Caraterizar a rede urbana portuguesa
Analisar a distribuição espacial dos centros urbanos em
Portugal
Equacionar medidas conducentes ao equilíbrio da rede
urbana
Equacionar o papel das cidades médias na reorganização da
rede urbana
O conjunto das cidades e suas periferias, integradas num dado território, que estabelecem entre si relações de ordem hierárquica de dependência ou complementaridade.
Analisada a 3 escalas: oregionalonacional ointernacional
ou sistema urbano
Distribuição espacialdas cidades
Maior o equilíbrio da rede/sistema urbano
Dimensão das cidades
número de habitantes funções que oferece
Menor contraste dos elementos
Importância das cidades
QUAL O TIPO DE REDE URBANA?
Caso Português
Acentuado desequilíbrio na distribuição espacial
Maior número de cidades nas NUT II
Norte ( 51%)Centro (41%)Lisboa (17%)
DIMENSÃO DEMOGRÁFICA
Caso Português
A grande maioria das cidades localiza-se no Litoral, encontrando-se as de maior dimensão entre Setúbal e Viana do Castelo
No Interior, menor número de cidades e a maioria de pequena dimensão demográfica
Maioria são cidades com 100 mil ou menos habitantes
Destacam-se Lisboa e Porto
Um grande número de cidades de pequena dimensão;
Um número reduzido de cidades de dimensão média;
Duas cidades de maior dimensão.
Apresenta um DESEQUILÍBRIO
QUAL O TIPO DE REDE URBANA?
Caso Português
REDE DESEQUILIBRADAREDE DESEQUILIBRADA
PORQUÊ?QUAIS AS CAUSAS?
REDE DESEQUILIBRADAREDE DESEQUILIBRADA
PORQUÊ?QUAIS AS CAUSAS?
1. Razões históricas Presença mediterrânea Organização urbana muçulmana (Lisboa, Almancil)
2. Proximidades das redes de comunicação
3. Presença de grandes investimentos (indústrias)
4. Fatores biofísicos (solos férteis, planícies, baixa altitude)
5. Reforço das cidades de maior dimensão demográfica.
DIMENSÃO FUNCIONAL
Caso Português
Dimensão Funcional
As cidades são espaço estruturantes do território porque:
• Disponibilizam emprego• Prestam serviços• Difundem ideias• Distribuem bens
Pela população nas áreas de influência ou hinterland
Estabelecem diferentes níveis de centralidade
Dimensão Funcional
CENTRALIDADE
ou Lugar central – lugar que oferece bens centrais e serviços (à sua área de influência) [Função central].
Bens centrais – encontram-se apenas em determinados locais (obriga à deslocação das pessoas).
Quanto à frequência de utilização (produtos e serviços): bens vulgares (pequena área de influência = pequeno raio de eficiência), bens raros (grande área de influência = grande raio de eficiência).
Porto – Fluxos frequentes para acesso a funções muito especializadas. A sua área de influencia é grande.
Outros centros – fluxos frequentes com grande área de influência no nordeste transmontano, ex: Bragança.
Limiar mínimo - mínimo de consumidores que garante a rendibilidade de cada bem.
Limiar máximo - área até onde esse bem é procurado [influenciada pela rede de transportes].
Dimensão Funcional
CENTRALIDADE 1. A área de influência do Porto e de Lisboa ultrapassa a dimensão geográfica da respetiva área metropolitana.
2. O interior apresenta vastas áreas de marginalidade funcional muito forte.
Marginalidade funcional
Assenta no pressuposto de que funções muito especializadas, como hospitais, não podem ser disponibilizadas universalmente e deverão estar acessíveis a uma distância aceitável.
A não existência dessas funções básicas ou as dificuldades de acesso constituem um indicador de marginalização geográfica e social.
A área de influência:
limiar mínimo e máximo
Fonte: ANTUNES, 1999, p.108
• M/m frequência de utilização
• M/m facilidade de aquisição
• Raio de eficiência
Dimensão Funcional
3. As funções muito especializadas centram-se no litoral.
4. Arquipélagos sob a influência da área metropolitana do Porto e de Lisboa.
Índice de centralidade dos centros urbanos da Região Centro
Fonte: INE, 2004, p.24
- A centralidade de um lugar está directamente relacionada com:
1) Número de funções
2) Diversidade/Grau de especialização das funções
3) Número de unidades funcionais
Aveiro
Leiria Castelo Branco
Coimbra
Viseu
Guarda
Índice de marginalidade funcional por freguesia
Fonte: INE, 2004, p.53
À escala da Região Centro
- Dicotomias litoral/interior, rural/urbano.
- O peso da interioridade e de uma certa periferização.
Fonte: INE, 2004, p.51
ANÁLISE DE EXEMPLOS
Dimensão Funcional
CENTRALIDADE 1. A deslocação para aquisição de funções muito especializadas evidencia a estrutura de dependência que existe no território regional, relativamente ao centro urbano do Funchal. 2. Acção polarizadora de Funchal.3. A capacidade de atracção do Funchal aqui materializada na convergência de fluxos faz-se sentir pelas 54 freguesias da região, embora com maior intensidade nas freguesias mais próximas a este centro (…).
Hospital de Santo António - Porto
Unidade de Queimados graves para a região Norte
Hospitais Universitários de Coimbra
Transplantes hepáticos em crianças – no país
Hospital de São João - Porto
Tratamentos Oncológicos na região Norte
HOSPITAIS DE AVEIRO e COIMBRA: Raios de eficiência/Áreas de influência
Fontes: http://www.huc.min-saude.pt
http://www.hip.pt
Fonte: MARQUES, 2004, p.147
Fonte: RODRIGUES, 2004, p.54
Campus Universitário de Santiago
Fonte: http://www.ua.pt
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Origem geográfica dos alunos colocados em Engenharia Electrónica e Telecomunicações, em 2006 (em %)
- Por Distrito/CAE de candidatura -
Fonte: http://www.acessoensinosuperior.pt
Em síntese:
1. Rede Bicéfala/Bipolar (importância das funções), partilhada por Lisboa e Porto (apesar da fraca projeção para o exterior).
2. Extensa mancha litoral com urbanização difusa, onde se destacam diversos centros urbanos.
3. Urbanização linear ao longo da costa algarvia.
4. Rede de pequenas e médias cidades no interior.
1. Diminuição das relações de complementaridade entre
centros urbanos;
2. Redução da capacidade de inserção das economias regionais
na economia nacional;
3. Diminuição do dinamismo económico e social;
4. Menor competitividade nacional.
Desequilíbrio da Rede Urbana
Que Consequências?
Reforçar as relações de
complementaridade
entre centros urbanos
Cidade como centro de organização do território
Valorizar o papel das
cidades de média dimensão
Como Equilibrar?
Que vantagens trará?
O que é uma cidade média?
Conceito dinâmico
Pode classificar-se quanto:1. à dimensão (quantitativo populacional);
N.º de Habitantes Dimensão
<100.000 Cidades Pequenas
100.000 a <250.000 Cidades Médias
>/= 250.000 Cidades Grandes
Fonte: LOPES e CARVALHO (2008)
Cidade N.º de Habitantes
Vila Nova de Gaia 178.225
Amadora 175.872
Braga 109.460
Almada 101.500
Coimbra 101.069
Funchal 100.526
Exemplos de cidades médias em Portugal
O que é uma cidade média?
Conceito dinâmico
Pode classificar-se quanto:
2. às funções que integra e o papel que desempenha no sistema urbano a nível regional e sub-regional .
Como DESENVOLVER CIDADES DO INTERIOR?
Potencializar as especificidades da regiãoEstabelecer relações de complementaridadeCoordenar ações com a administração central
Exemplos:Programa POLISRepartição das FinançasTribunalCampus universitário…
Necessidade de uma visão policêntrica do sistema urbano;
Reforço de eixos urbanos ou constelações urbanas.
Projetar as aglomerações urbanas no espaço internacional;
Reorganizar o espaço urbano, evitando o despovoamento do interior;
Reduzir as assimetrias regionais;
Desenvolver a relação de complementaridade;
O Papel das Cidades Médias
Necessidade de uma visão policêntrica do sistema urbano;
Reforço de eixos urbanos ou constelações urbanas.
Aumentar o dinamismo interno das cidades diminuindo a sua dependência face ao Estado;
Distribuir bolsas de emprego;Contrariar a expansão
desordenada e caótica das AMLisboa e AMPorto;
Promover o desenvolvimento sustentável.
O Papel das Cidades Médias