Centro ngel Rama
rea de lnguas indgenas do Brasil
Departamento de Letras Clssicas e Vernculas
FFLCH-USP
I SEMINRIO "O TUPI ANTIGO E AS LNGUAS GERAIS NA
FORMAO DA CIVILIZAO BRASILEIRA"
Dias 27 e 28 de junho no prdio das Letras da FFLCH USP,
na sala 107, das 11h45 s 18h00.
I APRESENTAO
O I Seminrio O Tupi Antigo e as Lnguas Gerais na Formao
da Civilizao Brasileira surgiu do esforo e necessidade que os alunos
de graduao e ps-graduao veem em divulgar e debater as
questes relacionadas rea. Na verdade, a necessidade tornou-se
mais expressiva no dia 10 de maro de 2008, com a promulgao da lei
11.645, que torna obrigatrio o estudo da histria e cultura indgena nos
estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio pblicos e
privados. Desde ento a tentativa de dar visibilidade e promover tais
questes tornou-se uma inquietao da rea, e este primeiro seminrio,
um de seus frutos.
A inquietao no s nossa, mas de todos: ficamos muito
felizes e realizados com o nmero de inscries, muito superior ao
esperado. Isso prova o quanto a discusso a respeito do Tupi, do
Nheengatu e das temticas relacionadas s culturas indgenas uma
demanda essencial, prova a necessidade deste evento e cria a
expectativa de um evento maior no ano seguinte. Agradecemos a todos
que se inscreveram e a todos que assistiro s atividades. Pela
qualidade dos resumos, acreditamos que todos podero contribuir e
trazer novas dimenso e perspectiva para os estudos da rea.
Aproveitamos tambm para agradecer ao apoio das instituies
sem as quais este seminrio no poderia acontecer. Ao Centro ngel
Rama, e Marlene Petros Angelides, que deram toda a estrutura
necessria para a construo do evento; Pr-Reitoria de Graduao,
que possibilitar a publicao dos anais do evento; ao grupo Leetra, ao
Departamento de Letras Clssicas e Vernculas e UFSCAR, que por
meio de seus professores e pesquisadores enriquecero as discusses
do evento.
Esperamos que estes dois dias divulguem os estudos em
andamento e que motivem estudos novos. Temos certeza de que este
ser o primeiro de muitos encontros.
Comisso Organizadora
II COMISSO CIENTFICA
Prof. Dr. Eduardo de Almeida Navarro, vice-presidente do Centro ngel
Rama
Profa. Dra. Patrcia de Jesus Carvalhinhos, coordenadora da rea de
Lnguas Indgenas do Brasil do DLCV FFLCH USP
III COMISSO ORGANIZADORA
Coordenador:
Prof. Dr. Eduardo de Almeida Navarro Vice-Presidente do Centro ngel
Rama rea de Estudos da Traduo
Prof. Antnio Fernandes Ges Neto Centro ngel Rama rea de Estudos
da Traduo
Prof. Joo Paulo Ribeiro Centro ngel Rama rea de Estudos da Traduo
Prof. Juliana Flvia de Assis Loureno Campoi DLCV rea de Literatura
Brasileira Colonial
Prof. Renato da Silva Fonseca Centro ngel Rama rea de Estudos da
Traduo
Prof. Rodrigo Sant'Ana Brucoli DLCV rea de Literatura Brasileira Colonial
III PROGRAMAO
QUINTA-FEIRA, 27 DE JUNHO
12h00 Palestra de abertura
Prof. Dr. Alfredo Bosi
13h00 Almoo
14h30 Contextos com a lngua guarani
Paulo Edson, Aizza
15h00 O tupi comparado com outras lnguas
Roger Buono, Beatriz Negreiros Gemignani, Catherine Aparecida
Oliveira Maia, Juliana Vignado Nascimento
16h00 Toponmia e aspectos da cultura brasileira
Profa. Dra. Patrcia de Jesus Carvalhinhos, Renato da Silva Fonseca
17h00 Estudos coloniais
Andressa Nesi de Souza, Marcel Twardowsky vila, Beatriz Beccari
Barreto e Brysa Delgatto Godoy
18h00 Tupi e o ensino de lnguas
Isadora Soares Galvanese, Luiz Moreno Guimares, Everson Carlos da
Silva
SEXTA-FEIRA, 28 DE JUNHO
12h00 Palestra de abertura
Profa. Dra. Maria Slvia Cintra Martins
13h00 Almoo
14h00 Literatura de viagens do sculo XVI
Rodrigo Godinho Trevisan, Rodrigo SantAna Brucoli, Miguel Bevilaqua
Fag, Silvio Tamaso DOnofrio
15h00 Literatura de viagens do sculo XIX
Edgar Tessuto Junior, Gabriela Ismerim Lacerda, Juliana Flavia de A. L.
Campoi, Dbora Bueno Trindade
16h00 Os impactos coloniais nas lnguas Tupis
Ricardo Jos Luiz, Patrcia Regina Vannetti Veiga, Inau Taiguara
Monteiro de Almeida
17h00 Escrita indgena
Antnio Fernandes Ges Neto, Joo Paulo Ribeiro, Renato da Silva
Fonseca
18h00 As lnguas indgenas nos outros saberes
Clayton Santos Ferreira, Cau Dal Colleto Alves Tanan da Silva
IV RESUMOS DAS COMUNICAES
Dia 27, 15h00 O TUPI COMPARADO COM OUTRAS LNGUAS
Roger Buono
Curso: Letras (habilitao: Lngua japonesa)
Ttulo: O vocabulrio tupi e japons na obra de Luiz Caldas Tibiri
Resumo: O estudo consiste em analisar e categorizar o vocabulrio
nas obras "Estudo comparativo do japons com lnguas amerndias" e
"tupi: lngua asitica" de Luiz Caldas Tibiri, levando em considerao
a diviso do vocabulrio japons em trs grupos, a fim de apontar e
corrigir erros na seleo das palavras.
Beatriz Negreiros Gemignani
Curso: Letras
Ttulo: Comparaes lingusticas entre o tupi antigo e o japons
Resumo: As relaes entre diferentes lnguas so assunto que ainda
pode ser muito estudado e desenvolvido, sugerindo-se algum
parentesco lingustico, em geral levando em considerao tambm a
proximidade geogrfica entre os povos. As semelhanas lingusticas
encontradas podem indicar uma origem comum dos idiomas ou apenas
certa convergncia entre eles. Com efeito, a comparao lingustica que
se pretende traar aqui entre dois povos que aparentemente no
tiveram contato entre si, os tupis e os japoneses, cujos idiomas,
entretanto, revelam caractersticas comuns. Sero apresentados alguns
aspectos da lngua tupi antiga e da lngua japonesa que as aproximam
por curiosas semelhanas, de forma a revelar o carter universal da
linguagem. Entre esses aspectos, destacam-se: a ordem sinttica
sujeito-objeto-verbo; o uso de posposies em vez de preposies, ou
seja, partculas que sucedem os termos regidos; no nvel fontico, a
ausncia de encontro consonantal (exceto com a consoante n); a
ausncia de flexo de nmero, porm este pode ser construdo com o
adjetivo et" em tupi, o qual posposto ao substantivo e ser
empregado como se fosse morfema de flexo de plural, assim como,
em japons, so empregados os sufixos indicadores de plural -tachi, -
ra ou -domo. Alm desses aspectos lingusticos, sero apresentados
outros menos significativos na estrutura lingustica desses idiomas, mas
que tambm os assemelham, como a presena de uma marca
morfolgica de interrogao (-pe em tupi e -ka em japons), a
negao de substantivo, pronome ou advrbio, e o tempo nominal. Por
fim, alm de apresentar essas semelhanas lingusticas entre o tupi
antigo e o japons, pretende-se analisar aspectos do tupi que so
expressos de forma diferente em japons, porm que ainda assim
apresentam alguma semelhana. Exemplo disso a caracterstica de
lngua incorporante que se atribui ao tupi antigo, quando se incorpora
um tema verbal que objeto de outro verbo com mesmo sujeito,
colocando-o entre o prefixo nmero-pessoal e o tema do outro verbo.
Apesar de no apresentar flexo de pessoa na conjugao verbal, a
lngua japonesa pode tambm incorporar um tema verbal em outro
verbo, originando verbos compostos com o sentido de comear a,
continuar a ou terminar de. Essa comparao entre o tupi antigo e o
japons pretende ser uma investigao lingustica com o intuito de
assemelhar ambas as lnguas, porm tambm se levar em
considerao que algumas caractersticas intrnsecas de cada idioma
no esto necessariamente presentes no outro idioma, como a flexo
verbal de pessoal atestada somente pelo tupi.
Catherine Aparecida Oliveira Maia
Curso: Letras Portugus
Ttulo: A questo da posse em 3 lnguas nativas: Anlise
contrastiva de pronomes possessivos nas lnguas Tupi, Tsalagi e
Jiwarli
Resumo: Traarei um paralelo/comparao entre 3 lnguas nativas de
diferentes pases (Tupi-Brasil/Tsalagi-Amrica do Norte/Jiwarli-
Austrlia), tendo como objetivo a investigao do uso dos pronomes
possessivos quando a questo so elementos da natureza. Cada lngua
reflexo da prpria cultura. Gostaria de apontar as similaridades ou
diferenas entre essas culturas, tendo como prisma, o aspecto
lingustico.
Juliana Vignado Nascimento
Curso: Letras Lingustica
Ttulo: Numerais em Lngua Karitiana e em Lngua Tupi:
Semelhanas e Diferenas
Resumo: O karitiana uma lngua indgena brasileira pertencente ao
tronco Tupi e nica sobrevivente da famlia Arikm, existem em torno de
400 falantes que vivem em uma reserva prxima a Porto Velho -
Rondnia. Seu sistema numrico composto de unidades de 1 a
3(myhint, sypomp e myjymp respectivamente), o 4(otadnamynt)
derivado de ota outro e o 5(yjpyt )de py mo, os demais numerais so
compostos por estes numerais bsicos.(cf. MULLER et al 2006). Nesta
lngua os numerais ocorrem em posies adverbiais e acontecem
sempre com o sufixo oblquo t, caracterstica tpica de advrbios. Estes
entre outros fatos me levam a crer que estes elementos so adjuntos
adverbiais, porm minha pesquisa est em andamento e ainda
preciso coletar mais dados a fim de afirmar a impossibilidade de seu
carter adnominal. O tupi antigo possui quatro unidades: 1 (oep), 2
(mok), 3 (mosapyr) e 4 ([oo]irundyk), conta-se at quatro e acima
disso faz-se circunquilquios que exprimam a quantidade em questo.
Por exemplo, para expressar a quantia dez eles diziam xe p minhas
mos e para dizer 20 diziam xe p xe py minhas mos e meus ps.
Tambm usava-se a partcula n mostrando o nmero de dedos
equivalente quantia que pretendia-se expressar. Os numerais em Tupi
antigo ocorrem no sintagma nominal, antepondo-se ou pospondo-se ao
nome a que se referem. De maneira que so adjuntos adnominais. ( cf.
NAVARRO, 2004)
O mote deste trabalho 1) apresentar ambos sistemas numricos;
2)realar semelhanas e diferenas na classe dos numerais das lnguas
elencadas; 3) atentar brevemente s maneiras distintas que as lnguas
naturais podem recorrer para expressar a noo de quantidade (cf. GIL,
1984); 4) apresentar a anlise e os dados de maneira acessvel ao
pblico no linguista. Portanto, pretende-se fazer uma breve
comparao entre o sistema numrico Karitiana e o sistema numrico
do Tupi antigo que se justifica em 1) demonstrar que os numerais
ocorrem de diversas maneiras nas lnguas naturais; 2) difundir
informaes sobre sistemas numricos indgenas brasileiros.
Dia 27, 16h00 TOPONMIA E ASPECTOS DA CULTURA
BRASILEIRA
Profa. Dra. Patrcia de Jesus Carvalhinhos Coordenadora da rea de Lnguas Indgenas do Brasil do DLCV FFLCH USP Apresentao e discusso sobre a rea de estudos das lnguas indgenas na Universidade.
Renato da Silva Fonseca
Curso: Letras
Ttulo: A influncia do movimento das bandeiras na toponmia
paulista
Resumo: O movimento das Bandeiras paulistas, tanto por terra, pela
mata virgem, como por gua, atravs do porto de Araraitaguaba (atual
cidade de Porto Feliz) foi um dos responsveis pelo curso que a histria
brasileira tomou no que se refere formao geogrfica e lingustica.
As marcas deixadas por esses movimentos em direo ao serto da
terra inexplorada no se identificam somente nos antigos documentos e
livros de histria. Os topnimos paulistas, de idade colonial e recentes,
remetem a esse captulo da histria do Estado. No somente os nomes
em portugus que se referem a esse perodo; os na lngua indgena
tambm o fazem, visto que o homem bandeirante era falante da Lngua
Geral Paulista (tupi) e por vezes nomeava os lugares pelos quais
passava nesse idioma ou apenas preservava o nome dado pelo ndio. O
presente trabalho tem por objetivo uma investigao onomstica dos
nomes relacionados com os movimentos bandeiristas, a histria, o
significado e a motivao, relacionando-os ou no com estes homens
to importantes para o quadro histrico e geogrfico do Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: influncia; bandeira; toponmia; paulista.
Dia 27, 17h00 ESTUDOS COLONIAIS
Andressa Nesi de Souza
Curso: Letras (Lingustica/Portugus)
Ttulo: Epistolografia de Jos de Anchieta: um olhar sobre o tupi
antigo
Resumo: A epistolografia de Anchieta bastante rica em quantidade e
na riqueza dos assuntos tratados e descritos a outros Irmos da
Companhia de Jesus a respeito da vida indgena, costumes e f.
Buscar-se-, dentro de uma perspectiva historiogrfica e por meio de
um levantamento e leitura atenta dessas cartas, sobretudo a Igncio de
Loyola, observar a descrio e tratamento de Anchieta acerca do tupi
antigo, uma vez que de sua autoria a primeira gramtica publicada
sobre essa lngua, uma das razes do povo brasileiro e que por alguns
sculos foi a mais falada em terras da ento maior colnia de Portugal.
Marcel Twardowsky vila
Curso: Letras
Ttulo: As lnguas gerais nos relatos das viagens de Francisco
Jos de Lacerda e Almeida (1780-1789) e de Theotnio Jos
Juzarte (1769-1771)
Resumo: Tem sido aceita a diviso histrica e territorial entre trs
lnguas gerais provenientes de idiomas da famlia Tupi-Guarani, que
tiveram importante papel nas comunicaes intertnicas da Amrica do
Sul colonial, e que foram, ou ainda so, utilizadas em parte do territrio
brasileiro: a lngua geral amaznica (ou do norte), a lngua geral paulista
(ou meridional, ou austral) e o guarani. Existem ainda muitos aspectos
obscuros quanto histria social dessas lnguas: qual a origem
delas? Quais idiomas indgenas pr-coloniais influenciaram em suas
formaes? Qual o territrio em que eram utilizadas no perodo
colonial? Qual era o nmero de falantes dessas lnguas? As respostas
s questes acima so especialmente nebulosas no que diz respeito
lngua geral paulista, muito menos documentada do que suas irms.
histria deste idioma, nico dos trs j extinto, soma-se a questo: at
quando esta lngua foi utilizada?
As leituras de crnicas e documentos de viagens do sculo XVIII podem
fornecer alguns indcios que ajudem na conceitualizao histrica
dessas lnguas gerais. A partir dos relatos de viajantes como Francisco
Jos de Lacerda e Almeida (1780-1789), e do Sargento-Mor Theotnio
Jos Juzarte (1769-1771), pode-se esboar algumas especulaes
histricas e, principalmente, formular novas questes que direcionem
frutferos estudos nessas reas. Lacerda e Almeida participou de
grande viagem para coleta de dados astronmicos que ajudassem nas
delimitaes das fronteiras brasileiras, percorrendo grande parte da
Amaznia, do Centro Oeste e do interior paulista. Theotnio Jos
Juzarte viajou pelo interior de So Paulo e por parte do territrio
atualmente contido no estado do Mato Grosso do Sul, em expedio
com objetivo de povoar o serto para garantir a posse portuguesa sobre
essas terras. Seus relatos so de extrema importncia para a histria
da toponmia de origem Tupi do interior brasileiro, sobretudo do interior
paulista. Alm disso, os viajantes do indcios de que havia ainda
falantes de lngua geral no estado de So Paulo, na segunda metade do
sculo XVIII, e instigam questes a respeito de possveis zonas de
contato entre as trs lnguas gerais supracitadas, principalmente no que
hoje constituem os estados de Rondnia, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. Colocam-se, assim, algumas dvidas quanto aos limites de
validao das divises histrico-metodolgicas dessas lnguas gerais.
Beatriz Beccari Barreto e Brysa Delgatto Godoy
Curso: Engenharia Ambiental, Escola Politcnica, e Letras
Ttulo: A significao da Natureza em Tupi: A Histria da Evoluo
da Taxonomia e da Nomenclatura Popular Botnica e Animal do
Brasil
Resumo: No velho mundo, o conhecimento estava bastante centrado
em Universidades. Com a descoberta da Amrica, houve uma
imigrao de pessoas pertencentes a outras reas, que acabaram
desenvolvendo conhecimento sobre assuntos que antes no estavam
em seus domnios.
No caso da colnia brasileira, o que bastante impressionava os colonos
era fauna e a flora brasileira, sendo descritas na obra de Anchieta, e
mais tarde esmiuada por estudiosos como Willian Piso, George
Marcgrave e Carlos Lineu. Assim, para efeito de estudo, analisou-se a
evoluo da taxonomia e da nomenclatura vinda das lnguas indgenas,
registrada pelos jesutas e eternizada na cincia posteriormente.
Dia 27, 18h00 O TUPI E O ENSINO DE LNGUAS
Isadora Soares Galvanese
Curso: Letras
Ttulo: Na boca a pipoca; o tupi na escola!
Resumo: Desde 2008, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educao
Nacional) prev a obrigatoriedade do estudo da histria e cultura afro-
brasileira e indgena nas escolas do pas. O presente artigo tem como
objetivos discutir, brevemente, essa deliberao e propor um plano de
aulas para professores do Ensino Fundamental II e Ensino Mdio, com
enfoque na grande influncia do tupi na formao de nosso vocabulrio.
Luiz Moreno Guimares
Ttulo: Uma pequena contribuio vinda do perspectivismo
amerndio para o ensino de tupi antigo
Resumo: O objetivo central desta apresentao trazer uma pequena
contribuio para o ensino do tupi antigo, vinda de meu contato com a
obra do antroplogo Viveiros de Castro. Para isso, trabalharemos na
interface entre dois campos: por um lado, examinando como se d o
ensino de tupi antigo, levando em considerao algumas propostas de
ensino (principalmente a gramtica de Jos de Anchieta e o mtodo do
professor Eduardo Navarro); por outro, retomando algumas anlises do
antroplogo Viveiros de Castro acerca do pensamento amerndio.
Nossa questo saber se, ao aprender uma lngua, aprende-se
tambm algo da forma prpria de pensar do povo que a fala ou a
falava? Ou se, ao contrrio, apenas nos esforamos para colonizar
linguisticamente o outro com nossa forma de pensar? Em outros
termos, quando podemos dizer que aprender uma lngua um exerccio
de alteridade?
O ensino de uma lngua, sobretudo o tupi antigo, pautado na ideia de
sinnimos isto , supondo que h duas palavras (uma de cada lngua)
que designam o mesmo referente (algo supostamente exterior a lngua)
mostra-se particularmente problemtico, isso porque no pensamento
amerndio no so s as palavras que mudam, mas as prprias coisas
se alteram sofrem metamorfoses. O ensino pautado no sinnimo
pressupe que h uma natureza una e imutvel exterior linguagem; e
o pensamento amerndio parece estar na contramo desse
pressuposto. nesse sentido que a epgrafe do livro A inconstncia da
alma selvagem de Viveiros de Castro a seguinte frase de Italo
Calvino: De todas as mudanas de linguagem que o viajante deve
enfrentar em terras longnquas, nenhuma se compara que o espera
na cidade de Ipsia, porque a mudana no concerne s palavras, mas
s coisas. E aprender uma lngua qualquer lngua no exige uma
viagem para Ipsia? Em suma, a difcil questo que proponho e que
certamente s conseguirei tangenciar : como transmitir, ao se
ensinar uma lngua, essa outra forma de pensar onde as prprias coisas
se alteram?
Everson Carlos da Silva
Ttulo: Redescobrindo a lngua braslica
Resumo: Diante do desconhecimento de grande parte dos brasileiros
acerca da influncia da lngua tupi na formao da brasilidade o projeto,
Redescobrindo a Lngua Braslica, se prope em trazer aos cidados
paulistanos interessados o conhecimento desta lngua que se encontra
presente por todos os cantos do municpio de So Paulo, nos nomes de
ruas e avenidas, bairros, localidades geogrficas e estaes de metr.
Para os interessados no aprendizado desta lngua, decifrar seus
significados parece algo similar ao trabalho de um detetive ou
arquelogo.
Uma caracterstica marcante da lngua tupi sua capacidade
aglutinante, onde uma frase inteira pode ser dita em apenas uma
palavra, sem a necessidade do uso de artigos ou flexes de gnero e
nmero, a exemplo da palavra Paranapiacaba, juno que significa
lugar de onde se v o mar, ou Caapava, que significa lugar de
travessia da mata. Esta lngua, to presente em nosso dia-dia,
apresenta uma gramtica dividida em fonologia, morfologia, taxionomia
e sintaxe. A partir do trabalho semestral pretendemos junto dos
estudantes do curso, produzir livros e CDs para serem usados como
material didtico-pedaggico na rede municipal de ensino de So Paulo.
O projeto pretende contribuir com Lei Federal n 11.645 de 10 de maro
de 2008, apoiada no artigo 215 da Constituio Federal, que passa a
incluir no currculo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temtica Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena. Assim, sendo
direcionada a formao de professores do ensino mdio, o projeto
Redescobrindo a Lngua Braslica pretende abordar a influncia da
lngua e cultura tupi na formao da brasilidade, a tabuada da
civilizao brasileira nas palavras de Afrnio Peixoto.
Dia 28, 14h00 LITERATURA DE VIAGENS DO SCULO XVI
Rodrigo Godinho Trevisan
Curso: Portugus / Lingustica
Ttulo: Anlise toponmica acerca do nascimento do rio So
Francisco e da descrio de sua costa at o rio Sergipe luz de
Gabriel Soares de Souza em tratado descritivo do Brasil em 1587
Resumo: O relato de Gabriel Soares de Souza uma das fontes
documentais mais ricas do sculo XVI a respeito da colnia portuguesa
no Brasil. A sua importncia se estende influncia exercida em outros
viajantes que almejavam a concesso real de honras mercs para as
empreitadas em terras de alm-mar, tornando-se o pedido de Soares de
Souza corte um exemplo a outros exploradores. A escolha dessa obra
se justifica devido fartura de topnimos nela arrolados e riqueza em
pormenores dos trechos ao longo da costa brasileira nela declarados. O
rio So Francisco como escopo deste trabalho explica-se por Gabriel
Soares de Souza ter recebido como concesso real o ttulo de capito-
mor e governador da conquista do rio So Francisco, e essa regio ser
o principal alvo de sua concupiscncia.
O objeto de estudo desta pesquisa so os seguintes excertos, contidos
na obra Tratado descritivo do Brasil em 1587, de Gabriel Soares de
Sousa, na parte intitulada Roteiro Geral, em que declara a costa
brasileira do rio Amazonas ao rio da Prata: Que trata da grandeza do rio
de So Francisco e seu nascimento e em que se declara a costa do rio
de So Francisco at o de Sergipe. Com essa delimitao, o objetivo
deste projeto consiste em investigar se os topnimos arrolados por
Gabriel Soares de Souza no sculo XVI nascente de rio, rio, riacho,
enseada ainda conservam a mesma nomeao no sculo XXI. Em
suma, pretende-se averiguar se a nomeao a esses recursos hdricos,
elementos da natureza, tende a permanecer estvel por longos
perodos de tempo.
Rodrigo SantAna Brucoli
Curso: Mestrado em Literatura Brasileira Colonial
Ttulo: Utopia e anti-utopia nos dirios de conquista do sculo XVI
Resumo: A retratao do ndio da Literatura de Viagens do sculo XVI
constituiu um impasse entre a viso utpica e anti-utpica do mundo
novo, entre o histrico e o mtico. A viso utpica j aparece nas bulas e
tratados anteriores conquista da Amrica, baseada santo Toms de
Aquino, que postula a teoria da excelncia do estado natural, e o statu
innocentiae do homem sem contato com a civilizao. Esta viso est
na base do conceito de gentio, corrente durante a primeira metade do
sculo XVI, que v no ndio um cristo adormecido que, pela
catequizao, se deve despertar. Corrobora com o conceito de
gentilidade a viso do paraso terrenal, segundo os quais Amrica traz a
possibilidade de retornar Idade do Ouro e construir uma nova
civilizao catlica. Colombo e Vespcio j anunciam em suas crnicas
que a viso da natureza d indcios de que ao menos esto prximos
do paraso terrenal.
A viso do paraso articulada gentilidade ser questionada pelos
textos produzidos a partir da dcada de 1540, que tm perspectiva anti-
utpica. Frei Gaspar de Carvajal (1542), Andre de Thvet (1557), Hans
Staden (1557) e Jean de Lry (1578) trazem temas como a fora
guerreira dos indgenas, a religiosidade indgena e a antropofagia ritual.
Neste momento, por meio de autores no portugueses, as dificuldades
da imposio cultural e conquista so expostas, trazendo tona tanto a
fora do ndio que no quer se submeter quanto a dificuldade do
europeu em lidar com universo to distinto do seu. Estes conceitos
sero por meio das xilogravuras presentes no dirio de Hans Staden e
sua releitura feita por De Bry. Na anlise veremos como os franceses,
mais fortemente vinculados ao humanismo renascentista, tm na
alteridade uma porta para o relativismo cultural, e como as alegorias
dos indgenas so permeadas de eurocentrismo, utilizando a
antropofagia ritual como argumento pr colonizao das almas.
Miguel Bevilaqua Fag
Curso: Letras
Ttulo: Antropofagia Tupi
Resumo: Proponho um trabalho que consista na comparao de
relatos sobre a prtica do canibalismo ritual entre ndios Tupi, descrita e
interpretada nas Histrias de Jean de Lry e Hans Staden e nos
Tratados de Gabriel Soares de Sousa e Ferno Cardim. O ensaio
buscar traar a viso dos viajantes e pensadores renascentistas sobre
a antropofagia e levantar o lxico do Tupi Antigo relacionado ao tema.
Silvio Tamaso D'Onofrio
Curso: Ps-Graduao em Histria Social FFLCH USP
Ttulo: Na alvorada do Brasil: o caso Jos de Anchieta
Resumo: Pe. Jos de Anchieta meno obrigatria no estudo de
lnguas gerais e tupi, nos alvores do Brasil. Desde novio, atua pelo
prisma da formao: estuda a lngua tupi, gramaticaliza-a, verte o
catecismo e acultura aborgenes e imigrantes.
Escrevendo em quatro idiomas, historia, faz teatro, poesia e cartas,
iniciando a literatura brasileira em benefcio da alma do gentio e da
nao que se erigia.
Dia 28,15h00 LITERATURA DE VIAGENS DO SXULO XIX
Edgar Tessuto Junior
Curso: Mestrado em Literatura Brasileira
Resumo: O ndio (assim como a Selva Amaznica do "baixo
amazonas" - na terminologia do prprio Ingls de Sousa, que envolve a
regio de bidos no Centroeste do Par) faz parte do meio que
determina a ao do homem em seus romances naturalistas de
costumes, a dizer, O cacaulista, O coronel Sangrado, Histria de um
pescador (da trade "Cenas da Vida Amaznica" - outra denominao
do autor) e O missionrio, e em seu livro de contos Contos
Amaznicos.
Em sua obra possvel captar admirvel fotografia da selva e da
sociedade de que fazem parte os ndios - ainda que com papel marginal
na sociedade, em decorrncia da viso do progresso cientificista do
positivismo da poca. Mas da qual se pode extrair verdadeiro
testemunho mitolgico de crenas e costumes selvagens, no meio do
quais os enredos de sua obra so tecidos, expondo, assim, a
peculiaridade da regio amaznica no que condiz sua realidade, ao
cabo do sculo XIX.
Gabriela Ismerim Lacerda
Curso : Mestrado em Literatura Brasileira
Ttulo: O selvagem: nheengatu e identidade nacional
Resumo: Entre as crticas feitas por Silvio Romero a O selvagem
(1876), de Couto de Magalhes, figura a de que, por conter muitos
assuntos distintos, os estudos seriam mais aproveitados se fossem
publicados em trs livros independentes: um contendo o curso de lngua
geral segundo o mtodo Ollendorf, outro que abordasse as questes de
etnologia, e ainda um terceiro em que estaria presente a coletnea de
literatura oral em nheengatu.
Ressalta-se queO selvagem consiste na reimpresso de brochura
intitulada Regio e raas selvagens do Brasil (1874) acrescida da
gramtica e dos contos indgenas. Alm de situar o autor entre as
discusses correntes na sua poca, discutir-se-o os objetivos que o
levaram a condensar estudos aparentemente distintos em apenas um
s volume.
Juliana Flavia de A. L. Campoi
Curso: Mestrado em Literatura Brasileira
Ttulo: Literatura literatura, e Histria histria? As narrativas em
nheengatu
Resumo: Os dirios que registram a Amaznia no sculo XIX,
diferentemente da literatura que os precede na tradio colonial, para
alm de uma motivao documental lingustico-antropolgica, tm
tambm a funo de registrar os costumes e valores dos povos
indgenas por meio da construo literria. Carregados de informaes
cientficas, de espao e de memria, esses textos influenciaram a partir
de uma literatura de informao a construo de uma literatura
nacional, que corroborou na constituio de uma intencional identidade
brasileira. Literatura esta que amplia o universo dos ideais romnticos e
contribui para o entendimento de um processo de contato de culturas
diversas. Tratando-se a temtica indgena no a partir de sua
reconstituio hipottica, mas pelo registro de suas prprias narrativas,
atribuindo-as sob leitura de seus povos e culturas indgenas
especficos. Abrindo-se, deste modo, novas fontes para a pesquisa.
Dbora Bueno Trindade
Curso: Letras - Portugus e Francs
Ttulo: Vermelho Brasil
Resumo: Tendo como ponto de partida o romance Vermelho Brasil
(Rouge Brsil), de Jean-Christophe Rufin, esse trabalho visa analisar a
maneira como essa narrativa de fico aborda algumas prticas
culturais dos ndios da costa do Brasil na regio onde foi empreendida a
Frana Antrtica. Pretendendo realizar essa anlise de forma
comparativa com relatos reconhecidos como fontes histricas, o
interesse desse levantamento observar a forma como a cultura tupi
chega atravs dessa obra a um grande pblico estrangeiro, j que esse
romance teve sucesso de venda na Europa e recebeu uma adaptao
televisiva.
Dia 28, 16h00 OS IMPACTOS COLONIAIS NAS LNGUAS TUPIS
Ricardo Jos Luiz
Curso: Tupi Antigo I
Ttulo: Histria da Resistncia Indgena - Invaso e Escravizao
na Regio Sudeste da Amrica Portuguesa no sculo XVI
Resumo: Estimagtizados como agentes passivos no episdio histrico
da invaso lusitana e escravizao indgena no Brasil colonial do sculo
XVI, recorro neste ensaio a fontes documentais da fase inicial colonial e
a historiografia moderna, para melhor compreenso dos brasis e seu
movimento de resistncias, a exemplo da Confederao dos Tamoios,
movimento de revoltas e alianas entre povos indgenas do tronco
lingustico tupi, lideradas pelos Tupinambs em congregao com os
Goitacases, Aimors e Temimins junto a tribos do Vale do Paraba na
Capitania de So Vicente contra os colonizadores portugueses e
franceses.
Patrcia Regina Vannetti Veiga
Curso: Mestranda em Lnguas Indgenas/ Lingustica UNICAMP
Ttulo: Os diferentes significados lingustico-culturais do
nheengatu
Resumo: As relaes entre a lngua e a cultura dos povos indgenas
so indagadas de diferentes formas nos debates lingustico-
antropolgicos. Esta exposio far uma discusso sobre os impactos
das lnguas gerais, mais especificamente, do nheengatu, nos usos das
lnguas indgenas no perodo colonial brasileiro, a partir da reflexo
sobre os significados culturais da lngua ancestral para os seus falantes.
A lngua nheengatu expressa, na sua prpria formao e estrutura
lingustica, as relaes entre uma lngua indgena - o Tupinamb do
Maranho - e o portugus, consequncias de contatos no apenas
lingusticos. Nos dias de hoje, alguns grupos da Amaznia,
principalmente os da etnia Bar, consideram o nheengatu a sua lngua
prpria, outras etnias, usam o nheengatu como primeira lngua, fato que
envolve diferentes questes lingustico-culturais e polticas.
Inau Taiguara Monteiro de Almeida
Curso: Filosofia
Ttulo: A diferena entre as vises de mundo dos falantes de tupi,
portugus e nheengatu expressas nas relaes de posse
permitidas por suas lnguas
Resumo: Diz-se que o nheengatu o portugus falado com palavras
em tupi. Porm, vale dizer tambm que o nheengatu no nem o tupi
nem o portugus. O tupi uma lngua extinta enquanto o nheengatu
ainda falado por comunidades ribeirinhas no mdio e alto rio negro. A
relao do portugus com o nheengatu de diglossia, pois o portugus
ocupa cada vez mais espaos comunicativos nestas regies em
detrimento do nheengatu. Ambos, o tupi e o portugus, so sistemas
lingusticos complexos e abrangentes, enquanto que o nheengatu
uma lngua geral, simplificada devido a sua origem funcional de
possibilitar a comunicao entre interlocutores de sistemas referenciais
lingusticos diferentes. Assim, o nheengatu uma lngua que
intermedeia duas posies distintas, sem tender a nenhuma delas, e
que nasce do contato entre as culturas portuguesa e indgena.
Dia 28, 17h00 ESCRITA INDGENA
Antnio Fernandes Ges Neto, Joo Paulo Ribeiro, Renato da Silva
Fonseca
Curso: Letras
Ttulo: A dimenso social das grafias do nheengatu
Resumo: Este artigo prope uma anlise das grafias do nheengatu sob
uma perspectiva histrica. O cotejo de diferentes fontes visa a elencar,
ainda que de modo preliminar, motivaes internas e externas lngua,
que possam ter condicionado os diferentes autores a propor uma grafia
e, em alguns casos, uma ortografia para o nheengatu. Os resultados
fornecem uma viso panormica sobre as diferentes tradies
constitudas ao longo de sculos de documentao e permitem a
proposio de apontamentos acerca das atuais prticas de escrita
realizadas, sobretudo, pelas populaes do Alto Rio Negro, em parceria
com outros agentes da regio.
A partir desta anlise preliminar, outras indagaes surgem: o advento
da escrita est interligado a mudanas scio-econmicas e, neste
processo, os hbitos de uma comunidade se sobrepem aos de outras?
Frequentemente, acredita-se que a escrita fornece os meios para se
separar o texto, fixando seus significados. Isto pode ser demarcado
historicamente, em algumas grafias do nheengatu? As grafias do
nheengatu esto, na maioria das vezes, ligadas a projetos de expanso
do domnio poltico e cientfico sobre um territrio ou ligadas aos
interesses das comunidades falantes da lngua? Estas sero questes a
serem discutidas ao longo da comunicao.
18h00 AS LNGUAS INDGENAS NOS OUTROS SABERES
Clayton Santos Ferreira
Curso: Geografia
Ttulo: Uma reflexo sobre o modo de vida dos diversos tipos
sociais que participam da formao do povo brasileiro: tcnicas,
manejo dos recursos do meio ambiente, qualidade de vida,
progresso e trabalho
Resumo: O objetivo desse trabalho fazer uma reflexo dos diversos
tipos sociais presentes na formao da sociedade brasileira e seus
modos de vida. E que aos poucos foram sendo suprimidas pelo
progresso mas no sem resistncia. Assim, iremos construir uma
reflexo sobre a palavra abstrata trabalho. Tambm exporemos uma
reflexo sobre as comunidades quilombolas e seus tipos de uso da
terra. Explicaremos os diversos ciclos econmicos que levaram a nossa
sociedade para o mundo do trabalho e para o consumismo.
Assim tentaremos explicar as leis do Estado para criao das reservas
florestais, as demarcaes de terras indgenas e quilombolas. A
proibio de prticas indgenas como a coivara e o uso do timb com o
pretexto de proteo do meio ambiente. Dentro da exposio da
reflexo sobre a formao social brasileira iremos expor a influncia do
tupi na culinria,nos nomes dos lugares,no folclore,nas lendas,nos
conhecimentos medicinais. Falaremos da lngua geral do Amazonas
.Nos conhecimentos e prticas de manejo da floresta por parte dos
ndios e que os quilombolas conseguiram assimilar.
Cau Dal Colletto Alves Tanan da Silva
Curso: Histria
Ttulo: Dilogos na fronteira dos saberes: introduo a aspectos de
lngua, antropolgicos, arqueolgicos e histricos sobre os povos
indgenas
Resumo: Encarando o vis transdisciplinar como o que parece mais se
adequar aos estudos sobre culturas indgenas, necessrio utilizar-se
ao mesmo tempo de uma vista panormica e particular, mesclando a
horizontalidade de um mtodo comparativo (por analogias) com a
verticalidade de uma reflexo crtica. Para isso, faz-se coerente munir-
se de mtodos de diferentes reas do conhecimento como o estudo de
lnguas, a antropologia, a arqueologia e a histria.
O objetivo principal desta apresentao expor alguns debates dessas
reas mencionadas que permitam a reflexo sobre assertivas a respeito
de vrios povos indgenas (e paleoindgenas), sua definio e
caractersticas de seus costumes. Nesse sentido, ser evidenciado o
carter poltico que envolve certas categorizaes.