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Revista da Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo
11edição nº
Sem EspirrosDescubra como deixar a casa imune aos ácaros e à alergia
PÁGINAS 19 a 21
Pipa com SegurançaSaiba como aproveitar as próximas férias escolares sem medo de acidentes
Vai Dar Praia!Região da Guarapiranga e Billings receberá investimento de R$ 2,8 bilhões,
melhorando a qualidade da água na cidade e a vida dos moradores
PÁGINAS 23 a 26
PÁGINAS 4 a 7
Cantinho do Céu, às margens da
Represa Billings
RICARDO PEREIRA LEITE
No mês de abril, a Prefeitura participou da 5ª Bienal de Arquitetura de Roterdã, na Holanda, e do seminário “Para uma Geografia Emergente de Gentrificação Global Sul”, realizado em Santiago, no Chile, e em Londres, na Inglaterra, simultane-amente.
Na exposição holandesa, com os projetos para o Cantinho do Céu e o Cabuçu de Cima, a comuni-dade internacional mais uma vez reconheceu a qualidade e a adequação das propostas implan-tadas pelo Programa Municipal de Urbanização de Favelas, da Secretaria Municipal de Habitação.
No evento sobre gentrificação, foram apresen-tados os primeiros projetos de inclusão social do Brasil – Real Parque, Jardim Edite e Barra Funda – aos quais foram introduzidos conceitos inova-dores, permitindo que famílias de baixa renda habitem localizações adequadas, independente-mente do preço da terra, respeitando suas rela-ções sociais.
A Prefeitura pôs em prática pela primeira vez no país teorias cantadas por diversos agentes que trabalham pela inclusão social; cantadas, mas nunca antes decantadas.
A emoção dessas realizações foram brilhan-temente retratadas no artigo da arquiteta Marcy Sallowicz, na página ao lado. Muitos de nós nos emocionamos ao ler o texto, choramos mesmo. Mas são lágrimas de alegria.
RENOVA SP
Í N D I C E
Chorarde alegria
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 2
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Prefeito do Município de São Paulo: Gilberto KassabSecretário Municipal de Habitação: Ricardo Pereira LeiteSecretário Municipal de Comunicação: Marcus Vinicius SinvalSuperintendente de Habitação Popular: Elisabete FrançaDiretora Comercial e Social da Cohab-SP: Ângela BarbonConselho Editorial: Elisabete França (presidente), Alonso López, Ana Lúcia Callari Sartoretto, Ângela Barbon, Carlos Alberto Pellarim, Felinto Cunha, Luiz Henrique Girardi, Luiz Henrique Tibiriçá Ramos, Marcel Costa Sanches, Márcia Maria Fartos Terlizzi, Maria Cecília Sampaio Freire Nammur, Maria Teresa Diniz, Nancy Cavallete da Silva, Nelci Alves da Silva Valério, Ricardo Sampaio, Tereza Beatriz Herling, Vanessa Padiá e Violêta Saldanha Kubrusly Coordenadoria de Imprensa do Município: Emerson FigueiredoCoordenador de Imprensa da Secretaria Municipal de Habitação:Sérgio Duran (jornalista responsável, MTB: 24.043)Editor: Fernando CassaroRepórteres: Débora Yuri e Marcos PalharesFotógrafos: Hype FotografiaProjeto Gráfico e Diagramação: André Bunduki/DinBrasilImpressão e Acabamento: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Renova SP é uma publicação mensal da Secretaria Municipal de Habitação pro-duzida pela DS Comunicação/Popcom Assessoria de Comunicação e Imprensa. Tiragem: 100 mil exemplares. Distribuição Gratuita
Ricardo Pereira Leite é secretário municipal de Habitação
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Capa: Foto de Newton Santos
3 – OPINIÃO E CARTAS
HABITAÇÃO4 – Programa Mananciais vai mudar a cara das represas8 – Tapumes do Edíficio Cineasta ganham mural inspirado no candomblé 10 – Projeto para Escola de Música em Paraisópolis ganha prêmio11 – Comunidades que tiveram Jornada da Habitação comentam evento
DIÁRIO DE OBRAS12 – Começa a construção das unidades no Sapé13 – Mapa das obras na cidade14 – Residencial Caraguatatuba entra na fase final15 – Quatro blocos da Gleba H estão em acabamento16 – Contenção no Morro dos Macacos está prestes a terminar
EMPREGOS & FINANÇAS17 – Entenda a polêmica em torno das sacolinhas plásticas
CONSTRUÇÃO & DECORAÇÃO19 –Saiba como deixar sua casa segura contra a alergia 22 – Pergunte ao Arquiteto e Passo a Passo
CULTURA & LAZER23 – Como soltar pipas sem correr riscos26 – Minha Receita – Salpicão de frango27 – Meu Bairro, Minha História – Nadijane de Oliveira, de Paraisópolis28 – Retrato
EdifícioCineasta
‘Pipeiro’ naVila Cordeiro
C A R T A S
MARCY JUNQUEIRA SALLOWICZ
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 3
ARTIGO
“Parabéns pela Renova SP. As edi-ções são muito boas. Já guardei vá-rios artigos, especialmente os que abordam temas relacionados às re-formas.” – Raphael Oliveira
“Moro no Inocoop do Campo Limpo, em frente à Rua Monforte de Lemos, e gostaria de saber se há um projeto de urbanização para a favela localizada
na via?” – Luis Carlos
As obras na Favela Monforte de
Lemos estão previstas para come-
çarem no início de 2013. Por isso, a
Secretaria Municipal de Habitação
ainda não tem os detalhes do pro-
jeto – o que deverá ser definido nos
próximos meses.
“A pavimentação na região do Pa-breu/Prainha começou em ritmo bas-tante acelerado, mas agora está mui-to devagar. O que está acontecendo?” – Raimundo Andrade
Toda a região do Pabreu está pas-
sando por uma intervenção por par-
te da Sehab, o que inclui mais que a
pavimentação. Estão sendo reali-
zadas obras bastante complexas,
como eliminação de áreas de ris-
cos, reassentamento de famílias,
execução de efluentes de esgoto
doméstico, estações elevatórias de
esgoto, rede de água potável, sis-
tema de drenagem urbana, praças,
áreas de lazer e equipamentos ur-
banos, entre outras.
TELEFONES ÚTEIS
Central de atendimento da Prefeitura – 156Central da Habitação – 3396-8989
Para tirar dúvidas, reclamar oufazer sugestões, entre em contatocom a Renova SP pelo e-mail:[email protected]
A Renova SP se reserva ao direito de publicar apenas trechos das cartas. Informe nome completo, idade, bairro e profissão
Marcy Junqueira Sallowicz é moradora do Real Parque
Sonho de criançaEm 1964, eu era criança, mas me lembro bem da Música
Popular Brasileira dando o tom na minha casa. Eram delícias amorosas ou canções sobre um Brasil que precisávamos construir, como “Marcha para um Dia de Sol”, de Chico Buarque.
Como muitos de minha geração, e até das seguintes, éramos criados por pessoas que trabalhavam em nossas casas, e, no vapor mágico das cozinhas, nos acolhiam com gestos e histórias inesquecíveis. Certa vez, cantarolando a “Marcha...” (Eu quero ver um dia, numa só canção, o pobre e o rico andando mão e mão), falei para a amorosa Dalila de minha infância que ela iria morar na casa do vizinho. Ela deu uma gargalhada e respondeu: “Ah, filha, é mais fácil o dia virar noi-te e a noite virar dia.”
Pois bem, estamos em 2012, moro há 24 anos no Real Par-
que. Nestas mais de duas décadas, avistava da minha janela uma favela com moradias improváveis, crianças soltas na rua, jovens vendedores de drogas.
Surpreendentemente, há um ano, a paisa-gem através da janela foi mudando radical-mente. A favela deu lugar a vários conjuntos de apartamentos, com varandas nos quartos e nas salas, ventilação natural... Enfim, for-mas de moradias pensadas e desenhadas por arquitetos.
E será em um desses dignos aparta-mentos onde a Dete – querida colaborado-
ra que, ao longo destes 24 anos, ajudou a criar meus filhos e a cuidar da casa – irá morar. Finalmente terá endereço, luz, água e esgoto. Será minha vizinha.
Realizou-se o sonho da minha infância e o dia não precisou virar noite.
RECLAMEAQUI
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 4
HABITAÇÃOSANEAMENTO BÁSICO
Nascentes de água; fontes abundantes; que correm inces-santemente. Nos dicionários, esses são alguns dos significa-dos para a palavra “mananciais”. Em São Paulo, porém, o ter-mo tem sentido mais amplo: os dois maiores reservatórios de água da cidade – Billings e Guarapiranga – estão cercados por comunidades carentes.
A região, que fica na Zona Sul, tem cerca de 1,8 milhão de habitantes – o equivalente a uma cidade do porte de capitais como Curitiba, no Paraná, e Recife, em Pernambuco. Com tan-ta gente vivendo em condições precárias, quem também so-fre são as duas represas: grande parte do esgoto doméstico local vai parar nos reservatórios.
Para melhorar a vida dessas pessoas e despoluir as repre-sas, a Prefeitura lançou recentemente a terceira fase do Pro-grama Mananciais (leia na próxima página). Essa etapa – a última prevista – custará cerca de R$ 2,8 bilhões e vai contar com recursos dos governos Municipal, Estadual e Federal.
As obras, que estão divididas em 64 núcleos de interven-ções, vão beneficiar diretamente 46.445 famílias (confira
mapa na página 7). A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) também vai construir cerca de 13 mil unidades habi-tacionais em convênio com a Companhia de Desenvolvimen-to Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).
“São obras que levam infraestrutura urbana adequada às comunidades da área e beneficiam toda a região metropoli-tana”, diz o coordenador do programa, Ricardo Sampaio. Hoje, 4,7 milhões de habitantes da Grande São Paulo se abastecem com a água captada na Billings e na Guarapiranga, o equiva-lente a quase 25% do total da população que vive na Região Metropolitana – cerca de 20 milhões de pessoas.
Se as duas represas não forem despoluídas, São Paulo terá de gastar mais dinheiro para trazer água de lugares mais distantes. “Isso encarece os custos, e o fornecimento de água deve ser o mais barato possível para que todos tenham acesso. Por isso, o programa é importante”, afirma Ricardo Sampaio.
Em 2011, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) calculou o custo da produção de 1 m³ de água na Região Metropolitana – desde a captação até o abas-tecimento dos domicílios – em R$ 1,30. Em 2010, o valor fi-cava em R$ 1,17. Para mostrar como o Programa Mananciais beneficia a região e a cidade, Renova SP visitou as comunida-des do Cantinho do Céu (Grajaú), que já recebeu obras, e de Vargem Grande (Parelheiros), incluída na terceira fase.
DÉBORA YURI E MARCOS PALHARES
Programa Mananciais beneficia toda a cidade ao trabalhar nas comunidades às margens da Billings e da Guarapiranga
Vida novanas represas
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Parte do Cantinho do Céu já foi atendida na segunda fase do Programa Mananciais
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 5
Para Vancarlos, a beira da represa é a melhor opção de lazer
Obra no Cantinho do Céu é exemplo
O exemplo mais simbólico de como o Programa Mananciais está mudando a vida de milhares de pessoas é o Cantinho do Céu, co-munidade da Zona Sul localizada às margens da represa Billings. Com obras a todo vapor e alguns trechos já entregues, o projeto do arquiteto Marcos Boldarini foi premiado internacionalmente e está transformando o local, com direito a construção de um parque line-ar e até um píer na represa.
“Antes, não existia rede de esgoto. Era tudo despejado na repre-sa, que tinha um cheiro muito forte. Hoje, as pessoas pescam e na-dam aqui”, conta a dona de casa Maria Lúcia Correia Gomes, de 57 anos, sendo 28 deles vividos no Cantinho do Céu. “O parque linear é nosso primeiro espaço de lazer. A gente vem pra cá relaxar mesmo à noite. Tudo melhorou 100%”, avalia.
Além de levar saneamento básico e melhorar a qualidade da água, o Programa Mananciais permitiu a abertura de novas opções turísticas e econômicas para o bairro. Limpa, a represa atrai peque-nos negócios, como o aluguel de barcos. E os novos frequentadores impulsionam o comércio local.
“Estamos recuperando a água, regularizando terrenos e comba-tendo a vulnerabilidade social. O próximo passo é tornar a região autossustentável, ao estimular atividades econômicas como o tu-rismo ambiental”, ressalta o coordenador do Programa Mananciais, Ricardo Sampaio.
Morador da Viela das Gaivotas, outra comunidade da região, o técnico em fibra óptica Vancarlos Ferreira Gonçalves, de 23 anos, costuma levar os amigos em seu carro para se divertirem à beira da represa. “Nos fins de semana, fica lotado. É a melhor opção de lazer”, elogia.
ENTENDA O PROGRAMA MANANCIAIS O Programa Mananciais regulariza loteamentos e
urbaniza favelas do entorno das represas Billings e Guarapiranga, beneficiando a população local com canalização de córregos, implantação de redes de água, esgoto e drenagem, eliminação do risco, me-lhorias no sistema viário e instalação de praças, cre-ches e parques lineares. Equipando as comunidades com infraestrutura adequada, ele ajuda a melhorar a qualidade da água dos dois reservatórios.
Com início em 1994, a primeira fase do programa beneficiou diretamente 38 mil famílias e entregou 1.057 novas unidades habitacionais (UHs). A segun-da etapa, que começou em 2005 e ainda está em andamento, prevê beneficiar diretamente 78.837 famílias e construir 4.573 UHs. Somando as duas fa-ses, os recursos investidos somarão R$ 1,5 bilhão. As obras da terceira fase devem começar ainda no primeiro semestre deste ano e têm previsão de con-clusão para 2016.
Crescimento econômico da década de 1970 marca o inícioda ocupação na região
A região dos mananciais concentra atualmente cer-ca de 16% da população da cidade. A ocupação começou nos anos 1970, quando a Região Metropolitana recebeu a indústria de bens de consumo final, gerando um polo migratório.
“São Paulo crescia de 6% a 10% ao ano e inchou de for-ma desordenada. Como a população não tinha onde morar, ocorreu uma movimentação do Centro para a periferia”, explica Ricardo Sampaio. A população com menos renda foi para lá porque as terras não tinham valor de mercado. Assim surgiu o cenário visto hoje.
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Vargem Grandevai receber drenagem na terceira fase
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Situada na superfície de uma cratera de 3,2 km² aberta por um meteoro há cerca de 30 milhões de anos, a comu-nidade de Vargem Grande, na Zona Sul, é outra beneficiada pelo Programa Mananciais. Atualmente, grande parte de suas ruas já recebeu pavimento e calçadas. Mas a esta-ção de chuvas sempre provoca alagamentos, problema que deverá ser solucionado na terceira fase do programa, com obras de drenagem e canalização de córregos.
“Aqui é bom de morar, mas ainda falta arrumar algu-mas coisas. Tem lugares perto dos córregos que alagam quando chove”, conta a manicure Juciara Jesus da Silva, de 32 anos. “Um exemplo é a Rua Coqueiros, que dois dos meus filhos têm de atravessar pra chegar à escola”, diz ela, que é mãe de três crianças.
No local indicado por ela, dois córregos se cruzam. “Temos água encanada há uns seis anos, mas ainda existem pontos com esgoto a céu aberto. Espero que as
obras da Prefeitura melhorem isso”, diz a dona de casa Maria de Fátima Cavalcanti, de 43 anos, sendo 13 deles em Vargem Grande.
Próximo dali, na Rua Jaqueira, o Programa Mananciais adiantou a macrodrenagem e a canalização de 700 me-tros do córrego local. “Ficou muito bom, acabaram os alagamentos”, afirma o técnico em eletrônica Aurino An-tônio de Oliveira, de 73 anos, que possui um comércio a 50 metros do local.
Aurino não vê mais alagamentos na rua
Qualidade da água das represas melhorou
A Companhia de Tecnologia de Sa-neamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mantém monito-ramento constante da qualidade da água em dois pontos de amostragem na Represa Guarapiranga e outros cinco na Billings.
Numa escala de 0 a 100, entre
janeiro de 2002 e maio de 2011, o Índice de Qualidade das Águas (IQA) melhorou de 70 para 80 na Represa Billings e de 60 para 80 na Guarapi-ranga. E o Programa Mananciais co-laborou para essa variação positiva.
De acordo com o gerente da Di-visão de Qualidade das Águas e do Solo da Cetesb, Nelson Menegon, as ações de saneamento básico dimi-nuíram o despejo de esgoto na bacia hidrográfica da região.
“Atualmente, os principais poluen-tes das represas metropolitanas são
os nutrientes, que causam a eutrofi-zação de suas águas. A eutrofização é um mecanismo de enriquecimento de nutrientes [nitrogênio e fósforo] que tem como consequência a pro-liferação exagerada de algas, que compromete o uso da água”, explica Nelson Menegon.
“Porém, a partir de 2010, não se constatou nenhum valor de fósforo total superior a 0,1 miligrama por li-tro na captação de água na Guarapi-ranga, o que é um índice muito bom”, avalia.
Ângelo Remazotti/Missionária V/Papa Gregório MagnoJardim dos Lagos – IpanemaJardim ArnaldoParque São FranciscoJardim Eldorado/Mata VirgemBalneário/Mar Paulista/IngaiPaulistas/ Rep. Lotes 10/11/12 Quadra 1 Bairro Apurá/Dois/Jardim Apurá/BandeirantesPaulino Alves EscudeiroAlcindo Ferreira/Jardim CruzeiroJardim Pouso AlegreIpojuca Lins de AraújoParque São José VIJardim Satélite I e II/Maria AA IICEU Cidade DutraClube de Pesca Santa BárbaraOrion/Jardim Império/Jardim OrionAnthero Gomes do Nascimento/Jardim São Judas Tadeu/Jardim São Vicente/Império ICantinho do CéuParque São José I e IIJardim ManacásVale Verde ou Monte Verde/Carioba/Sítio Cascavel/Fechado ElianeJardim RodrigoParque São José VII, Três Cânticos e entornoAlto da AlegriaNova Grajaú I e IICocaia IErundinaÁrea sem nomeJardim Nova Varginha/Estrada do Barro Branco
Jardim Almeida PradoXamborés I e IIParque Novo Santo Amaro IVJardim CalúChácara Sonho Azul ABoulevard da PazJardim GuanguaráParque Novo Santo Amaro I e IIParque Novo Santo Amaro IIIJararaú IIJardim SolangeJardim Capela/Santa BárbaraÂngelo TarsiniCavalo Branco/Batista Bassano AArizona AEnlevoJardim Horizonte Azul/Sapato BrancoCosta do ValadoSão LourençoJardim Fujihara I, III e Jardim Nakamura IIRenato LocchiSanta Margarida VJardim Ângela IIVila Santa ZéliaChácara Flórida/BandeirantesBuraco do SapoJardim TancredoJardim ColoradoJoão Manoel VazParque Maria Fernanda I e IIRoschelCondomínio Vargem GrandeCavalo Branco (novas unidades) Chácara do Conde (novas unidades) Vargem Grande (novas unidades)
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As obras de drenagem e saneamento são essenciais para evitar alagamentos, prejuízos, doenças e mortes. Porém, é comum que não se dê a devida importân-cia a essas intervenções, pois os canais, tubulações e redes de escoamento ficam enterrados depois de prontos.
“É uma obra ‘invisível’. Mas pegue qualquer cidade e compare os índices de doenças e de mortalidade infantil an-tes e depois de feitas as redes de água e saneamento. A diferença, para melhor, é impressionante”, afirma um dos dire-
tores da Geasanevita Engenharia e Meio Ambiente, José Orlando Paludetto Silva. A empresa é responsável por obras de dre-nagem e saneamento em projetos como o da Favela do Sapé, no Butantã, Zona Sul.
Ele explica que há todo um processo a ser seguido antes do início da obra. Primeiro, as famílias que vivem à beira de um córrego, rio ou represa são ca-dastradas e passam a ser atendidas pelo poder público. Depois disso, é feita uma medição para definir até que ponto a água poderá subir sem atingir moradias.
“Com isso, é possível saber se algumas famílias vão precisar ser reassentadas em outro local”, explica outra diretora da empresa, Beatriz Benitez Codas.
Após essas etapas, são feitos estudos para detalhar o tipo de drenagem mais adequado e os locais por onde passarão os canais e tubulações das redes de água e esgoto. “É um processo lento e sabe-mos que causa transtorno, mas o resulta-do, em termos de infraestrutura e saúde pública, é de extrema importância”, com-pleta José Orlando Silva.
Obras de drenagem e saneamento são essenciais
ONDE FICAM AS ÁREAS CONTEMPLADAS NA 3ª FASE DO PROGRAMA
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Alguma coisa aconteceu na esquina mais emblemática de São Paulo no fi-nal de março. Engravatados e jovens de jeans, crianças e idosos, entregado-res de folheto e turistas gringos: todo mundo parava para ver o muralista Raul Zito, de 30 anos, trabalhar no nú-mero 613 da Avenida São João.
No tapume da obra executada no antigo Hotel Cineasta, no coração do Centro, Zito criou um mural inspirado no candomblé. “A ideia é fazer a cidade ‘sair’ um pouco desse ímpeto de pres-sa, trânsito e trabalho e ter um pensa-mento mais espiritual”, explica.
Próximo ao cruzamento das avenidas São João com Ipiranga – local eterna-mente famoso graças a Caetano Veloso e seu hino “Sampa” –, o Cineasta é o primeiro empreendimento do Programa Renova Centro a entrar em obras (leia nesta página). O prédio foi comprado pela Companhia Metropolitana de Ha-bitação de São Paulo (Cohab-SP) por R$ 4,2 milhões, com financiamento da
Caixa Econômica Federal, e abrigará ar-tistas aposentados de baixa renda.
Por isso, o edifício erguido nos anos 1920 vai se chamar Palacete dos Artis-tas e ganhará restauração completa, salão de festas, sala multiuso e áreas de lazer, médica e administrativa. Se-rão construídos 50 apartamentos no antigo hotel – os primeiros devem ser entregues em janeiro de 2013. Ao todo, os investimentos no edifício serão de R$ 4,5 milhões.
Com o mural no tapume, o objetivo é dar espaço para a expressão de artistas urbanos e chamar a atenção da popula-ção para o projeto. Isso porque um dos objetivos do Renova Centro é o incentivo à arte e à cultura. Proposta na qual Zito se encaixa bem, pois faz arte de rua e tem obras espalhadas pela cidade.
Seguindo essa “pegada” cultural, outros prédios contemplados pelo pro-grama ganharão nomes de artistas que participaram da histórica Semana de Arte Moderna de 1922, como o maes-
tro e compositor Heitor Villa-Lobos. O próximo empreendimento a entrar em obras, o Asdrúbal do Nascimento, vai ser rebatizado de Mário de Andrade – uma homenagem ao escritor e poeta modernista.
DÉBORA YURI
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 8
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os No cruzamento maisfamoso da cidade, mural marcaprimeira obra do Renova Centro
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cara nova
Programa investe em habitação social no Centro
O Programa Renova Centro foi cria-do pela Prefeitura em 2010 para co-laborar com a revitalização da região central da cidade. Ele prevê que cerca de 50 prédios ociosos da área sejam transformados em moradia para cer-ca de 2.500 famílias. A maioria dos apartamentos será destinada à Ha-bitação de Interesse Social, benefi-ciando famílias com renda de até três salários mínimos.
Raul Zito criou mural inspirado no candomblé
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 9
arte no tapumeNos dias 30/3 e 1º/4, Raul Zito e seu amigo, o artista
urbano Carango Sá (de camiseta branca), de 28 anos, produziram o mural nos tapumes do futuro Palacete dos Artistas. Renova SP acompanhou a dupla durante os dois dias. Confira, em imagens, como foi feito o trabalho.
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Raul Zito é figurinhacarimbada na região
“Quando eu tinha 15 anos e comecei a grafitar, o Centro de São Paulo era um mistério para mim”, lembra o muralista Raul Zito, que nasceu em Cotia (Grande São Paulo) e mora em Pi-nheiros (Zona Oeste). “Agora, ele se tornou habitado e usufru-ído por toda a população”, comemora.
Ao fazer o mural, que ficará exposto até o fim da obra, Zito colaborou com a revitalização da região. Sempre na área, ele gosta de frequentar a Galeria do Rock, onde compra roupas, tênis e acessórios para skate, e de tomar mate gelado na Pra-ça Dom José Gaspar.
A “street art” de Zito está espalhada por todos os cantos de São Paulo, mas um trabalho especial é o do Cingapura do Piqueri, na Marginal Tietê (Zona Norte). Segundo ele, a obra merece esse favoritismo pelo projeto e pelo tamanho, já que a lateral do prédio que abriga o mural tem 16 metros de altura.
Depois de aderir ao “pacote completo do movimento hip hop” – grafite, skate, rap, andança pela cidade –, Zito passou a criar murais. “Meu trabalho remete mais ao muralismo me-xicano, de artistas como Diego Rivera, Jose Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros. É uma arte com referências políticas, diferente do grafite nova-iorquino, que está mais ligado ao hip hop, a pintar trens”, explica.
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Projeto para escola de música é premiado no exterior no mesmo mês em que orquestra faz estreia
Elma apostana qualidadede seu trabalho
Paraisópolis passou por emoções fortes durante o mês de abril. Dessa vez, não foi a entrega de unidades a causa do fris-son, mas, sim, a Escola de Música que será erguida na comu-nidade. Ao mesmo tempo em que o projeto para a construção da sede foi premiado no exterior, a Orquestra Filarmônica que ocupará o espaço estreou oficialmente.
Ao custo de cerca de R$ 9,5 milhões, a sede da entidade vai ser construída pela Prefeitura no Grotão, a região mais precária da comunidade, que fica no Morumbi (Zona Sul). O projeto do edifício, intitulado “Grotão – Escola de Música”, conquistou o 2º lugar no Global Holcim Awards 2012, premiação mundial de construção sustentável. Os autores são os arquitetos Alfredo Brillembourg e Hubert Klumpner, do escritório Urban-Think Tank.
“Nós começamos a fazer pesquisas em Paraisópolis há seis anos, e a ideia veio quando observamos e conversamos com os moradores sobre a necessidade local de mais espaços públicos e culturais”, conta o norte-americano Brillembourg. “São Paulo é uma cidade excitante para implantar estratégias inovadoras em urbanização de favelas.”
No ano passado, o projeto já tinha obtido o 1º lugar na etapa latino-americana do Holcim Awards. “Ele é funcional e vai mistu-
Ao somde violinos
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Marlene deve aproveitaro reajuste para viajar
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 10
PARAISÓPOLIS
rar usos: quadra de futebol, praça, escola de música, um ponto de ônibus, uma passarela para pedestres”, diz a coordenadora do Projeto de Urbanização de Paraisópolis, Maria Teresa Diniz. A previsão da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) é que as intervenções comecem no segundo semestre.
À espera da sede, a escola já funciona e reúne 108 alunos, todos moradores da comunidade. O único requisito é saber ler, para aprender teoria musical – não há limite de idade. “O projeto é profissionalizante: nosso objetivo é formar músicos jovens e capacitá-los para entrar em faculdades de música ou orques-tras profissionais”, explica o maestro Paulo Rydlewski. A escola é fruto de uma parceria entre ele e a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, presidida por Gilson Rodrigues.
A estreia da orquestra foi em 17 de abril, durante leilão bene-ficente em prol do Instituto Escola do Povo, que alfabetiza adul-tos. Vinte e cinco alunos se apresentaram para personalidades como o meio-campista Lucas, do São Paulo, e a campeã olímpica com a seleção feminina de vôlei Fofão.
DÉBORA YURI
Primeira apresentação da orquestra foi
em 17 de abril
Escola de Músicaterá também
quadra e praça
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 11
Comunidades colhem osfrutos da festa
PRÓXIMAS PARADAS
Lazer, incremento da renda, aumento da autoestima, novos conhecimentos, troca de ideias. Para as lideranças das três primeiras comunidades que rece-beram a Jornada da Habitação, o even-to levou tudo isso aos moradores.
“A Jornada gerou renda e visibilidade para a comunidade, já que os artistas locais foram reconhecidos. Pensamos até em fazer eventos menores só para eles”, diz Aguinaldo da Silva França, o Guigui, de 38 anos, há 25 no Jardim São Francisco, na Zona Leste. A comunida-de foi a primeira a receber o evento, em fevereiro, logo após a abertura.
Organizada pela Secretaria Munici-pal de Habitação (Sehab), a Jornada promove a troca de experiências entre seis projetos desenvolvidos em São Paulo pela Prefeitura e seis cidades do exterior: Roma (Itália), Mumbai (Índia), Medellín (Colômbia), Nairóbi (Quênia), Moscou (Rússia) e Bagdá (Iraque).
Para Guigui, o intercâmbio serviu
também para dar mais valor ao traba-lho feito em São Paulo. “A gente tem o hábito de achar que tudo lá fora é melhor, mas vimos que não é bem as-sim. Temos tido mais avanços na área habitacional do que muitas cidades do exterior.”
Palco da segunda etapa, Paraisópo-lis, na Zona Sul, viveu dois dias de festa em março. “Foi uma grande oportunida-de para a gente falar o que pensa. Tam-bém mostrou ao pessoal que o projeto de urbanização daqui sempre foi dis-cutido em conjunto pelas lideranças e o poder público”, avalia um dos líderes do núcleo Jardim Colombo, Genilso Fer-reira da Silva, de 39 anos.
No Cantinho do Céu, na Zona Sul, a Jornada, que aconteceu em março, repercute até hoje. “Superou nossas expectativas, com shows, passeios de barco, praça de alimentação no deque. Os moradores me perguntam quando vai ter outra”, conta umas das
lideranças da região, Vera Lúcia Basa-lia, de 61 anos.
Quem vendeu comida e artesanato saiu “super feliz”, ela completa. “Na hora do almoço, muita gente não tinha mais nada para oferecer. Já o pessoal do artesanato recebeu até pedidos de encomendas de lojistas ‘da cidade’ e gringos.”
DÉBORA YURI, MARCOS PALHARES E VERÔNICA GONÇALVES
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Bamburral12 DE maioHeliópolis 26 DE maioCortiços do Centro30 DE junho E1º DE julho
MAIS INFORMAÇÕES:www.jornadadahabitacao.org
Evento chega à metade e lideranças que já o receberam avaliam as três primeiras etapas
‘Vale a pena investir em boa arquitetura’
Para a coordenadora da Jornada da Habitação, Eliene Coelho, o even-to tem ajudado a população a perce-ber a grandeza do que está aconte-cendo nas comunidades. Isso é, em parte, impulsionado pela troca de experiências com outros países. “A gente vê que não está atrás, que os nossos projetos têm muita qualida-de. São Paulo está percebendo que vale a pena investir em boa arquite-tura”, diz a arquiteta, que também coordena o sistema Habisp.
Paraisópolis foi a segunda comunidade
a receber o evento
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 12
DIÁRIO DE OBRAS lESTE SuDESTE cEnTronorTE Sul mananciaiS
Começa a construção dasunidades habitacionais no Sapé
Além dos 1.056 imóveis, Prefeitura fará área verde ao longo do córrego da comunidade
O Q U E É . . . ... Área de risco?É um local onde há risco de morte para as pessoas que o habitam. São identificados em margens de encostas e beira de córregos ou rios. Nesses pontos, sempre há perigo de deslizamentos,solapamentos e inundações. locais com lixo ou entulho também são áreas de risco
... auxílio aluguel?É um programa da Prefeitura destinado às famílias retiradas de área de risco ou por conta de obras deurbanização. Também
pode ser usado em situação de emergência, como em caso deincêndio ou desabamento. O benefício é de R$ 300 mensais, tendo aduração de seis meses ou até a moradiadefinitiva ficar pronta
... cadastramento?É uma ficha que ofuncionário daPrefeitura preenche com os dados do morador após uma visita à casa dele. Ela serve para identificar todas as pessoas que vivem em uma comunidade para, futuramente, atendera todos
... Parceria Social?É um programa da Prefeitura voltado a famílias que vivem em situação de rua ou sem residência fixa, em situação de extrema pobreza. O benefício é de R$ 300 mensais, com duração de 30 meses, sendo que a pessoa deve guardar de R$ 6 a R$ 15 por mês em uma caderneta de poupança e cumprir váriasobrigações
... Programa 3 rs?É a sigla paraRecuperação do Crédito, Revitalização do Empreendimento e
Regularização Fundiária da Prefeitura.Foi criado para recuperarconjuntos habitacionais já existentes que estavam degradados, inclusive com a invasão e criação de novas favelas nas áreas comuns dos prédios
... reintegração dePosse?É quando um juizmanda as pessoasque vivem em umterreno particularocupado saírem.O pedido é feito pelo proprietário da área, e a Prefeitura não tem como impedir
... Termo de atendimento habitacional?É um documento oficial afirmando que o morador tem direito a receber apartamento ou casa da Prefeitura. É dado quando ele deixa a sua moradia por conta dealguma obra ou remoção
... urbanização?É um projeto daPrefeitura paratransformar a favela em um bairro com ruas pavimentadas, calçadas, rede de água e esgoto, praças, posto de saúde. Além disso, o morador recebe a documentação regularizada de sua casa
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A Prefeitura iniciou a construção da primeira leva de unida-des habitacionais para a comunidade do Sapé, no Butantã. Os condomínios A e B do Sapé A, que somam 144 unidades habi-tacionais (UHs), estão em fase de fundação. Já no condomí-nio F do Sapé B, com 87 UHs, começaram a terraplanagem e a construção de contenções.
No total, serão feitos 1.056 apartamentos, sendo 681 no Sapé, 275 no Domenico Martinelli e 100 no Água Podre – todos localizados na mesma região. Os primeiros três condomínios devem ficar prontos ainda no primeiro semestre de 2013.
Assinado pelo escritório Base 3 Arquitetos, o projeto prevê cinco diferentes tipologias de apartamentos: de 46 m², 49 m², dois modelos de dúplex com cerca de 50 m² e o maior deles, de 52 m², que tem varanda de serviço.
“Não vamos fazer só habitação. Nossa proposta é abrir es-paço para comércio, serviços e uma biblioteca, já que a região é bem servida de creches e escolas públicas”, diz a arquiteta que coordena o projeto, Marina Grinover. Ela cita como outros diferenciais o Caminho Verde, via arborizada que será implan-tada ao longo do Córrego do Sapé, e a ciclovia interligada ao Centro Educacional Unificado (CEU) Butantã.
A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) também vai abrir
novo viário, pavimentar ruas e implantar redes de água, esgoto e drenagem, além de canalizar o córrego que corta a comuni-dade. Os investimentos serão de cerca de R$ 152 milhões, com recursos da Prefeitura (R$ 3,8 mihões), da Caixa Econômica Fe-deral (R$ 36,4 milhões), da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (R$ 9 milhões) e do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (R$ 103 milhões).
DÉBORA YURI
Primeiros condomíniosserão entreguesem 2013
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REGULARIZAÇÃODE LOTEAMENTOS1 - Brasil Novo2 - Jardim Corisco II3 - Campo Limpo4 - Sitio Itaberaba5 - Jd. Palmares6 - Anhanguera/Morada do Sol
URBANIZAÇÃODE FAVELASA - Jardim Nova TerezaB - Dois de Maio C - Lidiane / Sampaio CôrreaD - Nova JaguaréE - Vitotoma MastrorozaF - São Francisco GlobalG - Tiro ao PomboH - Jardim Guarani / Boa EsperançaI - Diogo PiresJ - Barão de AntoninaK - Nove de JulhoL - Cinco de JulhoM - Carina AriN - Jardim EditeO - BamburralP - Real ParqueQ - GabiR - Thomas IIS - ParaisópolisT - Jardim OlindaU - HeliópolisV - Água PodreW - SapéX - Córrego da MinaY - Parque Fernanda IZ - Cidade AzulAA - Jardim ColomboBB - São Judas
PROGRAMA MANANCIAIS1 - Cidade Júlia2 - Nova Pantanal3 - Jd. Eldorado / Mata Virgem4 - Jd. dos Lagos5 - Santa Margarida V6 - Jd. Dionísio I e II/Vila Santa Lúcia7 - Vila Santa Célia8 - Jd. Ângela II9 - Jd. São Joaquim10 - Jd. Arnaldo11 - Vila Bom Jardim12 - Nagib I e II13 - Jd. Planalto14 - Minuetos15 - Pq. São Francisco16 - Kagohara II17 - Jd. Herculano18 - Alto da Riviera B19 - Neumas/Kagohara IV20 - Pq. Novo Santo Amaro V / Luz Soriano21 - Pabreu22 - Condomínio Vargem Grande23 - Jd. Nova Marilda24 - Boulevard da Paz25 - Pq. Nova Santo Amaro VII26 - Costa do Valado27 - Renato Locchi28 - Jd. Solange29 - Jararau II30 - São Lourenço31 - Fujihara II32 - Jd. Fujihara I e III e Nakamura II33 - Xambores I e II / Vila Verde34 - Jd. Araguari / Muriçoca35 - Chácara Flórida / Chácara Bandeirantes36 - Nova Varginha37 - Jd. Capela / Santa Bárbara38 - Pq. das Cerejeiras39 - Enlevo40 - Jd. Calú41 - Chácara Sonho Azul42 - Arizona43 - Jd. Iporã / Jd. Casagrande44 - Ângelo Tarsini45 - Cardeal Rossi46 - CEU Cidade Dutra47 - Alcindo Ferreira / Jd. Cruzeiro48 - Chácara do Conde I e II49 - Jd. Satélite I e II50 - Dezenove51 - Jd. Represa52 - Ribeirão das Pedras53 - Ipojuca Luis de Araújo54 - Vila Rubi55 - Jd. Pouso Alegre56 - Jd. Real57 - Pq. América58 - Jd. Noronha59 - Pq. São José VI60 - Jd. Itatiaia61 - Pq. São José I e II62 - Cantinho do Céu / Gaivota63 - Jd. Horizonte Azul / Sapato Branco64 - Jd. Manacás65 - Pq. São José VII, Três Cânticos e Entorno66 - Alto da Alegria67 - Nova Grajaú II68 - Cocaia I69 - Jd. São Bernardo II70 - Vila Santa Francisca / Cabrini IV71 - Vila Santa Fé72 - Pq. Maria Fernando I e II
DIVISA DAS REGIÕES
LIMITE DAS SUBPREFEITURAS
LIMITE DAS ÁREAS DE MANANCIAIS
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Obras da Secretaria Municipal de Habitação na cidade
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PROGRAMA 3 R’sA - Jd. do LagoB - São Jorge / ArpoadorC - Jd. ImperadorD - Nova TietêE - São Domingos / Camarazal 4F - São Domingos / Camarazal 7G - José Paulino dos SantosH - City JaraguáI - ChaparralJ - TiquatiraK - GoitiL - Real Parque
COHAB-SP 1 - Jardim Mirian2 - Parque Boa Esperança3 - Unidos Venceremos4 - Paulo Freire5 - Recanto da Felicidade6 - Parque do Gato7 - Olarias8 - Barro Branco II9 - Barro Branco I, II, III, IV - Sta. Etelvina 1/6A
COHAB-SPMINHA CASA, MINHA VIDA1 - Barra Bonita 2 - Brotas3 - Campos do Jordão4 - Leme5 - Mongaguá6 - Guarujá7 - Caraguatatuba8 - Mirassol9 - Paranapiacaba10 - Santa Adélia11 - São Roque/Piracicaba12 - Iguape I13 - Ribeirão Preto14 - Campinas15 - Leão de Judá16 - Vale das Flores17 - Vila Patrimonial
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NOVAS UNIDADES1 - Domenico Martinelli2 - Areião3 - Estevão Baião4 - Corruiras5 - Ponte dos Remédios
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RENOVA CENTRO1 - Palacete dos Artistas
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 13
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Prefeitura termina obras no Anhanguera / Morada do Sol
As obras de contenção executadas no loteamento Anhan-guera / Morada do Sol, em Perus (Zona Norte), foram finaliza-das pelo Departamento de Regularização de Parcelamento do Solo (Resolo), da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab).
A área ganhou projeto de estabilização e contenção de en-costas em alguns trechos. Houve também o plantio de grama e árvores, além da preservação das espécies existentes.
Foram investidos R$ 445 mil nas intervenções, que bene-ficiarão cerca de 190 famílias. Agora, o Anhanguera está apto para que seja emitido o Auto de Regularização.
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 14
Moradores também vão ganhar ciclovia ligando condomínio às estações da CPTM
O Residencial Caraguatatuba entrou em fase final de execução. O conjunto habitacional terá 940 unidades, distribuídas em cinco condomínios. A previsão é que ele seja entregue em agosto.
Os apartamentos contam com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. No térreo, há uni-dades destinadas a pessoas com mobilidade reduzida. Uma inovação do projeto é a ciclovia que está sendo exe-cutada, com cerca de 2 km de extensão. “Ela vai ligar os condomínios às estações de trem da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] José Bonifácio e Guaia-nases, que ficam próximas e terão bicicletários”, conta a diretora técnica da Cohab-SP, Hisae Gunji.
A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP) cedeu o terreno, no valor de cerca de R$ 15 milhões, e a construção ficou a cargo do Governo Federal, ao custo aproximado de R$ 50 milhões.
Parte das famílias que estão prestes a ganhar suas no-vas casas deixou seus antigos imóveis em dezembro de 2009, devido à enchente que atingiu o Jardim Pantanal, o Jardim Romano e o Parque das Flores, em São Miguel Paulista (Zona Leste). Desde aquela época, eles estão re-cebendo o Auxílio Aluguel da Prefeitura. Os apartamentos do Caraguatatuba serão financiados pelo programa fede-ral Minha Casa, Minha Vida em dez anos, com mensalida-des de 10% da renda familiar.
DÉBORA YURI
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Caraguatatuba está perto da conclusão
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Resolo conclui obras no Jardim Palmares O Departamento de Regularização e Parcelamento do Solo
(Resolo), da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), con-cluiu as obras de contenção para eliminar o risco no loteamen-to Jardim Palmares, que fica na Zona Norte. As intervenções incluíram serviços de drenagem, com a execução de canaletas e escadarias hidráulicas. As obras custaram R$ 725 mil e vão beneficiar cerca de 380 famílias que vivem na área.
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Condomínio terá 940 unidades
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 15
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Quatro dos 11 blocos previstos para a Gleba H, em Helió-polis (Zona Sudeste), já estão em fase final, com 98 apar-tamentos que deverão ser entregues no segundo semestre. No total, estão sendo construídos 200 novos imóveis, mais 36 comerciais (entre boxes e unidades), além de área de lazer com quadra e playground. O término das obras está previsto para o início de 2013.
Na Gleba H, já existiam cinco prédios que estavam com-primidos por uma favela que cresceu ao redor. Para iniciar o novo projeto, foi preciso retirar os barracos. As cerca de 900 famílias que ocupavam o local e o entorno passaram a ser atendidas pela Prefeitura. Para integrar as novas re-sidências aos prédios existentes, foram projetados blocos horizontais.
“Era uma ocupação curiosa e dramática. Parecia um pro-blema insolúvel. Nossa intenção foi a de construir um pe-daço da cidade nesse quarteirão, e não apenas um terreno com prédios soltos”, comenta o diretor do escritório respon-sável pelo projeto, Hector Vigliecca.
Será investido no projeto cerca de R$ 45 milhões. Desse valor, R$ 30 milhões são da Prefeitura e o restante, R$ 15 milhões, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Estado de São Paulo (CDHU).
As obras fazem parte do Projeto Heliópolis, que beneficia-rá 14.586 famílias, com urbanização e construção de 3.689
unidades habitacionais. O valor total do Projeto Heliópolis é de cerca de R$ 590 milhões, sendo R$ 250 milhões da Pre-feitura, R$ 123 milhões da Caixa Econômica Federal, RS 177 milhões da CDHU e R$ 40 milhões do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura.
MARCOS PALHARES
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Quatro blocos da Gleba H estão em fase de acabamento
Os primeiros 98 apartamentos deverão ser entregues no segundo semestre deste ano
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Reforma do Jardim Imperador está prestes a ser finalizadaA revitalização do conjunto habitacional Jardim Imperador, no Ipiranga (Zona Sudeste), entrou em fase final e está prevista para ser concluída em junho. As obras custarão R$ 1,9 milhão e beneficiarão os moradores das 380 unida-des que existem no local.
A reforma promovida no empreendimento incluiu pintura, paisagismo, implantação de áreas de lazer, cercamento e cobertura nas garagens, além de novos equipamentos de segurança e ligações de gás. Telhados e caixas d’água fo-ram trocados.
As obras integraram o Programa 3 Rs (Regularização, Re-cuperação de Créditos e Revitalização dos Empreendimen-tos), criado pela Superintendência de Habitação Popular (Habi) da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab).
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 16
A Prefeitura está finalizando as obras de contenção no Morro dos Macacos, em Cida-de Ademar (Zona Sul). As obras beneficiarão aproximadamente 2.000 famílias e devem ser concluídas ainda no primeiro semestre. Fo-ram investidos cerca de R$ 12,2 milhões – a Prefeitura contribuiu com R$ 9,5 milhões e a Caixa Econômica Federal (CEF), com R$ 2,7 milhões.
Para eliminar o risco na área, foram exe-cutadas intervenções com a técnica de solo grampeado no topo da encosta. Ela consiste na perfuração da terra com barras de ferro e injeção de calda de cimento, reves-timento com tela de aço soldado e concreto projetado por cima. Tudo isso para evitar deslizamentos.
Na parte baixa do terreno, foi usado o sistema de terra-planagem com talude e cobertura vegetal. Nesse méto-do de contenção, a porção ruim da terra é retirada. Feito
isso, planta-se grama por cima. Depois da conclusão das obras para a estabilização da
encosta, o Morro dos Macacos, que integra a área Jardim Eldorado / Mata Virgem, passará para outra etapa de in-tervenções. “Vamos começar a urbanização da comuni-dade e também a implantação de um grande parque line-ar que atenderá à região”, diz o coordenador do Programa Mananciais, Ricardo Sampaio.
DÉBORA YURI
Contenção no Morro dos Macacos entra em fase finalSehab vai eliminar o risco na área, beneficiando cerca de 2.000 famílias
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Prefeitura trabalha na fundação do Lidiane / Sampaio Côrrea
A Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) concluiu as fundações do pri-meiro bloco residencial do projeto Li-diane / Sampaio Côrrea, na Casa Verde.
O projeto, que integra o Programa Marginais – que está sob responsabili-dade da Regional Centro (Habi-Centro) da Sehab –, prevê a construção de 238 apartamentos.
O investimento é de R$ 39 milhões, sendo R$ 24 milhões da Prefeitura e R$ 15 milhões da Companhia de De-senvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). A pre-visão de entrega é para o primeiro se-mestre de 2013.
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Obras na Vila rubi estão quase prontas
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Depois de pronta a obra de contenção, área será urbanizada
As obras de urbanização na Vila Rubi, na Cidade Dutra (Zona Sul), es-tão em fase final. A Secretaria Muni-cipal de Habitação (Sehab) deve con-cluir a intervenção ainda no primeiro semestre.
Com 476 famílias, a área recebeu redes de água, esgo-to e drenagem, abertura de vielas, pavimentação de ruas, canalização de córrego e pai-sagismo. Fachadas das casas ganharam pintura e foram ins-talados na comunidade equi-pamentos como áreas de lazer e quadra poliesportiva.
Os investimentos foram de aproximadamente R$ 17 mi-
lhões. A Prefeitura contribuiu com R$ 6,3 milhões; a Caixa Econômica Fe-deral, com R$ 2,2 milhões, e o Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI), com R$ 8,5 milhões.
Casas ganharam pintura
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 17
EMPREGOS & FINANÇASCONSUMIDOR
Desde fevereiro, a diarista Isadora Vasconcelos, de 38 anos, tem um novo companheiro quando vai ao mercado: o carrinho de mão revestido com lona. Naquele mês, os supermercados deixa-ram de fornecer sacolinhas de plástico
para os consumidores empacotarem as compras – medida que foi adiada poucos dias depois para ser adotada definitivamente em abril.
Cansada de carregar os produtos em caixas de papelão ou em sacos usados
de 5 quilos de açúcar, fornecidos como alternativas pelos supermercados que ela frequenta, Isadora gastou cerca de R$ 50 para comprar o carrinho.
“Ficou mais difícil porque não cabe muita coisa. Mesmo quando vou de carro, é ruim para transportar tudo até o estacionamento e depois retirar em casa”, reclama a diarista, que mora na Vila Natal, região do Grajaú (Zona Sul). “Às vezes, a gente não leva carrinho porque vai comprar só um ou dois pro-dutos. Daí tem de carregar na mão.”
O principal argumento da Associa-ção Paulista de Supermercados (Apas) para deixar de distribuir as sacolinhas está ligado ao meio ambiente. A entida-de acredita que deixar de despejar anu-almente 6,6 bilhões de sacolas plásti-cas na natureza ajudaria a combater a poluição. Justificativa que não é plena-mente aceita por especialistas da área ambiental (leia na próxima página).
Para apimentar ainda mais a polêmi-ca, resta outra questão: economistas dizem que o custo das sacolinhas já está embutido no valor dos produtos. Mas isso significa que acabar com a distribuição “gratuita” fará o preço nas prateleiras cair? Ninguém sabe (leia na próxima página).
De concreto, mesmo, apenas o fato de que a Apas apresentou alternati-vas que foram aceitas pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP). Uma delas, inclusive, es-tabelece que os supermercados dispo-nibilizem sacolas reutilizáveis para os clientes por um preço de até R$ 0,59.
A seguir, entenda um pouco mais dessa questão e descubra, como Isa-dora, formas alternativas de levar as compras para casa sem precisar ser malabarista.
MARCOS PALHARES
Sacolinhada discórdia
Entenda a polêmica em torno do assunto e saiba como se adaptar nas próximas visitas ao supermercado
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os Isadora comprou um carrinho revestido
de lona para ir ao supermercado
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o preço dosprodutos cai?
É bom para o meio ambiente, mas não o suficiente
A polêmica não está só na questão ambiental. Ela pesa no bolso do consumidor também. O próprio presidente da Apas, João Galassi, afirmou, por meio de um comunicado oficial, que as sacolinhas representam 0,20% do valor das compras – seus cálculos apontam, ainda, que os supermercados vão economizar cerca de R$ 190 milhões por ano.
Fato que, ainda segundo Galassi, “pode gerar promoções nos estabelecimentos ou uma redução nos preços dos pro-dutos”. O economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Gilson de Lima Garófalo não acredita que isso ocorra. “O consumidor termina pagando duas vezes. É muito difícil pensar na redução dos preços nos supermercados”, diz.
A medida, que não é uma lei, também pode gerar desem-prego nas empresas que produzem sacolas plásticas. De acordo com o presidente do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), Miguel Bahiense, o setor emprega 6 mil pessoas diretamente e 27 mil indiretamente. “Já existem demissões”, afirma ele.
Parar de distribuir sacolinhas gratuitamente nos super-mercados ajuda, mas não vai trazer grande impacto na pre-servação do meio ambiente. Essa é a opinião da engenheira ambiental Fátima Santos.
“A intenção é muito boa. Mas, por outro lado, as próprias mercadorias que as pessoas compram têm embalagens plásticas ou são feitas com outros materiais poluentes que continuam sendo despejadas na natureza todo mês”, afirma Fátima, que é co-autora dos livros “Equilíbrio Ambiental & Resíduos na Sociedade Moderna” e “O Ser Humano e o Meio Ambiente de A a Z”.
Para ela, a medida deveria ser acompanhada de outras pro-postas. “As empresas, por exemplo, poderiam ter se compro-metido a reduzir ou substituir as embalagens de seus produ-tos por outras, menos poluentes”, acrescenta.
A opção mais usada é a sacola retornável. Esta aqui, da Na Sacola, de nylon, custa apenas R$ 8. Há também versões em tecido. (Você pode fazer a sua com uma camiseta. Saiba como na seção “Passo a Passo”, na página 21).
Mais leve (e menos feio) que o carrinho de feira é a versão revestida em lona, geralmente colorida e com fecho em velcro. Esse modelo, da Batiki, tem preços entre R$ 39 e R$ 49.
O velho e bom carrinho de feira pode ser encontrado no varejo por até R$ 40. E existem modelos “turbinados” como este, da Passerini, que suporta 40 quilos e custa até R$ 90.
ONDE LEVAR AS COMPRAS?A seguir, Renova SP dá algumas dicas de como ir ao supermercado sem as sacolinhas. Escolha a sua.
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 18
Alergia nunca mais
CONSTRUÇÃO & DECORAÇÃOSAÚDE
Renova SP lista uma série de dicas para acabar com os espirros em casa
Será que os ácaros são os maiores vilões da rotina domésti-ca? Para muita gente, sim. Pelo menos 20% da população mun-dial sofre de algum tipo de alergia, segundo a alergista Fátima Rodrigues Fernandes, presidente da Regional São Paulo da As-sociação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI). Esse percentual salta para 40% se um dos pais for alérgico e chega a 80% entre quem tem pai e mãe com o problema.
As alergias mais comuns são justamente as respirató-rias, como asma (popularmente conhecida por bronquite), rinite, sinusite, conjuntivite e laringofaringite. Para evitar o seu agravamento, é preciso combater os ácaros de poeira dentro de casa, explica a médica. “O ideal é não usar car-petes e tapetes, além de trocar cobertores de lã por edre-dons. O ambiente precisa ser ‘clean’, limpo, sem objetos pendurados ou bichos de pelúcia.”
Entulhar objetos, livros e CDs pela casa não é aconselhá-
vel – se você não consegue viver sem eles, dê preferência às estantes com porta. Vassouras e espanadores devem ser eliminados da faxina, porque levantam o pó e deixam os ácaros em suspensão no ar – depois de um tempo, eles voltam a descer para o piso ou os móveis. “Para retirar de vez os ácaros, a limpeza deve ser feita com pano úmido. Trocar a roupa de cama duas vezes por semana é outra dica”, diz Fátima.
Locais pouco ventilados e escuros são iscas para a proli-feração de ácaros, fungos e bactérias, observa a arquiteta Nadine Voitille, sócia do Portal Clique Arquitetura. Por isso, é importante manter a casa ensolarada e bem ventilada. “A decoração também interfere bastante. Os ambientes preci-sam de móveis que sejam fáceis de limpar”, explica ela, que dá, a seguir, dicas de como “armar” o lar contra as alergias.
DÉBORA YURI
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Renova SP MAIO | JUNHO 2012 19
Para evitar o acúmulo de pó,ambiente deve ser ‘clean’
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 20
• Pisos cerâmicos e laminados são os mais indicados para os alérgicos. A limpeza deve ser feita com pano úmido. • Dê preferência a sofás de couro, que podem ser mantidos limpos mais facilmente. • As almofadas poderão ter capas de tecido antialér-gico, que devem ser retiradas e lavadas seguidamente. • Para quem quer praticidade, as persianas de alumí-nio e madeira são as ideais, pois acumulam menos pó e são mais fáceis de limpar. Se fizer questão de ter cor-tina em casa, escolha as de tecidos leves e sem forros, que podem ser lavadas uma vez por semana. • Os lustres devem ter formas que impeçam o acú-mulo de pó.
• Camas box retêm menos pó do que os modelos tra-dicionais com estrados. • Armários até o teto evitam o acúmulo de poeira em locais difíceis de limpar. • Evite fixar prateleiras sobre a cama, pois elas tam-bém são “moradia” de ácaros. • Prefira móveis revestidos de laminados e fórmicas, que são mais resistentes à limpeza diária com pano úmido. • Evite travesseiros de penas e cobertores de lã; dê preferência a lençóis e edredons de algodão. • As colchas precisam ser finas para que possam ser lavadas toda semana. • Evite o uso de inseticidas, inclusive os espirais, “sprays” e aparelhos elétricos repelentes de insetos. • Não use facilitadores para passar roupas nem ama-ciante nas roupas de cama. Esses produtos deixam resíduos que podem provocar alergias. • Quanto aos bichos de pelúcia, é recomendável colo-cá-los em sacos plásticos e só tirá-los de lá na hora da diversão. Não use esses brinquedos como peças de-corativas porque eles ficarão infestados de partículas alérgenas. • Umidificadores também não são recomendados em casas com pouca ventilação porque podem facilitar o acúmulo de fungos, causando umidade nas paredes. Uma bacia de água no canto do quarto é uma boa op-ção para manter a umidade do ar.
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Armários até o teto e ausência de prateleiras são boas dicas para o quarto
Pisos laminados e persianas de alumínio são mais indicados para a sala
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SERVIÇO
ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia).www.sbai.org.br.
Portal Clique Arquitetura. www.cliquearquitetura.com.br.
• Os pisos frios são os ideais. Se você quer comple-mentar a decoração com um tapete, escolha aqueles sem pelos e leves, como os de algodão ou sisal. Assim, fica mais fácil batê-los fora de casa ou lavá-los com fre-quência. • As paredes podem ser revestidas com papel de pa-rede lavável. Um pano úmido faz a limpeza sem des-gastá-lo. • Use móveis com rodízios. Eles facilitam a movimen-tação e a limpeza. • Privilegie revestimentos, pinturas e materiais com proteção natural contra fungos.
• Diariamente, use aspirador de pó e pano úmido com água e sabão de coco ou álcool para limpar toda a casa, principalmente os cômodos em que a família fica por mais tempo. Lembre-se de limpar lugares pouco visíveis, como batentes de porta e estrados da cama. • Cuidado ao aspirar a poeira. O saco do aspirador precisa estar bem limpo para o aparelho não provo-car a suspensão do pó no ar. É recomendável lavar sempre o saco do aspirador após o uso e deixá-lo secar ao sol. Os melhores aspiradores de pó para alérgicos são os que possuem filtros de água ou fil-tro HEPA, que aspiram toda a poeira, até a mais fina. • Evite espanar e varrer a casa. • As cortinas devem ser lavadas a cada dois meses. Já os tapetes, edredons e travesseiros precisam ser expostos ao sol sempre que possível.
• Na cozinha, superfícies de vidro, móveis e banca-das com superfícies mais lisas são fáceis de limpar e favorecem uma manutenção rápida. • Opte por móveis até o teto e puxadores embutidos. • Nos banheiros, armários suspensos facilitam a lim-peza e a ventilação, ralos com fecho evitam odores e uma ventilação abundante dificulta a proliferação de mofos. Evite o uso de móveis com textura.
MÓVEIS E ACABAMENTOS
LIMPEZA
COZINHA E BANHEIRO
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Pisos frios sem tapetes não acumulam pó
Rodinhas facilitam a limpeza
Ralo comfecho evita
odores
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Corte as mangas e a gola da camiseta. Dessa forma, ela vai ficar parecida com uma re-gata. Em seguida, vire a peça do avesso e dobre, de modo que as costuras fiquem no centro. Sele as barras da ca-miseta com cola quente – ou as costure. 2
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Faça um desenho de sua preferência em um frasco de xampu e recorte essa figura. Desvire a camiseta – que ago-ra já está com cara de egobag – e amarre as fitas decora-tivas em uma das alças da sacola, com os enfeites recor-tados.
ITENS NECESSÁRIOS: camiseta ou blusa velha, cola quente (a pistola de aplicação e os refis são encontrados em livrarias ou lojas especializadas), tesoura, fita decorativa (de sua preferência), frasco de xampu e caneta para retroprojetor.
Transforme aquela peça velha em uma charmosa sacola de pano
Pergunte ao ARQUITETO
“Quero colocar um box no banheiro do meu apartamen-to que seja bom, bonito e dure bastante, mas ele não pode ser muito caro. Quais as dicas para eu conseguir comprar um box de vidro, liso, que não estoure o meu or-çamento? Que cuidados devo ter ao escolher um e como fazer a manutenção?”
José Clausson Bezerra, 30 anos, fiscal de ônibus, mora-dor do conjunto habitacional Garagem, em São Miguel Pau-lista (Zona Leste)
“Sempre sugiro para comprar o que de melhor qualida-de houver (dentro de nossas condições) quando se trata de louças, metais e box de banheiro. Eles têm vida longa e quando apresentam defeito, muitas vezes danificam outros itens, gerando dor de cabeça.
Neste site, é explicado como medir o box corretamente: www.boxparabanheiro.net.br/aprenda-a-tirar-medida.html. O vidro deve ser temperado, com espessura mínima de 8 milí-metros. Sempre exija garantia do fabricante (normalmente de dois anos). Embora resistente, o vidro não é inquebrável. Por isso, evite impactos e não deixe crianças sozinhas no box.
Quanto às ferragens, há um modelo que tem as rolda-nas expostas. Isso facilita a limpeza. As portas deixam de
deslizar perfeitamente com o manuseio constante. Quan-do isso acontecer, lembre que as mesmas empresas que instalam o equipamento podem fazer a regulagem.
Para a limpeza, use um pano macio e água morna. Lim-pe com movimentos verticais de um lado e horizontais do outro. É bom sempre secar o box após o banho. Bu-chas de limpeza e produtos abrasivos, como água sani-tária, danificam o vidro.”
Rosana Silva, designer de interiores, autora do blog Simples De-coração (www.simplesdecoracao.com.br).
Mande sua dúvida para a Renova SP no e-mail [email protected]
Quais as dicas para escolher e manter um box de vidro?
Limpeza deve ser feita com movimentos horizontais e verticais
PASSO A PASSO | ECOBAG FEITA COM CAMISETA
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Depois de a cola secar, a ecobag está pronta para usar.
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DIVERSÃOCULTURA & LAZER
Férias no ar Mês de julho é época de soltar pipas, mas tome cuidado com os acidentes
As férias escolares de julho estão chegando. E a garotada já começa a tirar das gavetas o papel de seda, as varetas e a linha para colocar as pi-pas no ar durante todo o mês. “Pipa vicia mais que droga”, brinca o vendedor Hamilton Novelli, morador da Zona Oeste, que já dedicou 30 de seus 50 anos a essa prática. “Com R$ 1,30, qual-quer garoto põe uma pipa no ar. E não quer mais parar.”
Em muitos bairros da cidade, principalmente na periferia, o céu fica repleto de pipas o dia todo. Enquanto há sol, lá está um “pipeiro” com seu carretel de linha na mão, olhar fixo para o alto. “Em muitos lugares, é a única distração, o único lazer. Acho muito saudável para a molecada”, diz o segurança Rodrigo Salustiano da Silva, de 30 anos, que costuma empinar pipas junto com o filho Guilherme, de 7 anos, na Vila Cordeiro (Zona Leste), onde mora.
O local escolhido para a brincadeira não poderia ser melhor: um terreno descampado. Ficar longe de fios e do trânsito diminui bastante o risco de acontecer algum acidente – e números mostram que soltar pipa pode ser muito perigoso.
A Associação Brasileira de Motociclistas (Abram) estima que aconteçam 5.000 aciden-tes envolvendo motos e linhas de pipas todos os anos. Há também o risco de ser eletrocutado: a AES Eletropaulo registrou, entre 2010 e 2011, 20 ocorrências na Região Metropolitana, com saldo de sete mortos.
Outro tipo de acidente, que nem sempre é as-sociado às pipas, são as quedas das lajes. Em-bora não haja estatísticas oficiais de quantos “pipeiros” caem enquanto brincam, existem relatos de pessoas que, empolgadas com a diversão, sofreram acidentes gra-ves – um levantamento feito pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 2011 revelou que um em cada três pacientes internados com fratura da coluna caiu de uma laje.
Nas próximas páginas, Renova SP conta um pouco mais do universo dos “pipeiros”, com dicas para não se tornar uma vítima da tradicional brincadeira.
MARCOS PALHARES
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Pipa foi inventada na China há 2.500 anos
A pipa nasceu na China no ano de 478 antes de Cristo. “O filósofo Mo Zi inventou uma feita com madeira leve. A partir disso, outro filósofo, Lu Ban, criou a armação com bambu e papel”, conta o assistente do Centro de Cultura Chinesa, Oscar Wei. “Na época, muitos chineses empinavam a pipa quando queriam expressar suas saudades de algum parente morto.” As pipas também eram usadas para medir distân-cias, testar o vento e enviar mensagens nas guerras.
VOCÊ SABIA?
Empinar pipa é uma brincadeira
sem limite de idade
Uso de cortante podeprovocar acidentes graves
A maior polêmica envolvendo a brincadeira é a linha com cortante. Usada pela molecada para “mandar” as outras pi-pas, o “cerol” – como é conhecido – pode provocar acidentes graves, resultando até mesmo em mortes.
“Apuramos que, em 2011, foram registradas cerca de 120 ocorrências com atendimento hospitalar envolvendo linha de pipa”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Motoci-clistas (Abram), Lucas Pimentel. “Cerca de 70% dessas ocor-rências foram gravíssimas, com sérias sequelas. Mais de 20 motociclistas morreram.”
Fatos como esses fizeram com que a lei que regulamenta atividades profissionais com o uso de motocicleta trouxes-se a exigência de “instalação de aparador de linha antena corta-pipas”. Medidas para regulamentar ou coibir o uso de linha cortante, no entanto, ainda não existem.
Conhecedores dos riscos, os “pipeiros” defendem que a prática seja transformada oficialmente em modalidade espor-tiva, com o poder público reservando espaços seguros para a prática. “Isso ocorre no Chile, por exemplo. Outra proposta é que a pipa tenha cortante só nos primeiros metros de linha, lá em cima, e não no carretel inteiro”, alega Hamilton Novelli.
Mas enquanto nada é definido, o jeito é ficar esperto. “Além de empinar pipa, eu também sou motociclista. Por isso, tratei de instalar a antena no guidão da minha moto”, completa o motorista Alexandre da Silva, de 25 anos, que vive em São Mi-guel Paulista (Zona Leste).
Além do bastante conhecido “cerol”, começou a chegar nos últimos anos ao mercado as chamadas “linhas chilenas”. En-quanto o primeiro é uma mistura de cola com vidro moído ou limalha de ferro que é aplicada na linha – hoje, ele já pode ser encontrado pronto –, a segunda é um produto industrializado ainda mais agressivo, pois usa quartzo moído e óxido de alu-mínio e corta até quatro vezes mais.
Conhecedor dos riscos, Alexandre se
protege das linhas
‘Linha chilena’ corta 4 vezes mais que o ‘cerol’ tradicional
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SAIBA COMO FAZER UMA PIPA Cada um tem seu próprio jeito, mas o processo é basicamente
um só. Confira o passo a passo do ‘pipeiro’ Caio Nunes Cardoso:
1Com o estilete, retire
as lascas e imperfeições das varetas. Disponha a vareta de bambu vertical-mente e, a partir da sua ponta de cima, conte 15 cm para baixo e amarre o meio da vareta de fibra maior. A partir da jun-ção entre as duas, conte mais 20 cm para baixo e amarre o meio da vareta menor.
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 25
‘Pipeiros’ podem ser vistosem qualquer canto da cidade
Além de diversão, a pipa também contribui para que as pes-soas façam amizades e explorem mais a capital paulista. Em busca de espaços abertos e seguros para brincar, os “pipeiros” acabam percorrendo todas as regiões de São Paulo.
Morador da Zona Oeste, o vendedor Hamilton Novelli começou empinando pipa no Parque Ibirapuera, há 30 anos. “Eu trabalhava em uma concessionária e, junto com uns 15 colegas, descobri a pipa como uma ‘terapia’ contra o estresse. Hoje, vou a todos os cantos de São Paulo. Onde tem pipa, eu também estou.”
Outro que percorre a cidade é o modelista de sapatos Marcos Razuk, de 50 anos, que vive em Santana, na Zona Norte. “Na minha região, tem ponto de reunião de ‘pipeiros’ em Palmas de Tremembé e no Sacolão da Vila Maria”, conta.
Na Vila Cordeiro, Zona Leste, um amplo terreno também atrai “pipeiros” de todos os cantos, nos fins de semana. “Tem gente que chega às seis da manhã e sai às seis da tarde. Se chove, eles entram no carro e esperam passar, pra começar de novo”, testemunha Rodrigo Salustiano da Silva, que mora próximo ao local e também participa da brincadeira.
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Grupo orienta molecada e ajuda instituições
Formado há oito anos por cerca de 40 fanáticos por pipas, o grupo Sapopipas de-senvolve um trabalho de conscientização e, ao mesmo tempo, ajuda instituições de caridade. Somente em um dia de festival em Sapopemba, bairro da Zona Leste onde
mantém sua base, conseguiu coletar uma tonelada de alimentos não perecíveis, destinados a 30 entidades da região.
“A pessoa traz 1 quilo de alimento e nós damos em troca uma pipa ou um troféu simbólico”, explica um dos integrantes do Sapopipas, o comerciante Cristiano Con-córdia, de 30 anos.
Para completar o trabalho feito pelo
grupo, eles também fazem oficinas para ensinar a garotada a criar uma pipa. “Procuramos orientar as crianças. Existe muita repercussão negativa, por cau-sa do uso de cortante, mas queremos mostrar o outro lado da pipa, de traba-lho social”, observa outro integrante do Sapopipas, o comerciante Écio Hilário da Silva, de 49 anos.
Use a linha para ligar, com amarrações, as pontas de to-das as varetas, formando uma moldura. Na vareta de fibra maior, você terá de “forçar” a formação de um arco ao fa-zer as amarrações. Feito isso, preste atenção na pipa. Em pé, ela terá forma triangular nas partes de cima e de baixo. O tri-ângulo superior ficará vazado. O papel será colado na parte do meio e no triângulo de baixo.
Passe cola nas varetas, com ex-ceção dos 15 cm da de bambu que formam o triângulo de cima. Cole a moldura sobre o papel. Em segui-da, corte o excesso em volta.
Passe cola nas beiradas do papel e dobre para dentro, pregando nas linhas que amarram as varetas. Pe-gue 80 cm de linha e faça o estiran-te, que deve ser preso na ponta de baixo da vareta central e na junção com a de cima. Está pronta.
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ITENS NECESSÁRIOS: Cola, tesoura, estilete, um carretel de linha 10, uma vareta de bambu (deixe com 65 cm de comprimento), duas varetas de fibra (uma com 48 cm e outra com 40 cm) e uma folha de papel de seda com medida 50 cm x 70 cm.
Hamilton encontrou nas pipas uma terapia
GASTRONOMIA
Salpicão de frangominha
receitaINGREDIENTES: 1 peito de frango grande (500 g)4 cenouras raladas1 lata de milho200 g de azeitonas picada1 cebola ralada1 dente de alho ralado1 xícara de salsinha picada1 caixa de creme de leite1 maçã picadaUva passa a gostoSal a gostoOrégano a gosto1 pacote de pão de forma
MODO DE PREPAROCozinhe o frango. Depois de
pronto, desfie bem e deixe esfriar. Com o frango frio, misture todos os ingredientes em uma vasilha.Sobre uma base ou dentro de um recipiente adequa-do, monte o prato como se fosse um bolo, alternando camadas de pão de forma com a mistura feita no pas-so acima. Depois de pronto, jogue uma pitada de orégano por cima. Você também pode enfeitar a cobertura com tomate, sal-sinha e cenoura ralada. DICA: Além da versão com
pão de forma, o salpicão também pode ser servido como se fosse um patê, com torradas.
Por Adriana Campos da Silva, 36 anos, cabeleireira, moradora de Guaianases, Zona Leste, e vencedora do concurso “A Chef do Bairro”, do programa “Hoje em dia”, da Record
O funk serve para demarcar o território dos cariocas no festival de pipas realizado em um terreno da Vila Cordeiro, Zona Leste. “Vou enrolar a minha li-nha / Vem na dança da mãozinha / Vou te arrastar na minha mão / Soltar pipa é uma alegria / Essa é a nossa diversão”, diz a letra do “Bonde dos Pipeiros (Dança da Mãozinha)”, do grupo Malha Funk.
Ao redor da aparelhagem de som, churrasqueiras, três ônibus e cerca de 150 fanáticos por pipas enfrentaram 12 horas de viagem no trajeto de ida e volta para o Rio de Janeiro só para passar um domingo inteiro na brincadeira, junto com mais de 400 colegas de São Paulo.
“Saímos à meia-noite, chegamos aqui às seis da manhã. Dentro do ônibus tem café da manhã e, depois, fazemos churrasco o dia inteiro, enquanto o pessoal empina as pipas”, conta o auxiliar de serviços gerais Alberto Ferrei-ra, de 26 anos, morador do bairro carioca Campo Grande.
Mas tem gente que vai ainda mais longe. O designer Caio Nunes Cardoso, que mora na Penha (Zona Leste), foi para o Chile em 2010. “Conheci um chile-no há uns cinco anos e ele me convidou para empinar pipa nas comemorações do Bicentenário da Independência do país. Fiquei maravilhado, o pessoal leva muito a sério lá.” Outros lugares que muitos “pipeiros” sonham conhecer são a Índia e a China, onde a brincadeira tem status de esporte de competição.
Festival da Zona lesteatrai ‘pipeiros’ até do RJ
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Alberto veio do Rio de Janeiro para empinar pipa em São Paulo
Renova SP MAIO | JUNHO 2012 26
RENDIMENTO:15 fatias
CUSTO ESTIMADO:R$ 17
TEMPO MÉDIO DE PREPARO:30 minutos
Na maior favela da cidade, com cerca de 63 mil habitantes, a pai-sagem já foi diferente da formada pelas milhares de construções vistas hoje. Paraisópolis era verde. Chácaras, com plantações e animais, ruas sem asfalto e muita terra livre formavam parte do cenário antes de a comunidade da Zona Sul passar por um forte adensamento populacional, a partir da década de 1970.
A técnica em saúde Nadijane Tatiane de Oliveira, de 39 anos, acompanhou todas essas mudanças de perto. Com um mês de vida, saiu de Itaberaba, na Bahia, para morar no barraco de madei-ra com a mãe e a avó, que já estava em Paraisópolis. “Na minha infância, não tinha tanta gente. Eu conhecia todo mundo e, até o final dos anos 1990, eu fui em praticamente todos os velórios de pessoas que moravam aqui.”
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), a área onde está situada a favela fazia parte da Fazenda do Morumbi, que, em 1921, foi parcelada em 2.200 lotes pela União
Mútua Companhia Construtora e Crédito Popular S.A. A infra-estrutura do loteamento não foi completamente implantada, e muitos dos que compraram os terrenos nunca tomaram posse efetiva nem pagaram os tributos devidos. Com o tem-po, a região ficou abandonada e começou a atrair pessoas que chegavam a São Paulo e não tinham onde morar.
A ocupação irregular começou por volta de 1950, ini-cialmente com famílias japonesas, que fizeram pequenas chácaras. No início da década de 1970, começaram a sur-gir os primeiros barracos de madeira. Mas a ocupação foi acelerada a partir das duas décadas seguintes – 1980 e 1990. “Encheu de gente de uma hora para outra e isso trouxe muita violência”, lembra Nadijane.
Foi na mesma década de 1990 que a vida de Nadijane também mudou. Casada, foi viver à beira de um córre-go da comunidade – local considerado de risco. Passou alguns anos de dificuldade até ser atendida pela Prefei-tura por meio do programa de urbanização de Paraisó-polis, que foi iniciado em 2006 e prevê a construção de mais de 3.000 unidades habitacionais, além da realiza-ção de obras de infraestrutura.
Há dois anos, ela vive no Condomínio C, em um dos 1.305 imóveis já entregues, junto com dois dos seus três filhos. “É outra vida, melhorou tudo. Quando eu era criança, só tinha barracos de madeira. Não tinha
asfalto, transporte, escola ou posto de saúde. Luz também não tinha. As pessoas cavavam poços para tirar água e faziam fossas como banheiro. Era tudo muito difícil”, lembra Nadijane. Tudo pas-sado. “Nunca quis sair daqui, eu amo esse lugar. Para mim, Parai-sópolis é nota 1.000!”
MARCOS PALHARES
Aos 39 anos, Nadijane de Oliveira mora na maior favela de São Paulo desde bebê
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FOTO: Newton Santos
Uma vida em Paraisópolis
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É geógrafo formadopela USP e trabalha em
parceria com a SecretariaMunicipal de Habitação
há cinco anos.Especializou-se em
fotografia documental e sempre se interessou
na relação entre ohomem e seu meio
Dupla dança durante desfile de moda realizado na comunidade Nossa Senhora Aparecida, em São Miguel Paulista (Zona Leste)
bailE na ruapor Fabio Knoll
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