COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO DE PALMEIRINHA – EFM
Rua Arthur Moreira, 160
Palmeirinha – Guarapuava – PR
Fone: (42) 3663-1206
e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Volume II
Guarapuava
2013
SUMÁRIO
1DISCIPLINA: ARTE .................................................................................................. 6
1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ..................................................... 6
1.2 OBJETIVO ............................................................................................................. 6
1.3 CONTEÚDOS ....................................................................................................... 6
1.4 METODOLOGIA .................................................................................................. 14
1.5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA ........................... 14
1.6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 15
2 DISCIPLINA: BIOLOGIA ....................................................................................... 16
2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 16
2.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 18
2.3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS/METODOLÓGICOS ............................................ 19
2.4 CONTEÚDO BÁSICO POR SÉRIE ..................................................................... 22
2.4.1 Seriação dos conteúdos ................................................................................ 23
2.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 25
2.5.1 Recuperação de conteúdos ........................................................................... 26
2.5.2 Recuperação de notas ................................................................................... 27
2.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA E BIBLIOGRAFIA ......................................... 27
3 DISCIPLINA: CIÊNCIAS ........................................................................................ 29
3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 29
3.2 OBJETO DE ESTUDO DE CIÊNCIAS ................................................................ 30
3.3 OBJETIVOS GERAIS .......................................................................................... 30
3.4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ..................................................................... 31
3.4.1 Conteúdos Básicos ........................................................................................ 32
3.4.1.1 Astronomia .................................................................................................... 32
3.4.1.2 Matéria .......................................................................................................... 33
3.4.1.3 Sistemas Biológicos ...................................................................................... 33
3.4.1.4 Energia .......................................................................................................... 33
3.4.1.5 Biodiversidade ............................................................................................... 34
3.4.1.6 Conteúdos por série ...................................................................................... 35
3.5 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ........................................................... 36
3.5.1 Atividades ....................................................................................................... 38
3.6 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 39
3.7 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 42
4 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA ....................................................................... 44
4.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 44
4.2 CONTEÚDOS ESTRURANTES .......................................................................... 45
4.2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS ................................................................................. 46
4.3 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA ................................................................... 49
4.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................................... 49
4.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 52
4.6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 53
5 DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO ...................................................................... 54
5.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 54
5.2 OBJETIVOS GERAIS .......................................................................................... 55
5.3 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 55
5.4 METODOLOGIA .................................................................................................. 55
5.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 56
5.6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 57
6 DISCIPLINA - FILOSOFIA ..................................................................................... 58
6.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 58
6.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ............................................................... 59
6.3 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 60
6.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................................... 62
6.5 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ................................................. 62
6.6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 63
7 DISCIPLINA - FÍSICA ............................................................................................ 65
7.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 65
7.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ............................................................... 65
7.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA .......................................... 66
7.3.1 Conteúdos ....................................................................................................... 66
7.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................................... 72
7.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 74
7.6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 79
8 DISCIPLINA: GEOGRAFIA ................................................................................... 80
8.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 80
8.2 OBJETIVOS GERAIS .......................................................................................... 81
8.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ..................................................................... 82
8.3.1 Conteúdos por série....................................................................................... 83
8.4 METODOLOGIA .................................................................................................. 86
8.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................... 87
8.5.1 Critérios de avaliação .................................................................................... 87
8.6 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 92
9 DISCIPLINA: HISTÓRIA ........................................................................................ 93
9.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ................................................... 93
9.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA DA DISCIPLINA .................. 93
9.3 OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA .............................................................. 95
9.4 IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DESTA DISCIPLINA COMO SABER E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO EDUCANDO ................................ 96
9.5 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ............................................................... 97
9.6 METODOLOGIA DA DISCIPLINA ....................................................................... 98
9.7 AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 100
9.7.1 Critérios e instrumentos avaliativos ........................................................... 101
9.7.2 Recuperação de estudos ............................................................................. 104
9.8 CONTÉUDOS ................................................................................................... 104
9.8.1 Conteúdos Estruturantes ............................................................................ 104
9.8.1.1 Conteúdos básicos ................................................................................... 105
9.8.2 Conteúdos Estruturantes para o Ensino Médio ......................................... 106
9.8.2.1 Conteúdos básicos para o Ensino Médio .................................................... 106
9.9 REFRÊNCIAS ................................................................................................... 108
11 DISCIPLINA: MATEMÁTICA ............................................................................. 122
11.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO DA DISCIPLINA ................................................. 122
11.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ........................................................... 122
11.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE .................................................... 123
11.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 127
11.5 AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 129
11.6 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 130
12 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................. 131
12.1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 131
12.2 CONTEÚDOS ................................................................................................. 133
12.2.1 Conteúdo estruturante ............................................................................... 133
12.2.2 Conteúdo Básico ........................................................................................ 134
12.2.2.1 Gêneros textuais ..................................................................................... 141
12.3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ....................................................... 141
12.4 AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 143
12.4.1 Critérios de Avaliação no que se refere às atividades de leitura e oralidade ................................................................................................................ 143
12.4.2 Critérios de Avaliação no que se refere às atividades da escrita .......... 144
12.4.3 Recuperação de Estudos ........................................................................... 144
12.5 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 145
13 DISCIPLINA: QUÍMICA ..................................................................................... 146
13.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ............................................... 146
13.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ........................................................... 150
13.2.1 Objetivos Específicos ................................................................................ 151
13.3 METOLOGIA DA DISCIPLINA ......................................................................... 155
13.3.1 Encaminhamentos Teórico Metodológicos e Recursos ......................... 157
13.4 PROGRAMAS SOCIOEDUCACIONAIS ......................................................... 158
13.5 CONTEÚDOS ................................................................................................. 160
13.5.1 Conteúdos Estruturantes .......................................................................... 161
13.5.2.1 Conteúdos Específicos por série ............................................................... 162
13.6 AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 167
13.6.1 Instrumentos de avaliação ........................................................................ 168
13.6.2 Recuperação ............................................................................................... 169
13.7 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 169
14 DISCIPLINA: SOCIOLOGIA .............................................................................. 171
14.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ............................................... 171
14.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA ........................................................... 172
14.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS .............................................. 173
14.4 METODOLOGIA .............................................................................................. 174
14.5 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO ..................................................................... 175
14.6 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 176
15 CELEM - LÍNGUA ESPANHOLA ....................................................................... 177
15.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA ............................................... 177
15.2 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 178
15.2.1 Objetivos específicos ................................................................................. 179
15.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ................................................................. 179
15.4 METODOLOGIA .............................................................................................. 185
15.5 AVALIAÇÃO/ AVALIAÇÃO CONCOMITANTE .................................................. 187
15.5.1 Critérios de Avaliação ................................................................................ 188
15.6 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 189
16 PROGRAMA SALA DE APOIO ......................................................................... 189
16.1 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – 6º e 9º anos .............................................. 190
16.1.1 Fundamentos Teóricos da Disciplina ....................................................... 190
16.1.2 Objetivo Geral ............................................................................................. 191
16.1.2.1 Específicos ................................................................................................ 191
16.1.3 Conteúdos para 6º ano ............................................................................... 191
16.1.4 Conteúdos para 9º ano ............................................................................... 192
16.1.5 Encaminhamento metodológico ............................................................... 192
16.1.6 Avaliação ..................................................................................................... 193
16.1.7 Referências ................................................................................................. 194
16.2 DISCIPLINA DE PORTUGUÊS – 6º e 9º anos ................................................ 195
16.2.1 Fundamentos Teóricos da Disciplina ....................................................... 195
16.2.2 Objetivos ..................................................................................................... 195
16.2.3 Conteúdos ................................................................................................... 196
16.2.4 Metodologia ................................................................................................ 198
16.2.5 Recursos didáticos e tecnológicos .......................................................... 199
16.2.6 Avaliação ..................................................................................................... 199
16.2.7 Referências ................................................................................................. 200
6
1 DISCIPLINA: ARTE
1.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,
ampliando o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos,
artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas,
concretizada através da percepção, da análise, da criação/produção e
contextualização histórica.
A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade
criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece
a realidade já humanizada pelo cotidiano.
A escola e o professor de arte devem assumir a responsabilidade primordial
de oferecer oportunidades de acesso aos códigos, símbolos e às regras da
linguagem artística, historicamente produzidos, democratizando a gramática da arte,
justificando assim a contribuição na formação do estudante.
Lembramos que o reconhecimento da pluralidade cultural é essencial,
abordando os temas propostos pelas leis 10.369/05 – História e Cultura Afro-
brasileira e Africana; 11.645/08 – Cultura Indígena; 13.381/01 – História do Paraná e
9.795/99 – Meio-Ambiente; enfocando a educação do campo levando em
consideração a necessidade da comunidade.
1.2 OBJETIVO
Apropriar-se de saberes culturais e estéticos inseridos nas práticas de
produções e apreciações artísticas, como forma de expressão e comunicação,
fundamentais para formação e o desenvolvimento social do cidadão.
1.3 CONTEÚDOS
6º ANO:
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
7
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação
Greco-Romana Oriental Ocidental Africana
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geometria, simetria Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura Gêneros: cenas da mitologia
Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
ÁREA TEATRO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais,gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento.
ÁREA DANÇA:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento
Pré-História Greco-Romana Renascimento Dança Clássica
8
Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação e Gênero: circular
7º Ano
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclóricos, indígenas, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnica: Pintura, escultura, modelagem, gravura...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
ÁREA TEATRO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Representação Leitura dramática Cenografia
Comédia dell arte Teatro Popular Brasileiro e
9
Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, mímicas, improvisação, formas animadas. Gêneros: Rua e arena Caracterização
Paranaense Teatro Africano.
ÁREA DANÇA:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Níveis (alto, médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica.
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
8° ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal, e a fusão de ambos Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
10
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contraste Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Indústria Cultural Arte no Século XX Arte Contemporânea
ÁREA TEATRO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no cinema e Mídias Texto Dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombras, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo.
ÁREA DANÇA:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direta e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Industrial Cultural Dança Moderna.
9º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
11
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: Vocal, Instrumental e Mista Gêneros: Popular, Folclórico e Étnico.
Música Engajada Música Popular Brasileira Música Contemporânea
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura-Fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, Grafite, Performance... Gêneros: Paisagem Urbana, Cenas do Cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-americana Hip Hop
ÁREA TEATRO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Tácnicas: Monólogo, jogos direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do absurdo Vanguardas.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Kinesfera Vanguardas
12
Tempo Espaço
Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (Perto e Longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e Moderna.
Dança Moderna Dança Contemporânea.
ENSINO MÉDIO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e Fusão de ambos Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico Pop Técnico: vocal, instrumental, eletrônica, informática
Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino Americana
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura e Fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea
13
Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, Desenho, Modelagem, Instalação, Performance, Fotografia, Gravura e Esculturas, Arquitetura, História em Quadrinhos... Gêneros: Paisagem, Natureza-Morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa e da Metodologia...
Arte Latino-americana.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: Expressões Corporais, Vocais, Gestuais e Faciais. Ação Espaço
Técnicas: Jogos Teatrais, Teatro Direto e Indireto, Mímica, Ensaio, Teatro-Fórum, Roteiro, Encenação e Leitura Dramática. Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico, Dramaturgia, Representação nas Mídias, Caracterização Cenográfica, Sonoplastia, Figurino e Iluminação, Direção e Produção.
Teatro Greco-romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro Latino-americano Teatro Realista Teatro Simbolista.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Fluxo Peso
Pré-História Greco-romana Medieval
14
Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos Articulares Lento, Rápido e Moderado Aceleração e Desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, Indústria Cultural, Étnica, Folclórica, Populares e Salão.
Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea.
1.4 METODOLOGIA
Para atingir os objetivos da disciplina são importantes sensibilização,
produção e apreciação com textos, vídeos, símbolos, músicas e outras tecnologias,
contextualizando com a realidade local. Proporcionar debates, produções individuais
e coletivas.
No decorrer do trabalho da disciplina de Arte será contemplada a legislação
vigente:
Hitória Cultura Afro-brasileira ( Lei. Nº 10.639/03) e Cultura Indígena (
Lei Nº 11.645/08);
História do Paraná. ( Lei Nº 13.181/01);
Meio- Ambiente ( Lei Nº 9.795/99);
Educação Tributária e Fiscal ( Decreto Nº 1143/99 – Portaria N 413/02);
Música ( Lei nº 11.769/08).
Orientações dos Programas Socioeducacionais:
Enfrentamento à Violência na Escola;
Prevenção ao uso indevido de Drogas;
Sexualidade, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.
1.5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
15
A Avaliação será realizada através da participação do aluno nas atividades
propostas, almeja-se que os objetivos pré-estabelecidos de cada conteúdo
específico sejam alcançados. Farão parte das avaliações: produções artísticas,
entrega de trabalhos dentro do prazo estabelecido, exercícios teóricos referentes ao
conteúdo, avaliação escrita e/ou oral, levando em consideração a particularidade de
cada educando durante todo o processo de desenvolvimento da disciplina.
O processo de Recuperação de Estudos será efetuada de forma
concomitante às avaliações e aos conteúdos de acordo com a necessidade e
intensidade diagnosticada pelo professor em suas primeiras avaliações.
1.6 REFERÊNCIAS
BARBOSA, A.M. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. BUORO, A. B. Olhos que pintam: A leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1993. FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. RICHTER, I. M. Interculturalidade e estética do cotidiano no ensino das artes visuais. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003. VIGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
16
2 DISCIPLINA: BIOLOGIA
2.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Observando o contexto histórico da humanidade, concluímos que as
necessidades de conhecimento vinha de modo a garantir a sobrevivência da
espécie, onde a curiosidade e o intelecto desenvolvido do ser humano levaram à
observação dos diferentes tipos de seres vivos, que eram encarados unicamente
como alimento.
Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos
seres vivos, dos fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com esses fatos
surgiram diferentes concepções de vida.
É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da
vida sofreram a influência do contexto histórico, dos quais as pressões religiosas,
econômicas, políticas e sociais impulsionaram essas mudanças conceituais,
resultando no surgimento da ciência biológica e de todos os seus ramos.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino
Médio não implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si,
mas em modelos elaborados pelo homem, seus paradigmas teóricos, que
evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua
diversidade de manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a
reflexão de questões polêmicas que tratam do desenvolvimento de recursos naturais
e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no
ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.
Cabe destacar que a Biologia é ponto de articulação entre a realidade social
e o saber científico, porém não é possível tratar no Ensino Médio, de todo
conhecimento biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar
esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e por que foram
produzidos e em que época.
É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada,
destacando os aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando
os conceitos oriundos da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo
do Ensino Médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do
17
significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino.
O objetivo principal do ensino de Biologia é permitir aos educandos a
identificação e a concepção de ciência nas relações sociais de cada momento
histórico construído, bem como as interferências que tal concepção sofre e provoca
no processo da construção de conceitos sobre o fenômeno “Vida”, reafirmando como
objeto de estudo da Biologia.
Outro objetivo do ensino de Biologia é superar o senso comum e empírico do
conhecimento humano, que a própria história da ciência vem sobrecarregada.
Segundo a DCE de Biologia (2008, p. 51):
a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais, políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos. Em outros termos, se a incorporação da ciência aos meios de produção promoveu intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a ciência somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do cientista, mas cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em resposta às necessidades da sociedade.
Considerando a necessidade da comunidade local o ensino de Biologia será
ofertado pelo colégio no sistema seriado anual (como as demais disciplinas) com o
intuito de reduzir os índices de evasão e repetência escolar no ensino médio, pois
constatou-se que esta comunidade escolar não se adaptou com o sistema de ensino
em blocos, (principalmente no ensino noturno que talvez se adaptasse em sistema
supletivo), proposto nos anos anteriores, apesar de que o número de alunos no
ensino médio ainda não é suficiente para contemplar duas turmas de todas as
séries em dois turnos ofertados no estabelecimento. No presente momento, existem
três turmas de 1ªs séries (duas no período diurno e uma no noturno), duas de
2ª(uma no diurno e outra no noturno) e duas de 3ª séries(uma no diurno e outra no
noturno).
Serão ofertadas para as turmas de 1ª série três aulas semanais, e para as
turmas de 2ª e 3ª séries serão duas. Nestas condições será possível que um aluno
da primeira série possa ser remanejado de turno e turma no mesmo semestre.
Um dos objetivos gerais do ensino de Biologia é influenciar na construção e
na apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas,
econômicas, culturais e ambientais.
Relacionar os conteúdos estruturantes de Biologia à sua historicidade, para
que se perceba a não neutralidade da construção do pensamento científico e o
18
caráter transitório do conhecimento elaborado.
Relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas
de conhecimento e, sempre que possível, relacionar os conteúdos didáticos
pedagógicos com as atividades agropecuárias que os sujeitos desta comunidade
escolar vivenciam no seu dia a dia.
A intencionalidade desta prática é melhorar a produtividade e a qualidade de
vida do homem do campo. Em segundo plano consegue-se manter o homem no
campo e aprimorar os seus conhecimentos em uma escola de campo, junto como os
demais sujeitos de sua comunidade.
Priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e
propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de
questões emergentes, neste caso a vida no campo em comparação com a vida
urbana.
A DCE de Biologia não recomenda seriar ou hierarquizar os conteúdos
estruturantes (2008, p. 56), fato esse não questionável, pois a vida é uma só em
cada ser vivo e, os fenômenos são inerentes a eles e, nos aspectos biológicos,
físicos e químicos todos são interdependentes no contexto da biosfera. Porém, para
abrir o leque dos conhecimentos biológicos, os conteúdos específicos serão
hierarquizados e seriados, com a intencionalidade de facilitar o processo de ensino
aprendizagem e consequentemente favorecer o processo de avaliação em
conformidade com a prática metodológica do docente.
2.2 JUSTIFICATIVA
A disciplina de Biologia é inserida no Currículo do Ensino Médio com a
finalidade de propiciar aos estudantes formação científica por meio de conceitos
específicos da biologia. A organização curricular seguirá as Diretrizes Curriculares
Estaduais da disciplina de Biologia, que estabelecem para o ensino dessa disciplina
caráter histórico/crítico com o objetivo de compreender o fenômeno VIDA. Este
documento relaciona quatro conteúdos estruturantes, a partir dos quais se
estabelecem os conteúdos básicos da disciplina, os quais constituem o
conhecimento mínimo necessário na formação do estudante do Ensino Médio.
A partir dos conteúdos básicos cabe ao professor organizar uma sequência
de conteúdos específicos no seu Plano de Trabalho Docente, a serem trabalhados
19
em cada ano letivo e série após uma avaliação diagnóstica de cada turma e ano.
Pensar um currículo disciplinar de biologia seriado e anual requer
transformar à escola em um lugar de socialização e busca do conhecimento. Assim
como, atender às necessidades dos alunos das classes menos favorecidas, sejam
eles jovens ou adultos; oriundos das classes salariadas ou assalariadas; urbanas ou
rurais, das diversas localidades; com diferentes origens étnicas e culturais e, que
têm na escola uma oportunidade da continuidade e retomada de seus estudos.
Tendo em vista as necessidades econômicas e sociais das famílias e as
características do trabalho e da oferta de empregos da região, as quais muitas vezes
inviabilizavam para os jovens e adolescentes desta comunidade escolar tanto a
permanência na escola quanto a continuidade dos estudos.
2.3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS/METODOLÓGICOS
“Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que
decorre das relações dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo;
entre a compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade (SAVIANI, 1997;
LIBÂNEO, 1983). Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber
elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como
atividade humana. Ainda, busca-se coerência, por meio da qual o aluno se torna
agente desta apropriação do conhecimento” (DCE, p. 52). Novamente, neste
contexto retoma-se a necessidade de relacionar o saber científico com o saber
empírico da experiência diária do estudante da escola de campo.
No Ensino Médio anual e seriado, a disciplina de Biologia desenvolverá os
conteúdos básicos que fazem parte do processo de produção do conhecimento
científico de acordo com a seriação previamente estabelecida. Para efetivar o
trabalho docente, compete ao professor a organização e seleção de conteúdos
específicos no seu PTD, direcionando o processo pedagógico, interferindo e criando
condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno.
Deste modo, cada aula planejada terá por finalidade trazer a base teórica
necessária, procurando integrar as atividades experimentais. A base teórica sobre as
atividades experimentais está fundamentada nos pressupostos da Diretriz Curricular
de Biologia, que a compreende como recurso de ensino para uma visão crítica, sem
a preocupação de busca de resultados únicos. Com as atividades experimentais
20
pretende- se garantir a participação efetiva dos estudantes. Para tanto, os momentos
destinados às atividades experimentais deverão ter caráter reflexivo, permitindo aos
estudantes experiências de aprendizagem a partir das quais desenvolvam análises
de situações problema e de estudos de casos. As atividades experimentais
propostas, mesmo sendo de caráter teórico prático, devem privilegiar tanto a
produção individual como a em grupo.
De acordo com a DCE de Biologia, "se por um lado os conhecimentos
biológicos proporcionam ao aluno a aproximação com a experiência concreta dele,
por outro, constituem elementos de análise crítica para superar concepções
anteriores, estereótipos e pressões difusas da ideologia dominante” (SNYDERS,
1974; LIBÂNEO, 1983). Portanto essa superação decorre da ação pedagógica
desencadeada e dos espaços de reflexão criados pelo professor e atendendo às
características dos estudantes do Ensino Médio.
Pensar nas ações pedagógicas significa repensar o espaço escolar a partir
da reorganização e reconstrução do entendimento do tempo na escola. A lógica
presente da divisão por séries anuais requer refletir e repensar a prática didática
para propor no plano de trabalho docente. Esta proposta de trabalho curricular deve
favorecer o processo de ensino, aprendizagem e avaliação, tanto do trabalho do
docente quanto dos resultados apresentados pelos alunos. Desta forma tornando
interessante e bastante produtivo o tempo escolar, permitindo a aplicação de
diferentes estratégias de ensino adaptados ao tempo proposto, tais como:
- Problematização;
- Trabalho em grupo;
- Apresentação de vídeo;
- Exposição dialogada;
- Construção de quadro ou mapa conceitual;
- Estudo de texto;
- Leitura e discussão de textos diversos, inclusive com letras de músicas, tirinhas,
jornal, revista, entre outros;
- Atividade experimental;
- Estudo do meio;
- Juri simulado;
- Jogos;
- Produção de textos argumentativo e dissertativo;
21
- Lista de exercícios;
- Discussão por meio informatizado;
- Phillips 66;
- Dramatização;
- Seminários/Simpósios;
- Painel;
- Oficinas de construção de modelos;
- Ensino com pesquisa;
- Produção de folder.
A escolha de diferentes estratégias, privilegiando-se aquelas que permitam
diversas e significativas atividades propostas ao estudante, nas quais se explicitam
relações que permitem ao estudante identificar (pela análise) como objeto de
conhecimento se constitui. Acredita-se que a reorganização do espaço-tempo
escolar permitirá ao professor acompanhar, analisar e re-estruturar a aprendizagem
dos seus alunos obtendo mais informações sobre o desenvolvimento dos processos
cognitivos.
No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente,
o professor de Biologia (por se tratar área de aprofundamento dos conhecimentos
históricos científicos) deverá prever a abordagem da cultura e história afro-brasileira
(Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e educação
ambiental (Lei 9795/99).
Para se atender ao aspecto da musicalização no ambiente escolar na
disciplina de Ciências poderá ser proposto o desenvolvimento de paródias ou
músicas inéditas pelos alunos com os temas trabalhados no decorrer do ano letivo,
desta forma pode-se contemplar parte do que propõe a Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, e Lei Nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.
No ambiente escolar em qualquer dependência e em qualquer tempo será
garantido a todos(as) os/as educandos(as) os direitos adquiridos perante o Estatuto
da Infância e do Adolescente perante a Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, e Lei nº
11.525, de 25 de setembro de 2007. Pois serão tratados temas como bulling,
sexualidade, gravidez na adolescência, violência, discriminação, gênero e
diversidade sexual. E também trabalhos que direcionam o enfrentamento à violência
no ambiente escolar. Buscar conscientizar os alunos quanto as consequências do
uso indevido de drogas lícitas e ilícitas.
22
2.4 CONTEÚDO BÁSICO POR SÉRIE
1ª Série:
A biodiversidade na questão da origem do Universo, do Sistema Solar, da Terra e da
vida neste planeta, apresentando as diversas hipóteses e teorias que buscam
explicar esse fenômeno. Assim como a dinâmica do mecanismo celular, as relações
entre os seres vivos unicelulares e interdependência com o ambiente, atento aos
aspectos da ecologia.
A organização dos seres vivos compreendendo o nível celular, os mecanismos
celulares biofísico-químicos;
Os sistemas biológicos celulares anatômico, morfológico e fisiológico – (da própria
célula e dos organismos unicelulares).
2ª Série
Classificação dos seres vivos critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas Biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia - (noções de zoologia e
botânica). Atento as questões da biodiversidade buscando compreender a
interdependência entre as diversas espécies de seres vivos e das características do
ambiente terrestre que favorecem a instalação e a permanência da vida na biosfera;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico dos mamíferos.
3ª Série
Aspectos da genética básica e a respectiva manipulação e transmissão das
características hereditárias;
Organismos Geneticamente Modificados;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o
ambiente.
E quanto a biodiversidade buscar compreender a adaptação dos seres vivos no
ambiente em que vivem, os aspectos que levaram algumas espécies a extinção ou a
evolução.
23
2.4.1 Seriação dos conteúdos
Exemplo de uma divisão temporal de conteúdos básicos/específicos.
1º ano
Conteúdo
Básico
Conteúdo Específico h/a
Classificação
dos seres vivos:
No aspecto
celular.
- A evolução molecular e o surgimento da vida
- Características dos Seres vivos: Organização celular, desenvolvimento, crescimento,
metabolismo, reprodução e evolução.
- Organismos acelulares: os Vírus
44
Mecanismos
celulares
biofísicos e
bioquímicos
- Química da célula seus compostos e funções;
- Estrutura celular: membranas, citoplasma e núcleo;
- Principais estruturas celulares e suas funções;
- Tipos celulares e sua morfologia;
- Divisão celular;
- Metabolismo celular;
20
Sistemas
Biológicos:
anatomia,
morfologia e
fisiologia
- A diferenciação celular e a caracterização dos tecidos
animais;
- Noções de histologia animal.
16
2º ano
Conteúdo
Básico
Conteúdo Específico h/a
Classificação
dos seres vivos:
critérios
taxonômicos e
filogenéticos.
- Biodiversidade e classificação dos Seres vivos;
- Condições da biosfera que permitem a instalação e a
permanência da vida na Terra;
8
24
Sistemas
Biológicos:
anatomia,
morfologia e
fisiologia e
Mecanismos de
desenvolviment
o embriológico
- Reino Monera: características e organização morfológica
das arqueobactérias e eubactérias.
- Reino Protista: características e organização morfológica
de organismos unicelulares e pluricelulares.
- Reino Fungi: características e organização
anato/morfo/fisiológica dos fungos e líquens.
- Reino Animal: características e organização
anato/morfo/fisiológica dos grupos de invertebrados e
vertebrados.
- Fisiologia: processos metabólicos dos seres humanos.
- Embriologia dos mamíferos
- Reino Vegetal: características e organização
anato/morfo/fisiológica dos grupos vegetais.
72
3º Ano
Conteúdo
Básico
Conteúdo Específico h/a
Transmissão
das
características
hereditárias
- A introdução as trabalhos de Gregor Mendel;
- Os trabalhos de Mendel: 1ª, 2ª lei
- Conceitos fundamentais da genética
- Lei de Morgan ou Linkage
- Polialelia
- Herança ligada ao sexo
- Interação gênica e herança qualitativa Poligenia
- Anomalias na espécie humana
24
Organismos
Geneticamente
Modificados
- Biotecnologias
- Nanotecnologias
08
Teorias
evolutivas
- Os impactos das ideias filosóficas e sociológicas para as
teorias evolutivas;
- Herança dos caracteres adquiridos;
24
25
- Teoria da Seleção Natural (Darwin/Wallace);
- Teoria Sintética da Evolução;
- As causas genéticas da evolução: mutações gênicas e
cromossômicas, recombinação e deriva genética.
- Formação de novas espécies
- Genética populacional: teorema de Hardy/Weinberg
- A origem da espécie humana
Dinâmica dos
ecossistemas:
relações entre
os seres vivos e
interdependênci
a com o
ambiente
- Populações e comunidades
- Ecossistemas
- Ciclos Biogeoquímicos
- Interações biológicas na comunidade
- Biomas terrestres e aquáticos
- O ser humano no ambiente e o impacto na biosfera.
24
2.5 AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do trabalho dos professores, tendo por objetivo
proporcionar subsídios para decisões a serem tomadas a respeito do processo
educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Para cumprir
essa função “a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão
criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se
estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no
presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas
insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir
novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003 apud DCE, 2008, p. 31).
Se a proposição da organização curricular anual e seriado visa à formação
de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações
humanas em suas contradições e conflitos, então toda ação pedagógica que se
realiza em sala, inclusive a avaliação, precisa contribuir para essa formação.
Pensar a avaliação num currículo anual significa repensar a avaliação a
partir da reorganização e reconstrução do entendimento do tempo escolar.
Com três e duas aulas semanais implica numa mudança no plano do trabalho
26
docente, propiciando avaliações adaptadas ao tempo de efetivo trabalho em cada
sala de aula, utilizando diferentes instrumentos, o que acredita-se permitir ao
professor acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos
processos cognitivos. As mudanças não ocorrem apenas nas avaliações, mas
também na escolha das estratégias, privilegiando aquelas que propiciam diversas e
significativas atividades propostas ao estudante, como por exemplo: as ações que
envolvem estudo de textos, vídeos, pesquisa, estudo individual, debates, grupos de
trabalho, aulas expositivas tradicionais e dialogadas, seminários, exercícios, no qual
se explicitam relações que permitem identificar (pela análise) como objeto de
conhecimento se constitui. Com poucas aulas em cada turma por semana, o tempo
relógio é o maior inimigo no processo ensino aprendizagem, pois o aluno perde o
vínculo com a sequência do conteúdo, fato que exige um maior tempo com
feedbacks e recuperação de conteúdos.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela
perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos
metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do
ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita
aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar e aprimorar o
conhecimento. Ao professor, cabe ofertar o conhecimento com metodologia
apropriada, utilizando os materiais didáticos disponíveis e acompanhar a
aprendizagem dos seus alunos e avaliar o desenvolvimento dos processos
cognitivos.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo,
não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve
envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais,
alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante
para a formação dos alunos.
2.5.1 Recuperação de conteúdos
A recuperação de conteúdos é uma necessidade constante na prática
educacional. Pois toda vez que uma nova aula é iniciada, o professor deve fazer
recuperação dos conteúdos básicos e fundamentais que norteiam a sua prática
27
pedagógica. Além do mais, sempre que o professor constatar uma deficiência no
processo ensino/aprendizagem deverá retomar os conteúdos, se possível, utilizando
metodologias e instrumentos diversificados, buscando atingir os alunos que ainda
têm alguma dificuldade na aprendizagem e ainda, destacando a relação do
programático com a experiência empírica do aluno.
2.5.2 Recuperação de notas
A recuperação de notas deverá decorrer como consequência das avaliações
feitas, nas quais os alunos não apresentaram resultados satisfatórios. Assim, todo
aluno tem direito garantido de fazer recuperação de conteúdos, consequentemente
de notas, através de um instrumento de avaliação no qual o professor perceba que
seja viável, para que possam os alunos dignamente demonstrar seus resultados de
aprendizagem. A recuperação de notas poderá ser feita com trabalhos escritos,
testes, provas, apresentação de seminários, slides produzidos com os temas
tratados, etc. A recuperação de notas deverá ser realizada após prévio comunicado
ao aluno, oportunizando tempo hábil de estudos e preparação para que possa
realizar uma avaliação.
2.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA E BIBLIOGRAFIA
ANASTASIOU, L. G. C. Avaliação, Ensino e Aprendizagem: anotações para ações em currículo com matriz integrativa. 13ª ENDIPE. Recife, 2006, p. 69 - 90. DUSSEL, Ines; CARUSO, Marcelo. A invenção da sala de aula: uma genealogia das formas de ensinar. São Paulo: Moderna, 2003 (Educação em pauta). PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretriz Curricular de Biologia. 2008. PLANALTO, Lei nº 10.639, de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
PLANALTO, Lei 11.769/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.
28
DATAPREV, LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - DOU DE 16/07/1990 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/33/1990/8069.htp
PLANALTO, Acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental. LEI Nº 11.525, DE 25 DE SETEMBRO DE 2007.
29
3 DISCIPLINA: CIÊNCIAS
3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
De acordo com a DCE, é fundamental considerar a evolução do pensamento
do ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói. Sendo
assim, cabe destacar que à medida que o homem busca satisfazer suas
necessidades automaticamente, passa a observar e a buscar repostas às suas
indagações.
A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, a partir daí o
homem assume outras e se torna ainda mais atento a respeito das dinâmicas da
natureza.
Dentro da escola pública, a trajetória do ensino de ciências sempre foi
determinada por um momento histórico, político e social. Momentos estes que
influenciaram os modelos curriculares de cada época e causaram fortes mudanças
nas concepções da ciência.
Uma vez que os conhecimentos são produzidos pela humanidade no
decorrer de sua história, a disciplina se constitui num conjunto de conhecimentos
científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e
suas interferências no meio. Para que isso aconteça são estabelecidas relações
entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos e o cotidiano do
aluno, ou seja, sua prática social.
A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação à
saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem com
fatos, são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para saber se
posicionar crítica e construtivamente diante de diferentes questões.
Esta disciplina é importante no contexto escolar pela necessidade humana
de compreender, sistematizar e desmistificar os mais diversos fenômenos na
natureza, nos seres vivos e no universo. Portanto, a disciplina oportuniza a
compreensão dos eventos que ocorrem com a água, o solo, o ar e a interferência na
saúde humana. Propicia a compreensão das inter-relações entre os seres vivos e o
meio ambiente, demonstrando a interdependência que há entre eles. Onde o ser
humano é o agente de transformação consciente daquela.
De forma científica, o educando é levado a conhecer o seu próprio corpo, o
do seu semelhante, despertando o devido respeito pelas diferenças existentes entre
30
as mais diversas etnias. Assim, ocorrem quebras de preconceitos sexuais, dos
raciais, da xenofobia, bem como daqueles que apresentam necessidades especiais
temporárias ou permanentes.
Assim, o processo de ensino-aprendizagem de ciências valoriza a dúvida, a
contradição, a diversidade, o questionamento, superando o tratamento curricular dos
conteúdos por eles mesmos dando prioridade à sua função social.
3.2 OBJETO DE ESTUDO DE CIÊNCIAS
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,
entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Cabe ao ser humano interpretar racionalmente
os fenômenos observados nesta Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida.
Dividindo-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de
objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Na busca das
relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem as condições favoráveis de sobrevivência. Entendendo a interferência do
ser humano sobre a Natureza para incorporar experiências, técnicas, conhecimentos
e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a
cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação
do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de
compreende-la e se apropriar dos seus recursos.
3.3 OBJETIVOS GERAIS
Integrar os conteúdos a partir de três eixos norteadores: noções de
astronomia, transformação e interação da matéria, energia e saúde que implica na
melhoria da qualidade de vida.
Compreender os conceitos históricos de ciência que tratam das questões
dogmáticas, neutras, infalíveis, prontas e acabadas, bem como buscar explicações e
construir a parte científica que convive com a dúvida, que é falível e intencional,
31
utilizando métodos que buscam as explicações dos fenômenos naturais: físicos,
químico, biológicos, geológicos, que recebem influências dos fatores: sociais,
econômicos, políticos, etc.
Conduzir o aluno para fazer a investigação científica, redescobrindo assim
os conceitos em ambiente apropriado para a simulação do método investigativo,
acompanhado pelo professor, contextualizando os conteúdos estudados com os
fenômenos da natureza e com a prática agropecuária dos alunos provenientes do
campo. Sendo um modelo construtivista de educação, aproximando a escola na sua
prática didática a Vocação de Escola do Campo.
Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais
dos produtos científicos e tecnológicos com os quais convivem, reconhecendo o
processo de produção, distribuição e consumo, bem com os problemas decorrentes,
buscando soluções para tais dentro da prática do cotidiano.
Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos,
éticos e culturais, incluir os portadores de necessidades especiais e/ou tecnológicos
inerentes ao processo de produção, a aplicabilidade dos conhecimentos científicos,
das relações e inter-relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-
aprendizagem.
3.4 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Nestas diretrizes, entende-se o conceito de Conteúdos Estruturantes como
conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de
estudo de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão
de seu objeto de estudo e ensino. Os conteúdos estruturantes são construtos
históricos e estão atrelados a uma concepção política de educação, por isso não são
escolhas neutras.
Esses conteúdos estruturantes foram definidos tendo em vista as relações
entre os campos de estudo, tradicionalmente tratados ao longo do ensino de
Ciências, e a sua relevância no processo de escolarização atual.
A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a
relevância dos mesmos para o entendimento do mundo no atual período histórico,
para a constituição da identidade da disciplina e compreensão do seu objeto de
estudo, bem como facilitar a integração conceitual dos saberes científicos na escola.
32
Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das
diferentes Ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia,
entre outras. A metodologia de ensino deve promover inter-relações entre os
conteúdos selecionados, de modo a promover o entendimento do objeto de estudo
da disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem se fundamentar nos
Conteúdos Estruturantes.
Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração
conceitual e que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de
diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e
os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações
interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de
produção do conhecimento científico (relações contextuais).
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos
estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração
conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
• Astronomia;
• Matéria;
• Sistemas Biológicos;
• Energia;
• Biodiversidade.
3.4.1 Conteúdos Básicos
3.4.1.1 Astronomia
A Astronomia tem papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das
ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.
Numa abordagem histórica este conteúdo estruturante possibilita estudos e
discussões sobre a origem e a evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os
conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos necessários para o
entendimento de questões astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo
da disciplina de Ciências:
• Universo;
• Sistema solar;
33
• Movimentos celestes e terrestres;
• Astros;
• Origem e evolução do universo;
• Gravitação universal.
3.4.1.2 Matéria
Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre
as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que
num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos, que envolvem conceitos
científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria
e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
Constituição da matéria;
Propriedades da matéria.
3.4.1.3 Sistemas Biológicos
O conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como
suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares
e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo: a locomoção, a digestão e a
respiração.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os
sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a compreensão do
objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• Níveis de organização;
• Célula;
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
• Mecanismos de herança genética.
3.4.1.4 Energia
Este conteúdo propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de
34
energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a
Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado
nas ideias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos
ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa
científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação
da energia.
Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que
envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a
conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e para a
compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• Formas de energia;
• Conversão de energia;
• Transmissão de energia.
3.4.1.5 Biodiversidade
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além
da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número
de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada
ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.
Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos
que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a
biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:
• Organização dos seres vivos;
• Sistemática;
• Ecossistemas;
• Interações ecológicas;
• Origem da vida;
• Evolução dos seres vivos.
Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são
essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses
conteúdos básicos serão desdobrados em conteúdos específicos a serem
abordados pelos professores de Ciências em função de interesses regionais e do
avanço na produção do conhecimento científico e tratando os conteúdos por série
35
com a seguinte organização:
3.4.1.6 Conteúdos por série 6º Ano
Estruturante Básico
Astronomia
Universo
Sistema Solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Níveis de organização
Energia Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7º Ano
Estruturante
Básico
Universo Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres
36
vivos
Energia Formas de energia
Transmissão de energia
Biodiversidade Origem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
8º Ano
Estruturante Básico
Universo Origem e evolução do Universo
Matéria Constituição da matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos
Energia Formas de energia
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9º Ano
Estruturante Básico
Universo Astros
Gravitação universal
Matéria Propriedades da matéria
Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismo de herança genética
Energia Formas de energia
Conservação de energia
Biodiversidade Interações ecológicas
3.5 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para o ensino de Ciências propõe-se uma prática pedagógica que leve à
37
integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Superando
as práticas pedagógicas centradas num único método e baseadas em aulas de
laboratório.
O professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o
tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto
Político Pedagógico da escola; os interesses da realidade local e regional onde a
escola está inserida; a análise crítica dos livros didáticos e paradidáticos da área de
Ciências; e informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente, o professor de Ciências
deverá refletir a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os
conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Deverá refletir, também, à respeito
das expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e
dos critérios e instrumentos de avaliação.
Os conteúdos específicos de Ciências deverão ser entendidos em sua
complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento
físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora. Tais conteúdos
poderão ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo professor de
Ciências, que poderá fazer uso de estratégias que procurem estabelecer relações
interdisciplinares e contextuais, envolvendo, desta forma, conceitos de outras
disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais, éticas e políticas.
No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente,
o professor de Ciências deverá prever a abordagem da cultura e história afro-
brasileira (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e
educação ambiental (Lei 9795/99).
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções
alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de
forma significativa pelos estudantes.
Para se atingir a referida proposta metodológica, o professor deverá procurar
entender os problemas ambientais, que cercam a comunidade escolar, perceber a
rotina dessa comunidade quanto à degradação do meio ambiente, utilização da
água, do ar e do solo.
38
Para se atender o aspecto da musicalização no ambiente escolar na
disciplina de Ciências poderá ser proposto o desenvolvimento de paródias ou
músicas inéditas pelos alunos com os temas trabalhados no decorrer do ano letivo,
desta forma pode-se contemplar parte do que propõe a Lei 9.394, de 20 de
dezembro de 1996 e Lei Nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.
No ambiente escolar em qualquer dependência e em qualquer tempo será
garantido a todos(as) os/as educandos(as) os direitos adquiridos perante o Estatuto
da Infância e do Adolescente perante a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 e Lei nº
11.525, de 25 de setembro de 2007. Pois serão tratados temas como bulling,
sexualidade, gravidez na adolescência, violência, descriminação, gênero e
diversidade sexual. E também trabalhos que direcionam o enfrentamento à violência
no ambiente escolar. Buscar conscientizar aos alunos quanto às consequências do
uso indevido de drogas lícitas e ilícitas.
No processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o
enraizamento das concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou
regionais, para melhorar a qualidade de sua prática de ensino, o professor fazser
uso de recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais
como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,
música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,
modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre
outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre
outros;
3.5.1 Atividades
SALA DE AULA: debates, seminários, entrevistas com profissionais,
utilizando pesquisas para ampliar o conhecimento, através do despertar da
curiosidade do aluno;
VISITAS: parques municipais, laboratórios da universidade, com objetivo de
realizar intercâmbio com outras formas de ambiente;
SAÍDAS A CAMPO: elaborar projeto com o tema a ser trabalhado,
favorecendo ao aluno que o mesmo perceba a importância de suas atitudes no
ambiente em que vive;
AULAS EXPERIMENTAIS: serão realizadas no laboratório onde o aluno
39
através da construção do experimento observará e entenderá os fenômenos da
natureza.
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer
das atividades da sala de aula, pois assim o professor pode analisar a própria
prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o professor pode
divulgar a produção de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos
saberes e entre os estudantes e desta com a produção científico tecnológico,
participando de projetos como:
Agenda XXI vai à escola;
Portal dia-a-dia educação;
TV Paulo Freire;
Laboratório de informática.
3.6 AVALIAÇÃO
A avaliação deverá se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do
processo ensino aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática
pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse
processo é a aprendizagem ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
A avaliação deverá possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão
criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se
estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no
presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas
insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir
novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003, DCE, 2009)
A avaliação deverá contribuir para a compreensão das dificuldades de
aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa
aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da
sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
estão inseridos.
A avaliação deverá constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da
experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço
da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da
40
qualificação do professor e da escola.
O professor é quem deverá compreender a avaliação e a executá-la como
um projeto intencional e planejado, que deverá contemplar a expressão de
conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada.
No cotidiano das aulas, isso significa que:
A avaliação deverá situar-se entre a intenção e o resultado e que não se
diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar;
No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos
trabalhados naquele período de tempo, deverá-se definir os critérios,
estratégias e instrumentos de avaliação, para que professor e alunos
conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do
trabalho docente;
Os critérios de avaliação deverão ser definidos pela intenção que orienta o
ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia, com a
finalidade de articular todas as etapas da ação pedagógica;
Os enunciados de atividades avaliativas deverão ser claros e objetivos;
Os instrumentos de avaliação deverão ser pensados e definidos de acordo
com as possibilidades teórico metodológicas que oferecem para avaliar os
critérios estabelecidos. Poderão ser utilizados como Instrumentos de
avaliação: seminários, debates, trabalhos, discussões, provas e outros;
O Professor deverá pré elaborar exercícios diversificados, que deverão ser
realizados de forma escrita pelos aluos em sala de aula ou como atividade
extraclasse. Os exercícios podem ser realizados com ou sem consulta ao livro
didático e às anotações poderão ser feitas durante as aulas com o intuito de
sanar as dificuldades de aprendizagem . Os exercícios poderão ser corrigidos
individualmente ou coletivamente em sala de aula e permanecer de posse
com os alunos com a finalidade de servir de material de apoio em estudos
posteriores.
Teste escrito ou prova de rendimento com questões descritivas e objetivas
variadas que permitam a verificação da aprendizagem de forma integrada
assimilada pelo aluno. Os testes serão realizados com consulta ou não, aos
diversos materiais didáticos utilizados pelo professor no processo
ensino/aprendizagem. Os testes serão recolhidos e corrigidos pelo professor,
41
retornados aos alunos para que avaliem as suas situações, corrijam suas
deficiências de aprendizagem, o professor poderá manter em seu domínio os
testes e provas que lhe dão causa de interesse, seja por bom ou rendimento
insuficiente apresentado pelo aluno.
Exercícios orais nestes pode-se atribuir dois objetivos: Um deles é realizar um
diagnóstico quanto a um conteúdo que se pretende trabalhar nas próximas
aulas, buscando descobrir o que os alunos já sabem sobre o tema; outro
objetivo é diagnosticar de forma geral a turma quanto a fixação dos conteúdos
trabalhados durante as aulas anteriores, buscando verificar da necessidade
da realização de recuperação de conteúdos e da possibilidade da aplicação
de teste escrito, com o intuito de comprovar o rendimento do aluno.
Produção de cartazes este tipo de atividade poderá ser desenvolvido em sala
de aula ou como atividade extraclasse. Podendo ser uma atividade individual
ou coletiva. Será considerado a potencialidade do aluno expor gráfica e
ilustradamente sua aprendizagem de forma clara e objetiva, a escrita, a
estética e a organização. O aluno poderá se fundamentar nos livros didáticos
ou nos multimeios.
Relatórios serão atividades escritas nas quais os alunos responderão seis
questões fundamentais de um documento dessa natureza: O que? Quem?
Quando? Onde?Como? Por que? Os relatórios poderão ser solicitados por
assistir um filme, uma palestra, um seminário, documentário ou qualquer
evento que permita a produção deste documento. Pelo prof. Será considerada
a ortografia, organização do tema, a, a coerência e a estrutura.
Realização de seminários temáticos, onde será avaliado a disposição dos
assuntos discorridos, a organização, o plano de ação da apresentação do
tema, a participação de cada aluno no decorrer da elaboração do seminário, a
ação conjunta dos grupos de alunos constituídos para cada tema, bem como
os materiais produzidos para a apresentação dos temas.
O aluno poderá realizar sua auto avaliação a respeito da aprendizagem de
forma escrita, seguindo critérios estabelecidos pelo professor, com a
finalidade de desenvolver as potencialidades de analisar suas aptidões,
atitudes, rendimento, pontos fortes e fracos. Desenvolvendo as
responsabilidades sobre os seus atos, enfrentar seus limites reconhecendo-os
42
diante de seus colegas do meio escolar. O material escrito da auto avaliação
será retido pelo professor com a finalidade de nortear suas novas ações
pedagógicas.
A recuperação de estudos deverá acontecer a partir de uma lógica simples:
os conteúdos serão selecionados, pois são importantes para a formação do aluno.
Investir-se-á em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. Na
recuperação será retomado os conteúdos já trabalhados, serão modificados os
encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de
conteúdo. A avaliação do processo ensino-aprendizagem deve ser questão
metodológica de responsabilidade do professor, determinada pela perspectiva de
investigar para intervir. Os conteúdos, a metodologia e a clareza dos critérios de
avaliação deverão elucidar a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação deve possibilitar aos estudantes variadas
oportunidades de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a
aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
3.7 REFERÊNCIAS DATAPREV, LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 - DOU DE 16/07/1990 - ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/33/1990/8069.htm.
MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental –Brasília, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. DCE 2009 - Educadores - Estado do Paraná.
PLANALTO, Lei no 10.639, de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
PLANALTO, Lei 11.769/08. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008.
43
PLANALTO, Acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental. LEI Nº 11.525, DE 25 DE SETEMBRO DE 2007. PRESTES, Maria E. B. Teoria celular: de Hooke a Schwann. São Paulo: Scipione, 1997.
44
4 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA 4.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O papel fundamental da Educação está no desenvolvimento das pessoas e
das sociedades, apontando para as necessidades essenciais da formação de
cidadãos. Vivemos um momento em que a competição e a qualificação do ser estão
interligadas aos avanços tecnológicos e às constantes modificações, pelas quais
passa a humanidade neste momento histórico.
Então, faz-se necessário que a disciplina de Educação Física seja
compreendida no contexto, não como uma área de conhecimento que se traduz de
forma isolada, solta no meio escolar, mas sim como parte integrante de uma
totalidade, fazendo parte de um conjunto de disciplinas que interagem,
estabelecendo relações com o social e com a cultura dos povos.
Pensar a Educação Física na atualidade implica no entendimento desta, de
forma a contemplar as diferentes formas de manifestações corporais, estimulando o
educando a inovar, criar movimentos que demonstrem sua postura, seu
posicionamento frente a este novo mundo, que exige contextualização e criatividade
em todos os seus momentos vividos.
Nessa perspectiva, há necessidade de redimensionar, dar novos significados
aos conteúdos de forma a envolver o educando e apontar para as novas formas de
construção do conhecimento a partir da reelaboração de ideias e práticas que
intensificam a compreensão do aluno, suas relações de trabalho e as implicações
desta relação para a vida e influência na comunidade.
Como disciplina escolar, a Educação Física permite abordagem biológica,
antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais,
justamente por sua constituição interdisciplinar.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal,
deve estar articulada ao projeto Político Pedagógico, pois tem seu objeto de estudo
e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola. Estes
pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo como
objetivo formar a atitude critica perante a Cultura Corporal, exigindo domínio do
conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola. Nesse sentido,
procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político,
45
econômico e social.
Temos como objeto de estudo da disciplina, a Cultura Corporal,
evidenciando as relações estreitas entre a formação histórica do ser humano por
meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes.
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido
tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas
corporais de forma, mas reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos
Elementos Articuladores.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos nem
tão pouco trabalhados apenas teoricamente ou de maneira isolada. Como
articuladores dos conteúdos, podem transformar o ensino da Educação Física na
escola.
As Diretrizes nos propõem os seguintes Elementos Articuladores:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia.
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais,
indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que
surgem no contexto escolar, e que também tenham condições de entender e
respeitar o diferente e sejam capazes de se posicionar frente ao mundo,
reconhecendo os distintos contextos sociais em que estão inseridos.
4.2 CONTEÚDOS ESTRURANTES
Os conteúdos estruturantes foram definidos como os conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de
estudos da disciplina, considerados fundamentais para compreender seu objeto de
estudo/ ensino, a Cultura Corporal, constituem-se historicamente e são legitimados
46
nas relações sociais.
Na educação Básica deve ser abordado em complexidade crescente, isto
porque, em cada um dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas
experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas
no processo ensino aprendizagem.
Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação
Básica são os seguintes:
• Esporte;
• Jogos e Brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
4.2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
ESPORTE
Coletivos
Individuais
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
DANÇA
Dança Folclórica
Dança de Rua
Danças Criativas
GINÁSTICA
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
LUTAS
Lutas de aproximação
Capoeira
47
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
ESPORTE
Coletivos
Individuais
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
DANÇA
Dança Folclórica
Dança de Rua
Danças Criativas
Danças Circulares
GINÁSTICA
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
LUTAS
Lutas de aproximação
Capoeira
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
ESPORTE
Coletivos
Radicais
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
DANÇA
Danças Criativas
Danças Circulares
GINÁSTICA
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
LUTAS
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
48
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
ESPORTE
Coletivos
Radicais
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
DANÇA
Danças Criativas
Danças Circulares
GINÁSTICA
Ginástica Rítmica
Ginástica Geral
LUTAS
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
ESPORTE
Coletivos
Individuais
Radicais
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
DANÇA
Danças folclóricas
Danças de Salão
Danças de Rua
GINÁSTICA
Ginástica Artística / Olímpica
Ginástica de Academia
Ginástica Geral
LUTAS
Lutas com aproximação
Lutas que mantêm a distancia
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
49
4.3 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA A Educação Física enquanto disciplina que tem como objetivo de estudo a
cultura corporal de movimento, que se justifica por relacionar o movimento humano
com a cultura por ele produzida historicamente e a que ainda está por produzir, mas
que não se trata de algo pronto ou acabado, mas que está em constante produção.
Sendo assim ela passa a ter a função pedagógica de integrar e introduzir o aluno no
mundo da cultura física, formando o cidadão que vai usufruir, produzir e transformar
as formas culturais da atividade física.
Sendo assim a Educação Física tem como objetivos:
• Estimular os hábitos higiênicos e sadios;
• Estimular a prática da atividade física;
• Estimular a criação de jogos e regras e a sua reformulação;
• Proporcionar a conscientização dos alunos por meio da pratica e a importância da
realização da atividade física para melhoria da sua qualidade de vida;
• Garantir ao aluno a prática para que ele possa construir hábito pessoal da pratica
de atividade física e um estilo de vida saudável;
• Proporcionar o desenvolvimento de uma consciência critica e reflexiva;
• Proporcionar experiências de competição esportivas para promover o trabalho em
equipe, decisões em grupo, o respeito e o respeito às regras.
• Proporcionar a construção de idéias e valores levando o aluno a desenvolver o
respeito, a cooperação e o senso crítico.
4.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Durante as aulas deverá ser levado em consideração a idade dos alunos, o
grau de discernimento e a autonomia que possuem. O aluno deverá participar deste
processo, isto estará levando ao desenvolvimento da maturidade, responsabilidade e
da construção do conhecimento. Para o Ensino Médio, ao trabalhar, deve-se inserir
questões envolvendo as diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior
capacidade de abstração por parte do educando.
Isto significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a
corporalidade que surge no cotidiano de cada cultura escolar na sua especificidade.
Pretendemos, por meio das práticas corporais do esporte, da dança, da
ginástica, dos jogos e das brincadeiras e das lutas, ir além da dimensão motriz,
50
levando em conta a multiplicidade de experiências manifestadas pelo corpo, a qual
permeia estas práticas, ou seja, manifesta-se expressões de alegria, raiva, dor,
violência, preconceito, sexualidade, entre outras que têm sentido amplo no corpo, e
são historicamente produzidas. Assim, as aulas de Educação Física tornam-se um
conjunto de objetos de investigação que não se esgotam, nem nos conteúdos nem
nas metodologias.
A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais, através da
Cultura Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes:
Esportes, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras.
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação
Física na Educação Básica é essencial conhecer profundamente as culturas que
envolvem a realidade em que a escola esta inserida, por isso é fundamental
identificar os elementos centrais que compõem o cotidiano dos alunos, para
compreender como constrói determinadas formas de identidade corporal, ou seja, é
uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como preparação e
mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar.
A partir dessa leitura, o professor poderá trabalhar com os alunos a teoria e a
prática dos conteúdos por meio: de textos, vídeos, tv multimídias, trechos de filmes,
sites, aulas expositivas, pesquisas e construção de movimentos, dinâmicas em
grupo, seminários, criação e variações de jogos, promover debates, sínteses
individuais e coletivas do conteúdo abordado.
É um desafio permanente para o professor procurar produzir uma cultura
escolar de Educação Física que mobilize práticas que afirmem valores e sentidos
que ampliem as possibilidades formativas, evitando formas de discriminação,
segregação e competição exacerbada, mediando situações conflitantes que
envolvam corporalidade por meio do dialogo e reflexão, dispondo de argumentos
que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos nos processos educativos
no processo educativo.
Para a apreensão críticas dos conteúdos sugere-se:
• Primeiro momento: é onde o conteúdo da aula é apresentado.
• Segundo momento: é a fase do desenvolvimento das atividades de apreensão
dos conhecimentos.
51
• Terceiro momento: uma reflexão sobre a prática.
De acordo com o nosso objeto de estudo, a Cultura Corporal, temos a
função social e contribuir para que os alunos se tornem os sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e
refletir criticamente sobre as práticas corporais possibilitando a comunicação e o
dialogo com as diferentes culturas ampliando sua visão de mundo de modo que
supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das praticas
corporais.
Nas aulas desenvolveremos um trabalho efetivo com os educandos
contribuindo para que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos
horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.
Priorizaremos na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como
oportunidade para reelaborar ideias e atividades que ampliem a compreensão do
estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a
vida.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física trazem
elementos articuladores dos conteúdos estruturantes, visando romper com a
maneira tradicional como os conteúdos têm sido tratados na Educação Física, faz-se
necessário integrar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada,
onde não se entendem os elementos como conteúdos paralelos, nem tampouco
trabalhados apenas teoricamente ou de maneira isolada, e será de acordo com essa
prática já inserida no dia-a-dia de nossas aulas que abordaremos estes desafios,
que vem para ampliar o conhecimento da realidade estabelecendo relações entre os
fenômenos sociais e culturais.
Os temas dos programas socioeducacionais: Cidadania e Direitos
Humanos, Meio Ambiente (Lei n° 9.795/99), Lei Direito da Criança e Adolescente
(Lei n° 11525/ 07), Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao uso indevido de Drogas, Educação Sexual – incluindo Gênero e
Diversidade Sexual, a História Cultura Afro-Brasileira (Lei nº 10.639/03), Cultura
Indígena (Lei nº 11.645/08), serão contempladas no decorrer do ano letivo, por
meio de leitura de textos de diferentes gêneros, atividades rítmicas (dança), lutas
(capoeira), atividades desportivas (jogos pré-desportivos, jogos de combate)
concentrando os objetivos dentro do conteúdo programático, na procura da
formação integral do aluno enquanto cidadão paranaense.
52
Procurar-se-á desenvolver esses temas por meio de atividades de
Tratamento de Informações e Resoluções de Situações Problemas, intervindo
juntamente aos alunos sempre que preciso, com esclarecimentos imediatos e
solucionando juntamente com eles, as situações problemas.
4.5 AVALIAÇÃO
Historicamente o termo avaliação vem sendo discutido por professores,
mestres, e comunidade escolar, na ânsia de chegar a uma definição, que dê mais
segurança na aplicação e na medição do desempenho e das capacidades físicas.
Os elementos utilizados para esta avaliação nem sempre são corretos ou formalizam
a conquista de seus objetivos. No geral se caracteriza como seletiva, classificatória e
punitiva, e é de consciência coletiva que não qualifica nem mensura o conhecimento
ou aprendizagem do educando.
Busca-se chegar a uma forma de avaliar onde professor e aluno sintam-se à
vontade para discutir o termo ensino-aprendizagem com responsabilidade e de
forma a priorizar a qualidade, o diagnóstico e a continuidade do processo no
ambiente escolar.
A avaliação deve se caracterizar como processo contínuo, permanente e
cumulativo, preconizando a LDB 9394/96, em que o professor organizará e
reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como
a ginástica, o esporte, os jogos e as brincadeiras, a dança e a luta, através de
dinâmicas em grupo, seminários, debates, observação do desenvolvimento social,
afetivo, cognitivo e motor do aluno, avaliações teóricas, trabalhos individuais e em
grupos, (re)criação de jogos, pesquisa em grupo, apresentação de coreografias,
entre outros, em que os educandos possam expressar suas opiniões para os demais
colegas.
A avaliação deve ainda estar relacionada aos encaminhamentos
metodológicos, constituindo-se na forma de resgatar experiências e sistematizações
realizadas durante o processo de aprendizagem. Isto é tanto o professor quanto os
alunos poderão revisitar o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no
processo pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que
reconheçam os acertos e supere as dificuldades constatadas.
Outro instrumento utilizado para avaliação é permitir que o próprio aluno faça
53
uma auto-avaliação sobre o seu aprendizado, reconhecendo seus limites e
possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio processo de
aprendizagem.
A avaliação final ou somativa se refere aos instrumentos que pretendem
avaliar ao final de um processo, e deverá expressar para o aluno o nível atingido
dentro dos objetivos de aprendizagem propostos.
Por tratar-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo em que
estamos sempre organizando e reorganizando nosso trabalho e que damos várias
oportunidades ao nosso educando através da recuperação paralela, permitindo
assim a conquista de maior consciência corporal e senso critico em suas relações
interpessoais e sociais.
Os critérios de avaliação poderão variar dependendo dos conteúdos e seus
objetivos, no entanto, é considerado o nível inicial do aluno e o nível final alcançado,
tendo como objetivo verificar o progresso alcançado.
Finalizando esta proposta de avaliação que vai de encontro ao que prevê a
LDB 9394/96, em que os educandos terão direito de receberem concomitantemente
as avaliações, recuperação paralela, sendo de conteúdos e de notas.
A recuperação será ofertada para os alunos através de metodologias
diferenciadas, utilizando os mesmos conteúdos e contextos com aulas práticas e/ou
teóricas, visando a aquisição do conhecimento por parte dos alunos que por ventura
demonstrarem alguma dificuldade ao longo do ano letivo, vindo de encontro com as
orientações do Projeto Político Pedagógico (PPP), da Proposta Pedagógica
Curricular (PPC) e do Plano de Trabalho Docente (PTD).
4.6 REFERÊNCIAS
SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba, 2008. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.
54
5 DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO 5.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Desde a pré-história, o homem se vale da religiosidade para explicar o
mundo à sua volta e o universo além de seu alcance. Ao longo dos séculos,
reverenciou um ou mais deuses, instituiu livros sagrados, definiu doutrinas,
concebeu mitos e edificou templos para realizar seus cultos. Em várias épocas, além
de servir para dar sentido à existência, a religião motivou guerras, alianças e
conquistas, ergueu e derrubou fronteiras, ditou os rumos de várias nações. Ainda
hoje, condiciona a vida social e cultural de muitos povos. Suas celebrações, seus
códigos de conduta, suas instituições sociais e até sua organização política.
Poder conhecer as diferentes de crenças é papel da religião em cada
cultura, é fundamental para compreender a história da humanidade, vencer medos e
preconceitos, estabelecer uma convivência tolerante e pacífica.
O ser humano sempre ligou sua existência a um ser superior, a quem
prestava culto, estabelecendo lugares e objetos sagrados para reverenciar o
absoluto. A fé engloba a conexão cognitiva e afetiva, uma vez que se dá no plano da
razão e da emoção. Por isso devemos estar alerta para que mitos fabricados ou
ídolos negativos não ocupem essa dimensão tão importante.
Nossa relação com o transcendente também implica a relação com o outro e
com nós mesmos. É do contato do ser humano com o sagrado que se originam as
diversas religiões (SILVA, 2002).
Diante disso, a disciplina de Ensino religioso pretende contribuir para o
reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas advindas da
elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes
da cultura sobre fenômeno religioso. Contribui para a superação da desigualdade
étnico-religiosa, garantindo o direito constitucional de liberdade de crença e
expressão.
Permite que os educandos possam refletir e entender como os grupos
sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado,
elaborando o seu saber e entendendo a diversidade de nossa cultura pela
religiosidade.
55
5.2 OBJETIVOS GERAIS
Analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência religiosa do
cotidiano que o contextualiza no universo cultural. Construir um Ensino Religioso
que respeite a diversidade religiosa e cultural promovendo a paz entre as religiões e
proporcionando aos educandos a formação integral de respeito e convívio com o
diferente.
5.3 CONTEÚDOS
6º Ano
-História do pensamento religioso
-Organizações religiosas
-Lugares sagrados
-Textos sagrados orais ou escritos
-Símbolos religiosos
7º Ano
-Temporalidade sagrada
-Festas religiosas
-Ritos
-Vida e Morte
5.4 METODOLOGIA
Para atingir os objetivos da disciplina é importante dinamizar trabalho com
textos ilustrados com filmes, símbolos e músicas, contextualizando com a realidade
local. Proporcionar debates, produções individuais e coletivas, elaborações de
painéis para a socialização de aulas passeios. As aulas serão conduzidas de
maneira desmistificadas para proporcionar análise imparcial e científica das
manifestações do sagrado em diferentes contextos históricos e culturais. Haverá
diálogo mediado por instrumentação teórica a respeito da diversidade de
pensamento e comportamento dos diversos segmentos, cultos e ritos religiosos.
Ainda durante o ano, pretende-se trabalhar os seguintes conteúdos:
-A cultura afro-brasileira (lei nº 10.639/03); cultura indígena (lei nº 11.645/08), Meio
Ambiente (lei nº9.795/99);
56
-Direito da criança e do adolescente (lei nº 11525/07);
-Contempla as orientações dos Programas Socioeducacionais;
-Enfrentamento à violência na Escola;
-Prevenção ao uso indevido de drogas;
-Educação sexual, incluindo gênero e diversidade sexual;
-Educação fiscal.
5.5 AVALIAÇÃO
Os instrumentos da avaliação serão definidos em consonância com a
metodologia, privilegiando a observação da construção cognitiva do aluno e sua
produção oral, escrita e atitudinal. Os critérios serão definidos com a participação do
aluno, considerando:
-Participação nas aulas;
-Avaliação na medida que o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas
que têm opções religiosas diferentes da sua;
-Análise de textos, filmes, músicas;
-Elaboração de textos, cartazes, poesias;
-Pesquisas, apresentações de trabalhos;
-Debates;
-Interpretação.
5.5.1 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
O processo de avaliação não tem como objetivo apenas constatar se o aluno
aprendeu ou não aprendeu os conteúdos programáticos e sim observar se tais
conteúdos foram entendidos pelos alunos como formação necessários para sua
formação cidadã. Portanto faz-se necessário retomar conteúdos quando esta
apropriação ainda não está clara para que a aprendizagem se concretize. O
aprendizado se efetiva quando o aluno percebe que o conhecimento e fundamental
e que a escola é importante para que isto aconteça. Sendo assim os conteúdos
serão retomados após a avaliação e a constatação pelo professor de que o aluno
ainda não se apropriou dos mesmos
.
57
5.6 REFERÊNCIAS
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione Ltda, 1994.
COSTELA, D. O Fundamento Epstemológico do Ensino Religioso. In: JUNQUEIRA, S., WAGNER, R. (Orgs.). O Ensino religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
DURKHEIM, É. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989. DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. Governo do Estado do Paraná. Secretaria do Estado de Educação. – Superintendência da Educação. Versão/2008. SILVA A. A diversidade religiosa. São Paulo: Loyola, 2001.
58
6 DISCIPLINA - FILOSOFIA
6.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Na atual polêmica mundial, acerca dos valores éticos, políticos e
epistemológicos, a filosofia tem um espaço a ocupar e permite compreender ideias
fundamentais. A filosofia gira basicamente em torno de problemas e conceitos
criados no decorrer de sua história, os quais por sua vez, devidamente utilizados,
geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam ações e
transformações. É por essa razão que eles permanecem atuais.
A Filosofia pode terminar por desencadear, o que não pode ser interpretado
como significando que deve voltar-se de modo exclusivo para o engendramento de
ações e transformações. Essa linha de argumentação consta nas DCE's (2008, p.
39) quando cita a Declaração de Paris para a Filosofia, aprovada nas jornadas
internacionais, quando sublinha:
(...) ação filosófica formando espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas (...). (DCE's, apud UNESCO, 1995, p. 13).
Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir
livremente nenhuma ideia, que se esforça em precisar as definições exatas das
noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar com atenção
os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo.
Neste sentido entendemos que, pelo menos, três atitudes caracterizam o
pensamento filosófico:
Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos
sagrados, mitos, tradições ou poder, mas do próprio discurso argumentativo.
Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber,
criando uma fratura entre o mundo do sujeito res cogitans e o mundo da extensão
res extensa. A epistemologia contemporânea procura religar os saberes, dando uma
noção de totalidade.
O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático.
A racionalidade filosófica se expressa e se desenvolve na capacidade
59
argumentativa.
Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer suporte fundamental para o
desenvolvimento de pessoas capazes de se auto-determinar, de interpretar a
realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar criticamente, de interpretar os
sistemas simbólicos e de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva,
possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.
Baseado nestes apontamentos entende-se que a importância do ensino de
Filosofia na Escola é proporcionar aos alunos a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo
Considerando as Instituições de ensino, localizadas em área rural, fazer-se-á
relação direta dos conteúdos estudados na disciplina de filosofia com a realidade
cotidiana do aluno. Pois a realidade agrícola é bem diferente da urbana, há
diferenças econômicas, sócio-culturais, políticas e sócio-ambientais.
A cultura, as experiências, a dinâmica do cotidiano do campo, raramente são
referências para o trabalho pedagógico, nem para organizar o sistema de ensino,
formação e capacitação dos professores nem a produção e escolha do material
didático.
A educação para os povos do campo é trabalhada a partir de um currículo
essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das necessidades e da
realidade do campo. Mesmo as escolas localizadas nas cidades têm um currículo e
trabalho pedagógico, muitas vezes, alienante, que difunde uma cultura burguesa e
enciclopédica. É urgente discutir a educação no campo no Brasil.
Sendo assim, é importante utilizarmos desta disciplina essencialmente
crítica, para trazer aos habitantes das áreas rurais um senso capaz de quebrar
paradigmas. Tais estudos possibilitam aos alunos questionarem sua realidade,
ampliando suas visões de mundo entendendo a importância do ensino de Filosofia
na escola que é proporcionar aos educandos a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo.
6.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Desenvolver uma consciência crítica sobre os conhecimentos filosóficos e
científicos;
Capacitar o estudante para fazer análises e interpretações de textos
60
filosóficos, contextualizando-os em cada período histórico;
Relacionar o exercício da crítica filosófica com a promoção integral da
cidadania, dentro da tradição de defesa dos direitos humanos;
Promover debates, confrontar ideias, aceitando pensamentos divergentes,
valorizando a tolerância e a diversidade humana.
6.3 CONTEÚDOS
1ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Mito e Filosofia
• Teoria do Conhecimento.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Saber mítico;
Saber Filosofico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do Mito;
O que é Filosofia?
Possibilidades do Conhecimento;
As formas do conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do Método;
Conhecimento e Lógica;
2ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Ética
• Filosofia Política.
61
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Ética e moral;
• Pluralidade ética;
• Ética e violência;
• Razão, desejo e vontade;
• Liberdade: Autonomia do sujeito e a necessidade das normas;
Relações entre comunidade e poder
Liberdade e igualdade política;
Politica e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa;
3ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Estética.
• Filosofia da ciência.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Natureza da Arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc;
Estética e sociedade;
Concepção de ciência;
A questão do método cientifico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
62
6.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Quanto à metodologia a ser utilizada na disciplina, seguiremos a sugestão
de Deleuze e Guattari (1992, p. 288) , o método consistirá:
Numa SENSIBILIZAÇÃO do aluno para o tema proposto, para tanto serão
utilizados filmes, jornais, revistas, livros ou quaisquer outros meios que possam vir a
ser utilizados;
PROBLEMATIZAÇÃO: tornar aquilo que foi sensibilizado num problema,
evidenciar o que há de problema naquela situação levantada pelo filme, quadro,
livro, etc. Também na problematização se verifica os conceitos importantes
envolvidos no problema;
Recorrendo-se aos clássicos da filosofia (autores e obras), será levada a
cabo uma INVESTIGAÇÃO de como a tradição postulou e tentou resolver esses
problemas.
Como um corolário dos três passos anteriores, o aluno passará para a
formulação e/ou ressignificação de conceitos, sob a forma de um texto lógico e
metodologicamente estruturado.
Serão abordados os temas referentes à História e Cultura Afro-Brasileira,
Cultura Indígena, meio ambiente, Direito da criança e do adolescente, educação
tributária e fiscal, enfrentamento à violência na escola, prevenção ao uso de drogas,
debate a respeito da diversidade sexual.
Recursos didático-pedagógico: Livro didático, textos impressos, eventuais
filmes e laboratório de informática.
6.5 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A avaliação deve ser concebida na sua função, isto é, ela não tem finalidade
em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e redirecionar o curso da ação no
processo ensino-aprendizagem, visando garantir a qualidade que professores,
estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente.
Sendo assim, apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de
Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a perceber quanto o estudante
assimilou do conteúdo presente na história da filosofia, do texto ou dos problemas
filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele
63
tema. A avaliação será processual, a fim de desenvolver plenamente no educando
habilidades de leitura, interpretação, produção e discussão de textos e outras fontes.
Para tanto será realizado seminários, debates, trabalhos em grupo, além de
avaliações individuais.
Partindo do pressuposto de que a avaliação trata-se de um processo
contínuo, a recuperação será feita concomitantemente ao processo de ensino
aprendizagem. A serem observados problemas relacionados ao não aproveitamento
do conteúdo, o professor pode recorrer a outras metodologias para que o objetivo do
ensino aprendizagem seja alcançado. Assim a recuperação será feita após a
retomada de conteúdos que não foram apropriados pelos alunos. Mesmo que os
alunos tenham atingido a média, será feita retomada de conteúdos. Será
oportunizado ao aluno a recuperação de 100% do valor avaliado.
6.6 REFERÊNCIAS ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngue, grego-português. Trad. Antonio C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998. ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 2000. BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans). HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (col. Os Pensadores). KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Trad: Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de Lisboa, 1985. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad: Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2005. PLATÃO. República. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Trad: Lourdes Santos Machado. 4 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (Os Pensadores). BIRULÉS, Fina. Indícios y fragmentos: historia de la filosofia de las mujeres. In: MAGDA, Rosa Maria Rodrigues Magda (Ed.). Mujeres em la história del pensamento. Anthropos. Barcelona: 1997.
64
BOURDIEU, Pierre. Observações sobre a História das mulheres. In DUBY, Georges; PERROT, Michelle. As Mulheres e a História. Publicações. Dom Quixote. Lisboa: 1995. FERREIRA, Maria Luísa Ribeiro (orgª). Também há mulheres Filósofas. EditorialCaminho. Lisboa: 2001. HIERRO. Graciela. Ética e Feminismo. In: Textos universitários. Universidad Autónoma de México: México:1990. JOAQUIM, Teresa. A (im)possibilidade de ser filósofa. In.: FERREIRA, Maria Luísa Ribeiro (orgª). Também hámulheres Filósofas. EditorialCaminho. Lisboa: 2001. LOURO, Guacira, Lopes. (org) O Corpo Educado. Pedagogias da Sexualidade. 2º Edição. Autêntica: Belo Horizonte: 2000.
65
7 DISCIPLINA - FÍSICA
7.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Física surgiu da necessidade humana de resolver problemas práticos e
necessidades materiais ao longo do tempo, constituindo-se em visão de mundo
expressa num modelo real, sob a forma de conceitos e definições, que procuram
descrever e explicar seus objetos de estudo através de leis que sejam universais,
amparada em teorias, aceitas por uma comunidade científica mediante rigoroso
processo de validação.
Seu estudo contribui para a formação de uma cultura efetiva, permitindo ao
indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais,
redimensionando sua relação com a natureza em transformação.
Ela é uma área do conhecimento que permite desenvolver novas fontes de
energia e criar novos materiais, produtos e tecnologia.
7.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A Física sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos
naturais deve preconizar os objetivos gerais seguintes:
Fazer com que a atividade científica seja vista como uma atividade humana,
com acertos, virtudes, falhas e limitações;
Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que
possibilite a formação crítica do educando, valorizando desde a abordagem de
conteúdos específicos até suas implicações históricas;
Compreender as etapas do método científico e estabelecer um diálogo com
temas do cotidiano que se articulam com outras áreas do conhecimento;
Demonstrar alguns fenômenos do senso comum do educando e fortalecer os
conceitos científicos na sua experiência de vida;
Apresentar sempre que possível os fenômenos físicos de modo prático e
vivencial, privilegiando a interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência,
a fim de que o ensino possa ser articulado e dinâmico;
Tornar o aluno capaz de desenvolver suas próprias potencialidades para
exercer seu papel na sociedade.
66
7.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA
Fundamentado-se na história da Física e entendendo que o Ensino Médio
deve estar voltado à formação de sujeitos que tenham sua cultura pautada numa
visão de natureza, de produções e das relações humanas, aprofundando as
relações interdisciplinares com uma abordagem relacionada aos avanços da Física
nos últimos anos e suas perspectivas é que foram escolhidos como conteúdos
estruturantes: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo, que deverão ser
desdobrados em conteúdos específicos de forma que se tornem o mais abrangente
possível.
7.3.1 Conteúdos
1ª série do Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Movimento
Momentum e Inércia
Conservação de
quantidade de movimento
momentum)
Cinemática Escalar
Conceitos:
Ponto material e corpo extenso;
Repouso, movimento e
referencial;
Trajetória;
Posição Escalar;
Deslocamento e caminho
percorrido.
Movimento retilíneo
uniforme:
Velocidade escalar e
instantânea;
Gráficos;
Função horária;
Movimento retilíneo
uniformemente variado:
Acel
67
Movimento
Variação da quantidade
de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e
condições de equilíbrio
Gravitação
eração escalar e
instantânea;
Funç
ões horária da
posição e da
velocidade;
Equ
ação de Torricelli;
Gráfi
cos.
Queda livre;
Cinemática vetorial:
Estudo dos vetores;
Velocidade média e
instantânea;
Composição de movimentos
Dinâmica:
Força;
Equilíbrio;
Leis de Newton:
Massa e peso;
Deformação elástica;
Aplicações;
Gravitação Universal:
Leis de Kepler;
Lei da Gravitação Universal;
Aceleração da gravidade;
68
Energia e o Princípio da
Conservação da energia
Energia:
Trabalho de uma força;
Potência;
Rendimento;
Tipos de Energia:
Cinética;
Potencial;
Mecânica;
Princípio de conservação da
energia;
Conservação da quantidade de
movimento;
Impulso de uma força;
Quantidade de movimento;
Princípio da conservação da
quantidade de movimento.
Densidade absoluta de um
corpo
Pressão de uma coluna de
líquido
Pressão atmosférica
Teorema de Stevin
Experiência de Torricelli;
Princípio de Pascal;
2ª Série do Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
69
Termodinâmica
Termodinâmica
Leis da Termodinâmica
Lei zero da
Termodinâmica
1ª Lei da
Termodinâmica
2ª Lei da
Termodinâmica
Termometria
Temperatura e calor;
Termômetros;
Escalas termométricas;
Equação termométrica;
Relação entre as escalas;
Dilatação térmica:
Linear;
Superficial;
Volumétrica;
Calorimetria
Calor sensível e calor
latente;
Calor específico;
Capacidade térmica de um
corpo;
Equação fundamental da
calorimetria;
Princípio da igualdade das
trocas de calor;
Mudanças de fase;
Curvas de aquecimento e
resfriamento;
Transmissão de calor;
Estudo dos gases:
Transformações gasosas;
Leis dos gases;
Primeira lei da
termodinâmica;
70
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo
A natureza da luz e
suas propriedades
Trabalho e energia interna;
Segunda lei da
termodinâmica;
Máquina térmica
Ciclo de Carnot
Óptica Geométrica:
Conceitos
Velocidade da luz
Princípios
Câmara Escura
Reflexão da luz:
Difusão da luz
Leis da reflexão
Espelho plano
Associação
Formação de imagens
Espmelhos esféricos:
Classificação;
Formação de
imagens;
Refração:
Índices: absoluto e
relativo;
Leis;
Ângulo limite;
Dióptro plano;
Lentes esféricas;
Ondas:
Introdução;
Classificação;
71
Velocidade de
propagação;
Ondas periódicas;
Reflexão de um pulso;
Ondas estacionárias.
Acústica:
Ondas sonoras;
Fenômenos sonoros;
Efeito Doppler.
3ª Série do Ensino Médio
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica,
campo e ondas
eletromagnéticas
Eletrostática:
Fenômenos elétricos;
Força elétrica;
Campo elétrico;
Trabalho e potencial
elétrico;
Capacidade de um
condutor;
Capacitores.
Eletrodinâmica:
Corrente elétrica;
Estudo dos resistores;
Associação de
resistores;
Medidores elétricos;
72
Eletromagnetismo
Força
eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei
de Gauss para
eletrostática/Lei de
Coulomb, Lei de Ampère,
Lei de Gauss magnética,
Lei de Faraday
Geradores e receptores;
Circuitos elétricos .
Eletromagnetismo:
Introdução;
Fenômenos e
substâncias magnéticas;
Campo magnético;
Indução magnética;
Experiência de Oersted;
Campo magnético
gerado por: um condutor
retilíneo, uma espira
circular ou um solenóide;
Força magnética sobre
cargas elétricas ou sobre
um condutor retilíneo.
Relatividade;
Radioatividade, fissão e
fusão nuclear.
7.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para atingir os objetivos gerais da disciplina, bem como os objetivos
específicos dos conteúdos e da educação do campo, considerando-se ainda caráter
experimental, científico, social e tecnológico da disciplina, as diversidades
apresentadas pelos educandos e as propostas contempladas, durante o ano letivo,
serão utilizadas as seguintes metodologias:
Uso de aulas práticas, associando o conteúdo a situações cotidianas mais
próximas da realidade dos sujeitos do campo, para facilitar a compreensão e
apropriação dos conceitos em estudo;
Proposicão de atividades que possibilitem ao aluno desenvolver sua
capacidade de criar estratégias para resolver diversas situações-problema, observar
73
e apropriar-se das riquezas que o campo brasileiro oferece à ampliação dos
conhecimentos escolares;
Utilização de diálogos para verificar o conhecimento preliminar do aluno
sobre o conteúdo a ser estudado e para uma melhor elaboração e compreensão do
conhecimento científico;
Promoção de discussões relativas ao aproveitamento do conhecimento
científico em prol do desenvolvimento do ser humano e sua qualidade de vida;
Leitura de textos que abordem a evolução histórica dos assuntos e de textos
científicos:
Apresentação de vídeos para introdução e revisão de temas;
Desenvolvimento nos alunos da capacidade de construir equipamentos
mediante a aplicação prática dos conhecimentos teóricos apreendidos;
Trabalho com Softwares específicos sempre que possível;
Promoção de discussões a respeito do aproveitamento de formas alternativas
de energia e as consequências ambientais sobre a natureza;
Exploração de trabalhos de pesquisas realizadas pelos alunos;
Utilização (na medida do possível), de materiais de laboratório para analisar
uma situação-problema e identificar os fenômenos a ele relacionados;
Aulas expositivas, com retomada de conceitos e teorias historicamente
construídas, relacionando-as com a atualidade.
No decorrer das atividades serão trabalhados os Programas
Socioeducacionais:
Na 1ª série:
Através de aulas expositivas fazer com que os alunos conheçam os
diferentes usos de energia, estabelecendo uma relação entre produção de
energia e consequências como a poluição
Por meio de textos referentes a geração de energia conceituar o
significado de uso de energia racional.
Promover seminários e debates a fim do reconhecimento de que os
recursos naturais estão disponíveis para todo ser humano, independente de sua
cor, religião ou sexo.
Na 2ª série:
Através de aulas expositivas diferenciar o funcionamento de maquinas
74
térmicas que usam como combustível gasolina, eletricidade, biomassa, diesel,
água, etc;
Nas aulas práticas de laboratório tomar consciência das vantagens e
desvantagens do uso de maquinas térmicas ( Educação Ambiental);
Através de Leituras de textos referentes ao aquecimento global reconhecer a
variação de temperatura do planeta, avaliando suas causas e consequências;
Discutir o uso desordenado dos recursos naturais;
Por meio de debates e seminários compreender que ser educado é conservar
o planeta e que a natureza está sujeita às ações de todo ser humano,
independente de sua cor, religião ou sexo.
Na 3ª série:
Através de aulas expositivas buscar a compreensão que o uso de
motores, obriga a geração de energia ;
Promover debates diferenciando os vários meios de produção de energia
avaliando as vantagens e desvantagens na sociedade como um todo;
Através de textos analisar o impacto ambiental provocado pela geração
de energia;
Usando a arguição oral verificar as diferenças entre as fontes de
energia, valorizando as que menos causam impactos ambientais;
Organizar seminários para reconhecer que todo ser humano é uma
parte de nossa sociedade, realizando ações que podem beneficiar ou prejudicar
a conservação do planeta.
Além dos itens acima descritos para serem trabalhados nas três séries do
Ensino Médio, sempre que possível, serão tratados ainda assuntos relevantes
relacionados à Educação Trbutária e Fiscal (Decreto no. 1143/99 – Portaria no.
413/02), História da Cultura Afro-Brasileira ( Lei no. 10639/03) e Cultura Indígena (
Lei no. 11645/08) e Direito da Criança e do Adolescente ( Lei no. 11525/07),
Enfrentamento à violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas,
Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.
7.5 AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser somatória e contínua, levando-se em conta os
pressupostos teóricos-metodólogicos da disciplina, deverá também ser diversificada
75
para contemplar as diferentes habilidades apresentadas pelos educandos.
No caso da relação entre o conhecimento empírico do aluno e o científico
não ocorrerem de uma forma satisfatória, então o conteúdo será retomado buscando
que o educando obtenha o conhecimento necessário fazendo uso de novas
avaliações (recuperação concomitante), possibilitando melhor rendimento.
O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o
conhecimento empírico e o conhecimento cientifico, mostrando habilidades em ler e
interpretar textos, fazendo uso de representações físicas como tabelas, gráficos,
equações, sistemas de unidades, etc. Para tanto, entre outros instrumentos que
possam se tornar pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem, serão
utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:
- Avaliação escrita;
- Trabalhos individuais e em grupo;
- Experiências;
- Pesquisas bibliográficas;
- Testes orais e escritos;
- Criatividade observada nos trabalhos;
- Produção nas aulas práticas;
- Na utilização de recursos tecnológicos como instrumentos de produção de
comunicação;
- Nas atividades desenvolvidas em classe e extra-classe;
- Nas atitudes diante dos conhecimentos adquiridos.
Critérios de avaliação
Durante o desenvolvimento dos conteúdos da 1ª série espera-se que o aluno
seja capaz de:
Compreender quantidade de movimento como uma propriedade física de
um corpo, e a massa inercial uma grandeza que expressa a propriedade física de
resistência à mudança de estado de movimento, ou de outra forma, à aceleração.
Interpretar movimentos em situações cotidianas através do
conhecimento das leis de Newton, em que a relação entre força e aceleração é de
causa e efeito.
Identificar os pares de forças de ação e reação como resultado da
interação entre objetos, na interpretação de movimentos reais em situações
cotidianas.
76
Entender que força é uma interação entre corpos capaz de alterar sua
quantidade de movimento, ou seja, uma ação que produz aceleração em relação a
um referencial inercial.
Relacionar as grandezas físicas que envolvem o conceito de força, suas
unidades e a capacidade de efetuar cálculos.
Conceber o peso de um corpo como força de atração gravitacional que
depende da localização desse corpo, mas, que essa força não é propriedade do
corpo.
Compreender a Lei da Gravitação, entendendo-a como uma síntese
clássica que unifica os fenômenos celestes e terrestres, associando-as com as Leis
de Kepler.
Entender a energia como uma entidade física que pode se manifestar de
diversas formas, e que está relacionada à capacidade de realizar trabalho: da
mesma forma entendendo que ela é o resultado do trabalho.
Ao desenvolver os conteúdos na 2ª série espera-se que o aluno possa:
Aprender o quadro teórico da termodinâmica composto por leis e
conceitos fundamentais (temperatura, calor e entropia), diferenciando,
conceitualmente, calor e temperatura.
Entender o calor como energia transferida entre sistemas onde os corpos
encontram-se a temperaturas diferentes.
Compreender o equilibrio térmico como resultado de um processo
irreversível que ocorre espontaneamente do corpo de maior temperatura para o de
menor e nunca o contrário.
Perceber a primeira lei da termodinâmica como o Princípio da
Conservação da Energia e associe a degradação da energia à Segunda Lei da
Termodinâmica.
Estabelecer que a variação da energia interna de um objeto pode ocorrer
através da realização de trabalho ou pela troca de calor.
Diferenciar calor específico e calor latente, utilizando estes
conhecimentos em situações reais, por exmplo no aquecimento e vaporização da
água além dos processos de transferência de calor em tecidos humanos, por
exemplo, o suor.
Compreender a equivalência entre o aumento de desordem nos
77
processos espontâneos e a impossibilidade de transformar integralmente calor em
trabalho em operações cíclicas e, também que essa impossibilidade limita o
rendimento das máquinas térmicas.
Reconhecer os diferentes processos térmicos (por exemplo, a convecção
e a condução térmica) presentes nos cíclos atmosféricos (por exemplo, a
evaporação e a condensação).
Identificar, qualitativamente, condutores térmicos a partir de suas
propriedades como a condutividade e o coeficiente de dilatação térmica,
relacionando este conhecimento em função das aplicações em construções,
equipamentos e utensílios domésticos entre outros.
Reconhecer os limites de validade para cada situação, por exemplo, a
necessidade deuma Teoria Cinética dos Gases para o entendimento das máquinas
térmicas durante o desenvolvimento das leis da termodinâmica.
Entender a onda como uma perturbação no tempo e no espaço que
transporta energia sem transportar matéria.
Diferenciar a natureza mecânica ou eletromagnética das ondas,
relacionando com os fenômenos ondulatórios como, por exemplo, a luz e o som.
Compreender e explorar os fenômenos de refração, difração e
interferência, demonstrando conhecer as características ondulatórias das grandezas
físicas como comprimento de onda, velocidade, período, frequencia e amplitude,
bem como suas unidades de medida.
Compreender a luz como radiação eletromagnética localizada dentro de
uma pequena faixa do espectro eletromagnético, relacionando os comprimentos de
ondas às cores deste espectro.
Compreender a luz como pacotes de ondas (energia quantizada) que
pode interagir com a matéria apresentando alguns comportamentos típicos de
partículas e outros, de ondas; ou seja, o entendimento da luz a partir do
comportamento dual onda-partícula.
Compreender os fenômenos de difração, interferência e polarização
como evidências do caráter ondulatório da luz, e o efeito fotoelétrico como típico
comportamento corpuscular da luz.
Utilizar o conhecimento de fenômenos luminosos como refração,
reflexão, dispersão, absorção e espalhamento para explicar a formação do arco-iris
78
e a cor do céu dentre outros fenômenos naturais.
Ao desenvolver os conteúdos da 3ª série o aluno deverá:
Compreender os modelos concebidos para o átomo como uma
possibilidade de interpretação da matéria, tendo em vista a ciência como um
processo histórico e em construção e, os modelos, uma tentativa humana de
representação e entendimento da realidade em diferentes momentos históricos; e
concebendo o átomo como divisível e não como o constituinte elementar da matéria.
Compreender a estrutura da matéria em termos de partículas
elementares, identificando o que e quais são estas partículas e classificando-as
segundo seus atributos físicos.
Compreender ideias, definições, leis e conceitos que fundamentam a
teoria eletromagnética, concebendo a carga elétrica como um conceito central e as
leis de Maxwell como um conjunto teórico que possibilita explicar os fenômenos
eletromagnéticos.
Reconhecer a inseparabilidade entre carga e campo, entendendo o
conceito de campo como uma entidade física mediadora da interação entre as
cargas, e que a carga tanto cria como sente o campo de outra carga.
Compreender que o campo elétrico gerado por uma carga modifica as
propriedades elétricas do espaço em torno da carga.
Compreender o modelo teórico da corrente elétrica a partir da ação do
campo sobre as cargas, relacionando-a com a quantização da carga e as
propriedades elétricas dos materiais, como a condutividade e a resistividade elétrica.
Compreender que as interações eletromagnéticas contribuem para a
coesão dos sólidos e interferem nas propriedades dos gases e dos líquidos como a
viscosidade e a tensão superficial.
Compreender que as ondas eletromagnéticas podem ser geradas, por
exemplo, por um campo elétrico variável, e que este é devido à oscilação de cargas
elétricas.
Diferenciar o campo elétrico do magnético, percebendo a inexistência de
cargas ou monopolos magnéticos e a origem da força de Lorentz, ou seja, uma força
resultante da soma vetorial da força elétrica e magnética que atuam sobre uma
carga em movimento.
Explicar os circuitos elétricos a partir do corpo de conhecimento do
79
eletromagnetismo sobre fontes, condutores, indutores etc., identificando os
elementos constituintes do circuito.
A recuperação de estudos consiste no esforço de retomar, de voltar o
conteúdo, de modificar encaminhamentos metodológicos e instrumentos de
avaliação para assegurar a possibildade de aprendizagem. Assim sendo, a
recuperação de conteúdos deverá ser concomitante e aplicada logo após a utilização
de qualquer instrumento de avaliação. Por sua vez, a recuperação de notas é
simples decorrência da recuperação de conteúdos e será realizada em momentos
oportunos, contemplando os conteúdos trabalhados e revisados no bimestre. Será
possibilitado ao aluno a recuperação de notas correspondente a 100% das
avaliações.
7.6 REFERÊNCIAS
ANJOS, I. G. dos. Física. Coleção Horizontes. Volume único. Ibep. São Paulo.
BONJORNO, R. A. Física Completa: volume único. São Paulo: FTD, 2001.
BUENO, P. Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática. 2005. FILHO GONÇALVES, Aurélio e TOSCANO, Carlos. Física: Volume único. São Paulo: Scipione, 2008. Física/vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006. LUZ, A. M. R. de. Física: Volume único. São Paulo: Scipione, 2003 (Coleção de olho no mundo do trabalho). PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Física . Curitiba: SEED/ DEF, 2008.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar. Curitiba. 2004. SAMPAIO, J. L. Física: Ensino Médio Atual. Volume único. São Paulo: Atual, 2003. SILVA, D. N. Física - Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2003.
80
8 DISCIPLINA: GEOGRAFIA
8.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
As diretrizes curriculares da disciplina da geografia adotaram para objeto de
estudo, o espaço geográfico, que é composto pelo lugar, paisagem, região, território,
natureza, sociedade, entre outros. O espaço geográfico é produzido e apropriado
pela sociedade, composto por objetos e ações inter-relacionadas. Cabe à geografia
preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, e à escola
subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que estes
sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Ao
professor cabe a postura investigativa e de pesquisa evitando visão receptiva e
reprodutiva do mundo, fornecendo aos alunos conhecimentos específicos da
geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço,
considerando as diversas temáticas geográficas.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do
mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos
da vida social. O papel do processo produtivo na construção do espaço deve
possibilitar a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas,
para que reflita sobre as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e
culturais, materializadas no espaço geográfico.
Considerando que os alunos são agentes da construção do espaço, por isso
é também papel da Geografia subsidiá-los para interferir conscientemente na
realidade. A Geopolítica deve possibilitar ao aluno a compreensão do espaço que ele
está inserido, a partir do entendimento da constituição e das relações estabelecidas
entre os territórios institucionais e aqueles territórios que a eles se sobrepõem como
campos de forças sociais e políticas. É necessário que os alunos compreendam as
relações de poder que os envolvem e determinam.
Reconhecido fundamental para os estudos geográficos no atual período
histórico, atinge outros campos de conhecimento e assim remete à necessidade de
espacializá-los e especificar o olhar geográfico para o mesmo. A concepção de meio
ambiente não pode excluir a sociedade, e sim compreender que sociedade,
economia, política e cultura fazem parte de processos relativos à problemática
ambiental contemporânea, sendo componente e sujeito dessa problemática.
81
É essencial compreender a gênese da dinâmica da natureza, quanto sua
transformação em função da ação humana e sua participação na constituição física
do espaço geográfico. Não se trata apenas das questões da natureza, mas ambiente
pelos aspectos sociais e econômicos passam a ser também questões da pobreza,
da fome, do preconceito e das diferenças culturais. Permite a análise do Espaço
Geográfico, sob a ótica das relações sociais e culturais, bem como da constituição,
distribuição e mobilidade demográfica.
As manifestações culturais perpassam gerações, criam objetos geográficos
e são partes do espaço, registros importantes para a Geografia. Deve contribuir para
a compreensão desse momento de intensa circulação de informações, mercadorias,
dinheiro, pessoas e modos de vida. Preocupar-se com estudos da constituição
demográfica das diferentes sociedades, com as migrações que imprimem novas
marcas nos territórios e produzem novas territorialidade e com as relações político-
econômicas que influenciam essa dinâmica.
8.2 OBJETIVOS GERAIS
Ler e interpretar criticamente o espaço;
Compreender o estudo do processo histórico na formação das sociedades
humanas;
Entender o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar e do
território a partir do espaço geográfico;
Perceber as relações econômicas, políticas e sociais que envolvem o mundo
globalizado;
Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço atual
os processos históricos, construídos em diferentes tempos, os processos
contemporâneos, conjuntos de práticas dos diferentes agentes, que resultam em
profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço;
Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia;
Aplicar todos os conhecimentos obtidos na disciplina de Geografia aos
conhecimentos ligados à educação do campo, haja visto, que o colégio se encontra
no distrito de Palmeirinha e que boa parte dos alunos residem na área rural do
município, sendo filhos de trabalhadores do campo, como pequenos proprietários de
terras, arrendatários, empregados de fazendas ou boia frias.
82
8.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo/ensino da Geografia para a educação básica é o espaço
geográfico. Para organização desse objeto de estudo foram organizados os
conteúdos estruturantes, que são os saberes e conhecimentos que identificam e
organizam os campos de estudos da Geografia. Os conteúdos estruturantes se
relacionam entre si e nunca se separam. A partir desses conteúdos surgem os
conteúdos específicos. Os Conteúdos Estruturantes são:
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão econômica do espaço geográfico: enfatizar a apropriação do meio
natural pelo homem, criando uma rede de transferência e circulação de mercadorias,
pessoas, informações e capitais é o enfoque a ser dado para os alunos do Ensino
Fundamental. Considerando que esses alunos são agentes da construção do
espaço. Para o Ensino Médio, o enfoque dos conteúdos estruturantes pode ser
considerado como análise para entender como se constituir o espaço geográfico,
possibilitando a compreensão sócio-histórica das relações de produção capitalistas,
para refletir sobre as questões ambientais.
Dimensão política do espaço geográfico: os conteúdos estruturantes na área
da Dimensão política do espaço geográfico têm como proposta a reflexão dos fatos
históricos, para que os alunos ampliem sua compreensão a respeito do mundo real,
em âmbito local, regional e global. Para o Ensino Médio este conteúdo estruturante
deve ter abordagem mais profunda, visto que o aluno teve noções no Ensino
Fundamental. O Trabalho pedagógico deve abordar o local e o global, levando em
consideração a interpretação histórica das relações geopolíticas em estudo.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico: a Dimensão socioambiental
não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à interdependência das
relações entre sociedade, aspectos econômicos, sociais, culturais, etc.
Compreendendo a dinâmica da natureza e as alterações causadas pelo homem.
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico: a análise do espaço
geográfico acontece a partir desse conteúdo estruturante. Os estudos da formação
demográfica das diferentes sociedades e dos aspectos culturais contribuem para
83
compreender a intensa circulação de informações, mercadorias, dinheiro, pessoas e
modos de vida. Deve acontecer a abordagem dos conteúdos envolvendo a temática
de história e cultura afro-brasileira e africana nas diferentes séries do Ensino
Fundamental e Médio, em qualquer conteúdo estruturante, de acordo com a Lei
10.639/03.
8.3.1 Conteúdos por série
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ano
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- A formação, localização e exploração dos recursos naturais;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais na
diversidade cultural;
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ano
Conteúdos Estruturantes: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço,
Geopolítica, Dimensão Socioambiental, Dinâmica Cultural e Demográfica.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
84
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- Movimentos migratórios e suas motivações;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico;
- A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.
8º ano
Conteúdos Estruturantes: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço,
Geopolítica, Dimensão Socioambiental, Dinâmica Cultural e Demográfica.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
- O comércio em suas implicações espaciais;
- A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das
informações;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9º ano
Conteúdos Estruturantes: Dimensão Econômica da Produção do/no espaço,
Geopolítica, Dimensão Socioambiental, Dinâmica Cultural e Demográfica.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
85
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação das paisagens e a
(re)organização do espaço geográfico;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
ENSINO MÉDIO
Dimensão Econômica da Produção do/no espaço
Geopolítica
Dimensão Socioambiental,
Dinâmica Cultural e Demográfica.
- A formação e transformação das paisagens;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico;
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial;
- A circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das
informações;
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização recente;
86
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- O comércio e as implicações socioespaciais;
- As diversas regionalizações no espaço geográfico;
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
8.4 METODOLOGIA
De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino da Geografia, os
conteúdos estruturantes devem ser abordados de forma crítica e dinâmica de
maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligados em coerência com
os fundamentos teóricos e metodológicos.
Para o desenvolvimento do trabalho pedagógico de Geografia, torna-se
necessário compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as
relações sócio espaciais nas diferentes escalas (local, regional e global, dando
ênfase ao local, considerando ativamente o ensino voltado à Educação do Campo.
Esses conteúdos devem ser aplicados para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico da disciplina para compreensão nas diferentes escalas geográficas.
No processo de construção do conhecimento e análise das categorias serão
realizadas problematizações, análise de textos e imagens, mapas, músicas,
manifestos, vídeos, documentários, trabalhos de campo (sempre que possível),
entre outros. Ainda poderão ser utilizados análise e interpretação de tabelas e
gráficos, produção de esquemas, quadros comparativos, painéis, cartazes,
levantamento de informações e pesquisas em diversas fontes, como recursos para
confirmação da ação pedagógica.
Os conteúdos específicos poderão ser desenvolvidos, de um lado,
considerando os enfoques da Dimensão Socioambiental, a Dinâmica Cultural e
Demográfica, Dimensão Econômica da Produção do/no espaço e a Geopolítica. Por
outro lado, é importante destacar a aula de campo como prática metodológica e a
cartografia como recurso didático que assume abordagem diferenciada e
concordante com a perspectiva teórica e metodológica assumida pelo professor.
87
8.5 AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo pedagógico e para tanto deve acompanhar
a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor. É fundamental que a
avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou de um conceito. É necessário
que seja contínua e que priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, além
de diagnosticar falhas no processo de ensino-aprendizagem para que a intervenção
pedagógica aconteça.
A avaliação deverá ser realizada por meio de diversos recursos e
instrumentos visando à contemplação das diversas formas de expressão do aluno
como: a leitura e interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas, mapas;
produção de maquetes, murais, desenhos, textos; pesquisas em diversas fontes,
apresentação de seminários, relatórios de aulas de campo e outras atividades, além
da participação e avaliação formal oral e escrita. Os instrumentos serão
selecionados de acordo com cada conteúdo.
Objetivo de ensino, sempre valorizando a construção de conceitos de
entendimento sócio espacial.
Acreditamos que através de todos esses instrumentos de avaliações
atenderemos uma diversidade de aprendizados, oportunizando a construção do
conhecimento visando desenvolver o aluno de forma ampla contribuindo assim para
a sua formação social, crítica, participativa e responsável.
Durante o processo avaliativo, se detectada alguma deficiência na
aprendizagem deverá ser oportunizado ao aluno a recuperação, sempre que este
demonstrar necessidade por não ter compreendido e/ou assimilado os conteúdos
estudados, retomando inclusive avaliações e notas.
8.5.1 Critérios de avaliação
A partir de que o aluno, de acordo com cada etapa e série:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ano
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens
geográficas;
Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e
88
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas;
Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica;
Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões
econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades
produtivas;
Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade;
Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na
organização espacial;
Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado
de fatores históricos, naturais e econômicos;
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais;
Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico;
Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de
energia.
7º ano
Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes
formas de regionalização do espaço geográfico;
Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do
território;
Entenda características gerais do nosso país;
Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos
diferentes povos;
Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no
território;
Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro;
Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo;
Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a
preservação dos recursos naturais;
Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da
natureza e trouxe consequências ambientais;
Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos;
Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização
brasileira;
89
Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em
consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a
dinâmica populacional e a diversidade cultural.
8º ano
Identifique a configuração sócio espacial dos continentes e especialmente da
América por meio da leitura de mapas, gráficos, imagens e tabelas;
Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial e do continente
americano em diversos critérios adotados;
Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras dos
países;
Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades
produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais;
Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das
paisagens mundiais;
Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influência
política e econômica na regionalização do continente americano;
Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação
das mercadorias, pessoas e informações na economia regional e global;
Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos
naturais para a sociedade contemporânea;
Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas
implicações sócio espaciais;
Compreenda os fatores que influenciam na modalidade da população e sua
distribuição espacial;
Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos
americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos;
Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e
nas questões ambientais;
Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização;
Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua
relação com a apropriação dos recursos naturais;
Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no
continente americano.
9º ano
90
Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza,
sociedades, região;
Identifique a configuração sócio espacial mundial por meio da leitura dos
mapas, gráficos, das tabelas e imagens;
Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência
política e econômica na regionalização mundial;
Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações
sociais, econômicas e políticas;
Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização;
Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e
política global, mas também apresentam particularidades;
Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a
desigual distribuição de renda;
Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no
espaço geográfico;
Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas
demográficas adotadas nos diferentes espaços;
Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais;
Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas;
Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego
de tecnologias de exploração e produção;
Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e
política global, mas também apresentam particularidades;
Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças
demográficas geradas no processo de industrialização;
Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades
produtivas.
ENSINO MÉDIO
1º ano:
Compreenda importância da geografia enquanto ciência e no uso cotidiano;
Aproprie-se dos conceitos de território e territorialidade;
Compreenda algumas informações matemáticas sobre o nosso planeta,
seus movimentos e suas conseqüências;
Aprenda a se localizar no espaço;
91
Compreenda a estrutura interna da Terra;
Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das
atividades produtivas, nos deslocamentos e na distribuição da população;
Compreenda a importância da Revolução Técnico Científica informacional e
sua relação com espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de
consumo;
Entenda a importância das redes de comunicação, de transportes e de
informações na formação dos espaços mundiais;
Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos
fatos de deslocamentos populacionais.
2º ano:
Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais;
Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países;
Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos
fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais;
Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na
configuração do espaço mundial;
Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na
formação dos espaços mundiais;
Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão de obra,
capital e das informações na organização do espaço mundial;
Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos
rurais e urbanos;
Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas;
Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de
segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco;
Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações sócio
ambientais.
3º ano:
Analise a formação dos territórios supranacionais decorrentes das relações
econômicas e de poder na nova ordem mundial;
Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das
relações de poder na configuração das fronteiras e dos territórios;
92
Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão de obra,
capital e das informações na organização do espaço mundial;
Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica e
da OMC para o comércio mundial;
Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão de obra,
capital e das informações na organização do espaço mundial;
Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e uso de fontes
de energia na sociedade industrializada;
Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e
uso dos recursos naturais.
8.6 REFERÊNCIAS
ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
BARBOSA, J. L. A. Geografia na sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
BOLIGIAN, Levon. - Geografia – Espaço e vivência, vol. 1,2,3? levon Boligian, Andressa Turcatel Alves Boligian – São Paulo: Saraiva, 2010.
CHRISTOFOLETTI, A. (Org.). Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel,1992.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1986.
MENDONÇA, F. Geografia sócioambiental. In: Revista Terra livre, nº 16. AGB Nacional, 2001, p. 113.
MORAES, A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.
_______ Geografia Crítica – A Valorização do Espaço. São Paulo: Hucitec, 1984.
_______ Ideologias Geográficas. São Paulo: Hucitec, 1991.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Ensino de Geografia. Curitiba: SEED/DEM, 2006
PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis. Editora UFSC, 1989. SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
_______ Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
93
9 DISCIPLINA: HISTÓRIA
9.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Importância da Disciplina: História é o conhecimento da sociedade através
dos tempos. É uma constante tentativa de interpretação do homem e seu destino. A
história é uma narração dos fatos ocorridos na vida dos povos, na vida da
humanidade em geral, por exemplo: a história do Brasil e a história Universal. É um
conjunto de conhecimentos adquiridos através da tradição oral e/ou por meio de
documentos relativos ao passado da humanidade, à sua evolução.
De acordo com Alves (2009, p.20), “a História é uma forma de estar na vida,
na sociedade, no exercício da cidadania. A sua utilidade vê-se na falta que faz
àqueles que não entenderam que até o útil tem que ser belo e a beleza do presente
tem os parâmetros da compreensão do passado”.
Segundo Mattoso (1999, p.14-17 apud ALVES, 2009, p. 20-21):
É a História que nos habitua a descobrir a relatividade das coisas, das ideias, das crenças e das doutrinas, e a detectar por que razão, sob aparências diferentes, se voltam a repetir situações análogas, se reproduz a busca de soluções parecidas ou se verificam evoluções paralelas. O historiador está sempre a descobrir no passado longínquo e recente o mesmo e o outro, a identidade e a variância, a repetição e a inovação [...].
9.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA DA DISCIPLINA
Conforme Freitas (2010), em sentido etimológico, “fundamentos” são os
alicerces ou as bases de uma edificação, uma estrutura que a sustenta; por “teoria”
entende-se a ação de observar, examinar, estudar, investigar, bem como o resultado
dessa ação; “método” significa “o caminho” a percorrer, até chegar ao conhecimento
produzido sobre a Disciplina.
Assim, na presente Proposta, procura-se delimitar as bases de estudo para
atingir os objetivos propostos para o ensino-aprendizagem de História.
De acordo com as Diretrizes Curriculares, em história procura-se
desenvolver o trabalho pedagógico diferenciado do tradicional. O estudo histórico
era caracterizado pela linearidade. No qual a preocupação era com as datas, com a
cronologia, com os grandes fatos e heróis, com as causas e consequências dos
fatos históricos. Adotava-se uma visão unilateral e unitemporal, e o documento
94
escrito era considerado a rainha das fontes.
Assim, conforme as DCEs, atualmente o ensino de História desenvolve-se
de modo a demonstrar que não há verdades prontas e acabadas. O ensino é
objetivo, mas desenvolvido sem dogmatismo, ou seja, acreditando que o ser humano
é incapaz de atingir a verdade absoluta e indiscutível.
Analisando as diversas vertentes ou correntes históricas (Nova História,
Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa)1, procura-se também recusar um
ensino marcado pela ortodoxia, ou seja, acreditando que a história não é a “crença
correta” ou ortodoxa ("orthós" <retos> e "dóxa", <opinião>) (PARANÁ, 2008).
Aos poucos, e na medida do possível, procura-se não entronizar o livro
didático, relativizando sua importância, bem como levar os alunos a esquecer as
tradicionais divisões da História em quatro períodos (Antiga, Medieval, Moderna e
Contemporânea) e a divisão da História do Brasil (Período Colonial, Imperial e
Republicano).
Sobretudo, procura-se desenvolve um trabalho com base na Nova História
Cultural, pois, segundo as Diretrizes Curriculares:
A História, no Ensino Fundamental e Médio, pode se beneficiar dessa corrente historiográfica, porque ela valoriza a diversificação de documentos, como imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros, na construção do conhecimento histórico. Tal diversidade permite relações
interdisciplinares com outras áreas do conhecimento (PARANÁ, 2008, p. 52)
No Ensino Fundamental, sobretudo, é privilegiada a história local (Paraná e
Brasil), relacionando-as com a história mundial. De acordo com as Diretrizes,
considera-se a diversidade cultural e a memória paranaense, trabalhando-se em
consonância com a legislação abaixo relacionada:
- Lei n. 9.795/99 – sobre o Meio Ambiente;
- Decreto-Lei nº 1143/99 e Portaria 413/02 – sobre Educação Tributária e
Fiscal;
- Lei nº 13.381/01 – que preconiza a obrigatoriedade do ensino da História do 1 a)Nova História, que se contrapõe à racionalidade histórica linear, trazendo novas perspectivas teóricas e objetos, bem como novas temporalidades relacionadas às durações (curtas, médias e longas); b) Nova História Cultural, que valoriza ações e visões de mundo de pessoas simples, comuns, no seu contexto espaço-temporal; c) Nova Esquerda Inglesa que, superando a racionalidade histórica linear relacionada ao marxismo clássico, privilegia as ações dos sujeitos na construção dessas formações sócio-históricas.
95
Paraná;
- Lei nº 10.639/03 – que determina a obrigatoriedade da História e Cultura
afro-brasileira e africana;
- Lei nº 11525/07 – sobre Direito da Criança e do Adolescente;
- Lei nº 11.645/08 – que tornou obrigatória a História e Cultura Indígena.
Portanto, serão adotados vários recortes temporais, apresentando-se
conceitos diversificados de documento. Serão objeto de estudos variados, sujeitos (e
não apenas os “heróis”) e suas experiências, na perspectiva da diversidade.
No Ensino Médio, sobretudo, inicia-se o estudo com uma problematização
em relação ao passado, conduzindo o aluno a produzir e entender conceitos que o
levem a pensar historicamente. De acordo com Schmidt (apud KUENZER, 2002, p.
208), tem-se o seguinte conceito de problematizar:
Problematizar é construir uma problemática acerca do passado, a partir de um objeto de estudo, tendo como referência o cotidiano e a realidade presente daqueles que vivem a História, bem como as questões postas pelos historiadores. [...] O importante é adquirir o hábito de colocar questões a respeito do presente e do passado [...] É preciso ir além, levantando hipóteses acerca do conteúdo estudado, incitando o aluno a buscar um caminho para reconstruir o percurso do conhecimento sobre o passado e o presente.
Assim, a princípio, serão feitos questionamentos básicos, por exemplo: “por
quê seu pai trabalha?”, “como as pessoas podem exercem o poder?” Contudo, como
advertem as Diretrizes, o ensino de História requer muito mais do que questões
simples. É necessário fazer suposições, “levantar hipóteses acerca dos
acontecimentos do passado, recorrer às fontes históricas, preferencialmente partindo
do cotidiano do aluno e do professor” (PARANÁ, 2008, p. 72).
9.3 OBJETO DE ESTUDO DA DISCIPLINA
Cada ciência tem seu objeto de estudo. Esta é uma característica da
Ciência. A História, sendo uma ciência, possui também o seu objetivo de estudo. De
acordo com Marc Bloch, historiador francês que revolucionou o estudo histórico,
História é a “ciência do homem no tempo”, não apenas num passado engessado e
unidimensional dos "grandes feitos" ou dos “grandes heróis” (apud RIBEIRO, 2004).
Bloch considera como objeto da História “o estudo do homem, enquanto integrado
num grupo social". Para Lucien Febvre, não é apenas o ser humano, considerado
96
isoladamente: "não o homem, mais uma vez, não o homem, nunca o homem. As
sociedades humanas, os grupos organizados" (apud LE GOFF, 1990).
As Diretrizes também orientam nesse sentido:
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, sendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente. (PARANÁ, 2008, p. 46)
De igual modo, para Michelet e Fustel de Coulanges, “o objeto da história é,
por natureza, o homem. Digamos melhor: os homens” (apud RIBEIRO, 2004).
Portanto, a História tem como objeto as ações e as relações humanas no
tempo, a transformação temporal das sociedades. Assim, devem ser estudadas
essas relações, nos aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais.
9.4 IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DESTA DISCIPLINA COMO SABER E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO EDUCANDO
O estudo dos conteúdos da disciplina possibilitará ao educando um
aprendizado dos assuntos, seguindo uma lógica que a História apresenta com
infinidade de fatos identificados e encadeados. Eventualmente a cronologia se fará
presente dentro da linearidade ascendente, da pré-história aos nossos dias, e vice-
versa, norteando a divisão dos conteúdos nas séries que se seguem. O estudo dos
acontecimentos julgados relevantes deverá ser conduzido, considerando-se as
relações de poder, de trabalho e culturais. Daí porque julgar que estudar História é
importante, pois:
- Transforma o indivíduo num sujeito consciente de sua identidade e de seu
papel na sociedade;
- Exercita o poder de crítica e a disposição para promover transformações;
- Abre os olhos para os vários lados de um mesmo acontecimento,
derrubando verdades absolutas;
- Oferece explicações para questões do presente e do passado;
- Permite o conhecimento de outras culturas e organizações sociais,
desfazendo mitos e favorecendo a construção de interpretações individuais do
mundo;
97
- Desperta a consciência para a preservação do patrimônio sociocultural;
- Ensina competências úteis em outras áreas do conhecimento, como ler
textos científicos e jornalísticos, realizar debates e produzir documentos.
Enfim, como destaca Alves (2009, p. 21), o ensino da História contribui para
que o educando possa ser um cidadão:
É a História que nos fornece as origens, as genealogias, as ligações, as persistências. É ela que nos legitima as boas causas e denuncia as más experiências. É ela que permite um conhecimento mais realista e racional do presente pela compreensão das raízes do passado. Cercear o acesso a esse conhecimento é transformar humanos em autômatos, é transformar cidadãos em plebe.
9.5 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Segundo Paraná (2008, p. 47), “a finalidade da História é a busca da
superação das carências humanas fundamentadas por meio de um conhecimento
construído”.
As DCEs também afirmam que “a finalidade do ensino da História é a
formação do pensamento histórico dos alunos por meio da consciência histórica”
(PARANÁ, 2008, p. 63).
De acordo com Rüsen (1993, apud PARANÁ, 2008, p. 61), esta consciência
“se caracteriza pela percepção das experiências do passado e dos seres humanos,
investigado por historiadores ou por professores de história e seus alunos, e realiza-
se por interpretações no presente à luz de uma expectativa de futuro”.
Assim, embasado nas orientações das DCEs, o ensino de História tem como
seu objetivo primordial “contribuir para a formação da consciência histórica nos
alunos a partir de uma racionalidade histórica não-linear e multitemporal” (PARANÁ,
2008, p. 63). Ou seja, a formação desta consciência histórica será feita através de
múltiplas temporalidades e geralmente sem seguir um critério linear.
Complementando e atendendo também às determinações do Projeto
Político-Pedagógico do Colégio, o ensino-aprendizagem de História deverá:
- Criar oportunidades para o desenvolvimento da criatividade e da
capacidade de opinar;
- Estimular a interpretação do pensamento histórico, por meio da
compreensão e da apropriação deste conhecimento;
98
- Possibilitar a reflexão sobre a atuação do sujeito no grupo de convívio, nas
atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturais, valores e gerações
do passado e do futuro;
- Levar o aluno à assimilação de conceitos e análise crítica do processo
histórico envolvendo os conteúdos estruturantes, que são as relações de trabalho,
poder e cultura;
- Despertar o respeito às diversas etnias brasileiras e aos portadores de
necessidades especiais;
- Enfocar temas do cotidiano, tais como direitos da criança e do
adolescente, combate à violência na escola e as drogas, educação sexual,
educação tributária e fiscal;
- Conscientizar sobre a necessidade de preservação do meio ambiente;
- Analisar as noções de tempo e espaço articuladas aos conteúdos
estruturantes, possibilitando a delimitação e a contextualização dos temas a serem
problematizados.
9.6 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
De acordo com as orientações das Diretrizes Curriculares para o ensino de
História, nas turmas de Ensino Fundamental, os conteúdos enfatizam a história local
(Paraná e Brasil), relacionando e comparando com a história mundial.
Conforme as DCEs, “o estudo das histórias locais é uma opção
metodológica que enriquece e inova a relação de conteúdos a serem abordados”,
permite uma investigação da região e outras localidades. No decorrer das aulas será
contemplada a legislação vigente que se refere a História e Cultura Afro-brasileira e
Africana, Cultura indígena, História do Paraná, Educação Ambiental, Educação
Tributária e Fiscal, Direito da Criança e do Adolescente e os temas dos programas
socioeducacionais: prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade e
enfrentamento à violência.
Assim também será atendido um dos preceitos da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, constante no seu Art 26, § 4º, o qual preconiza que “o
ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas
e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena,
africana e europeia”.
99
Nas turmas de Ensino Médio, serão trabalhados temas históricos. A partir
dos conteúdos, procura-se resposta para um problema. De acordo com Podolan
(2012, p. 5), “para que o conhecimento histórico seja produzido é preciso que se
busque resposta para as problematizações propostas através do uso de
documentos”.
Desse modo, o ensino de história será trabalhado com diferentes fontes
históricas, sejam elas orais, visuais ou escritas. Exemplos: livro didático e outros,
revistas, filmes, músicas, palestras, relatos de memória, imagens, objetos materiais,
oralidade, história em quadrinhos, diversos documentos escritos etc, sempre
lembrando que a aprendizagem histórica “está articulada ao modo como a
experiência do passado é vivenciada e interpretada de maneira a fornecer uma
compreensão do presente e a construir projetos de futuro” (RÜSEN, 2006, p. 16,
apud PARANÁ, 2008, p. 57)
Segundo Benedetto Croce, "toda a história" é "história contemporânea", ou
seja, a história está dominada pelo presente. "Por mais afastados no tempo que
pareçam os acontecimentos de que trata, na realidade, a história liga-se às
necessidades e às situações presentes nas quais esses acontecimentos têm
ressonância" (1938, p. 5). Conforme Croce, quando os acontecimentos históricos
podem ser repensados constantemente, eles ultrapassam as barreiras do tempo, e a
história torna-se o "conhecimento do eterno presente" (GARDINER, 1952).
Para Marc Bloch, além de possibilitar compreender o "presente pelo
passado", a história também contribui para compreender o "passado pelo presente"
(1941, p. 44-50). Um “combatente pela história”. É inconcebível que o trabalho
histórico fique apenas na cronologia, pois a ordem adotada pelos historiadores não
precisa ser necessariamente a ordem dos acontecimentos.
Enfim, abandonando a ênfase na cronologia, será realizado um trabalho com
vestígios e fontes históricas diversos, que serão analisados pelos alunos. Com
fundamentação na historiografia, problematiza-se oralmente os conteúdos com os
alunos, os quais também deverão produzir narrativas históricas (biografias de
pessoas comuns, como os indígenas e os quilombolas, e não apenas de grandes
personalidades; sínteses do livro didático e/ou de outros; relatos de histórias locais,
lendas, e outras narrativas).
Dessa forma, abandona-se as tradições citadas por Ribeiro (2004):
100
No século XIX, a história era pensada, sobretudo, como narrativa. O que interessava eram os grandes fatos, os grandes heróis, a nação, uma história diplomática. Esta forma de fazer história estava ligada intimamente aos eventos políticos e às mudanças, que, trariam sempre algo de novo e melhor. Para aqueles historiadores, o presente era melhor que o passado, enquanto que o futuro seria sempre promissor – visão evolutiva e progressiva da história.
Conforme Mattozzi (2004, apud PODOLAN, 2012, p. 5), depois de escolher
a temática, o professor elabora uma narrativa através de três formas: narração,
descrição e argumentação, explicação e problematização.
A narração é uma reconstrução que representa o processo histórico relativo às mudanças e transformações por meio de acontecimentos que levem a um contexto inicial e a um final. A descrição representa as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos. A argumentação, explicação e problematização fazem com que a narrativa histórica seja a construção de uma resposta para a problemática. A explicação é à busca das causas e origens de determinadas ações e relações humanas, e a argumentação é a resposta à problemática, a qual é constituída pela narração e descrição.
9.7 AVALIAÇÃO
Conforme recomendam as Diretrizes, na avaliação deve ser evitado o
caráter classificatório, autoritário, como destaca Luckesi (2002, p.23):
[...] avaliação só faz sentido se favorecer a aprendizagem. Todavia, não se realiza aprendizagem qualitativa, sem avaliar. Quando se combate o tom classificatório, [...] pretende-se, no fundo, superar abusos da avaliação, no que estamos todos de acordo, mas não se poderia retirar daí que avaliação, de si, não é fenômeno classificatório. Será mister distinguir acuradamente entre abusos da classificação, de teor repressivo, humilhante e punitivo, e efeitos classificatórios implicados em qualquer processo avaliativo, também quando dito qualitativo.
Para superar um modelo excludente de escolarização e de sociedade,
privilegia-se a avaliação diagnóstica. Desta forma, a avaliação se dará de forma
diagnóstica, formativa e somativa.
Segundo Luckesi (2002, apud PARANÁ, 2008), com a avaliação diagnóstica,
o professor pode avaliar o estágio de desenvolvimento da aprendizagem e propor
atividades que possibilitem avanços. Através da avaliação formativa, faz uma
retomada dos objetivos pré-estabelecidos e constata quais já foram atingidos até o
momento. Ao final de um bimestre ou semestre, com a avaliação somativa, o
101
professor analisa os objetivos traçados inicialmente, em relação ao perfil dos alunos
e seus encaminhamentos metodológicos.
De acordo com a Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação,
Art.3º, “a Avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho
do aluno em diferentes situações de aprendizagem.” Isso será possível com a
utilização dessas várias formas avaliativas.
Para verificar a aprendizagem através da avaliação deverá ser considerado
o que é básico e fundamental, para que o aluno demonstre a elaboração da sua
compreensão do processo histórico através de prova escrita ou oral, atividades em
sala de aula e/ou de casa, pesquisas dirigidas ou em grupo, apresentação de
trabalho oral e escrito, relatórios, pesquisas, entrevistas, leitura e resumos de
textos, produção de textos (narrativas históricas, seminários, debates, júri simulado,
interpretação e análise de textos (narrativas historiográficas, documentos históricos),
figuras (mapas, imagens), etc.
Contando com diferentes materiais, o aluno verificará, confrontará
documentos de diferente naturezas e terá a possibilidade de expressar o
conhecimento adquirido, em diferentes momentos da aprendizagem e através de
instrumentos diversificados, demonstrando espírito de iniciativa.
Assim também estará sendo atendido um dos preceitos da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9.394/96, que, em seu Art. 36, II, preconiza
que o currículo (do Ensino Médio) “adotará metodologias de ensino e de avaliação
que estimulem a iniciativa dos estudantes”
Caso o aluno apresente rendimento inferior ao objetivo proposto, será
oportunizado uma retomada de conteúdos, na tentativa de que o mesmo possa
recuperar a meta proposta. Essa recuperação de estudos será para todos os alunos.
9.7.1 Critérios e instrumentos avaliativos
De acordo com LUCKESI (2002, p.81), “ a avaliação deverá ser assumida
como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se
encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que
possa avançar no seu processo de aprendizagem”. Seguindo essa linha de
pensamento, as DCEs da disciplina de história (2008, p. 79) acrescentam que “ o
aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno
102
compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise
crítica das práticas que podem ser retomadas e reorganizados pelo professor e pelo
aluno”.
Considerando que os Conteúdos Estruturantes da Disciplina de História
consistem em Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais, a
avaliação em geral gravitará em torno desses três eixos, de acordo com as referidas
Diretrizes, fazendo-se confronto entre documentos de diferentes naturezas.
Através de diferentes instrumentos de avaliação, de prova escrita ou oral,
atividades em sala de aula e/ou de casa, pesquisas dirigidas ou em grupo,
apresentação de trabalho oral e escrito, relatórios, pesquisas, entrevistas, leitura e
resumos de textos, produção de textos (narrativas históricas, seminários, debates,
júri simulado), interpretação e análise de textos (narrativas historiográficas,
documentos históricos), figuras (mapas, imagens) etc, procurar-se-á:
- Verificar como os alunos compreendem as relações de trabalho em
determinadas épocas passadas e no presente;
- Averiguar a compreensão dos alunos sobre as relações de poder
presentes nos diversos segmentos da sociedade;
- Constatar de que forma o aluno identifica e localiza os espaços decisórios
e os processos históricos que constituíram as relações de poder;
- Constatar se os alunos se reconhecem, e aos outros, como responsáveis
pela construção de uma cultura comum, levando em conta as diferenças de cada
comunidade e as relações entre elas.
Assim, além de aprender os conteúdos básicos da Disciplina, os alunos
deverão ser capazes de “investigar e apropriar-se de conceitos históricos” e
“compreender as relações da existência humana”, conforme preconizam as DCEs
(2008, p. 82).
Em especial, serão avaliadas as concepções dos alunos sobre a Cidade e o
Campo, averiguando-se a capacidade de cada um quanto a: memorização,
observação, descrição, análise crítica, formulação de hipóteses, etc. Quanto a esse
novo conteúdo curricular do Colégio Estadual do Campo de Palmeirinha, situado na
área rural.
Sobretudo, treinando a capacidade de análise e de crítica, o aluno deve não
apenas inteirar-se de sua realidade, mas também intervir nessa realidade,
103
modificando-a, tornando-se sujeito de sua própria história, e não um mero objeto, um
observador ou um ser passivo (PARANÁ, 2008).
Quanto aos critérios mais específicos de avaliação, pretende-se:
Ensino Fundamental
6.º Ano:
- Avaliar de modo processual as estruturas que inibem e ao mesmo tempo
possibilitam as manifestações culturais que as pessoas promovem, numa relação
com o outro instituída por um processo histórico;
- Perceber como os estudantes compreendem a experiência humana, os
sujeitos e suas relações com o outro no tempo, a cultura local e a cultura comum;
- Verificar a compreensão do aluno sobre o uso de documentos em sala de
aula, motivando reflexões sobre a relação passado/presente.
7.º Ano:
- Avaliar processualmente como foram historicamente construídos os
mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade;
- Perceber como os estudantes compreendem a constituição histórica do
mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade;
conflitos e resistências; e a produção cultural do campo e da cidade.
8.º Ano:
- Avaliar processualmente os mundos do trabalho instituídos por um
processo histórico;
- Perceber como os estudantes compreendem as relações do mundo do
trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo, as contradições de
classe no capitalismo, as lutas pelos direitos trabalhistas;
- Avaliar como os alunos entendem o significado do trabalho em diferentes
sociedades e épocas (feudalismo, industrialização, modernidade);
- Avaliar a compreensão discente acerca da relação saber/poder e aspectos
culturais como o entretenimento nas cortes e nas feiras, a indústria do lazer e da
arte, etc.
9.º Ano:
- Avaliar de modo processual as estruturas que inibem e ao mesmo tempo
possibilitam as ações políticas que as pessoas promovem em relação às lutas pela
participação no poder que foram instituídas por um processo histórico;
- Perceber como os discentes compreendem a formação estatal e das
104
outras instituições sociais, as guerras, revoluções e revoltas dos movimentos sociais,
políticos, culturais e religiosos.
Ensino Médio:
- Avaliar como os alunos compreendem as ações sociais, políticas e culturais
promovidas pelos sujeitos históricos, especialmente relacionadas ao trabalho, à
urbanização e à industrialização, ao Estado e às relações de poder, aos sujeitos, às
revoltas, às guerras e revoluções, aos movimentos sociais, políticos e culturais, à
cultura e à religiosidade.
9.7.2 Recuperação de estudos
Determina a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional -LDBEN – Lei
9394/96, em seus Arts. 12,13 e 24, que é obrigatório providenciar a Recuperação
paralela para alunos com notas abaixo da média (6,0). Também será disponibilizada
aos alunos que já atingiram a média para aprovação, mas que podem demonstrar
melhor desempenho. Prevalecerá, no caso, a maior nota obtida.
A Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação normatiza a
recuperação e sua aplicação e documentação. Em seu Art.11, essa Deliberação
preconiza que “a Recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.”
Complementando, a referida Deliberação, em seu Art.13, preconiza que “a
recuperação deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além
de se adequar às dificuldades dos alunos.”
9.8 CONTÉUDOS
9.8.1 Conteúdos Estruturantes
De acordo com Paraná (2008, p. 25), tem-se a seguinte definição de
Conteúdos Estruturantes: “conhecimentos de grande amplitude, conceitos, teorias
ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão do seu objeto de
estudo/ensino”. Para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, são propostos
os seguintes conteúdos estruturantes:
105
- Relações de Trabalho;
- Relações de Poder e
- Relações Culturais.
A partir dos conteúdos estruturantes, são determinados os básicos, a saber.
9.8.1.1 Conteúdos básicos
6º ano: Os diferentes sujeitos e suas culturas, suas histórias.
* Historiografia;
* Experiência humana no tempo;
* Culturas locais (campo) e a cultura comum;
* Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
* Relações históricas e culturais entre o campo e a cidade seus conflitos e
contradições.
7º ano: A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da
propriedade em diferentes tempos e espaços.
* As relações de propriedade;
* A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
* Relações entre o campo e a cidade;
* Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade;
* Brasil- Processo colonial (quilombos e Paraná);
* Continente Africano.
8º ano: o mundo do trabalho e os movimentos de resistência.
* História das relações da humanidade com o trabalho;
* O trabalho e a vida em sociedade;
* Trabalho e as contradições da modernidade;
* Os trabalhadores e as conquistas de direitos;
* Revoluções Liberais e política;
* Revolução Industrial (econômica);
* Imperialismo (África- Ásia- Neo-colonialismo);
9º ano: Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das
instituições sociais.
*A constituição das instituições sociais;
* A formação do Estado;
106
* Sujeito, guerras e revoluções;
* Primeira Guerra Mundial;
* Revolução Russa;
* Ideologias Totalitárias;
* República Oligárquica - Era Vargas;
* Guerra Fria;
* Formação e consolidação do Estado brasileiro (Independência/ regência
/império);
* Paraná: das origens ao Paraná Republicano.
9.8.2 Conteúdos Estruturantes para o Ensino Médio
Os conteúdos estruturantes: relações de trabalho, relações de poder e
relações culturais organizam a investigação do conhecimento histórico e dão
seqUência aos estudos realizados no Ensino Fundamental.
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.
§ 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à
prática social.
9.8.2.1 Conteúdos básicos para o Ensino Médio
No Ensino Médio, a história temática será trabalhada no contexto da história
local, do Brasil, da América Latina, África e Ásia.
Tema 1: Trabalho escravo, servil, assalariado e trabalho livre.
- Conceito de trabalho;
- O trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades,
indígenas, africanas, nômades, semi-nômades);
- O trabalho escravo e servil;
- Transição do trabalho escravo e servil para o trabalho assalariado;
- O sistema industrial, Taylorismo, Fordismo e Toyotismo;
- Sindicalismo e legislação trabalhista;
107
- O trabalho livre nas sociedades revolucionárias;
- A mulher e o trabalho.
Tema 2: Urbanização e industrialização
- As cidades na história (neolíticas, antiguidade Greco-romana, da Europa Medieval,
pré-colombianas, africanas e asiáticas);
- Ocupação do território brasileiro e paranaense e formação de vilas e cidades;
- História e Cultura Afro-Brasileira;
- Urbanização e industrialização no Brasil;
- Urbanização e industrialização no Paraná, no contexto do capitalismo;
- Urbanização e industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais;
- Modernização do espaço urbano.
Tema 3: O Estado e as relações de poder
- Estados teocráticos;
- Estados na antiguidade clássica;
- O poder descentralizado e a igreja católica na sociedade medieval;
- Formação dos Estados Nacionais;
- As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias na expansão do
capitalismo;
- O iluminismo e os processos de independência da América Colonial,
- O Paraná no contexto da sua emancipação;
- O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo);
- O nacionalismo nos Estados ocidentais;
- O populismo e as ditaduras na América Latina;
- O Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX;
- O Estado na América Latina no contexto da Guerra Fria;
- O Estado: ideologia e cultura;
- A independência das colônias africanas e asiáticas;
Tema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras
- Relações de dominação nas sociedades Greco-romanas na Antiguidade (mulheres,
crianças, estrangeiros e escravos);
- Guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;
- Relações de dominação e resistência na sociedade medieval (camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e doentes);
- Relações de resistência na sociedade ocidental moderna;
108
- As revoltas indígenas e africanas na América portuguesa;
- Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro;
- As revoltas sociais na América portuguesa;
- As revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX.
Tema 5: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
- Revoluções democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e Estados Unidos;
- As guerras mundiais no século XX;
- As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina;
- Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina;
- Os Estados africanos e as guerras étnicas;
- A Luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito à terra
na América Latina;
- A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.
Tema 6: Cultura e religiosidade
- Os rituais, os mitos e imaginários dos povos africanos, asiáticos, americanos e
europeus;
- Os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões (hinduísmo,
budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo);
- Os movimentos religiosos e culturais na passagem do feudalismo para o
capitalismo;
- O modernismo brasileiro;
- Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte
brasileira;
- As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e
religiosas;
- As festas populares no Brasil: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de
mamão, romaria de São Gonçalo e outras.
9.9 REFRÊNCIAS
ALVES, Luís Alberto Marques. A função social da história. EF@BULATIONS / EF@BULAÇÕES. 5.DEZ. 2009. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/7245.pdf Acesso em: 18.ago.2012. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/96. Brasília, MEC, 1996.
109
CARDOSO, Oldimar Pontes. História hoje. São Paulo: Ática. FREITAS, Itamar. Fundamentos teórico-metodológicos para o ensino de História (Anos iniciais). São Cristóvão: Editora da UFS, 2010. LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão [et al.] Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990 (Coleção Repertórios). LUCKESI, Cipriano Carlos. A avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995. LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições, 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. ORDONÊZ, Marlene; QUEVEDO, Júlio. Coleção Horizontes História. São Paulo. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. História. Ensino Médio. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Livro público – História, Ensino Médio. 2 ed. PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO, Yone. História do mundo ocidental. São Paulo: FTD, 2005. PODOLAN, Marli Ossovski. A história temática e a questão de gênero: a mulher na sociedade colonial brasileira. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/426-4.pdf. Acesso em: 28 ago.2012. RIBEIRO, Renilson Rosa. Escritos interrompidos: Marc Bloch, um combatente pela história. História e-História. UNICAMP, 26.out.2004. Disponível em: http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=historiadores&id=13. Acesso em: 18 ago.2012.
110
10 DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) – Ensino Fundamental e Médio
10.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de
interagir criticamente com o mundo. E o ensino da Língua Inglesa deve contribuir
para esse fim.
Tal ensino deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar-
se na educação para que o aluno reflita e transforme a realidade e seus processos
sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais, percebendo que esta
realidade é inacabada e está em constante transformação. É preciso trabalhar a
língua como prática social significativa: oral/escrita.
O trabalho com esta disciplina deve possibilitar ao aluno o acesso a novas
informações, a ver e entender o mundo, construindo significados, permitindo que
alunos e professores construam significados além daqueles que são possíveis na
língua materna. Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora
para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se
também como sujeito dessa identidade, como um cidadão histórico e social. Língua
e cultura constituem os pilares da identidade do sujeito e da comunidade como
formação social.
O conteúdo estruturante no ensino da Língua Inglesa é o discurso como
prática social, contemplando-se os seguintes temas: História e Cultura Afro-
Brasileira (Lei 10.639/03), Cultura Indígena (Lei 11.645/08), Meio Ambiente (Lei
9.795/99), Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/1990),Estatuto do Idoso
(Lei10.741/2003) através de conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao
respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e produzir
conhecimentos sobre a matéria, Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997)-
Educação para o trânsito, bem como os temas dos Programas Socioeducacionais:
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso indevido de drogas,
Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.
10.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Proporcionar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está aprendendo
em situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas
linguísticas descontextualizadas;
Ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos,
formando subjetividades independentes do grau de proficiência atingido, bem como
111
objetiva-se que os alunos possam analisar a questão da nova ordem global, suas
implicações que desenvolvam a consciência crítica a respeito do papel das línguas
na sociedade;
Experimentar formas de participação que lhe possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Compreender que os significados são de ordem social e historicamente
construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social;
Mostrar o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constando
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
Levar ao conhecimento do aluno a diferença entre a pronúncia em português
e inglês;
Fazer com que os alunos sintam curiosidade em conhecer mais a Língua
inglesa;
Proporcionar ao aluno a capacidade de expor seu pensamento,
conhecimento em forma de texto e diálogo;
Fazer com que os alunos expressem-se com ritmo e entonação;
Levar o educando a integrar-se no mundo atual e independente,
caracterizado pelo avanço tecnológico e pelo grande intercâmbio entre povos;
Oportunizar a reflexão sobre os textos lidos, escritos, falados ou ouvidos
através da mídia;
Caracterizar o gênero, o tipo de texto, bem como os elementos gramaticais
empregados na organização do discurso ou texto;
Ampliar o conjunto de conhecimentos discursivos, semânticos e gramaticais
envolvidos na construção de textos;
Construir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da
linguagem e sobre o sistema linguístico relevante para as práticas de escuta, leitura
e produção de textos;
Utilizar a linguagem escrita como apoio para registro, documentação e
análise.
10.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São entendidos como saberes mais amplos da disciplina e podem ser
desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de
conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. O discurso constituirá o
conteúdo estruturante entendido como prática social sob seus vários gêneros.
112
Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiência no
trabalho com a linguagem que o aluno já possui e que ele tenha que interagir em
uma nova discursividade, integrando assim elementos indispensáveis da prática
como: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada
gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
Os sócios pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que
envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira, nas quais as
práticas de leitura, escrita e oralidade interajam entre si e constituam uma prática
social cultural.
10.3.1 Conteúdos básicos-Ensino Fundamental e Médio
6º ANO:
LEITURA
• Identificação do tema ;
• Intencionalidade;
• Intertextualidade;
• Léxico;
• Informatividade;
• Elementos semânticos;
• Léxico;
• Ortografia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
Ortografia.
113
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero; l
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito) figuras de
linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
7º ANO:
LEITURA
• Tema do texto;
Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
114
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),figuras de
linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
Variações linguísticas;
• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
8º ANO:
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
115
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de
linguagem.
• Semântica:
-operadores argumentativos;
-ambiguidade;
-sentido conotativo e denotativo das palavras do texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto;
-léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Intelocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, artigo, pronome, substantivo, recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
116
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ano:
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Compreensão das
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de
diferentes gêneros;
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
117
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal, nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação,
Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
ENSINO MÉDIO:
LEITURA
118
• Identificação do tema ;
• Intencionalidade;
• Finalidade do texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Marcadores dodiscurso;
• Elementos semânticos;
• Intertextualidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Recursos estilísticos;
• Variedades linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de
diferentes gêneros.
• Acentuação gráfica;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Condições de produção;
• Informatividade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos semânticos;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Léxico;
• Recursos estilísticos;
• Ortografia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Variedade linguística;
119
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação,
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
10.4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino de uma língua estrangeira deve contribuir para a formação de um indivíduo
crítico, capaz de interagir com o mundo que o cerca. Para isto a língua precisa ser
entendida como um produto, resultado das interações sociais em constante
movimento e mudança. A língua estrangeira deve ser aceita como um instrumento
que torna possível para o aluno o acesso a novas informações e novas maneiras de
entender o mundo. Portanto, esta disciplina é baseada no estudo das estruturas
básicas da língua inglesa, através do uso de diferentes gêneros textuais,
desenvolvimento sistemático da compreensão oral e escrita, intensa prática da
expressão oral através de diálogos e discussões informais.
O texto se apresenta como um espaço de temática fundamental para o
desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e agir críticos com a
prática cidadã, respeitando as diferentes culturas, crenças e valores. Possibilita-se,
desse modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os fenômenos linguísticos e
culturais como realizações discursivas, as quais se revelam pela história dos sujeitos
que fazem parte desse processo, apresentando assim como um princípio gerador de
unidades temáticas e de desenvolvimento das práticas linguísticas discursivas.
Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos de diferentes gêneros
textuais, mas sem categorizá-los, proporcionando ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva.
Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões
sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira,
disciplina que favorece a utilização de textos abordando temas contemporâneos. O
120
processo avaliativo deve ser diagnóstico, contínuo, somatório, desde que se articule
com os conteúdos, concepção teórico-metodológica da disciplina.
O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando necessário, dos
procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira: o
trabalho com a gramática, portanto, estabelecem-se como importante na medida em
que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas.
Assim o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao
conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes de
necessidades específicas dos alunos a fim de que possam expressar-se ou construir
sentidos com os textos.
A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um
parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma atividade
menos artificial possível: buscar leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja,
elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática-pedagógica:
livros didáticos, paradidáticos, dicionários, vídeos, dvds, cd-rooms, internet, sob a
ótica da realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes Curriculares.
10.5 AVALIAÇÃO
10.5.1 Critérios de Avaliação Específicos da Disciplina
Escrita e análise linguística
Espera-se que o aluno:
Expresse ideias com clareza;
Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);
Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, substantivos,
adjetivos, numerais, verbos, etc.
Leitura
Espera-se que aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Localize informações explícitas;
Amplie seu léxico;
Identifique o tema e a ideia central do texto;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
Oralidade
Espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção;
121
Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua
materna;
Utilize adequadamente.
A avaliação deve envolver o coletivo da escola. Uma atividade de avaliação
situa-se entre a intenção e o resultado e não se diferencia da atividade de ensino,
pois ambas têm o intuito de ensinar. Uma vez estabelecidos os conteúdos
específicos trabalhados em determinado período, já se definem os critérios,
estratégias e instrumentos de avaliação, que precisam ser variados, a fim de permitir
aos estudantes diversas maneiras de expressar seus conhecimentos.
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno
,então é preciso investir em estratégias e recursos para que ele aprenda. Portanto,
na recuperação, retoma-se o conteúdo avaliado e faz-se uma modificação dos
encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
Esta recuperação deve ter 100% e ofertada a todos os alunos.
Avaliação será somativa, bimestral, valorada de 0,0 a 10,0 pontos,
utilizando-se diferentes instrumentos, tais como: testes orais ou escritos,
apresentações, participação em atividades com música, diálogos, análise e
compreensão de textos de diversos gêneros.
10.6 REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional: nova LDB – Lei 9394/96. Rio de Janeiro: Qualitmark/Dunya, 1998.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna – SEED 2008.
PPP do Colégio Estadual do Campo de Palmeirinha – EFM.
122
11 DISCIPLINA: MATEMÁTICA
11.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO DA DISCIPLINA
A matemática surgiu da necessidade de resolver problemas relacionados ao
cotidiano do homem. A partir dessa necessidade a matemática se desenvolveu ao
longo de toda a sua história em que os conceitos foram apresentados, discutidos,
construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e
na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias. É uma ciência
em constante processo de aprimoramento, onde se descobrem hesitações, dúvidas,
contradições que auxiliam na reflexão e construção do conhecimento.
Por meio da Educação Matemática enseja-se um ensino que aponte para
concepções cuja postura possibilite aos estudantes realizar análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos, formulação de ideias, ampliação de seu
conhecimento que contribua para o desenvolvimento da sociedade.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, no Ensino Fundamental
da Rede Pública Estadual, os conteúdos básicos da disciplina de Matemática são
desdobramentos dos conteúdos estruturantes: números e álgebra; grandezas e
medidas; geometrias e tratamento da informação. No Ensino Médio, os conteúdos
básicos da disciplina são desdobramentos dos conteúdos estruturantes: números e
álgebra; funções; geometrias e tratamento da informação.
11.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da matemática
concebida como um conjunto de métodos, resultados, procedimentos, algoritmos,
etc;
Fazer com que o educando construa, por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do
ser humano e, particularmente, do cidadão, valorizando a realidade do campo na
qual está inserido;
Formação de um indivíduo crítico, capaz de agir com autonomia nas
relações sociais dentro e fora do campo;
Desenvolver a Educação Matemática enquanto campo da investigação e de
produção do conhecimento e a melhoria da qualidade de ensino;
123
Contribuir para que o educando tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriação da linguagem adequada para descrever
e interpretar fenômenos ligados à matemática e a outras áreas do conhecimento.
11.3 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE
Ensino fundamental
6ºANO
Números e álgebra:
Sistema de Numeração;
Múltiplos e Divisores;
Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários;
Números Decimais.
Grandezas e medidas:
Medidas de Comprimento;
Medidas de Massa;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Tempo;
Medidas de Ângulos;
Sistema Monetário.
Geometrias:
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
Tratamento da informaçao:
Dados, Tabelas e Gráficos;
Porcentagem.
7ºANO
Números e álgebra:
Números Inteiros;
Números Racionais;
Equação e Inequação do 1ºGrau;
Razão e Proporção;
124
Regra de Três Simples.
Grandezas e medidas:
Medidas de Temperatura;
Medidas de Ângulos.
Geometrias:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não Euclidianas.
Tratamento da informação:
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e Mediana;
Juros Simples.
8ºANO
Números e álgebra:
Números Racionais e Irracionais;
Sistemas de Equações de 1º grau;
Potências;
Monômios e Polinômios.
Grandezas e medidas:
Medidas de Comprimento;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Ângulo.
Geometrias:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não Euclidianas.
Tratamento da informação:
Gráfico e Informação;
Populção e Amostra.
9ºANO
Números e álgebra:
125
Números Reais;
Propriedades dos Radicais;
Equações de 2ºGrau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
Grandezas e medidas:
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
Funções:
Noção Intuitiva de Função Afim;
Noção Intuitiva de Função Quadrática.
Geometrias:
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica.
Tratamento da informação:
Noções de Análise Conmbinatória;
Noções de Probabilidade;
Estatística;
Juro Composto.
ENSINO MÉDIO
1ºAno
Números e álgebra:
Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares;
Funções:
Função Afim;
Função Quadrática;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
126
Grandezas e medidas:
Medidas de Área.
Geometrias:
Geometria Plana.
Tratamento de informação:
Noções de Matemática Financeira.
2ºAno
Números e álgebra:
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas Lineares.
Tratamento da informação:
Análise Combinatória;
Probabilidade;
Binômio de Newton.
Grandezas e medidas:
Medida de Volume;
Trigonometria;
Medidas de Grandezas Vetoriais.
Funções:
Funções Trigonométricas.
Geometrias:
Geometria Espacial.
3º Ano
Geometrias:
Geometria Analítica;
Noções Básicas de Geometria não-Euclidiana.
Grandezas e medidas:
Medidas de Energia;
Medidas de Informática.
Funções:
Função Polinomial.
Números e álgebra:
Polinômios;
127
Números Complexos.
Tratamento da informação:
Estatística;
Matemática Financeira.
11.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os conteúdos estruturantes se relacionam entre si e evocam outros
conteúdos tanto estruturantes quanto específicos, além de sugerir relações e
interdependências que, por efeito, enriquecem o processo pedagógico. A articulação
entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante pode ocorrer em
diferentes momentos e, quando novas situações de aprendizagens possibilitarem,
poderá ser retomada e aprofundada.
Nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática, os procedimentos
metodológicos recomendados devem propiciar a apropriação de conhecimentos
matemáticos que expressem articulações entre os conteúdos básicos do mesmo
conteúdo estruturante e entre básicos de estruturantes diferentes, de forma que
suas significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas.
Assim, os conteúdos básicos e os estruturantes articulam-se entre si, de
modo que nenhum deles devem ser abordados isoladamente.
Os conteúdos propostos nestas diretrizes devem ser abordados por meio
das tendências metodológicas da Educação Matemática:
Resolução de problemas: Aplicação de conhecimentos matemáticos adquiridos
em novas situações;
Modelagem matemática: problematização de situações do cotidiano;
Mídias tecnológicas: favorece as experimentações matemáticas e potencializa
formas de resolução de problemas;
Investigação matemática: contribui para uma melhor compreensão da matemática;
Etnomatemática: reconhecimento e registro de questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático;
História da Matemática: elemento orientador na elaboração de atividades, na
criação de situações-problemas, na busca de referências para compreender
melhor os conceitos matemáticos.
O ideal é que tais tendências se articulem com enfoque nos conteúdos
128
matemáticos. Para tanto, serão utilizadas, entre outras, as seguintes práticas
metodológicas:
Aulas práticas, associando o conteúdo a situações cotidianas mais próximas
da realidade dos sujeitos do campo, para facilitar a compreensão dos conceitos em
estudo;
Aulas expositivas, com retomada de conceitos historicamente construídos,
relacionando-os com a atualidade;
Atividades que possibilitem ao aluno desenvolver sua capacidade de criar
estratégias para diversas situações-problema, observar e apropriar-se das riquezas
que o campo brasileiro oferece à ampliação dos conhecimentos escolares.
Utilização de materiais concretos, de mídias como laboratório de informática,
retroprojetor, data show e TV Pendrive como material de apoio para melhor fixação
dos conteúdos; favorecendo a experimentação;
Situações que envolvam o aluno em atividades de pesquisa, coleta e
organização de dados, bem como a leitura e interpretação dos mesmos;
Leitura de jornais, revistas, etc, textos que proponham soluções matemáticas
a problemas reais, como: dados econômicos, crescimento populacional, distribuição
de renda, extinção de espécies, etc;
Utilização de textos científicos ou reportagens com questões sociais e/ou
ambientais que possam ser exploradas de forma interdisciplinar abordando temas
relacionados à diversidade como: sexualidade, orientação sexual, gênero e relações
étnico-raciais.
Durante o ano letivo serão trabalhados os Temas Socioeducacionais,
quando for possível relacioná-los com os conteúdos da disciplina, são eles:
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Educação Ambiental,
Educação em Direitos Humanos, Sexualidade, Enfrentamento à Violência na Escola,
História da Cultura Afro-brasileira. – Lei 10639/03 e Cultura Indígena – Lei 11645/08
e Direito da Criança do Adolescente – Lei 11525/07) serão contemplados na
disciplina de matemática, no Ensino Fundamental e Médio, dentro do conteúdo
estruturante Tratamento da Informação que permite o trabalho com a coleta,
organização e interpretação de dados. O tópico Educação Tributária e Fiscal
também pode ser trabalhado pela disciplina de matemática, no conteúdo
estruturante números e álgebra, na resolução de problemas, abordando diversos
conteúdos básicos, entre eles: juros simples e compostos, porcentagem, as quatro
129
operações.
11.5 AVALIAÇÃO
Avaliar não se restringe a quantificar o nível de informação do aluno, mas
envolve sua complexa relação com o conhecimento, por isso, ao avaliar o educando
deve-se considerar o processo de construção do raciocínio e não apenas o resultado
final de operações e algoritmos. A prática avaliativa, em Educação Matemática, deve
abrir espaço à interpretação e discussão dos conteúdos trabalhados, considerando o
diálogo entre professor e aluno na tomada de decisões, nos critérios avaliativos e na
função da avaliação.
Levando-se em conta os pressupostos teórico-metodológicos da disciplina, a
avaliação deverá ser concebida de forma processual e formativa, sob os
condicionantes do diagnóstico e da continuidade; deverá também ser diversificada
para contemplar as diferentes habilidades apresentadas pelos educandos. Para
tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no decorrer do
processo de aprendizagem, poderão ser utilizados os seguintes instrumentos de
avaliação:
Prova escrita;
Trabalho individual e em grupos;
Pesquisa bibliográfica;
Testes orais e escritos;
Estratégias utilizadas na resolução de problemas;
Capacidade de estabelecer relações entre o conteúdo e situações do seu
cotidiano;
Contribuição durante as aulas com exemplos, questionamentos, etc.;
Análise de erros.
A recuperação de estudos consiste no esforço de retomar, de voltar o
conteúdo, de modificar encaminhamentos metodológicos e instrumentos de
avaliação para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Assim sendo, a
recuperação de conteúdos deverá ser concomitante e aplicada logo após a utilização
de qualquer instrumento de avaliação. Por sua vez, a recuperação de notas é
simples decorrência da recuperação de conteúdos e será realizada em momentos
oportunos contemplando os conteúdos trabalhados e revisados no bimestre. Será
130
possibilitado ao aluno a recuperação de notas correspondente a 100% das
avaliações.
11.6 REFERÊNCIAS
BOYER, Carl B., História da matemática. São Paulo: Egard Blucher,1996.
CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4 ed. Lisboa: Gradiva, 2002. D`AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: Ática, 1998. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba, 2008
.
131
12 DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
12.1 APRESENTAÇÃO
As experiências de ensino da Língua Portuguesa começaram com os
jesuítas, com o objetivo de catequizar os indígenas. O ensino da Língua Portuguesa
nas escolas limitava-se a ler e escrever.
No período colonial era a língua da burocracia, a partir do século XVIII, o
uso da língua tupi e portuguesa não favorecia aos colonizadores. Em 1758 um
decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa obrigatória. A falta de
infraestrutura e de professores especializados acabou por gerar uma lacuna na
Educação.
Com a vinda da família real para o Brasil foram criadas as primeiras
instituições de ensino voltado à elite dominante. Em 1960 ocorreu um processo de
expansão do ensino primário público, sob a concepção tecnicista de educação
baseada em exercícios de memorização.
A disciplina de Português passou a dominar-se, a partir da Lei 5692/71, no
primeiro grau Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e
Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries). Nessa época
predominava a teoria de comunicação de Jakobson.
Na década de 1970, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser
debatidas. Resultando em questionamentos sobre a eficácia das aulas de gramática
no ensino. Porém a prática de sala de aula continuava pautada em livros didáticos,
impossibilitando os alunos de aperfeiçoar o uso da língua materna.
Com relação à literatura, o texto literário era usado para ensinar as normas
gramaticais e o discurso para repassar valores religiosos, morais e cívicos.
Objetivando despertar o nacionalismo e cidadãos respeitadores da ordem. O
professor conduzia a análise literária, e os alunos eram meros ouvintes.
Desconsiderava-se a participação do aluno no processo da leitura. Com a
ditadura militar a literatura era subversiva, uma vez que levaria o leitor à reflexão e à
compreensão de si mesmo e do mundo.
A partir dos anos 1980, novas concepções sobre a aquisição da Língua
Materna chegaram ao Brasil (Círculo de Bakhtin). O ensino da língua materna é
repensado, possibilitando o domínio efetivo de falar, ler e escrever.
132
Cabe à escola possibilitar ao educando participar de diferentes práticas
sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade. Tornar o educando mais
consciente e com uma visão crítica do mundo.
O professor de Língua Portuguesa deve propiciar ao aluno a prática a
discursos, leitura de textos das diferentes esferas sociais. O aprimoramento da
competência linguística do aluno acontecerá com maior propriedade se lhe for dado
conhecer nas práticas de leitura, escrita e oralidade o caráter dinâmico dos gêneros
discursivos.
Sabe-se que o ensino da língua portuguesa está incondicionalmente ligado à
linguagem. Ela está presente em todos os momentos e relações que estabelecemos
no mundo no qual vivemos. É através da linguagem que nos constituímos como
sujeitos no tempo e espaço.
O que essa proposta permeia é que nas aulas de língua portuguesa o
educando opte por ensinar o educando a ler, refletir, fazer inferências sobre o texto,
aprimorando dessa forma a sua condição de sujeito transformador.
Os eixos norteadores da disciplina de língua portuguesa são: Oralidade,
leitura e escrita, e serão trabalhados no decorrer do Ensino Fundamental e Médio.
O objeto de estudo da língua portuguesa é a própria língua. Considerando o
processo dinâmico e histórico das relações de interação, da forma culta e da língua
diária do aluno, vê a necessidade de se trabalhar o conteúdo estruturante ao longo
dos anos escolares, envolvendo sempre a oralidade, leitura e escrita entre os
conteúdos específicos de cada série. Aprimorando pelo contato com textos literários,
a capacidade do pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando isto através da literatura, ampliando o espaço do trabalho com as
práticas discursivas.
É importante que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma
gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele
se envolva nas práticas de uso da língua – sejam leitura, oralidade e escrita.
Propiciar ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos de
diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital). Levar o aluno à
reflexão sobre as normas de uso das unidades da língua, de como elas são
combinadas para produzirem determinados efeitos de sentido, profundamente
vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas no ato da linguagem.
133
Criar situações em que os alunos tenham oportunidades de refletir sobre os
textos que leem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo de forma contextualizada a
gramática, as características de cada gênero e o tipo de texto, o efeito das
condições de produção do discurso na construção do texto e de seu sentido.
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da
Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do
trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que são implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos.
A ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na
interlocução, em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a
produção oral e escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes
situações. Desse Modo sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas
sociais.
12.2 CONTEÚDOS
12.2.1 Conteúdo estruturante
O conteúdo estruturante de língua Portuguesa é o discurso enquanto prática
social, distribuído nas práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística
perpassando pela oralidade, leitura e escrita. É necessário dar ênfase ao conteúdo
estruturante para que o aluno possa adquirir boa oralidade, interpretação e consiga
se expressar melhor na sociedade.
O conteúdo estruturante apresenta o discurso como prática social: a
oralidade, a escrita, a leitura e a análise linguística de acordo com cada série e é na
escola que se deve permitir o conhecimento a todos os educandos, não os excluindo
do processo de ensino-aprendizagem. É necessário levar o educando a tornar-se
um falante cada vez mais ativo, capacitando-o a compreensão dos discursos dos
outros e de organizar o seu discurso de forma clara, coesa e coerente.
Na prática de escrita deve ser considerado: quem escreve o que, para quem,
por que, quando, onde e como se escreve para poder determinar o texto.
134
Cabe ao educando de Língua Portuguesa propiciar as relações inter e
multidisciplinares, relacionando os gêneros com as atividades sociais onde eles se
constituem.
Para análise linguística, gêneros textuais e produção é necessário reflexão
sobre a língua dos educandos é o que será trabalhado para que ocorra a
compreensão de cada texto
12.2.2 Conteúdo Básico
Oralidade: a escola deve levar em consideração os conhecimentos
linguísticos dos alunos, para promover situações que o incentivem a falar, ou seja,
fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais
e que é importante à adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.
Escrita: o aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de
diferentes gêneros, por meio das experiências sociais. É necessário que o aluno se
envolva com os textos produzidos e assuma a autoria do que escreve, uma vez que
é um sujeito que tem o que dizer. A produção escrita possibilita que o sujeito se
posicione em seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.
Leitura: a leitura é um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas
sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado
momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos
prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o
constituem.
ENSINO FUNDAMENTAL
6° Ano
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade e Informação;
Discurso direto e indireto.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
135
Escrita:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Informação;
Argumentação;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Processo de formação de palavras:
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
Oralidade:
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentação;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos...);
Adequação discurso ao gênero;
Turno da fala;
Variações linguísticas.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
7° Ano
Leitura:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade e Informação;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
136
Discurso direto e indireto;
Léxico;
Ambiguidade.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Informação;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de
linguagem.
Processo de formação de palavras:
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
Oralidade:
Tema do texto;
Finalidade
Papel do locutor e interlocutor
Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos...)
Adequação do discurso ao gênero
Turnos de fala
Variações linguísticas
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
8° Ano
Leitura
Conteúdo temático:
137
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informação;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Semântica;
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto.
Escrita
Conteúdo temático:
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade;
Informação;
Situação;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de
linguagem
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Significado das palavras;
138
Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto.
Oralidade
Conteúdo temático:
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos...);
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições.
Elementos semânticos
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
9° Ano
Leitura
Conteúdo temático:
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitação do texto;
Informação;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Partículas conectivas do texto.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Semântica;
Operadores argumentativos;
Polissemia;
Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto.
139
Escrita
Conteúdo temático:
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Partículas conectivas do texto.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Sintaxe da concordância;
Sintaxe da regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Modalizadores;
Polissemia.
Oralidade
Conteúdo temático:
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos ( entonação, pausas, gestos...);
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos.
Semântica;
140
Adequação da fala ao contexto;
Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO MEDIO
1ª Série
- Fonética, formação das palavras e afixos;
- Estrutura e formação das palavras;
- Acentuação gráfica e crase;
- Ortografia;
- Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Literatura de Informação;
- Barroco, Arcadismo;
- Narração (fábulas,, contos, crônicas) descrição (pessoas e ambientes) ;
- Poesia (noções de métrica);
- Interpretação de texto.
2ª Série
- Revisão das classes gramaticais;
- Relações sintático-semânticas entre as orações no período simples;
- Relações sintático-semânticas entre as orações no período composto;
- Concordância Nominal;
- Concordância Verbal;
- Pontuação;
- Relacionar recursos da escrita com o objetivo do texto;
- Romantismo;
-Naturalismo;
- Simbolismo;
- Gêneros dramáticos;
- Interpretação de texto.
3ª Série
- Tipologia textual;
- Textos poéticos e suas características;
- O Pré-Modernismo;
- A Semana de Arte Moderna;
- O modernismo;
141
- O Pós-Modernismo;
- Concretismo;
- Concordância (Verbal e Nominal);
- Regência (Verbal e Nominal);
- Colocação Pronominal.
12.2.2.1 Gêneros textuais
ENSINO FUNDAMENTAL
6° ANO
HQ, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, narrativas fantásticas, poema,
narrativa de aventura, convite, autobiografias, cartaz, verbetes, quadrinhas, bilhetes,
receitas, regras de jogo, entre outros.
7º ANO
Biografias, músicas, notícias, narrativas, tiras, propagandas, paródias,
provérbios, chat, literatura de cordel, diário, carta ao leitor, cartum entre outros.
8ºANO
Reportagem, pesquisa, conto, crônica, charge, narrativa (diversas) resumo,
propaganda, resenha de filmes, biografia, dissertação entre outros.
9° ANO
Resenha crítica, romance, HQ, contos, editorial, charges, curriculum,
entrevista, dissertação, artigo, relatórios entre outros.
ENSINO MÉDIO
Editoria, texto dramático, romance, conto, narrativa, crônica, artigo de
opinião, entrevista, resenhas de filmes, texto argumentativo, poemas, músicas,
relatório científico, piadas, carta ao leitor, cartum, charges, classificados,
reportagens, paródia, propaganda, depoimento , diário, testemunho entre outros.
12.3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opiniões
tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos que
142
favoreçam o desenvolvimento de falar e ouvir.
Confronto entre os mesmos níveis de registros de forma a constatar as
similaridades e diferenças entre as modalidades orais e escritas.
Debates, seminários, júris-simulados que possibilite o desenvolvimento da
argumentação.
Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações a
serem ouvidas e transcritas, observando-se as pausas, mudanças de construção
textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade e comparação com outros
textos.
Produzir coletivamente peças de teatro e dramatizações sobre textos lidos.
O estudo gramatical será realizado a partir de ocorrências nos textos
trabalhados e produzidos pelo próprio aluno.
Organização de um clube de leitura para que os alunos se reúnam para a
realização de leitura extraclasse do autor do mês ou do bimestre.
Leitura de textos diversos para interpretação, reflexão e produção.
Atividades lúdicas: caça-palavras, jogo dos sete erros, jogo da memória,
quebra-cabeça e cruzadinhas, envolvendo o conteúdo estudado.
Dinâmicas para desenvolver a auto-estima, auto-avaliação e entrosamento
com a turma.
Atividades complementares relacionadas em diversas fontes como: contos,
crônicas, letras de músicas, poemas, reportagens, texto publicitário etc.
Atividades que possibilitem aos alunos reflexão sobre seu próprio texto tais
como: atividades de revisão ou refacção do texto, de análise coletiva de um texto
selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros, que circulam no contexto
escolar e extra-escolar. Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os
gêneros textuais, serão trabalhados ainda os temas dos programas
socioeducacionais e/ou os conteúdos obrigatórios:
Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à
Violência contra a Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente
(Lei Federal n.°11525/07);
Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.° 1143/99 – Portaria n.° 413/02);
Educação Ambiental (Lei Federal n.° 9795/99 – Decreto n.° 4281/02);
História do Paraná. (Lei n.° 13.181/01);
143
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08);
Música (Lei n.°11.769/08 );
Nessa perspectiva, serão desenvolvidas atividades de interpretação e
compreensão textual analisando os conhecimentos de mundo do aluno.
Para o Ensino Fundamental:
Direitos do Idoso (Lei n.°10.741/03);
Educação para o Trânsito(Lei n.°9.503/97).
As leis citadas acima serão trabalhadas dentro das práticas discursivas de
oralidade, leitura, escrita e análise linguística, conforme suas esferas sociais de
circulação. Levando o aluno a refletir sobre o processo de envelhecimento sobre a
matéria o mesmo se fará com o código de transito brasilairo.
Recursos: para que o aluno se aproprie desses conhecimentos, serão
utilizados alguns recursos tecnológicos como: TV pendrive, rádio, CDs e DVDs,
quadro de giz, fotocópias, apostilas, bibliotecas, laboratório de informática, entre
outros, que vierem a contribuir para o enriquecimento das aulas.
12.4 AVALIAÇÃO
Na perspectiva de construir uma escola cidadã, portanto, democrática, a
avaliação é considerada um instrumento auxiliar indispensável no processo da
aprendizagem. Esse nos dará pistas completas do caminho que o aluno está
fazendo para se apropriar efetivamente, das atividades verbais: fala, leitura e a
escrita.
A avaliação deve ser contínua priorizando a qualidade e o processo de
aprendizagem, acontecendo no dia-a-dia da sala de aula. A recuperação deverá ser
concomitante de acordo com a necessidade de retomar os conteúdos para promover
a aprendizagem significativa.
12.4.1 Critérios de Avaliação no que se refere às atividades de leitura e oralidade
- Clareza, fluência e desembaraço na exposição de ideias;
- Sequência na exposição de ideias;
- Objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;
- Adequação vocabular e adequação das diversas leituras;
144
- Bom nível argumentativo;
-Capacidade de síntese;
- Capacidade de estabelecer relações com outros textos.
12.4.2 Critérios de Avaliação no que se refere às atividades da escrita
- Encadeamento de ideias e uso adequado de elementos coesivos;
- Eliminação de redundâncias;
- Domínio de concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal;
- Capacidade de perceber a flexibilidade da língua, ou seja, de reconhecer
as diversas possibilidades que a língua oferece de permitir que se diga a mesma
coisa de diversas maneiras.
- Expor com clareza sua opinião, desenvolvendo seu senso crítico e
reflexivo;
- Observação do uso adequado dos elementos linguísticos.
-Utilização dos seguintes instrumentos avaliativos:
Trabalhos escritos e orais, individuais e em grupos;
Debates;
Seminários que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;
Provas escritas;
Discussões, socialização das ideias a partir dos conteúdos trabalhados;
Exposição de painéis com os conteúdos trabalhados;
12.4.3 Recuperação de Estudos
A recuperação paralela é um direito adquirido do aluno constado na LDB nº
9394/96 art. 24, que garante a superação de dificuldades específicas encontradas
pelo educando e constitui-se, dessa forma, parte integrante do processo de
aprendizagem. Acontecerá no momento em que o professor detectar que o aluno
não aprendeu o conteúdo, assim sendo, fará necessário uma nova forma de
retomada, proporcionando ao aluno, uma nova maneira de interagir com o
conhecimento ainda não assimilado no primeiro momento.
Tratando-se da Língua Portuguesa, a Recuperação Paralela será referente
aos conteúdos de interpretação de textos, a leitura e oralidade estão inseridas num
145
processo contínuo, num grau de complexidade crescente.
Portanto, várias oportunidades serão criadas para que o aluno reflita,
construa, levante ideias e chegue à compreensão dos assuntos abordados.
12.5 REFERÊNCIAS
BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. 2 ed. Campinas, SP. 2000 (Coleção formação de professores). Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para Ensino Fundamental e Médio. Governo do Estado do Paraná- Superintendência da Educação. Versão 2008.
SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
146
13 DISCIPLINA: QUÍMICA
13.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Química é uma Ciência natural, cujo objetivo é estudar as substâncias,
sua composição, estrutura e propriedades, e fenômenos da natureza, quer sejam
fenômenos observados em ambientes naturais, quer sejam resultados dos
processos artificiais. Esta ciência tem como foco de estudo as transformações que
são transcritas de modo organizado e sistemático que permite avaliação mais
criteriosa da observação, interpretação e da explicação mais provável e lógica na
proposta da explicação de determinado fenômeno.
A ciência é conhecida como a organizadora de conhecimentos e é dividida
em várias partes, diretamente interligadas entre si, entre estas divisões encontramos
a Química, mais uma ciência derivada da Filosofia, estudiosa em sumo da natureza
da matéria, suas transformações, propriedades e a energia envolvida nestes
processos.
Os conteúdos estruturantes: matéria e sua natureza, biogeoquímica e
química sintética se desmembram em conteúdos específicos: matéria, sua
composição - átomos, moléculas, substâncias e elementos químicos - suas
transformações sejam físicas ou químicas, e misturas homogêneas ou
heterogêneas; a história e evolução dos modelos atômicos, composição atômica,
suas interações e reações; a velocidade, calor e reversibilidade destas reações; as
propriedades da matéria e dos elementos químicos, as reações onde há
transferência de elétrons; as concentrações químicas e os processos radiativos;
além do estudo do elemento principal constituinte dos seres vivos, o carbono, seus
derivados, funções, ligações, propriedades físicas e químicas, reações e aplicações
são o foco de estudo do ensino em Química no Ensino Médio, oferecendo-lhes uma
formação plurilateral, fazendo deste aluno um resolvedor de problemas,
capacitando-o intelectual, cidadão, sócio e politicamente de forma inter e
transdisciplinar, respeitando seus limites e aproveitando seu conhecimento prévio
existente.
Por estar presente nas mais diversas atividades torna-se impossível criar
uma ferramenta que resolva ou explique todos os fenômenos observados, assim fica
claro que seu aprendizado é de vital importância. A Química está diretamente
147
relacionada às necessidades básicas dos seres vivos, como na produção dos
alimentos, saúde, vestuário, entre outras, logo a compreensão dos conceitos básicos
da Química só podem trazer benefícios à aqueles que os aprendem, à sociedade e
ao ambiente, tendo as mais diversas implicações na vida das pessoas e do
ambiente que elas vivem.
Na modalidade de educação do campo o estudo da Química é de
fundamental importância, pois proporciona ao aluno visão mais detalhada do
ambiente cuja sua interação é constante, num meio até então visto por ele como
local, apenas um lugar para a obtenção de bens de consumo, não levando em conta
sua ligação íntima com o meio ambiente.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Química
do estado do Paraná (DCE), os conteúdos devem estar norteados pelos três
conteúdos estruturantes: Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica; Química Sintética;
assim, quando o conteúdo químico for trabalhado, dentro de cada perspectiva,
possuir caráter construtivo e que deverá estar além da abordagem teórico-
metodológico, evitando assim a mera descrição do fenômeno químico. O conteúdo
deve ser abordado de forma a ter significado para o aluno estando relacionado
diretamente com seu cotidiano.
A construção do conhecimento é realizada a partir dos conhecimentos
prévios que o aluno já traz na sua bagagem de conhecimentos, estes serão então
trabalhados a fim de ter maior significado ao aluno. Desta forma, conceitos com
descrição deficiente são melhorados, e conceitos errados ou ausentes serão
corrigidos, e novos serão então inseridos no repertório de conhecimentos deste
aluno, assim, a compreensão e a apropriação dos conhecimentos químicos estará
sendo realizada de forma mais efetiva e com maior valor.
Neste contexto, a experimentação vem a ser uma ferramenta valiosa para a
apropriação dos conhecimentos, uma vez que o aluno interage com os materiais e
as substâncias, e verifica a transformação e questiona o mundo que os rodeia. O
experimento investigativo vem a motivar a busca de novas resposta e também novas
perguntas para entender a mecânica que liga fenômenos.
Alguns aspectos devem ser considerados, os temas abordados devem estar
ligados ao desenvolvimento do campo, que preparam o estudante em habilidades
voltadas ao campo de acordo com as características de cada região onde a escola e
a comunidade estão inseridas. Dessa forma, a articulação dos conhecimentos
148
estará voltada à contribuição cognitiva do aluno, considerando as práticas
educacionais resgatando as experiências vividas no ambiente rural.
A proposta pedagógica leva em consideração as orientações das diretrizes
curriculares nacionais para a educação básica, que contempla a diversidade do
campo, visando, permanentemente, o desenvolvimento de práticas adequadas para
o desenvolvimento do trabalho.
A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o
que se ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na natureza
e os benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o
seu equilíbrio. Para tanto, a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se
dentro de um contexto em que os alunos terão a possibilidade de compreendê-las
como um todo, para analisar criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da
qualidade de vida.
Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o
desenvolvimento de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto
aos problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos,
industriais, sanitários e ambientais. O desenvolvimento da disciplina de Química
proporcionará a discussão da função da Química na sociedade e despertará o
espírito crítico e o pensamento científico.
A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o
professor deixe de lado uma metodologia de transmissão de conteúdos para adotar
maior envolvimento no ato de ensinar, que parta do conhecimento prévio dos alunos,
onde se incluem ideias pré-concebidas ou concepções espontâneas a partir das
quais o aluno elabora um conceito científico.
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento
científico historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam à escola,
eles não estão totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia a dia e na
interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas
concepções são elaboradas. Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem
ocorre com a reunião de pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos
e ideias que dependem da sua vivência cotidiana. Isso torna impossível a utilização
de um único tipo de encaminhamento metodológico com o objetivo de uniformizar a
aprendizagem.
Considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário proporcionar
149
condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma
linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos.
É importante salientar que a Química possui um caráter experimental e
interdisciplinar. A experimentação desempenha função essencial na consolidação e
compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática.
Muitas vezes, para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em
conjunto com outras ciências.
Essas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de
temas relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados
corretamente devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da
sociedade.
Não se pode negar que a Química tem papel fundamental na vida das
pessoas, na verdade esta só pode evoluir apoiando-se a outras ciências. Estas
ciências fazem parte do dia a dia das pessoas e é importante para o equilíbrio da
vida no planeta. Portanto, ao observar o mundo à sua volta os participantes do
processo educativo devem compreender como é frequente, intensa e contínua, a
aplicação do conhecimento químico na sociedade atual. E perceber ainda como
esse conhecimento tem sido constantemente reformulado ao longo da história da
humanidade.
Conhecer química significa compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, e assim poder julgar de forma mais fundamentada as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da escola, e tomar suas próprias decisões enquanto indivíduo e cidadão, de acordo com sua faixa etária e grupo social
(BRASIL, 2002, P. 62).
Para tanto, a Química no Ensino Médio “deve possibilitar ao aluno uma
compreensão dos processos químicos em si, conhecimento científico, em estrita
relação com às aplicações tecnológicas, suas implicações ambientais, sociais,
políticas e econômicas” (SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLOGIA
DO MEC, SEMTEC-MEC).
Em primeiro momento, utilizando-se a vivência dos alunos e os fatos do dia
a dia, a tradição cultural, a mídia, a vida escolar, busca-se reconstruir os
conhecimentos químicos que permitiriam refazer essas leituras de mundo, agora
com fundamentação na Ciência.
150
Nesta etapa estabelece-se o assunto a ser estudado e também se verificam
os saberes prévios dos alunos, provenientes de fatos culturais (“saber comum”) ou
individuais. Ainda neste momento são estabelecidos os pré-requisitos conceituais e
técnicos para correta análise do assunto- tema.
Ao tentarmos contextualizar o tema a ser estudado, surgem, de maneira
espontânea, diversas implicações interdisciplinares. Por exemplo, se o assunto for
chuva ácida, surgirão discussões que envolvem Biologia (ecologia), Geografia
(produção agrícola), Matemática (estatísticas), entre outros. É importante perceber
que a contextualização passa necessariamente pela interdisciplinaridade. O estudo
da separação de mistura, por exemplo, ficará muito rico quando associado ao
tratamento das águas municipais e analisados, simultaneamente, aos aspectos de
saúde pública em todas as camadas sociais.
As competências e habilidades cognitivas e afetivas desenvolvidas no
ensino da Química deverão capacitar os alunos a tomar suas decisões em situações
problemáticas, contribuindo para o desenvolvimento do educando como pessoa
humana e cidadão.
Deve-se considerar que a Química utiliza linguagem própria para
representação do real, as transformações químicas, através de símbolos, fórmulas,
convenções e códigos. Assim, é necessário que o aluno desenvolva
competências adequadas para reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo
capaz de entender e empregar, a partir das informações, a representação simbólica
das transformações químicas. A memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas,
nomes de substâncias não contribui para competências e habilidades desejáveis no
Ensino Médio.
13.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Espera-se que o aluno:
- Aprimore seu conhecimento prévio, com o saber científico, podendo
entender como funcionam as tecnologias, atuando nos mais variados segmentos,
dando ênfase ao rural;
- Compreenda e avalie a ciência e a tecnologia químicas sob o ponto de
vista ético para exercer a cidadania com responsabilidade, integridade e respeito;
151
- Identifique a presença do conhecimento químico na cultura humana, em
diferentes âmbitos e setores, como doméstico, comercial e artístico;
- Articule o conhecimento químico e o de outras áreas no enfrentamento de
situações problema;
- Reconheça as responsabilidades sociais decorrentes da aquisição de
conhecimento na defesa da qualidade de vida e dos direitos do consumidor;
- Seja modificador e consciente quanto a situações diárias, em âmbitos
sociais e ambientais voltadas ao universo químico;
- Reconheça o papel do conhecimento químico no desenvolvimento
tecnológico atual em diferentes áreas do setor produtivo, industrial e agrícola;
- Compreenda símbolos, códigos e nomenclatura próprios da Química e da
tecnologia química;
- Seja pesquisador em diferentes fontes de informação.
13.2.1 Objetivos Específicos
Habilitar os alunos a reconhecer os fenômenos físicos e químicos
relacionados com a natureza, realizando discussão constante numa troca de
informações e saberes onde o conhecimento de um enriquece o conhecimento do
outro. Perceber que a Ciência está em constante evolução e entender os passos da
metodologia científica.
Conceituar elemento químico e saber utilizar a sua simbologia. Entender o
conceito de substância simples e composta. Identificar e classificar as misturas bem
como os métodos de separação de cada uma delas.
Conhecer historicamente a origem da palavra átomo e os modelos atômicos.
Caracterizar um átomo por meio do número atômico, do número de massa e
do número de nêutrons e saber diferenciar um átomo neutro de um íon. Reconhecer
a semelhança entre os átomos.
Distribuir os elétrons dos átomos e dos íons de um determinado elemento
químico por camadas e pelo diagrama de Linus Pauling.
Entender a importância do estudo da Tabela Periódica dentro da disciplina
de Química, reconhecendo-a como ponto de partida para a resolução dos problemas
propostos e realçar a importância dos elementos químicos presentes em nosso
cotidiano.
152
Saber interpretar a polaridade das ligações e moléculas e relacionar o tema
com os acontecimentos diários como no caso da solubilidade de substâncias, ou
seja, no preparo do nosso popular “cafezinho”.
Definir e classificar eletrólito. Diferenciar e nomear cada uma das funções
inorgânicas e entender a importância dessas substâncias em nosso dia a dia.
Identificar e diferenciar uma reação de neutralização total e parcial.
Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de cores de
alguns indicadores químicos e escalas de pH.
Compreender a importância de alguns óxidos em nosso dia a dia, como por
exemplo, os óxidos derivados de combustíveis fósseis na formação da chuva-ácida
e do efeito estufa.
Perceber a necessidade de escolher um padrão e de se utilizar uma unidade
compatível com a grandeza a ser medida para pesar átomos e moléculas. Efetuar
cálculos envolvendo massas atômicas, massas moleculares, mol e massas molares.
Notar a importância no cálculo das substâncias químicas que são utilizadas
ou produzidas nas reações e definir esse cálculo como cálculo estequiométrico.
Perceber que, ao se fazer uma reação em ambiente aberto, o oxigênio presente no
ar e em vários casos um dos reagentes. Aplicar o cálculo estequiométrico na
resolução de problemas.
Caracterizar o estado gasoso e suas grandezas fundamentais. Entender a
diferença entre as leis físicas e as volumétricas. Aplicar as leis volumétricas na
resolução de problemas.
Conceituar, definir, classificar e caracterizar as dispersões.
Perceber a diferença entre os diversos tipos de soluções e a diversidade na
utilização delas na prática.
Entender o processo de saturação, construindo e interpretando curvas de
solubilidade de uma substância em função da temperatura.
Compreender o significado de concentração e aplicá-la na prática,
conhecendo e exercitando as diferentes formas de expressá-la.
Relacionar situações do dia a dia na aplicação de conceitos como diluição,
mistura e análise quantitativa de soluções.
Perceber que o estudo das quantidades de calor, liberado ou absorvido
durante as reações químicas, auxiliam na compreensão de fatos observados no dia
a dia.
153
Compreender por que as reações ocorrem com a liberação ou absorção de
calor mediante os conceitos de energia interna e entalpia. Entendendo quais fatores
influenciam nas entalpias das reações e aplicar o método adequado para se calcular
a quantidade de calor envolvida em uma reação que pode ser por energia de
ligação, lei de Hess ou diagrama de entalpia.
Compreender as condições e os mecanismos necessários para a ocorrência
de uma reação química por meio dos conceitos de contato e afinidade química entre
os reagentes.
Calcular a velocidade de uma reação química através de dados registrados
em gráficos ou tabelas.
Valorizar a importância do catalisador em uma reação química e construir
gráficos de energia em função do tempo (ou caminho da reação) de reações
químicas com e sem catalisador.
Entender o que é equilíbrio químico por meio dos conceitos de velocidade
direta e inversa de uma reação química. Diferenciar equilíbrio homogêneo e
heterogêneo. Compreender que o grau e a constante de equilíbrio servem para
medir a extensão de uma reação reversível, isto é, para indicar o ponto em que a
reação alcança equilíbrio. Observar que o deslocamento do equilíbrio obedece
sempre ao princípio de Le Chatelier.
Efetuar o cálculo de pH e pOH de soluções.
Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha (energia química
transformada em elétrica) dos que ocorrem na eletrólise (energia elétrica
transformada em energia química).
Compreender que a oxidação, a redução e, consequentemente, a reação de
oxidação e de redução envolvem transferência de elétrons, definindo agentes
oxidantes e redutores. Calcular o número de oxidação de cada elemento que
aparece em uma fórmula.
Entender o funcionamento e a montagem da pilha de Daniell por meio de
definições de meias células e elétrodos, negativo (ânodo) e positivo (cátodo). Saber
representar e interpretar o funcionamento de uma pilha e a sua aplicação, tais como:
bateria de automóvel ou bateria de chumbo, pilha seca comum, pilhas alcalinas,
pilha de mercúrio, pilha de níquel cádmio, etc.
Conceituar a corrosão como um processo eletroquímico, entendendo a
necessidade prática e a importância na proteção ou de retardamento da corrosão, de
154
alguns materiais.
Ao estudar a história da radioatividade, perceber que a descoberta das
emissões radioativas se deu com a evolução de pesquisas, envolvendo explicações
sobre estrutura atômica. Calcular a velocidade de desintegração radioativa de um
elemento e definir reação nuclear ou transmutação radioativa.
Perceber as aplicações práticas de fissão e fusão nuclear e também os
maiores e os menores perigos das emissões radioativas para os seres vivos.
Perceber a evolução da Química Orgânica por meio dos dois procedimentos
que mais impulsionaram o seu desenvolvimento: as sínteses (criando novas
substâncias ou criando caminhos mais fáceis, mais rápidos e econômicos para obter
substâncias conhecidas) a as análises (para entender a estrutura das substância e,
com esse conhecimento, “imitar” a natureza, produzindo compostos “naturais” ou até
mesmo extrapolar as possibilidades das substâncias da natureza).
Compreender que o átomo de Carbono tem características que o destacam
dos demais elementos (valência, números de possíveis ligações, possibilidade de
formar cadeias, etc.)
Classificar as cadeias carbônicas e descobrir a existência de um grande
número de diferentes compostos orgânicos graças aos diferentes tipos de cadeias e
suas variações.
Saber definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos e suas
subclasses e perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por
meio da observação de seu uso e aplicação. E o mesmo será observado para as
funções oxigenadas.
Saber definir e identificar as diferentes funções orgânicas relacionando-as
com as substâncias comuns utilizadas diariamente. Ter discernimento ao se usar
substâncias como remédios, produtos de higiene pessoal e limpeza, etc, de maneira
que essas substâncias sejam utilizadas para o bem estar do educando e que
também não agrida o meio ambiente.
Definir isomeria plana e espacial e entender quando ocorre a isomeria plana.
Saber fazer a classificação de cada uma delas segundo alguns critérios como:
isomeria de cadeia, de posição de compensação, de função e de tautomeria.
Reconhecer a importância da isomeria na Química Orgânica e na Bioquímica.
Entender o mecanismo de cada uma das reações orgânicas e saber a sua
aplicabilidade no dia a dia.
155
Saber definir, classificar e identificar um polímero e também qual a sua
aplicação no cotidiano.
13.3 METOLOGIA DA DISCIPLINA
A proposta curricular baseia-se na convicção de que o conhecimento é
construído a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, os quais já apresentam
grande quantidade de informações previamente adquiridas. Torna-se assim
indispensável aproveitar estes conhecimento para evoluir ao conhecimento mais
significativo, aproximando-o ao conhecimento sistemático, lógico e científico.
A carga de informações que o aluno traz é a mais variada, e depende
basicamente de suas origens, o que dificulta uma metodologia adequada a todos os
alunos. Assim a prática pedagógica será flexível com relação aos conteúdos, o que
levará em consideração o desenvolvimento e a necessidade dos alunos construindo
um conhecimento mais sólido e efetivo.
Serão considerados alguns tópicos como a história e a cultura afro-brasileira,
história e a cultura indígena, visto que esse tema faz parte da cultura do povo
brasileiro. Outro tema importante é a educação ambiental, já que maus hábitos
humanos implicam na degradação do Planeta, e a educação ambiental vem a
corrigir estes hábitos e diminuir o impacto antropológico no ecossistema.
Temas como a História da Química servirão como ferramenta de
aprendizagem, demostrando que a ciência é algo que está em constante
transformação e desmistificando as descobertas científicas, bem como as ações que
fundamentaram estes experimentos.
Enquanto educadores temos constante preocupação que nossos alunos
compreendam o valor científico da Química, fazendo relação entre teoria e prática.
Para isso, a metodologia deve ser diversificada, de maneira a possibilitar aos
educandos a construção de conceitos químicos que lhes proporcionem melhor
compreensão da sua realidade e da realidade do outro.
O ensino deve ser contextualizado para que os alunos adquiram seus
conceitos, favorecendo o processo ensino-aprendizagem. A resolução de problemas
deve estar presente em todos os momentos, devendo-se fazer uso também das
demais tendências da Educação Química, como a utilização da Tabela Periódica, o
uso de Mídias Tecnológicas e a História da Química.
156
A resolução de situações problemas permite que o professor desafie e
resgate o prazer da descoberta. Ao resolver problemas, os alunos são desafiados a
pensar quimicamente.
Também é importante na Química relacionar teoria e prática, ambos
caminham juntos e se relacionam, e é muito importante que o aluno possa perceber
o conceito sendo contemplado na prática, verificar sua importância e existência, para
assim formular conceitos mais globalizantes dentro da disciplina. Muitas vezes a
teoria por si só não basta, o aluno precisa entender o micro e o macroscópico e sua
relação, principalmente dentro da Química.
No início quando tratamos de átomo, suas propriedades, fica um pouco
abstrata a disciplina, se formulado apenas os modelos de átomo, em duas
dimensões e sem recorrer a exemplos cotidianos e a práticas de laboratório. No
entanto não podemos recorrer a este artifício com frequência em nosso colégio visto
que não há laboratório de Ciências, e as práticas têm que ser desenvolvidas em
sala, com uso de equipamentos alternativos e dependendo da astúcia e boa vontade
de alunos e professores.
Essa metodologia favorece a prática pedagógica, aumentando a participação
dos estudantes e proporcionando a contextualização e a interdisciplinaridade. Um
problema, para ser verdadeiro para o estudante, deverá provocar conflito cognitivo,
desequilíbrio, enfim, deve configurar-se em um obstáculo a ser ultrapassado e
sabemos que os obstáculos só são superados a partir do momento em que o
estudante tiver liberdade para construir seus conhecimentos químicos, oportunidade
para pensar quimicamente e chances de “errar mais” sem ser punido por seus erros,
ou seja, é necessário que ele, ao invés de ser protegido contra o erro, seja exposto
ao erro muitas vezes, sendo encorajado a detectar e a demonstrar o que está
errado, e por que.
Desenvolver a habilidade para resolver problemas é necessário em todos os
níveis de ensino e para isso não existe uma receita pronta. Cada professor,
conhecendo seus alunos e, de acordo com suas experiências, constrói a sua prática.
É importante destacar não só a resposta correta, mas o aparecimento de diversas
soluções, comparações, verbalizações, discussões e justificações do raciocínio.
São várias as mídias tecnológicas disponíveis, entre elas, o computador, a
calculadora, a TV multimídia, o uso de softwares, aplicativos da internet e
documentários. Os ambientes motivados pelas mídias tecnológicas dinamizam os
157
conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Possibilitam a
experimentação, a observação e a investigação, potencializando formas de
resolução de problemas.
Em relação ao computador, é preciso ter claro que o seu uso é muito
importante para atingir o objetivo de compreender ou construir um conceito ou
conteúdo, e que apenas aprender manipulá-lo, enquanto ferramenta, não é o foco
desejado, sendo fundamental o trabalho do educador enquanto mediador de todo o
trabalho, considerando os aspectos pedagógico e psicológico.
É de grande importância que seja feito um trabalho voltado para a História
da Química para que a aprendizagem dessa disciplina tenha sentido para os
estudantes. O saber, historicamente construído, precisa ser trabalhado com nossos
alunos, para que eles possam valorizar o conhecimento, sentirem-se motivados para
resolverem problemas, fazendo uma reflexão sobre a produção histórica do
conhecimento, com o conhecimento contemporâneo da Química, bem como sua
utilidade em todos os campos da Ciência, possibilitando ao aluno analisar e discutir
razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos.
Portanto, o professor deve mostrar que a Química não é algo estático, que
essa ciência tem uma história, procurando fazer o seu trabalho com resolução de
problemas de forma instigante, partindo de situações tanto do cotidiano como outras
científicas, tendo consciência de que o conhecimento científico deverá estar sempre
em constante construção.
13.3.1 Encaminhamentos Teórico Metodológicos e Recursos
A Química é tida como uma ciência difícil e principalmente abstrata, sendo
difícil para o aluno visualizar o microscópico (prótons, elétrons, nêutrons, átomos) e
transmiti-lo para fenômenos no macroscópico, para tal o professor desta Ciência
deve fazer uso de diversas metodologias afim de aprimorar seu vasto conhecimento
prévio de experimentação do senso comum - principalmente do campo, um bom
laboratório para o estudo da Química – em conhecimento científico sistematizado, de
forma que este aluno possa intervir em seu ambiente de forma correta nos mais
diversos campos, tais como: comercial, rural, ambiental, social, industrial, acadêmico
e/ou econômico dependendo de sua necessidade e anseio. Além do mais sabemos
que existem alunos que aprendem em tempos diferentes e de formas diferentes
158
(sinestésicos, auditivos ou visuais) e é papel do professor intervir neste processo.
Para tal, usa-se no ensino de Química os seguintes encaminhamentos
metodológicos:
- Exposição em lousa, de sala de aula;
- Livro didático público e da SEED;
- Pesquisa bibliográfica, tais como separação de misturas e ácidos e bases;
- Lista de exercícios;
- Atividade experimental e relatórios práticos em sala com materiais alternativos;
- Exposição oral;
- Trabalho em grupo;
- Trechos de filmes e documentários;
- Utilização da TV multimídia com figuras ilustrativas e pequenos filmes,
documentários e trechos de filmes, de utilização aberta;
- Uso do laboratório de informática, Paraná digital;
- Debates, envolvendo principalmente temas ambientais e sociais;
- Xérox de textos e artigos, bem como sua interpretação;
- Atomic ligações;
- Jogos didáticos.
Nos seguintes recursos didáticos: Lousa e giz, TV multimídia, laboratório de
informática, jogos didáticos, atomic ligações, xérox.
13.4 PROGRAMAS SOCIOEDUCACIONAIS
Os chamados Programas Socioeducacionais permeiam nosso currículo
como condições de compreensão do conteúdo em sua totalidade, fazendo parte da
intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa
compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas
determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e
Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à
Violência e Prevenção ao uso Indevido de Drogas, sendo que estes programas têm
obrigatoriedade de constarem no currículo do aluno, sendo garantido este na forma
da lei:
- História Cultura Afro-Brasileira (Lei 10639/03) e Cultura Indígena (Lei 11645/08);
- Meio Ambiente (Lei 9795/99);
159
- Direito da Criança e do Adolescente (Lei 11525/07);
- História do Paraná (Lei 13181/01);
- Música (Lei 11769/08);
- Educação Tributária e Fiscal (Decreto 1143/99, portaria 413/02).
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e, por isto, prementes na sociedade contemporânea. São
aspectos considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão
presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educandos
e educadores.
Os programas socioeducacionais, correspondem a questões importantes,
urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e
aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua
complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas
convencionais, é necessário que a escola trate de questões que interferem na vida
dos educandos e com os quais se veem confrontados no seu dia a dia.
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes ou, ainda, melhor dizendo, buscando o fortalecimento e
a aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em
ações, visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.
Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso
ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de
oportunidades, mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma
forma de respeito às diferenças individuais, priorizando em nossas ações a
participação e a aprendizagem de todos, independentemente de quaisquer que
sejam suas singularidades.
Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores
familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados, assentados,
negras e negros, povos indígenas, jovens, pessoas lésbicas, gays, travestis e
transexuais. Bem como, assumir a continuidade das discussões etnicorraciais.
Sempre ressaltando que somos colégio do Campo, devemos manter fortes nossas
raízes, nossa identidade e costumes, bem como educação diferenciada que
merecemos.
Não nos esquecendo de temas oriundos do mundo moderno, que devem
160
permear e sempre que necessário serem trazidos à tona em qualquer momento,
dependendo da necessidade, são eles: Sexualidade, Gênero e Diversidade Sexual.
Dentro das escolas somos um só, não pode haver diferenças entre homem ou
mulher e devemos ainda respeitar a diversidade sexual, sabendo que cada pessoa é
única e possui liberdade de escolhas em sua vida.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial
atitudes coletivas, as quais devem ser constantes, pois são de grande significado
para todos os profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos
(educandos e educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso
ou o fracasso escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o
enfrentamento dos diversos preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e
à permanência com qualidade no processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à música, Educação
das Relações Etnicorraciais e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores
desta instituição de ensino assumimos na perspectiva de uma escola pública,
necessária para o desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluriétnica e
multicultural.
13.5 CONTEÚDOS
A organização curricular dos conteúdos segue a concepção proposta pelas
diretrizes para a Rede Pública Estadual que está justificada e fundamentada pelos
conceitos de conhecimento, conteúdos escolares, interdisciplinaridade,
contextualização e avaliação.
De acordo com esta concepção, são apontados como conteúdos que
estruturam a base desta disciplina as substâncias e os materiais. Estes, por sua
vez, são denominados conteúdos estruturantes, devendo os mesmos serem o foco
principal de todo o trabalho pedagógico nesta disciplina. São conteúdos
estruturantes da Química: Matéria e sua natureza, biogeoquímica e Química
Sintética, que sustenta a ideia de composição, propriedades e transformação dos
materiais.
Por serem fundamentais, os conteúdos básicos são tomados como ponto de
partida para a proposta pedagógica curricular, assim serão acrescentados outros
161
conteúdos quando houver a necessidade a fim de enriquecer o trabalho na
disciplina. São conteúdos básicos: matéria, soluções, velocidade das reações,
equilíbrio químico, ligações químicas, reações químicas, radioatividade, gases e
funções químicas.
Nos conteúdos trabalhados será considerada uma Química voltada aos
aspectos produtivos do campo, temas que serão inseridos nos planos do campo
como: solo, água, ar, trabalho, insumos químicos, adubos, resíduos, polímeros, etc.,
que é a ferramenta de trabalho de um trabalhador rural. A Química terá o caráter não
só informativo mas formativo, cujo principal objetivo da disciplina é modelar um
cidadão mais crítico com relação ao ambiente que ocupa.
A experimentação mostra que é possível trabalhar os conteúdos de forma
mais dinâmica e apresentando resultados mais significativos, pois torna-se mais
atrativo para o aluno e faz um intercâmbio com a abstração, uma vez que, aquilo que
era intocável torna-se visível e palpável.
Outro fator que deve ser citado é a interdisciplinaridade, o que torna as
disciplinas mais próximas e com maior interatividade. Disciplinas que apresentavam
uma ligação distante, agora estão em intensa interação, e melhor ainda
complementam-se tornando o conhecimento mais significativo para os alunos.
13.5.1 Conteúdos Estruturantes
Segundo as Diretrizes Curriculares (2006), entende-se por conteúdos
estruturantes, “os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que
identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino”, os quais
se constituem historicamente e são legitimados nas relações sociais.
Os conteúdos estruturantes são:
• Matéria e sua Natureza: estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da
matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e
representações.
• Biogeoquímica: caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera,
litosfera e atmosfera.
• Química Sintética: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos
farmacêuticos, indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes,
162
edulcorantes), fertilizantes, agrotóxicos. Avanços tecnológicos, obtenção e produção
de materiais artificiais que podem substituir os naturais
13.5.2 Conteúdos Básicos
Matéria;
Solução;
Ligações Químicas;
Funções Químicas;
Reações Químicas;
Velocidade das reações;
Gases;
Equilíbrio Químico;
Radioatividade.
13.5.2.1 Conteúdos Específicos por série
1ªSérie
• Matéria e Energia:
Propriedades;
Fases de Agregação;
Sistemas;
Fenômenos Físicos e Químicos.
• Substância:
Pura e Composta;
Sistemas homogêneos e heterogêneos;
Processos de separação de misturas.
• Modelos Atômicos:
Histórico e evolução;
Modelo Atômico de Dalton;
Modelo Atômico de Thomson
Modelo Atômico de Rutherford;
Modelo Atômico de Bohr.
• O Átomo:
163
Íons Cátions e Ânions;
Isótopo, isóbaro, isótono e espécies isoeletrônicas;
Prótons, elétrons e nêutrons;
Números quânticos;
Distribuição Eletrônica de Linus Pauling para átomos, íons e divisão em
camadas.
• Tabela Periódica:
Histórico;
Divisões da tabela;
Nome, símbolo, número de massa e atômico;
Períodos e Famílias;
Propriedades Periódicas e Aperiódicas
• Ligações Químicas:
Ligação Iônica;
Ligação Covalente;
Ligação Metálica.
• Geometria Molecular:
Estrutura Espacial das Moléculas;
Polaridade das Ligações;
Polaridade das Moléculas;
Forças Intermoleculares.
• Funções Inorgânicas:
Ácidos – nomenclatura, classificações e propriedades, usos cotidianos;
Bases – nomenclatura, classificações e propriedades, os cotidianos;
Sais – nomenclatura, classificações e propriedades, os cotidianos;
Óxidos – nomenclatura, classificações e propriedades, usos cotidianos.
• Nox:
• Reações Químicas:
Definição e aplicação;
Classificações;
Balanceamento.
• Cálculos Químicos:
Massa Molecular;
Número de mols;
164
Número de Avogrado;
Fórmula Química;
Fórmula Centesimal;
Fórmula Mínima;
Fórmula Molécula.
• Cálculo Estequiométrico:
Pureza dos reagentes;
Rendimento.
• Estudos dos Gases:
Características do Estado Gasoso;
Variáveis de estado do gás ideal;
Leis dos Gases;
Equação de Clapeyron.
2ª Série
• Soluções
Dispersões;
Classificações das soluções;
Coeficiente de solubilidade;
Concentração das soluções: concentração comum, densidade, concentração
em mol/L, título em massa e em volume. Análise volumétrica. Diluição e Misturas das
soluções.
• Propriedades coligativas:
Aplicação cotidiana;
Ebulioscopia;
Crioscopia;
Tonoscopia;
Pressão osmótica;
Diagrama de fases.
• Termoquímica:
A energia e as transformações da matéria;
Reações Endotérmicas e Exotérmicas;
Fatores que influem nas entalpias;
Equação termoquímica;
Entalpia de Ligações;
165
Cálculo da entalpia;
Lei de Hess;
Energia dos alimentos.
• Cinética Química:
Velocidade das reações químicas;
Aplicação cotidiana de reações rápidas e lentas;
Fatores que interferem na velocidade das reações;
Catalisador;
Equação da velocidade e ordem.
• Equilíbrio Químico:
Estudo geral dos equilíbrios químicos;
Deslocamento do equilíbrio;
Equilíbrios Iônicos em geral;
Cálculo do pH e pOH;
Equação do equilíbrio.
• Eletroquímica:
Reações de oxi-redução;
Pilha de Daniell;
Eletrodo padrão de hidrogênio e cálculo da ddp;
As pilhas em nosso cotidiano;
Corrosão;
Eletrólise.
• Radioatividade:
Histórico da descoberta da radioatividade;
Emissões radioativas;
A natureza das radiações e suas leis;
Reações artificiais de transmutação;
Cinética radioativa e suas equações;
Fissão e Fusão Nuclear;
Aplicações das reações nucleares;
Perigos e acidentes nucleares.
3ª Série
• Características dos Compostos Orgânicos:
Histórico da Química Orgânica;
166
Postulados do carbono;
Aplicação e importância;
Carbono – ligações e hibridação;
Características dos átomos de carbono;
Classificação das cadeias carbônicas;
Classificação dos átomos de carbono na cadeia carbônica.
• Funções Orgânicas:
Noções de Nomenclatura Oficial (IUPAC)
Função Hidrocarboneto: alcanos, alcenos, alcinos, dienos, cíclicos e
aromáticos. Petróleo e seus derivados;
Funções Oxigenadas: Álcoois, Enóis, Fenóis, Éteres, Ésteres, Aldeídos,
Cetonas e
Ácidos Carboxílicos;
Compostos Halogenados – Haletos;
Compostos Nitrogenados – Aminas, Amidas, Nitrilos e Nitrocompostos;
Composto Organometálicos;
Compostos Sulfurados;
Composto de Função Mista.
• Isomeria:
Isomeria Plana;
Isomeria Espacial;
Isomeria Óptica.
• Reações Orgânicas:
Reações de Adição;
Reações de Substituição;
Reações de Eliminação;
Reações de Oxidação;
Reações de Redução.
• Polímeros:
Classificação;
Principais Polímeros.
• Aplicação da Química Orgânica (agrotóxicos, perfumes, dentre outros temas) e
bioquímica.
• Química Ambiental
167
Tipos de poluição;
Ciclos biogeoquímicos;
Tratamento da água;
Ciência como construtora de uma nova realidade ambiental;
Protocolos de proteção ambiental e leis.
13.6 AVALIAÇÃO
A avaliação terá caráter diagnóstico, a fim de se obter informações sobre o
processo de construção do conhecimento, este será avaliado durante o trabalho e
constantemente, para fornecer informações sobre o desenvolvimento e o
desempenho dos alunos na construção do conhecimento, bem como a reavaliação
das atividades pedagógicas do professor.
Este tipo de processo avaliativo leva em conta os conhecimentos prévios
dos alunos, que valorizam a carga de conhecimentos já trazida com o aluno, que é
trabalhado na construção e reconstrução dos conceitos. Assim será necessário a
avaliação das várias formas de expressão dos alunos através da leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação das tabelas,
pesquisas, seminários, observações experimentais, trabalhos em grupos, etc., onde
vários destes instrumentos deverão ser escolhidos e selecionados de acordo com a
tarefa a ser proposta.
O processo avaliativo serve para a verificação do norteamento das
atividades desenvolvidas, quando constatada deficiência esta deverá ser sanada.
Uma vez que o aluno não atingiu a média para a sua aprovação no curso, será
desenvolvida uma avaliação de recuperação parcial.
Temos o hábito de avaliar nossos alunos apenas comparando-os com os
melhores, quando na verdade deveríamos compará-los como eles próprios,
ignoramos o seu esforço, avaliamos apenas pelo erro, desconsiderando seus
progressos.
Mais importante do que a nota, é a atitude a ser tomada após a avaliação,
considerando que a mesma implica, muitas vezes, em mudança de postura e
procedimentos por parte do professor. Diante da avaliação devemos ter uma postura
que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar
os problemas que lhes são propostos e a partir do diagnóstico de suas deficiências,
168
procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo. Portanto não
basta constatar os erros, é preciso explorar as possibilidades advindas desse erro,
corrigi-lo, mostrar o que o aluno aprendeu e não só o que errou, valorizando as
tentativas feitas.
13.6.1 Instrumentos de avaliação
No processo avaliativo, segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná
(2008), é necessário que o professor faça encaminhamentos, que pressupõem a
observação e a intervenção por meio de formas escritas, orais e de demonstração,
inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manipuláveis, computador e calculadora. Desta forma, entende-se que o professor
deve problematizar:
• Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?
• Que conceitos adotou para resolver uma atividade de maneira equivocada?
• Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos?
• Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos?
• Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma tentativa
mecânica de resolução?
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos
científicos. Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados
dos conceitos científicos” (MALDANER, 2003, p.144). Valoriza-se, assim, uma ação
pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno,
para (re)construir os conhecimentos químicos.
Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens históricas,
sociológicas, ambiental e experimental dos conceitos químicos (DIRETRIZES
CURRICULARES DE QUÍMICA). Para isso as avaliações poderão ser por meio de:
• observação direta do crescimento do aluno (analisar o entendimento e a interação
do aluno com relação ao conteúdo trabalhado);
• trabalhos em grupo (interatividade e compreensão do conteúdo para realizar a
atividade proposta);
• trabalhos individuais (construção do conhecimento do indivíduo);
• teste simulado durante as aula (colocar em prova a apropriação do conteúdo);
• provas (somatórias e diagnósticas – será analisado se o aluno está se apropriando
169
ou não do conteúdo, caso não ocorra essa apropriação o conteúdo será retomado e
novamente avaliado);
• participação nas aulas (argumentações orais, formação de conceitos científicos);
• relatório da aula (saber elaboração textos e relatos do conhecimento científico
apropriado em sala de aula).
Enfim, participação em qualquer atividade escolar voltada à Química seguindo
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96) e Deliberação nº 07/99/CEE.
O plano de avaliação será flexível e irá depender da necessidade da
realização de cada uma das atividades acima, contudo, necessariamente serão
realizadas no mínimo 2 (duas) provas escritas, totalizando (6,0) e o restante da nota
(4,0), serão designados paras as demais atividades. Podendo este peso ser alterado
de acordo com a necessidade da turma.
13.6.2 Recuperação
A recuperação dos conteúdos será concomitante, preventiva e imediata, ou
seja, ela ocorrerá no decorrer do bimestre. Após cada avaliação ou trabalho
realizado, de acordo com a necessidade, será feito recuperação de conteúdos, por
meio de atividades diferenciadas que levem o aluno a refletir e, em consequência,
construir, o conceito ou conteúdo científico em questão.
Será feita a retomada de conteúdos paralela em qualquer período do
bimestre e se necessário recuperação de todas as atividades avaliativas ao final de
cada bimestre, fazendo-se outra atividade com mesma finalidade pedagógica e de
mesma nota, ficando a critério do aluno participar dela ou não.
13.7 REFERÊNCIAS
BAIRD, C. Química Ambiental. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
FIGUEIREDO, Welder; LIMA, Maria Emília Caixeta. Educação em Ciências, Letramento e Cidadania. Química Nova na escola. São Paulo- SP, n.26, p. 03-09, Novembro, 2007.
FONSECA, M.R. M. Química Integral. São Paulo: FTD, 2003. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
170
MACHADO, Patrícia Fernandes Lootens; MOL, Gérson de Souza. Experimentando Química com segurança. Química Nova na escola. São Paulo- SP, n.27, p. 57-60, Fevereiro, 2008.
MALDANER, O. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí: Unijuí, 2000.
PARANÁ/SEED. Educação do Campo. Vários autores, 2009. PARANÁ/SEED. Cadernos Temáticos. Educação do campo. Vários autores, 2008 PARANÁ/SEED. Instrução no 017/06 SUED. SEED. Curitiba, 2008. PARANÁ, DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. Química. Secretaria de Estado da Educação - SEED, 2008. PARANÁ/SEED. Orientações para organização do projeto político pedagógico. SEED. 2007. PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 2002. ROCHA, J. C.; ROSA, A.; CARDOSO A. Introdução à Química Ambiental. Porto Alegre: Bookman, 2004.
SARDELLA, A. Química. Volume único. 5 ed. São Paulo: Ática, 2000.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas/SP: Autores Associados, 1993, p.20-28.
SCHNETZLER, Roseli P. A pesquisa no Ensino de Química e a Importância da Química Nova na Escola. Química Nova na escola. São Paulo- SP, n.20, p.49-54, novembro, 2004.
SEED. Livro didático do Estado do Paraná, 2009.
TITO & CANTO. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna.
USBERCO, J., SALVADOR, E. Química. Volume único. 8 ed. São Paulo: Saraiva, 2010. VANIN, J. Alquimistas e químicos. 2 ed. São Paulo, SP: Moderna,1994. WILDSON, Luis Pereita; MOL, Gérson de Souza; SILVA, Roberto Ribeiro; CASTRO, Eliana Nilvana; MATSUNAGA, Roseli. Química e Sociedade: uma temática para o desenvolvimento de atitudes e valores. Química Nova na escola. São Paulo- SP, n.20, p. 11-14, Novembro, 2004.
171
14 DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
14.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações
sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a
sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no
auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar
conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa
maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo
para digeri-los.
Em verdade, as transformações provocadas nas esferas política, social e
cultural da sociedade moderna têm raízes muito próximas e não podem ser
imputadas apenas aos acontecimentos externos, uma vez que se tratam de
revoluções, movimentos inovadores de longo curso e profundidade nas alterações
de comportamentos. Alimentada pelos iluministas, a Declaração Universal dos
Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, é o documento simbólico do mundo
moderno e ainda hoje embasa os Estados democráticos. Assolado por crises
sociais, o capitalismo liberal confirma os empresários industriais e o proletariado
urbano em posições sociais distintas. Em mútua influência, os acontecimentos
provocam e são provocados por movimentos nas ideias, nas artes, nos costumes
sociais, fazendo com que o Iluminismo, o racionalismo e o positivismo delineassem
uma ciência da sociedade, como necessidade histórica.
Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do
mundo, o período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas
transformações na concepção do poder político, não mais emanado de Deus, pela
reorganização do poder e a constituição dos Estados-nação. Também, a forma de
produzir a sobrevivência material da sociedade passou por mudanças, com a
destruição da servidão e da organização camponesa, a consequente emigração da
população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa da atividade
artesanal em manufatureira.
Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações
de trabalho mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de
172
diferentes interesses na sociedade. Todas as mudanças que se processaram,
resultaram de desequilíbrios, perturbações, rebeliões, protestos, reformas,
conspirações, novas condições de vida para a população e, sobretudo, aqui e ali, o
aparecimento de uma consciência social acerca das condições de vida, embora não
explícita nem extensiva.
Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a Sociologia
faz emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca
de solução pelos primeiros pensadores sociais (COMTE, DURKHEIM, WEBER E
MARX). A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da
sociedade industrial e toda a contradição deste processo.
Os clássicos são a ponta de lança do conhecimento da realidade social e
ainda os faz presentes na Sociologia contemporânea. Pensaram a sociedade
europeia da sua época, valendo-se da ciência para compreender o sentido da crise
que a acometia. Cada qual lhe lançou um olhar: Marx analisou a dinâmica das
relações sociais presentes no capitalismo, por sua vez, vale-se da metodologia
funcionalista para explicar o princípio da integração social; e Weber persegue o
princípio da racionalização social buscando o significado das ações sociais, no
entendimento de que a subjetividade é um momento necessário do processo
objetivo de conhecimento.
14.2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Proporcionar uma compreensão aprimorada do mundo social, pautada na
sociologia crítica que analisa a realidade em sua perspectiva de prática e de crítica
social, buscando reconstruir com o aluno os conhecimentos que ele já dispõem, de
maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às
determinações históricas nas quais se situa, na capacidade de intervir e transformar
as práticas sociais cristalizadas. A finalidade desta disciplina tem como pressuposto
teórico contribuir para a formação e o conhecimento sobre os diversos modos que a
sociedade está constituída, onde o educando possa interagir no meio que se
encontra, possibilitando assim uma transformação tanto do próprio indivíduo como
também da sociedade como um todo.
173
14.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO
O Processo de Socialização
Instituições Sociais
Processo de Socialização
Instituições Sociais: Familiares;
Religiosas e Escolares
Instituições de Reinserção: Prisões;
Manicômios; Educandários, Asilos, etc.
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO
Cultura e Indústria Cultural
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Desenvolvimento
antropológico do conceito
de cultura e sua
contribuição na análise das
diferentes sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria Cultural;
Meios de Comunicação de
Massa;
Sociedade de Consumo;
Indústria Cultural no Brasil;
Questões de Gênero;
Culturas afro-brasileiras e
africanas
Culturas indígenas;
O conceito de trabalho e o
trabalho nas diferentes
sociedades;
Desigualdades Sociais:
estamentos, castas, classes
sociais;
174
Organização do trabalho
nas sociedades capitalistas
e suas contradições;
Globalização e
Neoliberalismo;
Relações de Trabalho;
Trabalho no Brasil.
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO
Poder, Política e Ideologia
Formação e desenvolvimento
do Estado Moderno;
Democracia, Autoritarismo,
Totalitarismo;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e
legitimidade;
As expressões da violência nas
sociedades contemporâneas.
14.4 METODOLOGIA
Os temas referentes ao estudo da sociologia serão abordados de modo a
incitar os alunos em sua curiosidade em relação ao conteúdo da disciplina,
isentando-se o dogmatismo e/ou doutrinações. Para tanto serão utilizados como
recurso didático: música, jornais, filmes, fotos, vídeos, textos diversificados e livro
didático. A metodologia das aulas estará pautada nas seguintes técnicas: aulas
expositivas, TV pendrive, seminários, estudos dirigidos em sala de aula, atividades
escritas e orais em grupo ou individual e dentro das possibilidades de pesquisa de
campo.
Dentro deste contexto serão abordadas questões sociais, que são tratadas
175
por leis específicas e estão diretamente relacionadas com a educação como:
Lei 11645/08 - que trata da obrigatoriedade do ensino sobre a Cultura
Indígena;
Lei 10639/03 - que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afro-Brasileira;
Lei 9795/99 - que trata da Política Nacional de Educação Ambiental;
Lei 11525/07- Direito da Criança e do Adolescente;
Lei 13181/01- História do Paraná;
Lei 11769/08 – obrigatoriedade do ensino da Música;
Decreto 1143/99 – Educação Tributária e Fiscal – Portaria 413/02
Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003): conteúdos voltados ao processo de
envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar
o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.
Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997): Educação para o trânsito.
A legislação supracitada será abordada de acordo com o conteúdo em
pauta, bem como outros temas: enfrentamento à violência na escola, prevenção
contra o uso indevido de drogas, sexualidade (diversidade sexual e gênero).
14.5 AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a
prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza
e a coerência na exposição de ideias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos a
serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os
problemas sociais, a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e
criativas, para reverter práticas de acomodação, e sair do senso comum, são ações
que indicam aos professores o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano
de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,
que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo,
seja a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação da teoria à
prática. Enfim várias podem ser as formas desde que se tenha como perspectiva, ao
selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
176
apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Partindo do pressuposto de que a avaliação trata-se de um processo
contínuo, a recuperação será feita concomitantemente ao processo de ensino
aprendizagem. A serem observados problemas relacionados ao não aproveitamento
do conteúdo, o professor pode recorrer a outras metodologias para que o objetivo do
ensino aprendizagem seja alcançado.
14.6 REFERÊNCIAS
APLLE, Michael. Educação e Poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. ARON, Ramond. As Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 2002. CARVALHO, Leyue. Mato Grosso. Ijuí: Unijuí, 2004. DCE. Diretrizes Curriculares de Sociologia Para a Educação Básica. Curitiba, PR, 2008. GASINO, Wilson J. Histórias Sobre Corrupção e Ganância. Curitiba, 2006. GIDDENS, Antony. Sociologia. Porto Alegre: Artend, 2005. GRUPIONI, Luis Donizete Benzi. São Paulo: Global, 2005. IACOCCA, Liliana e Michele. De Onde Você Veio? Discutindo Preconceitos. São Paulo: Ática, 2005. NAZARI, Rosana Kátia. Sociologia Política e Construção de Cidadania no Paraná. Cascavel: Edunioeste, 2002. PERIS, Alfredo Fonseca. Estratégias de Desenvolvimento Regional. Região Oeste do Paraná, Cascavel: Edunioeste, 2003. RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. ROLIM, Rivail, Carvalho. O Policiamento e a Ordem. História da Polícia em Londrina. Londrina: UEL, 1999. SILVA BENTO, Maria Aparecida. Cidadania em Preto e Branco. São Paulo: Ática, 2005.
177
15 CELEM - LÍNGUA ESPANHOLA
15.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA
Diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua estrangeira
consolidou-se historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da
escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de
Língua Estrangeira possa ter papel democratizante das oportunidades, e um
instrumento de educação que auxilie o aluno como sujeito e construa seu processo
de aprendizagem.
A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o
desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e escrita.
O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do conhecimento
e à formação cidadã, e que a língua aprendida seja caminho para o reconhecimento
e compreensão das diversidades linguísticas e culturais já existentes e crie novas
maneiras de construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a
escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de
comunicação.
Sendo assim, o objetivo do curso de Língua Estrangeira Moderna é
possibilitar e aumentar a percepção do aluno como ser humano e cidadão,
integrante do mundo social. Para que isso seja possível é fundamental que o ensino
de LEM seja fundamentado pela função social desse conhecimento na sociedade
brasileira.
O trabalho com essa disciplina deve possibilitar aos alunos e ao professor
acesso a novas informações, a ver e entender o mundo construindo significados,
além daqueles que são possíveis na língua materna. Dessa forma, o conhecimento
de uma língua estrangeira colabora para a elaboração da consciência da própria
identidade, pois o aluno percebe-se também como sujeito dessa identidade, como
cidadão histórico e social. Língua e cultura constituem os pilares da identidade do
sujeito e da comunidade como formação social.
O caráter prático do ensino de LE permite a produção de informação e o
acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com
semelhantes e diferentes. Possibilita análise de paradigmas já existentes e cria
novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir significados para entender
178
e estabelecer uma nova realidade e compreender as diversidades linguísticas e
culturais que influenciarão de forma positiva no aprendizado da língua como
discurso para que o aluno se constitua socialmente.
O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de
interagir criticamente com o mundo e o ensino da língua espanhola deve contribuir
para esse fim. Deve ultrapassar as questões técnicas e instrumentais e centrar-se na
educação para que o aluno reflita e transforme a realidade que se lhe apresenta,
entendendo essa realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e culturais, percebendo que essa realidade é inacabada e está em
constante transformação. É preciso trabalhar a língua como prática social
significativa: oral e/ou escrita.
Faz-se necessário que o professor leve em consideração a experiência no
trabalho com a linguagem que o aluno já possui, bem como o meio que o cerca,
neste caso a Educação Do Campo, e que ele tenha que interagir com uma nova
discursividade, integrando assim elementos indispensáveis da prática como:
conhecimentos linguísticos, discursivos culturais, e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta. Os discursivos são diferentes gêneros que constituem a
variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos. Os culturais, a
tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja, a
forma como um grupo social vive e concebe a vida. Os sócio-pragmáticos, aos
valores ideológicos sociais e verbais que envolvem o discurso em contexto sócio-
histórico particular.
Alem disso uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividade significativa em língua estrangeira, nas quais as
práticas de leitura, escrita e oralidade interajam entre si e constituam numa prática
sócio-cultural
15.2 OBJETIVO GERAL
Possibilitar aos alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de
comunicação, inseridos na sociedade como participantes ativos, não limitados às
suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e
179
outros conhecimentos.
15.2.1 Objetivos específicos
Contribuir para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as
convenções, os valores de seu grupo social, de forma crítica, percebendo que não
há um modelo a ser seguido ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas
diferentes possibilidades que os seres humanos elegem para regular suas vidas e
que são passíveis de mudanças ao longo do tempo, levando o mesmo a exercer
uma atitude crítica, transformadora, enquanto sujeito atento ao ambiente sócio-
histórico-ideológico que pertence;
Contribuir para a aquisição e consolidação de conhecimentos e habilidades
necessárias, para futura inserção no mercado de trabalho;
Atuar decisivamente no processo de construção da cidadania e da
igualdade, proporcionando acesso à totalidade de conhecimentos e recursos
culturais socialmente relevantes;
Proporcionar ao aluno o acompanhamento da evolução do conhecimento
humano, desenvolvendo uma visão abrangente em relação à cultura de outros
povos;
Proporcionar ao aluno a chance de fazer uso da língua que está aprendendo
em situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas
linguísticas descontextualizadas;
Facilitar ao aluno a compreensão de que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
Contribuir para que o aluno tenha maior consciência sobre o papel das
línguas na sociedade, reconhecendo e compreendendo a diversidade linguística e
cultural, bem como seu seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
15.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
São entendidos como saberes mais amplos da disciplina e podem ser
desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de
conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. O discurso constituirá o
conteúdo estruturante entendido como prática social sob seus vários gêneros.
180
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às
regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua
que se lhe apresenta.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada
gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma
sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
CONTEÚDOS P1 e P2:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS: ORALIDADE
Tema do texto;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüística.
Fatores de textualidade centradas no texto:
Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
(gírias, expressões, repetições);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrita.
CONTEÚDO BÁSICO: LEITURA
Tema do texto;
Conteúdos temáticos do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
181
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual.
Fatores de textualidade centrados no texto:
Intertextualidade;
Léxico, repetição, conotação, denotação;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
Partículas conectivas básicas do texto.
CONTEÚDO BÁSICO: ESCRITA
Tema do texto;
Conteúdo temático do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Propriedades, estilísticas do gênero;
Aceitabilidade do texto;
Finalidade do texto;
Informatividade do texto;
Intencionalidade do texto;
Situacionalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Conhecimento de mundo;
Temporalidade;
Referência textual;
Fatores de textualidade centradas no texto:
Intertextualidade;
Vozes do discurso: direto e indireto;
Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das
palavras;
182
Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)
CONTEÚDOS BÁSICOS – P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de
circulação:
Bilhete
Carta pessoal
Cartão felicitações
Cartão postal
Convite
Letra de música
Receita culinária
Esfera publicitária
de circulação:
Anúncio**
Comercial para
radio*
Folder
Paródia
Placa
Publicidade
Comercial
Slogan
Esfera produção de
circulação:
Bula
Embalagem
Placa
Regra de jogo
Rótulo
Esfera
jornalística
de circulação:
Anúncio
classificados
Cartum
Charge
Entrevista**
Horóscopo
Reportagem**
Sinopse de
filme
Esfera artística de
circulação:
Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de
circulação:
Cartaz
Diálogo**
Exposição oral*
Mapa
Resumo
Esfera literária de
circulação:
Conto
Crônica
Fábula
História em
quadrinhos
Poema
Esfera
midiática de
circulação:
Correio
eletrônico (e-
mail)
Mensagem de
texto (SMS)
Telejornal*
Telenovela*
183
Videoclipe*
CONTEÚDOS BÁSICOS – P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de
circulação:
Comunicado
Curriculum Vitae
Exposição oral*
Ficha de inscrição
Lista de compras
Piada**
Telefonema*
Esfera publicitária de
circulação:
Anúncio**
Comercial para televisão*
Folder
Inscrições em muro
Propaganda**
Publicidade Institucional
Slogan
Esfera produção de
circulação:
Instrução de
montagem
Instrução de uso
Manual técnico
Regulamento
Esfera jurídica de
circulação:
Boletim de ocorrência
Contrato
Lei
Ofício
Procuração
Requerimento
Esfera escolar de
circulação:
Aula em vídeo*
Ata de reunião
Exposição oral
Palestra*
Resenha
Texto de opinião
Esfera literária de
circulação:
Contação de história*
Conto
Peça de teatro*
Romance
Sarau de poema*
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
Fatores de textualidade centradas no leitor:
• Tema do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Finabilidade do texto;
• Informatividade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Situacionalidade do texto;
• Papel do locutor e interlocutor;
184
• Conhecimento de mundo;
• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
• Adequação da fala do contexto (uso de distintivos formais e informais como
conectivos,
gírias, expressões, repetições);
• Diferenças e semelhança entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
Fatores de textualidade centradas no leitor:
• Tema do texto;
• Conteúdo temático do gênero;
• Elementos composicionais do gênero;
• Propriedades estilísticas do gênero;
• Aceitabilidade do texto;
• Finalidade do texto;
• Informatividade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Situacionalidade do texto;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Conhecimento de mundo;
• Temporalidade;
• Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
• Intertextualidade;
• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Partículas conectivas básicas do texto.
185
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
Fatores de textualidade centradas no leitor:
• Tema do texto;
• Conteúdo temático do gênero;
• Elementos composicionais do gênero;
• Propriedades estilísticas do gênero;
• Aceitabilidade do texto;
• Finalidade do texto;
• Informatividade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Situacionalidade do texto;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Conhecimento de mundo;
• Temporalidade;
• Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
• Intertextualidade;
• Partículas conectivas básicas do texto;
• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
Concordância verbal e nominal.
15.4 METODOLOGIA
Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando ativamente,
integrando-o nas situações do dia a dia e as informações globais. Assim sendo, a
leitura é vista como atividade construtiva e criativa.
Ao apresentar textos literários e informativos deve-se propor atividades que
colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como prática social
186
de uma sociedade em determinado contexto sócio-cultural particular.
O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando necessário, dos
procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira. O
trabalho com a gramática, portanto, estabelece-se importante na medida em que
permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas.
Assim o conhecimento formal da gramática deve estar subordinado ao conhecimento
discursivo, ou seja, reflexões gramaticais devem ser decorrentes de necessidades
específicas dos alunos a fim de que possam expressar-se ou construir sentidos com
os textos.
Para tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes a questões
sociais, tarefa que se encaixa perfeitamente nas atribuições da língua estrangeira,
disciplina que favorece a utilização de textos, abordando assuntos relevantes
presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo editorial: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., interagindo com uma complexa
mistura da língua escrita, visual e oral. Sendo assim, será possível fazer discussões
orais sobre sua compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e/ou visuais,
integrando todas as práticas discursivas nesse processo.
A produção escrita, ainda que restrita à construção de uma frase, a um
parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma atividade
menos artificial possível, buscar leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja,
elaborar pequenos textos direcionados a um público determinado.
Proporcionar aos alunos o contato com os textos referentes às Leis que
contemplam História Cultura Afro-Brasileira (Lei nº 10.639/03); Cultura Indígena ( Lei
nº 11.645/08) e Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99); bem como os Temas do Programa
Socioeducacional que tratam da Educação Tributária e Fiscal (Decreto n. ° 1143/99 –
Portaria n. ° 413/02), do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003), conteúdos voltados ao
processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a
eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria e Educação para
o trânsito - Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997_ Direito da Criança e do
Adolescente. (Lei n. ° 11525/07) ; Enfrentamento à violência na escola, prevenção ao
uso indevido de drogas, educação sexual incluindo gênero e diversidade sexual.
Para que haja por parte dos educandos maiores entendimentos e reflexões sobre os
temas abordados, aderindo assim a uma construção autônoma e crítica de
conceitos a serem elaborados.
187
Serão utilizados os materiais didáticos disponíveis na prática-pedagógica:
livro didático, paradidáticos, dicionários, vídeos, DVDs, CDs, internet, sob a ótica da
realidade dessa instituição e das propostas das Diretrizes Curriculares.
15.5 AVALIAÇÃO/ AVALIAÇÃO CONCOMITANTE
A avaliação da aprendizagem da língua espanhola está intrinsicamente
atrelada à concepção de língua e aos objetivos para o ensino dessa disciplina
defendida nas Diretrizes Curriculares. Assim, o caráter educacional da avaliação
sobrepõe-se ao seu caráter eventualmente punitivo e de controle, constituindo um
instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se
atendo apenas no conteúdo desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do
processo, de forma que os objetivos específicos explicitados nas diretrizes sejam
alcançados.
Portanto, a avaliação da aprendizagem precisa superar a concepção de
mero instrumento de medição de apreensão de conteúdos, visto que ela se
configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões a cerca das
dificuldades e avanços dos alunos, sujeitos, a partir de suas produções, no processo
de ensino e aprendizagem.
O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do
conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações com o
fornecimento de um retorno sobre seu desempenho do “erro” como parte integrante
da aprendizagem. Assim tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o
percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e
propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades
constatadas.
Contudo é importante considerar na prática pedagógica avaliações de outras
naturezas: diagnóstica e formativa, desde que essas se articulem com os objetivos
específicos e conteúdos definidos, concepções e encaminhamentos metodológicos,
respeitando as diferenças individuais e metodológicas.
Constitui parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tendo como
princípio básico o respeito à diversidade de características, de necessidades e de
ritmos de aprendizagem de cada aluno.
Para ser aprovado no Curso de LEM, o aluno terá que atingir como nota
188
mínima a média 6,0, bem como ter a frequência de pelo menos 75%. Lembrando
que os conteúdos a serem trabalhados, serão retomados as atividades de
recuperação, as quais serão oportunizadas a todos os alunos.
15.5.1 Critérios de Avaliação
Oralidade - Espera-se que o aluno:
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou
informal);
Apresente suas ideias com clareza, coerência;
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
Organize a sequência de sua fala;
Respeite os turnos de fala;
Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
Exponha seus argumentos e compreenda os argumentos do discurso do
outro;
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário
em língua materna;
Utilize expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
Leitura - Espera-se que o aluno:
Realize leitura compreensiva do texto;
Identifique o conteúdo temático, bem como a ideia principal do texto;
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo;
Analise as intenções do autor;
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
Faça o reconhecimento de palavreas e/ou expressões que estabelecem a
referência textual;
Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais)
e elementos culturais.
Escrita - Espera-se que o aluno:
189
Expresse as ideias com clareza;
Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); à
continuidade temática;
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função
do artigo, pronome, numeral, substantivos, adjetivo, advérbio, etc.;
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero proposto;
Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
15.6 REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2002.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO PARANÁ. Língua Estrangeira Moderna – 2008. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e inglês / vários autores – Curitiba: SEED-PR, 2006. - p. 256. MENDOZA, M. A. C. L.; BRUNO, F. A. T. C. Hacia el Español. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Orientações Curriculares de Língua Estrangeira. Curitiba: SEED/DEF, 2006. ROMANOS, H.; CARVALHO, J. P. Expansíon. São Paulo: FTD, 2004 (Coleção Delta). ROJAS, Oscar. Minidicionário escolar de espanhol: espanhol-português, português-espanhol/Oscar Rojas. - São Paulo: DCL, 2004.
16 PROGRAMA SALA DE APOIO
190
16.1 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – 6º e 9º anos
16.1.1 Fundamentos Teóricos da Disciplina
Através do conhecimento o ser humano adquire condições para reflexão,
análise e intervenção no processo de ensino-aprendizagem. É pelo saber que o
homem consegue questionar e participar efetivamente na construção do processo de
transformação e aprimoramento social em que está inserido. Por isso, a escola tem
papel fundamental como facilitadora desse processo por ser a mediadora entre o
conhecimento e o aluno. Para tanto, faz-se necessário que o ambiente escolar
oportunize a experimentação pela curiosidade, a investigação pela busca de
soluções, a satisfação pela descoberta e o aprender pela compreensão.
A educação matemática, pela mesma linha de pensamento, deve oferecer
ao aluno a compreensão dos mecanismos e meios empregados na solução de
situações-problema propostos, de forma que possa interagir significativamente na
construção do processo educativo. Deve promover o desenvolvimento do aluno na
confiança e comunicação de ideias matemáticas, ao refletir sobre o conhecimento
científico relacionado ao contexto escolar e social em que vive.
A matemática, através da história, nos permite entender que sua função era
a solução de problemas. Aos matemáticos cabia a investigação e busca de
respostas. Assim, torna-se visível que questionamentos, experimentações, dúvidas,
erros e novas construções permeavam a aplicação dos conhecimentos matemáticos
até que se encontrasse uma solução, uma resposta para a situação apresentada.
Dessa forma, a efetivação do conhecimento matemático se dá quando o aluno
compreende e intervém no processo de construção do saber.
Todavia, a assimilação e aquisição dos conceitos matemáticos acontecem
em momentos diferentes em uma sala de aula. Enquanto alguns alunos recebem e
refletem esses conceitos com mais facilidade, outros necessitam de tempo e
metodologias adequadas à superação de suas dificuldades. Por isso, a implantação
da sala de apoio veio como solução plausível ao enfrentamento dessas dificuldades
porque oportuniza ao aluno com defasagem de conteúdos ou com dificuldades na
construção e compreensão dos conceitos matemáticos novos momentos para essa
superação.
Ao dispôr de metodologias diferenciadas e atendimento individual, o aluno
191
desenvolve autoconfiança e concentração na resolução das atividades propostas,
expandindo tal comportamento de equilíbrio, segurança e motivação para a sala de
aula comum.
Por tudo isso, acredita-se que a educação matemática, assim como os
gestores do processo educacional estão dispostos a garantir e contribuir
significativamente no processo de aquisição e efetivação do conhecimento.
O colégio da Palmeirinha, especificamente, como escola do Campo, visa
oportunizar aos seus alunos, condições de aprendizagem que zelem pela sua
especificidade, adaptando os conteúdos curriculares e as metodologias trabalhadas
pensando na diversidade rural.
Portanto, as atividades desenvolvidas na sala de apoio poderão ter uma
reflexão maior nos conteúdos matemáticos que envolvem as situações agrárias, do
homem trabalhador da zona rural, e de vários elementos pertinentes à zona rural
(clima, safras, entressafras, medidas agrárias, etc).
16.1.2 Objetivo Geral
Possibilitar ao aluno condições de aquisição do conhecimento de maneira
que possa interagir no meio que está inserido, participando ativamente do processo
de ensino-aprendizagem.
16.1.2.1 Específicos
- Estimular a aprendizagem de conceitos formais a partir do conhecimento
informal trazido pelo aluno. Neste caso, em particular o aluno do campo,
organizando atividades que tratem de situações próprias da zona rural;
- Desenvolver o raciocínio, possibilitando que o aluno seja crítico e
autônomo;
- Oportunizar formas diversificadas de resolução de problemas de maneira
que o aluno participe ativamente do processo de construção e assimilação dos
conteúdos;
- Compreender que os conceitos matemáticos estão inseridos no cotidiano
do aluno e em tudo que o envolve.
16.1.3 Conteúdos para 6º ano
192
Números e Álgebra;
Grandezas e Medidas;
Tratamento da Informação;
Geometrias.
16.1.4 Conteúdos para 9º ano
Números e Álgebra;
Grandezas e Medidas;
Geometrias;
Tratamento da Informação;
Funções.
16.1.5 Encaminhamento metodológico
O encaminhamento deste trabalho terá como um dos alicerces as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná (DCE) e as Diretrizes Curriculares da Educação
do Campo, que contempla as tendências metodológicas da Educação Matemática,
auxiliando na compreensão e apropriação dos conceitos. Sendo: Resolução de
problemas, Etnomatemática, História da matemática, Modelagem matemática, uso
de mídias tecnológicas e investigações matemáticas e o resgate da educação
matemática para o aluno do campo, valorizando seus saberes e incentivando sua
efetiva participação no processo de ensino-aprendizagem.
Tem como objetivo atender às defasagens de aprendizagem apresentadas
pelos alunos que frequentam o 6º ano e 9º ano do Ensino Fundamental. Para tanto,
as aulas serão realizadas no contraturno, com o objetivo de trabalhar e sanar as
dificuldades referentes às operações básicas e elementares dos conteúdos de
matemática.
São trabalhadas atividades diferenciadas e significativas que venham a
contribuir na superação dessas dificuldades, melhorando o desempenho em turno
regular. Para isso, utiliza-se jogos pedagógicos, TV pendrive com recortes de
histórinhas com ênfase na resolução de problemas, elaboração de situações-
problemas com uso de panfletos de supermercados, farmácias e lojas com destaque
nas situações do cotidiano, utilização do joguinho de cédulas do sistema monetário
193
para resolução de problemas, ideia de número decimal e fracionário, recortes de
história das medidas agrárias, enfatizando as principais medidas utilizadas no
Paraná, Guarapuava e, especificamente, na região em que moram, valorizando o
conhecimento e técnicas de cultivo do solo que lhes são próprias.
16.1.6 Avaliação
A avaliação será diária e constante, através de observação, correção em
conjunto ou individual das atividades e do desempenho e produção na sala de aula,
oportunizando ao aluno da sala de apoio demonstrar a forma como construiu uma
solução para determinado problema, caso esteja incorreto, a professora poderá
compreender a maneira de pensar do aluno e atuar de forma eficiente na re-
explicação ou na metodologia de trabalho com esse aluno.
Através das aulas da sala de apoio espera-se que o aluno desenvolva as
habilidades necessárias para ter o rendimento esperado em sala de aula,
acompanhando e compreendendo os conteúdos ensinados, assim como, aproprie-se
de forma significativa desses conceitos para aplicá-los em situações do cotidiano, e
num processo contínuo que relacione o conhecimento formal com o informal.
Participarão do programa da sala de apoio, alunos regularmente
matriculados na rede pública estadual de educação, priorizando 20 alunos por vez,
de acordo com a resolução nº 2772/2011 e a instrução 007/2011, que estejam com
dificuldades de aprendizagem na disciplina de matemática. Serão imediatamente
substituídos quando atingirem êxito no programa e, quando necessário, poderão
retornar ao programa até que, novamente, superem suas necessidades
educacionais.
De acordo com a legislação vigente serão contemplados os desafios
educacionais contemporâneos (História e cultura afro-brasileira, cultura indígena;
prevenção ao uso indevido de drogas; educação fiscal; educação ambiental;
educação em direitos humanos; direito da criança e do adolescente; educação do
Campo; sexualidade, gênero e diversidade e enfrentamento à violência na escola; )
serão contemplados nos conteúdos estruturantes: Tratamento da informação,
números e álgebra e nas resoluções de problemas.
194
16.1.7 Referências
BOYER, Carl B, da. História matemática. Paulo: Edgard Blucher, 1996. CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4 ed. Lisboa: Gradiva, 2002. D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: Ática, 1998. DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria do Estado de Educação – Superintendência da Educação. Versão 2008 (portal dia-a-diaeducação). DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Governo do Estado do Paraná. Secretaria do Estado de Educação - Superintendência da Educação. Versão 2010.
195
16.2 DISCIPLINA DE PORTUGUÊS – 6º e 9º anos
16.2.1 Fundamentos Teóricos da Disciplina
O programa Sala de Apoio de Português à aprendizagem atende a alunos
que chegam ao 6 e 9 anos sem o domínio esperado da língua, é ofertado em
contraturno, formando turma de até 20 alunos, segundo a resolução 2772/2011, que
tem o objetivo de recuperar a defasagem de conteúdo desses alunos, dando
continuidade ao processo de democratização, de universalização de ensino
garantido o acesso, a permanência e aprendizagem efetiva.
As aulas da Sala de Apoio devem ser as mais estimulantes possíveis,
consequentemente ocorrerá a assiduidade e a participação efetiva desses alunos.
Serão priorizadas atividades com jogos, uma vez que o lúdico estimula a
aprendizagem do aluno e o instiga a retornar na aula seguinte.
Nas aulas de Língua Portuguesa é necessário mostrar ao educando o
sentido social da linguagem oral e escrita. Levar o aluno a perceber que quando
alguém se expressa com propriedade na sua oralidade e escrita, chamará à atenção
de seus interlocutores para a mensagem que está desejando passar, seu ponto de
vista é então aceito como legítimo, dentro dos parâmetros sociais.
É na escola que o aluno tem a oportunidade de acesso à norma culta da
língua, ao conhecimento social historicamente construído e à instrumentalização que
favoreça sua inserção social e serviço da cidadania.
16.2.2 Objetivos
Leitura/ Oralidade/Escrita:
O objetivo principal da sala de apoio é ampliar o vocabulário do aluno,
estimular a sua oralidade e a sua capacidade comunicativa, procurando suprir a
defasagem desse educando quando ingressou no programa.
Para isso será proporcionado ao aluno as seguintes atividades:
- leitura de obras e textos literários;
- a interpretação;
- os debates que se abrirão sempre para uma leitura contextual;
- o estudo do vocabulário e das estruturas linguísticas;
- a produção do texto do aluno, ou seja, redação, síntese das habilidades
196
linguísticas.
- substituições, transformações, reduções, ampliações e outras operações sintáticas,
conscientizando o aluno dos mecanismos estruturais da língua através da
explicitação de regras que ele, enquanto falante, já usava intuitivamente.
Os alunos devem ser conscientizados de que escrevem para serem
entendidos, encontrando a forma que melhor e mais claramente expresse suas
ideias. Dessa forma, a Análise linguística não acontecerá isoladamente, mas no
próprio texto produzido pelo aluno ou em função de textos interpretados e analisados
por eles. Pretende-se:
- Despertar no aluno a autocrítica, estimulá-lo a progredir mais, a melhorar o seu
desempenho escolar;
- Descrever ou retratar adequadamente, de forma oral e escrita, personagens,
paisagens, ambientes e cenas vivenciadas por protagonistas de uma narrativa ou
observadas por ele no dia a dia;
- Apropriar-se de um vocabulário condizente com o objeto da descrição;
- Promover o convívio mais frequente dos alunos com materiais impressos e de boa
qualidade, como contos de fada, lendas, poesias, manchetes de jornais, reportagens
pequenas ou curtas e com textos publicitários interessantes;
- Levar os alunos à reflexão sobre ortografia da Língua Portuguesa;
- Ativar o conhecimento prévio dos alunos: o que eles já conhecem a respeito do
texto apresentado, por exemplo;
- Contextualizar a narrativa no tempo e no espaço;
- Ser capaz de ler um texto longo, entendendo o que leu;
- Ser capaz de ler texto somente com desenhos (leitura não verbal), levando-se em
consideração as funções descritivas, expressivas e simbólicas.
16.2.3 Conteúdos 6º ANO
ORALIDADE
- Noções básicas de argumentação, atendendo aos objetivos do texto e aos
do interlocutor;
- Observar a concordância verbal e nominal, nos casos mais comuns;
- Levando em conta o contexto de produção;
197
- Adequação vocabular, considerando o contexto de uso e as variantes
linguísticas;
- É capaz de recontar o que leu ou ouviu, mantendo a sequência na
exposição de ideias;
- Percebe as diferenças básicas entre oralidade e a escrita.
LEITURA
- Lê com relativa fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de
pontuação;
- Reconhece a ideia central de um texto;
- Localiza informações explícitas no texto;
- Percebe informações implícitas no texto;
- Reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada;
- Identifica a finalidade e os objetivos dos textos de diferentes gêneros;
- Identifica a finalidade e os objetivos dos textos de diferentes gêneros;
- É capaz de fazer relações de um texto com novos textos e/ ou textos já
lidos;
- Interpreta linguagem verbal e não verbal.
ESCRITA
- Escreve com clareza, coerência e utiliza a argumentação;
-Escreve conforme a norma padrão, utilizando as regras ortográficas
vigentes;
Tem noções básicas de acentuação;
Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita;
Faz concordância verbal e nominal;
Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes, adjetivos,
conjunções), substituindo palavras repetidas no texto.
9º ANO
ORALIDADE
- Tem noções de argumentação, posicionando-se com objetividade;
- Tem adequação vocabular, considerando o contexto de usado;
- Expressa as ideias com clareza e coerência;
- Lê com fluência e entonação, respeitando a pontuação do texto.
LEITURA
198
- Identifica tema/tese/argumentos do texto;
- Identifica a intencionalidade presente no texto;
- Localiza informações explícitas e infere informações implícitas no texto;
- Reconhece marcas linguísticas no texto: coesão, coerência;
- Pontuação, função das classes gramaticais;
- Reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada;
- Identifica a finalidade de diferentes gêneros textuais;
- Estabelece relações intertextuais;
- Reconhece os elementos gráficos (não verbais) na compreensão dos
textos;
- Identifica o grau de formalidade da linguagem em diferentes textos.
ESCRITA
- Escreve com clareza e coerência, atendendo os propósitos comuni-
cativos do gênero.
- Escreve conforme a norma padrão, utilizando as regras ortográficas;
- Utiliza os sinais de pontuação em favor dos efeitos de sentido que
pretende;
- Provocar o seu texto;
- Emprega a concordância verbal e nominal;
- Elimina as marcas de oralidade na escrita de textos, excetuando-se as
situações em que o texto permite/exige que essas marcas estejam presentes;
- Utiliza os elementos coesivos (Pronomes, adjetivos, conjunções),
substituindo e/ ou suprimindo palavras repetidas no texto;
- Elabora textos atendendo às situações de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, suporte, esfera de circulção).
16.2.4 Metodologia
Como o programa tem como objetivo solucionar a defasagem de conteúdos
apresentada pelo aluno, a metodologia deve ser diversificada e diferenciada do
regular, é que se propõe as atividades a seguir:
- Ditados interativos, com pausas para observação das formas ortográficas
irregulares, variação linguística (rural/ urbana);
- Melhoramento ortográfico, trabalhando, primeiramente, com as
199
irregularidades ortográficas como o uso de P,B,T,D,F,V, em palavras;
- Uso de charges, de jornais, HQ;
- O trabalho com a ortografia, poderá ser enriquecido com a leitura de “’O
passeio ortográfico”, extraído de Emília no país da gramática de Monteiro Lobato;
- Além de aulas expositivas, com reflexão dos alunos sobre conceitos
focalizados nos trabalhos individuais, em grupos e coletivos;
- Trabalho com sinônimos, homônimos, antônimos e parônimos, sempre
contextualizados com vistas à ampliação do léxico e à propriedade vocabular;
- Jogos com materiais enviados pela SEED, em 2010.
16.2.5 Recursos didáticos e tecnológicos
Serão utilizados textos narrativos como: fábulas, contos e lendas, crônicas,
propagandas e manchetes de jornais.
Além desses recursos, serão utilizados alguns recursos tecnológicos e
visuais, como: TV Pendrive, CDs com narrativas infanto-juvenis, vídeos. Aulas no
laboratório de informática sendo assim a seguir alguns sites selecionados para os
alunos da sala de apoio.
Sites:
- O Menino Maluquinho (www.meninomaluqinho.com.br) sete erros, jogo da
memória, histórias;
- Agrinho (www.agrinho.com.br/beta/.../ScriptPublico.php?) estímulo á atenção,
leitura de histórias;
- Alzira Zulmira (www.alzirazulmira.com) trava línguas;
- Texto lacunado (www.anossaescola.com/.../atividade_bela20adormecida.htm)
Trabalhando dificuldade ortográfica, verbos, substantivos, adjetivos.
16.2.6 Avaliação
A avaliação dos alunos da Sala de Apoio também deve ser diagnóstica,
conforme o PPP (Projeto Político Pedagógico) o Regimento Escolar e as DCEs, pois
nessa forma de avaliar o professor precisa localizar, num determinado momento, em
que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o educando e,
em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para
200
estimular o seu progresso.
Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite
que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada
aluno.
Segundo Luckesi (2005), a avaliação diagnóstica se dá através de uma pré-
avaliação, para poder compreender o processo e a fase em que o aluno se encontra
na aprendizagem, e assim encaminhá-lo para um processo que o beneficie em seu
aprendizado.
“A avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz
parte de seu modo de agir e, por isso, é necessário que seja usada da melhor forma
possível” (LUCKESI,2005, p.118).
Como verificar a evolução do aluno:
- Com relação à produção de texto: o texto narrativo responde às perguntas: quem, o
quê, como, onde, quando, por quê? Ocorre sequência no relato dos fatos?;
- O texto revela que o aluno domina as convenções ortográficas regulares e as
irregulares;
- As concordâncias nominais e verbais mais usuais e frequentes (concordância do
adjetivo com o substantivo e a do verbo com o sujeito) já se fazem presentes no
texto narrativo produzido pelo aluno?;
- Elabora textos atendendo às situações de produção (gênero, interlocutor,
finalidade);
- Com relação à leitura e interpretação: o aluno identifica a finalidade de diferentes
gêneros textuais, localiza as informações implícitas e explicitas no texto?
16.2.7 Referências
CADERNO DE EXPECTATIVA – Secretaria do Estado do Paraná. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇAO BÁSICA- Secretaria do Estado do Paraná LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996. PDE/PROVA BRASIL- Ministério da Educação Básica – Secretaria do Estado do Paraná.
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