes de água fria; Temperaturas até cerca dos 20ºC em funcionamento
contínuo; Ligação entre troços:
Soldadura com e sem material de adição; Soldadura por electrofusão; Soldadura com manga auxiliar; Ligação com acessórios metálicos ou plásticos;
Utilizar revestimento quando sujeitos a raios ultravioletas;
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PP (polipropileno) Redes de água fria ou quente; Temperaturas até 100ºC em funcionamento contínuo; Ligação entre troços é feita com acessórios de compressão,
normalmente de ligas de cobre; Utilizar revestimento quando sujeitos a raios ultravioletas; As redes de água quente, embutidas, com comprimento
superior a 2m (devido ao elevado coeficiente de dilatação) deverão ser envolvidas com material isolante ou com espuma flexível de polietileno, para absorção das dilatações térmicas;
Em redes não embutidas, utilizam-se curvas ou braços de dilatação;
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Acessórios das tubagens
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Aço Galvanizado Curvas
Macho – Fêmea (90º) Fêmea – Fêmea (90º) Macho – Fêmea (45º) Fêmea – Fêmea (45º)
Tês Com redução Sem redução
Tacos Casquilhos
Duplo com ou sem redução Macho-Fêmea de redução
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Aço Galvanizado Uniões
Com redução Sem redução Com rosca direita-esquerda De cruzamento Macho-Fêmea
Tampão Porca Batente Junção sede plana Junção sede cónica Junção sede cónica (Macho-Fêmea) Joelhos
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Cobre
Uniões Com redução Sem redução
Tês Com redução Sem redução
Joelho Curvas
45º 90º
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Aço Inox Uniões
Com redução Sem redução Roscada ou Mista
Tês Com redução Sem redução
Joelho Com redução Sem redução
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Aço Inox
Curvas 45º - Fêmea ou Macho-Fêmea 90 - Fêmea ou Macho-Fêmea
Taco Casquilho
Macho Fêmea
Abraçadeira
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PVC Uniões
Com redução Sem redução
Tês Joelho
90º 45º
Forquilha Curva
90º
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PVC
Junção simples Cruzeta Tampão Casquilho de redução Flange Colarinho para flange
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PEX Uniões
Direita Macho-Fêmea Direita Macho-Macho
Tê Joelho
Macho-Fêmea Macho-Macho
Tampão Colector Adaptador
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PP Uniões
Com redução Sem redução Com adaptadores metálicos De cruzamento Eléctrica
Tê Roscado Macho-Fêmea Tampão Curvas (45º, 90º, c/ ou s/ redução)
Macho-Fêmea roscado Macho-Fêmea
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Materiais utilizados nas redes exteriores
Fibrocimento Betão armado Ferro fundido Aço Polietileno de média e alta densidade PVC
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Reservatórios
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Reservatórios são dispositivos destinados ao armazenamento
de água à pressão atmosférica;
Finalidade: fonte de reserva(combate a incêndios e/ou
interrupções); volante de regularização; equilibrar as pressões na rede;
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Tipos de Reservatórios Em relação à implantação:
enterrados semi-enterrados elevados
Em relação à função: de distribuição ou de equilíbrio de regularização de bombagem de reserva para combate a incêndios
Em relação à capacidade: pequenos (V<500m3) médios (500<V<5000m3) grandes (V>5000m3)
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Capacidade de um reservatório É o volume de água correspondente a um dia de consumo médio
anual futuro, se a tubagem que conduz a água ao reservatório -a adutora - comportar o caudal relativo ao dia de maior consumo e se a captação for capaz, de o fornecer.
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Dispositivos de retenção de água Válvula de seccionamento:não permite a passagem de
água na adutora Bóia:assim que a água atingir o nível desejado, a bóia
fecha a entrada de água. Adução:
faz-se pela zona mais elevada do reservatório Distribuição:
faz-se pela zona junto à soleira do reservatório
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Aspectos construtivos: Resistentes Estanques Fundo inclinado(pelo menos a 1%) Material não poluente Bem ventilados Sem zonas de estagnação de águas Fácil acesso ao interior Dispositivo de esvaziamento
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Distribuição predial de água
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Rede interior de distribuição Constituição:
Distribuidores ou rede distribuidora Colunas Derivações
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Distribuidores:
Tubagens horizontais que conduzem as águas às colunas
Situados ao nível do solo, no rés-do-chão Esta rede pode ser:
Ramificada Em anel
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Colunas:
São os ramais desde os distribuidores até ás derivações
Ascendentes ou Descendentes Ficam incluídas nas paredes ou em caixas
próprias para a sua passagem
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Derivações:
São as tubagens de ligação às colunas, que se individualizam através de válvulas de seccionamento
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Torneirasservem para regular e/ou controlar o fornecimento da água
Tipos de torneiras: Simples Misturadoras de passagem de bóia
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Torneira Simples: equipam lavatórios, bidés, banheiras, tanques de lavagem, lava-
louças, etc. Podem ser:
verticais (torneiras de parede ou de serviço) horizontais (torneiras de coluna)
Torneira Misturadora: no seu interior mistura-se a água quente e a água fria equipam lavatórios, bidés, banheiras e lava-louças Podem ser:
verticais (torneiras de parede ou de serviço) horizontais (torneiras de coluna)
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Torneira de Passagem ou de Seccionamento: impedem ou estabelecem a passagem de água num determinado
sentido do escoamento Podem ser:
de passagem de esquadro
Torneira de Bóia: regulam ou impedem o fornecimento de água em reservatórios ou
autoclismos
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Válvulassão dispositivos a instalar nas redes e existem as seguintes: Válvula de seccionamento Válvula de segurança Válvula de regulação Válvula de retenção Válvula redutora de pressão
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Válvula de seccionamento impede ou estabelece a passagem de água num determinado
sentido do escoamento
Válvula de segurança impede que o escoamento se processe com pressão acima de
determinado patamar, por efeito de descarga
Válvula de regulação controla o escoamento do caudal passado
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Válvula de retenção impede o escoamento num determinado sentido
Válvula redutora de pressão impede que o escoamento se processe com pressão acima de
determinado patamar, por efeito de introdução de uma perda de carga
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Válvula de segurança
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Torneiras de retenção
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Válvula redutora de pressão
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FIM