III Encontro Sul Brasileiro de Saúde Bucal“Processo de trabalho e formação de rede”
07 e 08 de novembro/2013
Daniele Lopes LealDIRETORA DE SAÚDE BUCAL
Superintendência de Redes de Atenção à SaúdeSubsecretaria de Políticas e Ações de Saúde
SES/MG
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL
Sistemas de Atenção à SaúdeSistemas de Atenção à Saúde
• Devem constituir respostas sociais, deliberadamente organizadas, para responder às necessidades, demandas e preferências da sociedade.
• Para tanto, é necessário que haja uma coerência entre a situação de saúde da população e a resposta social.
Mendes, 2009
A Atenção à Saúde no Sistema de A Atenção à Saúde no Sistema de Saúde deve ser:Saúde deve ser:
• Segura• Eficaz• Eficiente• Centrada no Usuário• Oportuna• Equitativa
Institute of Medicine (2001)
O Objetivo Final dos Sistemas de Atenção à Saúde:A Geração de Valor para as Pessoas
• O valor da atenção à saúde expressa-se na relação entre a qualidade dos resultados econômicos, clínicos e humanísticos e os recursos utilizados no cuidado da saúde.
• O valor na atenção à saúde só pode ser obtido atuando-se contínua e integradamente sobre uma condição de saúde, durante todo o ciclo de atendimento, através de intervenções de promoção da saúde, prevenção de doenças e de gerenciamento das condições de saúde estabelecidas.
• Isso só será alcançado com uma mudança profunda nos sistemas de atenção à saúde: dos sistemas fragmentados para as redes de atenção à saúde. PORTER & TEISBERG (2007); MENDES (2009)
Por que organizar o Sistema de Por que organizar o Sistema de Saúde em Redes de Atenção à Saúde em Redes de Atenção à
Saúde?Saúde?
• A análise da situação de saúde
• As evidências
A Situação de Saúde no BrasilA Situação de Saúde no Brasil - Síntese• A transição demográfica acelerada• A prevalência de elevada morbi-mortalidade por
condições agudas decorrentes de causas externas e de agudizações de condições crônicas
• A queda da mortalidade infantil, mas com elevado número de causas evitáveis
• A morbimortalidade elevada por doenças cardiovasculares e diabetes
• A elevada incapacidade funcional da população idosa• A tripla carga das doenças, com 3/4 da carga total
determinada por condições crônicas
As Evidências sobre as Redes de As Evidências sobre as Redes de Atenção à SaúdeAtenção à Saúde
• Melhoram a qualidade dos serviços• Produzem melhores resultados sanitários• Reduzem os custos dos sistemas de atenção à saúde• Aumentam a satisfação dos usuários
FONTES: WEINGARTEN ET AL. (1985); OSMAN et al (1996); McCULLOCH et al (1998); BING et al (1998); REUBEN et al (1999); WAGNER et al (1999); MALCOM et al (2000); SIMON et al (2001); WAGNER et al (2001); DOUGHTY et al (2002); FEACHAM et al (2002); UNUTZER et al (2002); GILBODY et al (2003); HAM et al (2003); POLONSKY et al (2003); KATON et al (2004); SMITH et al (2004); VETTER et al (2004); SING (2005); SING & HAM (2006).
Redes de atenção à saúdeRedes de atenção à saúde
São sistemas organizados por meio de um conjunto coordenado de pontos de atenção à saúde no intuito de prestar assistência contínua e integral a uma população definida.al.,
(Schramm et al., 2004; Fleury, 2007; Mendes, 2010; 2011; Silva, 2011)
Elementos das redes de atenção à Elementos das redes de atenção à saúdesaúde
População
Estrutura operacional
Modelo de atenção à saúde
(Brasil, 2010; Mendes, 2011)
Sistema de Acesso Regulado
Registro Eletrônico em Saúde
Sistema de Transporte em Saúde
Sistema de Apoio Diagnóstico e Terapêutico
Sistema de Assistência Farmacêutica
Teleassistência
Sistema de Informação em Saúde
RT 1
PO
NT
OS
DE
AT
EN
ÇÃ
O S
EC
UN
DÁ
RIO
S E
T
ER
CIÁ
RIO
S
SIS
TE
MA
S D
E A
PO
IOS
IST
EM
AS
LO
GÍS
TIC
OS
ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDESAÚDE
PO
NT
OS
DE
AT
EN
ÇÃ
O S
EC
UN
DÁ
RIO
S E
T
ER
CIÁ
RIO
S
RT 2
PO
NT
OS
DE
AT
EN
ÇÃ
O S
EC
UN
DÁ
RIO
S E
T
ER
CIÁ
RIO
S
RT 3
PO
NT
OS
DE
AT
EN
ÇÃ
O S
EC
UN
DÁ
RIO
S E
T
ER
CIÁ
RIO
S
RT 4
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
POPULAÇÃO
APS E PONTOS DE ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA
Unid. de Atenção Primária à Saúde - UAPs
HH
Ambulatório Especializado Microrregional
Ambulatório Especializado Macrorregional
Hospital Microrregional
Hospital Macrorregional
H
H
H
H
H
H
H
H
(Mendes, 2011)
SAÚDE BUCAL – Minas GeraisSAÚDE BUCAL – Minas Gerais
Cárie DentáriaCárie Dentária
Índice ceo e CPO de acordo com a idade para todos os municípios do Estado. Minas Gerais, 2012.
Índice ceo e CPO de acordo com a idade para todos os municípios. Brasil. SBBrasil, 2010.
Brasil - 2010Brasil Minas Gerais – 2012
Situação de saúde bucalSituação de saúde bucal
Percentual de livres de cárie (ceo-d/CPO-D =0) em crianças e adolescentes no Estado de Minas Gerais, na Região Sudeste e no Brasil.
Fonte: Base de dados e Relatório do SBBrasil 2010.
Situação de saúde bucalSituação de saúde bucalLivres de Cárie Livres de Cárie
Condição PeriodontalCondição Periodontal
Índice Periodontal Comunitário (CPI) segundo grupo etário para o Brasil. SBBrasil, 2010.
Índice Periodontal Comunitário (CPI) segundo grupo etário para todos os municípios do
Estado. Minas Gerais, 2012.
Situação de saúde bucalSituação de saúde bucal
Brasil - 2010 Minas Gerais – 2012
Evolução da cobertura populacional de equipes de Evolução da cobertura populacional de equipes de Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da FamíliaSaúde Bucal na Estratégia de Saúde da Família
Evolução do número de equipes de Saúde Bucal na Evolução do número de equipes de Saúde Bucal na Estratégia de Saúde da FamíliaEstratégia de Saúde da Família
AçõesCobertura Média Complexidade – CEOCobertura Média Complexidade – CEO (dez, 2012)
AçõesCobertura Atenção hospitalarCobertura Atenção hospitalar (dez 2012)
Rede de Atenção à Saúde Bucal em Rede de Atenção à Saúde Bucal em MGMG
Objetivo geral
•Reduzir a morbidade por cárie, doença periodontal, má-oclusão, fluorose e a morbi-mortalidade por câncer bucal em MG através da implantação de uma rede de atenção que possa ofertar a atenção necessária no local e no momento certos.
Prontuário Eletrônico
Transporte Sanitário
Cartão SUS
Sus-fácil
Apoio Diagnóstico
Assistência Farmacêutica
Sistemas Informativos
Laboratórios Regionais de Prótese Dentária
UAPS
CEO
Rede de Manutenção dos equipamentos odontológicos
HOSPITAIS
Sis
tem
as
de
Ap
oio
e L
og
ístic
a
Nível Primário
Nível Secundário
Nível Terciário
ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL - MGESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL - MG
Passos para a modelagem da rede Passos para a modelagem da rede de saúde bucalde saúde bucal
• Definir evidências, estratificação de risco/complexidade, ações a serem desenvolvidas em cada nível da atenção e apoios diagnóstico e terapêutico necessários em relação aos principais agravos em saúde bucal
• Definir abordagem por ciclo de vida/condição sistêmica
Passos para a modelagem da rede Passos para a modelagem da rede de saúde bucalde saúde bucal
• Modelar as Unidades de Atenção Primária e os Pontos de Atenção Secundária e Terciária à Saúde na rede (ponto de atenção, área de abrangência, parâmetro, competências, carteira de serviço, recursos humanos, equipamentos, instrumental, material de consumo, projeto arquitetônico, financiamento, processo de pactuação, fluxo implantação)
Passos para a modelagem da rede de Passos para a modelagem da rede de saúde bucalsaúde bucal
• Definir o Sistema de Apoio Diagnóstico necessário na rede
• Definir o Sistema de Apoio Terapêutico necessário na rede
• Definir fluxos e critérios de encaminhamento entre os pontos de atenção da rede de atenção à saúde bucal
• Definir parâmetros populacionais para a modelagem da rede (MG: a partir dos dados do SBMinas e dos dados disponibilizados na literatura)
Passos para a modelagem da rede de Passos para a modelagem da rede de saúde bucalsaúde bucal
• Definir custo de implantação e custeio dos pontos de atenção
• Definir pontos de atenção para rede ideal• Elaborar diretrizes para a Promoção à Saúde• Realizar revisão, validação e publicação de diretrizes
(MG: Linha Guia de Saúde Bucal)
Passos para a modelagem da rede Passos para a modelagem da rede de saúde bucalde saúde bucal
• Discutir formas de financiamento para implantação da rede
• Definir os indicadores para contratualização dos serviços e equipes
• Definir os instrumentos de supervisão (satisfação do usuário, monitoramento da atenção prestada pelos vários níveis de atenção, incluindo a avaliação pelos outros pontos)
Passos para a modelagem da rede Passos para a modelagem da rede de saúde bucalde saúde bucal
• Discutir a formação profissional • Definir estratégias para a promoção de educação
permanente dos profissionais de saúde envolvidos na atenção
• Definir as estratégias para o fomento de pesquisas científicas e operacionais relacionadas às condições de saúde bucal
Educação PermanenteEducação Permanente
• Definir estratégias para a promoção de educação permanente dos profissionais de saúde envolvidos na atenção
• Definida a partir das demandas de necessidade de educação percebidas – dinâmicas
• Impacto da formação profissional nesta demanda. Ex: moldagem e adaptação de próteses, pequenas cirurgias, pulpotomia, ações de promoção à saúde, etc...
• Necessidade de investimento em pesquisa para definição das demandas.
Educação Permanente - MGEducação Permanente - MG
• PDAPS Plano Diretor de Atenção Primária à Saúde
• PRA – Saúde Bucal - Piloto• Canal Minas Saúde - PRA – Saúde Bucal• Instituição do Comitê Assessor da Diretoria de
Saúde Bucal
• O Plano Diretor de Atenção Primária a Saúde envolve, integra e ressignifica as diversas ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Projeto Saúde em Casa• É implantado através de 10 oficinas educacionais, e o público-alvo são profissionais que atuam na atenção primária e gestores de saúde.• Objetivo: qualificar a APS para que ocupe o seu papel de coordenadora do cuidado nas Redes de Atenção, através de ferramentas de gestão dos processos de trabalho
Plano Diretor de Atenção Plano Diretor de Atenção Primária à saúdePrimária à saúde
• As 10 oficinas do Plano Diretor de Atenção Primária a Saúde foram executadas em todas as microrregiões de saúde do estado de MG.
Plano Diretor de Atenção Plano Diretor de Atenção Primária a Saúde PDPASPrimária a Saúde PDPAS
• Elaboração e publicação de Diretrizes Clínicas de atenção à saúde:
• 11 Linhas-Guia• 100 Protocolos de Patologia Clínica
Principais AçõesPrincipais Ações: Elaboração : Elaboração de Diretrizes Clínicasde Diretrizes Clínicas
Canal Minas SaúdeCanal Minas Saúde
• O Canal Minas Saúde de Televisão, Rádio, Web e Educação a Distância é uma rede estratégica multimídia para o desenvolvimento do programa de educação permanente a distância da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em parceria com a Fundação Renato Azeredo (Framinas).
Canal Minas SaúdeCanal Minas Saúde
• Além de cursos de capacitação voltado para os gestores e profissionais da saúde, o objetivo é fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de ações de promoção da saúde.
www.canalminassaude.com.br
Conheça os cursos oferecidos no Canal Minas Saúde: 23 atualmente
Projeto de Reorganização da Projeto de Reorganização da Atenção em saúde BucalAtenção em saúde Bucal
OBJETIVO
•Operacionalização das diretrizes estaduais para a organização da atenção, dentro de uma proposta de discussão local e adaptação às diferentes realidades.
Projeto de Reorganização da Atenção Projeto de Reorganização da Atenção em saúde Bucalem saúde Bucal
Piloto (2010/2011):Piloto (2010/2011): Microrregião de Uberlândia e Pirapora / Município de Pará de MinasCanal Minas Saúde (2011): Canal Minas Saúde (2011): 853 alunosCanal Minas Saúde (2012): Canal Minas Saúde (2012): 2000 alunos (2 etapas)Canal Minas Saúde (2013): Canal Minas Saúde (2013): 1000 alunos
PRA – Saúde BucalPRA – Saúde Bucal
Microrregião de UberlândiaMicrorregião de Pirapora
Município Pará de Minas
“Quando os problemas de saúde são crônicos, o modelo de atenção às condições agudas não
funciona... Devem ser desenvolvidos os cuidados inovadores para as condições
crônicas”, ou seja, devem ser implantadas as Redes de Atenção à Saúde.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (2003)
A importância das Redes de Atenção à Saúde