• Risco de liquidez
• Captações
• Risco de crédito
• Portabilidade
• Crédito - Pessoa física
• Crédito – financiamento imobiliário
• PF - Inadimplência por modalidade, endividamento e comprometimento de renda
• Crédito - Pessoa jurídica
• PJ - Inadimplência e comprometimento
• Rentabilidade do sistema bancário
• Eficiência Operacional
• Solvência
• PRE e PR
• Ativos contingentes e comprometimento do PL
• Simulação de Basileia III
• Testes de estresse
• Níveis de concentração
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Pontos abordados para o Sistema Bancário*Base: 1º semestre de 2013
* Integrado pelas instituições banco comercial, múltiplo, caixa econômica, banco de investimento e conglomerados financeiros compostos ao menos por uma dessas instituições.
• Redução do índice de liquidez (IL) de 1,91 no
segundo semestre de 2012 para 1,63 no primeiro
semestre de 2013, mas permanecendo em nível
confortável;
• Queda associada aos efeitos das variações nas taxas
de juros nos preços dos títulos públicos nas carteiras
das instituições;
• O estoque de títulos públicos teve redução de R$ 85,2
bilhões no semestre de 2013 (75% dos ativos de alta
liquidez do sistema);
• A ligeira redução no fluxo de caixa estressado (R$2,1
bilhões) no semestre foi influenciada pela simulação
de estresse de mercado e a menor previsão de
resgates de captações compatível com o
alongamento de prazos do passivo.
03
Risco de liquidez (1)
• A distribuição do índice também indica a redução da
liquidez no semestre, porém a representatividade, em
termos de ativos, das instituições com IL acima ou
próximo de um é preponderante (83%);
• A redução ocorreu tanto nos bancos públicos (de
2,83 para 2,29) quanto nos privados (de 1,60 para
1,39).
• A queda mais acentuada nas instituições públicas
deve-se ao crescimento do crédito, não compensado
por aumento de captação ou por aumento de capital,
tal qual havia ocorrido no segundo semestre de 2012;
• Os bancos privados continuaram com baixo apetite
por captações, em linha com o tímido crescimento na
concessão de crédito. Os efeitos negativos da
marcação a mercado dos títulos prefixados foram os
fatores relevantes para a variação no montante de
seus ativos líquidos.
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Risco de liquidez (2)
• Esta reestruturação de perfil
possibilitou o melhor gerenciamento de
prazo entre operações de crédito e
operações de captação;
• Desta forma, o sistema dispõe de
fundos estáveis para acompanhar o
crescimento do crédito.
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• O estoque de captações aumentou aproximadamente
R$ 170 bilhões no semestre (7,5%);
• Há uma realocação dos instrumentos de captação,
com os depósitos a prazo dando lugar a títulos, IHCD,
poupança e obrigações por empréstimos e repasses.
Estes tiveram um aumento na participação de 31,8%
das captações em junho de 2008 para 45,4% das
captações no 1º semestre de 2013;
• Esta mutação estrutural gerou alguns benefícios para
os bancos, como a isenção de compulsórios e da
contribuição ao FGC e alongamento de prazo e/ou a
redução de custos.
Captações (1)
• A dependência de captações externas para capitalizar
as operações ativas internas é baixa, inferior a 10%;
• Crescimento das captações externas é verificado
mais substancialmente nas agências e subsidiárias
que o utilizam os recursos para suas operações
ativas no exterior, em consonância com a tendência
de internacionalização dos bancos brasileiros.
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Captações (2)
• A harmonização entre os prazo das operações de
crédito e de captação é dada pela razão entre
operações de crédito e captações estáveis, que no 1º
semestre de 2013 ficou em patamar inferior a 90%.
• O crescimento do crédito nos bancos privados e nos
públicos permaneceu distinto. Em 12 meses, a
carteira dos bancos públicos cresceu 29,3%, já a
carteira dos bancos privados teve crescimento mais
moderado (5,7%);
• Crescimento que fez com que as instituições públicas
detenham 50% das operações de crédito do sistema;
• Aumento de participação e maior crescimento por
parte das instituições públicas derivados do maior
apetite ao risco.
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Risco de crédito (1)
• Houve moderada elevação nas taxas de juros das
operações de crédito com recursos livres,
parcialmente ocasionada pelo atual início do ciclo de
aperto monetário.
Fatores que explicam os comportamentos dos setores
privado e público:
1. perdas com a inadimplência em financiamentos de
veículos e de capital de giro (mais representativas nas
instituições privadas) levaram a uma adoção de
políticas mais conservadoras;
2. modalidades com maior demanda são mais
representativas na carteira dos bancos públicos;
3. menores taxas de juros praticadas pelos bancos
públicos contribuíram para o aumento de exposição a
uma grande base de clientes já existentes e a migração
de clientes.
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Risco de crédito (2)
• Crédito direcionado acentuou a diferença de
velocidade de crescimento em relação ao crédito livre
(42,9% do total com ganho de 3,5 p.p. em 12M);
• Tem sido a principal fonte de crédito de longo prazo no
país para atender às necessidades de investimento das
empresas e famílias;
• Taxas mais baixas e prazos mais longos impactam
moderadamente o comprometimento de renda das
famílias e a capacidade de pagamento das empresas
(inadimplência bem menor do que no crédito com
recursos livres).
• O cenário de redução nas taxas de
juros foi determinante para a evolução
da portabilidade de crédito;
• Concorrência cria incentivos para
portabilidade;
• As instituições públicas foram mais
favorecidas.
09
Portabilidade
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• O estoque de crédito livre voltado ao consumo (PF)
alcançou R$ 1,16 trilhões no semestre, resultando em
um crescimento de 7,7% ante o 2º semestre de 2012;
• Movimento de migração para modalidades de crédito
PF com o menor risco;
• Destaque ao crédito com consignação em folha, que
em 12 meses obteve um crescimento de 18,2% e
10,9% ante o 2º semestre de 2012 (61,4% para
funcionários públicos e 30,3% para INSS).
• Aumento do prazo médio das concessões
acarretado principalmente pelo
financiamento habitacional (prazo mais
longo/crescente participação relativa).
Crédito - Pessoa física
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• Depois de atingirem taxas anuais de crescimento
superiores a 50% em 2010, vêm reduzindo o ritmo de
expansão, tendo registrado alta de 35,4% em doze
meses;
• Prazos médios de concessão continuam em elevação;
• LTV (loan-to-value) atingiu 71,0% em junho de 2013,
contra 68,0% em dezembro de 2012;
• Inadimplência apresentou leve alta no semestre,
influenciada pelas safras mais recentes;
• Estoque ainda baixo na comparação internacional,
95% das operações possui como garantia a alienação
fiduciária;
• Sistema de Amortizações Constantes (SAC) leva a
prestações decrescentes ao longo do tempo,
reduzindo o risco decorrente do alongamento de
prazos e do aumento do LTV,
• Índices de medida da variação dos preços dos imóveis
residenciais, como o Índice de Valores de Garantia de
Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R) têm
apresentado desaceleração desde 2010, aproximando-
se do ritmo de crescimento da renda das famílias.
Crédito – Financiamento imobiliário
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• Tendência de queda da inadimplência da carteira PF
acentuada no semestre (5,0% em junho de 2013);
• O endividamento das manteve trajetória de alta por
causa do financiamento imobiliário;
• O comprometimento de renda apontou redução
significativa (21,5% em junho/13 contra 23,0% em
junho/12);
• Tendência de expansão da base de clientes com
crescimento de 3,3% no semestre.
PF - Inadimplência por modalidade, endividamento e comprometimento de renda
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Crédito - Pessoa jurídica
• Maior parte do crescimento do crédito voltado à
PJ derivou do direcionamento de recursos, com
expansão de 22,5% ante junho de 2012;
• A desaceleração do crédito com recursos livres
voltados às empresas é principalmente explicada
pela expansão mais contida da modalidade capital
de giro, o qual cresceu 11% ante junho de 2012 e
representa mais da metade da modalidade PJ com
recursos livres.
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Inadimplência e comprometimento PJ
• A inadimplência PJ caiu 0,1 p.p. ante o
2º semestre de 2012, no patamar de
2,1% da carteira;
• Os recursos livres representam 72,7%
do comprometimento da renda das
empresas.
• Crédito para as pequenas e médias empresas (PME) têm
perdido participação, atingindo 48,1% em junho de 2013,
com queda de 3,2 p.p em dois anos;
• Ao operar com linhas de crédito mais curtas e com taxas
livres, tornam-se mais sensíveis a oscilações adversas
na economia em momentos de maior aversão ao risco;
• O sistema bancário vem perdendo relevância à medida
que se expandem os mercados externo e de capitais. As
dívidas contraídas pelas empresas não financeiras fora
do sistema bancário têm ganho participação (35,3% em
junho ante 30,8% em dezembro de 2011).
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Rentabilidade do sistema bancário (1)
• O impacto negativo da marcação a
mercado, o crescimento moderado da
carteira de crédito e a manutenção da
pressão sobre as margens brutas
acarretaram na limitação do avanço do
resultado da intermediação financeira.
• A queda no volume de despesas com
provisões contribuiu positivamente, o
que não ocorria desde 2010;
• Desconsiderado o resultado de uma
operação não recorrente, o Lucro
Líquido permaneceria no mesmo
patamar e o RSPL cairia 0,6 p.p., para
12,8% em junho de 2013.
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Rentabilidade do sistema bancário (2)
• Diferentemente dos bancos públicos, os privados
conseguiram compensar a redução das receitas
com a redução proporcional nos custos de
captação;
• A vantagem de bancos públicos sobre os demais
captação reduziu-se para apenas 0,4 p.p.;
• Instituições que tiveram retorno inferior à taxa Selic
representam apenas 9,2% dos ativos do sistema
bancário.
• Mudanças na composição da carteira,
privilegiando modalidades de menor risco
resultaram em melhora na inadimplência dos
bancos, em especial a dos privados;
• O recuo nas despesas de provisão compensando
a redução da margem bruta de crédito
possibilitou o crescimento da margem líquida
dos bancos privados.
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Eficiência operacional
• Houve piora no índice de eficiência
operacional, saindo de 72,4% para 73,0%;
• A diferença estrutural nas despesas dos
bancos privados, possibilitou melhores índices
de eficiência operacional quando comparado
com os bancos públicos;
• O índice de eficiência dos bancos privados
ficou em 71,8% e o dos públicos em 75,6%.
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Solvência
• Mesmo diante de efeitos hostis na
precificação de ativos financeiros, a
relação capital próprio/ativo e o
aumento da participação de ativos
contingentes, faz com que a solvência
do sistema bancário brasileiro
permaneça em níveis satisfatórios;
• O Índice de Basileia do sistema
permanece bem acima do mínimo
regulatório exigido (11%), em 16,9%.
• No 1º semestre de 2013, o Patrimônio de
Referência atingiu R$ 605,6 bilhões;
• Aumento de R$ 6,5 bilhões quando
comparado com o 2º semestre de 2012;
• Acréscimo basicamente proveniente do
PR nível 1, uma vez que houve redução
do PR nível 2.
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PRE e PR
• Diferentemente do observado no passado, a
retenção de lucros superou as emissões de
dívidas subordinadas (DS) e IHCD como os
principais responsáveis pela elevação do PR;
• Destaque para o PR nível 1 que teve impacto
negativo de R$ 9,8 bilhões ocasionado pela
Deliberação nº 69.542 da CVM;
• A queda de R$ 0,7 bilhão no PR nível 2 foi reflexo
de ajustes negativos de R$ 13,2 bilhões no valor
de mercado de títulos e valores monetários
disponíveis para venda.
• O Patrimônio de Referência Exigido (PRE) caiu,
de R$ 401,1 bilhões para R$ 394,9 bilhões,
devido a alterações no fatores de ponderação de
risco (Fpr) pela Circular 3.644;
• A trajetória do fator de ponderação de risco
médio das parcelas genuinamente de crédito
apresentou uma reversão na sua tendência,
retraindo-se para 80,3% em junho, ante 86,7% em
dezembro de 2012.
• Os créditos tributários originados de diferenças
temporárias cresceram 11,9% no semestre,
impactando negativamente o comprometimento
de patrimônio líquido com ativos contingentes,
o qual elevou-se levemente para 29,7%.
20
Ativos contingentes e comprometimento do PL
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Simulação de Basileia III
Totalidade do sistema bancário brasileiro estaria
apta, o índice para o sistema totaliza 13,1% e, caso
a exigência da nova regulamentação estivesse em
vigor em junho, não seriam necessários recursos
adicionais.
Simulação semelhante com o índice de alavancagem,
também atesta a resiliência do sistema. O índice
alcançou 7,3%, com apenas algumas instituições
financeiras de pequena representatividade em termos
de ativos não atendendo ao mínimo previsto de 3%;
Tendo em conta a expectativa de divulgação pública
desse indicador a partir de 2015 e previsão de
exigência regulatória a partir de 2018, as instituições
financeiras terão prazo razoável para adequação.
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Testes de estresse
A atual simulação é um pouco menos favorável do
que as feitas em períodos anteriores;
O Índice de Basileia se mantém acima do mínimo
requerido durante todos os períodos, com
nenhuma instituição sendo insolvente.
De todas a análises de sensibilidade, as de
sensibilidade ao risco de crédito foram as que
tiveram maior impacto. Caso o nível de
inadimplência média do sistema saísse de 3,6% da
carteira, para 10,3%, o nosso sistema teria 14
instituições desenquadradas (23% dos ativos do
sistema), situação nunca verificada anteriormente.
• No 1º semestre de 2013 o IHH para o sistema
bancário apurou resultado de 0,1341 para ativos
totais, 0,1539 para as operações de crédito e
0,1652 para os depósitos totais, mantendo-se
dentro do intervalo tido com moderadamente
concentrado (entre 0,1 e 0,18).
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Níveis de concentração
• O RC4 para os ativos totais ficou em 69,34% no 1º
semestre de 2013, em 73,45% para as operações
de crédito e em 75,64% para o depósitos totais.
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