R E L A T Ó R I O D A M E T A Q U A L I T A T I V A
Análise e Melhoria de Processos
Processo analisado: Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios e de Campos Experimentais
Processo
Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios
e de Campos Experimentais
Planaltina, DF, março de 2009
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Processo Gerenciamento de Resíduos de
Laboratórios e de Campos Experimentais
Membros
Eduardo Cyrino de Oliveira Filho Fabiana de Gois Aquino
Lúcio Feitoza Vilderete de Castro Alves
Andre de Barros Francisco Duarte Fernandes Evie dos Santos de Sousa
Daiva Domenech Tupinambá José Orlando de Melo Madalena
José Carlos Costa Gonçalves Rocha Gonçalo Mourão Carlos
Zenilton de Jesus Gayoso Miranda
Planaltina, DF, março de 2009
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PROCESSO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E DE CAMPOS EXPERIMENTAIS
LISTA DE SIGLAS 1. COMPREENSÃO DO PROCESSO A) Escopo do processo B) Macrodiagrama do processo C) Fluxograma do processo D) Fatores críticos de sucesso E) Pontos-chave do processo F) Consulta aos clientes G) IndIcadores de desempenho do processo H) Problemas do processo I) Causas do processo J) Soluções do processo K) Diagrama de causa e efeito L) Plano de melhoria 5W2H 2. AÇÕES DE MELHORIAS ADOTADAS a) Medidas implementadas em 2007 b) Medidas para o ano de 2008 3. RESULTADOS ALCANÇADOS a) Relatório de Três Gerações b) Avanços obtidos c) Conclusões e recomendações 4. ANEXO
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SIGLAS
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CTNBio Comissão Técnica Nacional de Biossegurança POPs Procedimentos Operacionais Padrão CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear CQB Certificado de Qualidade em Biossegurança SLA Setor de Laboratórios SCV Setor de Casas de Vegetação ACN Área de Comunicação e Negócios para Transferência de
Tecnologia SMA Setor de Mecanização Agrícola SCE Setor de Campos Experimentais SPM Setor de Patrimônio e Material EPIs Equipamentos de Proteção Individual PGRs Ponto gerador de resíduos AMP Análise e Melhoria de Processos ISSO International Standards Organization
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1. COMPREENSÃO DO PROCESSO A) ESCOPO DO PROCESSO
Nome do Processo Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios e de Campos Experimentais
Objetivo
• Gerenciar corretamente os resíduos de laboratórios e campos experimentais, segundo as disposições legais.
• Entradas
• Plano de aquisição de reagentes, defensivos e insumos agrícolas da Unidade; • Inventário do passivo de resíduos químicos, físicos, biológicos e radioativos; • Inventário dos pontos geradores de resíduos.
Normas e Documentos • Legislação ambiental federal e estadual; • Documento Orientador anexo 2 do M. SGE. CIRC. Nº 018/05; • Relatório do Comitê de avaliação de Periculosidade e Insalubridade da CIPA, 2004; • Normas da CTNBio; • Normas internas; • Normas da série ISO 14.000.
Inicio do Processo
• Elaboração de projetos de pesquisa e desenvolvimento.
Conteúdo • Identificação, segregação e embalagem/acondicionamento dos resíduos de
laboratórios e de campos experimentais gerados na Unidade; • Normatização e institucionalização, na unidade, dos procedimentos de
gerenciamento de resíduos de laboratórios e campos experimentais; • Elaboração dos procedimentos operacionais padrão (POPs) para a coleta,
manipulação, acondicionamento, segregação, identificação, minimização, tratamento, armazenamento e disposição adequada dos resíduos de laboratórios e campos experimentais;
• Coleta e remoção interna de resíduos para depósitos apropriados; • Tratamento, disposição interna (quando possível), acondicionamento e
armazenamento de resíduos; • Encaminhamento de embalagens vazias de agrotóxicos aos receptores autorizados; • Registros e controles em todas as fases de geração, identificação,
acondicionamento, armazenamento, transporte e disposição dos resíduos, para permitir o rastreamento da origem à disposição final;
• Gestão operacional e controle da manutenção preventiva da infra-estrutura,
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máquinas e equipamentos; • Obtenção de licença ambiental para transporte e disposição de resíduos quando
necessário; • Contratação de transporte credenciado e destinação em cumprimento às
disposições legais quando pertinente; • Obtenção do certificado de eliminação correta dos resíduos (ISO 14.000); • Obtenção de registro e credenciamento no CNEN para insumos radioativos; • Obtenção do CQB da CNTBio para manuseio e pesquisa de insumos biológicos
para processos biológicos. • Neutralização e destinação das embalagens de resíduos químicos do SLA.
Término do Processo • Resíduos dispostos e certificado de eliminação correta dos resíduos.
Produtos ou Saídas • Resíduos identificados, tratados, controlados e dispostos conforme normas e
legislação; • Embalagens vazias de defensivos lavadas, segregadas e entregues aos receptores; • Registros e controles do estoque de reagentes, defensivos e insumos agrícolas; • Registros e controle da geração, armazenamento, acondicionamento, transporte e
disposição, capazes de permitir o rastreamento dos resíduos desde sua geração até a disposição final;
• Infra-estrutura de armazenamento e de manipulação de resíduos de laboratório e campos experimentais (incluindo equipamentos) mapeada, identificada e avaliada.
Clientes
• Chefias da Unidade, órgãos fiscalizadores, empregados, consumidores e segmentos sociais impactados.
Fornecedores
• Setores de laboratórios, campos experimentais, mecanização agrícola, patrimônio e material, casas de vegetação irrigação e viveiros, pesquisadores da Unidade.
Indicadores de Desempenho
• Resíduos com armazenamento prolongado; • Produtos transformados em resíduos por expiração do prazo de validade; • Recuperação de resíduos; • Redução de riscos; • Minimização da geração de resíduos; • Implantação da Norma de Gerenciamento de Resíduos na Unidade; • Normatização dos POPs de resíduos perigosos de laboratório e campos
Experimentais.
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B) MACRODIAGRAMA DO PROCESSO
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C) FLUXOGRAMA DO PROCESSO
SLA
Elaboração de projetos PC
Rec
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defe
nsiv
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Rev
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FCFCFCPesquisador
SMA
SVC
SCE
SPM
Esgoto ou lixocomum
Recuperável ?
Recupera reagente
Elaboração de projetos PC
Utiliza? Inerte ?
FimInício
Ger
a re
sídu
os
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D) FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO 1. Previsão de reagentes, defensivos e insumos. 2. Compatibilização da demanda de reagentes, defensivos e insumos. 3. Armazenamento de reagentes, defensivos e insumos. 4. Recebimentos de reagentes, defensivos e insumos.
E) PONTOS-CHAVE DO PROCESSO
1. Elaboração de projetos. 2. Sub-processo de compras.
F) CONSULTA AOS CLIENTES O procedimento utilizado para coletar as informações dos funcionários envolvidos com o gerenciamento de resrduos na Embrapa Cerrados foi a metodologia qualitativa, com a aplicação de questionários.
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QUESTIONÁRIO (Aplicado em 2006) Cargo: _____________________________________________
Consulta aos clientes FAVOR RESPONDER O QUESTIONÁRIO ABAIXO PARA QUE O GRUPO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS POSSA APRIMORAR O PROCESSO. PERGUNTA 1: QUAL É A SUA PRINCIPAL NECESSIDADE COM RELAÇÃO AO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS NA EMBRAPA CERRADOS? PERGUNTA 2: QUAL É A SUA PRINCIPAL EXPECTATIVA COM RELAÇÃO AO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS NA EMBRAPA CERRADOS? PERGUNTA 3: NA SUA OPINIÃO, COMO É FEITO, ATUALMENTE, O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS? PERGUNTA 4: NA SUA OPINIÃO, COMO DEVERIA SER FEITO O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS? PERGUNTA 5: NA SUA OPINIÃO, QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DESSE GERENCIAMENTO? PERGUNTA 6: QUAIS SERIAM AS SUAS SUGESTÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS?
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Questionário aplicado em 2007.
PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS
Consulta aos clientes nº _____ Cargo: _____________________________________________
Favor responder o questionário abaixo para que o grupo de Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios e
Campos Experimentais possa aprimorar o processo.
PERGUNTA 1: QUAL É A SUA PRINCIPAL NECESSIDADE COM RELAÇÃO AO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS NA EMBRAPA CERRADOS? PERGUNTA 2: QUAL É A SUA PRINCIPAL EXPECTATIVA COM RELAÇÃO AO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS NA EMBRAPA CERRADOS? PERGUNTA 3: NA SUA OPINIÃO, COMO É FEITO, ATUALMENTE, O PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS? PERGUNTA 4: VOCÊ TEM ACOMPANHADO AS AÇÕES DE MELHORIA DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NOS VEÍCULOS DE DIVULGAÇÃO DA UNIDADE? PERGUNTA 5: NA SUA OPINIÃO, QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DESSE GERENCIAMENTO? PERGUNTA 6: QUAIS SERIAM AS SUAS SUGESTÕES PARA O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS? PERGUNTA 7: COMO VOCÊ PODERIA AJUDAR PARA A MELHORIA DO PROCESSO DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS?
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G) INDICADORES DE DESEMPENHO DO PROCESSO
Indicadores* Fórmula Periodicidade Responsável Situação Inicial (janeiro/2006)
Situação Em dez/2006 Meta Dez/2008 Realizado
Resíduos com armazenamento prolongado
Volume de resíduos que ultrapassa o volume de armazenamento estabelecido na meta da UD.
Mensal (análises rotineiras)
SLA, SCE, SCV, SMA, comissão de gerenciamento de resíduos
Armazenamento de brometo de etídeo e clorofórmio
Resíduos tóxicos 100% identificados
100% de armazenamento adequado dos resíduos tóxicos
Resíduos inventariados e acondicionados
Produtos transformados em resíduos por expiração do prazo de validade
(Σ da quantidade (L ou kg) de produtos tornados resíduo por prazo expirado / Σ da quantidade (L ou kg) de resíduos gerados no ano)
Mensal 304 produtos 438 kg 1198 litros
304 produtos 438 kg 1198 litros
Redução de 30% dos produtos transformados em resíduo por vencimento de prazo
100% dos produtos transformados em resíduo por vencimento de prazo
Produtos analisados e destinados para descarte adequado
Recuperação de resíduos
(Σ da quantidade (L ou kg) de resíduos recuperados / Σ da quantidade (L ou kg) de resíduos recuperáveis gerados)
Semanal SLA, SCE, SCV, SMA, comissão de gerenciamento de resíduos
Sulfato de magnésio para análise com micorriza (laboratório de Microbiologia de solos e Nematologia)
100 % dos resíduos passíveis de recuperação identificados
Desenvolvimento de metodologia para recuperação de 100% dos resíduos (Ação dependente da construção do Laboratório de Gerenciamento de Resíduos - GERELAB
GERALAB inaugurado. Ações em andamento.
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Indicadores* Fórmula Periodicidade Responsável Situação
Inicial (janeiro/2006)
Situação Em dez/2006
Meta Dez/2008
Realizado
Redução de riscos N° processos modificados com objetivo de substituir substâncias perigosas por produtos menos agressivos / Total de processos de análise nos laboratórios
Semestral SLA, comissão de gerenciamento de resíduos
Bicloreto de mercúrio por hipoclorito de sódio para esterilização de sementes e nódulos (Laboratório de solos). Cálcio e magnésio sem cianeto por absorção atômica
75% das análises dos processos passíveis de modificação realizados
100% das análises dos processos passíveis de modificação realizados Adaptação de 100% das metodologias
Equipamentos adquiridos que propiciam a Modificação do método de Cálcio e Magnésio sem cianeto por absorção atômica
Minimização de geração de resíduos
N° de análises modificadas que reduziram a quantidade de reagentes / nº de análises de rotina no laboratório
Semestral SLA, comissão de gerenciamento de resíduos
Geração indiscriminada de resíduos
100% de identificação dos pontos geradores de resíduos
Redução gradual da geração de resíduos
Início da Construção da Rede de esgotamento sanitário, o que exigirá dos laboratórios novos procedimentos para o uso e descarte de resíduos
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Implantação da Norma de Gerenciamento de Resíduos na Unidade
(Σ laboratórios da Unidade que implantaram a Norma e os procedimentos de gerenciamento de resíduos / Σ laboratórios existentes na Unidade)
Anual SLA, comissão de gerenciamento de resíduos
Implantação das normas sem perspectiva
Implantação de 25% das normas pertinentes ao gerenciamento de resíduos
75% das normas pertinentes ao gerenciamento de resíduos
Plano de Gerenciamento de resíduos de laboratórios e Campos Experimentais em implementação, mediante contratação funcionários para a gestão de laboratórios (Tulio Cesar de Lima Lins) e para
Normatização dos POPs de resíduos perigosos
(Σ produtos contemplados com POPs na UD para disposição de resíduos / (Σ produtos potencialmente geradores de resíduo na Unidade)
Semestral SLA, SCE, SCV, SMA
Sem perspectiva de elaboração dos POPs
80% dos POPs de laboratórios elaborados. Situação inicial de preparação dos POPs de Campos Experimentais
100% dos POPs de laboratório elaborados 100% dos POPs de Campos Experimentais elaborados
85% dos POPs de procedimentos de laboratório elaborados e cerca de 30% dos POPs de equipamento. 100% dos POPs de Campos Experimentais elaborados, aguardando ajustes para a implementação
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H) PROBLEMAS DO PROCESSO
Problema geral: Não conformidade do gerenciamento de resíduos de laboratórios e campos experimentais com
as disposições legais. 1. Disposição incorreta dos resíduos de laboratórios e campos experimentais. 2. Excesso de resíduos gerados nas atividades produtivas da Unidade. 3. Desperdício de recursos com reagentes, defensivos e insumos agrícolas. 4. Risco de acidentes ambientais e pessoais causados por resíduos de laboratórios e campos
experimentais. 5. Advertências, multas e risco de fechamento da Unidade devido à disposição incorreta dos
resíduos. I) CAUSAS DO PROCESSO
GESTÃO • Falta de plano de aquisição de reagentes, defensivos e insumos agrícolas; • Falta de identificação dos pontos geradores de resíduos; • Falta de inventário do passivo; • Falta de gerenciamento do processo. PESSOAS • Falta de treinamento sobre os produtos e sua manipulação; • Falta de conhecimento sobre os produtos e uso correto dos EPIs; • Falta de pessoas qualificadas para as atividades produtivas. MÉTODO • Falta de metodologias adequadas para minimizar a geração de resíduos (POPs); • Falta de sistematização das metodologias. AMBIENTE • Falta de verificação da contaminação ambiental; • Falta de separação do esgoto comum; • Falta de separação de resíduos; • Falta de cumprimento da legislação ambiental quanto à disposição correta dos resíduos; • Falta de ambiente de trabalho saudável. MATERIAL • Falta de depósito para armazenamento dos produtos e resíduos; • Falta de máquinas e equipamentos modernos; • Falta de manutenção de máquinas e equipamentos adequados; • Falta de controle de estoque de produtos. COMUNICAÇÃO • Falta de conhecimento sobre a legislação ambiental; • Falta de sensibilização das pessoas sobre o processo de gerenciamento na Unidade;
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• Falta de internalização dos procedimentos de gerenciamento de resíduos na Unidade; • Falta de divulgação das ações de gerenciamento e dos trabalhos da comissão; • Falta de comunicação interna entre os setores envolvidos no processo de gerenciamento.
J) SOLUÇÕES DO PROCESSO
• Elaborar o plano de aquisição, compatibilização e racionalização de reagentes, defensivos e insumos em conjunto com pesquisadores, SLA, SMA, SCE, SCV e SPM;
• Identificar os pontos geradores de resíduos em campos experimentais • Sensibilizar a chefia; • Treinar as pessoas envolvidas no processo sobre produtos e manipulação; • Capacitar pessoas diretamente envolvidas no processo de gerenciamento sobre produtos e
uso dos EPIs; • Capacitar e/ou contratar pessoas; • Elaborar os POPs dos campos experimentais; • Sistematizar metodologias; • Verificar a contaminação ambiental na Unidade (pessoas/ambiente); • Diagnosticar a situação atual do esgotamento sanitário dos laboratórios da Unidade; • Separar os resíduos e dar a destinação correta aos mesmos; • Gerenciar os resíduos conforme a legislação ambiental; • Proporcionar melhorias no processo e ambiente de trabalho onde os produtos perigosos
são manipulados; • Elaborar projeto para depósito segundo normas legais e negociação de recurso com a
chefia; • Adquirir máquinas e equipamentos modernos; • Realizar manutenção de máquinas e equipamentos; • Organizar o estoque dos produtos após compatibilização e racionalização dos mesmos; • Realizar evento para capacitar o grupo diretamente envolvido no gerenciamento; • Informar o público sobre o andamento do processo; • Sensibilizar as pessoas quanto ao processo; • Internalizar procedimentos; • Divulgar as ações de gerenciamento; • Criar condições adequadas para a comunicação interna entre os setores envolvidos.
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K) DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
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22
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L) PLANO DE MELHORIA 5W2H
WHAT (o que
deve ser feito)
Soluções
WHO (Quem fará)
WHEN (Quando
será feito)
WHERE (Onde será
feito)
WHY (Porque será
feito)
HOW (Como será
feito)
HOW MUCH (Quanto custará)
Elaborar o plano de aquisição, compatibilização e racionalização de reagentes, defensivos e insumos em conjunto com pesquisadores, SLA, SMA, SCE, SCV e SPM.
Pesquisador, SLA, SCE, SCV,
SMA, SPM
abr a dez/2008
Embrapa Cerrados
Compatibilizar as demandas e racionalizar os
gastos
Por meio de contratação de
profissional capacitado
Contra-partida Embrapa Cerrados
Implantação dos protocolos de destinação final de resíduos
Comissão de gerenciamento
de resíduos
mar a dez/2007
Embrapa Cerrados
Implantar política de
controle dos pontos
geradores
A partir da formulaçãoe adoção de
normas internas específicas
Contra-partida Embrapa Cerrados
Controle da geração do passivo.
Comissão de gerenciamento
de resíduos
jan a dez/2007
Embrapa Cerrados
Tornar a gestão dos reagentes
efetiva
A partir da formulaçãoe adoção de
normas internas específicas
Contra-partida Embrapa Cerrados
Sensibilizar a chefia. Comissão de gerenciamento
de resíduos
jan a dez/2007
Chefia Implantar o processo
Reuniões / Seminário
Contra-partida Embrapa Cerrados
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Treinar as pessoas envolvidas no processo sobre produtos e manipulação
Consultor externo e Grupo
de Gerenciamento
de Resíduos
jan a dez/2007
Embrapa Cerrados
Treinar para manipulação correta dos
produtos
Curso Os custos serão levantados de acordo com as necessidades de treinamento identificadas
Capacitar pessoas diretamente envolvidas no processo de gerenciamento sobre produtos e uso dos EPIs.
Pesquisador envolvido, CIPA,
SESMT
jan a dez/2007
Embrapa Cerrados
Conhecer os produtos e
usar corretamente
os EPIs
Cursos e palestras
Contra-partida Embrapa Cerrados
Capacitar e/ou contratar pessoas.
Embrapa Cerrados
2005 / 2008
Embrapa Cerrados
Contratar e treinar pessoas nas atividades
produtivas
Curso e concurso
Contra-partida Embrapa Cerrados
Elaborar os POPs. SLA, SCE, SCV, SMA
maio a dez/2007
Embrapa Cerrados
Normatizar procedimentos
Por meio de ordem de serviço
Contra-partida Embrapa Cerrados
Sistematizar metodologias
SLA, SCE, SCV, SMA
maio a dez/2007
Embrapa Cerrados
Elaborar a política de
gerenciamento de resíduos
A partir da formulação e
adoção de normas internas
específicas
Contra-partida Embrapa Cerrados
Verificar a contaminação ambiental na Unidade (pessoas/ambiente).
Serviço médico, pesquisadores
envolvidos
jan a dez/2008
Embrapa Cerrados
Verificar a contaminação no ambiente e
pessoas
Exames médicos e análises ambientais
(água, solos, etc)
Contra-partida Embrapa (outras
Unidades)
Elaborar um projeto de separação e tratamento de esgoto e execução do mesmo.
Pesquisadores envolvidos, SSA
Dez/2008 Embrapa Cerrados
Separar o esgoto comum de laboratórios
Por meio de ordem de
serviço, projeto e execução
Contra-partida Embrapa Cerrados
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Separar os resíduos e dar a destinação correta aos mesmos.
SLA, SCE, SCV, SMA
dez/2007 Embrapa Cerrados
Dar tratamento adequado,
reaproveitamento e
destinação correta aos
resíduos
Inserir procedimentos
no POP
Contra-partida Embrapa
Gerenciar os resíduos conforme a legislação ambiental.
Embrapa Cerrados
mar a dez/2008
Embrapa Cerrados
Implantação dos POPs
Por meio de ordem de serviço
Contra-partida Embrapa Cerrados
Proporcionar ambiente de trabalho salutar.
CIPA, SESMT, chefia, comissão
de gerenciamento
de resíduos
jan a dez/2008
Embrapa Cerrados
Ter ambiente livre de
contaminação
Reuniões, palestras,
orientações e cartilhas
Contra-partida Embrapa Cerrados
Elaborar projeto para depósito segundo normas legais e negociação de recurso com a chefia.
Pesquisadores, envolvidos, SSA,
chefia
dez/2008 Embrapa Cerrados
Armazenar de forma
temporária para futura destinação
Projeto de infra-estrutura e construção
Valor Previsto R$ 130.000,00
(processo licitatório
previsto para março de
2008)
Adquirir máquinas e equipamentos modernos.
Embrapa Cerrados
dez/2007 Embrapa Cerrados
Otimizar a gestão dos produtos e reagentes
Compra de equipamentos por meio de
processo licitatório
específico
Valor a ser mensurado de acordo com as necessidades
previstas
Realizar manutenção de máquinas e equipamentos.
SCE, SLA, SMA dez/2007 Embrapa Cerrados
Otimizar o uso e prolongar a vida útil dos
equipamentos
Manutenções preventivas e
corretivas
Contra-partida Embrapa Cerrados
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Informar o público interno sobre o andamento do processo.
ACN / Comissão de
gerenciamento de resíduos
dez/2007 Embrapa Cerrados
Envolver o público no processo
Boletins impresso, eletrônico,
mural, Folders
Contra-partida Embrapa Cerrados
Sensibilizar as pessoas quanto ao processo.
Comissão de gerenciamento
de resíduos
dez/2007 Embrapa Cerrados
Colaborar com divulgação dos
conceitos sobre análise e
melhoria de processos
Palestras, visitas aos setores da
Unidade
Contra-partida Embrapa Cerrados
Contribuir para a internalização dos procedimentos.
Comissão de gerenciamento
de resíduos
dez/2007 Embrapa Cerrados
Internalizar para a
adequada execução dos procedimentos
Cursos, seminários
Contra-partida Embrapa Cerrados
Criar condições adequadas para a comunicação interna entre os setores envolvidos.
Chefia, comissão de
gerenciamento de resíduos,
pesquisadores envolvidos,
SMA, SLA, SCE, SCV
dez/2007 Embrapa Cerrados
Divulgação das atividades de
gerenciamento de resíduos mediante a
formulação de dias de campo
internos
Mobilização do Grupo de
Trabalho de Gestão de Resíduos
Contra-partida Embrapa Cerrados
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HISTÓRICO DA MELHORIA DO PROCESSO DE GESTÃO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIOS E CAMPOS EXPERIMENTAIS NA EMBRAPA CERRADOS
No âmbito das ações que desde 2005 são implementadas na Unidade para
a melhoria da Gestão Ambiental, decidiu-se pela análise e melhoria do processo de Gestão de Resíduos de Laboratórios e Campos Experimentais.
Nesse contexto, em 2006/2007 foram realizadas pesquisas com o objetivo
de conhecer a percepção dos funcionários à respeito do gerenciamento de resíduos de laboratórios e campos experimentais na Embrapa Cerrados. Em 2006 foram analisados 37 questionários, de um total de 369 funcionários da Unidade, totalizando uma amostra de 10,02%. Dos 91 funcionários que exercem a função de Assistente de Operações, 25,27% responderam ao questionário. Dos 91pesquisadores, 10,98% responderam. Dos 39 Técnicos de Nível Superior, 5,12% responderam. E 1,35% dos 148 Auxiliares de Operações. Na consulta realizada em 2008, foi selecionado do corpo de usuários dos laboratórios e campos experimentais os pesquisadores e técnicos que mais demandam serviços desses dois setores, chegando-se a um universo de 25 funcionários, dos quais 28% responderam ao questionário. Para o levantamento de opiniões, sobre o processo de gerenciamento de resíduos e campos experimentais, tanto quanto possível buscou-se manter, para motivo de comparação, as questões submetidas aos funcionários em 2006.
Do total de respostas obtidas no universo considerado no início de 2007 (7 colaboradores), comparando-se com os dados levantados em 2006, e considerando-se que naquela ocasião a destinação adequada para resíduos também era uma expectativa relevante para a melhoria do processo. No que tange à percepção sobre o processo de gerenciamento de resíduos de laboratórios e campos experimentais, conforme os levantamentos realizados, apesar das tarefas que compõem o processo permearem as atividades de pesquisa, os dados colhidos denotaram falta de conhecimento, por parte dos entrevistados (os quais se inserem diretamente em atividades dessa natureza) em relação ao processo. Alguns argumentaram possuir informações parciais e outros alegam desconhecimento dos modos de operação do processo. Em dois depoimentos pesquisadores argumentaram conhecer a existência de um grupo de trabalho e de um projeto relacionados ao processo, mas alegaram que o conhecimento deles sobre o mesmo é limitado. Nesse contexto, foram tomadas ações de sensibilização sobre as ações de análise e melhoria desse processo nos meios de comunicação internos da Unidade. O detalhamento das ações adotadas no período anterior consta do anexo (vide página XXX)
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3. RESULTADOS ALCANÇADOS A) RELATÓRIO DE TRÊS GERAÇÕES
Planejado Executado Resultados Pontos Problemáticos Proposições Prover destinação adequada para o passivo de produtos vencidos
100% do passivo segregado e acondicionado e aguardando recolhimento
Passivo controlado e recolhido
Situação normalizada Controle contínuo da geração do passivo
Prover destinação adequada para o passivo de embalagens vazias
100% do passivo de embalagens de agrotóxicos encaminhados para posto de recebimento
Passivo destinado Situação normalizada Controle contínuo da geração do passivo
Propor melhorias para o plano de Aquisição de reagentes e agrotóxicos
Incorporação das práticas existentes no SLA às práticas desenvolvidas no setor de campos experimentais
Melhoria no Plano de Aquisição de Reagentes previsto no Diagnóstico do Setor de Campos Experimentais da Embrapa.
Resistências por parte dos atores envolvidos às mudanças tanto na aquisição quanto no uso de reagentes e agrotóxicos por parte do corpo técnico da Unidade
Melhoria na comunicação interna entre Setor de Patrimônio Material (SPM) e Setor de Campos Experimentais (SCE) e sensibilização do Corpo técnico para a importância da incorporação de práticas de aquisição e uso de reagentes e agrotóxicos que promovam a redução dos custos e a racionalização dos produtos
Divulgar trabalhos executados pela comissão
Treinamentos e seminários realizados
Apresentação das atividades do Comitê para o corpo técnico da Unidade
Baixa freqüência do corpo técnico da Unidade no evento
Divulgação interna extensiva a todos os setores da Unidade sobre as atividades do Comitê
Elaborar e descrever o processo de Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios e Campos Experimentais para a Unidade
Documento elaborado por contratação de consultoria externa e recebido em dezembro de 2007
Documento em análise para implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Suporte da Alta Direção e Dispersão do Grupo de Gerenciamento de Resíduos no início de 2008
Retomada dos contatos com o grupo de Gestão de resíduos da unidade e Sensibilização da Alta Direção
Elaborar procedimentos para controle do ativo
Em fase de elaboração mediante formalização dos POPs e reutilização de reagentes químicos nos laboratórios
Vários reagentes sendo reutilizados no SLA
Atraso na elaboração de POPs
Processo de reaproveitamento de reagentes e 100% dos POPs descritos e em andamento
30
Elaborar os procedimentos a serem utilizados na Unidade, para controle do passivo
Em fase de elaboração, mediante a melhoria do fluxo de aquisição, utilização, armazenamento e destinação final, incluindo organização para encaminhamento periódico de embalagens vazias para posto de recebimento
Encaminhamento do acumulado de embalagens vazias e aproveitamento de agrotóxicos vencidos em áreas não experimentais, além da contratação de um funcionário para gerir os campos experimentais
Carência de funcionário para a implantação das atividades, haja vista a realocação do funcionário contratado para esse fim
Processo devidamente descrito e operacionalizado na Unidade
Nomear a nova Comissão de Trabalho responsável pelo processo de Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios e Campos Experimentais
Proposta de nomes para composição da nova comissão aprovada pela chefia da Unidade e em tramitação para publicação no BCA.
Comissão nomeada mediante a expedição da Ordem de Serviço CPAC Nº 100/06, de 01 de novembro de 2006
Dificuldades na alternância e renovação da equipe
Nomeação de um grupo permanente e maior aderência da alta direção às ações do grupo
Levantar o ativo em compras realizadas
Software de gerenciamento de aquisições implantado
Levantamento automático do ativo de compras realizadas
Incorporar as práticas de compras dos Campos Experimentais nos procedimentos do SLA
Sensibilizar os pesquisadores quanto à adoção da prática
Elaborar os POPs POPs de procedimentos dos laboratórios elaborados Situação inicial de elaboração dos POPs de procedimentos de Campos Experimentais
85% dos POPs de procedimentos dos laboratórios elaborados 60% dos POPs de procedimentos dos Campos Experimentais elaborados
Resistência dos responsáveis pela elaboração dos POPs Imperativos administrativos e condicionantes de arranjos institucionais impeditivos à adoção de novas práticas. Falha na comunicação dos POPs de Campos Experimentais para a UGQ
Sensibilização dos responsáveis pela elaboração dos POPs Definição de atores e acordos institucionais para alteração de prioridades, metas e práticas a serem adotadas.
32
AÇÕES DE MELHORIAS ADOTADASEM 2008
A) MEDIDAS IMPLEMENTADAS EM 2008 As ações de melhoria previstas para o período de 2008 foram beneficiadas com recursos do Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa – PAC Embrapa, que viabilizou no período considerado a execução do projeto executivo das obras a serem licitadas e executadas em 2009, as quais estão descritas a seguir:
Proposição do Relatório de 3 gerações a ser atendida
(planejado) Executado Data
Realização permanente de ações de Educação Ambiental
Realização do Diagnóstico: Educação Ambiental como instrumento no processo de Gestão Ambiental na Embrapa Cerrados: um diagnóstico
Realizado em fevereiro de 2008 (Vide Anexo 2)
Controle contínuo da geração do passivo; Destinação adequada do passivo da Unidade
Unidade de Gerenciamento de Resíduos de Laboratório - GERALAB
Inaugurado em 17/04/2009
Processo de reaproveitamento de reagentes e 100% dos POPs descritos; Destinação adequada do passivo da Unidade
Unidade de Gerenciamento de Resíduos de Campos Experimentais - GERECAMP
Em processo inicial de licitação (previsão de execução: até 31/12/2009)
Destinação adequada dos lixos recicláveis da Unidade
Unidade de Gerenciamento de Lixo - GERELIXO
Em processo inicial de licitação
Adequação do tratamento e destinação dos resíduos produzidos
Estação de Tratamento de Esgoto
Em processo de implementação (processo 315/2008)
Compostagem do Lixo orgânico para aproveitamento nos Viveiros e Campos Experimentais; redução de coleta de solo na área da Unidade e circunvizinhanças
Fábrica de Compostagem
Em processo inicial de licitação (previsão de execução: até 31/12/2009)
Melhoria na Infra-estrutura de PD&I relacionadas a atividades geradoras de resíduos
Construção de Laboratório Multifuncional
Em processo de planejamento
Adequação dos processos de coleta e destinação do lixo produzido
Alocação de coletores seletivos na Unidade
Em processo inicial de licitação (previsão de execução: até 31/12/2009)
Realização permanente de ações de Educação Ambiental
Construção de Trilha Ecológica para implementar ações de educação ambiental e transferência de tecnologia
Em processo de execução
Divulgação interna extensiva a todos os setores da Unidade sobre as atividades do Comitê; Retomada dos contatos com o grupo de Gestão de resíduos da Unidade e Sensibilização da Alta Direção
Elaboração da II Semana de Gestão Ambiental da Embrapa Cerrados
13 a 15 de Abril de 2009
33
Divulgação interna extensiva a todos os setores da Unidade sobre as atividades do Comitê; Retomada dos contatos com o grupo de Gestão de resíduos da Unidade e Sensibilização da Alta Direção; Processo de reaproveitamento de reagentes e 100% dos POPs descritos; Nomeação de um grupo permanente e maior aderência da alta direção às ações do grupo; Sensibilizar os pesquisadores quanto à adoção da prática; Sensibilização dos responsáveis pela elaboração dos POPs; Definição de atores e acordos institucionais para alteração de prioridades, metas e práticas a serem adotadas.
Contratação de funcionário (José Cláudio) para atuar na gestão de defensivos agrícolas
Outubro de 2008
Divulgação interna extensiva a todos os setores da Unidade sobre as atividades do Comitê; Retomada dos contatos com o grupo de Gestão de resíduos da Unidade e Sensibilização da Alta Direção; Processo de reaproveitamento de reagentes e 100% dos POPs descritos; Nomeação de um grupo permanente e maior aderência da alta direção às ações do grupo; Sensibilizar os pesquisadores quanto à adoção da prática; Sensibilização dos responsáveis pela elaboração dos POPs; Definição de atores e acordos institucionais para alteração de prioridades, metas e práticas a serem adotadas.
Contratação de funcionário (Túlio Lins) para atuar na gestão laboratórios
Outubro de 2008
Divulgação interna extensiva a todos os setores da Unidade sobre as atividades do Comitê; Retomada dos contatos com o grupo de Gestão de resíduos da Unidade e Sensibilização da Alta Direção; Processo de reaproveitamento de reagentes e 100% dos POPs descritos; Nomeação de um grupo permanente e maior aderência da alta direção às ações do grupo; Sensibilizar os pesquisadores quanto à adoção da prática; Sensibilização dos responsáveis pela elaboração dos POPs; Definição de atores e acordos institucionais para alteração de prioridades, metas e práticas a serem adotadas.
Contratação de funcionário (Luiz Gustavo) para atuar na gestão de campos experimentais no Centro de Transferência de Tecnologias de Raças Zebuínas com Aptidão Leiteira - CTZL
Março de 2009
34
Inauguração do GERELAB em 17/04/2009
Na ocasião o analista Túlio Lima Lins, responsável pelo GERELAB, destaca que todos os usuários dos laboratórios serão treinados para utilizar o sistema de coleta, tratamento e reciclagem dos resíduos.
Modelo de GERECAMP adotado pela Embrapa Cerrados, em processo inicial de licitação.
Planta Baixa do GERELIXO, em processo inicial de licitação.
35
Planta Baixa da Estação de tratamento de Esgoto em execução com recursos do PAC Embrapa.
Fábrica de Composta, modelo adotado pelo CPAC, em processo inicial de licitação.
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Layout Externo da distribuição dos coletores seletivos na Unidade
37
Conclusões Como as ações de melhoria ficam condicionadas, no período considerado, à definição dos projetos executivos das obras a serem executadas em 2009, optou-se por medir o impacto dessas ações, ao final do período corrente, na satisfação dos clientes. Nesse contexto, cabe esclarecer que todas as ações relatadas acima foram iniciadas em 2008, ainda que tenham continuidade no ano corrente. Não obstante, foi realizado no ano de 2008 o diagnóstico que resultou na publicação da série Embrapa sob o número 215 intitulado “Educação ambiental como instrumento no processo de gestão ambiental na Embrapa Cerrados: um diagnóstico”, o qual traz informações pertinentes que orientarão as ações do comitê de Gestão Ambiental em 2009. Para manter a coerência histórica das ações de melhoria do processo considerado, foram mantidas, em forma de anexo, as ações realizadas em 2007. A sensibilização alta direção com as ações de gestão de resíduos de laboratórios e campos experimentais, ponto salientado como fator crítico de sucesso em duas prospecções com os atores do processo (2006/2007), foi reforçada no processo de elaboração do PDU, no qual foram priorizadas diretrizes estratégicas voltadas para esse fim:
• Viabilizar a implantação do sistema de qualidade de laboratórios e campos experimentais por meio da criação da Unidade de garantia da Qualidade do Comitê da Qualidade e Gestão Ambiental;
• Proteger a área de Campos Experimentais da Unidade e promover a Gestão Ambiental da Unidade e de suas área vizinhas.
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ANEXO 1
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AÇÕES DE MELHORIAS ADOTADASEM 2007
A) MEDIDAS IMPLEMENTADAS EM 2007
• CONTROLE DA GERAÇÃO DO PASSIVO / IMPLANTAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS / SEPARAR OS RESÍDUOS E DAR A DESTINAÇÃO CORRETA AOS MESMOS
• SISTEMATIZAR METODOLOGIAS • O encaminhamento das embalagens vazias de defensivos
agrícolas para posto de recebimento e aproveitamento de agrotóxicos vencidos em áreas não experimentais foi adotado como uma prática sistemática na Unidade; no exercício de 2007, 100% das embalagens vazias tiveram destinação final adequada. o Plano de Gerenciamento de Resíduos, cuja elaboração foi realizada mediante contratação de consultoria especializada, prevê as metodologias que serão adotadas para o gerenciamento dos resíduos de laboratórios e dos campos experimentais da Unidade.
• A melhoria segundo a qual se previu a sistematização das metodologias a serem adotadas para o gerenciamento dos resíduos, será implementada a partir de 2008, com a inserção dos procedimentos previstos no Plano de Gerenciamento de Resíduos. A ação para a separação e destinação dos resíduos recicláveis está em negociação com uma empresa, aguardando diretrizes e outras determinações da Chefia. Essa ação se concretizará em data posterior por motivo de atraso no recebimento do documento citado, que se efetivou somente em dezembro de 2007.
• O diagnóstico dos problemas referentes ao plano de aquisição de reagentes e defensivos químicos na Unidade foi testado e readaptado em várias ocasiões no exercício de 2007. Por motivos internos, relacionados à resistência às mudanças propostas o Plano teve várias adaptações e emendas, sendo, por fim abandonado por motivo de transferência do Técnico Agrícola contratado para a gestão de campos experimentais, o que significou um retrocesso na melhoria do Plano de Aquisição de Reagentes e Agrotóxicos, segundo a percepção de alguns atores do processo.
Entendendo que esse ponto é fundamental no funcionamento do processo de gerenciamento de resíduos químicos, o Grupo de Trabalho de Resíduos de Laboratório e Campos Experimentais efetuou sondagem junto ao Setor de Patrimônio e Material (SPM), particularmente com o Sr. Dercino (supervisor), para conhecer o programa elaborado pelo SPM para solicitação de compras e materiais. Além disso, foram visitados o Setor de Laboratórios (SLA),
40
supervisionado pela Sra. Vilderete Castro Alves, e o Setor de Mecanização Agrícola (SMA), supervisionado pelo Sr. Joviano, para avaliação preliminar das condições de armazenamento e distribuição de produtos químicos. A partir dessas visitas foi elaborado um Plano de Gerenciamento para Aquisição,
• As ações previstas para elaborar os procedimentos a serem utilizados na Unidade para controle do ativo, reutilização de reagentes químicos nos laboratórios, aproveitamento de agrotóxicos vencidos, assim com o Levantamento de todos os tipos de análises realizadas pelo Setor de Laboratórios previstos no Plano de Gerenciamento de Resíduos, serão implementados no exercício de 2008, pelo fato de o documento ter sido recebido somente no final de dezembro de 2007.
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RELAÇÃO DE ANÁLISES REALIZADAS PELOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICA ANALÍTICA DE PLANTAS E DE SOLOS
QUÍMICA ANALÍTICA PLANTAS QUÍMICA ANALÍTICA SOLOS ALUMÍNIO ALUMÍNIO – Al BORO AMÔNIO – NH4
CÁLCIO ANÁLISE QUÍMICA DE ADUBOS E CORRETIVOS
COBRE BORO – B DIGESTIBILIDADE IN VITRO CÁLCIO – Ca ABSORÇÃO ATÔMICA ENXOFRE CÁLCIO – Ca TITULADO
FERRO CÁLCIO + MAGNÉSIO TITULADO (Ca + Mg)
FIBRA ÁCIDA CLORO – Cl FIBRA NEUTRA COBRE – Cu FÓSFORO ENXOFRE – S MAGNÉSIO FERRO – Fe MANGANÊS FÓSFORO – BRAY MATÉRIA ORGÂNICA FÓSFORO – Melich MATÉRIA SECA FÓSFORO – RESINA NITROGÊNIO H + Al ( ACIDEZ TITULÁVEL) POTÁSSIO MAGNÉSIO – Mg ABSORÇÃO ATÔMICA SÓDIO MANGANÊS – Mn
MATÉRIA ORGÂNICA – MO NITRATO – NO3 NITROGÊNIO – N pH CaCl2 pH H2O pH KCl POTÁSSIO – K SÓDIO – Na
ZINCO
ZINCO – Zn
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ELABORAR OS POPs
• 85% dos POPs de procedimentos dos laboratórios foram elaborados e estão em franca fase de adoção pelos técnicos da Unidade. No que concerne aos campos experimentais foram elaborados 100% dos POPs de procedimentos dos Campos Experimentais em 2007; os quais estão, de igual forma em franco processo de análise e ajustes para a adoção, com a ressalva de que a transferência do técnico Francelino, responsável pela gestão dos campos experimentais ter retardado um pouco a adoção das medidas cuja implantação foi iniciada em 2007. Nesse mesmo ano, foi constituída na Embrapa Cerrados a Unidade de Garantia da Qualidade, por meio da qual foram levantados os POPs relacionados no quadro abaixo.
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Embrapa Cerrados SLA – Setor de Laboratórios
UGQ – Unidade de Garantia da Qualidade
DIAGNÓSTICO DE ELABORAÇÃO DE POP DO SLA
Laboratório POP
técnicos (
Elaborados POP equipamento Elaborados
Análise de Sementes 4 4 13 0 Biofísica Ambiental 7 5 10 0 Biologia Celular e Cultura de Tecidos ? 1 ? 0
Biologia Vegetal 15 15 52 1 Ecologia de Vertebrados ? 0 ? 0
Ecotoxicologia 8 0 ? 0 Entomologia 8 7 31 0
Física e Mineralogia de Solos 15 13 26 0
Fitopatologia 12 12 50 1 Fruticultura e Pós-
colheita 11 11 15 7
Genética e Biologia Molecular ? 9 3 3
Microbiologia de Solos 34 34 31 31 Nematologia 23 23 36 23
Química Analítica de Plantas 14 8 56 7
Química Analítica de Solos 25 9 23 14
Raízes e Tubérculos 5 5 10 0 Sanidade Animal 9 0 11 0
UBS 27 16 12 0 UMEL 2 2 1 1
Química da Água ? 0 ? 0 Hidrometria e
Hidrossedimentometria ? 0 ? 0
44
0
10
20
30
40
50
60
Aná
lise
de S
emen
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Bio
físic
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POP técnicos SLA
No gráfico acima as barras em cor violeta representam a quantidade de POPs técnicos existentes nos laboratórios, as barras cor de vinho representam os POPs técnicos já elaborados. As barras amarelas representam a quantidade de POPs de equipamentos existentes em relação à quantidade de POPs de equipamentos já elaborados, representados pelas barras azuis.
45
• INFORMAR O PÚBLICO INTERNO SOBRE O ANDAMENTO DO
PROCESSO / SENSIBILIZAR AS PESSOAS QUANTO AO PROCESSO / CONTRIBUIR PARA A INTERNALIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
• A apresentação das atividades do Comitê para o corpo técnico da Unidade, com o objetivo de sensibilizar os colaboradores e, por extensão, contribuir para a internalização dos procedimentos relativos à gestão de resíduos de laboratórios e campos experimentais, deveu-se à veiculação das atividades do Grupo de Trabalho nos vários veículos de divulgação interna: Murais, Intranet, Boletim Eletrônico Semanal e Folder contendo os principais conceitos da gestão ambiental na Unidade, o qual considera as ações de gestão de resíduos de laboratórios e campos experimentais nesse âmbito.
46
• TREINAR AS PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO SOBRE PRODUTOS E MANIPULAÇÃO
• A capacitação interna “Treinamento noções de segurança em laboratório”, ministrada pela farmacêutica Bruna Ester Faria, analista da Embrapa Cerrados, reuniu 23 colaboradores da Unidade no dia 1º de junho de 2007.
• No Setor de Laboratórios foram realizados os seguintes curso s: bpl (0 1 emp), curso de gestão ambiental(11 emp. e 1 est.), curso de auditor interno ( 01 emp.), curso de iso 17025 (01) curso de validação de métodos e cálculo de incertezas( 02 empregados), curso de determinação de cianogênicos na mandioca (01 emp.), palestra sobre procedimentos em laboratório: tópicos em segurança e qualidade (14 emp. e 03 est.), curso sobre tratamento de resíduos em laboratórios no xii met - acre (01 emp.).
• CAPACITAR PESSOAS DIRETAMENTE ENVOLVIDAS NO
PROCESSO DE GERENCIAMENTO SOBRE PRODUTOS E USO DOS EPIS
• Do dia 16 ao dia 18 de outubro de 2007, foi realizado na Unidade o I Seminário de Educação Ambiental da Embrapa Cerrados para atender essa demanda específica.
• CAPACITAR E/OU CONTRATAR PESSOAS
• Do dia 10 ao dia 13 de dezembro de 2007, no Auditório Roberto Aduan, foi realizado na Área de Comunicação e Negócios (ACN), o curso de Formação de Gestores Ambientais.
47
• ADQUIRIR MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS MODERNOS • REALIZAR MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
• Aquisições: dois banhos-maria (Éder e Vilela), oito pipetas eppendorf (Léo, Djalma e Éder), um computador (Dr. Jorge), uma impressora laser (Marcelo Brilhante), um hplc (projeto Banco do Brasil), um nir - espectrofotômetro de reflectância no infravermelho próximo (CPAC).
• Manutenção externa de equipamentos: dois moinhos (lqap), dois fitotrons e um dois ar condicionado (lab. entoomologia), uma câmara fria (lab. fitopatologia), um compressor (laqp), uma câmara fria (lab. de biologia vegetal).
• Manutenção umel: aferição de pipetas, espectrofotômetro, fotômetro de chama, agitador horizontal, agitador de amostras de solo, microscópio, estações meteorológicas, plasma, potenciômetros, fitotrons, centrífugas, estufas.
• Fora iniciado no período a mensuração dos custos de manutenção e depreciação do maquinário e, de igual modo, os custos das análises realizadas para verificação dos custos totais por análise. Essa ação auxiliará no planejamento para a reposição de equipamento conforme a prioridade e disponibilidade de recursos.
• CRIAR CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA A COMUNICAÇÃO
INTERNA ENTRE OS SETORES ENVOLVIDOS • Em virtude da dificuldade de comunicação, nos vários níveis
de atuação, entre os setores e pela ocorrência de necessidades específicas relacionadas ao tema relatadas pelos atores dos processos acompanhados em 2007, foram implementados dias de campo setoriais na Unidade que cumpriram o duplo propósito de divulgar as ações de análise e melhoria de processos e demais práticas de melhoria na gestão assim como dar visibilidade das responsabilidades, ações e rotina de cada setor. Os dois dias de campo setoriais realizados em 2007, pela repercussão e resultados positivos, devem ser sistematizados como prática de repasse de informações e de interação na Unidade.
48
• Organização e melhorias dos depósitos de agrotóxicos e de reagentes de laboratório;
O setor de Campos Experimentais abrange bem mais do que as áreas experimentais da Embrapa Cerrado, sendo este responsável por toda a área física da Unidade, cerca de 2.900 ha. No início do exercício de 2007, o setor contava com 75 funcionários, sendo 35% técnicos agrícolas e 65% assistentes de campo. Dentre os serviços realizados pelo setor estão os serviços de conservação de estradas, conservação de reservas florestais, conservação de divisas, proteção de água, irrigação e ainda a alocação da mão-de-obra entre os projetos em andamento na unidade e aproveitamento das áreas subtilizadas e/ou com projetos finalizados.
A importância do bom funcionamento deste setor dentro da Embrapa
Cerrados é de vital importância para a execução dos projetos de pesquisas, o setor, porém enfrenta dificuldades, com restrições de mão-de-obra, orçamentária, materiais e instalações físicas. Além de ausência de um programa de gestão que venha promover um destaque do setor dentro da Unidade. Para mitigar essa situação foram tomadas medidas para corrigir, no exercício de 2007, as principais carências do setor. Nesse contexto fora realizada a contratação de um técnico em gestão de campos experimentais o qual elaborou um diagnóstico que subsidiará as melhorias a serem adotadas pelo setor.
No período foram adquiridos dois equipamentos de 600L para
pulverização e um trator cabinado, o que contribuiu para otimizar o trabalho no setor e melhor os fluxos das atividades relativas à gestão de defensivos e afins. Também foram realizadas reformas em tratores existentes e nos depósitos de agrotóxicos.
49
B) AVANÇOS OBTIDOS EM 2007
A conscientização, mediante estratégias de capacitação e divulgação das ações da análise e melhoria do processo de gerenciamento de resíduos de laboratórios e campos experimentais nos veículos internos de comunicação internos à Unidade, assim como a realização concomitante de ações ligadas à gestão ambiental da Unidade, têm propiciado maior visibilidade e alcance às práticas relativas ao gerenciamento de resíduos de laboratórios e campos experimentais.
Nesse contexto, com o objetivo de sensibilizar os empregados e
colaboradores para a importância da melhoria do ambiente de trabalho e da educação ambiental foi realizado de 16 a 18 de outubro, o I Seminário de Educação Ambiental na Embrapa Cerrados. Essa ação partiu das discussões do grupo e da conclusão segundo a qual a necessidade de proteger o meio ambiente, aliada ao princípio de que o ambiente de trabalho deve preservar a saúde e a segurança dos empregados, começa a ganhar importância nos órgãos públicos.
Durante a primeira palestra do Seminário, Patrícia Grazinoli,
coordenadora da Agenda Ambiental na Administração Pública do MMA, defendeu a inclusão de critérios socioambientais no pregão eletrônico para garantir a compra pelo poder público de produtos que não causem danos ao meio ambiente. No primeiro dia foram ministradas palestras, no auditório W. Goedert, sobre Agenda Ambiental na Administração Pública e Educação Ambiental.
No segundo foram exibidos vídeos de educação ambiental e no último
dia foi realizada visita à mata de galeria e à cachoeira do córrego Sarandy, a qual foi útil para os colaboradores da Unidade perceberem a importância da mata de galeria para conservação da água e do solo. O pesquisador José Carlos Sousa Silva, responsável pela apresentação, destacou que existe a intenção de realizar excursões ecológicas para que os interessados possam conhecer todos os tipos de vegetação presentes na área da Embrapa Cerrados. Para o pesquisador Eduardo Cyrino Filho, que coordena o projeto de Gestão Ambiental com a pesquisadora Fabiana Aquino, o evento foi válido também por permitir a troca de idéias entre os participantes, a equipe do projeto e pessoal do Ministério do Meio Ambiente.
O Seminário de Educação serviu não só para os participantes
aprenderem a adotar práticas administrativas ambientalmente corretas, pios dentre as iniciativas previstas no projeto estão a construção do Gerelab, para gerenciar resíduos de laboratório, e do Gerecamp, para compostagem dos resíduos orgânicos dos experimentos realizados no campo. Cyrino salienta que a implantação da coleta seletiva de lixo, outra ação planejada, depende ainda de buscar pessoas interessadas em receber o material.
50
Foto 1 – Palestra do pesquisador José Carlos Souza Silva para o Público Interno da Embrapa
Cerrados .
A capacitação interna “Treinamento noções de segurança em laboratório”, ministrada pela farmacêutica Bruna Ester Faria, analista da Embrapa Cerrados, reuniu 23 colaboradores da Unidade no dia 1º de junho de 2007. O treinamento realizado, mais direcionado para os laboratórios de química analítica, abordou prevenção de acidentes, utilização de equipamentos e reagentes perigosos, segurança de ordem pessoal e segurança referente ao laboratório. “A idéia agora é expandir essa capacitação para todo o Setor de Laboratórios, mas com os assuntos adaptados à realidade de cada laboratório”, explica Bruna. Os participantes também aprenderam a correta utilização de vidrarias, materiais e equipamentos de laboratório. O técnico de segurança do trabalho André de Barros explicou o uso de equipamentos de segurança individual e a importância de utilizá-los. Nesse contexto, foram adquiridos pela Unidade máscaras, luvas, óculos de acrílico e aventais de PVC para a realização das atividades dos laboratórios.
51
Foto 2 – Técnico de segunrança do Trabalho, André de Barros, ministrando palestra sobre o
uso de equipamentos de segurança em laboratórios.
Empregados do grupo de trabalho de gestão ambiental, de laboratórios e de campos experimentais da Unidade participaram de 10 a 13 de dezembro, no Auditório Roberto Aduan, na Área de Comunicação e Negócios (ACN), do curso de Formação de Gestores Ambientais. O curso foi ministrado por consultores da empresa Visão Gerencial de Futuro (VGF) Consultores. A programação integrou o Projeto Corporativo de Gerenciamento de Resíduos da Embrapa e foi composta de debates sobre gestão ambiental, planejamento e implantação de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), coleta seletiva e inclusão de pauta ambiental na Empresa.
Foto 3 – Empregados do grupo de trabalho de gestão ambiental, de laboratórios e de campos
experimentais da Unidade no curso de Formação de Gestores Ambientais.
O Setor de Laboratórios no âmbito das várias ações de melhoria previstas no exercício de 2007, chegou às seguintes realizações:
Reformas: adequação do sistema elétrico da sala de moagem do lqap, reforma da recepção de solos: matriz e plataforma ii, adequação e reforma de
52
duas salas para criação do laboratório de análise de lodo de esgoto, reforma do laboratório de fitopatologia (pesquisadores).
Passivo de Resíduos nos Laboratórios
A situação do passivo de resíduos de laboratório em 2005, fora definida, sobretudo, em relação ao número de embalagens de reagentes vazias. Alguns reagentes vencidos também foram observados, além de agrotóxicos e produtos não identificados. As fotos 1, 2 e 3 mostram algumas situações observadas onde pode se constatar o armazenamento indevido desse material, em 2005, gerando uma perda de espaço útil em área de trabalho e aumentando o risco para acidentes. Em 2006, estes produtos encontravam-se quantificados e devidamente acondicionados e armazenados em local apropriado, aguardando destinação final. No ano de 2007, foi contratada uma empresa especializada em destinação de reagentes e agrotóxicos vencidos. Cerca de uma tonelada e meia de material nessa condição tiveram destinação apropriada em conformidade com legislação ambiental em vigor.
Foto 4 – Frascos de reagentes vazios armazenados sob a bancada.
53
Foto 5 – Frascos de reagentes vazios armazenados sob a pia.
Foto 6 – Frascos de reagentes vazios armazenados no ambiente externo ao laboratório.
Em 2005, foi identificada a estocagem de embalagens nos laboratórios. Dos laboratórios consultados, mediante questionário, 12 afirmaram que possuem embalagens vazias armazenadas dentro do laboratório e 8 disseram que não (Figura 1). Como resultado da melhoria nesse processo em 2006 foi adotado o procedimento de tríplice lavar todas as embalagens, acondicioná-las e as estocar em local apropriado, para posterior destinação final. Em 2007 a tríplice lavagem foi adotada em todos os laboratórios geradores de resíduos. As embalagens vazias são estocadas em local apropriado, fora do laboratório, onde aguardam a destinação final.
54
Em relação à situação observada em 2005, quando foram identificados 860 frascos vazios de reagentes nos laboratórios, foi obtido um controle total sobre a estocagem de embalagens, as quais obtiveram destinação adequada no exercício de 2007, quando cerca de duas toneladas de resíduos químicos da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), provenientes dos campos experimentais e dos laboratórios, foram recolhidas, em 28 de março, e enviadas para uma empresa especializada em São Paulo, onde foi feita a incineração. Esta ação é resultado de recolhimento de resíduos químicos é resultado do projeto de Gestão Ambiental desenvolvido pela Unidade, porém a viabilidade para o recolhimento dos mesmos foi garantida pela Embrapa Sede, de acordo com o projeto corporativo de Gerenciamento de Resíduos.
Com a contratação do analista Francelino Camargo foi iniciado na
Unidade um programa de gerenciamento de resíduos de campos experimentais e um plano de gerenciamento de aquisição de agrotóxicos e implementos agrícolas geradores de resíduos, cujo objetivo é minimizar a geração assim como promover o correto manejo, tratamento, armazenamento, transporte e disposição final de resíduos, segundo os princípios de preservação ambiental. Os resíduos químicos podem ser classificados em ativos e passivos. Os recolhidos foram os passivos, ou seja, produtos já vencidos, ou os que sofreram algum tipo de reação impossibilitando seu uso ou ainda os que sobraram após utilização em testes. No ano passado, como exposto acima, a comissão para Gerenciamento de Resíduos fez o levantamento de todo o passivo, tanto para reagentes utilizados em laboratórios quanto para defensivos agrícolas usados nos campos experimentais.
Segundo o analista Francelino Camargo, que coordenou o recolhimento,
a importância de se dar uma destinação adequada a esses resíduos reside na diminuição das fontes de contaminação na Unidade, tornando as atividades da Empresa ambientalmente sustentáveis. O líder do projeto de Gestão Ambiental, o pesquisador Eduardo Cyrino de Oliveira Filho, entende que a partir dessas ações a comissão de Gerenciamento de Resíduos trabalhará para que não haja acúmulo desses resíduos. Para isso foi criado um plano de racionalização do uso dos produtos, que estimula a compra programada e a utilização dos produtos próximos do vencimento.
O recolhimento dos resíduos foi acompanhado pela consultora da
empresa VGF, Sandra Santos da Silva, que permaneceu na Unidade até 4 de abril. O trabalho realizado pela consultora foi dividido em três etapas: A primeira se referiu à retirada do passivo acumulado. Em seguida, ela elaborou um diagnóstico da Unidade, identificando todos os pontos que provocam resíduos, desde os mais simples até os mais perigosos. Por fim, elaborou o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, orientando como a Unidade deverá proceder no condicionamento dos resíduos e no descarte. Os
55
PGRS buscam refletir as peculiaridades de cada Unidade da Embrapa, sendo, portanto, planos “personalizados”.
Foto 7. Mateiral estocado em prateleiras noSetor de Patimônio Mateiral da Unidade,
aguardando destinação final.
Foto 8. Funcionário acondicionando material a ser recolhido para descarte.
Foto 9. Material selecionado e organizado segundo procedimento padrão para
destinação final.
56
Foto 10. Material recolhido para destinação final.
O inventário do material com prazo vencido de uso foi realizado no
exercício de 2007 e consta no anexo 2.
57
B) CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O trabalho que vem sendo desenvolvido pelo grupo é árduo e deve ser
contínuo. Essa etapa ainda é a primeira de muitas que estão por vir. Algumas necessidades já podem ser enumeradas e estão listadas abaixo. Essas sugestões poderão minimizar alguns dos problemas observados, e são providências fundamentais para o sucesso do trabalho do grupo, bem como para o alcance dos objetivos e metas propostos pela Embrapa Sede.
1) Atualmente o processo de gestão de resíduos está em parte em
processo de implantação e em parte em processo de elaboração, tendo em vista que alguns aspectos estão mais avançados nos laboratórios em relação aos campos experimentais e vice versa. Para exemplificar esta afirmação, poderíamos argumentar que nos laboratórios a elaboração dos POPs está adiantada em relação aos campos experimentais, assim como o processo de aquisição de reagentes.
Concomitantemente, está sendo realizada a sensibilização do corpo
técnico da Unidade em relação às atividades de gerenciamento de resíduos. Nesse contexto, foi realizado de 16 a 18 de outubro, com o objetivo de sensibilizar os empregados e colaboradores para a importância da melhoria do ambiente de trabalho e da educação ambiental, o I Seminário de Educação Ambiental na Embrapa Cerrados. Outra ação foi à capacitação interna “Treinamento noções de segurança em laboratório”, ministrada pela farmacêutica Bruna Ester Faria, analista da Embrapa Cerrados, que reuniu 23 colaboradores da Unidade no dia 1º de junho de 2007. Integrando as ações dos grupos de trabalho de gestão ambiental e de laboratórios e campos experimentais da Unidade, foi realizado entre os dias 10 e 13 de dezembro, o curso de Formação de Gestores Ambientais, que cumpriu o duplo propósito de divulgar as ações realizadas na Unidade e discutir as ações corporativas da Empresa.
2) A recomendação de tríplice lavagem de todas as embalagens vazias
de reagentes já está sendo executada nos laboratórios, havendo no setor de Campos Experimentais o acréscimo da inutilização das embalagens vazias. Em relação aos POPs, aqueles de natureza técnica já estão em pleno processo de elaboração, com a inclusão dos métodos de disposição dos resíduos. O gráfico abaixo demonstra a quantidade de POPs realizados em relação ao total a ser elaborado, distribuídos por laboratórios.
3) Em relação aos campos experimentais, foi realizada, de forma complementar à primeira análise realizada pelo grupo de trabalho de análise e melhoria de processos de resíduos de laboratórios e campos experimentais da Unidade, uma análise detalhada dos aspectos estruturais do setor. Esta análise foi fruto do trabalho do funcionário recentemente contratado para gerenciar os Campos Experimentais, Francelino Petenó de Camargo.
Segundo o analista, o setor de Campos Experimentais da Unidade
abrange bem mais do que as áreas experimentais da Embrapa Cerrados,
58
sendo este responsável por toda a área física da Unidade, cerca de 2.900 ha. Estando inclusos neste setor os serviços de conservação de estradas, conservação de reservas florestais, conservação de divisas, proteção de água, irrigação e ainda a alocação da mão-de-obra entre os projetos em andamento na Unidade e aproveitamento das áreas subtilizadas e/ou com projetos finalizados.
Segundo a apreciação do analista, a importância do bom funcionamento
deste setor dentro da Embrapa Cerrados é de vital importância para a execução dos projetos de pesquisas, no entanto, o setor enfrenta dificuldades estratégicas com implicações estruturais e operacionais, como restrições de mão-de-obra, orçamentária, materiais e instalações físicas. Além de carecer de um programa de gestão que torne visível, para o corpo técnico da unidade, a importância estratégica do setor para o cumprimento da missão da Unidade.
No setor de Campos Experimentais estão lotados 75 funcionários,
sendo que deste 35% são técnicos Agrícolas e 65% assistentes de campo. Soma-se como agravante da carência de pessoal expressa nesses números, levando-se em consideração os imperativos gerenciais do setor, o afastamento de funcionários pelo INSS e a seção de funcionários a outros órgãos ou Unidades por tempo em indeterminado.
De acordo com as normas legais vigentes, devem-se possuir no mínimo três depósitos em condições para armazenamento de produtos químicos. Nesse contexto houve foram iniciadas as negociações com Chefia da Unidade para a abertura de um processo licitatório para a construção de novos e manutenção dos depósitos existentes, de modo a garantir que os produtos fiquem organizados de acordo com a chegada, vencimento e descarte.
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ANEXO 2
60
Educação Ambiental como Instrumento no Processo de Gestão Ambiental na Embrapa Cerrados: um diagnóstico
Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 215, agosto de 2008
Educação Ambiental como Instrumento no Processo de Gestão Ambiental na Embrapa Cerrados: um diagnóstico
Eloisa Aparecida Belleza Ferreira
Zenilton de Jesus Gayoso Miranda
José Carlos Sousa-Silva
Evie dos Santos de Sousa
Eduardo Cyrino Oliveira-Filho
Fabiana de Gois Aquino
Daiva Domenech Tupinambá
Planaltina, DF 2008
61
Sumário
RESUMO ................................................................................................................................... 62
ABSTRACT ...................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 63
HIPÓTESE PARA A INVESTIGAÇÃO DA SITUAÇÃO............................................................ 65
OBJETIVOS DA PROPOSTA................................................................................................... 65
MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................................... 65
RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................ 66
CONCLUSÕES ......................................................................................................................... 76
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS ................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
62
Educação Ambiental como Instrumento no Processo de Gestão Ambiental na Embrapa Cerrados: um diagnóstico
Eloisa Aparecida Belleza Ferreira1
Zenilton de Jesus Gayoso Miranda2
José Carlos Sousa-Silva3
Evie dos Santos de Sousa4
Eduardo Cyrino Oliveira-Filho5
Fabiana de Gois Aquino6
Daiva Domenech Tupinambá7
Resumo Realizou-se um diagnóstico no âmbito do tema educação ambiental, com o intuito de investigar os elementos que refletem a consciência crítica dos empregados e colaboradores em relação ao protagonismo ambiental na Embrapa Cerrados. Os objetivos foram: realizar um diagnóstico preliminar de conceitos relativos ao meio ambiente; avaliar o estado da arte do protagonismo ambiental, identificando o posicionamento crítico dos colaboradores sobre práticas e valores ambientais e a contribuição da conduta individual para o balanço ambiental da Empresa. Verificou-se que, na Embrapa Cerrados, predomina a representação naturalista sobre meio ambiente, na qual o ser humano é dissociado da natureza (“não faço parte”), que deve ser apreciada, porém deve ser preservada, por ser provedora de recursos sobre os quais temos o direito de usufruir. O aumento da consciência ainda não é acompanhado de um aumento significativo nas atitudes e comportamentos. As preocupações prioritárias são referentes à coleta e disposição adequada de resíduos (líquidos ou sólidos), economia de água e energia elétrica.
Termos para indexação: protagonismo ambiental; meio ambiente; conduta individual.
Abstract A diagnosis was accomplished in the extent of the theme environmental education, with the intention of investigating the elements that reflect the employes and collaborators' critical conscience in relation to the environmental protagonism at Embrapa Cerrados. The objectives were: to accomplish a preliminary diagnosis of concepts related to the environment issues, to evaluate the state of the art of the environmental protagonism, identifying critical positioning on practices and environmental values and the contribution of the self behavior to the environmental balance of the Company. It was verified that the naturalistic representation on environment prevails at Embrapa Cerrados, where the human being is dissociated of the nature (“I am detached"), and that nature should be appreciated, however, it should be preserved, for being resources supplyer, which we are entitled to enjoy. The increase of the conscience is still not accompanied of a significant increase in the attitudes and behaviors. The priority concerns are regarding the waste appropriate disposal (liquids or solids), saving water and electric energy.
1 Engenheira Agrônoma, M.Sc., Pesquisadora da Embrapa Cerrados, [email protected] 2 Artista Plástico, M.Sc., Analista da Embrapa Cerrados, [email protected] 3 Biólogo, Ph.D., Pesquisador da Embrapa Cerrados, [email protected] 4 Engenheira Agrônoma, M.Sc., Analista da Embrapa Cerrados, [email protected] 5 Biólogo, D.Sc., Pesquisador da Embrapa Cerrados, [email protected] 6 Bióloga, D.Sc., Pesquisadora da Embrapa Cerrados, [email protected] 7 Bioquímica, M.Sc., Analista da Embrapa Cerrados, [email protected]
63
Index terms: environmental protagonism; environment; sefl behaviour.
Introdução A idéia que integra a dimensão ecológica na problemática do desenvolvimento deriva do
conceito de ecodesenvolvimento proposto nos anos 1970 por Maurice Strong e Ignacy Sachs,
durante a Primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Realizada em Estocolmo, em 1972, a conferência deu origem ao Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente8 – PNUMA.
Diante da preocupação mundial com os rumos do desenvolvimento e a exaustão dos recursos naturais, na década de 1980 foi publicado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD/ONU) o relatório Brundtland – Nosso Futuro Comum, no qual se consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2006): “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que atende às necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras a atender as suas próprias necessidades”.
A despeito das infindáveis críticas e considerações sobre a operacionalização do conceito no modelo vigente de desenvolvimento, essa foi a linha de base para que, no mundo inteiro, a temática da proteção ambiental conquistasse um espaço relevante em âmbito nacional e internacional, fato que propiciou mudanças no padrão de produção e de consumo e viabilizou a disseminação/consolidação de modelos de gerenciamento ambiental. A adoção de uma postura mais consciente em torno das questões ambientais, pelos governos e pelas empresas, é fruto, em grande parte, da pressão e da mobilização da sociedade.
Especificamente nas organizações empresariais, existem razões bem fortes e concretas para essa mudança de comportamento. Hoje, com a implantação nas empresas do Sistema de Gestão Ambiental, cada empregado ou colaborador passou a ser visto como parte interessada e protagonista do sistema, tanto pela utilização de insumos, energia, força de trabalho, como pela contaminação do meio e pelo comprometimento da qualidade de vida. Pelo exposto, importa às empresas a melhoria constante de seus processos, mediante a implementação de projetos que prevejam a sustentabilidade de suas ações produtivas. Além disso, é fundamental que as organizações se debrucem sobre projetos que visam aperfeiçoar e ampliar o uso de recursos e insumos, revisando e avaliando continuamente todos os procedimentos.
Ser uma empresa “ecológica” é uma decisão politicamente correta, mas também uma estratégia empresarial pró-ativa e sustentável. Colocar em risco ou provocar danos ao meio ambiente passa a ficar oneroso e compromete a imagem institucional de qualquer empreendimento (LEÃO; FALCÃO, 2002).
Dentro de uma perspectiva econômica globalizada, que gera práticas cujos impactos se fazem sentir em âmbito também global, são criados e aprimorados sistemas de gestão ambiental representados por um complexo acervo de normas e procedimentos, que inclui políticas públicas, instrumentos de auditoria e controle ambiental, indicadores de eficiência/eficácia, instituídos por códigos, leis nacionais ou acordos internacionais (i.e., Organização Internacional de Normatização – ISO 14.000).
De modo geral, esses processos de Gestão Ambiental Global para a sustentabilidade incluem: responsabilidade social, preservação ambiental, imagem pública, educação ambiental, compromisso ético, redução de custos e equilíbrio com a legislação.
No entanto, para que a gestão ambiental seja bem sucedida, é necessário que sejam articuladas ações promotoras de mudanças nas atitudes, nos padrões de comportamento e na própria cultura das instituições. Nessa perspectiva, desenvolve-se, na Embrapa Cerrados, um
8 De acordo com a resolução CONAMA “Meio Ambiente é o conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 2002).
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plano de ação adequado à política ambiental da Empresa, o qual incorpora, em seu modelo de gestão, as dimensões laboral e de qualidade de vida.
O comprometimento com a melhoria da qualidade ambiental no ambiente laboral, em termos específicos, nasce, no indivíduo, a partir da percepção de “pertencimento” (fazer parte) a um organismo sistêmico, com o qual ele coopera e pelo qual se sente responsável. Esse processo ocorre intermediado pelo acesso a conhecimentos básicos sobre meio ambiente, os quais auxiliam o indivíduo a identificar as principais fontes geradoras de impactos ambientais.
Para que a adoção de um sistema de gestão ambiental de responsabilidade compartilhada se torne real e efetivo, foi proposta uma metodologia que inclui a formação do protagonismo coletivo com a sensibilização, a mobilização e a capacitação para a incorporação de conceitos de co-responsabilidade e atuação ambientalmente responsável.
O acúmulo de conhecimentos não é, per se, fator único e isolado para despertar a percepção mediante a qual devem ser considerados graus distintos de responsabilidades em relação aos impactos ambientais. Cada ação traz consigo um risco e uma carga de responsabilidades distintas, as quais devem ser consideradas para mitigar os riscos ambientais mediante a conversão do conhecimento em “ação pela educação ambiental”9 (SATO; SANTOS, 2003). No contexto da iniciativa proposta, essa conversão é objeto de uma ferramenta de sensibilização e mobilização para implementar a política ambiental da Embrapa Cerrados, envolvendo todos os níveis hierárquicos de funcionários e dando sustentabilidade e qualidade às metas de gestão ambiental delineadas.
Em um contexto de globalização da economia, as ações dos administradores são determinadas pela inteligência competitiva das organizações, da qual um dos fatores críticos de sucesso é a adoção de sistemas de gestão congruentes com práticas responsáveis de produção e negócios, como é o caso dos sistemas de gestão ambiental (SGA), atuação responsável (responsable care) e das normas ISO 1.400. Cabe ressaltar que, a adoção de tais padrões, constitui, para muitos setores, prerrogativas de sustentabilidade da atuação empresarial (LEÃO; FALCÃO, 2002).
No sentido de fortalecer a Embrapa Cerrados enquanto instituição pública comprometida com o desenvolvimento sustentável, busca-se, com a adoção de estratégias de educação ambiental, aperfeiçoar as iniciativas anteriores, no sentido de fortalecer o modelo de gestão da Empresa em consonância com as diretrizes governamentais e exigências sociais de atuação ambiental e socialmente comprometida, cientes de que a adoção dessa prática significa, no contexto atual, um fator de excelência na prestação de serviços públicos.
Nesse contexto, foi realizado um diagnóstico com o intuito de se investigar os elementos que refletem a consciência crítica dos colaboradores em relação ao protagonismo no balanço
9 Marco conceitual da educação ambiental – interdisciplinaridade, incentivo à consciência crítica da realidade, orientação para solução de problemas concretos, a participação no planejamento das ações pelo público-alvo. A educação ambiental é um processo participativo, por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, adquirem conhecimentos, atitudes e competências voltadas para a conquista e a manutenção do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
65
ambiental 10 da Embrapa Cerrados, incluindo as categorias conceituais de redução de consumo, reutilização, reciclagem e respeito pelos outros elementos da natureza no processo de gestão ambiental.
Para o diagnóstico, foi considerada a apropriação subjetiva dos respondentes de conceitos relativos à degradação socioambiental concernentes às questões socioambientais globais.
Hipótese para a investigação da situação
Um diagnóstico preliminar pode contribuir na definição de um marco lógico para o monitoramento da agenda ambiental da Embrapa Cerrados.
Objetivos da proposta
Realizar um diagnóstico preliminar de conceitos relativos ao meio ambiente, segundo a
apropriação subjetiva desses conceitos, pela comunidade da Embrapa Cerrados.
Avaliar o estado da arte do protagonismo ambiental na Embrapa Cerrados,
identificando o posicionamento crítico dos colaboradores sobre: práticas e valores
ambientais e a contribuição da conduta individual para o balanço ambiental da
Empresa.
Material e Métodos Metodologia de Investigação No diagnóstico sobre a complexidade do contexto socioambiental da Embrapa Cerrados, buscou-se identificar as representações de conceitos relativos ao meio ambiente, por intermédio de pesquisa espontânea e estimulada (Anexo I), viabilizada pela proposição de um questionário à comunidade, no qual foram contemplados os seguintes tópicos:
(i) Como a comunidade da Embrapa Cerrados concebe o “meio ambiente” e que importância confere a ele?
(ii) Quais são as principais carências apontadas no que diz respeito à apropriação subjetiva de conceitos sobre o meio ambiente?
(iii) Quais as diferentes demandas apontadas para justificar ou tornar relevante os programas de capacitação individualizados, ou programas coletivos de conscientização sobre temas relativos à dimensão ambiental?
As representações sobre meio ambiente foram classificadas em três categorias: naturalista (ser humano dissociado da natureza), antropocêntrica (ser humano como centro de interesses) e sistêmica (visão complexa da interdependência do todo na biosfera). Como princípios básisos de sustentabilidade, foram elencados aqueles em que se apropriou da concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, socioeconômico e cultural.
10 Balanço ambiental: entre as ferramentas para avaliação dos processos e identificação de oportunidades de melhoria, destaca-se o balanço ambiental. Com ele, são avaliados e quantificados todos os processos produtivos relevantes em termos de emissões atmosféricas, geração de efluentes e resíduos sólidos e no respectivo consumo de água, energia e insumos. O balanço ambiental permite não apenas quantificar os itens na sua contribuição integral de impacto ambiental, mas também cria uma linha de base (base line) sobre a qual é feito o acompanhamento da ecoeficiência de um determinado processo ao longo do tempo, por meio de indicadores ambientais específicos. Além de quantificar, monitorar e propor melhorias para os passivos identificados, seja num único processo fabril, seja em todo um grupo corporativo, o balanço ambiental também identifica oportunidades, pela valoração de seus ativos ambientais (GEOCLOCK, 2008).
66
A pesquisa foi realizada no segundo semestre de 2007 com a comunidade da Embrapa Cerrados, incluindo empregados, colaboradores externos e bolsistas. Foi utilizado um questionário com questões abertas e fechadas, dividido em três blocos assim definidos:
i) Identificação por setor e formação acadêmica.
ii) Conceitos apropriados sobre meio ambiente.
iii) Percepção e conhecimentos sobre a conduta individual na dimensão ambiental dentro e fora da Embrapa Cerrados.
Nas questões abertas, os temas foram propostos no sentido de estabelecer as demandas prioritárias referentes ao meio ambiente na Embrapa Cerrados, respeitando o juízo de valor dos entrevistados. Para tal, as respostas foram limitadas sempre a três questões prioritárias para cada entrevistado em cada tema proposto.
Os questionários foram entregues aos colaboradores, ocasião na qual foram expostos os procedimentos da pesquisa, definindo-se um período de uma hora para que fossem depositados em urna fechada. Após todos os questionários respondidos, seguiram-se as análises desses dados. A composição e a distribuição dos dados foram elaboradas a partir de adaptações de modelos sugeridos por Sato e Santos (2003) e Leão e Falcão (2002).
Resultados e Discussão Resultados da observação e análise dos questionários aplicados
A. Perfil dos empregados que fizeram parte da pesquisa.
Foram entrevistados 227 colaboradores. A participação dos níveis de escolaridade foi de
12 %, 28 %, 33 %, 12 % e 15 % respectivamente para nível fundamental, médio, superior,
mestrado e doutorado. A participação voluntária por setor em relação ao contingente de
colaboradores da Embrapa Cerrados está apresentada na Tabela 1.
Tabela 1. Representatividade, em porcentagem, de cada setor avaliado na pesquisa realizada na Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, no segundo semestre de 2007.
Setor* Representatividade dos entrevistados em relação ao total de empregados no setor (%)
Chefia 40
Assessoria 20
CDI Acima de 90
CTI 100
P&D 40
SCE 30
SCV 40
SIN Acima de 90
SLA Acima de 90
SMA 20
SOF 20
SPM 40
SRH Acima de 90
67
SSA 70
SVT 40
ACN 90
ACN 90
*Foram desconsiderados 23 questionários em virtude da impossibilidade da identificação do setor.
B. Representações11 da visão predominante dos colaboradores sobre meio ambiente
Todos os entrevistados foram convidados a identificar a melhor definição para “meio ambiente” e 51 % dos questionários foram respondidos espontaneamente. As representações sobre meio ambiente foram classificadas em três categorias: naturalista (ser humano dissociado da natureza), antropocêntrica (ser humano como centro de interesses) e sistêmica (visão complexa da interdependência do todo na biosfera) (Fig. 1).
Representação Naturalista Independente de setores e do nível de escolaridade observou-se que prevalecem depoimentos que representam o predomínio de uma visão naturalista (55 %).
Na aproximação naturalista, verifica-se uma dissociação entre ser humano e meio ambiente, colocando-o como um observador passivo, sem laços de pertencimento e responsabilidade. A natureza deve ser apreciada pela beleza cênica, demonstrando certa dose de romantismo e religiosidade, porém, deve ser preservada, por ser provedora de recursos sobre os quais temos o direito de uso. Essa percepção sobre “meio ambiente” pode ser evidenciada nos seguintes depoimentos:
“É um local bonito onde o homem nunca esteve lá.” (graduação)
“O meio ambiente é a fauna e a flora e as pessoas estão loucas para destruí-las.” (fundamental)
“É a natureza pura verde muito verde.” (fundamental)
“É o local onde se pode viver naturalmente e livremente, sem sofrer danos e riscos à saúde.” (graduação)
“São os animais e plantas existentes em nosso planeta.” (graduação)
Representação Antropocêntrica Observou-se o predomínio da visão antropocêntrica em que o ser humano é o centro de interesses em 17 % das representações. Nesse ponto de vista, tudo o que existe esta à disposição das necessidades e desejos do homem, cabendo-lhe dispor dos recursos naturais para garantir uma melhor condição de vida, conforme alguns depoimentos que se seguem:
“É tudo que nos rodeia e propicia meios para nossa sobrevivência.” (doutorado)
“É todo espaço natural que nos cerca e é imprescindível para nossa sobrevivência.” (doutorado)
“São os recursos ambientais dos quais o homem se utiliza e que devem ser mantidos da forma mais equilibrada possível para que fiquem disponíveis para as gerações futuras.” (mestrado)
Representação Sistêmica (visão complexa) A percepção sistêmica representa uma visão mais complexa e predomina em 28 % das respostas. Evidencia a compreensão das relações de interdependência, responsabilidade e pertencimento. Entre os depoimentos obtidos, destacam-se:
“É a grande casa onde todos nós habitamos.” (doutorado)
11 Representação: reprodução daquilo que se pensa.
68
“Meio ambiente a expressão é uma redundância para chamar a atenção dos problemas, espero que um dia fique só ambiente (doutorado)
“A natureza em geral, ou seja, o planeta terra com seus recursos naturais, incluindo o homem.” (doutorado)
“É tudo, é a vida.” (fundamental)
“São as matas com toda natureza (árvores, animais, e as pessoas).” (fundamental)
“É o planeta.” (graduação)
“É aquilo que garante a vida na terra.” (superior)
“A unidade na diversidade de todas as coisas.” (mestrado)
“É o conjunto de fatores biológicos, físicos, químicos que compõe o ecossistema mundial, incluindo o homem.” (graduação)
Fig. 1. Representações em porcentagem da visão predominante dos colaboradores sobre meio
ambiente em pesquisa realizada na Embrapa Cerrados, Planaltina, DF, no segundo semestre de 2007.
Existe um forte indicativo de que o predomínio da visão ou percepção antropocêntrica é uma postura individualista, tanto ignora as ações humanas que degradam e desequilibram os sistemas vivos, como aponta para um individualismo e a não-responsabilidade em relação à crescente degradação dos recursos naturais e dos problemas daí advindos. Os problemas ambientais parecem não afetar a “pseudonormalidade” da vida no planeta, seja pela ausência de conhecimentos sobre esses assuntos, seja pela falta de percepção das inter-relações desses com o ambiente de vida comum. Essas representações parecem indicar distorções de natureza epistemológica na leitura do mundo e são coerentes com uma concepção fragmentada de aprendizagem (GUERRA; TAGLIBER, 2002).
No caso dos resultados alcançados com a pesquisa realizada na Embrapa Cerrados, observou-se que a visão antropocêntrica obteve menor grau de ocorrência, o que é um fator positivo para uma instituição que trabalha diretamente com e para a comunidade que vive no Cerrado. Mesmo assim, essa porcentagem pode ser ainda considerada preocupante, uma vez que a Embrapa Cerrados ainda apresenta um certo conservadorismo sectário.
Esses resultados são comparáveis à pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populli, para o Ministério do Meio Ambiente e parceiros, na qual foram entrevistadas 2.200 pessoas em todas as regiões brasileiras. A pesquisa investigou “o que pensa o brasileiro sobre o meio ambiente”. Das pessoas entrevistadas, 83 % residem em centros urbanos. Apesar do aumento da conscientização sobre os problemas ambientais, 72 % da população cita como principais elementos que compõe a biodiversidade as plantas e os animais. Os seres humanos só são citados por 36 % dos entrevistados, e as cidades, por 17 %. Isso demonstra que ainda há uma tendência a ver o “meio ambiente” como algo que está distante das pessoas e do dia-a-dia nas cidades. Razões ligadas à saúde e à sobrevivência são as motivações mais citadas para proteger o meio ambiente (respectivamente 19 % e 26 %) (FUNBIO, 2007).
[f1] Comentário: Incluir espaço entre o numeral e o símbolo %.
69
O resultado da pesquisa realizada pela Funbio (2007) indicou que a população ainda carece de apropriar uma visão mais interdependente em relação ao meio ambiente, fato que na Embrapa Cerrados também ficou claro, uma vez que 55 % dos servidores mostraram-se mais voltados a uma tendência naturalista, ou seja, segmentada, e, portanto, não-interativa.
C. Observação e análise da percepção da dimensão ambiental
A percepção dos empregados da Embrapa Cerrados traduz o juízo de valor em referência à
consciência do impacto de suas ações sobre o meio ambiente e vice-versa. A pesquisa
revela que a maioria dos entrevistados tem ciência e consegue relacionar e (ou) identificar
as principais fontes geradoras de impactos ambientais no exercício de suas funções e na
atividade cotidiana.
Os entrevistados demonstraram interesse pelo tema e consideram que a melhoria da
qualidade do meio ambiente é fundamental para a Embrapa Cerrados; outrossim
declararam executar pelo menos uma ação que não segue os princípios básicos de
sustentabilidade, com exceção de quatro entrevistados, que revelaram não fazer “nada”
que prejudicasse o meio ambiente.
Percepção das ações benéficas aos recursos naturais
Houve uma abstenção de apenas 7 % dos entrevistados ao responder a questão aberta
relativa à percepção do colaborador sobre até três principais ações espontâneas e
prioritárias em benefício do meio ambiente executadas durante o expediente na Embrapa
Cerrados, representada pela pergunta “O que você faz em benefício do meio ambiente nas
suas atividades diárias na Embrapa Cerrados?”. A grande maioria das ações citadas é
referente à coleta e disposição adequada de resíduos, preocupação com economia de
insumos, de água e de energia elétrica (Fig. 2).
Nesse quesito, a preocupação com a economia de água foi declarada como prioritária por
36 % dos entrevistados e a parcimônia no uso de energia elétrica, por 32 %. Enquanto
54 % fizeram referência à coleta e disposição adequada de resíduos, apenas 13 % dos
entrevistados manifestaram preocupação com economia de material de expediente ou
descartável. O uso de folhas de rascunhos para impressão foi declarado procedimento
prioritário adotado por 7 % dos entrevistados e 17 % manifestaram preocupação com o
impacto ambiental com o uso copos plásticos descartáveis, sendo que, para esse
parâmetro, foram considerados todos aqueles que declararam utilizar copos não-
descartáveis como aqueles que procuram usar um único copo descartável por dia. Para o
“uso racional de insumos”; foram considerados insumos usados em laboratório e campo
(incluindo fertilizantes e defensivos).
70
15
16
17
18
29
34
38
81
123
73
61
Não respondeu
Pesquisa que beneficia o ambiente
Uso de folhas de rascunho
Uso racional do solo
Economia de material de expediente
Uso racional de insumos
Economia de copos plásticos
Economia de água (inclui irrigação)
Coleta e disposição adequada de resíduos
Economia de eletricidade
Outros
Fig. 2. Temas abordados pelos colaboradores da Embrapa Cerrados na questão aberta
sobre ações benéficas aos recursos naturais, por ordem decrescente de
representações prioritárias.
Percepção da consciência subjetiva sobre a existência de impactos nas atividades realizadas Com o propósito de analisar o nível de consciência subjetiva dos colaboradores sobre a existência de impactos negativos de suas atividades sobre meio ambiente, os entrevistados foram convidados a citar até três condutas que prejudicariam o meio ambiente em suas ações diárias na Embrapa Cerrados. Nesse quesito, observou-se menção generalizada sobre resíduos, a despeito de todas as perguntas serem abertas e de ser possível identificar até três problemas (Fig. 3).
Em referência, 20 % dos entrevistados citaram o descarte inadequado de resíduos químicos (incluindo baterias e pilhas); no setor de laboratórios, o índice em pauta atinge 44 %.
A consciência do impacto causado pelo uso de copos descartáveis – item que ficou em segundo lugar – alcançou resultado muito próximo ao uso de defensivos ou descarte inadequado de embalagens, com 15 % das intenções. Em terceiro lugar está o uso excessivo de papel, o que inclui papel para impressão e papel toalha (12 %).
71
Fig. 3. Condutas que representam consciência subjetiva sobre a existência de impactos nas
atividades realizadas pelos colaboradores e funcionários da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.
Alguns depoimentos atentam para condutas compulsórias impactantes, como o uso obrigatório de água destilada, que, nos destiladores da Embrapa Cerrados, seria produzida por um processo obsoleto que desperdiça muita água. Também houve menção ao atendimento a normas que exigem o uso de documentos impressos: “impressão de muitas páginas por termos uma norma que exige imprimir todas as matérias vinculadas em sites (poderia ser gravado em CD-Rom).”; no mesmo sentido houve expressão da necessidade do uso de pilhas e baterias e a sugestão de um posto de coleta desse tipo de material.
Nesse item, 33 entrevistados tiveram dificuldade em descrever quais impactos suas atividades causariam ao meio ambiente, o que é evidenciado por respostas do tipo “nada”, “não causo nenhum impacto”. D. Consciência sobre prioridades para a conservação dos recursos naturais
Para se identificar o nível de consciência em relação às prioridades na conservação dos recursos naturais, foi perguntado “o que poderia ser feito para se diminuir os impactos negativos sobre o meio ambiente na Embrapa Cerrados e nas ruas”, limitando-se a resposta a três referências prioritárias.
Observaram-se posicionamentos favoráveis à coleta seletiva e à destinação adequada de resíduos (48 % dos entrevistados); um terço dos entrevistados (36 %) acredita que programas de educação ambiental são prioritários para diminuir ações que geram impactos negativos sobre o meio ambiente. Além disso, a redução de uso de agrotóxicos e reagentes químicos foi citada por 21 entrevistados (9 %) e a diminuição no consumo de energia e água foi considerada por 63 indivíduos (27 %).
Apenas 43 dos 227 entrevistados visualizaram o transporte coletivo como uma atividade prioritária em benefício ao meio ambiente e nove declararam ter ciência de que o uso do carro próprio contribuiria para a co-responsabilidade sobre os impactos ambientais.
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Desmatamento
Descarte de resíduos biológicos em local inadequado
Uso de fogo Manejo e conservação inadequados do solo
Fumo e descarte de tocos de cigarro no chão
Não separa o lixo (coleta seletiva) Uso excessivo de embalagens plásticas
Descarte inadequado de lixo
Geração de gases de efeito estufa
Consumo de combustível em excesso
Consumo excessivo de energia elétrica
Consumo de água em excesso Uso de copos descartáveis
Uso de defensivos ou descarte inadequado Descarte inadequado de resíduos químicos
Número de intenções
Uso excessivo de papel (para impressão ou toalha)
72
Em relação a esse tópico, também foram apontadas algumas prioridades na pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populli, em 2007, para o Ministério do Meio Ambiente. Nessa pesquisa, foram entrevistadas 2.200 pessoas, em todas as regiões brasileiras, sobre “o que pensa o brasileiro sobre o meio ambiente”. Nela, a preocupação com o meio ambiente não é exagerada para 49 % dos entrevistados. Um total de 44 % afirmam que a exploração e o uso dos recursos naturais brasileiros precisam ser controlados. Sobre problemas com meio ambiente, 65 % apontam o desmatamento como o maior de todos, enquanto, para 43 %, a principal questão é a contaminação de rios, lagos e praias. Já a poluição do ar foi apontada por 31 % (FUNBIO, 2007).
E. Demanda induzida por temas para práticas de educação e formação ambiental dos
colaboradores
Em relação ao quesito “demanda induzida por temas em questão de múltipla escolha”, os entrevistados foram estimulados a marcar 5 itens em 21 propostas de atividades que eles consideravam importantes para o programa de educação ambiental na Embrapa Cerrados. Houve 4 % de abstenções ou respostas com mais de cinto itens marcados, os quais foram desprezados. A tendência foi da comunidade prescindir dos fundamentos cognitivos e priorizar ações práticas para as questões ambientais na Embrapa Cerrados (Tabela 2).
Publicações e publicidade sobre meio ambiente (jogos lúdicos, cartilhas, fôlderes e peças publicitárias) representaram menos de 10 % dos votos, enquanto 20 % são simpatizantes de cursos e palestras sobre meio ambiente. A maioria dos entrevistados (56 %) acredita que a coleta seletiva de lixo é uma atividade que deve ser implementada na Embrapa Cerrados. Em segundo lugar, com 45 % dos votos, está a “recuperação das áreas degradadas da Embrapa Cerrados”, seguida por “campanhas internas sobre meio ambiente” (37 %) e “campanhas/ações para economia de água” (35 %). Não houve vínculo das escolhas aos setores entrevistados.
Tabela 2. Demanda induzida por temas para práticas de educação e formação ambiental dos colaboradores e empregados da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.
Temas sugeridos
Preferência do público (%)
Campanhas internas sobre meio ambiente 83 Campanhas e ações para economia de água 79 Campanhas e ações para economia de luz 62 Cartilhas de educação ambiental 38 Cartilhas sobre meio ambiente 20 Coleta seletiva do lixo 126 Compostagem 27 Cursos sobre meio ambiente 47 Debates sobre o meio ambiente 24 Dia de campo sobre meio ambiente 58 Economia de água 52 Economia de luz 46 Exposição e feira sobre meio ambiente 25 Filmes sobre meio ambiente 35 Fôlder e folheto sobre meio ambiente 11 Jogos lúdicos sobre meio ambiente 10 Oficinas sobre meio ambiente 20
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Palestras sobre meio ambiente 49 Peças publicitárias na Unidade 7 Peças teatrais sobre meio ambiente 23 Recuperação de áreas degradadas 102 Redução no uso de copos plásticos 64 Reutilização dos materiais 60 Trilha ecológica 48 Visitas nas reservas ecológicas 61 Não responderam 9
Dentro dos quatro resultados supramencionados, pode-se visualizar uma tendência para inter-relação entre problemas, muito embora de forma interpretativa, mas que aclara um conjunto de realidades interdependentes.
F. Percepção subjetiva do vínculo existente entre a conduta funcional e o protagonismo na
dimensão ambiental
Perguntados sobre “o que você faz nas suas atividades diárias na Embrapa em benefício
ou prejuízo ao meio ambiente”, os entrevistados foram induzidos a manifestações que
poderiam remeter a relações da dimensão ambiental com a conduta funcional. Nessa
categoria de pesquisa, não foram contemplados os setores onde menos de oito
questionários foram respondidos, bem como a chefia e o SRH (Recursos Humanos).
Foram considerados: P&D (Pesquisa e Desenvolvimento); SCE (Campos Experimentais);
SVT (Veículos e Transporte); SLA (Laboratórios); SIN (Informações); ACN (Comunicação e
Negócios).
Cerca de 32 % dos pesquisadores entrevistados revelaram a percepção subjetiva do
vínculo existente entre a conduta funcional e o protagonismo positivo ou negativo na
dimensão ambiental (Fig. 4), mais especificamente na contribuição para a conservação e
uso racional dos recursos naturais, como água, fertilizantes e energia. Isso pode ser
verificado por depoimentos do tipo:
“Minha pesquisa envolve agricultura orgânica.”
“Desenvolvo sistemas agrícolas eficientes no uso de fertilizantes.”
“Trabalho com aumento da produtividade.”
“Realizo trabalhos que contribuem para a conservação e o uso racional dos recursos
naturais.”
“Me preocupo com manejo animal sustentável.”
“Trabalho com meio ambiente.”
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Fig. 4. Percepção subjetiva da relação entre a dimensão ambiental e a conduta funcional
por setor avaliado na Embrapa Cerrados, Planaltina, DF.
Para o grupo dos transportes (incluindo setor de transporte, máquinas agrícolas e oficina),
64 % dos entrevistados reconhecem o vínculo de suas funções com a dimensão ambiental,
citando a manutenção de veículos e regulagem de motores e os cuidados com os resíduos
de óleo como componentes ambientais de suas tarefas diárias.
No setor de campos experimentais, observou-se que 85 % dos entrevistados apresentaram
manifestações espontâneas que revelam percepção subjetiva do vínculo existente entre a
conduta funcional e o protagonismo na dimensão ambiental, conforme se observa nos
seguintes depoimentos:
“Faço uso racional de defensivos.”
“Evito aplicação desnecessária de defensivos.”
“Devolvo embalagens de agrotóxicos.”
“Irrigação controlada.”
“Proteção do solo.”
No setor de serviços auxiliares, 62 % dos entrevistados preenchem esse quesito com
depoimentos como: “catar lixo no meio ambiente”; “coleto papéis para reciclagem”; “evito
gastar muita água durante a limpeza”.
Nos laboratórios, 69 % dos entrevistados revelam percepção de protagonismo e
manifestam descontentamento com a deficiência na infra-estrutura da empresa no sentido
32 %
64 %
85 %
69 %
52 %
54 %
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
P&D
SVT
SCE
SLA
SIN
ACN
75
de oferecer condições operacionais precárias na dimensão ambiental, o que é observado
nos seguintes depoimentos:
“Devido a falta de infra-estrutura utilizo a mesma pia para descartar qualquer tipo de
resíduo.”
“Há desperdício de água nos destiladores.” (A água não é reaproveitada.)
“Descarto resíduos biológicos em local inadequado.”
“Descarto resíduos químicos em local inapropriado.” (No entanto, o mesmo entrevistado
disse: ”evito jogar soluções na pia sem tratamento prévio”).
“Faço adubação natural por meio de inoculação de rizóbio.”
No Setor de Informações, esse índice cai para 52 % e, na área de Comunicação e
Negócios, fica em torno de 54 %; com depoimentos do tipo:
“Produzo materiais de conscientização da conservação do Bioma Cerrado.”
“Divulgo trabalhos da Embrapa Cerrados.”
“Divulgação de práticas ecologicamente corretas.”
“Ministro cursos e palestras.”
G. Percepção do grau de responsabilidade individual na cadeia de produção, consumo e
geração de resíduos sólidos.
Para a análise desse grupo, foram considerados apenas os questionários em que o
conjunto de respostas abertas fazia menção espontânea ao tópico “lixo” ou termo análogo,
o que foi verificado em 75 %. O grupo de 169 questionários foi dividido com base em duas
percepções sobre resíduos sólidos: finalística e sistêmica.
Percepção finalística: Na aproximação finalística, verificou-se a não-apropriação ou
apropriação incipiente do conceito de impacto ambiental como um sistema dinâmico e
interdependente. A pura e simples disposição de resíduos sólidos em recipientes é
entendida como uma atividade pró-ativa em relação aos cuidados com os recursos
naturais.
Percepção sistêmica: No segundo caso, o sujeito revelou consciência do comportamento
sustentável com percepção do grau de responsabilidade individual na redução de impactos
sobre os recursos naturais.
O conceito finalístico de disposição de resíduos sólidos foi verificado em 40 % dos
integrantes desse grupo e foi reconhecido por respostas isoladas, do tipo “não jogo o lixo
no chão”, ou “jogo o lixo na lixeira”.
76
A percepção sistêmica, mesmo que incipiente, ocorreu em 60 % dos entrevistados desse
grupo. Para tal, a disposição adequada de resíduos sólidos deveria também estar vinculada
ao controle na geração e à reciclagem. As respostas deveriam evidenciar pelo menos
alguma declaração análoga aos tópicos a seguir: “preocupação com a produção de lixo’;
“coleta seletiva e reciclagem”; “economia de papel, copos descartáveis”. Também foram
consideradas as negativas cuja conduta subjetiva era compulsória e condicionada a
externalidades normativas ou de infra-estrutura.
Conclusões 1. Na Embrapa Cerrados, predomina a representação naturalista sobre meio ambiente,
em que o ser humano é dissociado da natureza (“não faço parte”), que deve ser
apreciada, porém deve ser preservada, por ser provedora de recursos sobre os quais
temos o direito de uso.
2. O aumento da consciência ainda não é acompanhado de um aumento significativo nas
atitudes e nos comportamentos.
3. As preocupações prioritárias são referentes à coleta e à disposição adequadas de
resíduos (líquidos ou sólidos), economia de insumos e economia de água e energia
elétrica.
4. Para ações concretas de mitigação dos impactos na dimensão ambiental, foram
priorizadas: coleta seletiva e destinação adequada de resíduos; programas de
educação ambiental e ações para diminuição no consumo de energia e água.
5. A pesquisa realizada pode ser considerada uma ferramenta para subsidiar a
recomendação e o planejamento de ações e intervenções nas atividades institucionais
e práticas educativas informais na Embrapa Cerrados.
6. O cenário observado coloca à mesa uma discussão que passa pela revisão de
conceitos e ações necessários para que a coletividade compreenda a importância de
ter consciência do sistema inter-relacionado para que possa se tornar comprometida
operacionalmente com a retórica de que “é importante preservar os recursos naturais”.
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Considerações Finais
Evidencia-se a necessidade de estudos mais aprofundados para monitorar a evolução da agenda ambiental corporativa com envolvimento e comprometimento para a co-responsabilidade pela preservação da qualidade de vida.
É importante implementar um programa de educação e treinamento dos empregados para aprimoramento e modificação da realidade pela adoção de práticas ambientais integradas.
Agradecimentos: Fabíola Ferreira Galletti Martinez (estudante de comunicação da UFG).
Ingrid de Souza Freire, Chaslene Xavier (estagiárias da Embrapa Cerrados).
Referências
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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução nº 306, de 5 de julho de 2002. Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 jul., 2002. FILIPINI, G. T. R.; TREVISOL, J. V. Os professores e suas representações sociais sobre meio ambiente: um estudo na escola NUPERAJO - Joaçaba. 16 p. Disponível em: <http://www.pesquisa.uncnet.br/pdf/educacao/PROFESSORES_REPRESENTACOES_SOCIAIS_MEIO_AMBIENTE_EDUCACAO_AMBIENTAL.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
FUNBIO. Fundo Brasileiro para a Biodiversidade. Disponível em: <http://www.funbio.org.br/publique/web/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=3840&sid=21>. Acesso em: 23 jan. 2007.
GEOKLOCK. Balanço ambiental. Disponível em: <http://www.geoklock.com.br/default.asp>. Acesso em: 27 fev. 2008.
GUERRA, A. F. S.; TAGLIEBER, J. E. A inserção da educação ambiental no currículo: o olhar dos pesquisadores de um programa de mestrado em educação. Itajaí: UNIVALI, 2002. GE 22 - Educação Ambiental.
LEÃO, A. L. C.; FALCÃO, C. A. C. Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. Recife: CPRH, 2002. 28 p. Documento técnico. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/dt_15.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2008.
SATO, M. Apaixonadamente pesquisadora em Educação Ambiental. Educação: teoria e prática, Rio Claro, v. 9, n. 16, p. 24-35, jan./jun. 2001.
SATO, M.; SANTOS, J. E. Tendências nas pesquisas em educação ambiental. In NOAL, F.; BARCELOS, V. (Org.). Educação ambiental e cidadania: cenários brasileiros. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. p. 253-283.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1988.
TREVISOL, J. V. A educação ambiental em uma sociedade de risco: tarefas e desafios na construção da sustentabilidade. Joaçaba: Edições Unoesc, 2003.
78
ANEXO I Prezado colaborador,
Esse questionário tem como objetivos principais o planejamento e o desenvolvimento de ações internas sobre educação ambiental, que dará suporte ao processo de gestão ambiental da Unidade. Não há necessidade da sua identificação, apenas a indicação de seu setor de trabalho, bem como do seu nível de escolaridade nos campos específicos. Dessa forma, solicitamos sua colaboração respondendo ao questionário abaixo o qual subsidiará as ações a serem propostas. Desde já agradecemos sua participação.
Setor: __________________________________________________________________________
Nível de escolaridade: __________________________________________________________
QUESTIONÁRIO
1) Para você o que é o meio ambiente?
2) Nas suas atividades diárias na Embrapa, o que você faz em benefício do meio ambiente ?
3) Na sua observação do dia-a-dia, tanto na Embrapa como nas ruas, o que poderia ser feito
para diminuir os impactos negativos sobre o meio ambiente ?
4) Quais as sugestões que você daria para reduzir esses impactos negativos?
5) Assinale com um ‘x’ dentre as opções abaixo aquelas que você gostaria que fossem
realizadas na Embrapa Cerrados para desenvolver a consciência ambiental:
Campanhas internas sobre meio ambiente
Recuperação de áreas degradadas
Cartilhas de educação ambiental Redução no uso de copos plásticos
Cartilhas sobre meio ambiente Reutilização dos materiais
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Coleta seletiva do lixo Trilha ecológica
Compostagem Visitas nas reservas ecológicas
Cursos sobre meio ambiente Outros (especificar abaixo do quadro)
Debates sobre o meio ambiente
Dia de campo sobre meio ambiente
Economia de água
Economia de luz
Exposição e feira sobre meio ambiente
Folder e folheto sobre meio ambiente
Filmes sobre meio ambiente
Jogos lúdicos sobre meio ambiente
Palestras sobre meio ambiente
Peças publicitárias na Unidade
Peças teatrais sobre meio ambiente
Outros (especificar a seguir):
Agora poste seu questionário nas urnas.