R E V I S T A
A sua revista Ampla sobreresponsabilidade socioambiental
ano 3 I abril • maio • junho 2011 I nº 8
Projeto Energia na Praia combina lazer e consciência ambiental – págs. 8 e 9
André Trigueiro
Confira nossa entrevista exclusiva com o jornalista sobre descarte de resíduos sólidos - págs. 4, 5 e 6
Um dos maiores problemas do mundo
moderno é a quantidade de lixo gerado
pela sociedade de consumo. Para saber
como enfrentar essa questão que tanto
nos aflige, entrevistamos para o Cara a
Cara o jornalista André Trigueiro, uma re-
ferência em jornalismo ambiental.
No programa Consciência Ampla, sempre
reforçamos nosso compromisso com atitu-
des concretas. Nossa preocupação com o
descarte adequado de resíduos ficou clara
com o Energia na Praia: projeto que cons-
cientiza crianças e adultos sobre a impor-
tância de preservar o meio ambiente de
um jeito leve e divertido. De fevereiro a
abril, passamos por cinco praias de Nite-
rói e no piscinão de São Gonçalo, apre-
ExpedientePublicação trimestral da Ampla. Criação e produção – Marketing Ampla: Denise Monteiro (Mb: 21.1407), Erika Millan, Patrícia Gismonti e Pryscilla Civelli; Projetos Sociais Ampla: Aladia Guerino, Cristiane Baena, Felipe Conti, Gislene Rodrigues e Katia Ramos; Colaboração – Comunicação Externa e Responsabilidade Social Ampla: Janaína Vilella, Ana Paula Caporal e Beatriz Stutzel; Reportagem – Ana Clara Werneck, Annie Nielsen, Lissandra Torres e Maíra Gonçalves. Coordenação Editorial – Annie Nielsen. Edição – Eliane Levy de Souza. Projeto Gráfico e Diagramação: Casa do Cliente Comunicação 360º. Revisão: Lourdes Pereira. Fotos: Adriano Cardozo, Antonio Pinheiro, Banco de Imagem Casa do Cliente e Humberto de Souza.
sentando palestras, oferecendo atividades
de lazer e emprestando barracas, cadeira
e outros itens em troca de um saquinho
com o lixo recolhido das areias. Achou
interessante? Então leia mais sobre o as-
sunto em nossa reportagem de capa. E
aproveite para conferir como o lixo pode
se transformar em arte com criatividade e
imaginação no Caso de Sucesso, que retra-
ta a história do artesão Júlio César da Con-
ceição Alves. Estes e outros assuntos foram
escolhidos especialmente para você.
Diálogo ...................................................3Transparência ...........................................3Cara a Cara .............................................4Caso de Sucesso ......................................7Capa ............................................................. 8
Fique por Dentro ...................................10Em Foco ................................................11Dicas ......................................................12Programe-se ...........................................12
editorial
Por um planetamais limpo e sustentável
Você conhece a versão on-line da revista Consciência Ampla?Acesse www.job360.com.br/conscienciaampla7 e confira uma revista com ainda mais conteúdo para você!
índice
Boa leitura!
Marcelo Llévenes
Responsável pela Ampla
e pela Endesa Brasil
diálogo transparência
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Se preferir, envie uma carta paraRua Nilo Peçanha 546, São Gonçalo, RJ,
CEP 24445-360, aos cuidados da Equipe de Projetos Sociais Ampla.
“Seria possível realizar uma edição
do projeto Energia na Praia na Região
dos Lagos? No verão essa região tem
um aumento significativo em sua po-
pulação.” (via blog)
Fábio
“Hoje terminou o curso de Educação
Ambiental para professores do Cons-
ciência Ampla em Saquarema. Ótima
iniciativa da empresa. Adorei ter par-
ticipado!” (via Twitter)
Rafael
“Gostei muito das iniciativas da em-
presa, precisamos educar os alunos
dos ensinos fundamental e médio
para criarmos formadores de opinião.
Dessa forma, teremos uma geração
de cidadãos e políticos que farão a di-
ferença no futuro.” (via blog)
Gyorgy Sandor
“Visitei hoje o projeto Energia na Praia
e achei uma ótima iniciativa. A areia da
praia estava nitidamente mais limpa,
com menos detritos.” (via Twitter)
Paulo Roberto
Saldo positivoO Consciência Ampla Eficiente, programa
voltado para comunidades e instituições pú-
blicas que tem como objetivos a redução do
consumo e a educação para o uso eficiente
da energia, chega ao sexto ano repleto de
resultados positivos. Realizando um traba-
lho com foco na eficiência energética – com
a reforma das instalações elétricas, troca
de geladeiras (foram 1.196, apenas entre
clientes residenciais), tomadas, lâmpadas
e chuveiros – em residências e instituições,
o programa beneficiou 32.213 clientes e
58 prédios públicos em 2010 (veja quadro
abaixo). Em 2011, a concessionária planeja
fazer um número de atendimentos próximo
ao do ano passado, reforçando a educação
para o consumo consciente.
Atendimentos em instituições Trabalho eficiente Número de
beneficiados
Escolas e universidades Iluminação e climatização 8
Hospitais e clínicas Iluminação, climatização e aquecimento de água
20
Creches Chuveiros (trocador de calor) 13
Hospital e escolas Chuveiros (trocador de calor) 17
A Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef) foi uma das instituições públicas beneficiadas pelo programa
Leia mais na página 11
Papel reciclável de origem certificada 3
cara a cara
Papel reciclável de origem certificadaVeja a continuação desta entrevista na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/conscienciaampla7
André Trigueiro
Uma visão de longo alcance para o descarte de resíduos
‘Falta na grade curricular das escolas
e universidades maior atenção para a questão
do consumo. Não dá para falar de lixo sem
falar em consumo’
Referência no conceito de jornalismo am-
biental, André Trigueiro atua desde 1996
no canal por assinatura Globo News como
repórter e apresentador. Na emissora, já
criou programas sobre a ecologia e susten-
tabilidade como o Cidades e soluções e as
séries Agua, o desafio do século 21 e Kyoto,
o protocolo da vida. Pós-graduado em Ges-
tão Ambiental pela Coppe/UFRJ é também
autor do livro Mundo sustentável e criador
da disciplina Jornalismo Ambiental, do cur-
so de Comunicação Social da PUC-Rio. Em
entrevista exclusiva ao Consciência Ampla,
André fala sobre a importância do descarte
adequado dos resíduos sólidos e as alterna-
tivas para atingir esse objetivo.
Qual a relação entre lixo e sustentabilidade?
André Trigueiro – Em primeiro lugar, preci-
samos conceituar o que é lixo. Na área de
educação ambiental, trata-se de algo sem
utilidade ou serventia para alguém. Logo, o
que é lixo para um pode não ser para o ou-
tro e vice-versa. Quando definimos projetos
que remetam a um design sustentável de
sociedade, precisamos pensar no gerencia-
mento integrado do lixo. O norte magnético
da bússola aponta para a discriminação dos
resíduos por categoria. Mas, antes de discutir-
mos o que fazer com eles, precisamos ver se
esgotamos todos os recursos para reduzir seu
volume. Isso começa no design de produtos,
no resgate do conceito de ecoeficiência e na
preconização do consumo sustentável, pois
quanto mais consumimos, mais lixo geramos.
Se conseguirmos reduzir o consumo, surge a
demanda pelo reaproveitamento e pela reuti-
lização dos materiais. Surge como alternativa
a reciclagem, que não resolve o problema dos
resíduos, apenas atenua os impactos e permi-
te uma destinação mais inteligente do des-
carte. Matéria orgânica, por exemplo, serve
como insumo para compostagem, produção
de adubo orgânico. Vidro, papel, papelão,
ferro e plástico podem ser reprocessados. Em
grandes centros, onde não há mais espaço
para depósitos e aterros, devemos considerar
a construção de usinas térmicas a lixo, que
queimam resíduos para produzir energia.
Por último, mas não menos importante,
é preciso que as pessoas encarregadas de
proporcionar soluções para o descarte de
resíduos sólidos gostem do assunto. No
Brasil, os prefeitos são responsáveis pela co-
leta, pelo transporte e pela destinação final
do resíduo. Eles deveriam ser os primeiros
a entender o lixo não só como problema,
mas como um desafio que exige soluções. E
existem soluções no Brasil para isso, depen-
dendo do tamanho da cidade, do gênero
de resíduos e da visão do gestor público de
encarar o assunto não como um problema,
mas como um desafio.
Por que é importante darmos destinação ade-
quada ao lixo que geramos em nosso dia a dia?
A. T.–Segundo a Abrelpe (Associação Brasi-
leira de Empresas de Limpeza Pública e Re-
síduos Especiais), 65% dos municípios bra-
sileiros fazem seus descartes a céu aberto,
em vazadouros clandestinos, os populares
Papel reciclável de origem certificada4
Papel reciclável de origem certificada
lixões. O lixão é uma bomba-relógio am-
biental, que gera impactos nocivos à saúde e
ao meio ambiente. A parte orgânica do lixo
se decompõe e produz um líquido chamado
chorume, que se infiltra no solo e alcança
os aquíferos subterrâneos. Outro problema
é a geração de gás estufa, o metano CH4,
a partir da decomposição da matéria orgâ-
nica. Além disso, o lixão atrai vetores como
ratos, mosquitos e baratas. E se revela uma
opção para pessoas de baixa renda e sem
perspectivas de emprego, que enxergam no
garimpo de material reciclável uma maneira
de ganhar a vida, mesmo que tenham de se
expor ao contato com materiais infectantes
e perfurantes e ao risco de explosões espon-
tâneas, causadas pelo metano. Vale reforçar
que a solução tecnológica para o resíduo
nunca será o lixão. O depósito adequado
para o lixo é o aterro sanitário.
Qual a diferença entre aterro sanitário e lixão?
A. T. – Existem três categorias clássicas de
destinação de resíduo no Brasil: lixão, aterro
controlado e aterro sanitário. O lixão é um
vazadouro clandestino sem qualquer tra-
tamento. O aterro controlado é um meio-
termo entre as outras duas. A prefeitura faz
algum tipo de melhoramento ou benfeito-
ria do lixão, a fim de reduzir alguns de seus
impactos. Coloca, por exemplo, uma manta
de argila sobre o solo para não atrair ratos,
baratas, urubus. Ou tenta capturar os gases
estufa ou tratar o chorume. Tais medidas
apenas remediam a situação. Já o aterro sa-
nitário é uma obra de engenharia. Construí-
do antes da chegada do primeiro caminhão
de lixo, dispõe de impermeabilização para
evitar que o chorume contamine o solo e
de mecanismos que controlam a emissão de
gases. No aterro sanitário, não há catadores
nem exposição de resíduos a céu aberto,
atraindo vetores.
Qual é o papel das empresas e das pessoas na
destinação adequada do lixo?
A. T. – Desde o fim do ano passado, o Brasil
conta com uma Política Nacional de Resídu-
os Sólidos, que estabelece a responsabilida-
de compartilhada do assunto. Um fabricante
que lança uma garrafa de refrigerante no
meio ambiente quando se encerra o ciclo de
vida útil da embalagem é tão responsá-
vel quanto o consumidor e o poder
público. Todos nós somos respon-
sáveis, cada um em um momen-
to. Ao consumidor cabe descar-
tar a garrafa no local certo; ao
fabricante, dar destinação final
adequada; e, ao poder públi-
co, fazer a coleta do material.
Em cada lugar do Brasil há um
padrão a ser seguido. Cabe ao se-
tor público, ao privado, ou a ambos
oferecerem ao consumidor a sina-
lização, o recipiente adequado
e a logística para transportar
esse resíduo para o local cer-
to. Cada caso é um caso: vi-
dro, plástico, papel, papelão,
pneu, pilha, bateria. Cada
tipo de resíduo vai demandar
uma logística, uma rotina dife-
renciada sobre a qual todos nós
temos responsabilidades.
Investir na reciclagem pode gerar bons negócios?
A. T. – Alguns países do mundo já aprende-
ram a gerar energia a partir da queima do
lixo. Também podemos explorar energia a
partir do gás metano que se decompõe da
matéria orgânica descartada. No Brasil, te-
mos um exemplo de negócio com o ater-
ro sanitário de Gramacho, em Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense. O aterro,
que recebe por dia nove mil toneladas de
lixo do Rio de Janeiro, vende biogás para
O repórter em ação para o canal
Globo News
André Trigueiro na plenária da
COP-15 na Dinamarca
Papel reciclável de origem certificada 5
a refinaria de petróleo
de Duque de Caxias.
Outro gênero de ne-
gócio interessante é
a fabricação de certo
tipo de telha a partir
de material reciclável,
como caixas de leite.
Também existem telhas
ecológicas, produzidas
pela mistura de plástico,
jornal e resina. Além disso, há
empresários de visão. Um exem-
plo é uma senhora de Resende, no
estado do Rio de Janeiro, que dis-
põe de uma área para receber ca-
minhões de resíduo orgânico de
supermercados e transporta esse
material para onde se processa a
compostagem (produção de adu-
bo orgânico para comercialização).
Como conscientizar o consumidor a dar
uma destinação mais consciente ao lixo?
A. T. – É simples mudar a postura do con-
sumidor diante do lixo. Numa ponta está
a educação, com escolas orientando sobre
a importância de uma postura responsável
com relação ao resíduo. Na outra, está a
punição exemplar. Tolerância zero. Quem
está na rua e joga algo no chão deve ser
advertido pela Guarda Municipal ou pela
Polícia Militar. Se uma autoridade flagra
um cidadão no momento em que ele joga
lixo no chão ou pela janela do carro, mas
não age, perdemos a chance de aplicar
uma medida que cause constrangimento.
Precisamos de educação, fiscalização e pu-
nição, tudo junto.
As novas gerações estão mais comprometidas
com o descarte adequado dos resíduos e com
a adoção de um consumo consciente?
A. T. – As novas gerações estão mais pre-
ocupadas com a questão da destinação
final, sim, mas falta educação para um
consumo consciente. Esse é um assunto
ausente na maioria das escolas do Brasil. É
lamentável que se discuta o que fazer com
o lixo, mas não como devemos consumir.
Porque uma coisa está ligada à outra. Falta
na grade curricular das escolas e univer-
sidades maior atenção para a questão do
consumo. Não dá para falar de lixo sem
falar em consumo.
O que nós, cidadãos, podemos fazer no dia a
dia para tornar a Política Nacional de resídu-
os Sólidos uma realidade em pouco tempo?
A. T. – O ideal seria diminuir o volume de
lixo e separar os materiais na origem. Se
você não precisa de sacola descartável,
não use. Escolha o produto que seja mais
ambientalmente amigável. Com relação à
caixa de ovos, por exemplo, há pelo menos
três tipos de embalagens: de plástico, pa-
pelão ou isopor. Este último é complicado
de reciclar. Portanto, não o leve para casa.
Escolha, primeiro, o papelão, e depois, o
plástico. E recicle sempre. Não faz sentido
misturar todo o lixo. Se a prefeitura da sua
cidade não faz a coleta seletiva, procure na
sua região quem se interessa pela ativida-
de. Para isso, basta acessar o site do Com-
promisso Empresarial com a Reciclagem, o
Cempre (www.cempre.com.br).
‘Recicle sempre.
Não faz sentido misturar
todo o lixo’
‘Vidro, papel, ferro e
plástico podem ser
reprocessados’
Leia a entrevista na íntegra na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/consciênciaampla8
Papel reciclável de origem certificada6
caso de sucesso
Esculpindo arte e cidadaniaQuando seus irmãos saíam para jogar bola
na rua, Júlio César da Conceição Alves fica-
va em casa “fazendo arte”. Recolhia tampas,
garrafas, restos de madeira, embalagens e
outros materiais descartáveis e dava vida a
personagens saídos da sua imaginação. O
tempo passou e a atividade favorita do me-
nino de São Gonçalo virou profissão de gen-
te grande. Depois de participar das oficinas
de escultura com material reciclável da Casa
Amarela – ONG que ministra cursos de arte
com o apoio da Ampla – Júlio César recebeu
o convite para ser professor da instituição.
Desde 2007, ele ensina grupos de senhoras
a produzir formas inusitadas com seu jeito
amável e tranquilo.
Além do trabalho na Casa Amarela, o artis-
ta também dá aulas na Fundação Panisset e
participa de exposições. Quem vê as peças
esculpidas por ele custa a acreditar que toda
aquela beleza veio do lixo. “Os visitantes fi-
cam encantados com as esculturas, principal-
mente com aquelas feitas de pedra-pomes.
A maioria acha que se trata de uma rocha
muito dura, mas podemos criar várias textu-
ras a partir dela e fazer com que adquira uma
aparência de mármore ou granito”, explica
Júlio César. Em suas mãos, tudo adquire novo
sentido. Garrafas PET, por exemplo, viram ar-
ranjos de mesa e bonecos; tábuas e rolos, su-
portes para castelos; e plástico picado de gar-
rafas de xampu, mosaicos decorativos. Uma
de suas criações mais famosas foi uma série
de porquinhos feitos com balões e revestidos
de papel machê colorido. Quando participou
do evento Energia na Praia, projeto patroci-
nado pela Ampla através da Lei de Incentivo
à Cultura (ver mais nas páginas 7 e 8), Jú-
lio César se sentiu realizado ao passar para o
público, por meio de sua arte, os conceitos
de consumo consciente e uso sustentável
dos recursos naturais. “As pessoas não
apenas assistiam, mas participavam das
oficinas de escultura nas tendas do pro-
jeto” conta satisfeito.
O significado da inclusão socialAntes de integrar a equipe da Casa
Amarela, Júlio César já havia trabalhado
como arte-finalista, diagramador e dese-
nhista. No entanto, atuar com carteira
assinada em uma instituição e ensinar
algo que tanto ama a pessoas de di-
versas comunidades representou
uma virada em sua vida. “Conheci
o significado de inclusão social de-
pois que passei a lecionar, pois pude
regularizar minha situação financeira
e oferecer mais conforto a minha mu-
lher e meu filho. Além disso, hoje tenho
uma visão mais profissional do meu ofício.
Sou grato à ONG e à Ampla por terem me
proporcionado essa oportunidade”, afirma.
O sentimento do artista comprova que o
objetivo de revelar e apoiar talentos por
meio do programa de responsabilidade
social desenvolvido pela distribuidora,
o Consciência Ampla com Arte, vem
sendo alcançado. Mas Júlio César não
se contenta com o que já conquistou:
deseja se aprimorar cada vez mais.
Apesar da agenda cheia e dos
convites para levar sua arte
mais longe, ele alimen-
ta o sonho de cursar
uma faculdade de
Belas-Artes em
um futuro próxi-
mo. Estamos tor-
cendo por você!
Papel reciclável de origem certificada 7
capa
Energia a todo vapor
Verão perfeito combi-
na com praia limpa,
certo? Mas quem
gosta de ficar entre
a areia e o mar sabe
que copinhos plásti-
cos, palitos de sorvete e
afins estão sobrando nos
balneários fluminenses.
Como conscientizar a popu-
lação sobre o meio ambiente,
mas de um jeito leve e divertido? A
alternativa proposta pela Ampla foi criar
o Energia na Praia, projeto que, de fevereiro a
abril, passou por cinco praias de Niterói e pis-
cinão de São Gonçalo, atraindo mais de 5.800
pessoas. O projeto é patrocinado pela empre-
sa por meio da Lei de Incentivo à Cultura do
estado do Rio de Janeiro.
O cenário é o seguinte: uma tenda montada
na areia serve de ponto de encontro para os
banhistas, que têm a oportunidade de re-
ceber uma massagem, participar de oficinas
de reciclagem e artesanato com material
reciclável, além de fazer aulas de ioga, alon-
gamento, surfe e assistir a palestras sobre
preservação do meio ambiente e consumo
consciente de energia elétrica. Tem mais:
os participantes podem pegar emprestado
pranchas de surfe, barracas, cadeiras, mesas
de praia, bolas de futebol, frescobol, tabulei-
ro de jogos, baralho, boias, petecas e estei-
ras. Para isso, é só recolher seu lixo em um
saquinho plástico – biodegradável –, ofere-
cido na própria tenda, e trocá-lo por uma
pulseira que permite ao banhista acesso a
todos esses benefícios. O lixo retirado nas
praias é transformado em bônus na con-
ta de luz por meio do projeto EcoAmpla, e
doado a instituições cadastradas.
Pessoas de todas as idades puderam par-
ticipar das atividades oferecidas. “Eu e
minha família adoramos a palestra com o
biólogo. Ele contou curiosidades que nem
eu sabia”, surpreendeu-se a advogada
Kenya Jasbick, que foi a Itaipu acompa-
nhada dos filhos Breno, de 1 ano, e Ca-
mille, de 6.“Tudo o que ajuda a natureza
é bem-vindo. Além disso, é uma boa for-
ma de conscientizar as pessoas, inclusive a
mim”, elogiou o balconista Gilson Guer-
reiro, que, educadamente, jogou o cigarro
que fumava dentro do saquinho.
A ação, toda baseada em princípios de
sustentabilidade, fez sucesso e deve ser
expandida para outras praias no ano que
vem. “O Energia na Praia é um projeto
importante para a Ampla, os clientes e a
cidade. Ele aproxima a empresa do pú-
blico em seus momentos de lazer, con-
tribuindo ativamente para a mudança de
cultura da população e despertando sua
atenção para a importância de manter as
praias limpas. E, de quebra, aborda temas
fundamentais, como educação para o
consumo consciente da energia elétrica e
da água, e preservação do meio ambien-
te”, analisa Pryscila Civelli, responsável
pelo Marketing da Ampla.
Papel reciclável de origem certificada8
Na mídiaO Energia na Praia esteve presente em vários veículos da região por onde pas-
sou. O jornal O Fluminense, de Niterói, destacou as ações em Camboinhas e
Icaraí. O diário A Tribuna, também de Niterói, lembrou em duas reportagens
que o projeto esteve no Piscinão de São Gonçalo e na praia de Camboinhas.
No rádio, a estação FM Roquette Pinto chamou todos a participar do evento.
Arte econhecimentoSucesso no Energia na Praia, as ofi-
cinas de escultura em material reci-
clado e em PET uniam a beleza da
arte com a mudança de perspectiva
sobre o que costumamos chamar de
lixo. No comando das atividades estavam
os artesãos Júlio César da Conceição Alves e
Janete Nicolau. Eles ensinavam que, de uma
placa de isopor criada para embalar eletro-
domésticos, é possível produzir animais e
super-heróis. Garrafas de refrigerante, por
sua vez, podem se transformar em vassou-
ras, cata-ventos e até pufes. “Trabalhar na
praia é diferente do ateliê, temos contato
direto com o público”, diz Júlio César.
O biólogo Rodrigo Mariath também atraiu
muita gente para a tenda do projeto. Suas
aulas, ou papos descontraídos com os ba-
nhistas, tratavam do meio ambiente. Com
o auxílio de um aquário, que a cada dia de
evento ficava cheio de bichos e plantas nati-
vos da área visitada, Rodrigo explicava sobre
a biodiversidade marinha e outros assuntos.
“É uma oportunidade de crianças e adultos
aprenderem mais sobre aspectos que ge-
ralmente só se veem nos livros”, conta ele.
Consciência com base na educação
A plataforma Consciência Ampla, que
abrange diversos projetos sociais da
empresa, é bem representada no Ener-
gia na Praia: além do Consciência Eco-
ampla, que proporciona a troca de lixo
reciclável por bônus na conta de luz de
clientes cadastrados, o Energia na Praia
traz também palestras do Consciência
Ampla Saber – programa de orientação
sobre o consumo consciente e seguro
de energia elétrica. Além disso, mostra a
beleza das criações de artesãos da Casa
Amarela, ONG parceira do Consciência
Ampla com Arte, que promove oficinas
com materiais recicláveis e cartonagem
para jovens e adultos.“Quando se fala
em mudança de comportamento, é
necessário uma ação educativa que en-
volva práticas concretas. Nosso objetivo
é mostrar que a praia, como qualquer
espaço público, deve ser bem-tratada. E
que cuidar desses espaços significa cui-
dar de nossa própria qualidade de vida
– o que pode ser feito com consciência,
criatividade e diversão”, explica Gislene
Rodrigues, responsável por Projetos So-
ciais da Ampla.
Conheça as atividades oferecidas pela Casa Amarela na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/consciênciaampla8
fique por dentro
Sustentabilidade no dia a dia A Ampla sediou, em 24 de março, o seminário
“Cidades Sustentáveis: sociedade, mobiliza-
ção e cidadania”, que marcou o lançamento
do Movimento Niterói Como Vamos (NCV),
apoiado pela concessionária. Com cerca de
cem participantes – entre eles, Dom Roberto
Ferreira Paz, bispo auxiliar da Arquidiocese de
Niterói; o senador Saturnino Braga; e Fernan-
do Guida, atual secretário municipal de Meio
Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilida-
de – o evento promoveu um debate sobre a
importância da participação da sociedade civil
nos processos de gestão da cidade, além re-
fletir sobre atitudes sustentáveis. “É um prazer
para a Ampla ceder a casa para o lançamen-
to desse movimento, que propõe melhorias
para a cidade”, disse André Moragas, diretor
de Relações Institucionais e Comunicação da
Ampla, dando as boas-vindas ao público.
O NCV existe há dois anos. Seu presidente,
Álvaro Cysneiros, abriu o seminário apresen-
tando o projeto que replica a ideia implanta-
da originalmente em Bogotá, na Colômbia. A
proposta consiste na formação de um grupo
de voluntários – empresários, professores, uni-
versitários e representantes de organizações
sociais – para monitorar mensalmente índices
de desempenho considerados fundamentais,
como educação, saúde, habitação, transporte
e segurança pública. “Queremos gerar trans-
formação social para a cidade em que habita-
mos. Por esse motivo, construímos indicadores
que nos permitem realizar pesquisas de per-
cepção e buscar melhorias”, assinalou.
Entre as pesquisas realizadas pelo movimen-
to, Álvaro citou a que aponta a cidade flumi-
nense como a terceira na produção de lixo
por habitante no Estado, atrás apenas de
Nova Iguaçu e do Rio de Janeiro. “O NCV
não é um movimento denuncista, não te-
mos a intenção de brigar com a prefeitura ou
qualquer outro órgão, e sim colaborar com
boas intenções de parceria”, completou.
Ações positivas Na segunda parte do evento, sob o tema
“Democracia participativa e os seus diversos
atores”, Patrícia Ashley, professora do Ins-
tituto de Geociências da UFF, falou sobre a
importância da conscientização social. Ela ci-
tou a cidade de São João Del-Rei, em Minas
Gerais, que implantou o projeto Ecocidades,
para valorizar a identidade cultural local e dar
sustentabilidade à conservação do patrimô-
nio. “Mais do que gerar indicadores, temos
de levantar fotos, vídeos e outros materiais
para que toda a sociedade compreenda o
que está sendo feito”, argumentou.
“Os papéis da juventude e das empresas. Con-
trole cidadão do orçamento público” foi o
tema da palestra de Thereza Lobo, socióloga
e diretora do Rio Como Vamos. “É importante
falarmos do desenvolvimento sustentável e a
Ampla nos dá um grande exemplo, apoiando
movimentos dessa natureza. Que outras em-
presas sigam o mesmo caminho”, resumiu.
Após as palestras, o público elaborou per-
guntas mediadas pela jornalista Sonia Arari-
pe, editora da revista Plurale. Um delas: qual
seria o problema número um da cidade?
Como resposta, Álvaro Cysneiros citou a últi-
ma pesquisa realizada pelo DataUff: do pon-
to de vista da população, o principal questio-
namento se refere à segurança pública.
Veja dados sobre a educação pública no Rio de Janeiro na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/consciênciaampla8
Thereza Lobo
Patrícia Ashley
Álvaro Cysneiros
Papel reciclável de origem certificada10
em foco
Reformas geram economia em instituições de utilidade públicaDesde 2005, o Consciência Ampla Eficiente
realiza um trabalho de eficiência energética
em instituições públicas situadas na área de
atendimento da Ampla. Os objetivos são re-
duzir o consumo de energia e educar os con-
sumidores para o uso consciente, sem perda
de conforto. O projeto inclui medidas como
a instalação de painéis solares para aquecer
a água de chuveiros; substituição da ilumi-
nação convencional por lâmpadas de menor
potência; automação do acionamento dos
circuitos de iluminação; e substituição de
equipamentos de ar-condicionado antigos
por modelos com melhor rendimento (com
selo Procel/Inmetro).
Entre as instituições atendidas pelo Consci-
ência Ampla Eficiente estão a Associação Ni-
teroiense dos Deficientes Físicos (Andef) e os
Orfanatos Padre Franz Neumair e Santo Antô-
nio, em Niterói; o Abrigo do Cristo Redentor,
em São Gonçalo; e a Assistência Filantrópica
de Assistência a Aids de Araruama (Afada), no
mesmo município. No ano passado, foram
gastos cerca de R$ 5 milhões em reformas
e benfeitorias e, para 2011, o investimento
deve chegar a R$ 6 milhões. Os projetos, em
média, têm duração de um ano e meio, entre
a efetivação da proposta e a conclusão dos
trabalhos. No caso da Andef e do Abrigo do
Cristo Redentor, foram revistas as instalações
elétricas, com troca da fiação antiga.
“Com o investimento, sem ônus para o clien-
te, a Ampla contribui para a redução do cus-
to mensal de energia elétrica nas instituições,
possibilitando a transferência desses ganhos
para a sociedade”, afirma João Carlos Curty,
responsável pela Eficiência Energética.
Economia revertida para idosos
De acordo com Hélio Abicalil, presidente do
Abrigo do Cristo Redentor, a iniciativa da Am-
pla deveria ser seguida por outras empresas,
já que, ao reduzir os custos da instituição, per-
mite que essa economia seja revertida para o
atendimento aos idosos. Segundo ele, a parce-
ria, que começou há cerca de quatro anos, re-
duziu muito o consumo de energia no Abrigo.
“Ao nos procurar, a Ampla propôs a instalação
de um equipamento de aquecimento solar
para atender aos quatro banheiros coletivos,
num total de dez chuveiros, e a troca de outros
chuveiros elétricos antigos por modelos mais
modernos e econômicos”, explica.
Saldo final – A obra no Abrigo do Cristo
Redentor custou R$ 195 mil e gerou uma
economia mensal de 10.240 kWh.
Investimento com retornoOutro exemplo bem-sucedido do Consciên-
cia Ampla Eficiente foi realizado na Andef, em
Niterói. A associação agora conta com a ener-
gia solar para aquecer a água das torneiras e
dos chuveiros das 16 unidades do alojamen-
to, além da cozinha da instituição. Para José
Alaor Boschetti, administrador financeiro da
instituição, as medidas propostas são relevan-
tes tanto para a instituição em si quanto para
quem trabalha ou é atendido por ela. “As me-
didas implantadas pela Ampla reduziram nos-
sos custos. Com isso, aplicamos esses valores
no atendimento de nossos pacientes”, revela.
Saldo final – As medidas adotadas pela Ampla
na Andef custaram R$ 100 mil, e geram uma
economia mensal de energia de 5.040 Kwh.
Orfanato Padre Franz Neumair
Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef)
Papel reciclável de origem certificada 11
dicas
programe-se
de consumo eficiente de energia
Papel reciclável de origem certificada
Evite o furto de energia
Consciência Ampla sobre Rodas
O furto de energia é crime, com pena
prevista de um a quatro anos de reclusão
e multa. Popularmente conhecido como
“gato de luz”, põe em risco a vida da po-
pulação que manipula a rede elétrica e
afeta a qualidade do serviço prestado pela
distribuidora. Ligações irregulares podem
gerar curto-circuito e sobrecarga na
rede elétrica, ocasionando inter-
rupção no fornecimento. Além
disso, quem furta energia corre
risco de morrer eletrocutado
por entrar em contato di-
reto com a rede elétrica. A
Ampla combate todos esses
perigos promovendo tam-
bém uma série de iniciativas
de inclusão social, que vão de
projetos sobre o uso eficiente de
energia elétrica em comunidades
a programas de geração de empre-
go e renda. Além disso, a concessionária
oferece revisão gratuita de instalações elé-
tricas aos consumidores de baixo poder
aquisitivo. Para coibir o roubo de energia,
ela ainda estabeleceu uma parceria com
o Disque Denúncia.
Você também pode ajudar, seguindo as di-
cas abaixo:
• O medidor de energia pertence à Ampla,
mas você também é responsável pela in-
tegridade dele. Por isso, caso perceba al-
guma alteração ou dano, entre imediata-
mente em contato com a empresa.
• Evite os problemas causados pelo furto de
energia elétrica. Regularize a sua situação
com a empresa fornecedora e tenha a
conta de luz em seu nome.
• Sempre que for preciso fazer alguma ins-
talação elétrica, chame um profissional
especializado.
• Não faça instalações elétricas com fio de
telefone, pois além de não suportar a car-
ga elétrica e consumir mais energia, pode
causar curtos-circuitos e até incêndios.
• Denuncie o furto de energia pelo telefone
do Disque Denúncia: 2253-1177. Não é
preciso se identificar.
O furto de energia, além de ser ilegal, in-
centiva o desperdício, afeta o meio ambien-
te e prejudica toda a sociedade. Combater
essa prática é também zelar pelo consumo
consciente e pela cidadania.
Nada melhor do que estar com a conta de luz em dia e solicitar um profissional especializado para resolver qualquer problema na rede elétrica
Como a energia chega até sua casa?
Fique por dentro por meio de um veículo
que vai até você
Os demais projetos do Consciência Am-
pla continuam percorrendo cidades em
2011, levando até você entretenimento,
Maio
2 Saquarema
9 Arraial do Cabo
16 São Pedro da Aldeia
23 Cabo Frio
30 Armação de Búzios
Junho
6 Quissamã
13 Macaé
27 Campos
cultura e educação para o consumo cons-
ciente. A agenda dos programas está sen-
do definida. Aguarde! Lembramos que as
datas e horários podem sofrer alterações.
Portanto, acompanhe as datas de todos
os projetos pelo blog e o twitter do Cons-
ciência Ampla.
Papel reciclável de origem certificada12
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