Microbiota ruminal
• Trappeiner (1884)
• Maior fermentador mundial (100x109 litros)
• Bactérias 1010 cel/g matéria ruminal
• Protozoários 107 cel/mL (50% da biomassa)
• Fungos 6% da biomassa
• Anaerobiose
Características importantes do
rúmen • Relação simbiótica
• Nenhuma atividade enzimática
• Alta atividade de fermentação
– Ácidos graxos voláteis
– Massa microbiana
– Gases
– calor
Produção de AGV Absorção & Passagem
Forragem
Concentrados Papilas
Taxa de
passagem
pH Saliva
5,7 a 7,3
Tamanho de partícula da
forragem
Comprimento
(cm)
Consumo MS
(kg)
Mastigação
(min)
1 Índice
forrageiro
Acetato:
Propionato
Gordura
(%)
Feno longo 24,0 704 29,3 3,6 3,5
0,78 25,1 668 26,5 3,8 3,5
0,17 23,6 219 9,3 2,1 2,9
1 - Índice forrageiro+ tempo de mastigação / kg MS consumida
Fonte: Shaver (1986)
30 a 40% das vacas devem estar ruminando
Recomendação tamanho de
partícula (Penn State)
Alimento Distribuição nas peneiras
% na matéria natural
1a 2a 3a Fundo
Dieta total > 10% 40-50% <35% <20%
Silagem de milho < 5% > 50% <30 % < 10%
Partículas grandes na fração fibrosa
Partículas pequenas na fração líquida
Gás
Estratificação Ruminal
Degradação de carboidratos no
rúmen de vacas
CHO Degradado, %
Média Variação
Açúcares ~ 100 -
Amido 67,7 47 - 87
FDN 43,6 11 - 62
Digestão Ruminal do Amido
Variação % do amido
consumido digerido
no rúmen
Experimentos
Trigo 94 1
Cevada 88 1
Milho de alta umidade 89-90 89,5 5 2
Milho floculado a vapor 79-94 84,5 1,3 10
Milho seco amassado 61-93 79 3,3 10
Milho inteiro 52-75 63,5 5,6 13
Sorgo floculado a vapor 61-96 78 3,1 4
Sorgo seco amassado 39-86 62 4 15 1 2
Velocidade de fermentação:
Aveia > Trigo > Cevada > Milho > Sorgo
O que é mais importante ?
A qualidade da FDN ou do CNF ?
Digestibilidade
cerca de 40%
Digestibilidade
Cerca de 90%
Variação do pH ruminal ao longo do
dia
Risco
FDN
Acidose
17 horas
Adapted from Penner & Oba, 2009 – J Dairy Sci.
5,5
5,7
5,9
6,1
6,3
6,5
6,7
6,9
6:30 8:30 9:30 12:30 15:30 18:30 20:30 21:30 0:30 3:30 6:30
Hora do dia
pH
MG
MP
PC
MU
Milho processado e polpa de citros para vacas em
pasto
Adaptado de Garcia, 2007
pH ruminal de vacas leiteiras em pastejo intensivo suplementadas
com milho processado de diferentes formas.
Adaptado de Moura (2013)
N-amoniacal no líquido ruminal de vacas leiteiras em pastejo intensivo
suplementadas com milho processado de diferentes formas.
Adaptado de Moura (2013)
Características das dietas com
forragens conservadas
• Ad libitum (Ingestão de MS 20% maior);
• Normalmente consumidos de 3 – 4 horas;
• Fibra suficiente para diminuir as enfermidades
metabólicas (28 – 35 % FDN);
• Baixos conteúdos de PB (16-18%);
• Podem ser fornecidas como TMR.
Características das dietas com
forragens pastejadas
• Digestibilidade da forragem varia dia a dia;
• Composição depende do clima e piquete
• Nem sempre ad libitum;
• Requer mais tempo para o consumo;
• Altos teores de humidade (75-90%);
• Suplementos separados das forragens;
• DESAFIOS SEPARADOS
• aporte de energia fermentável
• dinâmica da utilização da proteína
Fisiologia do pH ruminal
• Considera-se a ocorrência de acidose sub-
clinica (SARA) quando o pH ruminal é < 5,5;
• Causas: •Consumo excessivo de CNF; •Tamponamento ruminal inadequado; •Adaptação microbiana ruminal inadequada.
SARA
• A diminuição do consumo é pouco significativa enquanto o pH > 5,5;
• Porém quando o pH <5,5 há uma forte inibição do consumo;
Estresse pelo calor afeta o
rúmen?
• Vacas menos tempo deitadas;
• Menos ruminação por unidade de MS injerida;
• Alcalose metabólica :hiperventilação perde CO2
• Maior tempo de retenção ruminal;
• Menor fluxo de saliva.
Digestibilidade aparente da MS, FDN, amido das dietas de vacas leiteiras em
pastejo suplementadas com milho processado de diferentes formas
Médias seguidas por letras diferentes na mesma linha diferem entre si pelo teste de Tukey p<0.05
EPM = erro padrão da média, P = probabilidade, DA = digestibilidade aparente, MS = matéria seca;
FDN = fibra insolúvel em detergente neutro; MM = Milho seco moído, ME = Milho Expandido, MF =
Milho floculado a vapor, MU = Milho reidratado e ensilado.
Variáveis
Tratamentos
EPM
P MM ME MF MU
DA MS 64,5 ab 64,3 b 66,1 a 63,7 b 0,098 <0,01
DA FDN 52,1 a 49,1 ab 51,9 a 45,0 b 0,697 0,02
Adaptado de Moura (2013)
SARA
• Há uma tênue linha entre saúde e doença em vacas que consomem dietas ricas em CNF;
• Os tamponantes são importantes e contam positivamente para manter uma margem de segurança.
• Fibra Físicamente Efetiva
– Partículas > 3,8 cm contribuem para ruminação e formação do Mat
Mecanismos de Controle do
Ruminante
• Primeira Linha de Defesa:
Tamponamento endógeno via saliva
Absorção de ácidos
Depressão do apetite
• Segunda Linha de Defesa:
pKa dos ácidos
Adaptação da microbiota ruminal
Patofisiologia de SARA
• Excesso de ácidos ataca o eptélio ruminal levando a rumenite;
• A médio e longo prazos a rumenite leva a uma cascata de eventos:
– Penetração de bactérias na circulação portal
• Abcessos no fígado;
– Bactérias na circulação sistêmica • Pneumonia, endocardite, pielonefrite y atrites
( Nordlund et al. 1995)
Erosão de Talão & Úlcera
Abcessos
de Sola
Anéis que marcam
crescimento defeituoso
Hemorragia Subsolar
Aditivos Nutricionais
• Minimizar flutuações de pH e controlar concentração
de lactato;
• Reduzir riscos de doenças entéricas, metabólicas;
• Melhorar desenvolvimento rúmen;
• Melhorar eficiência ruminal de utilização de energia;
• Melhorar eficiência ruminal de utilização de proteína;
• Melhorar eficiência ruminal de utilização da fibra e MO;
• Melhorar metabolismo intermediário;
• Melhorar metabolismo de minerais;
• Melhorar o nível e eficiência do desempenho animal.
6/9