Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição:
12 páginas
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 18 de julho de 2019 - Nº 528
[email protected] - [email protected] – www.norminha.net.br
NORMINHAS
MINISTÉRIO TRABALHO
MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA
PORTAL NORMINHA
FACEBOOK NORMINHA
ARQUIVOS FUNDACENTRO
INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO
CBO NRs CA EPI GOOGLE
OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO
Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail
ção da 4ª Revolução Industrial (Ciber-
nética), na qual os dados possuem e-
norme valor e utilidade, sobretudo
quando podem ser organizados e clas-
sificados.
Portanto, lembre-se sempre: dados
são ativos digitais e como tal, podem
valer muito dinheiro.
Então, a Wireless Lab, criadora da
app, está recolhendo informações sobre
os utilizadores e construindo uma enor-
me e valiosa base de dados, tudo isso
com a autorização dos usuários.
Por aqui você pode ler na íntegra a
política de privacidade. Os usuários que
baixam o FaceApp concordam com to-
dos os termos descritos aqui.
Destaco que os russos da Wireless
Lab podem:
Coletar todo o conteúdo do usuário
(por exemplo, fotos e outros materiais)
publicados no app.
Monitorar quais páginas da Web fo-
ram visitadas pelo usuário.
Coletar o endereço IP, tipo de nave-
gador, páginas de referência / saída e
URLs, número de cliques e como você
interage com links no Serviço, nomes
de domínio, páginas de destino, pági-
nas visualizadas e outras informações
desse tipo.
Acessar, coletar, monitorar, armaze-
nar em seu dispositivo e / ou armazenar
remotamente um ou mais "identifica-
dores de dispositivo".
Veja que, por meio dessa enorme
quantidade de dados captados e arma-
zenados, a Wireless Lab pode também
treinar cada vez mais os seus algorí-
timos de inteligência artificial, como já
fez (e continua fazendo) o Google.
Repare ainda, na Política de Privaci-
dade do FaceApp, como são amplas as
possibilidades de utilização dos dados
do usuário:
Fornecer conteúdo e informações
personalizadas para você e outras pes-
soas, que podem incluir anúncios onli-
ne ou outras formas de marketing; For-
necer, melhorar, testar e monitorar a efi-
cácia do nosso serviço; Desenvolver e
testar novos produtos e recursos; Mo-
nitorar métricas como número total de
visitantes, tráfego e padrões demográ-
ficos; Diagnosticar ou corrigir proble-
mas de tecnologia; Atualizar automati-
camente o aplicativo FaceApp no seu
FaceApp: você está pagando com seus dados Fundacentro realiza debate e palestra no Espírito Santo
Norminha, 18/07/2019 Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
A Fundacentro (Centro Estadual do
Espírito Santo) realizou ontem, 17 de
julho, um debate sobre espaço confina-
do no trabalho portuário. Já hoje, 18 de
julho, das 14h às 16h, ocorre palestra
sobre iluminação de emergência.
Os eventos ocorrem no auditório da
unidade da Fundacentro, localizado na
Rua Cândido Ramos, n° 30, Ed. Cha-
monix, no Jardim da Penha, em Vitó-
ria/ES. Mais informações podem ser
obtidas por telefone (27) 3315-0040,
Ramal 220, com Raquel. A coordenação
das atividades está a cargo do tecnolo-
gista Antônio Carlos Garcia Júnior, en-
genheiro e mestre em Saúde Coletiva.
O Debate Espaço Confinado no Tra-
balho Portuário trouxe duas palestras -
“O Trabalhador Portuário e o Trabalho
em Espaço Confinado: Impressões so-
bre um Acidente Ocorrido em Aracruz-
ES” e “Depleção de Oxigênio e Forma-
ção de Gases Tóxicos em Porões que
Transportam Madeira”. Ocorreu a apre-
sentação do vídeo “Você é estivador?” e
discussões com o público.
A palestra Iluminação de Emergên-
cia será ministrada pelo arquiteto com
pós-graduação em Engenheiro de Se-
gurança, Rubens Amaral, que coordena
o Comitê Brasileiro de Segurança Con-
tra Incêndio – CB 24. Na ocasião, o pú-
blico terá informações sobre as revi-
sões das normas referentes à ilumina-
ção de emergência e conhecerá projetos
com a utilização de blocos autônomos
desenvolvidos para atender diversos ti-
pos de instalações. N
Norminha, 18/07/2019
O aplicativo FaceApp está fazendo
grande sucesso por todo o mundo. Os
usuários podem até não perceber, mas
estão pagando (caro) por ele.
O que ele faz é prever como seria-
mos mais velhos, mais novos, ou até
mesmo com outro corte de cabelo, por
exemplo, tudo por meio de combina-
ções de algorítimos de inteligência arti-
ficial.
Aos olhos da maioria das pessoas, é
apenas um "app inofensivo" e essas
mesmas pessoas sequer se perguntam
porque alguém faria "gratuitamente" al-
go tão interessante e recheado de inte-
ligência artificial.
Será que essas mesmas pessoas
mudariam de opinião se soubessem
que o app foi criado por uma empresa
russa? É isso mesmo, o FaceApp foi
criado pelo organização russa Wireless
Lab.
Porém, a grande questão não está na
nacionalidade da empresa criadora do
app. O que acontece de fato é que essa
empresa não é uma organização bene-
volente, criadora de uma "diversão gra-
tuita". Os usuários do FaceApp estão
pagando à Wireless Lab: com seus pró-
prios dados (presentes e, potencial-
mente, futuros).
Veja, de uma vez por todas você pre-
cisa entender que estamos no mundo
data-driven (guiado por dados), em fun
dispositivo.
Chamo a atenção ainda que, em
meio ao debate ético, por todo o mun-
do, sobre a utilização de reconheci-
mento facial dos cidadãos por governos
e empresas, sobretudo quanto à trans-
parência de como são usadas as infor-
mações coletadas, os dados captados
pelo FaceApp possuem potencialmente
um valor financeiro ainda mais elevado.
Isso porque podem contribuir para
um maior percentual de acerto nas a-
nalises relacionadas ao reconhecimen-
to facial, seja na ampliação dos bancos
de dados - tanto ampliando o número
de pessoas, quanto o número de fotos
de uma mesma pessoa -, seja no de-
senvolvimento e treinamento de algo-
rítimos de inteligência artificial de reco-
nhecimento facial.
Talvez você não se importe com o
uso dos seus dados e isso é um direito
seu.
Porém, a intenção deste texto é
conscientizar às pessoas que nem mes-
mo no mundo digital existe "almoço
grátis", ou seja, no mundo dos dados,
se algo é "gratuito", então o produto é o
próprio usuário. N
Por Marcílio Guedes Drummond
Advogado, Palestrante, Professor,
Produtor de conteúdo jurídico.
CNI apoia manifestação de Comendadores
da SST Norminha, 18/07/2018
Em junho, o colegiado dos Comenda-
dores de Honra da SST enviou manifes-
tação sobre as NRs ao Ministro da Eco-
nomia com conhecimento à CNI (Con-
federação Nacional da Indústria).
Mediante à posição dos Comenda-
dores, o Presidente da CNI, Robson
Braga de Andrade, prestou as seguintes
declarações:
“Em nome da Confederação Nacio-
nal da Indústria (CNI), agradecemos o
envio de cópia da correspondência em
referência, na qual esse colegiado ex-
pressa preocupações cm relação à pre-
sente revisão das Normas Regulamen-
tadoras. (Clique abaixo e adquire o seu)
Informamos que todas as nossas
sugestões apresentadas nas revisões
das NRs encontram-se totalmente ali-
nhadas com a preservação da intransi-
gível segurança e saúde dos trabalha-
dores, garantindo a prevenção de qual-
quer incidente que possa ocorrer du-
rante a execução do trabalho, sem já-
mais transcender direitos ou normas.
A modernização e a desburocratiza-
ção desejada pela sociedade são, tam-
bém, fundamentais para as normas re-
gulamentadoras de segurança e saúde
do trabalho, desde que resguardados os
direitos e a segurança dos trabalha-
dores, para que possam acompanhar o
desenvolvimento e as novas tecnolo-
gias.
Com a revisão das NRs, espera-se
equilibrar a irrenunciável segurança e
saúde do empregado junto à desburo-
cratização e à simplificação dos pro-
cessos envolvidos na análise e na a-
plicação dos cumprimentos das nor-
mas.
A CNI preza pela qualidade e pela in-
tegridade da vida e do trabalho dos em-
pregados, respeitando, com primazia,
os dispositivos contemplados na Cons-
tituição Federal, na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) e nas Conven-
ções Internacionais”. N
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 01/12
domingos e feriados, sem necessidade
de permissão prévia do poder público.
Por fim, a matéria acaba com a obriga-
toriedade das Comissões Internas de
Prevenção de Acidentes (CIPAs) em si-
tuações específicas. O deputado Enio
Verri (PT-PR) criticou esses pontos do
texto.
- Não creio que o liberalismo eco-
nômico seja a saída para as grandes
crises que vivemos. O incentivo a micro
e pequenas empresas sem dúvida é um
avanço. Mas a medida provisória faz
uma nova reforma trabalhista. Na ver-
dade, tira-se mais direitos. Eu não en-
tendo como a micro e a pequena em-
presa vão crescer com uma população
desempregada e sem salário. Quem vai
comprar da micro e pequena empresa?
- questiona Verri.
O relator da matéria disse que é “in-
teiramente falso” o entendimento de
que a liberdade econômica reduz direi-
tos. Para Jeronimo Goergen, a MP 881/
2019 não ameaça os trabalhadores.
- O Estado deve abrir caminho para
as liberdades econômicas e a iniciativa
privada, sem que isso signifique receio
à proteção de direitos coletivos, difusos
e individuais homogêneos. É, ao con-
trário, o aumento da proteção às liber-
dades econômicas, à livre iniciativa. É
plenamente possível um jogo de ganha-
ganha, em favor tanto das liberdades e-
conômicas como da manutenção do a-
tual nível de proteção. A medida provi-
sória aumenta a proteção às liberdades
econômicas às custas do agigantamen-
to do Estado - disse.
A medida provisória perde a valida-
de no dia 10 de setembro, caso não seja
votada pelas duas Casas do Congresso
até essa data.
N
Agência Senado (Reprodução
autorizada mediante citação da
Agência Senado)
Aprovada MP da Liberdade Econômica, com regras trabalhistas e fim do eSocial
Página 02/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 02/12
Dia Nacional de Prevenção de Acidentes e Doenças do Trabalho
no Paraná
souro Nacional. O ex-presidente Michel
Temer já havia tentado extinguir o FSB
por meio da MP 830/2018, mas o dis-
positivo foi rejeitado no Parlamento. Em
maio de 2018, o patrimônio do fundo
somava R$ 27 bilhões.
Fim do eSocial
A MP 881/2019 recebeu 301 emen-
das. O deputado Jeronimo Goergen a-
colheu 126 delas, integral ou parcial-
mente. O relator incluiu um dispositivo
para acabar com o Sistema de Escri-
turação Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSo-
cial). O sistema tem como objetivo uni-
ficar o pagamento de obrigações fis-
cais, previdenciárias e trabalhistas.
Para Goergen, “as empresas estão
sendo obrigadas a fazer um enorme in-
vestimento” para atender ao eSocial.
Mas não são dispensadas de outras o-
brigações como a Declaração do Im-
posto de Renda Retido na Fonte (Dirf),
a Relação Anual de Informações Sociais
(Rais), o Sistema Empresa de Recolhi-
mento do FGTS e Informações à Previ-
dência Social (Sefip) e o Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Ca-
ged).
O texto prevê ainda a prevalência do
contrato sobre o direito empresarial em
situações de insegurança jurídica e for-
mas alternativas de solução de conflito
em sociedades anônimas. Em outra
frente, o relator sugere a criação dos
chamados sandboxes — áreas sujeitas
a regimes jurídicos diferenciados, como
zonas francas não-tributárias definidas
por estados e Distrito Federal.
Transportadoras
A MP 881/2019 anistia multas apli-
cadas a transportadoras que descum-
priram a primeira tabela de frete fixada
pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), em 2018. O deputa-
do Jeronimo Goergen prevê ainda a cri-
ação do Documento Eletrônico de
Transporte (DT-e) para eliminar 13 dos
30 documentos associados às opera-
ções de transportes de cargas e de pas-
sageiros no Brasil.
O texto prevê autonomia privada nos
contratos agrários, atualmente regula-
dos pelo Estatuto da Terra (Lei 4.504,
de 1964). Para o relator, “o dirigismo
estatal tira das partes a livre mani-
festação de vontade e cria restrições no
uso da propriedade”. Jeronimo Goer-
gen propõe ainda a extinção do livro
caixa digital para produtores rurais, o
que ele classifica como “uma burocra-
cia desnecessária”. O relator também
incluiu no texto medidas para desburo-
cratizar a liberação do financiamento de
imóveis.
Legislação trabalhista
A MP 881/2019 altera diversos pon-
tos da Consolidação das Leis do Traba-
lho (Decreto-Lei 5.452, de 1943). O tex-
to prevê, por exemplo, que a legislação
trabalhista só será aplicada em benefí-
cio de empregados que recebam até 30
salários mínimos. A medida provisória
também prevê a adoção da carteira de
trabalho digital e autoriza o trabalho aos
Norminha, 18/07/2019
A comissão mista que analisa a medida
provisória (MP) 881/2019 aprovou no
último dia 11 de julho o relatório do de-
putado Jeronimo Goergen (PP-RS). O
texto estabelece garantias para o livre
mercado, prevê imunidade burocrática
para startups e extingue o Fundo Sobe-
rano do Brasil. O projeto de lei de con-
versão (aprovado quando uma MP é
modificada no Congresso) precisa pas-
sar pelos Plenários da Câmara e do Se-
nado antes de ir para a sanção do pre-
sidente da República. A comissão mista
é presidida pelo senador Dário Berger
(MDB-SC).
A medida provisória institui a Decla-
ração de Direitos de Liberdade Econô-
mica. De acordo com o Poder Executi-
vo, o texto tem como objetivos recu-
perar a economia, garantir investimen-
tos em educação e tecnologia, possibi-
litar a desestatização e resolver ques-
tões concretas de segurança jurídica.
A MP 881/2019 libera pessoas físi-
cas e empresas para desenvolver ne-
gócios considerados de baixo risco. Es-
tados, Distrito Federal e municípios de-
vem definir quais atividades econômi-
cas poderão contar com a dispensa to-
tal de atos de liberação como licenças,
autorizações, inscrições, registros ou
alvarás. De acordo com o texto, essas
atividades econômicas poderão ser de-
senvolvidas em qualquer horário ou dia
da semana, desde que respeitem nor-
mas de direito de vizinhança, não cau-
sem danos ao meio ambiente, não ge-
rem poluição sonora e não perturbem o
sossego da população.
De acordo com o texto, a adminis-
tração pública deve cumprir prazos para
responder aos pedidos de autorização
feitos pelos cidadãos. Caso o prazo má-
ximo informado no momento da solici-
tação não seja respeitado, a aprovação
do pedido será tácita. Cada órgão defi-
nirá individualmente seus prazos, limi-
tados ao que for estabelecido em de-
creto presidencial. A MP também equi-
para documentos em meio digital a do-
cumentos físicos, tanto para compro-
vação de direitos quanto para realização
de atos públicos.
A MP 881/2019 prevê imunidade
burocrática para o desenvolvimento de
novos produtos e serviços e para a cria-
ção de startups - empresas em estágio
inicial que buscam inovação. Poderão
ser realizados testes para grupos priva-
dos e restritos, desde que não se colo-
que em risco a saúde ou a segurança
pública. O texto também autoriza que a
Comissão de Valores Mobiliários (CV
M) reduza exigências para permitir a
entrada dos pequenos e médios empre-
endedores no mercado de capitais. A
ideia é que empresas brasileiras não
precisem abrir seu capital no exterior,
onde encontram menos burocracia.
A matéria extingue o Fundo Sobera-
no do Brasil (FSB), criado em 2008 co-
mo uma espécie de poupança para tem-
pos de crise. Os recursos hoje deposi-
tados no FSB serão direcionados ao Te
Norminha, 18/07/2019
No dia 27 de julho é celebrado o Dia
Nacional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho. A data é símbolo da luta dos
trabalhadores brasileiros por melhorias
nas condições de saúde e segurança no
trabalho. O dia comemorativo propõe
uma reflexão sobre como os ambientes
e processos de trabalho podem deter-
minar tanto a saúde quanto os acidentes
e o adoecimento dos trabalhadores.
Mais ainda, evidencia a necessidade de
adoção de medidas e ações preventivas
para mudar o atual cenário de morbi-
mortalidade dos trabalhadores no Bra-
sil.
Os dados de doenças e acidentes re-
lacionados ao trabalho apontam núme-
ros relevantes de registros. O Brasil é o
quinto país do mundo com o maior nú-
mero de ocorrências de acidentes do
Trabalho, aproximadamente 730 mil a-
cidentes de trabalho/ano, média de
2020 por dia e 84 a cada hora.
O evento é uma promoção da Funda-
centro, Ministério Público do Trabalho
e SESI. O Seminário será realizado no
dia 25 de julho de 2019, a partir das
13h30 no Auditório do Ministério Pú-
blico do Trabalho, Rua Vicente Macha-
do, 84 em Curitiba (PR).
As palestras a serem apresentadas
serão:
“A Industria 4.0 e os Acidentes no
Trabalho”. Panorama dos Acidentes no
Trabalho no Brasil; Os acidentes com
Máquinas e Equipamentos; As Novas
tecnologias na Indústria 4.0 – Robots,
Cobots, Exoesqueletos, Drones e Veícu
los não tripulados; Legislação aplicável
para as novas tecnologias; Pontos de a-
tenção para as novas tecnologias e os
riscos de acidentes.
Palestrantes: Bruno Caruso Bilbao
Adad – Engenheiro de Produção e de
segurança do Trabalho; Especialista em
Ergonomia Industrial; Auditor e Consul-
tor de NR12; Luiz Orlando Silva Rocha
- Mecatrônico; Especialista em Ergono-
mia Industrial; Auditor e Consultor.
“Tecnologia e o Impacto à Saúde
dos Trabalhadores”. Fetiche da tecnolo-
gia e seu avanço no mundo do trabalho;
Tecnologia e a promessa do “fim do tra-
balho”; Uso da tecnologia no controle
da força de trabalho; Uso da tecnologia
no desempoderamento do trabalhador;
Uso da tecnologia na intensificação do
trabalho; Tecnologia e impactos na saú-
de do trabalhador.
Palestrante: Elver Andrade Moronte
– Médico do Trabalho.
Informações: 41 3313-5200
Inscrições gratuitas e limitadas:
http://www.fundacentro.gov.br/cursos-e-
eventos/proximos-eventos?L=5&Rp=10 N
Curso de Higiene Ocupacional
imperdível em Araçatuba (SP)
Acesse!
Os Riscos do Falso Atestado Médico
Pretendendo mascarar uma falta sem
justificativa, o empregado apresenta na
empresa um atestado médico falso. O-
corre que, tal prática é crime e as pena-
lidades estão na esfera trabalhista e pe-
nal.
Como descobrir se um atestado é
falso? O ônus da prova (ou seja, quem
deve provar) nesses casos é do empre-
gador. Portanto, este deve observar os
seguintes pontos quando lhe é apre-
sentado um atestado médico:
Papel timbrado; Data e hora do a-
tendimento; Nome completo do colabo-
rador; Motivo da ausência; Nome do
médico de forma legível; Assinatura do
médico; CRM;
Vale lembrar que o Tribunal Supe-
rior do Trabalho considera ilegal a exi-
gência do CID no atestado médico.
Descoberta a fraude, o empregado
poderá ser demitido por justa causa,
pela prática de improbidade e mau pro-
cedimento (artigo 482 da CLT) e ainda
responder na esfera penal. N
Brasil da Fundacentro do
DF é homenageado
com medalha dos Três Heróis da
Pátria
Ato foi em reconhecimento pela luta
por uma cultura de prevenção
Norminha, 18/07/2019 Por Fundacentro/ACS - Alexandra Rinaldi
O tecnologista e servidor da Funda-
centro (Centro Regional do Distrito Fe-
deral), Luiz Augusto Damasceno Brasil,
foi homenageado com a comenda e a
medalha dos Três Heróis da Pátria.
A homenagem aconteceu no dia 9 de
julho, durante a reunião da comissão
organizadora do XXIX Seminário de
Promoção da SST do DF, ocasião em
que o presidente da Academia Brasilei-
ra de Ciências, Artes, História e Litera-
tura, Antonio Santana fez a entrega da
comenda e da medalha.
O servidor diz que foi uma grande
surpresa receber a comenda e a meda-
lha dos Três Heróis da Pátria e uma
grande honra e emoção ter passado por
este momento. “Essa homenagem foi
um reconhecimento pela perseverança,
persistência e esperança, na luta por
uma cultura de prevenção de acidentes
e doenças decorrentes do trabalho”, en-
fatiza Brasil.
Os Três Heróis da Pátria foram co-
nhecidos por lutarem bravamente con-
tra uma companhia alemã durante a Se-
gunda Guerra Mundial, em abril/1945.
Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baê-
ta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Sou-
za serviram o 11.º Regimento de Infan-
taria Expedicionário e morreram como
heróis em Montese, Itália, além de re-
ceberem as honras especiais do exerci-
to alemão. N
SINDALCO fecha acordo com
usinas do grupo Raízen
Norminha, 18/07/2019 Por Priscila Rigon - Jornalista
Após um grande entrave com o setor
patronal dificultando as negociações e
propondo um reajuste abaixo do espe-
rado, foi assinado o Acordo Coletivo de
Trabalho do Setor do Etanol 2019/2020
entre o SINDALCO – Sindicato dos Tra-
balhadores nas Indústrias Químicas,
Farmacêuticas e da Fabricação do Álco-
ol, Etanol, Bioetanol e Biocombustível
de Araçatuba e Região - SP e as empre-
sas do grupo Raízen Energia S/A (Filiais
Benálcool, Destivale, Mundial, Univa-
lem).
Ficou estabelecido que o salário
normativo (piso salarial) da categoria
passa a ser de R$ 1.365,91 a partir de
01 de maio de 2019. Para as demais fai-
xas salariais, a correção salarial, a partir
de 01/05/2019, será de 4% (quatro por
cento). Todos acordos www.sindalco-ata.org.br
Nas demais cláusulas houve a ma-
nutenção conforme o texto do Acordo
Coletivo de Trabalho anterior, o que foi
considerado uma grande conquista,
uma vez que o setor patronal tinha o
intuito de retirar cláusulas importantes
para os trabalhadores conquistadas an-
teriormente após duras negociações.
Os pagamentos dos salários dos tra-
balhadores já virão reajustados a partir
do próximo pagamento, assim como as
diferenças dos meses de maio e junho.
O Acordo Coletivo de Trabalho da
Categoria é a garantia de que os direitos
dos trabalhadores terão que ser respei-
tados. Com ele em mãos, o trabalhador
se sente mais fortalecido para exigir o
cumprimento do mesmo.
Com a assinatura do acordo com o
grupo Raízen o SINDALCO conclui a
negociação do setor do etanol com to-
das as usinas representadas, uma vez
que o acordo com as demais usinas já
havia sido assinado anteriormente. N
Como os EPIs para Altas Temperaturas ajudam no conforto
térmico dos colaboradores
Página 03/12 - Norminha - Nº 528 – 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 03/12
Primeiramente, é preciso entender
que o conforto térmico vem a partir do
uso de equipamentos de proteção ade-
quados e do atendimento das exigên-
cias das Normas Regulamentadoras.
Com base nisso, podemos estabelecer
algumas medidas de controle, que são:
Diminuição do esforço físico
Minimize a quantidade de esforço fí-
sico realizada por seus colaboradores,
a fim de reduzir a taxa de metabolismo
gerada durante a prática das atividades.
Para isso, é necessário adotar equipa-
mentos que auxiliem na execução ou
automatize o processo, como o uso de
esteiras e maquinários.
Ambientes climatizados
Manter o ambiente resfriado ajuda a
reduzir a temperatura e as trocas de ca-
lor do corpo com o ambiente. Deve-se
adotar o uso de refrigeradores e ar-con-
dicionados a fim de auxiliar na ventila-
ção do ambiente.
Proteção dos colaboradores
É preciso utilizar barreiras que pos-
sam absorver ou refletir as substâncias
danosas ao corpo como a utilização de
EPIs adequados para cada tipo de ser-
viço.
Dessa forma, em se tratando de con-
forto térmico, é indiscutível a necessi-
dade de fazer uso dos EPIs durante a ex-
posição do colaborador a Altas Tempe-
raturas. Negligenciar a disponibilidade
desses equipamentos pode levar a aci-
dentes de trabalho e a consequências
irreparáveis à saúde do colaborador.
Alguns dos principais EPIs utiliza-
dos como meios protecionistas e que
auxiliam a minimização dos riscos a Al-
tas Temperaturas são:
Vestimentas adequadas
Balaclavas, Calça Aluminizada, bo-
tas de couro, Luva para Alta Tempera-
tura Cano Longo.
Proteção facial
Óculos infravermelhos, óculos ultra-
violetas, Capuz Aluminizado, Capuz
Forneiro.
N
SUPREMA
Norminha, 18/-7/2019
Inúmeros fatores influenciam o nível de
conforto térmico dos colaboradores no
seu ambiente de trabalho, como o uso
de Equipamentos de Proteção Indivi-
dual (EPIs) que, por lei, devem fazer
parte do cotidiano dessas pessoas. As
exigências das Normas Regulamenta-
doras (NRs), por exemplo, que atual-
mente somam-se em 36 NRs válidas
para empresas públicas e privadas,
buscam garantir esse conforto e devem
ser atendidas pelos empregadores. Es-
ses fatores contribuem para a qualifica-
ção das condições de trabalho e o grau
de importância atribuído à segurança
interna da empresa.
Alguns parâmetros devem ser leva-
dos em consideração no momento de
selecionar quais EPIs são os mais ade-
quados na realização da função do co-
laborador. Em se tratando de conforto
térmico, deve-se preocupar com a inte-
gridade física – temperatura corporal e
umidade do ar; fisiológica – reações
corporais internas pós-exposição; e
psicológica – saúde mental.
Após a percepção desses parâme-
tros, é possível traçar um padrão de
conforto para todos os colaboradores
que possuam algum tipo de contato
com Altas Temperaturas e assegurá-lo
durante a execução de seu trabalho. Pa-
ra isso, é importante que a empresa
possua um Setor de Segurança do Tra-
balho que possa desempenhar, identi-
ficar e implementar estratégias visando
evitar possíveis riscos aos colaborado-
res.
Porém, infelizmente não há como ter
certeza quanto à dimensão e à magni-
tude da periculosidade dos riscos que
podem acontecer. Entretanto, a partir de
uma análise dos fatores, é possível ori-
entar as pessoas sobre como devem a-
gir nessas situações e quais as ferra-
mentas auxiliares.
Vamos agora aprender um pouco
sobre quais medidas devem ser toma-
das em casos de exposição a Altas
Temperaturas.
Preconceito com menstruação
ameaça trabalho e saúde de mulheres
na Índia Norminha, 18/07/2019
O filme Absorvendo o Tabu, que ganhou
o Oscar de Melhor Documentário Curta-
Metragem neste ano, mostrou como
mulheres indianas lutam para superar
preconceitos ligados à menstruação.
Por lá, são muitas as mulheres – jovens
e adultas – que sequer têm acesso a ab-
sorventes. Várias deixam de estudar e
trabalhar por causa de um simples pro-
cesso biológico de seus corpos.
Uma reportagem da BBC publicada
neste 8 de julho, traz mais detalhes des-
sa dura realidade. Segundo o jornal bri-
tânico, em um estado do oeste da Índia,
centenas de mulheres estão passando
por cirurgia para retirar o útero. O moti-
vo? Conseguir trabalho na colheita de
cana-de-açúcar.
A região é uma espécie de “cinturão
da cana” no país, e todo ano há um fluxo
grande de pessoas que migram para lá.
Mas as mulheres são preteridas dos
postos de trabalho simplesmente por-
que menstruam.
Não bastassem as condições precá-
rias, elas ainda sofrem preconceito por-
que, segundo os patrões, podem faltar
um ou dois dias por mês devido à
menstruação. De acordo com a BBC, as
pessoas dormem em tendas próximas
aos campos de colheita, e não têm a-
cesso a banheiros.
Muitas mulheres acabam tendo pro-
blemas de saúde íntima, como infec-
ções, e são estimuladas a remover o ú-
tero – na maior parte das vezes, sem ne-
cessidade. À BCC, algumas relataram
que, após a cirurgia, passaram a sentir
dores constantes nas costas, no pes-
coço e nos joelhos; além de tontura e di-
ficuldade de locomoção. Várias deixam
de trabalhar.
O ministro da saúde indiano, Eknath
Shinde, disse que 4.605 histerectomias
(remoção do útero) foram feitas nos úl-
timos três anos só na cidade de Beed,
localizada na região da cana. Segundo o
ministro, o governo montou um comitê
para analisar os casos.
Indianas que trabalham em uma em-
presa bilionária do setor de vestuário no
sul do país relataram que, quando estão
com cólica, os patrões dão remédios de
procedência duvidosa para elas. N
(Fonte: Galileu)
LER e DORT são as doenças que mais acometem os trabalhadores
Leis que proíbem uso de canudos plásticos não resolvem problemas
que afetam o meio ambiente
Página 04/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 04/12
Norminha, 18/07/2019
Ao sancionarem as leis que proíbem o
comércio de distribuir canudos plásti-
cos para o consumo de bebidas em São
Paulo, o prefeito Bruno Covas e o go-
vernador João Doria, suscitaram muitas
questões que envolvem o universo dos
resíduos plásticos, tema que ganhou
uma dimensão ambiental significativa
nos últimos tempos. O ato do prefeito
Covas, confirmado dia 25 de junho, por
exemplo, consolida o projeto de lei a-
provado pela Câmara Municipal em a-
bril. A proibição do fornecimento dos
canudinhos plásticos abrange estabele-
cimentos comerciais como hotéis, res-
taurantes, bares, padarias, clubes no-
turnos, salões de dança e eventos musi-
cais de qualquer espécie. Está liberado
uso de canudos em papel reciclável,
material comestível ou biodegradável,
embalados individualmente em envelo-
pes hermeticamente fechados feitos do
mesmo material.
Conforme a lei, será dada advertên-
cia aos estabelecimentos que descum-
prirem pela primeira vez e multa a partir
da 2ª autuação, no valor de R$ 1 mil, de-
pois no dobro do valor da primeira au-
tuação, e assim sucessivamente até a 6ª
autuação, que estabelece multa no valor
de R$ 8 mil. Está previsto o fechamento
administrativo do estabelecimento na 6ª
autuação Segundo Covas, a Prefeitura
tem, a partir da sanção da lei, 180 dias
para a regulamentar a proibição. A regu-
lamentação irá definir exceções à proi-
bição (como pessoas com deficiência
que precisam de canudos plásticos para
sugar líquidos), e como serão feitas as
fiscalizações. Para Covas a aprovação
da medida tem mais “um efeito pedagó-
gico” do que uma “medida punitiva”, e
que a própria população será a maior
fiscal do cumprimento da lei.
Já a lei promulgada pelo governador
Doria, entrou em vigor dia 13 de julho e
informa que o estabelecimento comer-
cial que fornecer o material está sujeito
a uma multa de R$ 530 a R$ 5.306, po-
dendo ser aplicado em dobro em caso
Dr. Roberto quer ser Rico, mas não quer enriquecer
Norminha, 18/07/2019
Dr. Roberto quer ser rico, mas não quer
enriquecer.
Dra. Joana quer ser calma, mas não
quer conciliar.
Dr. Paulo quer ser livre, mas não
quer desapegar.
Maria quer amar e ser amada, mas
não quer perdoar.
Como zumbis, tentamos nos con-
vencer de que os projetos que fracas-
sam em nossas vidas resultam de falta
de sorte ou ameaças externas, e ignora-
mos o quanto contribuímos para que
eles não "dêem certo". Queremos co-
lher sem semear.
A mudança que desejamos está na
cama que não arrumamos, nos docu-
mentos que não digitalizamos, na pro-
posta que não enviamos, na ligação que
não retornamos, no email que não res-
pondemos, na panela que não fecha-
mos, no lixo que acumulamos, nas NFs
que não descartamos, nas roupas que
não doamos, no leite condensado que
compramos, na mesa com quem senta-
mos, no copo que não lavamos, no ulti-
mo pedaço de bolo que comemos sem
considerar mais alguém, no check-up
que adiamos, no agradecimento que o-
mitimos, na ajuda que negamos pedir
ou receber, na conversa que evitamos...
A grande mudança está nas peque-
nas coisas e não na linha de chegada.
Mas é tão familiar começar e parar,
chegar bem perto e desistir, contar his-
tórias sobre inimigos externos, socie-
dades secretas que tentam derrubar
nossos planos, políticos corruptos,
buscar novos cursos, novas pós-gra-
duações, ou um novo kit de petições.. e
se nada disso convencer a nós e aos
outros de que devemos parar, coloca-
mos a desistência na conta da depres-
são ou TPM, afinal, essas ninguém
contesta.
Depressão é uma doença, e como
tal, deve ser tratada. Ela não pode ser
uma desculpa para mentes cheias de
projetos QUE NÃO VEM DO CORAÇÃO,
justificarem suas incoerências.
Pior do que não sonhar, É SONHAR
COM O QUE NÃO SE QUER DE VERDA-
DE.
Quem sonha com o que se quer de
CORAÇÃO, se dedica com toda sua al-
ma para chegar na vivência do seu de-
sejo, porque é isso que ele é, não há
como ser diferente.
Mas quem SONHA COM O QUE SE
DEVE SONHAR porque aprendeu com
alguém que ama, que deveria seguir por
um caminho específico, vai passar anos
à fio só COLECIONANDO DESCULPAS
para justificar o insucesso dos projetos,
que na realidade, NÃO DESEJOU DE
CORAÇÃO, NÃO MESMO.
A FORÇA vem da VONTADE e a
VON-TADE vem do CORAÇÃO.
O que você realmente quer? N
Thaiza Vitoria http://thaizavitoria.com.br/
TEMOS VAGAS! 18 99765-2705
Norminha, 18/07/2019
Levantamento do Ministério da Saúde
mostra que, em 10 anos, as duas do-
enças representam 67.599 casos entre
os trabalhadores do país. Índice au-
mentou 184% no mesmo período.
As Lesões por Esforços Repetitivos
(LER) e os Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT) são
as doenças que mais afetam os traba-
lhadores brasileiros. A constatação é do
estudo Saúde Brasil 2018, do Minis-
tério da Saúde. Utilizando dados do
Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan), o levantamento a-
ponta que, entre os anos de 2007 e
2016, 67.599 casos de LER/Dort foram
notificados à pasta. Neste período, o
total de registros cresceu 184%, pas-
sando de 3.212 casos, em 2007, para
9.122 em 2016. Tanto o volume quanto
o aumento nos casos nesse período si-
nalizam alerta em relação à saúde dos
trabalhadores.
Os dados, que constam no capítulo
‘Panorama de Doenças Crônicas Rela-
cionadas ao Trabalho no Brasil’, indi-
cam aumento na exposição de trabalha-
dores a fatores de risco, que podem o-
casionar incapacidade funcional. O es-
tudo apontou, também, que esses pro-
blemas foram mais recorrentes em tra-
balhadores do sexo feminino (51,7%),
entre 40 e 49 anos (33,6%), e em in-
divíduos com ensino médio completo
(32,7%). A região que registrou o maior
número de casos foi o Sudeste, com
58,4% do total de notificações do país
no período. Em 2016, os estados que
apresentaram os maiores coeficientes
de incidência foram Mato Grosso do
Sul, São Paulo e Amazonas.
Já quando falamos nos setores ocu-
pacionais, a ocorrência de LER e DORT
foi maior nos profissionais que atuam
nos setores da indústria, comércio, ali-
mentação, transporte e serviços do-
mésticos/limpeza. Nas profissões; os
faxineiros, operadores de máquinas fi-
xas, os alimentadores de linhas de pro-
dução e os cozinheiros foram os mais
atingidos com algum desses problemas
de saúde no trabalho.
A LER e o DORT são danos decor-
rentes da utilização excessiva do siste-
ma que movimenta o esqueleto humano
e da falta de tempo para recuperação.
Caracterizam-se pela ocorrência de vá-
rios sintomas, de aparecimento quase
sempre em estágio avançado, que ocor-
rem geralmente nos membros superio-
res, tais como dor, sensação de peso e
fadiga. Algumas das principais, que a-
cometem os trabalhadores, são as le-
sões no ombro e as inflamações em ar-
ticulações e nos tecidos que cobrem os
tendões.
Essas doenças são relacionadas ao
trabalho e podem prejudicar a produti-
vidade laboral, a participação na força
de trabalho e o comprometimento fi-
nanceiro e da posição alcançada pelo
trabalhador. Além disso, elas são res-
ponsáveis pela maior parte dos afasta-
mentos do trabalho e representam cus-
tos com pagamentos de indenizações,
tratamentos e processos de reintegra-
ção à ocupação.
Para prevenir agravos como esses, o
Ministério da Saúde recomenda aos
empregadores atenção à Norma Regu-
lamentadora 17, que estabelece parâ-
metros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho efi-
ciente. Também, é importante que os
empregadores promovam ações de e-
ducação em saúde aos trabalhadores
em conjunto com os Centros de Refe-
rência em Saúde do Trabalhador (CE-
REST) de cada região.
Saiba onde estão localizados os CE-
REST estaduais
Os CEREST compõem a Rede Nacio-
nal de Atenção Integral à Saúde do Tra-
balhador (RENAST), implementada de
forma articulada entre o Ministério da
Saúde, as Secretarias de Saúde dos Es-
tados, do Distrito Federal e dos muni-
cípios, com o envolvimento de órgãos
de outros setores dessas esferas. A RE-
NAST integra a rede de serviços do
SUS, voltados à promoção, à assistên-
cia e à vigilância, para o desenvolvi-
mento das ações de Saúde do Trabalha-
dor.
Os empregados, também, possuem
participação essencial nesse fluxo. A
realização de ginástica laboral no local
de trabalho, a criação de hábitos de
pausas regulares durante o período de
trabalho, a realização regular dos movi-
mentos corporais, evitar horas extras e
sobrecarga mental e a utilização de mo-
biliários ergonômicos são medidas que
podem contribuir para o não surgimen-
to destas e outras doenças.
Por fim, a qualquer sinal de dores, o
trabalhador deve procurar um médico
especialista. É fundamental agir tam-
bém nas causas, com base nos limites
físicos e psicossociais do trabalhador.N
Fonte: Ministério da Saúde
de reincidência.
Canudos de plásticos são os vilões?
A iniciativa, ao menos tem contribuí-
do para uma importante reflexão: os ca-
nudos de plástico são mesmo os gran-
des vilões do meio ambiente? Renato
Paquet, diretor presidente de Clean-
techs da Associação Brasileira de Star-
tups e fundador da Polen, uma startup
de sustentabilidade que transforma re-
síduos em matéria-prima, avalia que na
medida em que cresce a população,
cresce também o consumo e, conse-
quentemente, os impactos ambientais
oriundos tanto da nossa maior veloci-
dade ao consumir quanto da ausência
de infraestrutura para a reciclagem dos
resíduos em todo País. Conforme ele,
tal fato deveria levar a todos nós, consu-
midores, a refletir naturalmente o as-
pecto mais básico desta cadeia: o que
acontece com o resíduo que descarta-
mos? Existe possibilidade de reduzir o
impacto do nosso consumo ou precisa-
mos de fato consumir menos? “A au-
sência desta reflexão nas esferas – pú-
blica, privada e na sociedade civil -, tem
criado um ambiente perigoso para to-
dos nós, a proibição de produtos e ma-
teriais sem a devida análise”, diz.
Ele lembra que em julho de 2018 foi
o Rio de Janeiro, depois duas novas ca-
pitais: Teresina e, agora, São Paulo; re-
solveram aderir à onda proibitiva. Pa-
quet avalia que as aprovações da lei que
proíbe o fornecimento de canudos em
estabelecimentos comerciais é um re-
flexo da atual demonização do plástico
sem a devida reflexão sobre a nossa
responsabilidade enquanto consumido-
res pelo modo que o utilizamos e des-
cartamos. “A iniciativa da proibição po-
derá ter um efeito contrário ao que te-
oricamente se propõe, caso não haja
uma educação ambiental adequada da
população e a ampliação dos projetos
de coleta seletiva”, aponta.
Continue lendo esta reportagem no
Canal Ecowords:
(www.ecowords.com.br N
Estado de SP proíbe fornecimento de canudo de plástico
Norma foi publicada no último dia 17 de julho no Diário Oficial do estado
Página 05/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 05/12
Norminha, 18/07/2019
Canudos confeccionados em material
plástico estão proibidos, desde o dia 13
de julho de 2019, em todo o estado de
São Paulo. De acordo com a norma, pu-
blicada na edição do último sábado do
Diário Oficial do estado, fica proibido o
fornecimento do produto em hotéis,
restaurantes, bares, padarias, clubes
noturnos, salões de dança e eventos
musicais de qualquer espécie, entre ou-
ros estabelecimentos comerciais.
Ainda segundo a legislação, os ca-
nudos plásticos devem ser substituídos
por canudos de papel reciclável, mate-
rial comestível ou biodegradável, emba-
lados individualmente em envelopes
hermeticamente fechados feitos do
mesmo material. Em caso de descum-
primento, o estabelecimento comercial
poderá ser multado, sendo que o valor
cobrado poderá ser o dobro em casos
de reincidência.
Entenda
"O canudo plástico é um dos maio-
res problemas ecológicos contemporâ-
neos. Se cada brasileiro utilizar um ca-
nudo plástico por dia, em um ano, se-
rão consumidos 75.219.722.680 canu-
dos. Pesquisas mostram que mais de
95% do lixo nas praias brasileiras é de
material plástico. E, assim como outros
resíduos, todo esse material acaba in-
vadindo o mar, prejudicando o habitat
natural e a saúde dos animais que, com
muita frequência, morrem por ingestão
desse plástico descartado pelos huma-
nos", afirmou o deputado estadual Ro-
gério Nogueira (DEM), autor do projeto
de lei que trata do assunto.
Na capital paulista, a lei que proíbe
o forncimento de canudos de plástico
está em vigor desde junho, mas com
prazo de regulamentação de 180 dias.N
Agência Brasil
Norminha, 18/07/2019
A Friboi, unidade de negócios de carne
bovina da JBS, informou no último dia
12 de julho que assinou um acordo
com a Liga do Araguaia para promover
e intensificar o desenvolvimento da pe-
cuária sustentável na região do Médio
Vale do Araguaia, localizada no estado
de Mato Grosso, auxiliando os produ-
tores locais.
No projeto, chamado Rebanho Ara-
guaia, a Liga faz a organização dos pe-
cuaristas, enquanto a Friboi oferece au-
xílio financeiro para a contratação de
consultorias de gestão e para a intensi-
ficação das suas pastagens, garantindo
melhor produtividade e contribuindo
para a preservação do bioma local.
Com isso, os pecuaristas passam a
ter melhores condições para investir
nas suas produções, aumentam seus
indicadores de produtividade, melho-
ram a qualidade dos seus animais e,
principalmente, colaboram com a sus-
tentabilidade.
A parceria veio para fortalecer a pro-
dução de carne sustentável no Cerrado
e para atender à demanda de players re-
levantes que buscam uma compra cada
vez mais responsável. O objetivo é
transformar a região, uma das princi-
pais produtoras de gado do país e que
conta com cerca de 60 produtores as-
sociados à Liga, em um parâmetro glo-
bal de boas práticas. Juntos, esses Pe-
Universidade do Hambúrguer do Mc
Donald’s, na Grande São Paulo, na se-
mana passada. O evento reuniu lideran-
ças setoriais e empresariais do Brasil,
Argentina, Paraguai, Colômbia e Méxi-
co, todas diante do compromisso com
a evolução da pecuária sustentável.
O evento, que contou com patrocínio
da JBS, teve em sua programação me-
sas-redondas voltadas para a discus-
são da sustentabilidade na indústria da
carne bovina. Nesses painéis, as lide-
ranças presentes puderam trocar ideias
e informações sobre as melhores prá-
ticas para a preservação da biodiver-
sidade, o uso responsável de antibió-
ticos e as melhores técnicas para o se-
questro de carbono, entre outros as-
suntos importantes. N
CARNETEC
cuaristas ajudam a preservar uma área
de 150 mil hectares de pastagem.
Pensando nisso, a Liga do Araguaia
organizou, com apoio da Friboi, um Dia
de Campo na Fazenda Água Viva, que
tem a sua produção totalmente susten-
tável. O evento ocorreu nos últimos dias
6 e 7 de julho e serviu para apresentar a
executivos de empresas importantes,
como o McDonald’s, como a produção
na região do Cerrado pode ser reconhe-
cida pelas melhores práticas globais em
sustentabilidade.
O Médio Vale do Araguaia conta
com um grupo de pecuaristas organiza-
dos e inovadores, referência no país a
partir sua produção sustentável, segun-
do nota da Friboi. "Com a parceria com
a Liga do Araguaia, a Friboi tem a ga-
rantia da continuidade de um trabalho
sério e responsável na região, aliando
sustentabilidade, preservação e suces-
so produtivo aos fornecedores locais",
disse a unidade de negócios.
JBS na mesa-redonda regional
O projeto Rebanho Araguaia também
esteve na pauta do Latin America Sus-
tainable Beef Summit, que ocorreu na
Friboi assina acordo para promover pecuária sustentável em MT
Especialistas e alunos discutem "Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho" Em sua 12ª edição, a Coordenação de Educação da Fundacentro realiza mais um curso com aulas expositivas e relatos de casos inclusivos
Página 06/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 06/12
Norminha, 18/07/2019 Por Fundacentro/ACS - Debora Maria
Santos
“É importante destacar que é possível
as pessoas com deficiência trabalha-
rem, desde que ela seja treinada e ca-
pacitada e que a empresa dê recursos
para suprir a sua deficiência. Como e-
xemplo, colocar rampa na empresa, ba-
nheiro acessível e, sobretudo, é funda-
mental que os gestores foquem mais as
habilidades e competências desses
profissionais do que a própria deficiên-
cia”, salienta Eliane Vainer Loeff, coor-
denadora técnica do evento e servidora
da Fundacentro.
A fala da técnica da instituição vai ao
encontro do que é informado pela ar-
quiteta e mestre em Desenho Universal
pela Faculdade de Arquitetura e Urba-
nismo da Universidade de São Paulo,
Silvana Cambiaghi. Silvana ministrou a
sua aula neste mês e discorreu sobre a
importância de sinalizar e adaptar os
ambientes internos e externos.
A acessibilidade passa a ser concre-
tizada quando as empresas exercem a
inclusão social. Além disso, é necessá-
rio seguir a norma da Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas nº 9050/
2004, revisada em 2015, que informa
as diretrizes sobre acessibilidade a edi-
ficações, mobiliários adequados, espa-
ços e equipamentos.
A especialista, que tem sido docente
nas edições anteriores do curso da Fun-
dacentro, sempre destaca que outras a-
titudes também são fundamentais para
receber a pessoa com deficiência, tais
como vagas reservadas, catraca e bal-
cões adequados, portões ou botoeira a-
cessíveis, piso tátil dentro da edifica-
ção, sinalização em Braile, banheiro
universal e baias ergonômicas.
Inclusão na prática
Os alunos, compostos por agentes
públicos, profissionais de empresas,
dos Centros de Referência e Saúde do
Trabalhador (Cerest´s), da Superinten-
dência Regional do Trabalho (SRTe), do
Sistema Único de Saúde (SUS), tiveram
a oportunidade de visitar o Serasa Ex-
perian, uma empresa que realiza ações
que ampliem estratégia de inclusão e
diversidade no ambiente de trabalho.
Para eles, essa iniciativa garante um
ambiente mais saudável, inovador e
produtivo.
Segundo dados do Censo do Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) de 2010, no Brasil, há cerca de
45 milhões de pessoas com deficiência.
Destas, 31 milhões têm idade para in-
gressar no mercado de trabalho.
Porém, de acordo com a Relação A-
nual de Informações Sociais (RAIS) de
2017, aproximadamente, 440 mil estão
empregados, isto devido a Lei de Cotas,
artigo 93 da Lei Federal nº 8.213 de
1991, que completa 28 anos, no dia 24
de julho. Embora a lei trate da obriga-
toriedade a contratação de pessoas com
deficiência ou reabilitadas em empre-
sas com 100 ou mais empregados, ou
seja, até 200 empregados: cota de 2%;
de 201 a 500 empregados: cota de 3%;
de 501 a 1000 empregados: cota de 4%
e de 1001 em diante empregados: cota
de 5%, ainda muitos profissionais não
estão inseridos no mercado de traba-
lho.
O direito ao trabalho para a pessoa
com deficiência é garantido pela Cons-
tituição Federal e em tratados e normas
internacionais das Organizações Inter-
nacional do Trabalho (OIT) e das Na-
ções Unidas (ONU). Essas informações
também foram retratadas pelos especi-
alistas Carlos Aparício Clemente, Mari-
nalva Cruz, Márcia Regina Hipólito,
Thays Toyofuku, Rafael Públio e Aline
Morais.
Além deles, o médico sanitarista e
auditor fiscal do trabalho, José Carlos
do Carmo, ressalta a importância de se
olhar para as pessoas e não focar ape-
nas para a sua deficiência. Para José
Carlos, o laudo detalhado sobre a defi-
ciência feito pelos profissionais de saú-
de é imprescindível para facilitar a in-
clusão dos profissionais.
Isto porque o laudo médico, além de
permitir que a empresa enquadre-os na
Lei de Cotas, também possibilita o en-
caminhamento ao posto de trabalho
ideal para sua condição, bem como li-
mitações e necessidades de adaptação.
Essa singularidade é ressaltada na
aula da fisioterapeuta e especialista em
doença neuromuscular pela Universida-
de Federal de São Paulo (Unifesp),
Luana Talita Diniz Ferreira, que já esteve
este ano proferindo palestra no auditó-
rio da Fundacentro, sobre a Classifica-
ção Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde (CIF), modelo a-
dotado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS).
A CIF observa a saúde do indivíduo
de forma biopsicossocial, ou seja, inte-
gra todos os aspectos referentes às
condições de saúde, delineando o que
ele pode ou não desencadear no dia a
dia, que englobam as funções dos ór-
gãos ou sistemas e estruturas do corpo.
Luana Ferreira compara que o Códi-
go de Internacional de Doenças (CID)
tem como função mostrar a doenças, já
a CIF detalha o impacto que a doença
desencadeia na vida da pessoa. A ferra-
menta utilizada de forma mundial per-
mite planejar e reavaliar um diagnóstico
funcional.
As condições seguras e saudáveis
no ambiente de trabalho são fundamen-
tais para os trabalhadores de forma ge-
ral e todas as abordagens dos especia-
listas em sala de aula têm como princí-
pio relatar, trocar experiências e discu-
tir meios apropriados de saúde e segu-
rança no trabalho. No entanto, para re-
ceber as pessoas com deficiência é ne-
cessário atentar sobre as suas especifi-
cidades e integrar recursos humanos,
de segurança e saúde do trabalho para
que o profissional exerça a sua função
de forma plena e satisfatória. A psicó-
loga aposentada da Fundacentro (Cen-
tro Estadual do Rio de Janeiro) e co-
ordenadora técnica do curso, Myrian
Matsuo, explanou sobre o tema. N
Norminha, 18/07/2019
Já algum tempo, o debate e ações
relacionadas ao tema Diversidade e In-
clusão (D&I) têm se intensificado na
Santa Vitória Açúcar e Álcool (SVAA),
buscando transformar o ambiente de
trabalho em um local ainda mais inclu-
sivo, livre de preconceito e discrimina-
ção, em que todos se sintam bem de
forma igualitária.
Segundo o diretor geral da SVAA,
Alexandre Nicodemo, a companhia en-
tende a diversidade como fundamental
para os negócios e tem investido em a-
ções junto ao seu público interno.
"Dentro da empresa existem grupos de-
dicados a mulheres, a raça e a outros
segmentos. Os membros desses times
promovem inciativas para aumentar a
inclusão. O objetivo é que tenhamos
colaboradores e colaboradoras que se
sintam respeitados pelas suas crenças,
orientações, gênero, idade e deficiên-
cia", comenta Alexandre.
Dentre as várias iniciativas realiza-
das pelas redes de D&I da SVAA, des-
tacamos a promoção de eventos como
palestra sobre o empoderamento femini
feminino, workshop étnico-racial, con-
ferências e dinâmicas de sensibilização
sobre Pessoas com Deficiência, mo-
mento de inclusão em reuniões de lide-
rança e times, entre outros.
"Desde 2014 temos inserido o as-
sunto de diversidade e inclusão em trei-
namentos, palestras e eventos como a
SIPAT, por exemplo, procurando sem-
pre conscientizar os colaboradores que
as diferenças são somente caracterís-
ticas em um universo de possibilidades
e potenciais", comenta Lara Franco, su-
pervisora de Desenvolvimento Organi-
zacional e responsável pela rede que li-
dera esforços para inclusão de pessoas
com deficiência na SVAA.
O último evento promovido foi em
comemoração ao mês do Orgulho
LGBT, em que a rede responsável de-
senvolveu material de divulgação infor-
mativo sobre o assunto e realizou uma
sessão de cinema que contou com cer-
ca de 50 colaboradores. Na oportunida-
de foi apresentado um documentário
que conta a história da luta de lésbicas,
gays, bissexuais, trans e mais, relatan-
do a Revolta de Stonewall, momento em
que o ativismo pelos direitos LGBT
ganhou o debate público e as ruas.
Além das ações isoladas de cada re-
de, há também aquelas integradas com
times de segurança e sustentabilidade,
envolvendo o tema em campanhas in-
ternas, como foi o caso da blitz educa-
tiva feita no Maio Amarelo. Integrantes
das redes de diversidade da SVAA le-
vantaram as bandeiras de seus grupos
sensibilizando motoristas sobre a dis-
criminação e o preconceito que ainda e-
xistem no trânsito? Essa interação nos
permite trocar experiências e abrir um
leque de possiblidades para demons-
trar que todos são capazes indepen-
dente de raça, idade, gênero ou orien-
tação sexual. As oportunidades na SV
AA são para todos e essa união forta-
lece a disseminação da nossa mensa-
gem de incentivo à diversidade e in-
clusão?, destaca Nejuska Santos, ana-
lista de Comunicação, Sustentabilidade
e responsável por D&I na SVAA.
N
Fonte: Comunicação Santa Vitória
Açúcar e Álcool
Diversidade e Inclusão na Santa Vitória Açúcar e Álcool
Senac Curitiba Portão oferta curso Técnico em Segurança do Trabalho
http://bit.ly/Adesão35diasgratís
O Técnico em Segurança do Trabalho garante a segurança dos colaboradores
de empresas públicas ou privadas
Página 07/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 07/12
Norminha, 18/07/2019
A segurança do trabalho não se trata
apenas do cuidado do trabalhador. É
uma profissão que estuda a ocorrência
de acidentes e as formas de preveni-
los. De acordo com a Norma Regula-
mentadora /MTE nº 4 (NR 4), empresas
privadas e públicas que possuam em-
pregados regidos pela Consolidação
das Leis de Trabalho (CLT), precisam
manter em seu quadro funcional uma
equipe multidisciplinar para atuar nos
Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Traba-
lho (SESMT). São esses profissionais
que irão promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de
trabalho.
O Técnico em Segurança do Traba-
lho é um dos profissionais que compõe
a SESMT. Ele é o responsável por in-
vestigar, analisar e recomendar medi-
das de prevenção e controle de aciden-
tes; ainda executa programas de pre-
venção de riscos ambientais; desenvol-
ve ações educativas na área de saúde e
segurança do trabalho e orienta o uso
de equipamentos de proteção de uso
individual ou coletivo.
A análise de riscos é um procedi-
mento realizado pelo Técnico em Segu-
rança do Trabalho. Quando feita de for-
ma correta pelo profissional, o proce-
dimento consegue minimizar possíveis
problemas presentes no dia a dia dos
colaboradores de qualquer instituição.
Mercado de Trabalho
De acordo com a Federação Nacio-
nal dos Técnicos em Segurança do Tra-
balho, existem quase 350 mil profissio-
nais cadastrados no Brasil. As maiores
oportunidades de atuação do técnico
estão nos setores da construção civil,
na agroindústria e nas indústrias. Outra
possibilidade de trabalho é de forma au-
tônoma, prestando serviços ou consul-
torias na área.
De acordo com o site de busca de
empregos, Catho, a faixa salarial inicial
é de R$2.611,00, mas pode chegar aos
R$8.500,00 em cargos de coordenação.
A procura por profissionais dessa área
só cresce no país, isso devido ao endu-
recimento da legislação brasileira de
segurança do trabalho. As suas 36 nor-
mas regulamentadoras (NR’s) determi-
nam exatamente como as atividades da
área devem ser colocadas em prática
em cada tipo de empresa.
Formação
Para se tornar um profissional dessa
área tão promissora é preciso realizar o
curso Técnico em Segurança do Traba-
lho. O Senac Curitiba Portão possui a
formação em seu portfólio. Com 1200
horas de aula o aluno sai apto para a-
tuar no mercado depois de dois anos de
estudos. As aulas iniciam no dia 6 de a-
gosto.
Entre as atividades do curso está o
Projeto Integrador. A ideia é de que os
alunos proponham soluções inovado-
ras a partir da visão crítica da atuação
profissional no segmento, ou seja, apli-
cam na prática tudo o que aprenderam
durante as aulas. N
Norminha, 18/07/2019
Brasil e Índia devem assinar um
memorando de entendimento a respeito
de produção e comércio de etanol
quando os líderes dos dois países se
reunirem em Brasília no final deste ano,
disse nesta terça-feira (17/07) a União
dos Produtores de Bioenergia (Udop).
De acordo com a UDOP, a sugestão
sobre uma parceria em etanol partiu do
governo indiano, que possui uma meta
de ampliar gradualmente a mistura de
etanol em sua gasolina para até 20%.
O primeiro-ministro da Índia, Na-
rendra Modi, que foi reeleito em maio,
fará uma visita oficial ao presidente Jair
Bolsonaro em novembro.
Bolsonaro publicou mensagens no
Twitter parabenizando Modi e expres-
Divulgue Sua empresa aqui na Norminha. Solicite tabela de publicidade
Etanol será tema central em encontro de líderes de Brasil e Índia, diz Udop
sando intenções de ampliar os laços
com a Índia, particularmente no comer-
cio. Em seguida, os dois líderes se en-
contraram durante a cúpula do G20,
realizada na cidade japonesa de Osaka
no fim de junho.
A UDOP afirmou, citando informa-
ções do departamento de Energia do
Ministério das Relações Exteriores, que
o governo Bolsonaro pretende ajudar a
Índia a ampliar a produção de etanol e
abrir o mercado indiano para o biocom-
bustível, ajudando a expandir o uso glo-
bal do etanol.
O Brasil é o segundo maior produtor
de etanol do mundo, atrás apenas dos
Estados Unidos. O uso do etanol em
larga escala ocorre, basicamente, ape-
nas nesses dois países, apesar dos es-
forços passados para que o biocom-
bustível se tornasse uma commodity
comercializada internacionalmente.
Apesar do tom positivo para a reu-
nião de novembro, o Brasil apresentou
à Organização Mundial do Comércio
(OMC) um pedido de estabelecimento
de um painel a respeito dos subsídios
da Índia para as exportações de açúcar.
A Índia ultrapassou o Brasil e se
tornou a maior produtora de açúcar do
mundo, à medida que fornece ajuda aos
produtores de cana e às usinas de açú-
car, um estímulo que está dificultando
uma possível recuperação dos preços
no deprimido mercado global do ado-
çante.
A Índia vem fornecendo às usinas
subsídios de transporte que vão de cer-
ca de mil rúpias (14,59 dólares) por to-
nelada a 3 mil rúpias por tonelada, de-
pendendo da distância aos portos. O
governo também elevou a quantia que
paga diretamente aos produtores de ca-
na para 138 rúpias por tonelada, ante
assistência de 55 rúpias há um ano.
Conforme informou a Reuters na se-
gunda-feira, a Índia não possui a inten-
ção de interromper os subsídios.
Um maior uso de cana para a pro-
dução de etanol em vez de açúcar na Ín-
dia, entretanto, poderia reduzir a oferta
global do adoçante, a exemplo do que o
Brasil vem fazendo pelas duas últimas
temporadas, com a alocação da cana
para o açúcar atingindo uma mínima re-
corde de 35% em 2018/19. N
Marcelo Teixeira
Fonte: Reuters
Deputados alteraram quatro pontos da proposta em plenário
Previdência: confira principais pontos aprovados em primeiro turno
Página 08/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 08/12
das emendas supressivas, que retiram
pontos do texto.
Confira como está a reforma da Pre-
vidência após a aprovação em primeiro
turno
Trabalhador urbano
Proposta do governo: idade mínima
de 62 anos para mulheres e de 65 anos
para homens após o período de transi-
ção, com tempo mínimo de contribui-
ção de 25 anos para ambos os sexos,
10 anos no serviço público e cinco anos
no cargo.
Comissão especial: idades mínimas
mantidas, com tempo de contribuição
de 20 anos para homens e 15 anos para
as mulheres.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: idades mínimas mantidas, com tem-
po mínimo de contribuição de 15 anos
para homens e mulheres.
Servidor público federal
Proposta do governo: idade mínima
de 62 anos para mulheres e de 65 anos
para homens após o período de transi-
ção, com tempo mínimo de contribui-
ção de 25 anos para ambos os sexos.
Primeira versão do relatório: idades
mínimas e parâmetros de aposentado-
rias regulamentados por lei comple-
mentar a partir da promulgação da re-
forma.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: idades mínimas de aposentadorias
para o serviço público federal continua-
rão fixadas na Constituição, com de-
mais parâmetros definidos por lei com-
plementar a partir da promulgação da
reforma.
Regra de transição
Proposta do governo: no Regime
Geral de Previdência Social (RGPS),
que abrange os trabalhadores do setor
privado, a proposta de emenda à Cons-
tituição (PEC) prevê três regras de tran-
sição para o setor privado: sistema de
pontos por tempo de contribuição e por
idade, aposentadoria por tempo de con-
tribuição para quem tem pelo menos 35
anos de contribuição (homens) e 30
anos (mulheres) e pedágio de 50% so-
bre o tempo faltante pelas regras atuais,
desde que restem menos de dois anos
tesanais. Apenas o tempo mínimo de
contribuição para homens sobe para 20
anos, com a manutenção de 15 anos pa-
ra mulheres.
Professores
Proposta do governo: idade mínima
de 60 anos de idade para a aposen-
tadoria de homens e mulheres, com 30
anos de tempo de contribuição.
Primeira versão do relatório: idade
mínima de 57 anos para mulheres e 60
anos para homens, com definição de
novos critérios por lei complementar.
Regra vale para professores do ensino
infantil, fundamental e médio.
Comissão especial: professoras te-
rão integralidade (aposentadoria com
último salário da ativa) e paridade (mes-
mos reajustes que trabalhadores da ati-
va) aos 57 anos. Professores só terão
esses direitos a partir dos 60 anos, com
pedágio de 100% sobre o tempo que
falta para aposentar-se. Destaque que
retiraria os professores da reforma foi
rejeitado.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: idade mínima de aposentadoria re-
duzida para 55 anos (homens) e 52
anos (mulheres), com cumprimento do
pedágio de 100%. Benefício vale para
professores federais, da iniciativa priva-
da e dos municípios sem regime pró-
prio de Previdência. Destaque aprovado
após acordo entre governo e oposição.
Capitalização
Proposta do governo: Constituição
viria com autorização para lei comple-
mentar que instituirá o regime de capi-
talização.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: tema retirado antes da divulgação da
primeira versão do relatório na comis-
são especial.
Benefício de Prestação Continuada
(BPC)
Proposta do governo: idosos de bai-
xa renda receberiam R$ 400 a partir dos
60 anos, alcançando um salário mínimo
somente a partir dos 70.
Primeira versão do relatório: pro-
posta retirada, com manutenção de um
salário mínimo para idosos pobres a
partir dos 65 anos.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: inclusão de medida para combater
fraudes no BPC, com especificação na
Constituição de renda familiar per capi-
ta de até um quarto do salário mínimo a
partir dos 65 anos para ter direito ao be-
nefício.
Pensão por morte
Proposta do governo: pensão por
morte começaria em 60% do salário de
contribuição, aumentando 10 pontos
percentuais por dependente até chegar
Norminha, 18/07/2019
Aprovada no último dia 12 de julho de
2019 à noite pelo Plenário da Câmara
dos Deputados, a reforma da Previdên-
cia voltou para a comissão especial pa-
ra ter a redação final votada em segun-
do turno. Depois de quatro dias horas
de debates, os deputados aprovaram
quatro emendas e destaques e rejeita-
ram oito. Mais oito alterações foram re-
tiradas da pauta ou deixaram de ser vo-
tadas porque ficaram prejudicadas du-
rante a tramitação.
A primeira emenda aprovada melho-
rou o cálculo de pensões por morte pa-
ra viúvos ou viúvas de baixa renda e an-
tecipou o aumento da aposentadoria de
mulheres da iniciativa privada. Resulta-
do de acordo com a bancada feminina,
a emenda teve aprovação maçica, por
344 votos a 132.
Também fruto de acordo entre os
partidos do governo, do centrão e da o-
posição, a segunda emenda aprovada
suavizou as regras para a aposentadoria
de policiais que servem à União. A e-
menda também tinha acordo entre go-
verno e oposição para ser aprovada.
A categoria, que engloba policiais
federais, policiais rodoviários federais,
policiais legislativos, policiais civis do
Distrito Federal e agentes penitenciá-
rios e socioeducativos federais, terá
uma regra mais branda de transição,
pode aposentar-se aos 53 anos (ho-
mens) e 52 anos (mulheres), desde que
cumpram o pedágio de 100% sobre o
tempo que falta para se aposentar.
Os deputados aprovaram outros
dois destaques. Um mantém em 15 a-
nos o tempo de contribuição para os
trabalhadores do sexo masculino do
Regime Geral de Previdência Social (R
GPS). Os homens, no entanto, só con-
quistarão direito à aposentadoria inte-
gral com 40 anos de contribuição, con-
tra 35 anos de contribuição das mulhe-
res.
O último destaque aprovado reduziu
a idade mínima de aposentadoria de
professores para 55 anos (homens) e
52 anos (mulheres). Também fruto de
um acordo partidário, o destaque esta-
belece que a redução só valerá para
quem cumprir 100% do pedágio sobre
o tempo que falta para aposentar-se pe-
las regras atuais.
O texto alterado pelos deputados se-
gue para a comissão especial, onde
precisa ter a redação final aprovada em
segundo turno. De lá, volta para o Ple-
nário, para ser votado a partir de 6 de
agosto também em segundo turno.
Nessa etapa, só podem ser apresenta-
para a aposentadoria.
Para o Regime Próprio de Previdên-
cia Social (RPPS), dos servidores pú-
blicos, o texto estipula um sistema de
pontuação que permitiria a aposentado-
ria a partir dos 61 anos para homens e
56 anos para mulheres. A partir de
2022, as idades mínimas subiriam para
62 anos (homens) e 57 anos (mulhe-
res). Nesse caso, no entanto, os servi-
dores receberiam um valor mais baixo.
Os trabalhadores públicos que entra-
ram até 2003 precisariam trabalhar até
65 anos (homens) e 62 anos (mulheres)
para terem direito à integralidade (últi-
mo salário da ativa) e paridade (mes-
mos reajustes salariais dos ativos).
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: o texto acrescentou uma regra de
transição que valerá tanto para o servi-
ço público como para a iniciativa priva-
da. Os trabalhadores a mais de dois a-
nos da aposentadoria terão um pedágio
de 100% sobre o tempo faltante para ter
direito ao benefício, desde que tenham
60 anos (homens) e 57 anos (mulheres)
e 35 anos de contribuição (homens) e
30 anos de contribuição (mulheres). No
caso dos servidores públicos que en-
traram antes de 2003, o pedágio dará
direito à integralidade e à paridade.
Gatilho na idade mínima
Proposta do governo: Constituição
definiria um gatilho automático que ele-
varia as idades mínimas de quatro em
quatro anos conforme o aumento da ex-
pectativa de vida.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: relator retirou o mecanismo de a-
juste. Novas alterações das idades mí-
nimas terão de exigir mudança na
Constituição.
Aposentadoria rural
Proposta do governo: idade mínima
de 60 anos para a aposentadoria de ho-
mens e mulheres, com 20 anos de tem-
po de contribuição para ambos os se-
xos.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: tema retirado na comissão especial.
Mantidas as regras atuais, com 55 anos
para mulheres e 60 anos para homens,
incluindo garimpeiros e pescadores ar-
a 100% para cinco ou mais depen-
dentes. Retirada da pensão de 100% pa-
ra dependentes com deficiências inte-
lectuais ou mentais. Apenas dependen-
tes com deficiências físicas receberiam
o valor máximo.
Primeira versão do relatório: man-
tém nova fórmula de cálculo, mas ga-
rante pensão de pelo menos um salário
mínimo para beneficiários sem outra
fonte de renda na família. Pagamento de
100% para beneficiários com depen-
dentes inválidos (deficiência física, inte-
lectual ou mental) e para dependentes
de policiais e agentes penitenciários da
União mortos por agressões em serviço.
Comissão especial: pensões de 100%
para policiais e agentes penitenciários
da União serão pagas por morte em
qualquer circunstância relacionada ao
trabalho, como acidentes de trânsito e
doenças ocupacionais, demais pontos
da primeira versão mantidos.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: garante pensão de pelo menos um
salário mínimo para beneficiários sem
outra fonte de renda, retirando a exigên-
cia de comprovação de renda dos de-
mais membros da família. Destaque a-
provado por meio de acordo da bancada
feminina.
Abono salarial
Proposta do governo: pagamento
restrito aos trabalhadores formais que
ganham um salário mínimo, contra dois
salários mínimos pagos atualmente.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: pagamento aos trabalhadores de
baixa renda (até R$ 1.364,43 em valores
atuais).
Salário-família e auxílio-reclusão
Proposta do governo: pagamento
restrito a beneficiários com renda de um
salário mínimo.
Proposta aprovada: pagamento a
pessoas de baixa renda (até R$ 1.364,43
em valores atuais).
Cálculo de benefícios
Proposta do governo: benefício e-
quivalente a 60% da média as contri-
buições em toda a vida ativa, mais dois
pontos percentuais por ano que exceder
os 20 anos de contribuição.
Primeira versão do relatório: redação
abriu brecha para exclusão de contribui-
ções “prejudiciais ao cálculo do benefí-
cio”, que poderia anular toda a econo-
mia com a reforma da Previdência.
Cálculo de benefícios
Proposta do governo: benefício e-
quivalente a 60% da média as contribui-
ções em toda a vida ativa, mais dois
pontos percentuais por ano que exceder
os 20 anos de contribuição.
Continua na página 09/12, logo abaixo!
por cargo de confiança ou em comissão
ao salário dos servidores, vedação que
existe em nível federal.
Acúmulo de benefícios
Proposta do governo: limite para a-
cúmulo de benefícios a 100% do bene-
fício de maior valor, somado a um per-
centual da soma dos demais, come-
çando em adicional de 80% para um
salário mínimo e caindo para 0% acima
de benefícios de mais de quatro salários
mínimos. Médicos, professores, apo-
sentadorias do RPPS ou das Forças Ar-
madas ficam fora do limite por terem
exceções estabelecidas em lei.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: altera para 10% adicional para be-
nefícios acima de quatro salários míni-
mos, mantendo os demais pontos.
Encargos trabalhistas
Proposta do governo: possibilidade
de incidir desconto para a Previdência
sobre vale-alimentação, vale-transporte
e outros benefícios trabalhistas.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: tema retirado.
Policiais que servem à União
Proposta do governo: a categoria
(que abrange policiais federais, poli-
ciais rodoviários federais, policiais le-
gislativos e agentes penitenciários fe-
derais, entre outros) se aposentará aos
55 anos de idade, com 30 anos de con-
tribuição e 25 anos de exercício efetivo
na carreira, independentemente de dis-
tinção de sexo.
Texto-base da comissão especial:
depois de tentativas de acordo para re-
duzir a idade mínima para 52 anos (mu-
lheres) e 53 anos (homens) para poli-
ciais e agentes de segurança em nível
federal, o relator manteve a proposta o-
riginal do governo.
Proposta aprovada na comissão es-
pecial: destaque para reinstituir condi-
ções diferenciadas para categoria der-
rubado na comissão especial.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: volta da idade mínima de 53 anos
para homens e 52 anos para mulheres
para o policial que cumprir 100% do
pedágio sobre o tempo que falta para se
aposentar pelas regras atuais. Destaque
aprovado após acordo entre partidos do
governo, do centrão e da oposição.
Policiais militares e bombeiros
Proposta do governo: a categoria te-
ria as mesmas regras das Forças Ar-
madas, com 35 anos de contribuição,
com contagem de tempo no RGPS e
possibilidade de que policiais e bom-
beiros na reserva trabalhem em ativida-
des civis.
Comissão especial: aprovação de
destaque para que aposentadorias de
policiais militares e bombeiros perma-
neçam sob a responsabilidade dos es-
tados. Mudança beneficia categoria
porque, em alguns estados, eles apo-
sentam-se com menos de 35 anos de
contribuição, como proposto pelo pro-
jeto que trata da Previdência das Forças
Armadas.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: policiais militares e bombeiros con-
tinuam fora da reforma.
Judicialização: Proposta do gover-
no: concentração, na Justiça Federal em
Brasília, de ações judiciais contra a
reforma da Previdência.
Fui multado enquanto trabalhava dirigindo. O patrão pode descontar
do meu salário?
Os magistrados do TRT-RS entenderam que multas por infração das leis de
trânsito constituem penalidade de responsabilidade pessoal do empregado
condutor do veículo, não podendo ser imputadas à empregadora
- no caso, uma transportadora.
Página 09/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 09/12
Comissão de Constituição e Justiça:
tema retirado, após questionamentos
de partidos do centrão, mas com autori-
zação para que lei federal autorize jul-
gamentos na Justiça Estadual quando
não houver Vara Federal no domicílio
do segurado.
Comissão especial: retirada autori-
zação para julgamentos pelos tribunais
estaduais.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: autorização de julgamentos na Jus-
tiça Estadual restabelecida por meio de
emenda articulada pela bancada femini-
na.
Aposentadoria de juízes
Proposta do governo: PEC não abor-
dava assunto.
Proposta aprovada: retirada da
Constituição da possibilidade de pena
disciplinar de aposentadoria compulsó-
ria para juízes e parágrafo que impede
contagem de tempo de contribuição pa-
ra juízes que não contribuíram com a
Previdência enquanto exerceram a ad-
vocacia.
Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT)
Proposta do governo: PEC não a-
bordava assunto.
Primeira versão do relatório: repas-
se de 40% das receitas do FAT para a
Previdência Social, equivalente a R$
214 bilhões em dez anos. Atualmente
esses recursos vão para o Banco Nacio-
nal de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES).
Comissão especial: relator desistiu
de remanejar recursos do BNDES após
críticas de congressistas e da equipe e-
conômica de que mudança de destina-
ção não melhoraria as contas públicas.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: tema retirado.
Tributo para bancos
Proposta do governo: PEC não a-
bordava assunto.
Primeira versão do relatório: elevar
de 15% para 20% a Contribuição So-
cial sobre o Lucro Líquido (CSLL) das
instituições financeiras, retomando a a-
líquota que vigorou de 2016 a 2018.
Segunda versão do relatório: retira-
da da B3 (antiga Bolsa de Valores de
São Paulo) do aumento da tributação,
elevação de 15% para 17% da alíquota
para cooperativas de crédito.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: relator restringe aumento a bancos
médios e grandes. As demais institui-
ções financeiras continuarão a pagar
15% de CSLL. Mudança deve render
em torno de R$ 50 bilhões em dez anos.
Fim de isenção para exportadores
rurais
Proposta do governo: PEC não a-
bordava assunto.
Texto-base: fim da isenção da con-
tribuição previdenciária de 2,6% sobre
a comercialização da produção agrícola
de exportadores rurais. Mudança ren-
deria R$ 83,9 bilhões em uma década.
Comissão especial: aprovado desta-
que para manter o benefício fiscal. Des-
taque também retirou trava que impedia
o perdão da dívida do Funrural, contri-
buição paga pelo produtor rural para a-
judar a custear a aposentadoria dos tra-
balhadores. Proposta aprovada em pri-
meiro turno: tema retirado.
AGENCIA BRASIL
Norminha, 18/07/2019
Muito comum este questionamento
chegar à banca de um Advogado tra-
balhista:
- Doutor, estava trabalhando, diri-
gindo um caminhão, e fui multado. Eu
nem percebi que havia sido multado.
Agora a multa chegou, e a empresa des-
contou o valor diretamente do meu sa-
lário. Isto está correto?
Pois é.
A multa já estava aplicada. Havia um
débito a ser pago. O empregado nega-
va-se a pagar. Por outro lado, o empre-
gador também se eximia do débito. O
jeito encontrado foi buscar as vias ju-
diciais para resolver a lide, tendo em
vista que o problema já estava insta-
lado.
Pois bem.
A Quarta Turma do TRT-RS, Tribu-
nal Regional do Trabalho do Rio Grande
do Sul, ao avaliar um caso específico
com estas características, entendeu que
é do empregado o dever de pagar a
multa aplicada pelo órgão de trânsito,
podendo, muito bem, tal desconto ser
efetivado diretamente do salário do em-
pregado.
Em interessante matéria constante
no sítio do TRT-RS, a notícia evidencia
que:
A 4ª Turma do Tribunal Regional do
trabalho da 4ª Região (TRT-RS) negou
a um motorista de carreta a devolução
de valores descontados em seu salário
por conta de multas de trânsito.
A decisão confirmou, neste aspecto,
sentença da juíza da 4ª Vara do Traba-
lho de Canoas, Aline Veiga Borges. Os
magistrados entenderam que multas
por infração das leis de trânsito consti-
tuem penalidade de responsabilidade
pessoal do empregado condutor do veí-
culo, não podendo ser imputadas à em-
pregadora - no caso, uma transportado-
ra.
O relator do acórdão, desembarga-
dor George Achutti, reforçou que o pro-
fissional motorista tem o dever de cum-
prir com a legislação de trânsito ou res-
ponder pelas multas, em caso de in-
fração. “As multas por infração às leis
de trânsito constituem penalidade, sen-
do responsabilidade pessoal e exclusi-
va do condutor do veículo, no caso, o
autor, não podendo ser imputadas à re-
clamada. O desconto correspondente às
multas aplicadas, ainda que as infra-
ções tenham ocorrido quando o empre-
gado estava a serviço do empregador,
não viola a intangibilidade salarial”,
destacou o magistrado.
Achutti ressaltou também que na
primeira fase do processo o autor se-
quer negou que tinha cometido as in-
frações que resultaram nas multas e
tampouco mencionou sobre a ausência
de apuração de sua responsabilidade
ou se era ele próprio que estava con-
duzindo o veículo. “Considero legíti-
mos os descontos em questão, por se-
rem correspondentes aos prejuízos cau-
sados pelo autor à empresa, corres-
pondentes ao valor das multas por in-
frações de trânsito”, concluiu.
A decisão da Turma foi unânime.
Também participaram do julgamento os
desembargadores André Reverbel Fer-
nandes e Ana Luiza Heineck Kruse. N
Fátima Burégio
Especialista em Processo Civil,
Responsabilidade Civil e Contratos
Previdência: confira principais pontos
aprovados em primeiro turno – Continuação
da página acima 08/12.
Primeira versão do relatório: reda-
ção abriu brecha para exclusão de con-
tribuições “prejudiciais ao cálculo do
benefício”, que poderia anular toda a e-
conomia com a reforma da Previdência.
Segunda versão do relatório: reda-
ção mais clara para retirar brecha e re-
tomar a fórmula original proposta pelo
governo.
Comissão especial: inclusão de pa-
rágrafo no Artigo 27 para eliminar falha
que faria trabalhador que tenha contri-
buído por mais de 20 anos, porém com
salário menor a partir do 21º ano, con-
quistar aposentadoria menor do que se-
gurado que tenha contribuído por ape-
nas 20 anos.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: valor da aposentadoria de mulheres
da iniciativa privada começará a subir
dois pontos percentuais por ano que
exceder 15 anos de contribuição. Apo-
sentadoria de homens só começará a
subir depois de 20 anos de contribui-
ção. Mudança permite a mulheres rece-
ber aposentadoria de 100% do salário
médio com 35 anos de contribuição,
cinco anos antes dos homens.
Reajuste de benefícios
Proposta do governo: eliminava ter-
cho da Constituição que preservava a
reposição das perdas da inflação.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: manutenção do reajuste dos bene-
fícios pela inflação.
Contagem de tempo
Proposta do governo: PEC não
abor-dava assunto.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: parágrafo que impede a contagem
de tempo sem o pagamento das contri-
buições. Recentemente, o Tribunal de
Contas da União (TCU) decidiu que os
juízes podem considerar, no tempo de
contribuição, os anos em que exerciam
a advocacia e não contribuíam para a
Previdência.
Estados e municípios
Proposta do governo: PEC valeria
automaticamente para servidores dos
estados e dos municípios, sem neces-
sidade de aprovação pelos Legislativos
locais.
Primeira versão do relatório: retirada
de estados e municípios da PEC, com a
possibilidade de reinclusão dos gover-
nos locais por meio de emenda na co-
missão especial ou no plenário da Câ-
mara.
Segunda versão do relatório: autori-
zação para que estados e municípios
aumentassem temporariamente a alí-
quota de contribuição dos servidores
para cobrir o rombo nos regimes locais
de Previdência, sem a necessidade de
aprovação dos Legislativos locais.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: autorização retirada, todos os pon-
tos da reforma da Previdência precisa-
rão ser aprovados pelos Legislativos
locais para valerem nos estados e nos
municípios.
Incorporação de adicionais
Proposta do governo: PEC não abor-
dava assunto.
Proposta aprovada em primeiro tur-
no: extensão aos estados e municípios
da proibição de incorporar adicionais
Como o 5W2H pode ajudar Profissionais de SST e Revendas
Mecanização x Autonomação x automatização
Na primeira Revolução Industrial, podemos observar as máquinas a vapor como os
pilares, já em um segundo momento a eletricidade foi responsável por gerar trans-
formações significativas. Em seguida, os computadores e o avanço da informática
ampliaram as capacidades dos sistemas. Atualmente, os avanços focados em auto-
mação industrial proporcionaram mudanças significativas no modo de produzir, na
atuação do profissional da área e na utilização e compartilhamento de informações.
A mecanização pode ser definida como sendo a utilização de máquinas em subs-
tituição ao trabalho humano ou de animais. A descoberta científica da força elástica
do vapor de água completamente a estrutura dos países onde ela ocorreu. Foi na
Inglaterra, por volta de 1760, que as primeiras máquinas movidas por tal energia
foram postas em funcionamento. As indústrias pioneiras na utilização dessa nova
forma de energia tiveram êxito na tecelagem, que ingressavam, imediatamente, na
era da produção em massa. Observam-se que as máquinas tinham a capacidade de
produção de até 20 vezes maior que as fornecidas pelos antigos métodos. Confir-
ma-se que o trabalho muscular fora, finalmente, substituído pelo trabalho das má-
quinas.
Posteriormente, energias muito mais poderosas foram postas a serviço do ho-
mem como motores à explosão e combustão interna que deram continuidade aos
desenvolvimentos industriais, criando oportunidade de aproveitamento do trabalho
cada vez mais intensamente.
Na mecanização, vemos a transferência de trabalho manual do homem para o
trabalho mecânico da máquina. Observa-se aqui a despreocupação formal no re-
passe das atividades cerebrais realizadas pelas pessoas para as máquinas, quando
as indústrias modernas prosperam pelo fato de, gradualmente, transferir o trabalho
que era feito por homens para as ferramentas e as máquinas. As máquinas, atual-
mente, manipulam as ferramentas que um dia foram operadas pelas mãos dos tra-
balhadores; a energia do ser humano foi substituída por energia elétrica ou geradas
por outras fontes.
As grandes dificuldades no período pós-mecanização foram relativas à questão
de confiabilidade da operação da máquina, devido à atenção necessária para a sua
operação. O trabalhador responsável pela operação da máquina tinha a responsa-
bilidade pela qualidade das peças produzidas, usando de sua subjetividade para
definir o julgamento se o processo de operação estava condizente com a especifi-
cação da operação.
No Japão, a separação do homem e da máquina iniciou em meados dos anos
20, devido a intensificação da mecanização e, com o aumento da confiabilidade das
máquinas, possibilitando o uso efetivo dos recursos humanos para operar de forma
simultânea várias máquinas.
O engenheiro Taiichi Ohno formulou o termo Autonomação como como a “auto-
mação com toque humano”, quando o termo Autonomação é definido por Shingo
como pré-automação, uma vez que somente a correção do problema é deixada a
cargo do operador.
A Autonomação agrega os valores da automação do processamento (operações
manuais) e de controle (operações mentais).
Em 1926, Toyoda Sakichi, desenvolve na Toyoda Têxtil, uma máquina de tear
auto-ativado, que parava o processo sempre que um fio do tear se rompesse ou
finalizasse o fio da trama. A partir desta inovação a operação da máquina dispensava
a atenção constante do operador durante o processo, viabilizando a supervisão si-
multânea de diversas máquinas, quebrando neste momento a lógica Taylorista de
“um homem/um posto/uma tarefa”.
Reconhecida por Ohno e Shingo, a Autonomação propõe a ideia principal da
possibilidade de um operador ter a condição de trabalhar em várias máquinas ao
mesmo tempo, sendo que o processo pode ser interrompido a qualquer momento
após a detecção de uma anomalia da finalização de um processo.
Del Harder, cunhou a palavra “Automação” por volta de 1946, em referência a
alguns dispositivos automáticos que a Ford Motor Company havia desenvolvido
para suas linhas de produção. Automatização pode ser definida como um desen-
volvimento posterior a mecanização onde um sistema em que os processos ope-
racionais em fábricas são controlados e executados por meio de dispositivos me-
cânicos ou eletrônicos, substituindo o trabalho humano.
A partir do desenvolvimento da microeletrônica nos anos 50 e da ascensão da
informática, foi possível que os processos de mecanização desenvolvidas pudes-
sem receber novos agregadores para o melhoramento dos processos de fabricação,
Continua na página abaixo: 11/12
Página 10/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 10/12
Ergonomia: antecipando problemas
Norminha, 18/07/2019
Projeto ergonômico na concepção de
postos de trabalho, de processos ou
mesmo de equipamentos evita doenças
e acidentes ocupacionais e contribui
para a produtividade da empresa
A oficialização da Ergonomia - do
grego ergon (trabalho) e nomos (re-
gras) - no Brasil já tem meio século.
Mas, na avaliação de prevencionistas,
ainda precisa avançar significativamen-
te quando o assunto é projeto, especial-
mente, de concepção de postos de tra-
balho, produtos e processos. Quase em
sua totalidade, os projetos ergonômi-
cos elaborados e implantados no País
estão voltados à correção de proble-
mas, ou seja, quando já estão evidentes
os sintomas, como doenças ocupacio-
nais, absenteísmo e a consequente
queda na produtividade dos trabalha-
dores e da empresa.
Ambos os tipos de projetos citados
são importantes e necessários quando
se visa ao máximo de conforto com o
máximo de desempenho, preceitos da
Ergonomia a serem respeitados. Espe-
cialistas concordam, no entanto, que
projetar na concepção em vez de para a
correção é o ideal do ponto de vista da
eficácia e da economia. Isso porque os
riscos serão evitados antes mesmo de
se originarem, o que impedirá doenças
e acidentes ocupacionais, assim como
gastos e prejuízos com adequações e
paradas na produção. Em outras pala-
vras: ação em vez de reação.
Outro ponto abordado nesta reporta-
gem diz respeito à existência de poucos
profissionais preparados para a elabo-
ração de projetos ergonômicos em ter-
ritório nacional e às lacunas na for-
mação profissional da área. Atualmen-
te, tanto os currículos de Ergonomia,
quanto o de outras profissões envol-
vidas direta ou indiretamente com o
tema, pouco ou nada dedicam-se a ele.
Confira a reportagem completa na
edição de julho da Revista Proteção.
N
Norminha, 18/07/2019
Produtividade é uma das características
mais cobiçadas por empresas e profis-
sionais no mercado moderno. A capaci-
dade de ser produtivo e gerar resultados
dentro de seu tempo hábil deixou de ser
um mero diferencial e se tornou um item
básico, necessário tanto no trabalho
quanto na vida pessoal.
Mas nem todo mundo é naturalmen-
te proativo a ponto de ter uma alta pro-
dutividade. Será que não haveria espaço
no mercado para o Profissional de SST
ou o distribuidor de EPIs que procras-
tina? Se você se enquadra num dos dois
casos, pode ficar calmo: a ferramenta
5W2H foi desenvolvida para te ajudar.
Saiba mais sobre ela!
O que significa 5W2H?
O termo 5W2H vem da língua in-
glesa e forma uma sigla que se refere a
cinco palavras com a letra W e duas pa-
lavras com a letra H. Cada uma delas faz
uma pergunta relevante cuja resposta
estimula o planejamento necessário pa-
ra determinada ação. Ao ser confrontada
com o seu significado, a pessoa relem-
bra 7 passos simples que devem ser a-
plicados em suas atividades diárias.
What: O quê? O que precisa ser feito?
Why: Por quê? Por que precisa ser
feito? Por que fazer?
Where: Onde? Onde fazer?
When: Quando? Quando precisa ser
feito? Quando deve estar pronto?
Who: Quem? Quem vai fazer?
How: Como? Como fazer?
How much: Quanto vai custar?
Como essas perguntas e respostas
podem ajudar?
Através de uma análise simples, a
ferramenta 5W2H permite que a pessoa
elimine rapidamente uma das maiores
barreiras para qualquer atividade, seja
particular ou profissional: a dúvida. As
dúvidas e incertezas sobre como agir
podem custar um tempo precioso, tor-
nando-o improdutivo. Muitas vezes, as
perguntas que afligem sequer têm res-
postas rápidas ou necessárias naquele
momento.
As perguntas propostas pelo método
5W2H são básicas, de fácil assimilação
e imprescindível para qualquer projeto.
Ao pensar racionalmente e fazer um
checklist daquilo com o que está lidan-
do e o que vai ser necessário para resol
ver, as primeiras dúvidas a respeito das
ações a serem tomadas serão sanadas e
o indivíduo ou equipe já sabe quais os
primeiros passos a serem dados.
E para que se torne um hábito, você
pode até mesmo elaborar uma planilha
com as sete questões. Muitas vezes, vi-
sualizá-las ajuda a respondê-las.
5W2H na Revenda de EPIs
Tempo é dinheiro, ditado antigo e
clichê, mas que ainda reflete a realida-
de. Se uma empresa desperdiça horas
ou mesmo minutos de trabalho, está
deixando de lucrar, de adiantar outros
projetos, de absorver novas demandas,
por isso o tic tac do relógio é tão pre-
cioso. E, como já foi dito, dúvidas com-
somem tempo. Além do mais, ruídos de
comunicação podem comprometer ain-
da mais os prazos a serem cumpridos.
Nesse contexto, a ferramenta 5W2H
é perfeita para ganhar tempo em um
mercado que simplesmente não para.
Na gestão de uma Equipe de Vendas ou
da Equipe de Compras ou mesmo na e-
xecução de uma tarefa individual, as
perguntas e respostas do método dão o
pontapé para o início das atividades
com todo o time ciente de sua posição
e papel naquele projeto.
A análise 5W2H foi concebida como
uma ferramenta administrativa justa-
mente por sua eficiência em gestão.
Mas atenção, é importante que o tiro
não saia pela culatra. Não deixe que o
método consuma o tempo que ele foi
feito para poupar. Se alguma das sete
perguntas não tiver resposta, pule ou
passe adiante. O fundamental é que o
básico da atividade seja esclarecido.
Quer um exemplo prático disso? Re-
úna as equipes de cada setor e peça pa-
ra que preencham juntos uma planilha
5W2H com as atividades diárias que
precisam desempenhar. Você verá que
para muitos funcionários suas obriga-
ções não estavam claras e é, por isso,
que muitas vezes uma atividade sim-
ples acaba sem execução.
5W2H para os Profissionais de SST
Se você é Profissional de Saúde e
Segurança do Trabalho deve estar se
perguntando como uma ferramenta de
gestão poderia auxiliar em suas ativida-
des! Um exemplo simples: no levanta-
mento de riscos e oportunidades.
Do mesmo modo como é possível
determinar quem irá realizar cada ativi-
dade de gestão, o Profissional de SST
pode determinar que atividades podem
gerar algum risco e como minimizá-lo,
incluindo o custo desse ação. Vamos ao
exemplo!
Durante uma vistoria, o Técnico de
Segurança do Trabalho percebe uma
fissura em um equipamento que neces-
sita de reparo, logo coloca as informa-
ções na planilha 5W2H:
- qual tipo de serviço a ser realizado;
- o motivo;
- onde e quando fazer o conserto;
- quem executará;
- que materiais utilizará; e
- o custo disso bem como a impor-
tância de comprar ou repor EPIs indis-
pensáveis ao trabalho como a Luva de
Raspa, por exemplo.
Assim, é possível criar um plano de
ação mais assertivo, potencializando as
oportunidades de crescimento da em-
presa. E, após a montagem desse pla-
no, a ferramenta pode ser utilizada no-
vamente para monitorar a execução das
medidas adotadas.
N
Fernando Zanelli
Norminha, 18/07/2019
A Federação das Indústrias do Espírito
Santo (FINDES) e a Federação das In-
dústrias do Estado de Minas Gerais (FI
EMG) se movimentam com uma cam-
panha contra o Bloco K e o e-Social.
Para as federações, a implantação das
novas obrigações acessórias tributárias
e trabalhistas vai aumentar o custo das
empresas para atender exigências bu-
rocráticas da receita federal e órgãos de
fiscalização do trabalho, agravando o já
altíssimo “custo Brasil” para produzir.
Essas exigências são mais um entrave
para a retomada da economia brasileira.
“O Bloco K e o e-Social são mais um
movimento de aumento de custo indi-
reto para a economia e para o setor pro-
dutivo. Foi uma criação do Governo Fe-
deral do passado, que tinha um forte
viés intervencionista na economia, ao
contrário do Governo Federal que ele-
gemos agora. Estes instrumentos –
Bloco K e e-Social obrigam o setor pro-
dutivo a investir enormes recursos fi-
nanceiros em sistemas de ERP, tecno-
logia, a criar e contratar estrutura de
pessoal adicional para gerar informa-
ções que em nada agregam valor para o
consumidor final, só geram custo e vão
na contramão da luta pela competiti-
vidade da indústria brasileira. Pela sua
complexidade, ambos também aumen-
tam a insegurança jurídica de operar no
Brasil. O industrial precisa dedicar mais
tempo e energia na sua atividade fim e
não neste emaranhado burocrático cria-
do pelo Governo Federal do passado.
Temos forte expectativa que o Governo
Federal atual cancele ou no mínimo
simplifique profundamente estes ins-
trumentos e estaremos juntos neste tra-
balho”, argumenta o Presidente da FIN-
DES, Léo de Castro.
Com as novas práticas o governo
transfere para o empresário o ônus de
organizar informações que ele já recebe
de outros modos, e, com isso, dificulta
o ato de empreender. Segundo Léo,
Bloco K e e-Social não agregam em ab-
solutamente nada para o consumidor e
o cidadão. “Ambos vão na contramão
da competitividade que se busca para
as empresas. É muito recurso sendo jo-
gado fora pelas empresas para atender
a burocracia”.
A implantação do Bloco K exigirá das
Findes se posiciona contra Bloco K e e-Social
Unicamp inaugura
Laboratório de Inovação em
Biocombustíveis
Norminha, 18/07/2019
A Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) inaugurou, no último dia 05
de julho, o prédio do Laboratório de
Inovação em Biocombustíveis (LIB), lo-
calizado no Parque Científico e Tecno-
lógico da instituição de ensino. A sole-
nidade contou com a participação do
reitor da universidade, Marcelo Knobel.
Vista aérea do campus da Unicamp,
em Campinas (SP)
“A Unicamp é pioneira nas pesqui-
sas sobre biocombustíveis, com facul-
dades e institutos que atuam nessa área
de pesquisa. Ter um espaço dedicado a
isso pode fomentar mais pesquisas jun-
to às empresas e os nossos grupos de
pesquisa em biocombustíveis e que se-
rá muito importante para o desenvol-
vimento dessa área no País”, salientou.
A Agência de Inovação Inova Uni-
camp, responsável pelo Parque Cientí-
fico, também disponibilizou edital para
empresas interessadas em se instalar
nesse novo espaço, com projetos de
pesquisa e desenvolvimento (P&D). N
Fonte: Portal do Governo de São Paulo
Mecanização x Autonomação x automatização – Continuação da página 10/12
introduzindo assim os processos ditos mecanizados tornam-se a partir destas no-
vas tecnologias descobertas como processo com automação. A automação pode
ser definida como tecnologia preocupada com a aplicação da mecânica, eletrônica
e sistemas baseados em computadores para operar e controle nova produção.
As novas invenções e novas tecnologias possibilitam a evolução das máquinas
até então puramente mecanizada. Com esse avanço, as máquinas assumiram níveis
mais elevados de trabalho, diminuindo a ação humana e introduzindo vários níveis
de classificação de automação.
Câmbio automático: uma necessidade ergonômica para motoristas de veículos
pequenos, médios e grandes; principalmente ônibus e caminhões (uma realidade
atual).
Mecanização Autonomação Automação
Operador acompanha e
realiza parte do processo
O operador com controle restrito a
comandos. Operador de máquina
opera simultaneamente várias
máquinas
Controle realizado pela
máquina com
acompanhamento do
operador
Não existência de
preocupação formal no
repasse das atividades
cerebrais realizadas pelas
pessoas para as máquinas
Máquinas são providas de uma
função de cérebro humano, ou
seja, a capacidade de detectar
anormalidades de forma autônoma
Máquinas automatizadas
não estão dotadas de
cérebro humano
A responsabilidade pela
qualidade das peças
produzidas pela máquina é
do operador
Controle autônomo de qualidade,
defeitos e quantidades em um
processo. As causas dos defeitos
são investigados imediatamente, e
uma ação corretiva é implementada
O sistema calcula a ação
corretiva mais apropriada
Considerado um
componente dentro da
troca rápida de ferramenta
como forma de reduzir o
“Set Up” das máquinas
Produtos flexíveis, de baixo custo e
qualidade superior
Utilizada para completar a
integração do STP a partir
de uma operação
automatizada
Recursos são minimizados:
materiais e trabalhadores
Atividade meio para
melhorar a integração e a
flexibilização em um
processo produtivo
Comparativo entre três módulos diferenciados de avanços técnicos na produção
Jorge Gomes-Especialista em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Estudioso,
pesquisador e analista sobre o comportamento organizacional.
Página 11/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 11/12
Norminha, 18/07/2019
A tarde de 5 de novembro de 2015
jamais será esquecida pelos moradores
de Bento Rodrigues, subdistrito locali-
zado a 35 km do centro de Mariana
(MG). O local foi o mais atingido pelos
39 milhões de metros cúbicos de rejei-
tos vindos da barragem de Fundão da
mineradora Samarco. A tragédia deixou
um saldo de 19 mortos. A destruição
ambiental atingiu, além de Bento Rodri-
gues, as comunidades de Paracatu e
Gesteira e uma bacia hidrográfica que
chega a 230 municípios de Minas Ge-
rais e Espírito Santo.
A destruição causada pela lama re-
sultou, ainda, em centenas de desabri-
gados. A maioria espera uma solução
da Fundação Renova, entidade criada
para administrar todas as ações de re-
paração da tragédia. Seja por reassen-
tamento ou recuperação da proprie-
dade.
É o caso do Wilson dos Santos, de
73 anos, que perdeu casa, cabeças de
gado e plantações. Como a maioria dos
moradores locais.
Mais de três anos e oito meses após
a tragédia, ele e outros moradores a-
guardam uma solução. A entrega de
240 casas em Bento Rodrigues, prevista
para este ano, vai atrasar. Em Paracatu
e Gesteira, as obras ainda nem começa-
ram. A equipe da Agência Brasil visitou
a região e mostra como atingidos lutam
para recuperar a vida que levavam antes
da tragédia.
Acesse a reportagem completa aqui.
empresas o envio do livro Registro de
Controle da Produção e do Estoque. A
obrigatoriedade é parte do programa do
Sped Fiscal. “Todas as empresas in-
dustriais, até de outros setores como os
Supermercados, terão de informar de-
talhadamente todo o processo produti-
vo, como o estoque mensal de maté-
rias-primas, produtos acabados, produ-
tos em processo produtivo, perda pa-
drão, ordens de produção e o detalha-
mento dos insumos consumidos no
processo de fabricação. O nível de deta-
lhamento exigido pelo Bloco K repre-
senta potencial ameaça de violação de
fórmulas protegidas por segredo indus-
trial”, o presidente do Conselho Temáti-
co de Assuntos Tributários da FINDES,
Paulo Vieira.
Já no e-Social, a empresa deve in-
formar ao governo todas as informações
trabalhistas sobre os funcionários. Co-
mo e quando eles são admitidos, pro-
movidos, demitidos, entram em férias,
são afastados, entre outros dados. A
Findes acredita que a implantação do e-
Social vai na contramão das premissas
do Governo Federal de melhoria do am-
biente de negócios e aumento da produ-
tividade das empresas.
Para presidente do Conselho Temá-
tico das Relações de Trabalho da FIN
DES, Fernando Otávio Campos, o e-So-
cial gera riscos desnecessários às em-
presas e custos altíssimos de implanta-
ção, principalmente para micro e pe-
quenas empresas. “Os riscos de passi-
vos tributários não intencionais aos
quais as empresas de todos os portes
estão sujeitas com o e-Social são enor-
mes, uma vez que as informações pres-
tadas terão valor fiscal, não havendo to-
lerância para erros cadastrais”.
Léo de Castro alerta ainda para o fato
de que o sistema traz uma complexi-
dade de informações muito grande com
forte caráter punitivo. “Trata-se de um
processo complexo baseado em auto
declaração com grande probabilidade
de erro de preenchimento, que pode se
converter em multas para o setor indus-
trial”.
N
Clique aqui e leia matéria completa
Marcella Andrade
Assessora de Comunicação da Presidência
Sistema FINDES
Mariana, à espera da reconstrução
Este ano as discussões estão voltadas para a Reforma da Previdência, Trabalho
Mediado por Aplicativos, Negligência e Descaso com a Saúde e Segurança do
Trabalhador, Impasses na Saúde, Diversidade e Educação, aprofundando a
análise da crise que vivemos no mundo do trabalho
Congresso discute consequências da reorganização do trabalho na América Latina
No ES unidades do Sesi e do Senai
participam de simulados de emergência
A Simulação de Evacuação de Emergência
consiste em um treinamento que simula, de
forma realista, uma situação de risco, como
um incêndio.
Norminha, 18/07/2019
A segurança dos alunos, colaboradores
e parceiros é prioridade para o Sistema
Findes, por isso, todas as escolas do
Sesi e unidades do Senai no Espírito
Santo estão participando, pelo menos
duas vezes por ano, de treinamentos si-
mulados de emergência para abandono
de área. O objetivo é preparar a todos
em nossas unidades para que, em caso
de eventuais emergências, sigam pro-
cedimentos padronizados, de forma se-
gura e eficaz.
As unidades Sesi Araçás, Senai Vila
Velha, Sesi/Senai Cachoeiro, Sesi/Se-
nai São Mateus, Sesi Campo Grande,
Sesi Porto de Santana, Sesi Laranjeiras,
Sesi/Senai Civit, além do Edifício Fin-
des já participaram do simulado de a-
bandono de área este ano, conhecendo
melhor as rotas de fuga e os proce-
dimentos que devem ser adotados em
casos reais de emergência.
A Simulação de Evacuação de Emer-
gência consiste em um treinamento que
simula, de forma realista, uma situação
de risco, como um incêndio. A ação é
parte do Plano de Atendimento a Emer-
gência do SESMT do Sistema Findes,
que define os protocolos a serem se-
guidos em uma situação de risco no
local. A atividade deve fazer parte de
uma nova cultura de prevenção e con-
trole de situações de emergência, que
será implantada nas escolas do Espírito
Santo.
SISTEMA FINDES
Página 12/12 - Norminha - Nº 528 - 18/07/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 528 - 18/07/2019 - Fim da Página 12/12
Norminha, 18/07/2019
O Congresso Internacional de Ciências
do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e
Saúde: acidentes, doenças e sofrimen-
tos do trabalho – de 26 a 30 de agosto,
em São Paulo -, terá como tema central
este ano os ataques e tentativas de des-
truição de direitos sociais que ocorrem
nos últimos anos de forma intensa e in-
discriminada em vários países da Amé-
rica Latina, e de forma particular e in-
cessante no Brasil. O evento acontece
desde 2012 e busca reunir pessoas,
compartilhar conhecimento e construir
laços entre grupos que atuam no mun-
do do trabalho.
A programação começa com a exibi-
ção de uma entrevista do ex-presidente
do Uruguai, José Mujica, feita pelo jor-
nalista Juca Kfouri exclusivamente para
o Congresso. Juca conversou com Pe-
pe, como o ex-presidente é carinhosa-
mente chamado, sobre o tema definido
para a abertura, “A defesa de nossas vi-
das exige um outro mundo e outros va-
lores”, com exclusividade para o Con-
gresso e irá acompanhar e comentar a
exibição na tarde do dia 26.
No mesmo dia, será discutido o ins-
tigante tema “O mundo do trabalho e
caminhos de luta pelo Direito: exis-
tem?”, com Jorge Luiz Souto Maior,
professor da Faculdade de Direito da
USP e desembargador da Justiça do
Trabalho, Magda Barros Biavaschi, de-
sembargadora aposentada e pesquisa-
dora do Centro de Estudos Sindicais e
Economia do Trabalho, Maximiliano
Nagl Garcez, presidente da Associação
Brasileira de Advogados e Advogadas
Sindicais, entre outros ainda não con-
firmados.
O programa prevê um dia inteiro, o
dia 27, dedicado ao projeto de destruí-
ção da Seguridade Social, em discus-
são no Congresso Nacional. De manhã,
a mesa “Seguridade Social e Saúde:
saúde é direito e todos e dever do Es-
tado. Interesses conflitantes”, terá a
participação de três grandes nomes da
Saúde Pública no Brasil - Ligia Bahia,
professora associada da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, o ex-mi-
nistro da saúde Alexandre Padilha, atu-
almente deputado federal, e Gastão
Wagner, professor da Faculdade de Ci-
ências Médicas da Unicamp, que tam-
bém ocupou o cargo de Secretário Exe-
cutivo do Ministério da Saúde.
À tarde os economistas Eduardo
Moreira, ex-banqueiro de investimen-
tos, Paulo Kliass, especialista em polí-
ticas públicas e gestão governamental,
e Carlos Gabas, servidor de carreira e
ex-ministro da Previdência Social, ana-
lisam as propostas em discussão no
Congresso Nacional, na mesa “Seguri-
dade Social e Previdência Social: a re-
forma do governo não combate privi-
légios e sacrifica quase 100% da popu-
lação brasileira”.
As discussões se ampliam no dia
28, e abordam as consequências para a
população da proposta neoliberal na
mesa “Crimes ampliados: Samarco e
Vale, expressões dramáticas recentes
da ganância do capital e da falácia da
gestão como solução”, pela manhã,
com a participação da advogada Tchen-
na Maso, membro da coordenação do
Movimento dos Atingidos pelas Barra-
gens (MAB); e do engenheiro Mario
Parreiras de Faria, auditor fiscal do tra-
balho que participou das investigações
de 4 rompimentos de barragens no Bra-
sil.
À tarde, o cineasta Carlos Juliano
Barros, o Caju, autor do documentário
GIG – Uberização do Trabalho, exibido
na 8ª Mostra de Cinema Ecofalante
2019; Luci Praun, professora da Uni-
versidade Federal do ABC (Ufabc) que
pesquisa a reestruturação produtiva
provocada pela automação e o adoeci-
mento de trabalhadores; Ricardo Antu-
nes, professor da Unicamp e Rodrigo
Carelli, procurador do trabalho e pro-
fessor da Universidade Federal do Rio
de Janeiro, abordam as relações no tra-
balho gerenciado por aplicativos numa
roda de conversa sobre o tema “Ube-
rização no mundo do trabalho : reper-
cussões na vida das pessoas”.
A necessária visibilidade dos aci-
dentes, doenças e sofrimentos decor-
rentes do trabalho continua na pauta do
Congresso, este ano a partir de três a-
presentações na mesa “Acidentes, do-
enças e sofrimento no trabalho: visibili-
dade social. Experiências de Campinas
e São Bernardo do Campo”, no dia 30.
Uma delas será feita pelo procurador
Mário Antônio Gomes, da campanha “A
Dor Pode Te Marcar”, iniciativa da Pro-
curadoria da 15ª Região do MPT-Cam-
pinas, com o apoio da Prefeitura Muni-
cipal de Campinas e do Centro de Re-
ferência Regional em Saúde do Traba-
lhador. O objetivo da campanha é cha-
mar atenção para a saúde física e mental
do trabalhador, destacando a existência
de doenças motoras e transtornos men-
tais causados por atividades de trabalho
que podem acarretar marcas permanen-
tes na vida do trabalhador. Entre outras
ações, foi instalado o primeiro “Aciden-
tômetro do Trabalho” do país, que mos-
tra, em tempo real, os principais dados
sobre acidentes e doenças do trabalho.
A outra apresentação será feita por
Eliana Pintor, mestre em Psicologia da
Saúde, ex-coordenadora do Centro de
Referência em Saúde do Trabalhador de
São Bernardo do Campo e Interlocutora
de Saúde do Trabalhador no ABC pau-
lista pela Secretaria de Estado da Saúde
de São Paulo. Ela contará em detalhes
a experiência desenvolvida no municí-
pio de São Bernardo do Campo, com o
objetivo de dar visibilidade à violência
cotidiana dos ambientes de trabalho
que se traduzem em acidentes, doen-
ças, maus tratos de toda ordem pela
Frente Municipal de Prevenção e En-
frentamento da Violência no Trabalho,
formada por vários sindicatos, Pastoral
Operária, o Programa Cidade de Paz e
o Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador de São Bernardo do Cam-
po.
A magistrada Delaíde Alves Miranda
Arantes, ministra do Tribunal Superior
do Trabalho, participa da mesa, com a
apresentação das ações e atividades
ligadas ao Trabalho Seguro - Programa
Nacional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho, do qual é coordenadora e
que, desde 2012 se estruturou nacio-
nalmente, com a participação de gesto-
res nacionais, regionais e interinsti-
tucionais. De origem simples, Delaíde
trabalhou como doméstica e vendedora
de tratores para pagar a faculdade e
depois de formada, voltou-se para a ad-
vocacia trabalhista e se dedicou a in-
tensa militância nos movimentos so-
ciais. Como magistrada, levou essa ex-
periência para o Tribunal Superior do
Trabalho, cargo que ocupa desde mar-
ço de 2011 por indicação da OAB e no-
meação da ex-presidente Dilma Rous-
seff.
O evento inclui a busca por cami-
nhos de luta pela garantia dos direitos,
raízes da negligência e do descaso com
a vida, a segurança e a saúde de quem
produz as riquezas, a necessidade do
resgate da educação e da cidadania, e
ainda um debate sobre a diversidade
inerente à humanidade. Outros nomes
serão confirmados nos próximos dias.
O Congresso Internacional de Ciên-
cias do Trabalho, Meio Ambiente, Di-
reito e Saúde acontece desde 2012 co-
mo uma resposta às dificuldades de
mobilização e intercâmbio - de ideias e
forças - dos vários grupos envolvidos
no mundo do trabalho no Brasil e nos
demais países da América Latina. Volta-
do para a compreensão das transforma-
ções nas relações de trabalho em vir-
tude de mudanças tecnológicas que al-
teram a organização e a gestão do tra-
balho, procura discutir e propor avan-
ços no aprimoramento de políticas pú-
blicas de proteção de direitos sociais e
humanos, dentre os quais o direito ao
trabalho digno, ao meio ambiente e à
saúde.
SERVIÇO:
VI Congresso Internacional de Ciên-
cias do Trabalho, Meio Ambiente, Direi-
to e Saúde: acidentes, doenças e sofri-
mentos do trabalho
Promoção: Associação Brasileira de
Advogados e Advogadas Sindicais (A
BRAS), Departamento Intersindical de
Estudos e Pesquisas de Saúde (DIE
SAT), Departamento de Direito do Tra-
balho e da Seguridade Social da Facul-
dade de Direito da USP
Data: 26 a 30 de agosto de 2019
Local: Salão Nobre da Faculdade de
Direito da SP - Largo São Francisco, 95,
Centro. São Paulo/SP
Inscrições: CLIQUE AQUI
Mais informações:
SITE DO CONGRESSO N