SOFRER POR UMA BOA CAUSA
• No dia 01 de dezembro de 1955, Rosa Parks regressava a sua casa depois de sua jornada de
trabalho como assistente e costureira em Montgomery, capital do Estado do Alabama.
Subiu em um ônibus que percorria a Cleveland Avenue. Viu uns lugares livres no meio do
ônibus e sentou-se. Eram alguns assentos que estavam livres para pessoas negros, porém que
de acordo com as leis de segregação então vigentes, deviam ser cedidos aos brancos se estes não encontrassem assentos nos dez
primeiros bancos, que já estavam reservados exclusivamente para eles.
• Na parada seguinte, os assentos para
brancos se esgotaram e o condutor exigiu
que Rosa Parks e outros três cidadãos
negros se levantassem de seus lugares.
Ela estava esgotada. Doíam-lhes os pés.
Estava cansada de tantas horas de
trabalho, porém estava sobretudo
cansada de tanta injustiça social. Aquele
dia pensou que aquilo não podia
continuar assim.
- O condutor gritou:
- Não vais levantar?
- Não – respondeu ela.
- Bom, então farei com que a arrastem.
- Pode fazê-lo – respondeu serenamente.
Rosa foi arrastada e condenada a
pagar uma multa de dez dólares, mais
outros quatro a título de custas
judiciais. Nesse tempo, estava em
vigor a doutrina de “separados, porém
iguais”, imposta pela Corte Suprema
dos Estados Unidos em 1896, a base
do famoso caso
“Plessy versus Fergusson”.
• A notícia da condenação de Rosa Parks correu
de boca em boca por toda a cidade. A
comunidade negra se uniu como uma só
pessoa e organizou um boicote total contra as
empresas de ônibus de Montgomery. Durante
mais de um ano, aquela população de quase
cem mil habitantes viu como os cidadãos
negros se locomoviam pacientemente a pé, de
um lado para o outro, em uma luta silenciosa
contra a segregação racial.
• As empresas de ônibus arruinaram-se, já que
dois terços de seus passageiros habituais
eram negros. O boicote foi um êxito e o
movimento pelos direitos civis se espalhou por
todo país. Em 20 de dezembro de 1956,
Montgomery aboliu as leis de segregação
raciais no sistema de transporte. O exemplo foi
imitado em outros lugares e em menos de um
ano dezenas de cidades seguiram o
mesmo caminho.
• Rosa Parks foi uma mulher simples que com aquele memorável ato de
valor foi elevada à categoria de lenda. Naquele dia permaneceu sentada, com dignidade e valentia, com toda a força da história dos sofrimentos de sua raça
pulsando em seu sangue. Seu gesto percorreu o mundo e suas palavras
sempre poucas e nobres, atravessaram a sociedade da sua época.
• “Nunca pensei em ser uma heroína,
eu simplesmente fiz o que era
correto, segundo a minha
consciência. Quero ser lembrada com
uma pessoa que se levantou contra a
injustiça, que quis um mundo melhor
para os jovens. Uma mulher que quis
ser livre e que quis que outros
fossem livres”.
• Era uma mulher culta, estudiosa, que
tinha uma estranha serenidade ante
os acontecimentos, com esse poder e
essa dignidade tão necessários para
defender a verdade sem violência.
Recebeu numerosas homenagens de
gente poderosa e teve que sofrer
muito, porém foi valente e
não se amedrontou.
• Começou sozinha, mas foi a
catalisadora de uma grande
mudança.Atuou sem acalentar o rancor
ou a revanche e nunca se permitiu ser
humilhada nem odiar. Sua figura tem
servido a muitos como inspiração para
lutar pelo que é justo, para atrever-se a
mostrar a cara, quando, sem dúvida, é
mais fácil deixar as coisas como estão.
• Porque é difícil conseguir que as coisas
melhorem sem aceitar que esse empenho
supõe, quase sempre, sofrer e fazer sofrer, ao
menos inicialmente.
O mundo melhora quando as pessoas apostam
em causas que valem a pena
e, sobretudo, quando não as iludem para
evitar-se assim o correspondente sofrimento.
Alfonso Aquiló,
“Sofrer por uma boa causa”
Uma coisa aprendi durante
a minha vida, sofrer nao e a
pior coisa que existe.
Desobedecer a Deus
e a pior de todas as coisas.
Sinceramente,
Fernanda Torres/2010
Nesse caso vocês
estão fazendo
diferença entre
vocês mesmos e
estão se baseando
em maus motivos
para julgar o valor
dos outros.
Tiago 2:4