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R E V I S T A A sua revista Ampla sobre responsabilidade socioambiental ano 3 I abril maio junho 2011 I nº 8 Projeto Energia na Praia combina lazer e consciência ambiental – págs. 8 e 9 André Trigueiro Confira nossa entrevista exclusiva com o jornalista sobre descarte de resíduos sólidos - págs. 4, 5 e 6

Revista Consciência Ampla nº8

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Page 1: Revista Consciência Ampla nº8

R E V I S T A

A sua revista Ampla sobreresponsabilidade socioambiental

ano 3 I abril • maio • junho 2011 I nº 8

Projeto Energia na Praia combina lazer e consciência ambiental – págs. 8 e 9

André Trigueiro

Confira nossa entrevista exclusiva com o jornalista sobre descarte de resíduos sólidos - págs. 4, 5 e 6

Page 2: Revista Consciência Ampla nº8

Um dos maiores problemas do mundo

moderno é a quantidade de lixo gerado

pela sociedade de consumo. Para saber

como enfrentar essa questão que tanto

nos aflige, entrevistamos para o Cara a

Cara o jornalista André Trigueiro, uma re-

ferência em jornalismo ambiental.

No programa Consciência Ampla, sempre

reforçamos nosso compromisso com atitu-

des concretas. Nossa preocupação com o

descarte adequado de resíduos ficou clara

com o Energia na Praia: projeto que cons-

cientiza crianças e adultos sobre a impor-

tância de preservar o meio ambiente de

um jeito leve e divertido. De fevereiro a

abril, passamos por cinco praias de Nite-

rói e no piscinão de São Gonçalo, apre-

ExpedientePublicação trimestral da Ampla. Criação e produção – Marketing Ampla: Denise Monteiro (Mb: 21.1407), Erika Millan, Patrícia Gismonti e Pryscilla Civelli; Projetos Sociais Ampla: Aladia Guerino, Cristiane Baena, Felipe Conti, Gislene Rodrigues e Katia Ramos; Colaboração – Comunicação Externa e Responsabilidade Social Ampla: Janaína Vilella, Ana Paula Caporal e Beatriz Stutzel; Reportagem – Ana Clara Werneck, Annie Nielsen, Lissandra Torres e Maíra Gonçalves. Coordenação Editorial – Annie Nielsen. Edição – Eliane Levy de Souza. Projeto Gráfico e Diagramação: Casa do Cliente Comunicação 360º. Revisão: Lourdes Pereira. Fotos: Adriano Cardozo, Antonio Pinheiro, Banco de Imagem Casa do Cliente e Humberto de Souza.

sentando palestras, oferecendo atividades

de lazer e emprestando barracas, cadeira

e outros itens em troca de um saquinho

com o lixo recolhido das areias. Achou

interessante? Então leia mais sobre o as-

sunto em nossa reportagem de capa. E

aproveite para conferir como o lixo pode

se transformar em arte com criatividade e

imaginação no Caso de Sucesso, que retra-

ta a história do artesão Júlio César da Con-

ceição Alves. Estes e outros assuntos foram

escolhidos especialmente para você.

Diálogo ...................................................3Transparência ...........................................3Cara a Cara .............................................4Caso de Sucesso ......................................7Capa ............................................................. 8

Fique por Dentro ...................................10Em Foco ................................................11Dicas ......................................................12Programe-se ...........................................12

editorial

Por um planetamais limpo e sustentável

Você conhece a versão on-line da revista Consciência Ampla?Acesse www.job360.com.br/conscienciaampla7 e confira uma revista com ainda mais conteúdo para você!

índice

Boa leitura!

Marcelo Llévenes

Responsável pela Ampla

e pela Endesa Brasil

Page 3: Revista Consciência Ampla nº8

diálogo transparência

Escreva você também! Envie sua mensagem por e-mail para [email protected], ou deixe seus comentários em nosso blog oficial, onde você pode ter mais informações sobre nossos projetos. Lembre-se de colocar seu nome, sobrenome e a cidade onde mora.

Por questão de espaço, os comentários podem ser resumidos.

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Então, siga o Consciência Amplaem www.twitter.com/conscienciampla.

Se preferir, envie uma carta paraRua Nilo Peçanha 546, São Gonçalo, RJ,

CEP 24445-360, aos cuidados da Equipe de Projetos Sociais Ampla.

“Seria possível realizar uma edição

do projeto Energia na Praia na Região

dos Lagos? No verão essa região tem

um aumento significativo em sua po-

pulação.” (via blog)

Fábio

“Hoje terminou o curso de Educação

Ambiental para professores do Cons-

ciência Ampla em Saquarema. Ótima

iniciativa da empresa. Adorei ter par-

ticipado!” (via Twitter)

Rafael

“Gostei muito das iniciativas da em-

presa, precisamos educar os alunos

dos ensinos fundamental e médio

para criarmos formadores de opinião.

Dessa forma, teremos uma geração

de cidadãos e políticos que farão a di-

ferença no futuro.” (via blog)

Gyorgy Sandor

“Visitei hoje o projeto Energia na Praia

e achei uma ótima iniciativa. A areia da

praia estava nitidamente mais limpa,

com menos detritos.” (via Twitter)

Paulo Roberto

Saldo positivoO Consciência Ampla Eficiente, programa

voltado para comunidades e instituições pú-

blicas que tem como objetivos a redução do

consumo e a educação para o uso eficiente

da energia, chega ao sexto ano repleto de

resultados positivos. Realizando um traba-

lho com foco na eficiência energética – com

a reforma das instalações elétricas, troca

de geladeiras (foram 1.196, apenas entre

clientes residenciais), tomadas, lâmpadas

e chuveiros – em residências e instituições,

o programa beneficiou 32.213 clientes e

58 prédios públicos em 2010 (veja quadro

abaixo). Em 2011, a concessionária planeja

fazer um número de atendimentos próximo

ao do ano passado, reforçando a educação

para o consumo consciente.

Atendimentos em instituições Trabalho eficiente Número de

beneficiados

Escolas e universidades Iluminação e climatização 8

Hospitais e clínicas Iluminação, climatização e aquecimento de água

20

Creches Chuveiros (trocador de calor) 13

Hospital e escolas Chuveiros (trocador de calor) 17

A Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef) foi uma das instituições públicas beneficiadas pelo programa

Leia mais na página 11

Papel reciclável de origem certificada 3

Page 4: Revista Consciência Ampla nº8

cara a cara

Papel reciclável de origem certificadaVeja a continuação desta entrevista na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/conscienciaampla7

André Trigueiro

Uma visão de longo alcance para o descarte de resíduos

‘Falta na grade curricular das escolas

e universidades maior atenção para a questão

do consumo. Não dá para falar de lixo sem

falar em consumo’

Referência no conceito de jornalismo am-

biental, André Trigueiro atua desde 1996

no canal por assinatura Globo News como

repórter e apresentador. Na emissora, já

criou programas sobre a ecologia e susten-

tabilidade como o Cidades e soluções e as

séries Agua, o desafio do século 21 e Kyoto,

o protocolo da vida. Pós-graduado em Ges-

tão Ambiental pela Coppe/UFRJ é também

autor do livro Mundo sustentável e criador

da disciplina Jornalismo Ambiental, do cur-

so de Comunicação Social da PUC-Rio. Em

entrevista exclusiva ao Consciência Ampla,

André fala sobre a importância do descarte

adequado dos resíduos sólidos e as alterna-

tivas para atingir esse objetivo.

Qual a relação entre lixo e sustentabilidade?

André Trigueiro – Em primeiro lugar, preci-

samos conceituar o que é lixo. Na área de

educação ambiental, trata-se de algo sem

utilidade ou serventia para alguém. Logo, o

que é lixo para um pode não ser para o ou-

tro e vice-versa. Quando definimos projetos

que remetam a um design sustentável de

sociedade, precisamos pensar no gerencia-

mento integrado do lixo. O norte magnético

da bússola aponta para a discriminação dos

resíduos por categoria. Mas, antes de discutir-

mos o que fazer com eles, precisamos ver se

esgotamos todos os recursos para reduzir seu

volume. Isso começa no design de produtos,

no resgate do conceito de ecoeficiência e na

preconização do consumo sustentável, pois

quanto mais consumimos, mais lixo geramos.

Se conseguirmos reduzir o consumo, surge a

demanda pelo reaproveitamento e pela reuti-

lização dos materiais. Surge como alternativa

a reciclagem, que não resolve o problema dos

resíduos, apenas atenua os impactos e permi-

te uma destinação mais inteligente do des-

carte. Matéria orgânica, por exemplo, serve

como insumo para compostagem, produção

de adubo orgânico. Vidro, papel, papelão,

ferro e plástico podem ser reprocessados. Em

grandes centros, onde não há mais espaço

para depósitos e aterros, devemos considerar

a construção de usinas térmicas a lixo, que

queimam resíduos para produzir energia.

Por último, mas não menos importante,

é preciso que as pessoas encarregadas de

proporcionar soluções para o descarte de

resíduos sólidos gostem do assunto. No

Brasil, os prefeitos são responsáveis pela co-

leta, pelo transporte e pela destinação final

do resíduo. Eles deveriam ser os primeiros

a entender o lixo não só como problema,

mas como um desafio que exige soluções. E

existem soluções no Brasil para isso, depen-

dendo do tamanho da cidade, do gênero

de resíduos e da visão do gestor público de

encarar o assunto não como um problema,

mas como um desafio.

Por que é importante darmos destinação ade-

quada ao lixo que geramos em nosso dia a dia?

A. T.–Segundo a Abrelpe (Associação Brasi-

leira de Empresas de Limpeza Pública e Re-

síduos Especiais), 65% dos municípios bra-

sileiros fazem seus descartes a céu aberto,

em vazadouros clandestinos, os populares

Papel reciclável de origem certificada4

Page 5: Revista Consciência Ampla nº8

Papel reciclável de origem certificada

lixões. O lixão é uma bomba-relógio am-

biental, que gera impactos nocivos à saúde e

ao meio ambiente. A parte orgânica do lixo

se decompõe e produz um líquido chamado

chorume, que se infiltra no solo e alcança

os aquíferos subterrâneos. Outro problema

é a geração de gás estufa, o metano CH4,

a partir da decomposição da matéria orgâ-

nica. Além disso, o lixão atrai vetores como

ratos, mosquitos e baratas. E se revela uma

opção para pessoas de baixa renda e sem

perspectivas de emprego, que enxergam no

garimpo de material reciclável uma maneira

de ganhar a vida, mesmo que tenham de se

expor ao contato com materiais infectantes

e perfurantes e ao risco de explosões espon-

tâneas, causadas pelo metano. Vale reforçar

que a solução tecnológica para o resíduo

nunca será o lixão. O depósito adequado

para o lixo é o aterro sanitário.

Qual a diferença entre aterro sanitário e lixão?

A. T. – Existem três categorias clássicas de

destinação de resíduo no Brasil: lixão, aterro

controlado e aterro sanitário. O lixão é um

vazadouro clandestino sem qualquer tra-

tamento. O aterro controlado é um meio-

termo entre as outras duas. A prefeitura faz

algum tipo de melhoramento ou benfeito-

ria do lixão, a fim de reduzir alguns de seus

impactos. Coloca, por exemplo, uma manta

de argila sobre o solo para não atrair ratos,

baratas, urubus. Ou tenta capturar os gases

estufa ou tratar o chorume. Tais medidas

apenas remediam a situação. Já o aterro sa-

nitário é uma obra de engenharia. Construí-

do antes da chegada do primeiro caminhão

de lixo, dispõe de impermeabilização para

evitar que o chorume contamine o solo e

de mecanismos que controlam a emissão de

gases. No aterro sanitário, não há catadores

nem exposição de resíduos a céu aberto,

atraindo vetores.

Qual é o papel das empresas e das pessoas na

destinação adequada do lixo?

A. T. – Desde o fim do ano passado, o Brasil

conta com uma Política Nacional de Resídu-

os Sólidos, que estabelece a responsabilida-

de compartilhada do assunto. Um fabricante

que lança uma garrafa de refrigerante no

meio ambiente quando se encerra o ciclo de

vida útil da embalagem é tão responsá-

vel quanto o consumidor e o poder

público. Todos nós somos respon-

sáveis, cada um em um momen-

to. Ao consumidor cabe descar-

tar a garrafa no local certo; ao

fabricante, dar destinação final

adequada; e, ao poder públi-

co, fazer a coleta do material.

Em cada lugar do Brasil há um

padrão a ser seguido. Cabe ao se-

tor público, ao privado, ou a ambos

oferecerem ao consumidor a sina-

lização, o recipiente adequado

e a logística para transportar

esse resíduo para o local cer-

to. Cada caso é um caso: vi-

dro, plástico, papel, papelão,

pneu, pilha, bateria. Cada

tipo de resíduo vai demandar

uma logística, uma rotina dife-

renciada sobre a qual todos nós

temos responsabilidades.

Investir na reciclagem pode gerar bons negócios?

A. T. – Alguns países do mundo já aprende-

ram a gerar energia a partir da queima do

lixo. Também podemos explorar energia a

partir do gás metano que se decompõe da

matéria orgânica descartada. No Brasil, te-

mos um exemplo de negócio com o ater-

ro sanitário de Gramacho, em Duque de

Caxias, na Baixada Fluminense. O aterro,

que recebe por dia nove mil toneladas de

lixo do Rio de Janeiro, vende biogás para

O repórter em ação para o canal

Globo News

André Trigueiro na plenária da

COP-15 na Dinamarca

Papel reciclável de origem certificada 5

Page 6: Revista Consciência Ampla nº8

a refinaria de petróleo

de Duque de Caxias.

Outro gênero de ne-

gócio interessante é

a fabricação de certo

tipo de telha a partir

de material reciclável,

como caixas de leite.

Também existem telhas

ecológicas, produzidas

pela mistura de plástico,

jornal e resina. Além disso, há

empresários de visão. Um exem-

plo é uma senhora de Resende, no

estado do Rio de Janeiro, que dis-

põe de uma área para receber ca-

minhões de resíduo orgânico de

supermercados e transporta esse

material para onde se processa a

compostagem (produção de adu-

bo orgânico para comercialização).

Como conscientizar o consumidor a dar

uma destinação mais consciente ao lixo?

A. T. – É simples mudar a postura do con-

sumidor diante do lixo. Numa ponta está

a educação, com escolas orientando sobre

a importância de uma postura responsável

com relação ao resíduo. Na outra, está a

punição exemplar. Tolerância zero. Quem

está na rua e joga algo no chão deve ser

advertido pela Guarda Municipal ou pela

Polícia Militar. Se uma autoridade flagra

um cidadão no momento em que ele joga

lixo no chão ou pela janela do carro, mas

não age, perdemos a chance de aplicar

uma medida que cause constrangimento.

Precisamos de educação, fiscalização e pu-

nição, tudo junto.

As novas gerações estão mais comprometidas

com o descarte adequado dos resíduos e com

a adoção de um consumo consciente?

A. T. – As novas gerações estão mais pre-

ocupadas com a questão da destinação

final, sim, mas falta educação para um

consumo consciente. Esse é um assunto

ausente na maioria das escolas do Brasil. É

lamentável que se discuta o que fazer com

o lixo, mas não como devemos consumir.

Porque uma coisa está ligada à outra. Falta

na grade curricular das escolas e univer-

sidades maior atenção para a questão do

consumo. Não dá para falar de lixo sem

falar em consumo.

O que nós, cidadãos, podemos fazer no dia a

dia para tornar a Política Nacional de resídu-

os Sólidos uma realidade em pouco tempo?

A. T. – O ideal seria diminuir o volume de

lixo e separar os materiais na origem. Se

você não precisa de sacola descartável,

não use. Escolha o produto que seja mais

ambientalmente amigável. Com relação à

caixa de ovos, por exemplo, há pelo menos

três tipos de embalagens: de plástico, pa-

pelão ou isopor. Este último é complicado

de reciclar. Portanto, não o leve para casa.

Escolha, primeiro, o papelão, e depois, o

plástico. E recicle sempre. Não faz sentido

misturar todo o lixo. Se a prefeitura da sua

cidade não faz a coleta seletiva, procure na

sua região quem se interessa pela ativida-

de. Para isso, basta acessar o site do Com-

promisso Empresarial com a Reciclagem, o

Cempre (www.cempre.com.br).

‘Recicle sempre.

Não faz sentido misturar

todo o lixo’

‘Vidro, papel, ferro e

plástico podem ser

reprocessados’

Leia a entrevista na íntegra na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/consciênciaampla8

Papel reciclável de origem certificada6

Page 7: Revista Consciência Ampla nº8

caso de sucesso

Esculpindo arte e cidadaniaQuando seus irmãos saíam para jogar bola

na rua, Júlio César da Conceição Alves fica-

va em casa “fazendo arte”. Recolhia tampas,

garrafas, restos de madeira, embalagens e

outros materiais descartáveis e dava vida a

personagens saídos da sua imaginação. O

tempo passou e a atividade favorita do me-

nino de São Gonçalo virou profissão de gen-

te grande. Depois de participar das oficinas

de escultura com material reciclável da Casa

Amarela – ONG que ministra cursos de arte

com o apoio da Ampla – Júlio César recebeu

o convite para ser professor da instituição.

Desde 2007, ele ensina grupos de senhoras

a produzir formas inusitadas com seu jeito

amável e tranquilo.

Além do trabalho na Casa Amarela, o artis-

ta também dá aulas na Fundação Panisset e

participa de exposições. Quem vê as peças

esculpidas por ele custa a acreditar que toda

aquela beleza veio do lixo. “Os visitantes fi-

cam encantados com as esculturas, principal-

mente com aquelas feitas de pedra-pomes.

A maioria acha que se trata de uma rocha

muito dura, mas podemos criar várias textu-

ras a partir dela e fazer com que adquira uma

aparência de mármore ou granito”, explica

Júlio César. Em suas mãos, tudo adquire novo

sentido. Garrafas PET, por exemplo, viram ar-

ranjos de mesa e bonecos; tábuas e rolos, su-

portes para castelos; e plástico picado de gar-

rafas de xampu, mosaicos decorativos. Uma

de suas criações mais famosas foi uma série

de porquinhos feitos com balões e revestidos

de papel machê colorido. Quando participou

do evento Energia na Praia, projeto patroci-

nado pela Ampla através da Lei de Incentivo

à Cultura (ver mais nas páginas 7 e 8), Jú-

lio César se sentiu realizado ao passar para o

público, por meio de sua arte, os conceitos

de consumo consciente e uso sustentável

dos recursos naturais. “As pessoas não

apenas assistiam, mas participavam das

oficinas de escultura nas tendas do pro-

jeto” conta satisfeito.

O significado da inclusão socialAntes de integrar a equipe da Casa

Amarela, Júlio César já havia trabalhado

como arte-finalista, diagramador e dese-

nhista. No entanto, atuar com carteira

assinada em uma instituição e ensinar

algo que tanto ama a pessoas de di-

versas comunidades representou

uma virada em sua vida. “Conheci

o significado de inclusão social de-

pois que passei a lecionar, pois pude

regularizar minha situação financeira

e oferecer mais conforto a minha mu-

lher e meu filho. Além disso, hoje tenho

uma visão mais profissional do meu ofício.

Sou grato à ONG e à Ampla por terem me

proporcionado essa oportunidade”, afirma.

O sentimento do artista comprova que o

objetivo de revelar e apoiar talentos por

meio do programa de responsabilidade

social desenvolvido pela distribuidora,

o Consciência Ampla com Arte, vem

sendo alcançado. Mas Júlio César não

se contenta com o que já conquistou:

deseja se aprimorar cada vez mais.

Apesar da agenda cheia e dos

convites para levar sua arte

mais longe, ele alimen-

ta o sonho de cursar

uma faculdade de

Belas-Artes em

um futuro próxi-

mo. Estamos tor-

cendo por você!

Papel reciclável de origem certificada 7

Page 8: Revista Consciência Ampla nº8

capa

Energia a todo vapor

Verão perfeito combi-

na com praia limpa,

certo? Mas quem

gosta de ficar entre

a areia e o mar sabe

que copinhos plásti-

cos, palitos de sorvete e

afins estão sobrando nos

balneários fluminenses.

Como conscientizar a popu-

lação sobre o meio ambiente,

mas de um jeito leve e divertido? A

alternativa proposta pela Ampla foi criar

o Energia na Praia, projeto que, de fevereiro a

abril, passou por cinco praias de Niterói e pis-

cinão de São Gonçalo, atraindo mais de 5.800

pessoas. O projeto é patrocinado pela empre-

sa por meio da Lei de Incentivo à Cultura do

estado do Rio de Janeiro.

O cenário é o seguinte: uma tenda montada

na areia serve de ponto de encontro para os

banhistas, que têm a oportunidade de re-

ceber uma massagem, participar de oficinas

de reciclagem e artesanato com material

reciclável, além de fazer aulas de ioga, alon-

gamento, surfe e assistir a palestras sobre

preservação do meio ambiente e consumo

consciente de energia elétrica. Tem mais:

os participantes podem pegar emprestado

pranchas de surfe, barracas, cadeiras, mesas

de praia, bolas de futebol, frescobol, tabulei-

ro de jogos, baralho, boias, petecas e estei-

ras. Para isso, é só recolher seu lixo em um

saquinho plástico – biodegradável –, ofere-

cido na própria tenda, e trocá-lo por uma

pulseira que permite ao banhista acesso a

todos esses benefícios. O lixo retirado nas

praias é transformado em bônus na con-

ta de luz por meio do projeto EcoAmpla, e

doado a instituições cadastradas.

Pessoas de todas as idades puderam par-

ticipar das atividades oferecidas. “Eu e

minha família adoramos a palestra com o

biólogo. Ele contou curiosidades que nem

eu sabia”, surpreendeu-se a advogada

Kenya Jasbick, que foi a Itaipu acompa-

nhada dos filhos Breno, de 1 ano, e Ca-

mille, de 6.“Tudo o que ajuda a natureza

é bem-vindo. Além disso, é uma boa for-

ma de conscientizar as pessoas, inclusive a

mim”, elogiou o balconista Gilson Guer-

reiro, que, educadamente, jogou o cigarro

que fumava dentro do saquinho.

A ação, toda baseada em princípios de

sustentabilidade, fez sucesso e deve ser

expandida para outras praias no ano que

vem. “O Energia na Praia é um projeto

importante para a Ampla, os clientes e a

cidade. Ele aproxima a empresa do pú-

blico em seus momentos de lazer, con-

tribuindo ativamente para a mudança de

cultura da população e despertando sua

atenção para a importância de manter as

praias limpas. E, de quebra, aborda temas

fundamentais, como educação para o

consumo consciente da energia elétrica e

da água, e preservação do meio ambien-

te”, analisa Pryscila Civelli, responsável

pelo Marketing da Ampla.

Papel reciclável de origem certificada8

Page 9: Revista Consciência Ampla nº8

Na mídiaO Energia na Praia esteve presente em vários veículos da região por onde pas-

sou. O jornal O Fluminense, de Niterói, destacou as ações em Camboinhas e

Icaraí. O diário A Tribuna, também de Niterói, lembrou em duas reportagens

que o projeto esteve no Piscinão de São Gonçalo e na praia de Camboinhas.

No rádio, a estação FM Roquette Pinto chamou todos a participar do evento.

Arte econhecimentoSucesso no Energia na Praia, as ofi-

cinas de escultura em material reci-

clado e em PET uniam a beleza da

arte com a mudança de perspectiva

sobre o que costumamos chamar de

lixo. No comando das atividades estavam

os artesãos Júlio César da Conceição Alves e

Janete Nicolau. Eles ensinavam que, de uma

placa de isopor criada para embalar eletro-

domésticos, é possível produzir animais e

super-heróis. Garrafas de refrigerante, por

sua vez, podem se transformar em vassou-

ras, cata-ventos e até pufes. “Trabalhar na

praia é diferente do ateliê, temos contato

direto com o público”, diz Júlio César.

O biólogo Rodrigo Mariath também atraiu

muita gente para a tenda do projeto. Suas

aulas, ou papos descontraídos com os ba-

nhistas, tratavam do meio ambiente. Com

o auxílio de um aquário, que a cada dia de

evento ficava cheio de bichos e plantas nati-

vos da área visitada, Rodrigo explicava sobre

a biodiversidade marinha e outros assuntos.

“É uma oportunidade de crianças e adultos

aprenderem mais sobre aspectos que ge-

ralmente só se veem nos livros”, conta ele.

Consciência com base na educação

A plataforma Consciência Ampla, que

abrange diversos projetos sociais da

empresa, é bem representada no Ener-

gia na Praia: além do Consciência Eco-

ampla, que proporciona a troca de lixo

reciclável por bônus na conta de luz de

clientes cadastrados, o Energia na Praia

traz também palestras do Consciência

Ampla Saber – programa de orientação

sobre o consumo consciente e seguro

de energia elétrica. Além disso, mostra a

beleza das criações de artesãos da Casa

Amarela, ONG parceira do Consciência

Ampla com Arte, que promove oficinas

com materiais recicláveis e cartonagem

para jovens e adultos.“Quando se fala

em mudança de comportamento, é

necessário uma ação educativa que en-

volva práticas concretas. Nosso objetivo

é mostrar que a praia, como qualquer

espaço público, deve ser bem-tratada. E

que cuidar desses espaços significa cui-

dar de nossa própria qualidade de vida

– o que pode ser feito com consciência,

criatividade e diversão”, explica Gislene

Rodrigues, responsável por Projetos So-

ciais da Ampla.

Conheça as atividades oferecidas pela Casa Amarela na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/consciênciaampla8

Page 10: Revista Consciência Ampla nº8

fique por dentro

Sustentabilidade no dia a dia A Ampla sediou, em 24 de março, o seminário

“Cidades Sustentáveis: sociedade, mobiliza-

ção e cidadania”, que marcou o lançamento

do Movimento Niterói Como Vamos (NCV),

apoiado pela concessionária. Com cerca de

cem participantes – entre eles, Dom Roberto

Ferreira Paz, bispo auxiliar da Arquidiocese de

Niterói; o senador Saturnino Braga; e Fernan-

do Guida, atual secretário municipal de Meio

Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilida-

de – o evento promoveu um debate sobre a

importância da participação da sociedade civil

nos processos de gestão da cidade, além re-

fletir sobre atitudes sustentáveis. “É um prazer

para a Ampla ceder a casa para o lançamen-

to desse movimento, que propõe melhorias

para a cidade”, disse André Moragas, diretor

de Relações Institucionais e Comunicação da

Ampla, dando as boas-vindas ao público.

O NCV existe há dois anos. Seu presidente,

Álvaro Cysneiros, abriu o seminário apresen-

tando o projeto que replica a ideia implanta-

da originalmente em Bogotá, na Colômbia. A

proposta consiste na formação de um grupo

de voluntários – empresários, professores, uni-

versitários e representantes de organizações

sociais – para monitorar mensalmente índices

de desempenho considerados fundamentais,

como educação, saúde, habitação, transporte

e segurança pública. “Queremos gerar trans-

formação social para a cidade em que habita-

mos. Por esse motivo, construímos indicadores

que nos permitem realizar pesquisas de per-

cepção e buscar melhorias”, assinalou.

Entre as pesquisas realizadas pelo movimen-

to, Álvaro citou a que aponta a cidade flumi-

nense como a terceira na produção de lixo

por habitante no Estado, atrás apenas de

Nova Iguaçu e do Rio de Janeiro. “O NCV

não é um movimento denuncista, não te-

mos a intenção de brigar com a prefeitura ou

qualquer outro órgão, e sim colaborar com

boas intenções de parceria”, completou.

Ações positivas Na segunda parte do evento, sob o tema

“Democracia participativa e os seus diversos

atores”, Patrícia Ashley, professora do Ins-

tituto de Geociências da UFF, falou sobre a

importância da conscientização social. Ela ci-

tou a cidade de São João Del-Rei, em Minas

Gerais, que implantou o projeto Ecocidades,

para valorizar a identidade cultural local e dar

sustentabilidade à conservação do patrimô-

nio. “Mais do que gerar indicadores, temos

de levantar fotos, vídeos e outros materiais

para que toda a sociedade compreenda o

que está sendo feito”, argumentou.

“Os papéis da juventude e das empresas. Con-

trole cidadão do orçamento público” foi o

tema da palestra de Thereza Lobo, socióloga

e diretora do Rio Como Vamos. “É importante

falarmos do desenvolvimento sustentável e a

Ampla nos dá um grande exemplo, apoiando

movimentos dessa natureza. Que outras em-

presas sigam o mesmo caminho”, resumiu.

Após as palestras, o público elaborou per-

guntas mediadas pela jornalista Sonia Arari-

pe, editora da revista Plurale. Um delas: qual

seria o problema número um da cidade?

Como resposta, Álvaro Cysneiros citou a últi-

ma pesquisa realizada pelo DataUff: do pon-

to de vista da população, o principal questio-

namento se refere à segurança pública.

Veja dados sobre a educação pública no Rio de Janeiro na versão on-line de Consciência Ampla: www.job360.com.br/consciênciaampla8

Thereza Lobo

Patrícia Ashley

Álvaro Cysneiros

Papel reciclável de origem certificada10

Page 11: Revista Consciência Ampla nº8

em foco

Reformas geram economia em instituições de utilidade públicaDesde 2005, o Consciência Ampla Eficiente

realiza um trabalho de eficiência energética

em instituições públicas situadas na área de

atendimento da Ampla. Os objetivos são re-

duzir o consumo de energia e educar os con-

sumidores para o uso consciente, sem perda

de conforto. O projeto inclui medidas como

a instalação de painéis solares para aquecer

a água de chuveiros; substituição da ilumi-

nação convencional por lâmpadas de menor

potência; automação do acionamento dos

circuitos de iluminação; e substituição de

equipamentos de ar-condicionado antigos

por modelos com melhor rendimento (com

selo Procel/Inmetro).

Entre as instituições atendidas pelo Consci-

ência Ampla Eficiente estão a Associação Ni-

teroiense dos Deficientes Físicos (Andef) e os

Orfanatos Padre Franz Neumair e Santo Antô-

nio, em Niterói; o Abrigo do Cristo Redentor,

em São Gonçalo; e a Assistência Filantrópica

de Assistência a Aids de Araruama (Afada), no

mesmo município. No ano passado, foram

gastos cerca de R$ 5 milhões em reformas

e benfeitorias e, para 2011, o investimento

deve chegar a R$ 6 milhões. Os projetos, em

média, têm duração de um ano e meio, entre

a efetivação da proposta e a conclusão dos

trabalhos. No caso da Andef e do Abrigo do

Cristo Redentor, foram revistas as instalações

elétricas, com troca da fiação antiga.

“Com o investimento, sem ônus para o clien-

te, a Ampla contribui para a redução do cus-

to mensal de energia elétrica nas instituições,

possibilitando a transferência desses ganhos

para a sociedade”, afirma João Carlos Curty,

responsável pela Eficiência Energética.

Economia revertida para idosos

De acordo com Hélio Abicalil, presidente do

Abrigo do Cristo Redentor, a iniciativa da Am-

pla deveria ser seguida por outras empresas,

já que, ao reduzir os custos da instituição, per-

mite que essa economia seja revertida para o

atendimento aos idosos. Segundo ele, a parce-

ria, que começou há cerca de quatro anos, re-

duziu muito o consumo de energia no Abrigo.

“Ao nos procurar, a Ampla propôs a instalação

de um equipamento de aquecimento solar

para atender aos quatro banheiros coletivos,

num total de dez chuveiros, e a troca de outros

chuveiros elétricos antigos por modelos mais

modernos e econômicos”, explica.

Saldo final – A obra no Abrigo do Cristo

Redentor custou R$ 195 mil e gerou uma

economia mensal de 10.240 kWh.

Investimento com retornoOutro exemplo bem-sucedido do Consciên-

cia Ampla Eficiente foi realizado na Andef, em

Niterói. A associação agora conta com a ener-

gia solar para aquecer a água das torneiras e

dos chuveiros das 16 unidades do alojamen-

to, além da cozinha da instituição. Para José

Alaor Boschetti, administrador financeiro da

instituição, as medidas propostas são relevan-

tes tanto para a instituição em si quanto para

quem trabalha ou é atendido por ela. “As me-

didas implantadas pela Ampla reduziram nos-

sos custos. Com isso, aplicamos esses valores

no atendimento de nossos pacientes”, revela.

Saldo final – As medidas adotadas pela Ampla

na Andef custaram R$ 100 mil, e geram uma

economia mensal de energia de 5.040 Kwh.

Orfanato Padre Franz Neumair

Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef)

Papel reciclável de origem certificada 11

Page 12: Revista Consciência Ampla nº8

dicas

programe-se

de consumo eficiente de energia

Papel reciclável de origem certificada

Evite o furto de energia

Consciência Ampla sobre Rodas

O furto de energia é crime, com pena

prevista de um a quatro anos de reclusão

e multa. Popularmente conhecido como

“gato de luz”, põe em risco a vida da po-

pulação que manipula a rede elétrica e

afeta a qualidade do serviço prestado pela

distribuidora. Ligações irregulares podem

gerar curto-circuito e sobrecarga na

rede elétrica, ocasionando inter-

rupção no fornecimento. Além

disso, quem furta energia corre

risco de morrer eletrocutado

por entrar em contato di-

reto com a rede elétrica. A

Ampla combate todos esses

perigos promovendo tam-

bém uma série de iniciativas

de inclusão social, que vão de

projetos sobre o uso eficiente de

energia elétrica em comunidades

a programas de geração de empre-

go e renda. Além disso, a concessionária

oferece revisão gratuita de instalações elé-

tricas aos consumidores de baixo poder

aquisitivo. Para coibir o roubo de energia,

ela ainda estabeleceu uma parceria com

o Disque Denúncia.

Você também pode ajudar, seguindo as di-

cas abaixo:

• O medidor de energia pertence à Ampla,

mas você também é responsável pela in-

tegridade dele. Por isso, caso perceba al-

guma alteração ou dano, entre imediata-

mente em contato com a empresa.

• Evite os problemas causados pelo furto de

energia elétrica. Regularize a sua situação

com a empresa fornecedora e tenha a

conta de luz em seu nome.

• Sempre que for preciso fazer alguma ins-

talação elétrica, chame um profissional

especializado.

• Não faça instalações elétricas com fio de

telefone, pois além de não suportar a car-

ga elétrica e consumir mais energia, pode

causar curtos-circuitos e até incêndios.

• Denuncie o furto de energia pelo telefone

do Disque Denúncia: 2253-1177. Não é

preciso se identificar.

O furto de energia, além de ser ilegal, in-

centiva o desperdício, afeta o meio ambien-

te e prejudica toda a sociedade. Combater

essa prática é também zelar pelo consumo

consciente e pela cidadania.

Nada melhor do que estar com a conta de luz em dia e solicitar um profissional especializado para resolver qualquer problema na rede elétrica

Como a energia chega até sua casa?

Fique por dentro por meio de um veículo

que vai até você

Os demais projetos do Consciência Am-

pla continuam percorrendo cidades em

2011, levando até você entretenimento,

Maio

2 Saquarema

9 Arraial do Cabo

16 São Pedro da Aldeia

23 Cabo Frio

30 Armação de Búzios

Junho

6 Quissamã

13 Macaé

27 Campos

cultura e educação para o consumo cons-

ciente. A agenda dos programas está sen-

do definida. Aguarde! Lembramos que as

datas e horários podem sofrer alterações.

Portanto, acompanhe as datas de todos

os projetos pelo blog e o twitter do Cons-

ciência Ampla.

Papel reciclável de origem certificada12