Norminha
Desde 18/08/2009
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Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - 51/09860-8 - Ano 11 - 07 de novembro de 2019 - Nº 544
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Norminha, 07/11/2019 Novembro Azul é um movimento
mundial que acontece durante o mês de
novembro para reforçar a importância
da prevenção e do diagnóstico precoce
do câncer de próstata. A doença é o se-
gundo tipo de câncer mais comum en-
tre os homens brasileiros e as maiores
vítimas são homens a partir dos 50
anos, além de pessoas com presença
da doença em parentes de primeiro
grau, como pai, irmão ou filho.
O que é a próstata
A próstata é uma glândula masculi-
na que tem forma de uma noz e fica logo
abaixo da bexiga e à frente do reto. O
órgão envolve a porção inicial da uretra,
tubo pelo qual a urina é eliminada da
bexiga.
O que é câncer de próstata?
Durante o funcionamento da prósta-
ta, algumas células podem se desen-
volver e multiplicar de forma anormal,
provocando o surgimento de um tumor.
O câncer de próstata é o segundo mais
incidente entre os homens no Brasil, a-
penas atrás do câncer de pele não me-
lanoma. Estima-se 68.220 mil novos
casos da doença no país, em 2018. O
risco estimado é de cerca de 66,12 no-
vos casos para cada 100 mil homens.
Sintomas
A doença pode não apresentar (ou a-
presentar poucos) sintomas em sua fa-
se inicial. Em alguns casos, os sinais
são parecidos com os do crescimento
benigno da próstata (dificuldade de uri-
nar, necessidade de urinar mais vezes
durante o dia ou à noite). Na fase mais
avançada, o paciente pode ter dores nos
ossos, sintomas urinários ou, nos ca-
sos mais graves, infecção generalizada
ou insuficiência renal.
Quando procurar o médico?
- Quando o homem perceber sinais
e sintomas sugestivos da doença, co-
mo: dificuldade de urinar; diminuição
do jato de urina; necessidade de urinar
mais vezes durante o dia ou à noite; e
sangue na urina. A detecção do câncer
de próstata pode ser realizada com exa-
mes clínicos, laboratoriais ou radiológi-
cos (diagnóstico precoce).
- Os homens sem sinais ou sinto-
mas, mas pertencentes a grupos com
maior chance de ter a doença, podem
realizar com exames de toque retal e de
sangue para avaliar a dosagem do PSA
(Antígeno Prostático Específico).
Novembro Azul: A importância de se cuidar eSocial passa a substituir Livro de Registro de Empregados
Norminha, 07/11/2019 As anotações na carteira de trabalho e o
registro eletrônico de empregados vão
ficar mais fáceis. Portaria publicada no
último dia 1º de novembro do Diário O-
ficial da União (DOU) permite o registro
por meio das informações prestadas ao
Sistema de Escrituração Digital das O-
brigações Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas (eSocial).
Pela Portaria nº 1.195, de 30 de ou-
tubro de 2019, da Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho, para substituir
o livro de registro dos empregados pelo
eSocial, os empregadores devem optar
pelo registro eletrônico dos trabalhado-
res. Os que não fizerem essa opção de-
vem continuar com o registro em meio
físico. E, neste caso, vão ter um ano pa-
ra adequarem os documentos ao con-
teúdo previsto na regra.
Dados presentes no eSocial também
vão abastecer a Carteira de Trabalho Di-
gital. Dessa forma, o empregador que
prestar as informações para o registro
de empregados no prazo correspon-
dente não vai precisar fazer o mesmo
trabalho para anotar na carteira. Para o
trabalhador, todas as informações esta-
rão disponíveis pelo aplicativo Carteira
de Trabalho Digital.
Além do livro de registros e da car-
teira de trabalho, as informações pres-
tadas ao Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) e à Relação
Anual de Informações Sociais (Rais)
também serão substituídas pelo eSo-
cial. N
4º encontro do GTHOST MS
Norminha, 07/11/2019 O Grupo Técnico de Higiene Ocupacio-
nal e Segurança do Trabalho do Mato
Grosso do Sul (GTHOST-MS) tem pro-
gramação definida para a realização do
seu 4º Encontro Técnico.
O evento será realizado no próximo
dia 29 de novembro de 2019, das 8 às
12h30, na Sala de Convenção do Druds
Hotel, Avenida Ranulpho Marques Leal,
2661 em Três Lagoas (MS).
Inscrições: [email protected]
Bruna (67) 99188-9949
Maria (67) 99279-2359
As palestras a serem proferidas são:
“Segurança comportamental” por
Kenya Faria - Psicóloga, Coach, MBA
em Gestão estratégica de pessoas e Es-
pecialista em desenvolvimento de líde-
res e times de alta performance;
“Impacto do resultado da calibração
em relação à conformidade, seleção e
uso de sonômetros de audiodosíme-
tros” por Enrique Bondarenco – Diretor
técnico da Total Safety; e,
“Proteção radiológica” por Hugo
Luiz Fagundes Siqueira – Coordenador
de HMST da Eldorado Brasil.
O evento é gratuito e voltado para
profissionais da SST, com vagas limi-
tadas. N
Norminha, 07/11/2019 Com objetivo de promover uma inte-
gração entre temas pertinentes da Gi-
nástica Laboral, Recursos Humanos e
Gestão da Saúde Ocupacional facilitan-
do uma melhor compreensão da contri-
buição dos programas de Qualidade de
vida no Trabalho na saúde física, social
e mental dos trabalhadores; será reali-
zado em Vitória (ES) o Iº Fórum Capixa-
ba de Ginástica Laboral.
O evento é voltado para estudantes e
graduados em Educação Física, Gesto-
res de RH, Médicos, Enfermeiros, Fisio-
terapeutas, Engenheiros, e área afins.
O fórum será realizado no dia 30 de
novembro de 2019, das 08h15 às 17h
00, no Auditório Faculdade Multivix.
Terá uma Mesa de Discussão: Os
impactos dos programas de qualidade
de vida e segurança do trabalho para
gestão de ambientes mais produtivos e
saudáveis.
Apresentação sobre “Como contra-
tar esses serviços com segurança, qua-
Como é feito o diagnóstico de cân-
cer de próstata?
O exame de PSA é solicitado anual-
mente para acompanhar as alterações
específicas da próstata. O resultado,
quando alterado, pode indicar situa-
ções como inflamações, infecções, hi-
perplasia (crescimento benigno) e tam-
bém o surgimento do câncer de prósta-
ta. O toque retal e a dosagem do PSA
servem para indicar a necessidade da
biópsia da próstata (retirada e análise
de fragmentos da glândula e única for-
ma de confirmar uma suspeita de cân-
cer). A realização de exames é reco-
mendada quando há presença de sinais
e sintomas, conforme preconiza o Mi-
nistério da Saúde.
Como posso prevenir?
Adotar hábitos saudáveis diminui o
risco de várias doenças, inclusive o
câncer. Recomendamos:
- Manter uma alimentação saudável
e equilibrada; Não fumar; Identificar e
tratar adequadamente a pressão alta, di-
abetes e problemas de colesterol; Man-
ter um peso saudável; Praticar regular-
mente atividades físicas. N
lidade e comprometimento” por Dra.
Valquíria de Lima – SP; e realização de
várias oficinas.
O período de inscrição estará dispo-
nível até 1 dia antes da data do evento.
Não serão aceitas inscrições no dia do
evento.
CLIQUE AQUI para obter mais infor-
mações e efetuar sua inscrição.
O evento é uma realização da Asso-
ciação Brasileira de Ginástica Laboral
com apoio do FINDES e SESI. N
Seminário Prevenir em Vitória (ES)
Norminha, 07/11/2019 Será realizado no dia 27 de novembro
de 2019, das 9 às 17 horas em Vitória
(ES) o Seminário Prevenir, com entrada
gratuita.
O evento será realizado no Auditório
do SEBRAE que fica na Rua Belmiro Ro-
drigues da Silva, 170, Enseada do Suá.
Para garantir sua participação,
CLIQUE AQUI e faça sua inscrição agora
mesmo!
A realização do Seminário na Sema-
na Prevenir 2019 tem por objetivo à atu-
alização e a capacitação do trabalhador,
através de uma programação com diver-
sos temas que serão abordados por es-
pecialistas que dividirão com os parti-
cipantes seus conhecimentos e experi-
ências, a fim de criar uma rede de in-
formações útil para todos.
Programação completa e Inscrições
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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 544 - 07/11/2019 - Fim da Página 01/12
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Iº Fórum Capixaba de Ginástica Laboral
Acesso para os bombeiros
Norminha, 07/11/2019 Por Mário Sobral Júnior*
Imagine que começou um incêndio na
sua empresa, você aciona os brigadis-
tas e liga imediatamente para os bom-
beiros.
Professor, vou seguir o exemplo,
mas imaginando que foi na sua em-
presa que aconteceu este incêndio!
Ok, engraçadinho! Agora imagine
que o princípio de incêndio é nos fun-
dos da fábrica e o ideal seria que o ca-
minhão do Corpo de Bombeiro che-
gasse nesta área. Será que na sua ou na
minha empresa este acesso seria fácil
ou pelo menos possível?
Professor, ainda não avaliei esta si-
tuação.
Quais são os critérios?
Primeiro é verificar se o acesso pos-
sui a largura livre mínima de 6,0m, altu-
ra livre mínima de 4,5 m e resistência
do pavimento de 25.000 kg (carga dis-
tribuída em dois eixos).
Qual a norma estabelece estes parâ-
metros, professor?
A Instrução Técnica 06 do Corpo de
Bombeiros de São Paulo e que é uti-
lizada em vários estados (verifique se é
o parâmetro legal na sua cidade). Além
disso é importante analisar a distância
dos bombeiros até a sua fábrica para ter
uma noção de tempo de deslocamento.
Aproveite para verificar se neste ca-
minho as ruas terão dimensões ade-
quadas e se não terão barreiras como,
por exemplo: placas de propaganda e
rede pública aérea de energia que pos-
sam atrapalhar a passagem do veículo.
No caso de sua empresa ser em um
edifício é preciso verificar qual o al-
cance máximo das escadas do corpo de
bombeiro e se este também não seria
um limitante, seja por não alcançar a al-
tura necessária ou por não ser possível
o acesso imediato devido à presença de
árvores ou outros obstáculos.
Professor, caso o acesso não seja
possível?
Primeiro, fique feliz por ter identifi-
cado o problema previamente, depois
comece a verificar quais ações serão
necessárias para possibilitar este aces-
so e o que é preciso providenciar como
recurso interno para agir no caso de um
sinistro.
N
Autor: Mário Sobral Júnior
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Leia mais no SEGURITO de Novembro
Espaços colaborativos e sustentáveis viram tendência no
setor imobiliário corporativo
Norminha, 07/11/2019 Segundo dados divulgados na publicação Estratégia de Urbanização Sustentável
do PNUD, mais da metade da população do mundo vive em áreas urbanas. Até
2030, 60% da população global viverá em cidades. 90% desse crescimento urbano
será no mundo em desenvolvimento. O desenvolvimento sustentável trouxe muitos
avanços para a sociedade. Entre eles, os espaços colaborativos passaram a ser pla-
nejados com mais cuidado. Atualmente os empreendimentos mostram mais aten-
ção com a arquitetura sustentável, e os escritórios de trabalho compartilhados, que
são tendência nas grandes cidades, estão atendendo premissas de respeito ao meio
ambiente e cooperação.
De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, de já-
neiro a agosto deste ano foram abertos 2,1 milhões de cadastros, quantidade 20,7%
maior do que o mesmo período em 2018. Esses novos negócios buscam se desen-
volver em espaços colaborativos, flexíveis e sustentáveis, que reflitam as mudanças
de relacionamento, bem como acompanhem as novas tecnologias.
Espaços colaborativos e sustentáveis
Para a arquiteta Gabriela Gontijo, do Studio Gontijo, as empresas estão buscan-
do espaços colaborativos mais amplos e dinâmicos, que facilitem o desenvolvi-
mento do trabalho e o compartilhamento de ideias. “A demanda por ambientes sus-
tentáveis mais aconchegantes e reversíveis também aumentou, tanto pelo melhor
aproveitamento dos espaços quanto pela qualidade de trabalho e, consequen-
temente, o aumento da produtividade dos funcionários", explicou
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2018 hou-
ve mais de 98 mil compras de imóveis. A expectativa é que em 2019 as vendas no
mercado imobiliário de médio e alto padrão cresçam mais de 30% em relação a
2018, incluindo os imóveis corporativos. Cabe ao setor imobiliário se adequar às
últimas tendências de mercado, que diante da disseminação da consciência
ambiental no meio empresarial trazem profissionais que exigem espaços colabo-
rativos com ambientes sustentáveis.
Selos de sustentabilidade
Um pedido comum, por exemplo, é o planejamento de espaços colaborativos
com divisões horizontais e espaços verdes, além de garantir o conforto dos clientes.
O engenheiro Alexandre Thiago Parcianello, da Evoris Participações e Investimen-
tos Imobiliários, comentou que a demanda crescente no mercado imobiliário corpo-
rativo é por estações de trabalho que possuam energias renováveis, qualidade am-
biental, essência estética e funcionalidade.
De acordo com o engenheiro, a indústria da construção civil é um dos setores
que mais desperdiçam materiais. Para solucionar o problema foram criados selos
de sustentabilidade que auxiliam organizações a conciliar o crescimento socioeco-
nômico com as responsabilidades ambientais. Parcianello destacou dois: "O selo
AQUA-HQE visa acompanhar todo o projeto, avaliando questões construtivas e
ambientais. Já o LEED é uma certificação que prioriza a economia de energia, o uso
sustentável dos recursos, bem como a redução dos custos".
Leia a matéria completa no link:
https://ecowords.com.br/espacos-colabora…ario-corporativo/
Curso de Formação de Instrutor de Operador de PTA – Plataforma de
Trabalho Aéreo Articulado e Tesoura
Ribeirão Preto (SP) 27, 28, 29 e 30 de novembro - 08 às 18 horas
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Confinado - NR 33, CIPA -NR 5, Operadores de: Empilhadeira, Ponte Rolante,
Pá Carregadeira, PTA, entre outros.
Página 02/12 - Norminha - Nº 544 - 07/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 544 - 07/11/2019 - Fim da Página 02/12
Norminha, 07/11/2019
Com a nova lei de proteção de dados
que entrará em vigor no próximo ano, é
mais urgente a necessidade de adequa-
ção por todos os profissionais, incluin-
do entre eles, os psicólogos, que fazem
o armazenamento e coleta de dados de
clientes e pacientes, a fim de evitar mul-
tas, que podem chegar até 2% (dois) do
faturamento da empresa.
Separamos sete dicas que podem a-
judar os psicólogos na hora de se ade-
quar:
1) Os dados coletados durante uma
sessão de psicologia referentes à saúde,
física ou mental são classificados pela
citada Lei, como dados sensíveis.
2) O psicólogo ou clínica/hospital, é
classificado pela Lei Geral de Proteção
de Dados, como controlador de dados,
ou seja, é aquele que toma as decisões
referentes ao tratamento de dados pes-
soais.
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3) O tratamento de dados pessoais
sensíveis somente poderá ser feito
quando o titular ou seu responsável le-
gal (no caso de crianças e adolescentes)
der um consentimento para finalidades
determinadas, de forma que esse con-
sentimento deva ser específico e desta-
cado.
4) Caso o titular dos dados ou seu
responsável não dê o consentimento, o
tratamento poderá ser realizado, dentre
outras hipóteses, para: Cumprimento de
alguma obrigação disposta em lei ou re-
gulação.
Sete dicas sobre Tratamento de Dados Pessoais para Psicólogos
5) De acordo com a Resolução CFP
001/2009, é obrigatório o registro do-
cumento da prestação de serviços psi-
cológicos, obrigação essa que supre o
requisito destacado no item anterior, e
dispensa o fornecimento de consenti-
mento específico e destacado para o ar-
mazenamento dos dados pessoais sen-
síveis do titular pelo prazo que consta
na resolução CFP 007/2003, qual seja
cinco anos.
6) A segurança dos dados é de res-
ponsabilidade do controlador, podendo
este ser responsável por qualquer vaza-
mento de dados pessoais.
7) É proibida a comunicação ou o
uso compartilhado entre controladores
de dados pessoais sensíveis referentes
à saúde com objetivo de obter vanta-
gem econômica, exceto nas hipóteses
de portabilidade de dados, quando con-
sentido pelo titular ou quando a comu-
nicação for necessária para a adequada
prestação de serviços de saúde suple-
mentar.
Dessa forma, é importante que te-
nham uma equipe jurídica atualizada e
preparada para apoiar a adequação do
profissional ou da empresa, diminuin-
do os riscos do negócio frente a novi-
dade legal. N
Por Laís Arduini
FONTE:
https://ndmadvogados.com.br/artigos/sete-
dicas-sobre-tratamento-de-dados-pessoais-
para-psicologos
A ESTI-MO que realiza o curso,
tem 33 anos de experiência em
treinamento e formação de
profissionais.
Insalubridade no Mercado de EPI: Você realmente sabe sobre isto?
Atraso reiterado de salários. Quais são os meus direitos?
Meu empregador atrasa o pagamento de meu salário quase todo mês. O salário
chega a atrasar 20 dias. Tenho direito a indenização?
Página 03/12 - Norminha - Nº 544 - 07/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 07/11/2019
Quem trabalha na indústria, em
qualquer atividade que ofereça um risco
à sua saúde, já deve ter ouvido falar em
Insalubridade, mas será que realmente
entendem o que esse termo significa na
prática?
A Insalubridade foi estabelecida pela
Norma Regulamentadora 15 (NR 15),
na seção 13 da lei nº 6514/1977 e é por
causa dessa lei que os trabalhadores
que exercem atividades com alto grau
de risco, como aqueles que lidam com
radiação ou calor excessivo, têm um a-
dicional de 30% ao salário-mínimo
sem qualquer acréscimo de prêmio,
gratificação ou parte do lucro da em-
presa.
Entenda melhor!
O que é Insalubridade?
Simplificando, a Insalubridade refe-
re-se à exposição do trabalhador aos
agentes nocivos à sua saúde em níveis
acima dos limites tolerados pela Secre-
taria do Trabalho.
Esse benefício foi criado como uma
medida não só para garantir a vida do
trabalhador, mas para contribuir junto a
outras ferramentas, como os Equipa-
mentos de Proteção Individual (EPI),
definindo o que oferece risco e como
prever um acidente no trabalho.
Como é definida?
Geralmente, é feita uma vistoria para
definição do grau de Insalubridade da-
quele ambiente. Disso é gerado um do-
cumento feito apenas por um Enge-
nheiro de Segurança ou Médico do Tra-
balho, de acordo com o artigo 195 da
Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Mas a realização da perícia no
estabelecimento ou setor é facultada às
empresas ou sindicatos das categorias
profissionais interessadas.
O benefício ainda se divide em três
graus (máximo, médio e mínimo). Um
exemplo de Insalubridade de alto grau é
o trabalho de um Soldador que, mesmo
com diversos EPIs, como a Luva para
Alta Temperatura de Cano Longo, ainda
está sujeito a riscos de saúde.
Quais são os benefícios da Insalu-
bridade?
Somando-se ao benefício citado an-
teriormente, de acordo com o artigo 192
da lei nº 6514/1977, “o exercício de tra-
balho em condições insalubres, acima
dos limites de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho, assegura a
percepção de adicional respectivamente
de 40% (quarenta por cento), 20% (vin-
te por cento) e 10% (dez por cento) do
salário-mínimo da região, segundo se
classifiquem nos graus máximo, médio
e mínimo”.
Além desses acréscimos financei-
ros, ainda há a Aposentadoria por In-
salubridade que não possui idade míni-
ma, mas é um benefício para quem tra-
balhou 25, 20 ou 15 anos com agentes
nocivos (químicos, físicos ou biológi-
cos) e ainda não possui o fator pre-
videnciário.
De acordo com a lei, a Insalubridade
só pode ser eliminada ou neutralizada
com o uso de medidas de conservação
do ambiente de trabalho e os EPIs, a
exemplo das Luvas Térmicas Alumini-
zadas.
Divisão da NR 15
Para entender a questão da Insalu-
bridade como um todo é importante
estar familiarizado com a Norma Regu-
lamentadora 15. Ela é dividida em 14
anexos, indo desde agentes físicos ge-
rais a alguns químicos específicos co-
mo o benzeno.
Ainda possui uma diferença no que-
sito de organização, porque alguns a-
nexos possuem níveis de tolerância,
como o que define calor, uma vez que
exige a realização de um cálculo mate-
mático para a quantidade da exposição
e outros fatores. N
Pedro Bezerra SUPREMA
Norminha, 07/11/2019 O salário é o principal direito do
trabalhador, tendo em vista que é a prin-
cipal contraprestação pelos serviços re-
alizados em favor da empresa.
Assim como o empregado tem o de-
ver, por força do contrato, de cumprir
sua jornada semanal de trabalho, a em-
presa tem o dever de pagar ao empre-
gado o salário devido na data correta.
A CLT (Consolidação das leis do tra-
balho), em seu artigo 459, parágrafo 1º,
estabelece que nos casos de pagamento
de salário mensal, este deverá ocorrer
até o 5º dia útil subsequente ao mês tra-
balhado. Assim, em regra, o trabalhador
recebe no mês seguinte ao trabalhado.
Dessa forma, a empresa que não rea-
liza o pagamento até o 5º dia útil do mês
subsequente está descumprindo o con-
trato de trabalho.
O descumprimento do contrato de
trabalho pela empresa pode ensejar
consequências, assim como ocorre em
relação ao empregado faltoso com suas
obrigações.
Dessa forma, dois serão os direitos
do trabalhador em virtude do atraso rei-
terado de salários:
a) A rescisão indireta do contrato -
também conhecida como a justa causa
do empregador. É a situação em que o
empregado “demite” o empregador.
b) Indenização por danos morais - O
TST (Tribunal Superior do Trabalho)
entende que o atraso reiterado de salá-
rios enseja o pagamento de indeniza-
ção por danos morais in re ipsa (pre-
sumido), tendo em vista que o atraso de
salários gera “estado permanente de a-
preensão” e impossibilita o trabalhador
de honrar seus compromissos e sus-
tentar sua família.
Nesses casos, o empregado não
precisa comprovar a ocorrência de aba-
lo psicológico, tampouco a inclusão de
seu nome em órgãos de proteção ao
crédito (SPC, Serasa, etc).
Precisará tão somente comprovar os
atrasos reiterados de salário. O dano é
presumido. N
Marcelo Branco Gómez
Advogado especialista em Direito e Processo
do Trabalho
instagram: @marcelobrancoadv
Norminha, 07/11/2019 Uma trabalhadora que ficou totalmente
incapacitada para exercer sua função
por causa de doença ocupacional deve
receber pensão mensal equivalente a
100% do seu salário, mesmo que esteja
apta a exercer outras funções. Isso por-
que a pensão devida à vítima deve levar
em conta o trabalho para o qual se ina-
bilitou, não refletindo na possibilidade
de exercício de outra atividade.
A decisão é da 2ª Turma do Tribunal
Superior do Trabalho ao condenar uma
montadora a pagar pensão a uma mu-
lher equivalente a 100% da remunera-
ção que ela recebia desde a data de sua
dispensa até completar 75 anos de ida-
de.
Na defesa, a montadora argumentou
que a empregada não estava totalmente
incapacitada para o trabalho, pois se-
gundo o laudo, era admissível sua reco-
locação no mercado de trabalho em ou-
tra função em que ela não utilizasse os
membros debilitados. Essa espécie de
“condição residual” de trabalho, segun-
do a empresa, tornaria injusto o paga-
mento da pensão mensal integral.
No entendimento da relatora do re-
curso de revista da empregada, ministra
Delaíde Miranda Arantes, a definição do
valor da pensão deve levar em conta o
trabalho para o qual a empregada se
inabilitou.
“No caso dos autos, a lesão sofrida
impede a trabalhadora, de forma total e
permanente, de exercer aquele ofício ou
aquela profissão por ela antes pratica-
da. Desse modo, a pensão deverá cor-
responder à importância do trabalho
para o qual se inabilitou, o que significa
o valor integral da remuneração por ela
recebida quando em atividade”, con-
cluiu. A decisão foi unânime. N
Sombras que iluminam
Norminha, 07/11/2019 Doze atletas sem deficiência começam
hoje, quinta (7) a busca por medalhas
para o Brasil no Mundial de Atletismo
Paralímpico. São atletas-guia, aqueles
que acompanham os deficientes visuais
nas disputas. Ao todo, a delegação bra-
sileira no mundial terá 17 deficientes
visuais, mas apenas parte deles conta
com os guias, pois alguns competido-
res, com baixa visão, conseguem com-
petir sozinhos.
Ser atleta-guia não é uma tarefa sim-
ples. A rotina de treinos é exatamente a
mesma de um atleta de alto rendimento.
E os tempos percorridos, muitas vezes,
são próximos aos feitos por atletas do
esporte convencional. Não por acaso, é
comum encontrar entre os guias atletas
que tiveram algum destaque em catego-
rias de base, mas que não decolaram,
ou veteranos do esporte convencional.
Uma sincronia tão grande, certa-
mente, não é construída apenas na pis-
ta. São experiências compartilhadas no
cotidiano, laços atados por nós invisí-
veis, muito mais fortes que as pequenas
cordinhas que os unem durante as pro-
vas.
Em todos os eventos os atletas-guia
já são reconhecidos e recebem as me-
dalhas, assim como os paratletas. Após
compartilharem os momentos de trei-
no, dor e planejamento, também viven-
ciam juntos o pódio. Não ocupam o
espaço principal. São como sombras.
Discretos, mas essenciais para que a
luz dos astros principais possa ser per-
cebida.
N
Agência Brasil
Capacidade de exercer outra função não afasta direito a pensão integral
A decisão é da 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho
STF discute se empresa deve
pagar contribuição por
salário-maternidade
Norminha, 07/11/2019 O Supremo Tribunal Federal (STF)
começou ontem (6/11) a discutir se é
constitucional a cobrança de contribui-
ção previdenciária sobre o salário-ma-
ternidade, que é recebido pelas mulhe-
res empregadas que se licenciam após
o parto.
Até o momento, o placar está 4 a 3
pela inconstitucionalidade da cobrança.
Ainda indefinido, o julgamento foi in-
terrompido por um pedido de vista
(mais tempo de análise) do ministro
Marco Aurélio Mello. Não há prazo para
que o assunto, há mais de dez anos em
tramitação no Supremo, volte à pauta
do plenário.
Os ministros discutem se o salário-
maternidade tem natureza remunerató-
ria, estando assim sujeito à cobrança,
ou se é um benefício de caráter indeni-
zatório, que estaria isento da cobrança
da alíquota do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), atualmente entre
9% e 11%.
Hoje, o salário-maternidade é pago
pelo empregador às mães licenciadas,
mas a quantia é depois descontada dos
débitos tributários da empresa, que as-
sim transfere o ônus para o governo.
Ainda assim, pela legislação vigente, a
empresa precisa incluir o valor na base
de cálculo da contribuição previden-
ciária que incide sobre sua folha de
pagamento, sendo obrigada a arcar por
conta própria com a alíquota do INSS.
O salário-maternidade tem o mesmo
valor dos vencimentos normais e é pa-
go durante toda a licença de 120 dias à
mãe com carteira assinada. Em troca de
benefícios fiscais, algumas empresas
permitem a prorrogação do afastamento
por mais 60 dias, sem prejuízo do rece-
bimento do salário integral. N
Agência Brasil
sil, representante nacional da organiza-
dora alemã, ratifica que é muito rele-
vante a qualidade dos parceiros que a
Messe Düsseldorf vem conquistando
pelo mundo e não seria diferente no
Brasil. “Temos uma longa relação de
confiança com a ABIMO e aprendemos
que, para ter sucesso em feiras regio-
nais, é preciso contar com parceiros de
peso. A colaboração é o principal fun-
damento para gerar frutos em uma par-
ceria. Reconhecemos a força da Asso-
ciação em promover negócios junto ao
trade de saúde local”, afirma. A Medical
Fair Brasil conta ainda com o apoio da
Abraidi (Associação Brasileira de Im-
portadores e Distribuidores de Produtos
para Saúde), Abramed (Associação Bra-
sileira de Medicina Diagnóstica, APM
(Associação Paulista de Medicina), C
MB (Confederação das Santas Casas de
Saúde: Maior evento do setor no mundo, Feira MEDICA terá edição no Brasil a partir de 2020
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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 544 - 07/11/2019 - Fim da Página 04/12
Norminha, 07/11/2019
O maior evento mundial da área de
saúde terá uma edição brasileira a partir
de 2020. Trata-se da MFB (Medical Fair
Brasil), que será promovida pela Messe
Düsseldorf, organizadora da Feira ME-
DICA, evento reconhecido como o ma-
ior do setor de saúde no mundo por
reunir mais de 6.200 expositores e 120
mil visitantes, estimulando a realização
de negócios no trade por todo o globo.
O tamanho do Brasil, bem como
suas oportunidades por ser o oitavo
maior mercado de saúde do mundo,
despertou a atenção da Messe Düssel-
dorf, e a primeira edição do evento já
tem data marcada: entre 5 e 8 de maio
de 2020 no Expo Center Norte, em São
Paulo. A tradicional feira alemã já é rea-
lizada em 13 países e vê, no Brasil, um
hub para o mercado latino-americano,
potencializando a geração de negócios
para a indústria de saúde local.
Para Wolfram Diener, diretor-geral
da Messe Düsseldorf, as oportunidades
encontradas no país são extremamente
relevantes. “O Brasil é uma das princi-
pais economias da América Latina e há
muito que trabalhar no trade de saúde
brasileiro”, explica. Reunindo todos os
principais players mundiais do seg-
mento, a MEDICA tem sido uma exce-
lente plataforma de negócios para o se-
tor e, na edição brasileira, não será di-
ferente, visto que a organização espera
trazer, para a primeira edição do evento,
20 pavilhões internacionais.
A MFB tem o apoio institucional da
ABIMO (Associação Brasileira da In-
dústria de Artigos e Equipamentos Mé-
dicos, Odontológicos, Hospitalares e
de Laboratórios), e, para Franco Palla-
molla, presidente da associação, essa é
uma excelente oportunidade que agrega
também um grande reconhecimento do
trabalho da entidade no segmento. “A
ABIMO, trabalhando pelo desenvolvi-
mento da saúde brasileira e atendendo
às necessidades desse complexo setor,
aceitou o convite para ser parceira da
Feira MEDICA no Brasil, o que mostra
não só a confiança dos organizadores
em nossa competência e história, mas
também o nosso comprometimento em
sempre buscar e oferecer o melhor aos
nossos associados”, afirma.
Malu Sevieri, diretora da Emme Bra-
Misericórdia, Hosp. e Entidades Filan-
trópicas), entre outros.
COMO SERÁ A FEIRA
Assim como na MEDICA de Düs-
seldorf, a MFB terá uma arena aberta
onde empresas e associações repre-
sentantes do setor de saúde poderão
debater temas relevantes para essa in-
dústria. Na área, os assuntos serão va-
lidados por um board criado pela orga-
nização do evento que reunirá institui-
ções de diferentes portes. “Considera-
mos de extrema valia ouvir a necessi-
dade dos grandes players, mas também
das empresas menores que atuam fir-
memente nesse competitivo mercado.
Afinal, todos estão em busca de solu-
ções para suas demandas”, afirma Ma-
lu.
Com foco na melhor experiência do
usuário, a Medical Fair Brasil também
proporcionará aos visitantes uma arena
de infraestrutura, um verdadeiro am-
biente hospitalar que promoverá ence-
nações de problemas hospitalares do
cotidiano e palestras sobre o tema.
Os pavilhões internacionais também
têm presença garantida: já estão confir-
madas comitivas de países como Ale-
manha, Argentina, Áustria, Canadá,
China, Coreia, Espanha, Estados Uni-
dos, Índia, Irã, Japão, Portugal, Russia,
Taiwan e Turquia.
N
PORTAL RADAR
Brasil, a estimativa é de que 23 milhões
de pessoas passem por tais problemas,
sendo ao menos 5 milhões em níveis de
moderado a grave.
A neuropsicóloga Marcella Bianca
Neves, do Instituto do Cérebro e mem-
bro da Sociedade Brasileira de Neuro-
psicologia (SBNP), alerta que a solução
vai além de oferecer medicamentos e
internação. “O acompanhamento psico-
lógico frequente é fundamental para
uma vida mais saudável e produtiva.
Precisamos repensar as questões do
suicídio, da medicalização e do au-
mento de cerca de 500% no consumo
de Ritalina nos últimos anos. Temos
que mudar o paradigma de que a psi-
coterapia serve apenas para pessoas
com graves problemas psicológicos. A
psicoterapia é fundamental para todas
as pessoas e cuidar da saúde mental
não é frescura”.
A especialista destaca que alguns
estudos provam que o trabalho está to-
talmente associado ao estado emocio-
nal das pessoas. “Uma pesquisa reali-
zada pela Universidade Nacional Aus-
traliana concluiu que ter um emprego
estressante é pior para a saúde mental
dos indivíduos do que não ter emprego.
Segundo o artigo, os profissionais de-
sempregados estavam em melhores
condições do que aqueles que se sen-
tiam sobrecarregados, inseguros e mal
remunerados”, comenta.
Muitos pacientes relatam ter insônia,
acordar mais cedo do que o habitual, a-
presentar dor de cabeça constante, mau
humor, desânimo, cansaço excessivo,
falta de concentração, angústia quando
o domingo termina, mal-estar e aperto
no peito. “As doenças mentais mais co-
muns que estão relacionadas ao am-
biente de trabalho são depressão, trans-
torno de pânico, ansiedade e síndrome
de Burnout. São patologias desenca-
deadas pelo estilo de vida e podem ser
evitadas com algumas estratégias, co-
mo reconhecer que os pensamentos e
sentimentos são apenas pensamentos e
sentimentos – e não fatos; buscar auxí-
lio especializado; manter o local de tra-
balho organizado; fazer pausas; procu-
rar o autoconhecimento; desfrutar de
momentos de lazer com amigos e fami-
liares e aprender a separar o trabalho do
cotidiano”, pontua Marcella. N
Norminha, 07/11/2019 De acordo com dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), as doenças e
transtornos mentais afetam mais de 400
milhões de pessoas em todo o mundo.
Entre 75% e 85% das pessoas que so-
frem desses males não têm acesso a
tratamento adequado, conforme a Orga-
nização das Nações Unidas (ONU). No
Ambiente de trabalho pode ser gatilho para transtornos mentais
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que você só está se enganando e dei-
xando a vida passar, mas você prefere
acreditar que não.
Por que realizar aquilo que quere-
mos ou sonhamos exige tanto esforço?
Porque você precisa sair fora dessa
engrenagem. Simples assim.
Rodar fora da engrenagem, ou seja,
do padrão que a sociedade te impõe e
que retira das pessoas o tempo neces-
sário para realizar os projetos mais in-
críveis é assumir o controle da vida e
entender que a responsabilidade sobre
ela é só sua.
E isso, caros leitores, não é fácil.
"Oh, uau, é difícil fazer com que as
pessoas me conheçam."
"É difícil escrever algo bom."
"Meu sonho é advogar em casa, mas
fica difícil para os clientes me encon-
trarem."
“Tenho ideias legais, mas é difícil
saber se as pessoas vão realmente gos-
tar ou se interessar.”
Essas são algumas frases que já ouvi
ou li. Na verdade, são pensamentos que
separam aqueles que continuam fazen-
do parte da engrenagem daqueles que,
talvez, preferem reinventar a roda ou,
pelo menos, reinventá-la para si mes-
mos.
Fácil é copiar uma tese jurídica que
alguém te disse ser milionária. O difícil
é encontrar soluções a partir dos seus
próprios estudos aprofundados sobre
algum tema e convencer as pessoas de
que aquilo tem valor para elas .
Fácil é ver um vídeo de cinco minu-
Saia da corrida dos ratos. Suas ideias importam
Missão da CIPA Plano de trabalho distinto e eficaz possibilita ação preventiva na
solução de problemas
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Norminha, 07/11/2019 Você se lembra daquela época em que
tinha poucas contas para pagar, um bo-
cado a menos de responsabilidades e o
privilégio de escolher o que quisesse
para ser ou fazer?
Eu e meus amigos costumávamos
nos encontrar toda sexta-feira à noite,
depois da faculdade. Eu tinha 20 anos
nessa época. Nenhum de nós traba-
lhava no sábado ou tinha cursos para
fazer, semana para organizar, coisas do
escritório para planejar ou sei lá mais o
quê.
Coisas que fazemos hoje. A gente se
arrumava, marcava o ponto de encontro
e não tínhamos hora para voltar. Claro,
nesses encontros a gente conversava
muito. Demasiada conversa.
Falávamos sobre nossas turnês em
diversas cidades. Centenas delas. So-
bre quanto tempo levaria para fazermos
sucesso. Nós imaginávamos as pes-
soas curtindo, pedindo pra tirar fotos e
como elas se sentiriam bem ouvindo a
nossa música.
Exceto que não fizemos nada para
realmente viver isso. Numa frase bem
clichê, vou resumir essa história - ou
estória - pra você: “cada um seguiu a
sua vida”.
A verdade é que alguém pegando
um violão e tocando numa esquina teria
feito muito mais do que nós durante to-
das aquelas noites em que apenas ima-
ginávamos cenas, músicas e pessoas.
O que a maioria das pessoas esque-
ce é o quão difícil é realmente fazer a-
contecer aquilo que sonhamos. So-
nhos, metas e aquele projeto que você
tinha certeza que daria certo no seu es-
critório muitas vezes ficam esquecidos
num software qualquer de listas, e você
não consegue nem acessar mais por-
que também esqueceu a senha.
A maioria das pessoas nesse mundo
está tentando apenas vencer a corrida
de ratos.
Ao contrário da dificuldade que te-
mos em realizar aquilo que sonhamos,
essa corrida é muito mais fácil. Já tem
um script pronto do que você precisa
fazer. É só seguir e ver no que vai dar.
Funciona como se fosse uma engre-
nagem. Quando essa engrenagem roda,
ela cria desejos nas pessoas, instau-
rando um ciclo vicioso de uma socie-
dade que gira para criar desejos e pes-
soas que trabalham o tempo todo para
satisfazer esses desejos.
Quando você se dá conta, está acor-
dando todo dia pra trabalhar apenas
porque é assim que a vida é e você
precisa pagar as contas. Lá no fundo
alguma coisa te incomoda e até te diz
tos que te “ensina” a ter uma agenda lo-
tada de clientes. O difícil é refletir, pri-
meiramente, sobre o porquê você pre-
cisa ter uma agenda lotada de clientes
e, depois, desenvolver a sua própria es-
tratégia, a partir de muitos testes, erros
e incontáveis “nãos”.
É muito fácil ficar quieto aqui no
meu canto, olhando os pássaros e a na-
tureza. O difícil é buscar a minha liber-
dade intelectual, financeira, de tempo,
geográfica e infinitas outras liberdades
que vamos conquistando ao longo dos
anos em uma jornada de evolução e, me
expondo todos os dias, inspirar o
máximo de pessoas possível com as
minhas experiências.
Ao contrário do que eu e meus ami-
gos costumávamos fazer, tem uma ga-
lera de 20, 30, 40, 50 ou 60 anos lan-
çando ideias, produtos, tentando en-
contrar soluções e percebendo algo
muito comum em todos os seus pro-
jetos: o quão difícil é causar uma mu-
dança verdadeira em si mesmas e no
mundo.
Aparecer para qualquer um desses
sonhos dia após dia, mesmo quando
bate aquela vontade de desistir ou
quando você se conforma com a vida e
pensa: “é assim que a vida é e eu pre-
ciso pagar as contas”, não é tão fácil
quanto fazem parecer.
Mas a verdade é que você só vai
descobrir quando começar a fazer. Vo-
cê dá dois passos e bate em uma pa-
rede. Dá mais um passo e tropeça num
buraco.
Uma hora, e você pode esperar por
isso, você acerta em cheio.
Quando eu tinha 20 anos, no auge
dos meus sonhos e devaneios, eu não
sabia disso. Quando eu tiver 40, espero
que eu olhe para o Pedro de hoje, e di-
ga: “cara, ainda bem que você começou
lá atrás”.
E aí? Gostou do texto? Espero que
tenha acrescentado algo bom na sua vi-
da! N
Pedro Custódio - Advogado que carrega o
escritório na mochila e escreve
Norminha, 07/11/2019 Cosmo Palasio de Moraes Jr. *
Concluindo a série de cinco artigos
sobre a Norma regulamentadora 5, es-
taremos tratando de um assunto que ao
longo dos anos de nossa atuação na
área de Segurança e Saúde no Trabalho
sempre nos chamou muito a atenção: o
plano de trabalho. Nossa área sempre
teve e ainda tem um grande problema
com os tais modelos desse ou daquele
documento que, de tanto serem copia-
dos, acabam, para alguns, virando a
única forma de fazer ou ainda quase que
uma norma. Documentos podem até ser
parecidos, mas no caso da gestão de
SST, jamais serão iguais. Até porque se
referem a ambientes ocupacionais dis-
tintos (mesmo similares) e que, portan-
to, irão carecer de ações também dis-
tintas. Um documento pode servir co-
mo base e nada mais do que isso – daí
em diante o que vai fazer com que a-
quilo seja bom ou ruim ou com que a-
quela ação seja apenas teórica ou prá-
tica, é a boa velha capacidade, que anda
cada dia mais rara.
Um ponto que me chama muito a a-
tenção já há um certo tempo é a faci-
lidade que algumas pessoas têm para
falar sobre algumas coisas e, ao mesmo
tempo, a quase total noção do signi-
ficado e da prática daquilo sobre o qual
falam. Dentre essas coisas, o planeja-
mento é uma das principais vítimas.
Claro que isso reflete muito na qualida-
de da gestão e, mais ainda, na conse-
cução dos resultados. Hoje boa parte
das organizações tem um time de pla-
nejadores, mas raros executores.
Além disso, temos também uma
grande quantidade de “administradores
das novidades”, aqueles que estão
sempre na busca do sistema, ferramen-
ta ou qualquer coisa que seja, que por
si só faça todo o trabalho e magica-
mente leve à transformação. Resultados
precisam de humanos. Pena que muitas
vezes gastam fortunas das organiza-
ções e pouco ou nada obtêm de re-
sultados. E, às vezes, o caminho estava
em uma leitura e interpretação de uma
norma gratuita que sempre esteve à sua
disposição.
METAS
Em meio às atribuições da CIPA, há
dois itens que deveriam ser objeto de
atenção. O primeiro deles, o “b” onde
define-se a obrigatoriedade de um pla-
no de trabalho. É interessante – antes
de seguirmos em frente – voltarmos um
pouco ao item 2 da mesma NR, que fala
em constituição e regular funciona-
mento, o que certamente pode ser evi-
denciado com mais clareza pelo plano
de trabalho e seu cumprimento. Até
porque, sem ele, raramento encontrare-
mos uma CIPA que de fato cumpra suas
atribuições.
Um pouco mais adiante encontra-
mos o item “e”, que define que a cada
reunião seja feita a avaliação do cum-
primento das metas fixadas no plano de
trabalho. Desse modo, ele não é algo a
ser feito por fazer, devendo ser a base
formal para as ações da CIPA e, por
consequência, do cumprimento das de-
mais atribuições, quando isso se apli-
car.
A obrigação de atrelar a atuação da
CIPA a metas é uma solução para evitar
a inércia em que vive boa parte das CI
PAs. Além disso, é a possibilidade de
se evidenciar e mensurar o planeja-
mento e realização das ações preven-
cionistas.
E o que deve estar nesse plano? As
respostas estão quase todas dentro da
própria NR5 e se complementam por
leis e portarias pertinentes. Deve estar
no plano de trabalho da CIPA o que está
definido no item 16.a – a identificação
dos riscos do processo de trabalho e a
elaboração do mapa de riscos – e isso
deve ocorrer devido à necessidade do
reconhecimento do ambiente de traba-
lho por parte dos trabalhadores. Não
tem prazo, pode ser planejado ao longo
do mandato. Tratar isso com metas fará
com que o trabalho seja avaliado mês a
mês.
Outro ponto que deve estar no plano
de trabalho está no item “d”, que trata
das inspeções de segurança a serem re-
alizadas. A cada mês, como a própria
NR define, devemos avaliar quantas fo-
ram planejadas e quantas foram reali-
zadas.
Sem dúvida alguma (tal como trata-
mos no artigo anterior) a questão da in-
formação deve ser objeto de planeja-
mento – não apenas como uma formali-
dade – na direção de assuntos pertinen-
tes à realidade daquela organização. Is-
so também deve ser avaliado mês a
mês.
LIÇÃO DE CASA
Não podemos deixar de planejar a
colaboração no desenvolvimento do
PPRA (Programa de Prevenção de Ris-
cos Ambientais) e PCMSO (Programa
de Controle Médico de Saúde Ocupa-
cional), entre outros.
Claro que o processo eleitoral – pelo
envolvimento de alguns membros –
também será parte desse plano de tra-
balho.
O espaço que temos não nos permite
detalhar mais todas as obrigações e
possibilidades para esse plano de
trabalho, inclusive pelo atendimento de
itens que constam em outras normas.
No entanto, o bom e interessado gestor
certamente fará sua lição de casa. Se for
uma organização com cultura e maturi-
dade, certamente terá procedimentos
internos para auxiliar na atuação da
CIPA e os mesmos também farão a sua
parte.
N
Cosmos Palasio de Moraes Jr.
Técnico de segurança do Trabalho e
Coordenador do e-group SESMT
Santa Catarina reforça fiscalização para evitar peste suína clássica
Habilidade do profissional do futuro
Página 06/12 - Norminha - Nº 544 - 07/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 07/11/2019 O governo de Santa Catarina está
aumentando a fiscalização de veículos
que chegam ao estado para evitar con-
taminação de seu rebanho suíno com
peste suína clássica (PSC), depois que
68 focos da doença já foram identifi-
cados na Região Nordeste do país des-
de o ano passado.
“Os focos de peste suína clássica
em três estados do Nordeste acendem
um sinal vermelho para Santa Catarina.
É hora de redobrarmos nossos esforços
para garantir a saúde dos rebanhos do
nosso estado. Contamos com o apoio
de todos”, disse o secretário da Agri-
cultura, Ricardo de Gouvêa, em comu-
nicado divulgado pela Secretaria de Es-
tado da Agricultura, da Pesca e do De-
senvolvimento Rural.
O mais recente foco de PSC no
Brasil foi identificado no mês passado
em Alagoas. Em abril, a doença foi re-
gistrada no Piauí e, em outubro do ano
passado, no Ceará.
Esses três estados estão fora da área
considerada livre de peste suína clássi-
ca no Brasil, mas os dois casos identi-
ficados em Alagoas foram no município
de Traipu, na divisa com Sergipe, um
dos estados brasileiros considerados
livres de PSC, segundo a Embrapa.
Desde outubro do ano passado, fo-
ram confirmados 68 focos de peste suí-
na clássica nesses três estados brasi-
leiros, segundo informação divulgada
em comunicado pela Embrapa no início
desta semana.
Santa Catarina, maior estado produ-
tor e exportador de carne suína do Bra-
sil, tem o status de livre de peste suína
clássica da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE). O estado exportou
58,7% de toda a carne suína embarcada
pelo Brasil no primeiro semestre deste
ano.
O governo catarinense está aumen-
tando a fiscalização dos veículos vindos
do Nordeste transportando animais,
produtos e subprodutos de origem ani-
mal. Esses veículos terão de parar nas
barreiras sanitárias da Companhia Inte-
grada de Desenvolvimento Agrícola de
Santa Catarina (Cidasc) e passar por
desinfecção.
Veículos transportando animais para
fora do estado terão de fazer o registro
da placa nas Guias de Trânsito Animal
(GTA).
A Embrapa Suínos e Aves informou
que está trabalhando com a Associação
Catarinense de Criadores de Suínos (A
CCS) e a Cidasc para impedir que a
peste suína afete Santa Catarina.
Especialistas da Embrapa recomen-
dam não transportar produtos deriva-
dos de carne suína das regiões afetadas
pela doença, lavar caminhões e roupas
de transportadores que passaram por
onde foi encontrado o vírus e efetuar
controle rigoroso de acesso às granjas
de suínos por meio de um programa de
biosseguridade.
“O vírus sobrevive muito bem na
carne e nos produtos cárneos. Em carne
suína congelada a -70°C, por exemplo,
o vírus pode sobreviver durante anos,
sobrevivendo também mais de 75 dias
em salames e mais de 120 dias em lom-
bos ou pernis ibéricos”, disse o pesqui-
sador da Embrapa Suínos e Aves, Nel-
son Mores.
O cozimento dos produtos em tem-
peraturas elevadas desativa o vírus. N
Carnetec
Norminha, 07/11/2019
Por Rúbia Mara Pereira
No último post para o blog da RSData
introduzimos o assunto Segurança e
Saúde do Trabalho na Industria 4.0. Ho-
je vamos falar sobre o profissional SST
do futuro.
Devemos considerar informações re-
levantes desse processo. A era digital é
uma realidade e precisamos acompa-
nhar as mudanças que estão cada vez
mais velozes.
Diante de tanta tecnologia e auto-
mação o maior diferencial dos seres hu-
manos é “serem humanos”. Portanto as
habilidades necessárias para o profis-
sional do futuro passam exatamente por
essa linha divisória entre homens e má-
quinas.
A preparação para os novos desafios
das profissões devem ser iniciar ime-
diatamente, pois ao contrário do ocorri-
do em revoluções anteriores, onde os
trabalhadores se recolocaram sempre
em atividades com baixa exigência de
qualificação, na Industria 4.0 a recolo-
cação no mercado de trabalho exigirá
alta qualificação, o que deve ser um
ponto de atenção de todos os pro-
fissionais.
Cerca de 65% dos estudantes do
ensino médio trabalharão em profissões
que ainda não existem. Isso nos leva a
considerar as mais diversas possibi-
lidades de atuação em uma determinada
profissão afim de explorar ao máximo
todas as suas habilidades.
Profissionais em segurança e saúde
do trabalho possuem um vasto campo
de atuação desde que devidamente ca-
pacitados para tal. É possível especia-
lizar-se por exemplo em treinamentos,
consultoria, proteção e combate a in-
cêndio, laudos, programas, auditorias,
gestão, benefícios previdenciários, pe-
rícias oficiais e assistências, geradores
de conteúdo na internet, comercial, cus-
tos dentre outras.
E neste momento você pode estar se
perguntando, quais serão as habilida-
des do profissional do futuro?
De acordo com Michelle Schnedeir,
Business Executive do Linkedin em uma
palestra do TED FAAP serão as seguin-
tes:
- Resolução de Problemas Comple-
xos
- Pensamento Crítico
- Criatividade
- Liderança e Gestão de Pessoas
- Trabalho em Equipe
- Inteligência Emocional
- Julgamento e Tomada de Decisões
- Orientação e Serviços
- Negociação
- Flexibilidade Cognitiva
Observe que as habilidades supraci-
tadas são complementares e você pode
brincar com a interdependência delas de
modo que melhor se ajustar a sua re-
alidade profissional. Como exemplo a
habilidade de resolução de problemas
complexos que está diretamente ligada
a criatividade e ao pensamento crítico.
Liderança e gestão de pessoas favorece
o trabalho em equipe e que requer in-
teligência emocional e alta capacidade
de negociação. Orientação e serviços
que estará ligada a habilidade de jul-
gamento e tomada de decisão e que se
interligará a outros. Todas estas habili-
dades serão maximizadas pela flexibili-
dade cognitiva.
Vale ressaltar que algumas destas
habilidades já fazem parte do dia a dia
profissional de segurança e saúde do
trabalho, no entanto, há de se pensar na
possibilidade de ir além do óbvio. As-
sumir desafios além do esperado e fazer
da flexibilidade cognitiva e a inteligên-
cia emocional a chave para o triunfo.
Sair da zona de conforto é o grande
“x” da questão. Movimentar-se rumo ao
novo. Engajar-se em um projeto pes-
soal que o leve a excelência onde em
qualquer empresa, qualquer função, di-
ante de quaisquer dificuldades, na re-
solução de qualquer problema sobres-
saia o conjunto de habilidades traba-
lhadas e/ou adquiridas podendo leva-lo
ao exemplo do PROFISSIONAL SST 4.0.
E então? Pronto para mais um de-
safio? Quais das habilidades para o pro-
fissional de segurança e saúde do tra-
balho para Indústria 4.0 você ainda pre-
cisa trabalhar? N
RSDATA
Norminha, 07/11/2019
1. Remarque a perícia médica
No caso de auxílio-doença e auxílio-
acidente, o segurado tem que ficar a-
tento ao prazo para remarcar a perícia
médica.
Inicialmente, é concedido o benefí-
cio para o segurado por um certo perío-
do de tempo.
Entretando, caso o segurado julgue
que o prazo inicialmente concedido pa-
ra a recuperação se revelou insuficiente
para retorno ao trabalho, o mesmo de-
verá requerer uma nova perícia, antes
de terminar o prazo do benefício.
Essa perícia serve para prorrogar o
benefício.
Se o segurado perder esse prazo, fi-
cará pelo menos 30 dias impossibi-
litado de requerer nova perícia.
Para o agendamento de prorrogação
do benefício deve-se contatar a Central
135 ou pelo Meu INSS.
2. Faça a prova de vida
Os segurados que recebem benefí-
cios por meio de conta-corrente, conta
poupança ou cartão magnético, devem
comprovar, todo ano, que estão vivos.
A prova vida consiste numa apre-
sentação pessoal perante a instituição
financeira em que o segurado saca o
dinheiro do benefício.
O segurado deve apresentar um do-
cumento com foto, provando que ainda
está vivo e evitando fraudes e paga-
mentos indevidos de benefícios.
Se o segurado não fizer a prova de vi-
da, o benefício será bloqueado na insti-
tuição financeira, até que o mesmo faça
a comprovação de que está vivo.
3. Não cometa atos incompatíveis
com seu benefício
É quando pessoas realizam traba-
lhos que não deveriam em razão da na-
tureza de seu benefício previdenciário.
Por exemplo, quando um aposenta-
do por invalidez retorna ao trabalho.
Ora, se foi aposentado por invalidez é
por que estava incapaz para o trabalho.
Ou quando um beneficiário de auxí-
lio-doença posta foto nas redes sociais,
demonstrando estar completamente re-
cuperado da doença (mesmo que não
esteja).
Caso a Previdência tome ciência,
poderá, mediante os procedimentos ad-
ministrativos, cancelar o benefício e,
talvez, ainda denunciar o fato ao Minis-
tério Público Federal.
4. Mantenha histórico médico
Acredito que todo beneficiário do IN
SS sente receio quando ouve falar da fa-
mosa REVISÃO do INSS, quando a Pre-
vidência convoca o segurado para rea-
valiar a concessão do benefício.
A revisão do INSS é ato discricio-
nário da autarquia, ou seja, o segurado
pode ser convocado a qualquer mo-
mento.
Por isso, é importante que o segu-
rado mantenha um histórico médico de
sua doença, seja no caso de auxílio-do-
ença, auxílio-acidente ou aposentadoria
por invalidez.
É necessário fazer consultas perió-
dicas durante o ano, sempre guardando
os relatórios, atestados e prescrições
médicas.
Assim, quando convocado em uma
eventual revisão do INSS, o segurado
terá como demonstrar que estava se tra-
tando e, mais importante, ainda detém
a doença, incapacidade parcial ou per-
manente.
Se convocado, o segurado não tiver
nada a que apresentar, provavelmente
perderá o benefício.
5. Atualize o cadastramento no
CRAS
Essa é para os que recebem benefí-
cio assistencial, como LOAS por exem-
plo.
Aqueles que recebem o benefício
precisam manter seu cadastro no CRAS
atualizado, todo ano.
O CRAS detém um banco de dados
onde constam as informações econô-
mico-financeiras do beneficiado e, caso
estas informações não sejam atualiza-
das é possível que o CRAS corte o be-
nefício.
Neste caso, o ex-beneficiário teria
que requerer um perícia social para
comprovar novamente suas condições
e, só então, receber novamente o bene-
fício.
Sendo que durante o processo fica-
ria sem receber os valores assisten-
ciais.
N Willer Sousa Advogados
5 cuidados para não perder o benefício do INSS
Fui demitida por ser portadora de HIV. Quais são os meus direitos?
Trabalhei em uma empresa por dez anos e era uma funcionária exemplar. Assim
que souberam que sou portadora de HIV fui demitida. Tenho algum direito?
Auxílio-acidente: o que é e quais os requisitos para a concessão deste benefício
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Norminha, 07/11/2019
Um acidente, pode resultar danos
irreparáveis e insuscetíveis de cura para
o segurado, comprometendo sua inte-
gridade física e, às vezes, mental ou e-
mocional. Tais danos podem assumir
diversos graus de gravidade. Para o IN
SS, o dano que gera o direito ao auxílio-
acidente é o que confirma a perda ou a
redução definitiva da capacidade para o
trabalho (quantitativa e qualitativa),
sem caracterizar a invalidez permanente
para todo e qualquer trabalho.
Assim, o auxílio-acidente é um be-
nefício previdenciário pago mensal-
mente ao segurado acidentado, como
forma de indenização, que pode ser re-
cebido cumulativamente com o salário,
após a consolidação das lesões decor-
rentes de acidente de qualquer natureza
ou acidente de trabalho.
O auxílio-acidente somente é devido
após a consolidação das lesões ou per-
turbações funcionais de que foi vítima o
acidentado, ou seja, depois de confir-
mada a redução definitiva da capacida-
de para o trabalho que exercia ante-
riormente. Este benefício geralmente é
pago após a cessação do auxílio-do-
ença.
Exemplificando, um motorista de ô-
nibus é vítima de acidente de trânsito
durante o seu trabalho, do qual resul-
tam seqüelas definitivas em seus mem-
bros inferiores, o impossibilitando de
continuar seu labor como motorista.
Este segurado estará assim, definitiva-
mente incapaz para a função que exer-
cia (motorista de qualquer natureza),
mas não estará totalmente incapaz para
toda e qualquer atividade, podendo de-
senvolver atividades manuais, que não
exijam o uso ou esforço das pernas, co-
mo por exemplo, poderá trabalhar em
um call center, como vendedor, ou com
trabalhos meramente intelectuais. Nes-
ta hipótese, o segurado terá direito de
receber o auxílio-acidente e poderá tra-
balhar, com registro em Carteira de Tra-
balho ou efetuando recolhimentos por
GPS, vez que esta espécie de benefício
pode ser recebida cumulativamente
com o salário.
O auxílio-acidente corresponde a
50% da média salarial do segurado para
fins de benefício (salário de benefício),
pode ser pago mesmo que o segurado
continue trabalhando, e é devido até a
véspera de qualquer aposentadoria ou
até a data do falecimento. O auxílio-aci-
dente pode, inclusive, ser concedido no
valor de 50% do salário-mínimo vigen-
te (menor salário de benefício desta es-
pécie).
lário, o auxílio-acidente integra no cál-
culo para a concessão da aposentadoria
(exemplo: média das contribuições +
média dos recebimentos de auxílio-a-
cidente + regras legais, dependendo da
espécie do benefício em concessão = ao
valor da aposentadoria).
O auxílio-acidente é inacumulável
com benefício de auxílio-doença rea-
berto pela mesma incapacidade. Porém
pode, se confirmada a piora no estado
de saúde do segurado, ser convertido
em auxílio-doença ou aposentadoria
por invalidez, desde que a piora seja re-
lacionada à mesma doença que o com-
cedeu.
Vale destacar que as doenças ocu-
pacionais ou profissionais, como a LER
(lesões por esforços repetitivos), tam-
bém podem gerar a concessão do au-
xílio-acidente.
Como pode ser cumulado com o sa-
Para a concessão desse benefício
previdenciário, é necessário agendar a
perícia médica no INSS para a análise
das doenças, das sequelas e da redução
da capacidade laborativa. A forma mais
simples de proceder à marcação da pe-
rícia é através da internet no portal
“Meu INSS”, porém, também pode ser
agendada via telefone, pelo 135, ou
pessoalmente nas agências de atendi-
mento do INSS.
Como marcar a perícia médica no IN
SS através da internet:
1. Acesse a área do site do INSS
destinada à oferta de serviços aos ci-
dadãos, o MEU INSS;
2. Faça o login ou cadastro, se for o
seu primeiro acesso;
3. Depois de entrar no sistema,
escolha a opção “Agendamento”;
4. Selecione “Perícia” e clique em
“Confirmar”.
Documentos necessários para re-
querer o Auxílio-acidente e levar na pe-
rícia do INSS:
· Documento oficial de identificação
com foto, de modo a permitir o reco-
nhecimento do requerente;
· Número do Cadastro de Pessoa Fí-
sica (CPF);
· Carteira de trabalho, carnês de
contribuição e outros documentos utili-
zados para a comprovação de paga-
mentos ao INSS;
· Declaração assinada pelo empre-
gador, na qual consta informação sobre
a data do último dia trabalhado;
· Comunicação de acidente de traba-
lho (CAT), se for o caso;
· Em caso de segurado especial (co-
mo trabalhador rural, lavrador e pesca-
dor), é necessário apresentar documen-
tos que comprovem a sua situação, co-
mo por exemplo, os contratos de arren-
damento, parceria agrícola, notas fis-
cais, dentre outros;
· Atestados com as CID´s e a inca-
pacidade para o trabalho ou a redução
da capacidade pelo acidente sofrido, e-
xames, relatórios, cópias de prontuá-
rios médicos (dos postos de saúde,
hospitais, clínicas de fisioterapias etc.)
e outros documentos médicos relativos
ao seu tratamento.
Caso o benefício seja negado admi-
nistrativamente pelo INSS, após a perí-
cia médica, há a possibilidade de re-
querê-lo via judicial.
N
Renata Brandão Canella, advogada.
Norminha, 07/11/2019 Primeiramente, é importante falarmos
que o perito, ao analisar o segurado,
deve seguir um manual de perícia mé-
dica da Previdência Social.
Ou seja, é uma Instrução Normativa
que revela como o perito deve avaliar o
segurado. Entre alguma das instruções
estão: Verificar condições de saúde, os
exames, o histórico de vida e a profis-
são.
O perito enxergará o segurado como
um solicitante de benefício por incapa-
cidade. Por isso, é importante ter os do-
cumentos médicos atualizados, bem
como suas receitas médicas.
Quanto mais exames e atestados
médicos levar, melhor. Nós recomen-
damos que os documentos médicos
não ultrapassem o prazo de 3 meses.
Internações e prontuários médicos tam-
Material Editável liberado Lista Verificação Solda e Corte http://bit.ly/31Pz8H2
Inscrições! http://bit.ly/2N9Embd
Norminha, 07/11/2019 Em situações normais, o contrato de
trabalho pode ser rescindido pela em-
presa de duas formas:
a) Demissão por justa causa – nos
casos em que o empregado comete al-
guma falta grave, como as condutas
descritas no artigo 482 da CLT (Con-
solidação das leis do trabalho)
b) Demissão sem justa causa ou
imotivada – nesses casos, a empresa
não precisa justificar os motivos da de-
missão, mas deve pagar todas as ver-
bas rescisórias e uma multa de 40%
sobre o saldo de FGTS (Fundo de ga-
rantia do tempo de serviço) do empre-
gado, à título de compensação pela de-
missão.
Entretanto, há condições especiais
que visam dificultar a demissão sem
justa causa. São as estabilidades defi-
nidas na Constituição Federal, na CLT
e na jurisprudência do TST (Tribunal
Superior do Trabalho).
Pela construção jurisprudencial do
TST, o portador de HIV ou de doença
grave que suscite estigma ou precon-
ceito tem uma certa estabilidade no em-
prego.
Assim, de acordo com a súmula 443
do TST, presume-se discriminatória a
demissão de empregado portador de
HIV ou doença grave estigmatizante
(câncer, esquizofrenia, alcoolismo crô-
nico, dependência química, doença re-
nal em estágio final, etc).
Súmula nº 443 do TST
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA.
PRESUNÇÃO. EMPREGADO PORTA-
DOR DE DOENÇA GRAVE. ESTIGMA
OU PRECONCEITO. DIREITO À REIN-
TEGRAÇÃO
Presume-se discriminatória a des-
pedida de empregado portador do vírus
HIV ou de outra doença grave que sus-
cite estigma ou preconceito. Inválido o
ato, o empregado tem direito à reinte-
gração no emprego.
Nesses casos, a empresa precisa
comprovar motivos razoáveis e plausí-
veis para a demissão.
Dessa forma, se após a dispensa a
empresa não comprovar que a demis-
são NÃO decorreu do conhecimento do
estado de saúde da ex-empregada, esta
terá o direito a ser reintegrada ao traba-
lho e receber os salários e demais direi-
tos desde o dia de sua demissão. N
Marcelo Branco Gomez é advogado
especialista em Direito e Processo do
Trabalho.
instagram.com/marcelobrancogomez
Como ser Aprovado na Perícia do INSS?
bém devem ser levados em considera-
ção.
Recomendamos que fique tranquilo
durante a perícia. Não simule nervosis-
mo ou aparente estar de um jeito que,
verdadeiramente, não esteja. Muitas ve-
zes o segurado acaba realizando tal ato
em uma tentativa de ter o benefício a-
provado. Não adianta usar uma roupa
velha ou não tomar banho, chegar man-
cando, entre outros.
Voltando aos documentos, leve con-
sigo, além do comprovante de agenda-
mento da perícia, o comprovante de
suas contribuições, ou seja, a carteira
de trabalho ou as de recolhimento que
possuir (o famoso carnê laranja do IN
SS).
É importante também que você guar-
de o comprovante de comparecimento
no dia da perícia médica. Geralmente es
te é entregue assim que você compa-
reça a agência para realizar a perícia.
Saiba que poderá ser concedido um
benefício diferente do que você estava
planejando. Além do auxílio-doença, o
perito poderá conceder o auxílio-aci-
dente. Este benefício será concedido
caso o perito verifique que a sua inca-
pacidade é parcial e irreversível. Ou se-
ja, você não poderá mais exercer a fun-
ção atual, e sim uma outra. A aposen-
tadoria por invalidez será concedida ca-
so a incapacidade for total e irrever-
sível.
Ficar atento a eventuais excessos
durante a perícia é importante. Caso o
segurado entenda que houve uma má
conduta do perito da Previdência, tal si-
tuação deverá ser comunicada ao chefe
da agência, que deverá tomar as medi-
das cabíveis. A ouvidoria do INSS tam-
bém poderá ser utilizada para tal fim. N
Bruno Delomodarme
Adicional de periculosidade: Quem tem direito a receber?
Trabalho em prédio que tem tanques de diesel e geradores no subsolo. Tenho
direito ao adicional de periculosidade?
Assédio moral no trabalho: como identificar?
Faltando pouco para o término do
ano, plano de atualização de NRs
segue corrido
Norminha, 07/11/2019 Dentro da proposta do Governo Federal
de modernização e desburocratização
das Normas Regulamentadoras, e do
cronograma divulgado que prevê a a-
bertura de consultas públicas de 11
NRs até o final do ano, foram publi-
cados novos textos no final de setem-
bro. Em discussão já há alguns anos, a
NR 24 que estabelece condições de hi-
giene e conforto nos locais de trabalho
foi publicada em 23 de setembro. Entre
as novidades apresentadas por meio da
Portaria nº 1.066, está um anexo volta-
do a trabalhadores de shopping center.
Conforme o anexo, fica a cargo da ad-
ministração central do local disponibi-
lizar instalações sanitárias, vestiários e
ambientes para refeições aos seus em-
pregados e aos trabalhadores dos esta-
belecimentos que não dispuserem de
espaço construtivos para tal, sendo
permitido o uso das instalações sanitá-
rias e da praça de alimentação do shop-
ping.
O trabalho externo de prestação de
serviços também ganhou anexo pró-
prio, sendo responsabilidade do cliente
onde a atividade está sendo desenvol-
vida, a garantia de conforto para satisfa-
ção das necessidades básicas de higie-
ne e alimentação dos colaboradores.
Por último, o novo Anexo 3 regulamen-
ta os cuidados aplicados aos motoris-
tas, cobradores e fiscais de campo de
transporte público rodoviário coletivo
urbano de passageiros em atividade ex-
terna. Todas as mudanças da NR 24 fo-
ram aprovadas com consenso tripartite
e, de acordo com o auditor fiscal e en-
genheiro de segurança Luiz Carlos
Lumbreras Rocha, eram necessidades
antigas. "Precisávamos de requisitos
para essas questões que não são in-
tramuros da empresa ou que, no caso
de um shopping center, envolvem ins-
talações compartilhadas entre diversos
empregadores", pontua o representante
da bancada do governo na CTPP.
Confira a matéria completa na edi-
ção de novembro da Revista Proteção
N
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Norminha, 07/11/2019
Este é um assunto bastante delicado e
merece uma análise cuidadosa por par-
te dos operadores do direito, empresas,
e empregados, de modo geral.
Isto se deve ao fato desta prática ser
bastante nociva ao ambiente de traba-
lho, podendo contaminar a produtivi-
dade do funcionário, da equipe, como
também prejudicar todo o andamento
da empresa que, no final, não atingirá
sua meta.
Diante disso, vamos, primeiramen-
te, conceituar o termo.
O que é assédio moral no trabalho?
O assédio moral é toda conduta, in-
clusive omissa, no ambiente de traba-
lho (ou fora, mas em razão dele), que
interfira negativamente na intimidade,
vida privada, honra e imagem do em-
pregado.
Assim, o assédio moral provoca a
degradação do ambiente de trabalho,
comprometendo a dignidade e a iden-
tidade do trabalhador, bem como suas
relações afetivas e sociais, causando
danos à saúde física e mental.
Portanto, configura-se com a expo-
sição de alguém a situações cons-
trangedoras e humilhantes, repetitivas e
prolongadas durante a jornada de tra-
balho (ou em razão desta) e no exer-
cício de suas funções.
Agora que você entendeu o que é,
vamos ao próximo passo, título do nos-
so artigo.
Como identificar o assédio moral no
trabalho?
Neste tópico, importante destacar as
principais hipóteses que configuram
assédio moral, as quais, muitas vezes,
se disfarçam de brincadeiras, “incenti-
vos”, ameaças, proibições, o que difi-
culta sua identificação.
Como dito acima, referidas condu-
tas, para que caracterizem o assédio,
devem ser repetitivas e prolongadas,
resultando, com frequência, na desis-
tência do emprego.
Há de se destacar, porém, que não
podemos confundir assédio moral com
as exigências do poder diretivo da em-
presa. Ou seja, no mercado de trabalho,
as empresas irão exigir do empregado
que este atue com diligência, produti-
vidade, afinco, honestidade e dê resul-
tados. É preciso saber separar a condu-
ta comum de exigir a realização do tra-
balho com a máxima excelência, da
conduta de conseguir isso denegrindo
a dignidade do empregado.
Outro ponto importante é que o as-
sédio pode ser praticado pelo próprio
patrão ou pelos prepostos, outros em-
pregados, gerente, etc. Ou seja, qual-
quer colaborador da empresa pode ser
causador de assédio moral.
No caso de assédio praticado por
outros colegas de trabalho, é fundamen
tal que a vítima comunique o mais rápi-
do possível aos seus superiores, para
que estes tomem uma atitude perante o
assediador, aplicando-lhe uma penali-
dade, por exemplo.
Caso a empresa, mesmo notificada,
não faça nada, responderá por omissão
no trato de seus empregados, podendo
ser condenada.
Assim, vamos às hipóteses mais co-
muns: - Rigor excessivo e colocação de
metas inatingíveis; - Tratamento através
de apelidos e outros nomes pejorativos;
- Brincadeiras em relação à fisionomia
ou outro aspecto físico ou intelectual do
empregado; - Chamar a atenção do em-
pregado de forma humilhante, na frente
dos outros colegas de trabalho; - Trata-
mento humilhante ou vexatório para
com o empregado; - Proibição de usar
o banheiro; - Perseguição no ambiente
de trabalho; - E qualquer ação ou omis-
são do empregador que resulte em o-
fensa à dignidade, honra, imagem, vida
privada e intimidade do empregado.
O que fazer caso esteja sendo vítima
de assédio moral no trabalho?
O primeiro passo é identificar de on-
de está vindo o assédio.
Caso esteja vindo de um colega de
trabalho, informar imediatamente o seu
superior hierárquico, pode ser o gerente
de vocês, quem está acima e que co-
ordena a atividade que vocês exercem.
Caso esteja sendo assediado pelo
seu superior (gerente, coordenador),
você deve comunicar quem está no ní-
vel acima do seu agressor, pode ser o
coordenador-geral, gerente-geral, ou
até mesmo o dono da empresa.
É muito importante que esta comuni-
cação seja feita, e direcionada à pessoa
certa, que poderá te ajudar a resolver a
questão.
Caso a empresa, mesmo notificada,
se mantenha omissa quanto às comuni-
cações realizadas, responderá por ne-
gligência e poderá sofrer uma rescisão
indireta do trabalhador, além de ser
condenada ao pagamento de indeniza-
ção por danos morais.
Outro ponto importante é que, sem-
pre que possível, a notificação seja feita
de forma escrita, ou na presença de al-
guma testemunha (pode ser um colega
de trabalho), para que, futuramente, vo-
cê consiga comprovar que comunicou à
empresa sobre os fatos.
Outra saída também pode ser a gra-
vação do áudio da conversa, que poderá
ser usado judicialmente.
Conclusão
Após todo o exposto, espero ter sido
claro na demonstração do que é e como
identificar o assédio moral no trabalho,
bem como por quem ele pode ser feito.
De todo modo, como dito, é de suma
importância que a empresa seja comu-
nicada o quanto antes dos abusos que
estão sendo cometidos, para que esta
tome alguma atitude no sentido de coi-
bir tais condutas, sob pena de ser res-
ponsabilizada.
O importante é agir o quanto antes, a
fim de evitar que se transforme em algo
prejudicial à sua saúde física e mental,
podendo levar, inclusive, a quadros de
depressão, aversão ao trabalho, e ou-
tros.
N
Paulo Martins
Assessoria e Consultoria Jurídica
Especializada
www.juridicomartins.com.br
Norminha, 07/11/2019
O adicional de periculosidade é um
plus salarial devido a todo empregado
que trabalha exposto a atividades con-
sideradas perigosas pela CLT ou por
outras normas.
Atividade perigosa é aquela que po-
de produzir graves lesões ou a morte do
trabalhador, em caso de acidente. Não
confundir com atividade insalubre, que
é aquela que oferece risco à saúde do
trabalhador.
O adicional de periculosidade, pre-
visto no artigo 193 da CLT (Consoli-
dação das leis do trabalho), correspon-
de ao valor fixo de 30% sobre o salário
base do empregado. É devido a todo
trabalhador exposto a:
a) Inflamáveis - trabalhadores que
operam bombas de gasolina (frentistas
ou equiparados), no transporte ou na
proximidade de grande quantidade de
combustíveis.
Segundo a jurisprudência do TST
(Tribunal Superior do Trabalho) tam-
bém é devido o adicional ao trabalhador
que exerce suas atividades em prédio
onde há tanques de combustíveis utili-
zados para a alimentação de geradores
de emergência. Entretanto, somente se-
rá devido o adicional caso o tanque te-
nha capacidade superior à permitida,
ou esteja instalado em desconformi-
dade com as normas de segurança NR-
16 e NR-20.
Motorista de caminhão que possui
tanque suplementar com capacidade
acima de 200 litros também tem direito
ao adicional.
b) Explosivos - aqueles que traba-
lham no transporte e manuseio.
c) Energia elétrica (alta tensão) – a-
queles que trabalham diretamente (ele-
tricitários) ou em proximidade de redes
de alta tensão (cabistas, instaladores e
reparadores de linhas de telefonia).
d) Roubos ou outra espécie de vio-
lência física nas atividades de seguran-
ça - trabalhadores nas áreas de segu-
rança patrimonial (vigilante) e pessoal.
e) Trabalho em motocicleta - devido
ao trabalhador empregado que utiliza
motocicleta durante a realização de seu
trabalho.
f) Exposição a radiação ionizante ou
a substância radioativa (raio-x e raio
gama) - Por exemplo: é devido o adicio-
nal de periculosidade ao trabalhador
que opera equipamento móvel de raio-x
em emergências e salas de cirurgia.
Segundo o artigo 195 da CLT, para
haver o reconhecimento do direito ao a-
dicional de periculosidade nos casos a-
cima, o juiz determinará uma perícia
técnica para a comprovação da condi-
ção de risco. Não terá direito ao adicio-
nal o trabalhador que fique exposto de
forma eventual ou por tempo extrema-
mente reduzido ao risco.
Somente será dispensável a realiza-
ção da perícia caso o empregador tenha
realizado o pagamento voluntário do a-
dicional por algum período.
N
Marcelo Branco Gómez
Advogado especialista em Direito e Processo
do Trabalho
instagram: @marcelobrancoadv
Em quais situações a lei indica que uma pessoa não deve se casar?
O preço que as empresas e a sociedade pagam por
negligenciar a segurança é alto
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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 544 - 07/11/2019 - Fim da Página 09/12
Norminha, 07/11/2019 Pouco mais de 30 anos atrás, o
engenheiro Bob Ebeling, que trabalhava
na empresa Morton Thiokol, contratada
pela Nasa para fornecer os foguetes de
propelente sólido para as naves recupe-
ráveis - junto com quatro colegas –
mostrou para os responsáveis pelo ôni-
bus espacial Challenger que, em caso
de frio extremo na hora do lançamento,
as juntas de borracha O-rings do fo-
guete de combustível sólido endurece-
riam e não vedariam corretamente a es-
trutura. Como a temperatura na plata-
forma estava muito baixa - abaixo de
zero -, eles recomendaram à NASA que
adiasse o lançamento na esperança de
que o tempo amenizasse e o risco dimi-
nuísse. Mas os executivos da empresa
e da agência espacial americana disse-
ram que não adiariam.
Quando Bob chegou em casa na
noite anterior ao lançamento, após ouvir
o decidido "não" ao seu pedido de adia-
mento do evento, ele disse a sua esposa
Norminha, 07/11/2019 Existem, no Código Civil brasileiro, as
chamadas Causas Suspensivas do Ca-
samento, que são quatro. Estas são hi-
póteses nas quais a lei recomenda que
os interessados não devem se casar,
enquanto estiverem com essas espé-
cies de “pendências” previstas na legis-
lação. Se uma pessoa se casar, sem ob-
servar essas previsões, será obrigada a
adotar o regime da separação obrigató-
ria de bens, além de ver os seus bens
imóveis em hipoteca dos filhos, até que
faça o inventário referente ao antigo ca-
sal. Apesar do nome “Causas Suspen-
sivas”, não há impedimento para quem
se casar em uma das hipóteses previs-
tas. Vamos conhecê-las?
1º caso: Quando um viúvo (a) tem fi-
lhos (as) do cônjuge falecido (a) e
ainda não foi feito o inventário dos bens
do casal e a partilha desses bens aos
her-deiros.
Neste caso, o que a lei visa é a pre-
servação do patrimônio dos filhos da
pessoa falecida. Isto porque, se o viúvo
vier a se casar com outra pessoa, esse
patrimônio poderá se confundir com o
acervo do novo cônjuge e dos herdeiros
deste em um eventual divórcio ou su-
cessão por morte. Também pode gerar
prejuízos aos filhos por perda do valor,
por algum tipo de desvalorização dos
bens, por exemplo. Além disso, é uma
proteção ao patrimônio do próprio viú-
vo (a), que, numa eventual separação
do seu segundo casamento ou em caso
de nova viuvez, não terá o ônus de pro-
var que o bem já era seu antes do novo
casamento.
2º caso: Nos dez meses seguintes à
morte do marido, do divórcio ou anu-
lação do casamento.
Em tal hipótese, o que se visa é a
cautela, tendo em vista que uma mulher
pode estar grávida do falecido pai da
criança ou do ex-cônjuge, no caso da
anulação do casamento ou mesmo do
divórcio. Passados dez meses, biologi-
camente, é provável que já tenha acon-
tecido o eventual nascimento da crian-
ça. Se for filho do falecido pai, esta cri-
ança será herdeira de seu patrimônio,
por já estar concebida na data da morte
daquele. Assim, os eventuais direitos
sucessórios ou decorrentes da anula-
ção do casamento seriam preservados
tanto para a criança, quanto para a mu-
lher. É algo importante para saber, em
tese, quem se presume pai da criança,
de acordo com as datas do óbito do
possível pai e do nascimento do filho,
porém, isso é facilmente provado por
meio de um exame de DNA, atualmente.
Desta forma, evita-se uma confusão
sanguínea para a criança.
3º caso: Uma pessoa divorciada, en-
quanto não for homologada ou decidida
a partilha dos bens do casal.
A situação é, mais uma vez, uma for-
ma de preservação e cautela quanto ao
patrimônio, para não existir algum tipo
de confusão futura. Se uma pessoa, já
divorciada, mas que tenha bens em co-
mum com o antigo cônjuge, vem a se
casar novamente e falece ou se divorcia,
esses bens poderão causar algum tipo
de confusão na hora da partilha dos
bens com este segundo cônjuge. Po-
rém, vale dizer que essa é uma opção
contraditória com o próprio Código Ci-
vil, pois, para que um divórcio acon-
teça, não é preciso ser feita a partilha
previamente, logo, o divorciado poderia
se casar de novo mesmo antes de par-
tilhar seus bens.
4º caso: Quando uma pessoa é tute-
lada ou curatelada por outra, não deve
se casar nem com o seu tutor ou cura-
dor, nem com os seus descendentes (fi-
lhos, netos), ascendentes (pais, avós),
irmãos, cunhados e sobrinhos, enquan-
to persistir a tutela ou curatela e não es-
tiverem saldadas as contas deste tipo de
relação jurídica.
Esta situação ocorre para evitar que
o tutor ou curador possa coagir o seu
tutelado ou curatelado a se casar com
alguém de seu interesse, no intuito de
causar algum tipo de prejuízo patrimo-
nial para o incapaz.
Exceções:
Nos casos 1, 3 e 4, se ficar provado
ao juiz que não haverá prejuízo para os
herdeiros, ex-cônjuge e para a pessoa
tutelada/curatelada, pela inexistência de
bens, por exemplo, o casamento poderá
ser celebrado sem a imposição do regi-
me de bens. Já no caso 2, a interessada
poderá provar que já nasceu o eventual
filho ou que sequer estava grávida no
momento do falecimento do cônjuge ou
da anulação do casamento, ou que o
filho será de outro pai, situações estas
que não gerarão qualquer tipo de pena-
lidade.
Quem pode questionar esse tipo de
casamento?
Essas causas suspensivas só po-
dem ser arguidas pelos parentes em li-
nha reta (pais, avós, bisavós, filhos, ne-
tos, bisnetos) e pelos irmãos dos inte-
ressados em se casar.
Tal situação será oposta por algum
destes parentes em uma declaração es-
crita e assinada, com provas dos fatos
alegados ou indicação de onde estas
provas podem ser encontradas. Os fu-
turos cônjuges farão prova em contrá-
rio.
A alegação desses parentes suspen-
de a realização do casamento até que se
decida sobre a questão. Se uma dessas
pessoas se opor de má-fé ao casamen-
to, poderá ser responsabilizada civil e
criminalmente pela sua atitude.
Regime de bens aplicável a quem se
casa mesmo havendo uma das causas
suspensivas
Quem se casa desrespeitando uma
dessas cláusulas suspensivas, terá co-
mo regime de bens, obrigatoriamente, o
da separação obrigatória (legal) de
bens.
Por fim, cumpre destacar que dizer
que esse tipo de casamento não é nulo
ou sequer anulável, sendo, portanto, to-
talmente válido. Além disso, a imposi-
ção do regime de bens da separação o-
brigatória não se estende para as u-
niões estáveis.
N
Vinicius Melo
Advogado com atuação em Direito de
Família e Sucessões.
www.viniciusmeloadv.com.br
Darlene: "Vai explodir". E como sabe-
mos, 76 segundos depois de seu lança-
mento, a Challenger explodiu.
O que se descobriu durante as in-
vestigações é que a NASA estava sendo
pressionada a não adiar mais uma vez o
lançamento da nave porque o governo
poderia cortar verbas para o programa.
Portanto, aqui o `doutor Custo’ apa-
rece e, se sobrepõe às sete vidas per-
didas e, por causa disso, o programa fi-
cou dois anos sem nenhum outro lan-
çamento.
Confira o artigo completo na edição
de novembro da Revista Proteção. N
4 direitos dos médicos que muitos não sabem No Japão, Microsoft testa semana de trabalho de 4 dias
e produtividade aumenta
Página 10/12 - Norminha - Nº 544 - 07/11/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 07/11/2019 Quando tratamos sobre a relação com
pacientes, muitos médicos se preocu-
pam apenas com seus deveres ou com
os direitos dos pacientes. Se você tam-
bém ainda está preso nessa ideia, fique
ciente de alguns dos seus direitos ago-
ra mesmo!
O Conselho Federal de Medicina, a-
través do Código de Ética Médica (Re-
solução n. 2.217/2018), estabelece em
seu Capítulo II diversos direitos dos
médicos, no exercício de sua profissão.
Nesse texto, trataremos sobre 04 destes
e a forma prática de garanti-los.
1. Respeito à individualidade do mé-
dico
Comecemos, portanto, pelo primeir-
o inciso que diz:
“É direito do médico: I – Exercer a
medicina sem ser discriminado por
questões de religião, etnia, cor, sexo,
orientação sexual, nacionalidade, ida-
de, condição social, opinião política,
deficiência ou de qualquer outra natu-
reza.”
Vários são os relatos de médicos
que sofrem julgamentos discriminató-
rios por parte de pacientes, colegas e
até mesmo da instituição onde traba-
lham. Sobre o tema, veja essa repor-
tagem. Esses acontecem por inúmeros
motivos, seja em virtude de serem no-
vos ou velhos “demais”, de terem algu-
ma deficiência física ou da opção se-
xual.
Entretanto, a Constituição Federal
em seu art. 5º preceitua que:
XLI - a lei punirá qualquer discrimi-
nação atentatória dos direitos e liberda-
des fundamentais;
Dessa forma, essas atitudes, além de
serem antiéticas, constituem atos ilíci-
tos, vez que:
Art. 186. Aquele que, por ação ou o-
missão voluntária, negligência ou im-
prudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.
Ora, vivemos em sociedade, em que
apesar de sermos considerados “iguais
perante a lei”, somos dotados de diver-
sas particularidades, o que nos torna ú-
nicos e essenciais ao todo. Assim,
constitui dever moral e ético aceitar e
quando não for possível, ao menos, res-
peitar as diferenças do outro, sem jul-
gamentos, sem preconceito e, muito
menos sem discriminação.
Portanto, o (a) médico (a) que se
sentir discriminado, sofrer algum tipo
de retaliação ou preconceito, pode to-
mar duas providências, a depender do
caso: denunciar a instituição ou o médi-
co que lhe ofendeu ao CRM de seu esta-
do; e/ou intentar reparação moral por
via judicial em face do autor da conduta
discriminatória.
2. Autonomia profissional do médi-
co
O médico, na relação com o paciente
é a autoridade mais capacitada, do pon-
to de vista técnico, para realizar o diag-
nóstico e estabelecer o prognóstico. As-
sim, é o médico que detém o direito de
prescrever qual o melhor tratamento pa-
ra seu paciente. Lógico, observado o
protocolo e as evidências científicas.
Dessa forma, o inciso II da supraci-
tada Resolução determina que:
“É direito do médico:
II – Indicar o procedimento adequa-
do ao paciente, observadas as práticas
cientificamente reconhecidas e respei-
tada a legislação vigente.”
O problema se encontra com planos
de saúde, por exemplo, que tentam a to-
do custo (literalmente) restringir a li-
berdade de exercício da autonomia pro-
fissional do médico ao limitar que ma-
terial será utilizado na cirurgia, que me-
dicamento pode ser prescrito, qual a
frequência máxima das sessões. Essa
conduta não é válida e ainda pode ser
considerada antiética, por violar o direi-
to do médico de indicar o procedimento
mais adequado ao paciente.
Portanto, profissionais que se en-
contrem nessa situação têm o dever de
denunciar ao CRM de seu estado essas
práticas para garantir o seu direito de
autonomia profissional.
3. Escolha de quanto tempo será
dedicado a cada paciente
É comum médicos me relatarem a
pressão a que são submetidos, princi-
palmente em hospitais e/ou postos de
saúde públicos. Além da mídia, da so-
ciedade e dos pacientes, seus superio-
res, muitas vezes, cobram atendimento
diário de determinado número de pes-
soas. Ou seja, estipulam quantos paci-
entes devem ser atendidos, e, ainda, al-
gumas vezes, vigiam o tempo gasto
com cada um.
Sabemos, entretanto, que uma boa
relação médico-paciente pode levar
mais tempo para ser construída. Se a
consulta médica deve ser rápida por
cobrança do superior, o médico pode
colocar em risco não apenas a saúde do
seu paciente, mas também sua carreira
profissional.
Uma pesquisa realizada pela médica
Wendy Levinson constatou que apenas
3 minutos a mais no consultório com o
paciente reduziu consideravelmente o
risco do médico ser processado.
Portanto, de acordo com o inciso VIII
da Resolução, é direito do médico
decidir livremente, quanto tempo irá se
dedicar a cada paciente, analisando ca-
da caso em particular:
“É direito do médico:
VIII - Decidir, em qualquer circuns-
tância, levando em consideração sua
experiência e capacidade profissional, o
tempo a ser dedicado ao paciente sem
permitir que o acúmulo de encargos ou
de consultas venha prejudicar seu tra-
balho.”
4. Objeção de consciência
E, por último, mas não menos im-
portante, o inciso IX determina que:
“É direito do médico: IX – Recusar-
se a realizar atos médicos que, embora
permitidos por lei, sejam contrários aos
ditames de sua consciência.”
Esse inciso permite ao médico se re-
cusar a prestar atendimento em deter-
minados casos, desde que não seja ca-
so de urgência/emergência e tenha ou-
tro profissional para atender aquele
paciente. Sobre o assunto, recomendo
ainda a leitura da Resolução CFM n.
2.232/19.
Portanto, como podemos notar, vá-
rios são os direitos dos médicos, que
devem ser respeitados e garantidos pe-
la sociedade, outros médicos, clínicas e
hospitais, bem como sistema de saúde
e planos de saúde.
Na prática, sabemos que vários são
desrespeitados diariamente. Assim, ca-
be a nós, seres conscientes dessas in-
formações, mudar pouco a pouco essa
realidade, garantindo aos médicos o e-
xercício de seus direitos. N
Vanessa Lemes
Norminha, 07/11/2019
A Microsoft realizou uma experiência
de semana de trabalho com apenas
quatro dias no início deste ano em um
dos lugares mais improváveis: o Japão.
Mas mesmo em um país conhecido pe-
la cultura de muito trabalho a semana
mais curta teve um grande impulso na
produtividade, afirmou a unidade de
negócios da empresa.
O teste, que ocorreu em agosto e
deu aos funcionários folga em cinco
sextas-feiras consecutivas, aumentou
as vendas por funcionário em 40% em
comparação com o mesmo mês do ano
anterior, segundo a postagem. O núme-
ro de páginas impressas no escritório
caiu 59%, o consumo de eletricidade
diminuiu 23% e 94% dos funcionários
ficaram satisfeitos com o programa.
O teste de um mês foi anunciado co-
mo parte de uma estratégia de “opção
de vida profissional”, que visa ajudar os
funcionários a trabalhar com mais flexi-
bilidade e ocorre em meio a reformas
trabalhistas em todo o país. O primeiro-
ministro Shinzo Abe adotou limites
para as horas extras e aumentou a renda
dos trabalhadores temporários e de
meio período como parte de suas refor-
mas trabalhistas, que às vezes causa-
ram polêmica.
No entanto, é também o exemplo
mais recente de um movimento global
crescente para se experimentar o con-
ceito de semana de trabalho de quatro
dias, à medida que as condições do
mercado de trabalho continuam duras,
a tecnologia oferece maior flexibilidade
e proliferam relatos de que alguns lo-
cais tiveram resultados benéficos ao se
trabalhar quatro dias e depois tirar três
de descanso.
Nos Estados Unidos, a rede de ham-
búrgueres Shake Shack disse que está
testando a ideia. No Reino Unido, a se-
mana de quatro dias foi apoiada por al-
guns dos maiores sindicatos da Irlanda
e da Grã-Bretanha, e o Partido Traba-
lhista encomendou um estudo sobre a
ideia. (Ele concluiu que um limite para
a duração da semana de trabalho seria
irreal.)
Na Nova Zelândia, uma empresa de
consultoria de investimentos e fundos
chamada Perpetual Guardian iniciou
um teste de 8 semanas em toda a em-
presa, em que os funcionários trabalha-
vam 30 horas por semana, mas eram
pagos por 37,5 horas. Desde então, ela
disse que a mudança será permanente,
em base opcional, depois de informar
que o desempenho no trabalho se man-
teve e os níveis de estresse e engaja-
mento do pessoal melhoraram.
Algumas empresas menores que
testaram a ideia aplaudem seus benefí-
cios, de maior equilíbrio entre vida pes-
soal e trabalho e maior produtividade
dos funcionários. Mas elas também
disseram que isso pode levar os traba-
lhadores a forçar os limites na progra-
mação do fim de semana prolongado e
resultar em dias de maior pressão quan
do as pessoas estão trabalhando. Al-
guns observadores alertaram que o es-
forço pode reduzir os salários dos tra-
balhadores e prejudicar a competitivi-
dade, e que é mais desejável um “esfor-
ço” para reduzir os horários, em vez de
leis que definam limites.
Até agora, de acordo com uma re-
portagem em julho de The Washington
Post, a ideia não recebeu muita força do
movimento trabalhista americano. Na
época, o Post informou que nenhum
dos candidatos a presidente democrata
de 2020 adotou a semana de trabalho
de quatro dias, mesmo tendo apoiado
outras ideias ambiciosas, como renda
básica universal ou garantia federal de
emprego.
Na Microsoft Japão, o projeto “Work
Life Choice Challenge 2019 Summer”
[Concurso Opção da Vida Profissional
verão 2019] concedeu aos funcionários
férias especiais remuneradas, fechando
os escritórios em todas as sextas-feiras
de agosto. A ideia era promover um tra-
balho mais eficiente em menos tempo,
instando os funcionários a “trabalhar
um tempo curto, descansar e aprender
bem” para melhorar a produtividade e a
criatividade, de acordo com a versão
traduzida de um post no site da em-
presa.
O programa pediu aos funcionários
que limitassem as reuniões a 30 minu-
tos e “fizessem pleno uso da ferramenta
de colaboração Microsoft Teams”, rea-
lizando mais bate-papos informais ou
reuniões online, em vez de pessoal-
mente. Noventa e quatro por cento dos
funcionários disseram estar satisfeitos
com o programa.
A postagem no site disse que haverá
outro “Desafio de Opção da Vida Pro-
fissional” no inverno, mas não conce-
derá licença remunerada especial aos
funcionários. (As perguntas feitas sobre
os planos do programa a um porta-voz
da Microsoft não foram respondidas
imediatamente.) Em vez disso, ele os
incentivará a trabalhar de forma inde-
pendente com mais flexibilidade e a
utilizar reuniões mais curtas e ferra-
mentas de colaboração, além de usar
suas férias pagas e feriados de fim de
ano. N (Fonte: Folha de S. Paulo)
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O que você sabe sobre licença-maternidade? Entenda um pouco sobre o tema.
PPRA e PCMSO: programas em transformação
Norminha, 07/11/2019 Importantes para o gerenciamento de
riscos ambientais e da saúde dos traba-
lhadores, NRs 7 e 9 passam por mudan-
ças no momento em que completam 25
anos
Marcos na história da Segurança e
Saúde do Trabalho no Brasil, as versões
de 1994 das normas regulamentadoras
7 (Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional) e 9 (Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais) com-
pletam 25 anos em dezembro. Conside-
rados mecanismos importantes na con-
cepção e para sustentação do gerencia-
mento de riscos ambientais, tais pro-
gramas vêm contribuindo para avanços
na prevenção, mas, até hoje, não têm o
alcance esperado e, na prática, não são
atendidos por grande parte das empre-
sas, especialmente as menores, que são
maioria no País.
Passadas mais de duas décadas, ob-
servam-se, ainda, dificuldades na com-
preensão e na aplicação de ambos, in-
clusive de sua gestão integrada e tam-
bém com os demais programas exis-
tentes nas empresas. São vistos muito
mais como obrigações legais do que
verdadeiros instrumentos de preven-
ção. Na avaliação de prevencionistas,
entre outros motivos, está a inexistência
da cultura e de políticas de SST implan-
tadas e de um melhor entendimento dos
riscos presentes nos ambientes de tra-
balho e suas consequências.
Na atualidade, dentro da proposta do
Governo de modernização, desburocra-
tização e harmonização normativa, as
NRs 7 e 9 passam por mudanças. Nesse
processo, em discussão de forma tri-
partite, elas fazem parte de um conjunto
de normas que inclui uma possível nova
norma de PGR (Programa de Gerencia-
mento de Riscos). A ideia central é criar
um gerenciamento integrado de todos
os riscos ocupacionais, não só os físi-
cos, químicos e biológicos.
Confira a reportagem completa na e-
dição de novembro da Revista Proteção.
N
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Norminha, 07/11/2019 A licença-maternidade é um benefício
garantido pela nossa Constituição Fe-
deral em seu artigo 7º, XVIII, para toda
mulher que esteja empregada e seja
contribuinte do INSS.
Assim, toda mulher nessa condição
poderá se afastar do trabalho sem pre-
juízo do seu salário pelo período de 120
dias, no mínimo e durante esse período
a mulher terá direito ao seu salário in-
tegral, ou nos casos de salário variável,
será calculada a média dos últimos seis
últimos meses de trabalho, bem como
os direitos e vantagens.
Está previsto também na Consoli-
dação das Leis Trabalhistas (CLT) no
artigo 392 onde especifica os direitos
relacionados à matéria.
Dessa forma, o benefício é concedi-
do para mulheres que gerem e deem a
luz a um filho e também nos casos de
adoção.
O benefício pode ser solicitado entre
o 28º dia antes do parto e ocorrência
deste, sendo que as trabalhadoras de
empresas privadas devem enviar a do-
cumentação necessária para o setor de
Recursos Humanos da empresa.
O art. 392-A da CLT prevê a conces-
são de licença maternidade em caso de
adoção ou da obtenção da guarda judi-
cial para fins de adoção também no pra-
zo de 120 dias, porém condiciona a
concessão do benefício a apresentação
do termo judicial de guarda à adotante
ou guardiã. E no caso de adoção ou
guarda judicial conjunta, apenas um
dos adotantes ou empregado obterá o
benefício.
No caso de adoção, a Lei 12.872/
2013, traz a possibilidade do recebi-
mento da licença-maternidade por pes-
soas do sexo masculino. A duração
desse benefício será também de 120
dias, devendo ser observado o prazo de
carência exigida para obtenção do salá-
rio-maternidade que é de 10 meses de
contribuição, com exceção dos empre-
gados domésticos e trabalhadores a-
vulsos que não precisam cumprir essa
carência.
Importante falar sobre os casos de
aborto não criminoso (ou aborto es-
pontâneo), quando comprovado por a-
testado médico oficial, a mulher deverá
ter repouso de duas semanas, ficando
assegurado o seu retorno a atividade
que ocupava antes do seu afastamento.
É garantido também que as mulhe-
res amamentem seus filhos até que
completem 6 meses de vida, tendo es-
sas, direito a 2 descansos de meia hora,
cada um, na jornada de trabalho, de-
vendo esses descansos serem acorda-
dos entre a empregada e o empregador.
Podendo esse prazo de seis meses ser
dilatado a critério da autoridade compe-
tente quando a saúde do bebê exigir.
É de extrema importância que os em-
pregadores tenham muito cuidado com
suas empregadas recém-mães, tendo
em vista que a separação da mãe do seu
bebê já é um grande vazio para essa em
pregada, visto que no mínimo ela pas-
sou 120 dias em regime de total dedi-
cação a este bebê e sua separação é re-
pentina.
Muitas mulheres além de sofrerem
psicologicamente com a possibilidade
do retorno ao trabalho, sofrem com a
pressão de algumas empresas de uma
possível demissão. E isso é motivo de
receio e medo por muitas mulheres que
passam por essa situação.
Por fim, é essencial que a empre-
gada e empregador se ajudem traba-
lhem em acordo sempre. O empregador
em obediência a legislação vigente e o
empregado com sua dedicação. Assim
é possível que a relação empregatícia
seja firme e duradoura. N
Flávia Moraes
Advogada
Decisão foi concedida mesmo sem
perícia oficial e sem pedido na via
administrativa
Norminha, 07/11/2019 Um servidor público ativo, do Estado
do Amazonas, acometido da Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida (HIV),
conseguiu, na justiça, a suspensão
imediata do imposto de renda em seu
contracheque, com base na Lei 7.713/
88.
O juiz Marco Antônio Pinto da Costa
(Vara Especializada da Dívida Ativa Es-
tadual do Tribunal de Justiça do Ama-
zonas) concedeu a liminar, entendendo
que o benefício dado pela Lei, que no
texto só abrange servidores aposenta-
dos, também deve se estender aos da
ativa.
Interessante na decisão é que ela é
concedida mesmo sem laudo médico
oficial (perícia do órgão) e sem que o
pedido tivesse sido feito anteriormente
na via administrativa.
De acordo com o magistrado:
“No que tange à extensão da isenção
aos servidores que não se encontram
aposentados, curial salientar que, muito
embora a isenção tenha caráter restriti-
vo, os trabalhadores aposentados, a-
guardando aposentadoria ou em ativi-
dade devem receber o mesmo trata-
mento por suportarem a amargura e a
infelicidade de portarem tal moléstia,
sob pena de restar configurada verda-
deira ofensa aos princípios da isonomia
e da dignidade da pessoa humana.
Cabe mencionar que a ratio essendi
da norma tem por escopo assegurar o
afastamento da incidência do imposto
sobre o rendimento do portador de mo-
léstia grave, independentemente de
qual situação se encontre.”
Sérgio Merola, advogado do servi-
dor, afirmou que vários tribunais do
país vêm estendendo o benefício aos
servidores da ativa, e que isso é um
passo importante para garantir mais
condições financeiras para arcar com
os altos custos dos tratamentos dessas
doenças graves.
O advogado assinalou, ainda, que,
conforme o juiz bem destacou na li-
minar, não é necessário realização de
perícia médica do órgão, tampouco de
pedido administrativo, que sempre se-
rão negados.
O STJ já pacificou esse entendimen-
Servidor portador do HIV consegue a isenção do imposto de renda na justiça
to, segundo o qual os laudos particu-
lares são suficientes para comprovação
da doença, e que pedidos que são rei-
teradamente negados na via adminis-
trativa podem ser solicitados direta-
mente no judiciário.
Por fim, Sérgio Merola informou
ainda que, além da suspensão imediata
do imposto de renda, está sendo feita a
cobrança dos últimos 5 anos de reco-
lhimento.
A jurisprudência vem se encami-
nhando favoravelmente nesse sentido.
Confira a decisão: clique aqui. N
Sérgio Merola Advogado - Especializado em
Administração Pública
Como e por que se manter informado na área de SST? Má formação inserida no mercado de trabalho
Norminha, 07/11/2019 Estamos em pleno século XXI e não queremos acreditar que o ser humano, na
pessoa do trabalhador, esteja morrendo durante suas atividades técnicas opera-
cionais no seu ambiente de trabalho. Simplesmente porque, se isto é fato, podemos
acreditar que estes trabalhadores não estão sendo bastante inteligentes para manter
sua integridade física saudável para conseguir sua subsistência e de sua família, o
que é muito triste e merece mudanças radicais na base, envolvendo Escolas de For-
mação Profissional, Universidades, Igrejas, Sindicatos e Recursos Humanos.
Então, para maior compreensão, vamos entender que, essas mortes de trabalha-
dores durante as suas atividades técnicas operacionais serão denominadas: “Aci-
dente de Trabalho”, segundo a Legislação Trabalhista em vigor.
Assim, entendidos, vamos agora analisar, após conhecimento, os registros ofi-
ciais demonstrando os números de trabalhadores brasileiros expostos a riscos de
acidentes; os nºs de acidentes ocorridos por sete anos, ou seja, de 2001 a 2007:
Ano Trabalhadores CLT Acidentes não Fatais Acid. Fatais
2001 21.189.614 340.251 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.753
2002 28.683.913 393.071 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.968
2003 29.544.927 399.077 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.674
2004* 31.407.576 465.700 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.839
2005 33.238.617 499.680 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.766
2006 35.155.249 512.232 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.798
2007 40.088.979 653.090 (Típicos + Trajetos + Doenças) 2.845
Tabela: ocorrência de acidentes do trabalho no Brasil: Previdência social
Observamos que, em sete (7) anos de registros estatísticos oficiais do Governo
(INSS) brasileiro, fica demonstrado os números de acidentes não fatais de traba-
lhadores durante suas atividades técnicas operacionais foram em números supe-
riores aos números registrados de acidente fatais, o que confirma estudos divulga-
dos por pesquisadores e estudiosos da área de engenharia de segurança e medicina
do trabalho valorizando a necessidade de valorização dos acidentes antes da sua
potencialização máxima por reincidência.
Para confirmar o que está escrito neste artigo logo no primeiro parágrafo em re-
lação aos trabalhadores não estarem sendo inteligentes quando nas suas atividades
técnicas operacionais no ambiente laboral, quando poderão ser vítimas ou vilões;
segue descrição de fato colhido no ano de 2004 cujo acidente de trabalho fatal ocor-
reu durante a limpeza em telhado em empresa de beneficiamento de arroz no Estado
do Rio Grande do Sul, com 73 trabalhadores e, a vítima, do sexo masculino tinha a
idade de 26 anos, registrado na função de armazenista, tendo sido admitido em 02.
08.1999 e óbito em 05.06.2004. > O acidente ocorreu em telhado de um armazém
agrícola, durante operação que não faz parte da rotina diária da empresa. Esta lim-
peza ocorre apenas uma vez ao ano, após a safra, e consiste na remoção do pó
oriundo das operações de descarga de arroz, acumulado ao longo de toda a safra,
que se deposita em grossa camada nas telhas e endurece com as chuvas e o sol. É
necessário soltar este pó com enxada e pá, para então poder ser varrido. O telhado
do armazém possui a forma côncava voltada para baixo, quando a parte mais alta é
relativamente plana e vai progressivamente ficando mais vertical, na medida em que
se desloca para a periferia.
No dia 28 de maio de 2004, o encarregado do armazém determinou dois traba-
lhadores para subir ao telhado do silo da empresa para retirar o pó que estava lá
acumulado, quando ambos receberam cinto de segurança, bem como uma corda
para amarrar os cintos em algum dos canos que sobressaem do telhado.
Os trabalhadores designados para a tarefa de limpeza compartilhavam o senti-
mento de que o trabalho, na parte plana do telhado, era seguro, e que o cinto de se-
gurança era destinado a protegê-los de cair quando estivessem trabalhando na sua
parte pais periférica que por ser mais íngreme, poderia causar escorregamento e
fazer com que um deles rolasse pelas telhas. Outros trabalhadores da empresa esta-
vam igualmente convictos de que o cinto era para trabalhos na periferia do telhado
e que trabalhar na sua parte plana era seguro, e por isso não era necessário o cinto
quando na parte plana. Nenhum deles havia recebido treinamento sobre os riscos
específicos desta tarefa.
Após algum tempo de trabalho, lá pelas 15 horas, telha de zinco sobre a qual se
encontrava um dos trabalhadores se soltou de sua fixação e cedeu ao peso deste
que, caiu de 7 metros de altura sobre o piso da moega, batendo a cabeça. Sendo
levado até o hospital da cidade de Santa Maria, onde esteve em coma até o dia
05.06.2004, quando veio a falecer por traumatismo crânio-encefálico.
É importante observar que a atividade de limpeza de um telhado usando uma pá
se caracteriza como uma atividade ou serviço de reparo, limpeza e manutenção de
prédios em geral; portanto, dentro do escopo das atividades previstas no item
18.1.2 da NR 18.
Foram observadas: 1) -passarelas de acesso à cumeeira do telhado é uma fieira
de tábuas colocadas por sobre as telhas de zinco. São tábuas em más condições,
rachadas, quebradas e soltas, simplesmente colocadas sobre as telhas, sem fixação
entre si ou com a estrutura do telhado, criando uma falsa sensação de segurança e
condições para a repetição deste acidente; 2) –Falta de cabo-guia de aço fixado à
estrutura definitiva do prédio por meio de suporte de aço inoxidável ou outro
material de resistência equivalente; 3) –Falta do trava-quedas, necessário à correta
fixação do cinto de segurança ao cabo guia e por último: 4) –o cinto de segurança
entregue aos trabalhadores estavam em péssimas condições para utilização. N
Jorge Gomes –Auditor Interno Preventivo na área de
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
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Norminha, 07/11/2019
Seja você um TST ou Engenheiro de
Segurança e Saúde no Trabalho, ou
ainda uma Revenda de EPIs, é muito
provável que você esteja sempre bus-
cando se manter atualizado sobre a área
de SST. Afinal, nesse segmento, não há
espaço para amadorismos e os profis-
sionais precisam buscar cada vez mais
se especializar e aprofundar seus co-
nhecimentos.
É claro que hoje, com o acesso à
internet, informar-se não é mais um
problema, certo? Só que em meio a tan-
ta informação, diferenciar o que é real-
mente relevante ou não acaba se tor-
nando uma tarefa mais complicada, e a-
quele assunto que você achava que le-
varia alguns minutos do seu dia tomam
horas.
Além do mais, os profissionais que
querem se destacar da concorrência,
muitas vezes, buscam cursos comple-
mentares a sua formação para extrair ao
máximo suas habilidades. E, com tan-
tos cursos no mercado, como encontrar
o que será o seu diferencial?
Foi pensando na sua falta de tempo
e na necessidade de encontrar conteú-
dos úteis e de fácil assimilação que sur-
giu esse artigo. Aqui, vamos te mostrar
o melhor caminho para se atualizar e se
especializar cada vez mais no seu seg-
mento. Confira nossas dicas!
Por que devemos nos manter infor-
mados sobre SST?
Melhoria no rendimento da empresa
Quando se tem informações atuali-
zadas sobre a Segurança no Trabalho e
elas são aplicadas, o funcionário se
sente mais seguro, logo a sua produti-
vidade é mais alta e, consequente-
mente, o rendimento da empresa tam-
bém será maior.
Com isso, os empregados começam
a ter condições adequadas para atuar
com melhor desempenho em suas res-
pectivas funções, fazendo com que se
reduzam, significativamente, contra-
tempos devido a doenças ou lesões.
Redução de despesas
É facilmente perceptível que as em-
presas que investem em SST têm redu-
ção de seus custos. Isso acontece gra-
ças às ações implantadas que acabam
reduzindo fortemente as chances de a-
cidentes de trabalho. Com isso, são e-
vitados, por exemplo: processos jurídi-
cos, despesas com remédios e multas
vindas da falta de segurança.
Valorização da empresa
Uma organização que demonstra
preocupação com os funcionários, bus-
cando recursos e melhorias para o
bem-estar de seus trabalhadores é vista
como uma empresa responsável e sé-
ria. Essas atitudes agregam uma ótima
reputação entre os seus clientes, em-
pregados e no mercado como um todo.
Além disso, a marca é valorizada como
uma fundação confiável e profissional,
já que está cumprindo a lei.
Profissional disputado
Ora, se o Profissional de SST atua
aumentando a produtividade da empre-
sa e reduzindo custos, a empresa rapi-
damente percebe o seu valor. Agora,
imagine o peso desse profissional para
toda a sua equipe, uma vez que ele não
está só passando ordens, leis e cobran-
ças, mas educando o seu pessoal e ga-
rantindo a sua qualidade de vida?
O Técnico ou Engenheiro que não só
se mantém informado, mas aplica isso
no seu cotidiano e repassa aos demais
vira a chave do “cara chato das cobran-
ças” para ser uma referência, uma auto-
ridade no assunto, que todos respeitam
e admiram.
A Revenda de EPIs diferenciada
Imagine a seguinte situação: você
precisa comprar um determinado pro-
duto, mas há uma série deles no mer-
cado com funções semelhantes, mas
qualidade, durabilidade, preço e especi-
ficações diferentes. O que é mais inte-
ressante para você como cliente?
Passar horas lendo embalagens e
pesquisando em sites sobre cada um ou
encontrar um profissional que entende
exatamente o seu problema e pode te
ajudar a identificar quais melhores op-
ções para a sua necessidade?
Não se iluda e ache que ter EPIs de
Raspa e Vaqueta. como Avental de Ras-
pa ou Avental de Raspa para Soldador
disponíveis na sua Revenda é o bastante
para mantê-la atrativa. Pesquisas mos-
tram que as pessoas estão disponíveis
a pagar mais caro por atendimentos me-
lhores. Saiba falar a língua do seu clien-
te e atender às suas necessidades e dei-
xe de ser só mais uma Revenda.
Como se manter informado acerca
da área de SST?
Que a Segurança e Saúde no Tra-
balho é um componente muito impor-
tante para a gestão e bom desempenho
de uma empresa você já entendeu. Mas,
além disso, é essencial estar atualizado
em relação às informações que existem
sobre a área. A questão é: como?
Uma grande dica para um TST ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho,
gestores e demais envolvidos é estar
sempre a par de todas as novidades no
mercado de SST e ficar de olho nas no-
tícias e nas novidades da área. Acom-
panhar jornais, blogs e se inscrever em
boletins informativos são excelentes
formas para quem busca por atualiza-
ções constantes sobre o assunto.
Além do mais, alguns cursos podem
dar aquele up que o profissional espera
na sua carreira como:
- Informática básica: essencial para
criar planilhas e apresentações profis-
sionais;
- Legislação trabalhista: um diferen-
cial que pode ajudar com as leis;
- Gestão ambiental: indispensável
para empresas com consciência verde;
- Primeiros socorros: essencial para
profissionais que não contam com uma
equipe de SST;
- Inglês: primordial em qualquer
profissão atual;
- Gestão de projetos: ideal para sa-
ber lidar com campanhas de prevenção;
- Oratória: ótimo para desenvolver
as habilidades de falar em público;
- Cursos específicos: NR 10, CIPA,
PPRA, seja qual for a competência que
você acha que precisa explorar um pou-
co mais, sempre vale à pena investir em
um curso dela.
Independente de qual seja a forma
pela qual você prefere se manter infor-
mado, o ideal é nunca deixar de buscar
aprendizado! N Fernando Zanelli
Material Editável liberado Lista Verificação Solda e Corte http://bit.ly/31Pz8H2
Inscrições! http://bit.ly/2N9Embd