Segurança privada em estádios e recintos desportivos
Rui Pereira(Diretor de Prevenção e Segurança
do SL Benfica)
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Segurança privada em estádios e recintos desportivos
• Agenda:- Enquadramento da Segurança no SL Benfica- Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos- Estrutura de Comando da Segurança nos Eventos e
emprego de Segurança Privada- Contributos para a Segurança dos RD
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Enquadramento da Segurança no SL Benfica
• Segurança Patrimonial- Preservação da Segurança de
pessoas e bens (vigilância humana)• Equipamentos Security- Alarmes de intrusão- Bloqueadores portas/gradões- CCTV• Gestão de Parqueamentos- Regulamentos de circulação dos parques interiores e exteriores
• SHT- Postos de trabalho colaboradores- Empresas residentes- Trabalhos pontuais• Medidas de Autoproteção
Manutenção e controlo dos registos,formação, sensibilização, simulacros e
inspeções periódicas• Programa DAERegistos, validades, operacionalidade dos equipamentos e formação Op DAE• Equipamentos Safety
- Postos Médicos e 1º Socorros- SADI
- Equipamentos SCIE• Jogos equipa principal- Estádio SLB
• Jogos equipa B- Campo nº 1 - CFC
• Jogos das Modalidades- 2 Pavilhões
• Segurança de Eventos Diversos- Corrida, Piscinas, Corporate
Security Safety
Organização de Jogos
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• Organigrama da Segurança no SL Benfica:
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• Organigrama da Segurança no SL Benfica:
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Chefe de Grupo CFC
Coordenador de Segurança
Chefe de Grupo
Portaria/Operador
Ronda Móvel
Office Ronda Móvel
Ronda Móvel AC
Museu Pavilhão Piscinas
Ronda Móvel VIP
Op. Central Alarmes
Pupilos Exército
Coordenador de Bilheteiros
Bilheteiros
DPSOJ
ComandoCoordenação
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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Lei 52/2013, de 25 de julho, Art 3.º (Definições) – RJ do Combate à Violência no Desporto
f) «Coordenador de segurança» o elemento com habilitações e formação técnica
adequadas, designado pelo promotor do espetáculo desportivo como responsável
operacional pela segurança privada no recinto desportivo e anéis de segurança para, em
cooperação com as forças de segurança, os serviços de emergência médica, a Autoridade
Nacional de Proteção Civil (ANPC) e os bombeiros, bem como com o organizador da
competição desportiva, chefiar e coordenar a atividade dos assistentes de recinto
desportivo e voluntários, caso existam, bem como zelar pela segurança no decorrer do
espetáculo desportivo;
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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COORDENADOR de SEGURANÇA
HABILITAÇÕES / FORMAÇÃO
DESIGNADO PELO PROMOTOR
RESPONSÁVEL OPERACIONAL
CHEFIAR e COORDENAR ARD
QUEM?
Do PROMOTOR
ou da
EMPRESA de SEGURANÇA?
EMPRESA de SEGURANÇA
EM COOPERAÇÃO COM
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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Lei 52/2013, de 25 de julho, Artº 3.º (Definições) – RJ do Combate à Violência no Desporto
g) «Ponto de contacto para a segurança» o representante do promotor do
espetáculo desportivo, permanentemente responsável por todas as matérias de
segurança do clube, associação ou sociedade desportiva, nomeadamente pela
execução dos planos e regulamentos de prevenção e de segurança, ligação e
coordenação com as forças de segurança, os serviços de emergência médica, a
ANPC e os bombeiros, assim como com o organizador da competição desportiva,
bem como pela definição das orientações do serviço de segurança privada;
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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COORDENADOR de SEGURANÇA
HABILITAÇÕES / FORMAÇÃO
DESIGNADO PELO PROMOTOR
RESPONSABILIDADE
DEFINIR ORIENTAÇÕES SP
NADA REFERE
PROMOTOR
LIGAÇÃO E COOPERAÇÃO
SEU REPRESENTANTE
PERMANENTEMENTE por TODAS as ÁREAS da SEGURANÇA
Com TODAS as INSTITUIÇÕES de SEGURANÇA
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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Lei 34/2013, de 16 de maio, Artº 20.º – Lei da Segurança Privada
«Diretor de segurança» é profissão regulada, sujeita à obtenção de título profissional,
após ter aproveitamento em curso especifico para o exercício da função, a quem
compete:
- Planear, coordenar e controlar a execução dos serviços de segurança privada;
- Gerir os recursos relacionados com a segurança privada que lhe estejam atribuídos;
- Assegurar o contacto com as forças e serviços de segurança;
- Realizar análises de risco, auditorias, inspeções e planos de segurança.
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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Lei 34/2013, de 16 de maio, Artº 7.º – Lei da Segurança Privada
Define como obrigatória a existência de um «Diretor de segurança» para todas as empresas com
necessidade de “medidas de segurança obrigatórias”:
- Criação de um departamento de segurança (com um diretor com formação especifica);
- Implementação de serviço de vigilância, com recurso a pessoal de SP;
- Instalação de dispositivos de videovigilância e sistemas de segurança e proteção, conectada a
central de alarmes.
Essas empresas são: instituições de crédito e sociedades financeiras; áreas comerciais > 20.000m2;
estabelecimentos de comércio ou exibição de metais preciosos e obras de arte; farmácias e postos de
combustível.
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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Dec-Lei 220/2008, de 12 de novembro – RJ SCIE
Define que o proprietário deve designar um “Delegado de Segurança” para gerir a manutenção das condições
de SCIE aprovadas e executar as Medidas de Autoproteção (MAP) obrigatórias para os recintos desportivos
(estádios e pavilhões).
No caso dos maiores estádios do país (utilização mista: UT-II “estacionamentos” e UT-IX “desportivos e de
lazer”, de 4ª categoria de risco), essas MAP devem ser constituídas por um Plano de Segurança Interno, que
inclua: Registos de Segurança atualizados, Plano de Prevenção, Plano de Emergência Interno, Ações de
sensibilização e formação em SCIE e Simulacros anuais.
Além destas, o proprietário deverá ainda solicitar à ANPC e preparar uma inspeção regular a cada 3 anos.
Pergunta-se: e para tudo isto, não é necessário um DS?
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• Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos:
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Comparativo entre
Diretor de Segurança vsCoordenador de Segurança vs
Ponto de Contato para a Segurança
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DIPLOMACONCEITOS
DIRETOR DE SEGURANÇA PONTO DE CONTATO PARA A SEGURANÇA
COORDENADOR DE SEGURANÇAEM RECINTOS DESPORTIVOS
Lei 34/2013,de 16 mai
Conceito (artº 20º): profissãoregulada, sujeita à obtenção de títuloprofissional
OMISSO
Formação exigida (artº 20º): frequênciacom aproveitamento de curso especificofixado na portaria 324/2013 doMAI/Presidência CM
(Portaria 324/2013, de 31 out:- Define conteúdo, duração e tipo de
estabelecimento para curso deFormação;
- obrigatório a partir de 1 de julho de2015.)
Formação exigida (artº 22º):frequência com aproveitamento decurso especifico fixado na portaria148/2014 do MAI (obrigatório paraDS de empresas que possuamserviços de autoproteção)Requisitos adicionais (artº 27º):obrigatório ser titular de cartãoprofissional emitido pela DN/PSP parao exercício da atividade de DS
(Portaria 148/2014, de 18 jul:- Define conteúdo, duração e tipo
de estabelecimento para curso deDS.)
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DIPLOMACONCEITOS
DIRETOR DE SEGURANÇA PONTO DE CONTATO PARA A SEGURANÇA COORDENADOR DE SEGURANÇA EM
RECINTOS DESPORTIVOS
Lei 52/2013,de 25 jul OMISSO
Conceito função (artº 3º e 10º-A):representante do promotor do espetáculodesportivo, permanentemente responsávelpor todas as matérias de segurança do clube(…), nomeadamente pela execução dosplanos e regulamentos de prevenção e desegurança, ligação e coordenação com asforças de segurança, os serviços deemergência médica, a ANPC e os bombeiros,assim como com o organizador dacompetição desportiva, bem como peladefinição das orientações de serviço desegurança privada
Conceito função (artº 3º e 10º): elementocom habilitações e formação técnicaadequadas, designado pelo promotor doespetáculo desportivo coo responsáveloperacional pela segurança privada norecinto desportivo e anéis de segurança,serviços de emergência médica, a ANPC e osbombeiros, bem como com o organizador dacompetição desportiva, chefiar e coordenara atividade dos ARD (...), bem como zelarpela segurança no decorrer do espetáculodesportivo
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Em conclusão: a quem se deveria destinar o curso de
Coordenador de Segurança de Recintos Desportivos?
CS da EMPRESA SEGURANÇA DIRETOR / PONTO de CONTATO para a SEGURANÇA do Clube
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ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA DE COMANDO DE SEGURANÇA/ DIA DE JOGO
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ORGANOGRAMA DA ESTRUTURA DE STEWARDING/ DIA DE JOGO
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Portaria 261/2013, de 14 de agosto - Estabelece os termos e as condições de utilização de ARD em espetáculos desportivos
› ARD:@ obrigatoriedade: em jogos das competições
profissionais e em jogos de risco elevado@ efetivos a alocar:
risco elevado: 1/300;restantes: 1/400.
(versus 1/200 agentes policiais em risco elevado –DL 216/2012, de 09 de outubro)
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Lei 34/2013, artº 19º - LSP
Artigo 19.º (Revistas pessoais de prevenção esegurança):Os ARD, no controlo de acesso aos recintosdesportivos, podem efetuar revistas pessoais deprevenção e segurança com o estrito objetivo deimpedir a entrada de objetos e substâncias proibidas oususcetíveis de gerar ou possibilitar atos de violência,devendo, para o efeito, recorrer ao uso de raquetes dedeteção de metais e de explosivos ou operar outrosequipamentos de revista não intrusivos com a mesmafinalidade, previamente autorizados.
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Em conclusão:
Contributos para a Segurança em Recintos Desportivos:Definir claramente que o Coordenador de Segurança
deve pertencer à empresa de Segurança Privada;mas em que ao Ponto de Contato para a Segurança(quadro do promotor/clube/dono do recinto) deverá serexigida formação especifica para o desempenho dafunção (no mínimo, idêntica à do Coordenador deSegurança);
Para os recintos de maior capacidade/complexidadede gestão, o responsável de segurança deverá ter umaformação ao nível dos Diretores de Segurança (LSP);
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Em conclusão:
Contributos para a Segurança em Recintos Desportivos:Os organizadores de competições desportivas,
consideradas profissionais (FPF e LPFP), deverãopassar a incorporar um responsável de segurançapermanente com uma formação ao nível de Diretor deSegurança (LSP);
Alterar o artigo 19º da LSP, passando novamente apermitir a revista “por palpação” efetuada pelos ARD,nas revistas pessoais de prevenção e segurança noacesso aos recintos desportivos.
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MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO!