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II Seminário de Pesquisa Livro de Resumos Local: Auditório Azul da EACH Realização: Comissão de Pesquisa – CPq Apoio: Pró-Reitoria de Pesquisa – USP 7, 8 e 9 de Novembro de 2012

Livro de Resumos II Seminário de Pesquisa - each.usp.br · campus II Seminário de Pesquisa Livro de Resumos Organizadores: Felipe S. Chambergo Alcalde Tânia Araújo Viel São Paulo

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II Semináriode Pesquisa

Livro de Resumos

Local: Auditório Azul da EACHRealização: Comissão de Pesquisa – CPq

Apoio: Pró-Reitoria de Pesquisa – USP

7, 8 e 9 de Novembro de 2012

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campus

II Semináriode PesquisaLivro de Resumos

Organizadores:Felipe S. Chambergo Alcalde

Tânia Araújo Viel

São PauloEscola de Artes, Ciências e Humanidades

2012

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II Semináriode PesquisaLivro de Resumos

Organizadores:Felipe S. Chambergo Alcalde

Tânia Araújo Viel

Logo:Fabiano Gomes Teixeira do Prado

Fotos: Gabriel Almeida/EACH

Felipe S. Chambergo Alcalde

Projeto Gráfico e Diagramação:Leandro Rossi Sampaio

São PauloEscola de Artes, Ciências e Humanidades

2012

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Comissão Organizadora do II Seminário de Pesquisa

Prof. Dr. Luiz Menna-BarretoProf. Dr. Felipe Santiago Chambergo Alcalde

Profa. Dra. Tânia Araújo VielProfa. Dra. Patricia Targon Campana

Prof. Dr. Diego Antonio Falceta GonçalvesDiscente Pós-graduação: Adriana Dantas

Secretários:Raul Ferreira dos Santos

Fabiano Gomes Teixeira do PradoLíndon de Souza Guimarães

Apoio:Nathalia Mendes Schowe

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO-NA-PUBLICAÇÃO

(Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Biblioteca)

Autorizo a reprodução parcial ou total desta obra, para fins acadêmicos, desde que citada a fonte.

Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Seminário de Pesquisa (2. : 2012 : São Paulo, SP).

II Seminário de Pesquisa : livro de resumos / [realização da Comissão de Pesquisa] ; organizadores, Felipe S. Chambergo Alcalde, Tânia Araújo Viel. – São Paulo : EACH, 2012.

Evento realizado no Auditório Azul da EACH/USP, de 07 a 09 de novembro de 2012.

Outra forma do título : II SPq EACH. Documento eletrônico em pdf (95 p.). Modo de acesso ao texto :

<http://each.uspnet.usp.br/arquivos/IISPqweb.pdf>. ISBN : 978-85-64842-06-9.

1. Pesquisa científica - Seminários. 2. Ciência – Pesquisa - Seminários. 3. Interdisciplinaridade. I. Chambergo Alcalde, Felipe Santiago, org. II. Viel, Tânia Araújo, org. III. Universidade de São Paulo. Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Comissão de Pesquisa, real. IV. Título.

CDD 22. ed. – 001.4

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Universidade de São PauloReitor:

Prof. Dr. João Grandino Rodas

Pró-Reitor de Pesquisa:Prof. Dr. Marco Antonio Zago

Escola de Artes, Ciências e HumanidaesDiretor:

Prof. Dr. José Jorge Boueri Filho

Vice-Diretor:Prof. Dr. Édson Roberto Leite

Comissão de Pesquisa:Prof Dr. Luiz Menna-Barreto | Presidente

Prof. Dr. Andrea Cavicchioli | Suplente de PresidenteProfa. Dra. Fátima de Lourdes dos Santos Nunes

Prof. Dr. Felipe Santiago Chambergo AlcaldeProf. Dr. Luís César Schiesari

Profa. Dra. Nadia Zanon NarchiProf. Dr. Paulo Rogério Miranda Correia

Prof. Dr. Ricardo Ricci UvinhaProf. Dr. Pablo Ortellado

Profa. Dra. Gladys Beatriz BarreyroProf. Dr. Marcelo Fantinato

Profa. Dra.Tânia Araújo VielProf. Dr. Diego Falceta

Profa. Dra. Rosana Retsos Signorelli VargasProfa. Dra. Káthia Maria Honório

Prof. Dr. Luis Mochizuki

Secretários:Raul Ferreira dos Santos

Fabiano Gomes Teixeira do PradoLíndon de Souza Guimarães

Telefone: +55-11-3091-1037E-mail: [email protected]

Localização: Prédio I1 | Sala T41Web-site: http://each.uspnet.usp.br/site/pesquisa-comissao.php

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07 de novembroCoordenador: Prof. Dr. Luiz Menna-BarretoCerimônia de abertura.................................................................22

08:30 - 09:30

Coordenador: Prof. Dr. Diego Falceta GonçalvesSessão 1..........................................................................................

.........................................................................................

..........................................................................................

.........................................................................................

.........................................................................................

23

10:00 - 12:00

Coordenador: Profa. Dra. Gladys B. BarreyroSessão 2 30

14:00 - 16:00

Coordenador: Profa. Dra. Nadia Zanon NarchiSessão 3 36

16:30 - 18:30

Coordenador: Profa. Dra. Rosana R. Signorelli VargasSessão 4 42

19:00 - 21:00

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08 de novembroCoordenador: Prof. Dr. Pablo OrtelladoMesa Redonda 1 50

08:30 - 09:30

Coordenador: Prof. Dr. Luís César SchiesariSessão 5..........................................................................................

.........................................................................................

..........................................................................................

............................................................................

.........................................................................................

.........................................................................................

51

10:00 - 12:00

Coordenador: Profa. Dra. Fátima de L. dos Santos NunesSessão 6 57

14:00 - 16:00

Coordenador: Prof. Dr. Ricardo Ricci UvinhaSessão 7 63

16:30 - 18:30

Coordenador: Prof. Dr. Paulo Rogério Miranda CorreiaSessão 8 66

19:00 - 21:00

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09 de novembroCoordenador: Prof. Dr. Felipe S. ChambergoMesa Redonda 2 73

08:30 - 09:30

Coordenador: Prof. Dr. Andrea CavicchioliSessão 9..........................................................................................

.......................................................................................

..........................................................................................

...........................................................................

........................................................................................

.......................................................................................

74

10:00 - 12:00

Coordenador: Profa. Dra. Káthia Maria HonórioSessão 10 79

14:00 - 16:00

Coordenador: Prof. Dr. Marcelo FantinatoSessão 11 85

16:30 - 18:30

Coordenador: Prof. Dr. Luis MochizukiSessão 12 90

19:00 - 21:00

................................................................................................Fotos 96

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Agradecimentos

Um evento como o II Seminário de Pesquisa, não poderia ser realizado sem precio-so apoio institucional. Dessa forma, em nome da Comissão Organizadora do II Seminário de Pesquisa da EACH, gostaria inicialmente de agradecer o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo e a presença da Pró-Reito-ra adjunta de Pesquisa Profa. Dra. Belmira Bueno na Sessão de Abertura do Evento e da mesma forma o apoio da Direção da EACH.

Da mesma forma, gostaria de agradecer a participação dos docentes e discentes de graduação e pós-graduação da EACH que, em suas apresentações, mostraram a diversidade do conhecimento que vem sendo gerado na EACH. Acredito que as apresentações foram um ponto de partida para futuras colaborações dentro da Escola. Além disso, a participação dos membros da Comissão de Pesquisa da EACH, que coordenaram as sessões de forma eficiente, foi decisiva para o bom andamento das mesmas.

Por fim, mas não menos importante, gostaria de agradecer o inestimável apoio dos funcionários dos setores de Eventos, Bedelaria, Copa, Multimeios, Comunicação e Gráfica da EACH. Em especial, agradecer aos Srs. Fabiano Gomes Teixeira do Prado, Líndon de Souza Guimarães e Raul Ferreira dos Santos, pela participação contínua e presente durante os três dias do evento.

Tânia Viel

Atenciosamente,

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Introdução

O Segundo Seminário de Pesquisa da EACH/USP foi realizado na esteira do sucesso da primeira edição, realizada de 2 a 4 de abril de 2007. O interesse despertado na comunidade na ocasião, sobretudo a oportuni-dade de conhecer e eventualmente interagir com colegas de áreas próximas (ou não tão próximas), foi à motivação principal da atual gestão da Comissão de Pesquisa da nossa unidade. Reafirmando nosso compromisso com o princípio fundador da EACH, a busca de atuação inovadora e interdisciplinar, pensamos e organizamos esta segunda edição em novembro de 2012. Mais ambiciosos, plane-jamos atividades ao longo de três dias, 7, 8 e 9 de novembro, distribuídas em três períodos, manhã, tarde e noite. Após ampla divulgação do evento nas listas de docentes, alunos e funcionários, recebemos inscrições de 67 grupos de pesquisa, totalizando 247 participantes envolvidos. Propusemos sessões de duas horas de duração, com apresentações de cinco a seis grupos/linhas de pesquisa, seguidas de debates com a plateia e entre os apresentadores. Além disso incluimos uma sessão inicial de abertura que contou com a presença da Pró-Reitora de Pesquisa (em exercício), Profa. Belmira Bueno e duas sessões de debates, uma sobre propriedade intelectual e outra sobre perspectiva de pesquisa na nossa unidade. Ao organizar as sessões do evento, buscamos evitar recortes que restringissem as sessões à áreas especializadas - ao contrário, misturamos áreas distintas na expectativa de promover possibilidades além das óbvias comunhões de interesses de temas e/ou técnicas pontuais. Cada sessão foi coordenada por um membro da Comissão de Pesquisa, a quem agradecemos a disponibilidade e eficiência na con-dução dos trabalhos. O saldo parcial do seminário poderia ser resumido em dois aspectos, um mais qualitativo e outro francamente quantitativo. Do ponto de vista da qualidade o seminário me parece ter sido bastante rico e promissor, tanto pela diversidade dos temas “vivos” na EACH quanto pela qualidade evidenciada no tratamento desses temas. Já do ponto de vista quantitativo, a reduzida presença do corpo docente nas diversas sessões revela a necessidade de reflexão sobre uma terceira edição. Estamos recebendo e continuaremos a ouvir opiniões e sugestões sobre o seminário com a finalidade de propor data, horários e formatos que permitam (e estimulem) maior participação da comunidade eachiana. Cabe registrar e agradecer o apoio de diversos setores da administração, particularmente o empenho dos funcionários da Secretaria da Pesquisa, Raul, Fabiano e Lindon. Finalmente, sem a intensa dedicação dos cole-gas Felipe Chambergo e Tânia Viel esse seminário não teria sido possível. Este livro de resumos compõe a memória necessária que esperamos seja assimilada como de um evento indispensável na vida atual e futura da nossa EACH.

Prof. Dr. Luiz Menna-BarretoPresidente da Comissão de Pesquisa/EACH

São Paulo, 13 de novembro de 2012

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Programação

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- Composição da mesa de abertura por: Profa. Dra. Belmira Bueno, excelentíssima Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa. Prof.Dr. Luiz Menna-Barreto, Presidente da Comissão de Pesquisa da EACH. Prof.Dr. Felipe S. Chambergo, Membro da Comissão Organizadora.

- Entonação do Hino Nacional- Palavras da Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa.- Palavras do Presidente da Comissão de Pesquisa.- Palavras e Abertura oficial pelo Prof. Felipe S. Chambergo.

10:00 - 12:00 | Coordenador: Prof. Dr. Diego Antonio Falceta Gonçalves.Sessão 1

07 de novembroQuarta-Feira:

1. Currículo Escolar e Diversidade Sexual. Leandro Ferreira de Melo e Andréa Viude Castanho.

2. Pesquisas coletivas: uma experiência possível.Madalena Pedroso Aulicino

3. Políticas Públicas no ensino fundamental nos municípios paulista com auto e baixo desempenho no IDEBJaime Crozatti, Daniela Gallimberti Gagliardi, Viviane Aparecida Costa.

4. Políticas públicas de atividade física no Brasil nacional desenvolvimentista (1946 à 1964): análises e reflexões.Eduardo Mosna Xavier e Marco Bettine.

5. Construindo identidades no Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da EACH/USPCeli Rodrigues Chaves Dominguez; Luciana Maria Viviani; Valéria Cazetta; Verónica Guridi

6. Mapeamento conceitual para a gestão de conhecimento: da sala de aula aos grupos de pesquisa.Paulo Rogério M. Correia

8:30 - 09:30Cerimônia de Abertura

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14:00 - 16:00 | Coordenador: Profa. Dra. Gladys B. Barreyro.Sessão 2

7. Uma abordagem multidisciplinar para a prevenção, o diagnostico e o tratamen-to do câncer de mama: a experiência do NuMECHumberto Miguel Garay

8. Avaliação de abordagens não farmacológicas e seus efeitos para a neuroplasti-cidade no envelhecimento normal e na doença de AlzheimerTânia Viel

9. Acreditação da educação superior no Mercosul: o papel do Brasil e as agências nacionais de acreditação (ANA´s)Gladys Beatriz Barreyro

10. Envelhecimento Masculino: motivações para o autocuidado na promoção da saúde dos docentes de uma universidade públicaRosa Chubaci

12. Educação, Sociedade e Políticas Públicas: Concepções da Teoria Histórico-CulturalMaria Eliza Mattosinho Bernardes, Sandra Paula da Silva Batistão e membros do GEPESPP.

16:30 - 18:30 | Coordenador: Profa. Dra. Nadia Zanon Narchi.Sessão 3

13. O Laboratório de Ideias Criatividade e Artes – LICA e suas vivências na indis-sociabilidade entre ensino, pesquisa e extensãoAnna Karenina

14. Tipologia histórica das políticas culturaisPablo Ortellado

15. Os desafios da transparência no Judiciário brasileiroAbrucio, F.; Angélico, F.; Martins, Paula; Sampaio, Alexandre; Teixeira, Marco A.; Craveiro, Gisele; Machado, Jorge.

16. Censura a livros na ditadura militar brasileiraSandra Reimão

17. Métodos e Técnicas de pesquisa em arquivos do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em busca de processos e inquéritos de crimes de racismoGislene Santos, Natalia Neris, Helton Noguti, Camila Matos

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19:00 - 21:00 | Coordenador: Profa. Dra. Rosana Retsos Signorelli Vargas.Sessão 4

19. O Efeito Borboleta em EspumasAdriana Pedrosa Biscaia Tufaile e Alberto Tufaile

20. Mudanças Climáticas: A contribuição da EACH/USP para o conhecimento paleoclimatológico e paleoceanográficoMarcio H.C. Gurgel e Cristiano Chiessi

21. Resultados e aplicações em classificações de gruposAntonio Calixto de Souza Filho, Édson R. Iwaki, Eric Jespers, Orlando Stanley Juriaans, Wolfgang Kimmerle, Antônio de Andrade e Silva, Rosana Vargas.

22. Perspectivas para pesquisa, desenvolvimento, extensão e ensino em Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE).Homero Fonseca Filho

23. O uso de técnicas de modelagem numérica no contexto dasCiências EspaciaisDiego Falceta

24. Influência da circulação de brisa marítima no desenvolvimento da Camada Limite Atmosférica e implicações para a concentração de monóxido de carbono na Região Metropolitana de São PauloFlávia Ribeiro Noronha

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Coordenador: Prof. Dr. Pablo Ortellado.Palestrante Convidado: André Serradas – SIBI/USP.

10:00 - 12:00 | Coordenador: Prof. Dr. Luis Schiesari.Sessão 5

25. Adaptação ao claro/escuro ambiental: sobre genes e circuitosMario Pedrazzoli

26. Descobrir vermes crípticos para conservar habitats biodiversosFernando Carbayo.

27. Ecologia sensorial e interação presa-predador em opiliões(Arachnida, Opiliones)Rodrigo Hirata Willemart, Guilherme Ferreira Pagoti, Gabriel Pimenta Murayama, Norton dos Santos Silva, Nathalia Fernandes, Thaiany Miranda Costa

28. Microambientes para conservação de bens históricos-culturaisAndrea Cavicchioli

29. Impactos da agricultura industrial sobre a biodiversidade aquáticaLuis Schiesari

08:30 - 09:30Mesa Redonda 1

07 de novembro, Quarta-Feira: 08:30 - 09:30

08 de novembroQuinta-Feira:

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14:00 - 16:00 | Coordenador: Profa. Dra. Fátima L.S. Nunes.Sessão 6

32. Processamento gráfico para auxílio ao diagnóstico e treinamento médicoFátima L. S. Nunes, Luciano V. Araújo, Helton Bíscaro

33. Drosophila como modelo para estudos de regulação da expressão gênica e formação do corpoLuiz Paulo Moura Andrioli

34. A pesquisa em Botânica: do campo à bancada, a instigante investigaçãoda diversidadeSilvana A. P. de Godoy (Docente) / Equipe: Valeria Noronha da Costa, Cibele Cruz Dantas, Terezinha Braga Misao, Viviane Cassia Capetine (alunos LCN) e Patricia Leonel Galdino

35. Caminhos analítico-experimentais do Núcleo de Estudos em Biociências - NEBViviane Abreu Nunes

36. Estudo do potencial Biotecnológico de microorganismosFelipe S. Chambergo.

16:30 - 18:30 | Coordenador: Prof. Dr. Ricardo R. Uvinha.Sessão 7

38. Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer - GIEL/USPRicardo R. Uvinha

39. Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer - GIEL/USPEdmur Stoppa

41. Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória da EACH/USP: balanço de atividadesValéria Barbosa de Magalhães

42. Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer - GIEL/USPReinaldo Pacheco

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19:00 - 21:00 | Coordenador: Prof. Dr. Paulo Rogério Miranda Correia.Sessão 8

43. O Universo feminino na dimensão do ciclo vital.Lucia Cristina Florentino Pereira da Silva, Profa Dra Patrícia W. Parenti, Profa. Dra. Celia Regina M. Melo

45. Rede de promoção da atividade física de Ermelino Matarazzo, Zona Leste, São Paulo.Douglas Roque Andrade, Lídia Caires Santos, Grace Kelly Lobo Bonfim e Leandro Martin Totaro Garcia

46. Efeito protetor do exercício físico contra o desenvolvimento de obesidade e diabetes tipo 2.Fabiana Sant´Anna Evangelista, Talita Sayuri Higa, Rafael Cunha da Silva, Vanessa Cristina Fortunato Lima, Flávio Mazzucatto, Miriam Helena Fonseca-Alaniz

47. Grupo de estudo e pesquisa Mulher & Saúde: violência doméstica no período gravídico-puerperal.Dora Mariela Salcedo Barrientos, Bruna Almeira Silva, Cibele Monteiro Macedo

48. Contribuições à pesquisa em água, saneamento e sustentabilidade.Marcelo Antunes Nolasco, Daniele Vital Vich, Mariana Cardoso Chrispim, Vitor Cano, Luciano Monteiro do Valle, Luciani Duma, Bianca Graziella Lento Araújo Gomes, Gabriela Ribeiro Lourenço da Silva e Kamila de Oliveira Guimarães

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Tema: Pesquisa na EACH: Realidades e Desafios.Coordenador: Prof. Dr. Felipe S. Chambergo A.

Palestrantes:Profa. Dra. Adriana P. Tufaile.Prof. Dr. Luiz Menna-BarretoProf. Dr. Marcelo FantinatoProf. Dr. José Renato Araujo.

10:00 - 12:00 | Coordenador: Prof. Dr. Andrea Cavicchioli.Sessão 9

49. Quantificação e Distribuição de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPAs) e metais em solos superficiais e poeira de rua dos Campi da Universidade de São Paulo (Butantã e EACH) e de seu entornoChristine Bourotte

50. Turismo, Conhecimento e InovaçãoKarina Toledo Solha.

53. Tempos biológicos – uma porta aberta à múltiplos olharesLuiz Menna-Barreto

08:30 - 09:30Mesa Redonda 2

09 de novembroSexta-Feira:

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14:00 - 16:00 | Coordenador: Profa. Dra. Káthia Maria Honório.Sessão 10

55. Estratégias Educativas em Famílias de Ermelino MatarazzoAdriana Dantas e Graziela Perosa.

56. Inventário do patrimônio cultural edificado do Vale Histórico de São Paulo e avaliação de sua vulnerabilidade aos eventos climáticosSilvia Helena Zanirato

57. Um Modelo Econômico para a Legalização do P2P no BrasilCristiana Gonzales, Mariana Valente, Jorge Machado.

58. Reuso de dados orçamentários no Brasil por máquinaMarcelo Tavares de Santana (GPOPAI)

59. Resumo PendenteGisele S. Craveiro.

16:30 - 18:30 | Coordenador: Prof. Dr. Marcelo Fantinato.Sessão 11

61. A Moda e a Representação: uma leitura do consumo segmentado por gênero a partir da mídia impressa.Priscila Rezende Carvalho, Waldenyr Caldas.

62. “Design Social” - inspiraçoes no design thinking, negócios sociaise cultura brasilieiraTania Pereira Christopoulos, Maria Luisa Trindade Besteti, Patrícia Junqueira e Martin Jayo

63. A representação feminina nas tiras de quadrinhos: uma análise de conteúdo de Aline e MafaldaBruna Martins Rocha, Bruno Alves Catão, Caroline Westphal, Fernando Medeiros Santos, Claudia Rosa Acevedo

64. Envelhecimento e Aparência: síntese dos resultados de pesquisas em anda-mento do grupo EAPIS EACH USPAndrea Lopes, Natália Polo, Carolina Caio, Mariana Cipolla, Joyce Plens, Patrícia Yokomizo e Tháis Yoshioka

65. Contribuições à pesquisa em água, saneamento e sustentabilidadeMarcelo Antunes Nolasco, Daniele Vital Vich, Mariana Cardoso Chrispim, Vitor Cano, Luciano Monteiro do Valle, Luciani Duma, Bianca Graziella Lento Araújo Gomes, Gabriela Ribeiro Lourenço da Silva e Kamila de Oliveira Guimarães

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19:00 - 21:00 | Coordenador: Prof. Dr. Luis Mochizuki.Sessão 12

67. Paisagem, Memória e Patrimônio na Zona Leste de São PauloDanilo da Costa Morcelli, sob orientação da Profa. Dra. Silvia Helena Zanirato

68. A percepção do cuidador informal sobre a violência contra o idoso: estudo de casos na cidade de São Paulo.Bibiana Graeff Chagas Pinto Fabre, Nathália Nascimento Gitti da Fonseca.

69. Pobreza e acesso à energia elétrica no BrasilAndré Felipe Simões, Emilio Lèbre La Rovere

70. Ideias, atores e disseminação de políticas: o processo de formulação do Programa Bolsa FamíliaCristiane Kerches da Silva Leite e Ursula Dias Peres

72. Brasil Migrante: Fluxos Populacionais, Políticas Públicas e EstruturasEstatais (1980-2012)José Renato de Campos Araújo

21:15Encerramento

Prof. Dr. Luis Mochizuki.

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Dia 7 denovembro

quarta-feira

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Cerimônia de Abertura7 de novembro, quarta-feira

Participantes na cerimônia de abertura do II Seminário de Pesquisa - Na linha anterior de esquerda a direita: Prof. Dr. Felipe S. Chambergo, Prof. Dr. Luiz Menna-Barreto, Profa. Dra. Belmira Bueno (Pro-Reitra Adjunta de Pesquisa), Prof. Dr. Diego Falceta, Profa. Dra. Tânia Viel, Prof. Dr. Ricardo R. Uvinha e Prof. Dr. Luis Mochizuki. Na linha posterior de esquerda a direita: Prof. Dr. Fernando Carbayo, Sr. Raul Santos, Sr. Fabiano Prado e Prof. Dr. Andrea Cavicchioli.

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Resumos Sessão 17 de novembro, quarta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 01 do II Seminário de Pesquisa.

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Currículo Escolar e Diversidade Sexual

No artigo procuramos discutir se estão sendo tratadas as temáticas diversidade sexual e cultura LGBT nos Currículos Escolares oficiais para os 1º anos do Ensino Médio das esco-las públicas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo - SEESP. Formulamos e buscamos refletir duas indagações: 1. nos conteúdos disciplinares selecionados nos Currículos da SEESP para os 1º anos do Ensino Médio, principalmente na disciplina de Biologia, são contemplados temas sobre diversidade sexual? 2. Os conteúdos curriculares abordam questões, reflexões e discussões sobre homossexualidade? Para fundamentar nossas discussões utilizamos como referências teóricas os Currículos Oficiais para os 1º do Ensino Médio da SEESP¹; o texto-base da 1ª conferência nacional de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transsexuais, principalmente a parte que trata sobre “educação inclusiva” (BRASIL, 2008:20-25)²; e o relatório da Unesco sobre “Juventude e Sexualidade” (UNESCO, 2004:277-314)³. Neste, demos ênfase ao capítulo que trata especificamente sobre “Preconceitos e discriminações: o caso da Homofobia” [na escola]. (grifos nosso). Os resultados parciais demonstram que é necessário e urgente colocar em prática “[...]ex-periências inovadoras sobre educação sexual na escola [...]” (UNESCO, 2004:311). Pois, a escola é uma instituição estratégica para formação conscientizadora, sendo assim, deve ser utilizada para combater a exploração, preconceitos e qualquer tipo de manifestação homofóbica. Portanto, é necessário e urgente desenvolver, como salienta o texto base da 1ª conferência sobre a temática LGBT e também o relatório Unesco sobre Juventude e Sexualidade, uma educação inclusiva e conscientizadora sobre questões relacionadas aos diferentes gêneros e sexualidade.

Orientadora: Drª Andréa Viude Castanho¹Leandro Ferreira de Melo²

¹ Professora da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil² Mestrando na Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Currículo Escolar. Homossexualidade. Homofobia. Políticas Públicas.

¹ SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências Humanas e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Paulo Miceli. – São Paulo: SEE, 2010.SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Paulo Miceli. – São Paulo: SEE, 2010.SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens e Códigos e suas tecnologias / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; coordenação de área, Paulo Miceli. – São Paulo: SEE, 2010.² BRASIL. Texto base da 1ª Conferência Sobre Direitos Humanos e Políticas Públicas: o caminho para garantir a cidadania de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. 2008.³ UNESCO. Abramovay, Miriam Juventude e sexualidade / Miriam Abramovay, Mary Garcia Castro e Lorena Bernadete da Silva. Brasília: UNESCO Brasil, 2004.

Contatos: [email protected]¹ / [email protected]²

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II Seminário de Pesquisa - EACH/USP - de 7 à 9 de novembro de 2012

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O objetivo deste artigo é relatar a experiência de realização de pesquisas coletivas no espaço das aulas, como parte das atividades desenvolvidas a partir de disciplinas ofereci-das no curso de Lazer e Turismo. No caso das duas disciplinas, as turmas, uma do vesperti-no e outra do noturno, são divididas em grupos de seis a oito componentes, aproximada-mente, encarregados de desenvolver parte de uma pesquisa que é então agrupada, resultando num produto final constituído por um só texto para cada uma das turmas. Os principais ganhos intrínsecos à pesquisa dizem respeito a exercitar: a realização de pesqui-sa em grupos grandes (sessenta alunos aproximadamente); a capacidade de fazer/receber críticas de forma objetiva; a habilidade da negociação e a identificação do papel da responsabilidade no cumprimento de tarefas. Para ambas as disciplinas, a estratégia segue a sugestão de Eco (1991), para a elaboração de planos de pesquisa, que se resume na definição do tema da pesquisa, elaboração do título, do sumário e da introdução, mesmo que provisórios e sujeitos a mudanças. A introdução relata: tema, contextualização, objetivos, hipóteses, referencial teórico, metodologia e resultados esperados. Em seguida, é montado o sumário, ou seja, as partes que comporão o trabalho. Cada uma das fases da pesquisa é sumariada em suas principais variáveis e finalmente, as partes do sumário inicial são atribuídas a cada um dos grupos que se responsabiliza pela redação e encamin-hamento para a equipe que fará a formatação e impressão final. A maior parte das tarefas está vinculada a uma pequena nota que ajuda a compor a nota final do aluno na disciplina e para o trabalho final, é atribuído um valor também incluído na nota de cada um. Essa experiência já foi realizada três vezes em cada uma das disciplinas e tem sido bem avaliada pelos alunos, que a encaram como uma espécie de TCC coletivo

Madalena Pedroso Aulicino

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Pesquisa coletiva; estratégia didática e plano de pesquisa.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, (1991) 81-87

Contato: Madalena Pedroso Aulicino, USP/EACH, Av. Arlindo Bettio, 1000, São Paulo. SP, CEP 03828-000, Tel: 55 11 3091 8904, [email protected]

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Pesquisas coletivas:uma experiência possível

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Este trabalho investigará a relação entre as políticas públicas no ensino fundamental dos municípios paulistas de até 300 mil habitantes com a qualidade da educação, mensurada através dos resultados do IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - e ainda com o gasto orçamentário médio por aluno do município, informado na função contábil do ensino fundamental, no Balanço Orçamentário. Por meio de um questionário destinado aos gestores educacionais, serão evidenciadas as políticas públicas utilizadas nas escolas do ensino fundamental pelos municípios pesquisados. Os dados do questionário serão cruza-dos com o IDEB médio do ano de 2011 das escolas de cada município bem como, com o gasto orçamentário médio por aluno do ensino fundamental do mesmo ano. Serão usadas técnicas da estatística descritiva e análise multivariada de dados como a regressão múltip-la e a de conglomerados ou clusters. Os resultados possibilitarão identificar quais políticas públicas têm maior influência no IDEB médio, no gasto médio por aluno e quais os grupos de municípios com políticas públicas educacionais semelhantes.

Jaime Crozatti, Daniela Gallimberti Gagliardi,Viviane Aparecida Costa² e André Gouveia

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Políticas Públicas, Políticas Públicas Educacionais, Educação, Qualidade daEducação, Ensino Fundamental e IDEB.

Projeto de pesquisa conta com financiamento do CNPq, edital universal 014/2011, processo 480611/2011-4 e integra o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas da EACH. [1] ALVES, F. Políticas Educacionais e desempenho escolar nas capitais brasileiras. Cadernos de Pesquisa, v. 38, n. 134, p. 413-440, maio/ago. 2008.[2] ARELARO, LRG. O ensino fundamental no Brasil: avanços, perplexidades e tendências. Educação e sociedade. Campinas, v.26, n. 92, p 1039 – 66, out. 2005.[3] GOMES, SC; ARRETECHE, MTS. Fatores explicativos das diferentes estratégias de municipalização do ensino fundamental nos governos subnacionais do Brasil (1997-2000). Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-30072008-134133/ptbr.php . Acesso em 10 de julho de 2012.[4] SANTOS, LLCP. Políticas Públicas para o ensino fundamental: parâmetros curricularesnacionais e o sistema nacional de avaliação (SAEB). Rev. Educ. & Soc., Campinas, vol. 23, n.80, Setembro/2002, p. 346-367. Disponível em <http://www.scielo.br> ehttp://www.cedes.unicamp.br[5] STEVENSON, WJ. Estatística aplicada à administração. São Paulo, Harbra: 1981.[6] VERHINE, RE. Levantamento do custo-aluno-ano em escolas de educação básica que oferecem condições de oferta para um ensino de qualidade – 2a. etapa. INEP: Salvador, 2005. Disponível em www.inep.gov.br.

Contato: J. Crozatti, USP/EACH, Av. Arlindo Bettio, 1000, sala A1-204 O, São Paulo, SP, CEP: 03828-000,E-mail: [email protected]

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Políticas Públicas no EnsinoFundamental dos municípios

paulistas e sua relação com o IDEB.

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O Período Nacional Desenvolvimentista Brasileiro (1946 à 1964) foi marcado pelo pujante crescimento industrial, além de uma sensível inversão populacional do eixo rural para o urbano. Essas transformações mobilizaram o governo a instituir políticas públicas que possibilitassem uma administração desse novo cenário. Nesse contexto, a atividade física (apesar da inexistência de uma pasta gerencial específica) também foi contemplada com algumas medidas que destacaram esse período do Estado Novo e projetaram a com-preensão e a realização do movimento humano para o esporte e a saúde durante o Regime Militar. O Governo criou os Serviços Sociais, com ênfase no fomento de estratégias de formação e preenchimento do tempo livre dos industriários e comerciantes, concebendo uma estrutura que ofertava não apenas atividade física e esporte como, também, espaços de socialização política peculiares em ambientes de congregação com a realização do movimento. A Educação Física Escolar era realizada sobre a égide das doutrinas higienis-tas, com uma significativa variação de predomínio da Escola Francesa (baseada na calis-tenia) para a Escola Americana (pautada no ensino dos esportes), inciando uma degra-dação do papel do professor dessa disciplina, que passa a exercer uma papel secundário nessas aulas, interferindo apenas como árbitro no jogos. Assim, o Nacional Desenvolvi-mentismo foi um período marcante para a concretização de desejos do Estado no tocante ao uso da atividade física como um instrumento de política pública, apesar das medidas ocorrerem de forma indireta, sem a valorização percebida na contemporaneidade.

Eduardo Mosna Xavier

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Nacional Desenvolvimentismo, Políticas Públicas, Atividade Física, ServiçosSociais, Educação Física Escolar.

Contato: Avenida Mazzei, 1006, apto 44, Vila Mazzei, São Paulo/SP, CEP: 02310-001, E-mail: [email protected]

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Políticas públicas de Atividade Físicano Brasil Nacional Desenvolvimentista

(1946 à 1964): análises e reflexões

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Este trabalho faz parte de uma investigação mais ampla que tem a finalidade de estudar processos de (re)construção de identidades docentes que ocorrem durante os cursos de formação inicial de professores e professoras ou ao longo de sua atividade profissional, em diversos níveis de ensino. A proposta das autoras se insere na área de estudos culturais e também busca investigar, na atualidade ou em outros momentos históricos e sociais brasileiros, como esses processos identitários se conectam a formas de produção e de circulação de culturas profissionais nas instituições escolares e na sociedade mais ampla.

O presente estudo foi desenvolvido no âmbito do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza (LCN) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), com o objetivo de pesquisar de que maneira se configura e se constrói a identidade docente de um grupo de futuros professores de Ciências ao longo de sua formação inicial. Os dados foram coletados por meio da escrita de narrativas acerca da escolha do curso e da profissão docente de 37 estudantes que cursavam a disciplina “Orientação de Estágios Obrigatórios 2“ em 2010. A análise de conteúdo possibilitou-nos verificar a diversidade de caminhos identitários percorridos por eles, associados especial-mente aos fatores: características do curso, modelos de experiências docentes, papel transformador do professor e a afinidade por conhecimentos das áreas de ciências da natureza e/ou da educação. Isso nos levou a pensar em ações afirmativas que possibilitem buscar na docência um projeto de vida.

Celi Rodrigues Chaves Dominguez¹; Luciana Maria Viviani¹;Valéria Cazetta¹; Verónica Marcela Guridi¹; Elen Cristina Faht²;

Fabiana Pioker Hara²; Josely Cubero Bonardo²

¹ Docentes da EACH-USP² Educadoras da EACH-USP

Palavras-Chave: identidade docente; culturas profissionais; formação de professores de ciências, estágio curricular supervisionado.

Contato: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

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Construindo identidades no Curso deLicenciatura em Ciências da

Natureza da EACH/USP

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A construção colaborativa do conhecimento[1] é uma característica comum às salas de aula e aos grupos de pesquisa. Ambos ambientes podem ser considerados organizações que aprendem (OA) e as cinco disciplinas propostas por Peter Senge[2] (modelos mentais, maestria pessoal, aprendizagem em equipe, visão compartilhada e o pensamento sistêmi-co) devem ser praticadas intensamente pelos seus integrantes. A coerência conceitual das OA não simplifica o processo de criação e desenvolvimento desse tipo de organização em contextos reais. Há poucos exemplos de grupos de pessoas que conseguem funcionar respeitando as cinco disciplinas desse novo paradigma organizacional.

O uso dos mapas conceituais propostos por Joseph Novak (N-MCs) é útil para vencer parte dos obstáculos encontrados durante a estruturação e o desenvolvimento das OA. Os N-MCs são diagramas bidimensionais que relacionam conceitos por meio de proposições (conceito inicial - termo de ligação - conceito final), que descrevem explicitamente a relação conceitual em questão[3]. A utilização dos N-MCs em âmbito educacional demon-strou que a comunicação entre diferentes indivíduos melhora significativamente, potenciali-zando processos colaborativos mesmo na presença de assimetrias comunicacionais. Exemplos relacionados ao uso dos N-MCs em âmbito corporativo ratificam a possibilidade de utilização dessa ferramenta em qualquer situação que exija colaboração e criativi-dade[4]. As salas de aula e os grupos de pesquisa são ambientes que apresentam essas características e, por isso, podem se beneficiar com o uso adequado dos N-MCs. Os nossos interesses de pesquisas consideram o uso educacional (E) e corporativo (C) dos N-MCs para:

• (E) Estimular a aprendizagem significativa e colaborativa.• (E) Estimular a auto regulação da aprendizagem.• (C) Aumentar a eficiência de processos colaborativos.• (C) Capturar o conhecimento de especialistas.• (C) Sistematizar grandes quantidades de informação para compartilhamento.

Paulo Rogério Miranda Correia

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: aprendizagem colaborativa, aprendizagem significativa, comunicação,criatividade, gestão do conhecimento, mapeamento conceitual

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Mapeamento conceitual para agestão de conhecimento: da salade aula aos grupos de pesquisa

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Resumos Sessão 27 de novembro, quarta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 02 do II Seminário de Pesquisa.

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O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Atualmente, a prevenção secundaria, através do diagnóstico precoce, é a forma mais segura para diminuir a taxa de mortalidade. Após o diagnóstico clinico e confirmada a malignidade, existem opções de tratamentos para estes tumores: quimiotera-pia, radioterapia, terapia hormonal e em casos mais agressivos a mastectomia. Todavia, em maior ou menor grau, há uma vasta quantidade de efeitos colaterais destes tratamen-tos, tendo um impacto importante na preservação da qualidade de vida das pacientes. Considerando estes elementos e facetas que compõem complexidade do câncer de mama como problema de saúde pública, o nosso Núcleo Multidisciplinar de Estudos em Câncer (NuMEC) desenvolve nos últimos três anos, de forma colaborativa com outros pesquisa-dores e instituições, uma abordagem holística e integradora, com propostas metodológicas inspiradas na pesquisa translacional. Investigamos aspectos limitantes para a prevenção secundária em populações fragilizadas de alto risco (mulheres idosas de baixa renda) identificando que, contrariamente ao esperado, há uma adesão significativa à pratica de auto-exame de mama e mamografia, porém, com serias limitações de conhecimento técni-co e atribuição de significado preventivo. Por outro lado avaliamos os impactos da quimi-oterapia citotóxica na qualidade de vida e identificamos uma relação inversamente propor-cional com o envelhecimento e diretamente proporcional com possíveis quadros de depressão, salientando as particularidades de cada tipo e cada caso de câncer de mama. Na procura de alvos terapêuticos específicos, que facilitem o diagnóstico e identificação dos tipos de tumor, minimizando estes efeitos colaterais, focamos nossos estudos experi-mentais em proteínas secretadas de baixo peso molecular. Atualmente os nossos esforços estão dedicados a caracterizar o papel da nova citocina PANDER/FAM3B em linhagens tumorais de mama, usando modelos celulares e animais de experimentação. Previamente temos demonstrado um envolvimento desta proteína na progressão tumoral de linhagens celulares de próstata, afetando a proliferação e inibindo a morte celular in vitro, assim como favorecendo o crescimento tumoral in vivo. Os nossos dados preliminares obtidos com tumores de mama parecem confirmar estes efeitos. Em síntese, o nosso grupo tem desenvolvido atividades de pesquisa, sobre uma perspecti-va critica, reflexiva e principalmente não-reduccionista, que visam contribuir com elemen-tos académicos à discussão sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama, focando as suas atividades no caráter científico, mas principalmente formador e educativo da universidade pública, a qual precisa estar engajada nos problemas urgentes da sociedade que a sustenta.

Miguel Garay-Malpartida, Libnah Leal, Izabela Caldeira,Samanta Ribeiro, Raphael Marques, Georgiana Lopes, Gabriela de Carvalho.

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Câncer de mama, citocinas, qualidade de vida, diagnóstico precoce.

Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP. Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Tecnologico (CNPq) e Pró-Reitorias de Graduação e Pesquisa da Universidade de São Paulo

Contato: [email protected]

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II Seminário de Pesquisa - EACH/USP - de 7 à 9 de novembro de 2012

Uma abordagem multidisciplinarpara a prevenção, o diagnostico eo tratamento do câncer de mama:

a experiência do NuMEC

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O aumento da população idosa acarretou maior interesse em pesquisas científicas volta-das para a melhoria nas condições de vida ao longo do envelhecimento. Muitos desses estudos são realizados em modelos animais, permitindo aprimorar conhecimentos nas áreas de mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos, avaliar marcadores biológicos e novas técnicas com perspectivas de aplicabilidade em humanos.

Discussões atuais a cerca da neurobiologia do envelhecimento cerebral apontam para o uso de células-tronco como uma alternativa à perda de células neuronais em casos de doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer. O principal ponto da discussão é como fazer com que essas novas células sejam incorpora-das eficazmente na rede neuronal que constitui o repositório das memórias, nas diversas áreas cerebrais, e fazer com que o circuito funcione de forma eficaz, evitando assim a perda excessiva da memória no envelhecimento normal e no caso de doenças.

A literatura mundial vem mostrando que a modificação no estilo de vida tem efeitos profun-dos no sistema nervoso central, afetando o comportamento, induzindo alterações neuroes-truturais e alterando o nível de vários compostos neuroativos, tanto em indivíduos normais quanto naqueles que apresentam alguma doença neuro-psicquiátrica. Em linhas gerais, essas alterações levam à formação de uma reserva cognitiva, neuroprotetora. Para que isso aconteça, o cérebro deve ser adequadamente nutrido e estimulado durante toda a vida. Portanto, explorar os efeitos moleculares da atividade física, do enriquecimento ambi-ental e da maior utilização de produtos naturais em detrimento dos produtos industrializa-dos com o objetivo de prover a reserva cognitiva, é o foco dessa linha de pesquisa.

Tânia Araújo Viel, Gabriela Cipolli, Danilo Mourelli,Marília Silvade Albuquerque,Natália Mendes Schöwe, Milena Telles, Hudson Sousa Buck

Grupo de Estudos em Neurofarmacologia e EnvelhecimentoEscola de Artes, Ciências e Humanidades-USP

Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Palavras-Chave: Envelhecimento, memória, reserva cognitiva, estimulação cognitiva, atividadefísica, sistema colinérgico

Publicações recentes do grupo:Viel, T.A.; Caetano, A.L.; Albuquerque, M.S.; Araujo, M.S.; Buck, H.S. Chronic infusion of amyloid-β peptide and sustained attention altered α7 nicotinic receptor density in the rat brain. Current Alzheimer Research Curr Alzheimer Res. Abr 19 (Epub ahead of print), 2012.Nunes, M.A.; Viel, T.A.; Buck, H.S. Microdose lithium treatment stabilized cognitive impairment in patients with Alzheimer’s disease. Curr Alzheimer Res. Jun 29 [Epub ahead of print], 2012.

Contato: T.A.Viel, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8829, E-mail: [email protected]

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II Seminário de Pesquisa - EACH/USP - de 7 à 9 de novembro de 2012

Avaliação de abordagens nãofarmacológicas e seus efeitos para a

neuroplasticidade no envelhecimentonormal e na doença de Alzheimer

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A pesquisa analisa o processo regional de acreditação da qualidade da educação superior na América Latina, especificamente na América do Sul, focalizando no caso dos países O Sistema de Acreditação de Cursos Universitários do Mercosul (SISTEMA ARCU-SUR), foi aprovado em 2008 pelo Conselho do Mercado Comum e promove a participação voluntária de instituições para acreditar seus cursos, propõe considerar critérios regionais de quali-dade emitindo uma resolução de acreditação válida por seis anos.A implementação é de responsabilidade das ANAs (Agência Nacional de Acreditação) , que são designadas por cada estado e organizadas numa Rede de Agências Nacionais de Acreditação (RANA). A pesquisa visa recuperar o histórico dos mecanismos de acreditação no Mercosul, com seus avanços e recuos e o papel dos países do Mercosul nesse processo, especialmente do Brasil. Focaliza-se também nas agências nacionais de acreditação, especialmente em relação a quatro critérios: forma de criação; autonomia; natureza e estrutura com a intenção de realizar comparações e tecer hipóteses sobre suas compatibilidades como ANAs no marco da Rede de Agências Nacionais de Acreditação.

Trata-se de uma pesquisa documental e de campo com entrevistas a participantes na elab-oração das políticas

Gladys Beatriz Barreyro¹, Gabriella deCamargo Hizume², Lauro Víctor Nunes³

1 Universidade de São Paulo, PPGE, PROLAM, EACH²Universidade Estadual do Oeste do Paraná e PROLAM USP

³Universidade de São Paulo, EACH GPP

Palavras-Chave: Educação superior, acreditação – Mercosul - Arcu-sul

Pesquisa apoiada pelo CNPQ (Edital universal e PIBIC) e pela FAPESP (bolsa de mestrado) BARREYRO, G.B.; LAGORIA, S. L. Acreditação da Educação Superior na América Latina:os casos da Argentina e do Brasil no Contexto do Mercosul.Cadernos PROLAM/USP, v. 9, 2010, p. 7-27 DIAS SOBRINHO, J. Acreditación de la educación superior en América Latina y el Caribe. In GLOBAL UNIVERSITY NETWORK FOR INOVATION (GUNI) La educación superior en el mundo 2007. Acreditación para la garantía de la calidad. Qué está en juego. Mundi prensa Ed., Madri, 2006. RAMA, C. El nacimiento de la acreditación internacional. Avaliação. Campinas, Sorocaba, vol.14, n.2, 2009. p. 291-311 .

Contato: [email protected]; [email protected]; [email protected]

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II Seminário de Pesquisa - EACH/USP - de 7 à 9 de novembro de 2012

Acreditação da educação superiorno Mercosul: o papel do Brasil e

as agências nacionais de acreditação (ANA´s)

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Envelhecimento Masculino: motivaçõespara o autocuidado na promoção

da saúde dos docentes deuma universidade pública

O autocuidado é uma estratégia importante para a promoção da saúde. Entretanto, não é uma prática entre a população masculina, que utiliza menos os serviços de saúde, e apre-senta as maiores taxas de morbimortalidade. Essa postura reflete-se na detecção de diag-nósticos tardios que reduzem as probabilidades de tratar os agravos de saúde, e comprom-ete a capacidade funcional destes indivíduos e diminui suas chances de desfrutar uma velhice saudável. O estudo foi realizado com 25 homens na faixa etária entre 40 e 60 anos de idade, que exercem a atividade de docência em universidade pública no município de São Paulo. Na etapa quantitativa, objetivamos: conhecer o estado de saúde dos partici-pantes da pesquisa; verificar a realização de cuidados preventivos; verificar o autocuidado e a saúde percebidos e mensurar a capacidade de autocuidado dos participantes. Utilizam-os um questionário com perguntas semi-estruturadas e a Escala para Avaliar as Capaci-dades de Autocuidado (EACAC), validada por Silva (2002). Na etapa qualitativa utilizamos o referencial filosófico da Fenomenologia Social de Alfred Schütz e objetivamos: conhecer os motivos que levam ou não os homens do estudo à prática do autocuidado. Os principais resultados da etapa quantitativa foram: Na auto-avaliação de saúde, 80% da amostra clas-sificaram a saúde atual e comparada a saúde de outras pessoas da mesma idade como muito boa ou boa. Na auto-avaliação do autocuidado, 80% avaliaram como regular ou bom; os exames com as maiores frequencias de realização pelos docentes foram os exames de sangue para avaliar os níveis de glicemia e colesterol (76%); o exame de PSA ou toque retal (56%); e o teste de acuidade visual (76%). Os exames ou procedimentos com maiores frequencias de não realização pelos docentes foram: o controle da pressão arterial (60%); a densitometria óssea (96%); e o teste de HIV/AIDS (76%). O escore médio pontuado pelos indivíduos na Escala para Avaliar as Capacidades de Autocuidado (EACAC) foi de 74,21 relacionado com altas habilidades para desenvolver o autocuidado. O coeficiente alpha de Cronbach neste estudo foi de 0,91 indicando alta consistência interna do instrumento. Na etapa qualitativa o tipo vivido dos homens que realizam o autocuidado constituiu-se de um homem que tem conhecimento sobre a importância do autocuidado, possui hábito de cuidar-se, mas existe ambém, o que realiza o autocuidado somente em situações de saúde em que isto é exigido. Realizam o autocuidado para sentirem-se bem, prevenir-se de doenças visando aumentar a capacidade de trabalho e ter uma vida mais saudável, buscando, com isso, mais qualidade de vida, não pensando somente em si mesmo, como também na família. E o tipo vivido do homem que não realiza o autocuidado constituiu-se uma pessoa que descuida da própria saúde porque não apresenta sintomas e por falta de tempo em decorrência do trabalho. Esperamos com os resultados obtidos, planejarmos uma ação educativa na instituição, esclarecendo a população masculina sobre a importân-cia do autocuidado no caminho para o envelhecimento saudável e ativo. Este estudo mostrou-nos parte da promoção de saúde desta população específica em relação ao auto-cuidado. Temos consciência da necessidade de outras pesquisas que abordem este mesmo tema, envolvendo comunidades de diferentes classes socioeconômicas e culturais.

Rosa Yuka Sato Chubaci, Erika A. Santos,Taiane N. Cardoso, Marcela G. Abatte Vieira, Iris Maria Fraga

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Autocuidado; Envelhecimento masculino; Fenomenologia

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O Grupo de estudos e Pesquisas Educação, Sociedade Políticas Públicas: concepções da teoria histórico-cultural tem como finalidade investigar as relações teórico-práticas vincula-das aos processos educativos seja na educação formal, não formal ou informal que criam possibilidades para a transformação social nos diversos contextos na sociedade. O refer-encial teórico-metodológico que subsidia o desenvolvimento das pesquisas é a teoria histórico-cultural e o materialismo histórico dialético. O objeto de interesse para a realização das pesquisas são os processos de planejamento, desenvolvimento e avaliação no campo da educação de forma geral provenientes de políticas públicas que promovam inserções sócio-culturais em contextos complexos e as organizações coletivas provenientes das relações de grupo nas respectivas áreas de conhecimento. Tem-se o interesse em investigar a formação dos sujeitos ativos envolvidos em coletividades de estudo na atividade formadora, sejam eles vinculados à educação básica, à formação profissional ou permante.

Maria Eliza Mattosinho Bermardes

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Educação, Políticas de Estado, Teoria Histórico-Cultural

Contato: M.E.M Bernardes, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Educação, Sociedade e PolíticasPúblicas: Concepções da Teoria

Histórico-Cultural

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Resumos Sessão 37 de novembro, quarta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 03 do II Seminário de Pesquisa.

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O Laboratório de Ideias Criatividade e Artes (LICA) juntamente com o Núcleo de Estudos em Biociências (NEB) é formado por professores, estudantes e egressos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo e tem se dedicado a fazer ciência ao mesmo tempo em que reflete sobre este fazer. O trabalho desse grupo tem sido discutir e realizar projetos de pesquisa, buscando sempre ter em mente a subjetividade na ciência e seu impacto nos achados científicos, os desafios da ética e a reinvenção e recon-strução do conhecimento. Atualmente, o grupo tem desenvolvido projetos que se articulam em torno de três eixos, que têm em comum o foco no sujeito e em sua autonomia. O primei-ro eixo de refere ao processo ensino-aprendizagem, em torno do qual se articulam os projetos relacionados ao desenvolvimento de material didático para as disciplinas de Fundamentos Biológicos e à aplicação de metodologias ativas de aprendizagem. O segun-do eixo diz respeito aos projetos destinados à proposição e avaliação da aplicação da arte como ferramenta de educação, e o terceiro abriga os projetos relacionados ao estudo da corporeidade e do corpo como cenário para o ensino-aprendizagem. Somados a essas iniciativas investigativas, estão os projetos de extensão universitária. Nesse sentido, o grupo tem realizado, anualmente, atividades de educação para a saúde numa comunidade rural. Em todas as atividades do grupo, fica evidente a necessidade de que estudantes e professores se envolvam integralmente no processo de ensino-aprendizagem, quer este seja vivenciado na sala de aula, no ambiente de pesquisa ou na comunidade. Acredita-se que este modo de vivenciar o ensino, a pesquisa e a extensão, tendo como pano de fundo a amorosidade na relação professor-aluno, colabore para a formação de sujeitos críticos, aptos para o trabalho coletivo e para a pesquisa, bem como, capazes de problematizar a realidade e transformá-la. Integrar o ensino, a pesquisa e a extensão, com o objetivo de desenvolver cidadãos (estudantes, professores e comunidades) para a autonomia, tem sido a busca do LICA/NEB. Esses processos têm provocado desdobramentos como, a produção de peças teatrais para toda a comunidade EACH, do que têm derivado publi-cações tanto em divulgação cientifica, como em ensino-aprendizagem.

Anna Karenina Azevedo-Martins, Evany Bettine de Almeida,Graziela Rodrigues Silva, Núbia Pereira da Silva e Viviane Abreu Nunes

Escola de Artes Ciências e Humanidades - Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Processo ensino-aprendizagem, pressupostos pedagógicos, arte comoferramenta de educação, corporeidade e metodologias ativas de aprendizagem

Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP e Pró-Reitorias de Graduação, Pesqui-sa e Extensão da Universidade de São Paulo

Contato: [email protected] (Anna Karenina Azevedo-Martins)

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Laboratório de Ideias Criatividade eArtes – LICA e suas vivências na

indissociabilidade entreensino, pesquisa e extensão

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Este trabalho apresenta uma tipologia histórica das políticas culturais. Essa abordagem busca separar os diferentes tipos de políticas, tratando o que normalmente é visto de forma unitária como uma pluralidade de ações, com diferentes propósitos. Essa percepção não apenas ajuda a entender a diversidade das políticas culturais e as suas peculiaridades intrínsecas, como permite melhor entender a sua evolução histórica. Essa evolução carac-teriza-se por objetivos originários, conceitos subjacentes de cultura e instrumentos de intervenção que são continuamente ressignificados resultando num leque de políticas cumulativo.

Pablo Ortellado¹, Valmir Souza², Luciana Lima¹

¹Universidade de São Paulo²Instituto Polis

Palavras-Chave: Políticas culturais

Contato: Escola de Artes, Ciências e Humanidades/ Av. Arlindo Bettio, 1000/ 03828-000 / São Paulo SP/ email: [email protected]

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II Seminário de Pesquisa - EACH/USP - de 7 à 9 de novembro de 2012

Tipologia histórica daspolíticas culturais

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O objetivo dessa pesquisa é Identificar os obstáculos e êxitos na implementação de regimes de acesso a informação no Poder Judiciário de países selecionados da América e Europa e compará-los com o cenário brasileiro, levando em conta o estabelecido na Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informações Públicas) e sua regulamentação. A partir disso, propor uma metodologia para aplicação da nova Lei de Acesso a Informação brasileira ao Sistema de Justiça e propor medidas de transparência no Judiciário que possam ser inseri-das no marco do Plano de Ação da Open Government Partnership (OGP).

Alexandre Sampaio¹, Fernando Abrucio², Fabiano Angélico²,Gisele Craveiro³, Jorge Machado³, Marco Antonio Teixeira², Paula Martins¹

¹A19²FGV-SP

³Universidade de São Paulo

Palavras-Chave: transparência, judiciário, lei de acesso à informação, OGP

Contato: Alexandre Sampaio (A19) [email protected], Fernando Abrucio (FGV-SP) [email protected], Fabiano Angélico (FGV-SP) [email protected], Gisele Craveiro (EACH-USP) [email protected], Jorge Machado (EACH-USP) [email protected], Marco Antonio Teixeira (FGV-SP) [email protected], Paula Martins (A19) [email protected]

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Os desafios da transparência no Judiciário brasileiro

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Essa exposição apresenta resultados de um projeto de pesquisa em desenvolvimento que tem por objeto livros de autores brasileiros vetados pela censura durante a ditadura militar brasileira. Os objetivos principais da pesquisa são o de identificar as obras censuradas e o de caracterizar o instante e a forma da censura a obras de ficção de autores brasileiros no período em foco. Os procedimentos metodológicos utilizados são: 1) pesquisa bibliográfi-ca; 2) consulta a documentos censórios do Departamento de Censura e Diversões Públi-cas; 3) consulta jornais e revista de época; e 4) entrevistas com autores e editores. Os resultados até o momento nos permitem identificar a listagem dos mais de 100 livros de autores brasileiros censurados entre 1964 e 1985 e também as principais formas de atuação censória.

Sandra Reimão

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: livros, censura, ditadura militar brasileira

Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Conselho Nacional de Desenvolvimento científ-ico e Tecnológico (CNPq) [1] Abreu, Alzira Alves e outros (coordenação). Dicionário histórico-bibliográfico brasileiro pós 1930. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2 a.ed, 5 volumes, 2001. [2] Caldas, Waldenyr. Literatura da cultura de massa. São Paulo, Musa Ed., 2000.[3] Callado, Antonio. Censura e outros problemas dos escritores latino-americanos. Rio de Janeiro, José Olympio, 2006.[4] Gaspari, Elio. A ditadura escancarada. São Paulo, Companhia das Letras, 2003 e 2004.[5] Pellegrini, Tânia. Gavetas Vazias – ficção e política nos anos 70. São Carlos, São Paulo, EDUFSCar, Mercado de Letras, 1996.

Contato: Sandra Reimão, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 888, E-mail: [email protected]

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Censura a livros na ditaduramilitar brasileira

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Métodos e Técnicas de pesquisa emarquivos do Tribunal de Justiça de

São Paulo. Em busca de processos einquéritos de crimes de racismo

Neste artigo, apresentamos os resultados preliminares do projeto de pesquisa, realizado pelo GEPPIS (Grupo de Estudos e Pesquisas das Políticas Públicas para a Inclusão Social), cujo tema é a injúria racial. O objetivo do artigo é apresentar o caminho metodológi-co percorrido no GEPPIS para a construção de sua base de dados para análise - que se constitui de inquéritos e processos de primeira instância arquivados, referentes a crimes de racismo registrados na capital paulista entre os anos de 2003 e 2011. Estruturamos o trabalho em três partes. Na primeira, apresentamos a pesquisa, seu objeto e objetivos, as dificuldades/desafios e possibilidades que vislumbramos no início do trabalho, numa equipe interdisciplinar e lidando com documentos jurídicos. Apresentamos, também, uma síntese das discussões, definições de procedimentos e o percurso feito para o acesso aos documentos por meio do contato com diferentes órgãos públicos. Na segunda, apresenta-mos a metodologia construída e utilizada para a busca de documentos em bases eletrôni-cas, as palavras-chave utilizadas e os principais resultados deste procedimento. Discorre-mos sobre a busca de documentos no Arquivo Geral do Tribunal de Justiça de São Paulo e o modo de coleta, sistematização e registro de materiais. Por fim, na terceira parte, apre-sentamos as definições estabelecidas para o processo de tabelamento das informações bem como os campos que constituirão o banco de dados. Através deste trabalho intentam-os gerar dados e informações sobre a temática racial e, além disso, construir e disseminar técnicas e métodos de pesquisa em arquivos e bases de dados de processos jurídicos contribuindo, desta forma, com a discussão sobre estudos empíricos e metodologia de investigação na área do Direito.

Gislene Aparecida dos Santos; Natália Neris da Silva Santos; Camila Matos; Helton Hissao Noguti.

Grupo de Estudos e Pesquisas das Políticas Públicas para a Inclusão SocialUniversidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Crimes de Racismo – Processos Jurídicos – Pesquisa Empírica no Direito.

Este trabalho é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Contato: USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 888, E-mail: [email protected]

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Resumos Sessão 47 de novembro, quarta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 04 do II Seminário de Pesquisa.

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O Efeito Borboleta em Espumas

A propagação de luz nas espumas cria padrões que são gerados através de reflexões e refrações da luz. Um destes padrões pode ser observado através da formação de imagens espelhadas e múltiplas dentro das pontes líquidas dentro da espuma em uma camada de bolhas de uma célula de Hele-Shaw [1], devido à sensibilidade às condições iniciais da propagação da luz, conhecido como “Efeito Borboleta”. Nós apresentaremos a existência destes padrões em espumas e sua relação com a geometria hiperbólica e padrões de Sier-pinski, usando o modelo de disco de Poincaré. As imagens obtidas a partir do experimento em espumas são comparadas com o caso de elementos ópticos hiperbólicos [2]. Estes resultados revelam algumas características curiosas da interação da luz com as espumas, como o fato de que um material transparente como uma espuma pode confinar a luz, utilizando como base a Teoria do Caos.

Adriana Pedrosa Biscaia Tufaile, Alberto Tufaile

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Espumas, Caos, Fractal, Geometria Hiperbólica.

Agradecimentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Instituto Nacional de Ciência e Tecno-logia de Fluidos Complexos (INCT-FCx) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

[1] A. Tufaile, A. P. B. Tufaile, Phys. Lett. A (2008) 6381-6385. [2] A. Tufaile, A. P. B. Tufaile, Phys. Lett. A (2011) 3693-3698.

Contato: A. Tufaile, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 1049, E-mail: [email protected]

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Mudanças Climáticas: A contribuição da EACH/USP para

o conhecimento paleoclimatológico e aleoceanográfico

Qualquer ambiente do globo é afetado por perturbações climáticas ligadas às múltiplas interações existentes entre oceanos, atmosfera, biosfera, superfície terrestre, criosfera, ... entretanto os ambientes tropicais são particularmente vulneráveis à estas perturbações principalmente por causa da larga amplitude de variações climáticas características destas áreas. É na região tropical que a variabilidade de alguns fenômenos climáticos [i.e. Sistema de Monção Sul Americana, El Niño - Oscilação Sul, ...] tem potencial para produzir impac-tos ambientais singulares. A projeção de impactos futuros de mudanças climáticas requer uma dedicada equipe de experts multidisciplinares, apoiados sobre um robusto conheci-mento dos mecanismos que governam as mudanças climáticas e os seus impactos no ambiente.O último milênio, anterior a era industrial, foi marcado comparativamente por uma pequena variabilidade tanto em termos de forçantes climáticas externas (i.e. erupções vulcânicas, atividade solar, gases de efeito estufa) quanto de variabilidade climática. Ao se estudar o sistema climático do último milênio nós compreendemos a sensibilidade sob baixas condições forçantes. Nosso clima, especialmente nos trópicos, também esta sob influência da circulação oceânica termo-halina global, a qual distribui calor entre os dois hemisférios, sendo o Atlântico passagem obrigatória. Por isso focamos na região Atlântica, onde com a nossa longa experiência na geração e análise de arquivos climáticos e onde pequenas mudanças nas forçantes geraram amplos efeitos nas sociedades humanas. Sendo nossos estudos centrados nos últimos 25.000 anos, que compreendem: o final do Pleistoceno, a transição Glacial-Interglacial e todo o Holoceno. Alguns esforços tem sido feitos no sentido de se estudar períodos chave: como o mais atual, tal qual os últimos dois milênios e o Último Máximo Glacial, a cerca de 18.000 anos. Grande parte deste prazo de tempo é certamente o período que é mais comparável às condições modernas e o mais rico em arquivos naturais e escritos.Nossas especialidades na EACH / USP são a geoquímica marinha, inorgânica e orgânica, e a micro-paleontologia. Nos buscamos saber a composição dos sedimentos marinhos, da matéria orgânica e dos restos de micro-organismos ao longo de registros sedimentares. Diversas análises químicas e físicas são realizadas ao lado de observações microscópicas. Acoplados com um bom controle cronológico, todos os dados gerados sofrem profundas análises estatísticas e temporais. Como este tipo de estudos são feitos em equipe, nos listamos aqui alguns de nossos parceiros: A. Sifeddine2, R.C. Campello3, S. Mulitza4 and H. Evangelista5, do: 2IRD (Bondy-França); 3UFF (RJ-Brasil); 4MARUM (Bremen-Ale-manha); 5UERJ (RJ-Brasil). Deve-se reforçar nossas colaborações no interior da USP, notavelmente com o Insituto de Geociências e com o Instituto Oceanográfico. Algumas de nossas pesquisas recentes são financiadas pelos seguintes organismos/editais: NAP-MC/USP (INCLINE); FAPESP; FAPESP–FAPERJ; CNPq–IRD; FAPESP–ANR*, IAI* (*Propostas submetidas)

Marcio H.C. Gurgel, Cristiano Chiessi

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: América do Sul, Atlântico Sul, Paleoceanografia, Mudanças ClimáticasContato: USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 1029,E-mail: [email protected]

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Resultados e aplicaçõesem classificações de grupos

Os sistemas hipercomplexos, inicialmente definidos por Hamilton, são uma generalização natural da álgebra dos quatérnios. Nesse sistema, o produto é definido a partir do produto de todos os pares dos elementos que constituem as unidades básicas desse sistema. Seja G um grupo e R um anel associativo com unidade, os anéis de grupo RG são sistemas hipercomplexos, cujas unidades básicas são elementos de um grupo, [capítulo III, 7]. Quando o grupo é infinito, os elementos deste anel são somas finitas de combinações lineares rg g, g em G, rg em R. O anel de grupo RG, portanto, é um R-módulo livre com base G cuja multiplicação é induzida pela multiplicação de G. O conjunto dos elementos u em RG para o qual existe um inverso multiplicativo u-1, tal que uu-1=u-1u=1 é denominado grupo de unidades de RG, denotado por U(RG). Dada uma propriedade teórica de grupos, podemos classificar os anéis R e os grupos G para o qual o grupo de unidades de RG satis-faça esta propriedade. Em geral, a classificação, quando obtida, permite obter novos resultados e aplicações, ver [1,2,3,4,5,6,7]. Neste seminário, iremos apresentar alguns resultados obtidos quando consideramos R o anel de inteiros de extensões quadráticas racionais e uma propriedade de grupos relacionada aos grupos hiperbólicos [5]. Nossa ênfase é o caso quando o grupo de unidades está relacionado a uma variedade hiperbólica tridimensional. Como aplicação, apresentamos a construção de pares de unidades que geram um grupo livre de posto dois, [6] e a determinação de um conjunto de unidades que geram um subgrupo do grupo de unidades cujo índice é finito [1]. Estes dois resultados estão relacionados a importantes linhas de pesquisa em álgebra, [9].

Antonio Calixto de Souza Filho

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: anéis de grupo, unidades, grupos hiperbólicos, propriedade hiperbólica,grupos livres, bissetores de Poincaré.

Projeto pesquisa: auxílio regular, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), processos 2011-11315-7, AM andamento e 2008/57930-1, concluído.[1] De A. E Silva, A., Jespers, E., Juriaans, S. O., Kiefer, A., Souza Filho, A. C. Poincaré Bisectors in Hyperbolic Spaces, artigo em fase de preparação.[2] De A. E Silva, A., Juriaans, S. O. Souza Filho, A. C. Traces of Torsion Units, preprint.[3] Iwaki, E., Juriaans, S. O., Souza Filho, A. C. Hyperbolicity of Semigroup Algebras, J. Algebra 319, (12)(2008), 5000-5015.[4] Iwaki, E., Jespers, E., Juriaans, S. O., Souza Filho, A. C. Hyperbolicity of Semigroup Algebras II, J. Algebra Appl. 9 (2010), no. 6, 871--876. [5] Juriaans, S. O., Passi, I. B. S., Souza Filho, A. C. Hyperbolic Unit Groups and Quaternion Algebras, Proc. Indian Acad. Sci. (Math. Sci.) 119 (1) (2009), 9--22.[6] Juriaans, S. O., Souza Filho, A. C. Free groups in Quaternion Algebras, aceito para publicação no Journal of Algebra.[7] Juriaans, S. O., Souza Filho, A. C. Alternative algebras with hyperbolic unitloops, artigo em revisão.[8] Polcino-Milies, C., Sehgal, S. K. An introduction to Group Rings, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, 2002.[9] Sehgal, S. K. Units in Integral Group Rings, Longman, Harlon, 1994.

Contato: Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 30911075, E-mail: [email protected]

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Perspectivas para pesquisa,desenvolvimento, extensãoe ensino em Infraestruturade Dados Espaciais (IDE).

Através do Decreto Presidencial nº 6.666, de 27 de novembro de 2008 foi instituída a “Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais” (INDE). Este decreto determinou que a Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR) elaborasse um “Plano de Ação Para Implan-tação da INDE, o qual foi publicado em janeiro de 2010. Com isso, as instituições públicas responsáveis pela produção de dados e informações geoespaciais oficiais do Brasil, estão sujeitas e obrigadas a cumprir o referido decreto. A INDE tem um caráter interdisciplinar e é definida como o “conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e procedi-mentos de coordenação e monitoramento; padrões e acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital e municipal.” (www.in-de.gov.br ) e (BRASIL, 2008) A INDE pretende auspiciar condições para o estabelecimento de normas, especificações e protocolos que permitam a interoperabilidade de conteúdos e serviços, que facilitem e incentivem o acesso e uso da Informação Geográfica por toda a sociedade. Neste contexto o Grupo de Estudos e Pesquisas em Infraestrutura de Dados Espaciais (GEPIDE) atua em 3 linhas de pesquisa: a) Desenvolvimento tecnológico e científico da IDE; b) Educação e Difusão de IDE e c) IDE para Gestão Pública, Ambiente e Sociedade. Devido ao caráter interdisciplinar das IDEs e as demandas por conhecimentos e soluções geradas por essa nova lei, abre-se um enorme campo para pesquisas, desen-volvimentos, extensão e ensino para as universidades e institutos de pesquisa. Uma inicia-tiva neste sentido foi a criação da Rede INDE-Academia, que ocorreu dia 26/09/2012 durante a I Jornada INDE Academia com o objetivo de aproximar a academia da iniciativa INDE. O GEPIDE conta com o apoio do Laboratório de Computação Geospacial (LACO-GEO) da EACH e da Red de Laboratorios de Tecnologia de la Información Geografica (LatinGEO) para a execução de seus projetos.

Homero Fonseca Filho¹, Werner Leyh¹⁻², Delhi Teresa Paiva Salinas¹,Valéria Cazetta¹; João Porto de Albuquerque³, DouglasCorbari Corrêa⁴,

María Ester Gonzalez⁵, Miguel Ángel Bernabé Poveda⁵, Beatriz Paula Leite¹⁻⁶ Guilherme Andretta Pompermayer¹⁻⁶, Marcelo Gaioso Werneck¹⁻⁷

¹Universidade de São Paulo/EACH , São Paulo, SP, Brasil²Ministério da Saúde/Brasília, DF, Brasil

³Universidade de São Paulo/ICMC, São Carlos, SP, Brasil⁴Exército Brasileiro/5ª Divisão de Levantamento, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

⁵Universidad Politecnica de Madrid/ETSITGC, Madri, Espanha⁶Bolsista do Programa Ensinar com Pesquisa/PRG/USP

⁷Bolsista do Programa Aprender com Cultura e Extensão/PRCEU/USP

Palavras-Chave: Sistemas de Informações Geográficas, Geoportal, Geoprocessamento

[1] BRASIL – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Plano de Ação para implantação da INDE: Infraestrutura nacional de dados espaciais. Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR), 203 p. Rio de Janeiro, 2010.

Contato: Homero Fonseca Filho. USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8835, E-mail: [email protected]

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O uso de técnicas de modelagemnumérica no contexto

das Ciências Espaciais

A Astronomia romântica, de contemplação do universo infinito, infelizmente, não existe mais. A exploração do conhecimento dos segredos do Cosmos se faz hoje de uma maneira mais técnica, tanto do ponto de vista observacional como teórico. Particularmente no caso teórico, a modelagem numérica tem ganhado cada vez mais espaço e demandas desde o desenvolvimento de computadores com alto poder de processamento. Também, a aproxi-mação entre as distintas áreas como desenvolvimento de sistemas de informação, matemática aplicada, física básica, engenharia civil e eletrônica, e muitas outras, fazem da Astronomia uma ciência intrinsecamente interdisciplinar. Nesta apresentação discutirei o papel da modelagem numérica no desenvolvimento da Astronomia Moderna. Também, irei mostrar como parte deste tema tão instigante faz parte da pesquisa desenvolvida aqui na EACH.

Diego Falceta Gonçalves

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: astronomia, modelagem matemática, simulações numéricas

Contato: USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Influência da circulação de brisamarítima no desenvolvimento

da Camada Limite Atmosférica eimplicações para a concentração de

monóxido de carbono na RegiãoMetropolitana de São Paulo

A Camada Limite Planetária (CLP) é a porção da atmosfera mais próxima à superfície e, portanto, a concentração de poluentes nessa camada determina a qualidade do ar de uma região[1]. Diversos fatores, tanto físicos (topografia, ocupação do solo) como meteorológi-cos (vento, umidade e temperatura do ar), contribuem para o desenvolvimento da CLP, bem como para as características da circulação atmosférica nessa camada, por exemplo a influência da brisa marítima[2], consequentemente afetando a distribuição espacial e evolução temporal da concentração de poluentes[3]. O presente projeto visa estudar a influência da brisa marítima no desenvolvimento da CLP da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e contribuir para o conhecimento acerca da concentração, transporte e dispersão de poluentes, especialmente o monóxido de carbono (CO), nessa região. Para tanto, primeiramente serão realizadas análises estatísticas dos dados disponíveis de concentração de CO e de variáveis meteorológicas em diversos pontos da região, forneci-dos pelas estações meteorológicas e pelas estações de monitoramento da CETESB. Essas análises promoverão uma imagem da distribuição espacial e evolução temporal da concentração de CO na RMSP e serão também utilizadas para calibração de simulações numéricas. Então, será realizado um estudo numérico do desenvolvimento da CLP e da evolução da concentração de monóxido de carbono, utilizando-se o modelo atmosférico TVM-NH acoplado ao Modelo de Dossel Urbano de Martilli[4]. Pretende-se, ao final do projeto, ter uma melhor compreensão dos fatores físicos e meteorológicos que determinam o desenvolvimento da CLP e a distribuição espacial e evolução temporal da concentração de CO na RMSP.

Flávia Noronha Dutra Ribeiro¹, Luana Antunes Tolentino Souza²

¹Prof. Dra. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil²Aluna de Iniciação Científica, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Camada Limite Planetária, brisa marítima, modelo numérico,monóxido de carbono.

[1] A. Martilli, P. Thunis, F. Müller, A.G. Russel, A. Clappier. Environ. Model. & Software. 17 (2002), 169-178.[2] A.P. Oliveira, R.D. Bornstein, J. Soares. Water, Air and Soil Pollution: Focus. 3 (2003) 3-15.[3] G. Codato. (2008) Dissertação de Mestrado. Departamento de Ciências Atmosféricas, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, 94 pp.[4] M.V.B. Morais. (2010) Dissertação de Mestrado. Departamento de Ciências Atmosféricas, Instituto de Astronomia, Geofísi-ca e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, SP, Brasil, 92 pp.

Contato: USP/EACH, Av. Arlindo Béttio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Dia 8 denovembro

quinta-feira

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Mesa Redonda 1Propriedade Intelectual

Palestrantes participantes na Mesa Redonda 1 do II Seminário de Pesquisa.

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Resumos Sessão 58 de novembro, quinta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 05 do II Seminário de Pesquisa.

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Adaptação ao claro/escuro ambiental:sobre genes e circuitos

O ciclo claro/escuro dado pela rotação da terra em torno do seu eixo e em torno do sol é considerado uma das mais fortes pistas temporais que sincronizam os ritmos circadianos. Devido à inclinação do eixo norte/sul da terra em relação ao plano do sol, a energia lumino-sa, derivada deste, atinge a terra diferencialmente dependendo da latitude, resultando numa enorme variabilidade nos níveis de insolação, e duração do dia iluminado ao longo do clina latitudinal. Praticamente todos os processos fisiológicos num organismo animal são regulados por este sinal vindo do claro/escuro ambiental. Os núcleos supraquiasmáti-cos, localizados no hipotálamo, são o primeiro passo no processamento nervoso do sinal temporal associado ao claro/escuro e o sinal processado ai se espalha por uma rede de núcleos, no próprio hipotálamo, de onde emerge a regulação circadiana do sistema nervo-so autônomo, dos sistemas endócrino e muscular e consequentemente do comportamen-to. Parte do processamento deste sinal está associado com a expressão gênica; um grupo de genes, conhecido como genes relógio, estão diretamente envolvidos com a manutenção e regulação dos ritmos circadianos no organismo. Variações nestes genes, como polimorfismos e mutações, estão associados com comportamentos circadianos particulares ou aberrantes. A forte associação entre estes genes a as condições de lumi-nosidade derivadas da posição da terra no sistema solar, os faz fortes candidatos a seleção natural associada ao claro/escuro ambiental. O estudo destes genes e suas inter-ações com as condições ambientais resulta numa melhor compreensão da evolução humana associada com as variações anuais do ciclo claro/escuro ambiental ao longo do clina latitudinal e suas consequências para saúde e organização social humana.

Mario Pedrazzoli

Escola de Artes, Ciências e Humanidades, USP.

Palavras-Chave: Cronobiologia, Ritmos circadianos, Sono, Latitude, Genética

Contato: [email protected], Mario Pedrazzoli

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Descobrir vermes crípticospara conservar habitats biodiversos

Brasil, país megabiodiverso, abriga na mata Atlântica uma enorme riqueza de endemismos biológicos. O seu desmatamento causou a extinção de milhares de espécies, mesmo antes de terem sido conhecidas. Uma medida eficaz para frear a extinção de espécies é a imple-mentação dos chamados corredores ecológicos. Os corredores são faixas de vegetação criadas para reconectar manchas florestais que outrora formavam um continuum de vege-tação; facilitam o fluxo gênicos e de organismos entre as manchas e, assim, asseguram a conservação das espécies.

Nosso trabalho está atualmente voltado para o estudo das planárias terrestres (Platyhel-minthes) em três vertentes: (a) descoberta e descrição de novos táxons; (b) detecção de áreas de endemismo; e (c) avaliação da efetividade do Corredor da Serra do Mar. As planárias terrestres são animais crípticos de microhabitats úmidos do solo. Possuem limitações fisiológicas que impedem sua sobrevivência em ambientes secos e dificultam sua dispersão. Seu elevado grau de endemicidade geográfica espelha a riqueza biótica local. Por estes motivos são animais ótimos em estudos filogeográficos aplicados à bioconservação e para a detecção de regiões de excepcional riqueza biótica.

Em 2007 empreendemos os trabalhos de campo na mata Atlântica do Estado do ES até o do RS. Coletamos ca. 4000 animais de ca. 200 espécies. Gradualmente estamos descrevendo as espécies desconhecidas pela ciência, ao menos 70. Algumas espécies são crípticas -anatômica e histologicamente semelhantes-, e foram apenas ser reconheci-das por suas sequências únicas de ADN. Os primeiros resultados da distribuição geográfi-ca das espécies indicam que as florestas do ES, RJ e parte de SP têm extrema importância biológica em razão do grande número de espécies ocorrentes exclusivamente em cada área.

Para a avaliação da efetividade do Corredor sequenciamos dois genes (COI e ITS-1) de 200 indivíduos da planária Cephaloflexa bergi, coletados nos estados abrangidos pelo Corredor (RJ, SP, PR) e também no ES e SC. Com as sequências reconstruímos a genealo-gia dos espécimes. Obtivemos três grandes linhagens, isoladas entre si faz ca. 7-10 milhões de anos por barreiras geológicas, estas localizadas dentro e fora do Corredor. Isto significa que, no passado, a área do atual Corredor possuia barreiras internas que obstacu-lizavam o fluxo gênico. Portanto (a) o Corredor deveria ser redimensionado; e (b) não dever-iam ser prioritariamente reconectadas manchas de floresta adjacentes que abriguem linha-gens diferentes, mas manchas nas que ocorrem animais da mesma linhagem.

Júlio Francisco Hisada Pedroni¹, Celso Barbieri Júnior¹,Ana Laura Almeida¹, Yasmin Patrícia Oliveira¹,Marcos Santos Silva¹,Amanda Cseh¹, Marta Álvarez-Presas², Alejandro Sánchez-García²,

Marta Riutort², Julio Rozas² e Fernando Carbayo¹

¹Laboratório de Ecologia e Evolução, EACH, USP, São Paulo, SP, Brasil²Departamento de Genética, Universitat de Barcelona, Espanha

Palavras-Chave: Tricladida, planárias, filogeografia, taxonomia, bioconservação

Contato: Fernando Carbayo, Tel: (11)30918102, E-mail: [email protected]

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Ecologia sensoriale interação presa-predador

em opiliões (Arachnida, Opiliones)

Nessa apresentação tratarei de duas linhas de pesquisa centrais do LESCA (Laboratório de Ecologia Sensorial e Comportamento de Artrópodes) da EACH USP. O laboratório foi fundado em 2009 e quase todos os dados de que dispomos foram coletados pelos alunos do Lesca citados acima, sendo que em alguns projetos contamos com auxílio de profes-sores colaboradores de fora do laboratório. A ecologia sensorial visa estudar os processos pelos quais as informações do mundo exterior são obtidas e como se dá a resposta a elas pelos animais. Dado que a quimiorrecepção parece ser a modalidade mais importante para opiliões, abordamos a importância dessa modalidade sensorial na aprendizagem associa-tiva, no retorno ao abrigo, na detecção de alimentos, co-específicos e predadores. Também estudamos como determinadas estruturas sensoriais e glandulares evoluíram em grandes linhagens da ordem Opiliones e realizamos trabalhos no campo que nos auxiliam a interp-retar nossos dados de laboratório. Na linha de interação presa-predador, abordamos arac-nídeos em geral, mas em particular os opiliões, que são modelos interessantes por serem exceção dentre presas: eles não detectam grande parte de seus predadores antes de tocarem neles. Abordamos então detalhes das interações entre opiliões e aranhas, um dos principais predadores do grupo: a detecção dos opiliões por elas, o comportamento de captura das aranhas e a eficácia das defesas dos opiliões. Conduzimos estudos comporta-mentais experimentais e descritivos e trabalhamos com morfologia interna e externa para obter resposta às nossas perguntas.

Rodrigo Hirata Willemart¹, Jessica Campanha¹, Luanda Abrão Carvalho¹,Thaiany Miranda Costa¹, Barbara Crespo Dias¹, Nathalia Fernandes²,

Guilherme Gainett³, Bruna Taques Gomes¹, Gabriel Pimenta Murayama⁴,Erika Portela⁵, Gilson Costa Santos¹, Norton Felipe Santos-Silva¹,

Guilherme Ferreira Pagoti¹, Júlio do Monte Gonzalezde Segovia⁶, Elene Silva Souza¹

¹EACH USP²UNIFESP

³IBUSP⁴UFTM⁵UFAM⁶UFU

Palavras-Chave: comunicação química, quimiorrecepção, forrageio, mecanismos de defesa

Financiamento FAPESP

Contato: R.H. Willemart, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Microambientes para conservaçãode bens históricos-culturais

A preocupação com a conservação de patrimônio cultural vem experimentando no Brasil um crescimento muito expressivo, ultrapassando os limites da comunidade de conserva-dores e restauradores e atraindo cada vez mais a atenção de pesquisadores de outras áreas, tanto das ciências exatas como das humanas, se configurando assim como um campo de caráter interdisciplinar da pesquisa. Um aspecto particularmente importante, nesse contexto, é aquele relacionado com a degradação de materiais, uma vez que a com-preensão dos mecanismos responsáveis por tais processos é essencial na determinação dos procedimentos a serem adotados na preservação de bens culturais. A natureza e a rapidez do decaimento dos materiais são inevitavelmente afetadas pelo nível de estresse infligido por fatores ambientais tais como calor, umidade e radiação luminosa, o que explica os esforços voltados ao seu monitoramento (e controle) em edifícios destinados à preservação do patrimônio cultural. No entanto, o mero monitoramento destes fatores ambientais nas áreas de conservação é uma aproximação valiosa, porém limitada, ao problema seja porque se baseia no acompanhamento de parâmetros individuais sem levar em conta seu efeito sinérgico, seja porque desconsidera as efetivas mudanças molecu-lares, que antecedem o dano macroscopicamente visível e que são decorrentes das inter-ações físicas e químicas no complexo sistema na interfase. Além disso, percebe-se cada vez com mais vigor que estudos dessa natureza precisam resultar também em investi-gações sobre formas e modelos de gestão dos espaços e dos acervos, integrados com um conhecimento profundo dos parâmetros microambientais e de suas interações com os materiais. Nesse paper, são apresentados, em síntese, os trabalhos realizados nos últimos anos por um grupo de pesquisa formado por alunos de graduação, pós-graduação e pós-doutorado da EACH-USP e que abrangeram tanto o desenvolvimento de novas tecno-logias focadas na compreensão das interações microambientes-materiais e na avaliação da qualidade de atmosferas interiores de museus e outras áreas de conservação, como processos de diagnóstico, seja do meio físico seja dos determinantes antrópicos na gestão de espaços. As investigações abrangeram trabalhos de laboratório e de campo, com o envolvimento de importantes parceiros, entre os quais o Museu Paulista, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, igrejas barrocas da região histórica de Minas Gerais.

Andrea Cavicchioli, Carlos Antônio Neves,José Roberto Caetano da Rocha, Salete Perroni,

Priscila Alegre, Renato Inhasz Paiva, Ericka Pardini Morrone,Ravi Orsini, Felipe Andrade, Guilherme Ranieri Reis, Danilo Sato

Escola de Artes, Ciências e Humanidades -Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Bens culturais, Museus, Microambientes

1 - G. Thomson, The Museum Environment, 2a ed., Butterworth-Heinemann, Oxford (1986), 308 pp. 2. - O.F. van den Brink, G.B. Eijkel, J.J. Boon, Thermochim. Acta, 365 (2000) 1-24 3. - M. Cassar, Environmantel Management Guidelines for Museums and Galleries, Routledge, London 1994, 180 pp.

Contato: Andrea Cavicchioli, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 1058, E-mail: [email protected]

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Impactos da agricultura industrialsobre a biodiversidade aquática

A demanda por comida, fibras e biocombustíveis imposta por uma população humana em crescimento vertiginoso torna a agricultura industrial uma atividade produtiva essencial. Ocorre que a agricultura é uma das atividades humanas mais danosas ao meio ambiente, estando diretamente envolvida na destruição e degradação de habitats nativos, na intro-dução de espécies exóticas, no sobreconsumo de recursos hídricos, na geração de gases estufa e na contaminação de ar, água e solos por fertilizantes e pesticidas.

Neste projeto testamos a hipótese de que a expansão das principais culturas de biocom-bustíveis do país - cana-de-açúcar para etanol e soja para biodiesel - tem impacto substan-cial sobre comunidades biológicas em ecossistemas de água doce, e que parte significati-va destes impactos pode ser direta ou indiretamente atribuída ao emprego de pesticidas e fertilizantes. Mais do que documentar impactos, este projeto propõe entender alguns dos principais mecanismos através dos quais estes impactos são gerados. Propõe também validar, para ambientes tropicais, metodologias de pesquisa empregadas em estudos ecológicos e ecotoxicológicos em ambientes temperados, bem como estabelecer as bases para o desenvolvimento de um sistema de bioindicação para a contaminação de corpos d´água por agroquímicos.

A busca por estas respostas está baseada num programa de pesquisa abrangente envol-vendo amostragem, experimentação; e modelagem; bem como compilação e síntese de bibliografia relevante em bases de dados. O componente amostral é baseado em amostra-gens quantitativas de produtores, consumidores e predadores em corpos d´água replica-dos distribuidos ao longo de um gradiente de degradação ambiental (floresta < pastagem < plantação) em dois contextos de campo de grande relevância ambiental, social e econômica: o interior de São Paulo, tradicional produtor de cana-de-açúcar, e as Cabecei-ras do Rio Xingu, fronteira da expansão da soja no Mato Grosso. O componente experi-mental é realizado em escalas múltiplas – laboratório, mesocosmos e campo – na busca por estabelecer relações de causa-e-feito entre processos hipotetizados e padrões obser-vados na natureza.

Luis Schiesari, Paulo Ilha¹⁻², Eleonora de Domenico², Mariana F.Moutinho¹⁻², Bianca G. dos Santos¹⁻², André Gulfier¹, Larissa Bellezi¹,

Daniel D. B. Negre¹⁻², Antonio Carlos da Silva², Ilberto Calado¹,Carlos Navas², Fernando Gomes², Alex Krusche³, Maria O. Rezende⁴,

Evaldo G. Espíndola⁵, Eduardo Almeida⁶, Britta Grillitsch⁷, Theo Brock⁸

¹EACH-USP²IB-USP

³CENA-USP⁴IQSC-USP

⁵CRHEA-USP⁶UNESP-SJRP

⁷Universidade de Medicina Veterinária de Viena,Austria⁸Instituto Alterra, Wageningen, Holanda

Palavras-Chave: ecologia, ecotoxicologia, biodiversidade, agricultura, pesticidas

Financiado pela FAPESP, CNPq e IFC/Banco Mundial

Contato: Luis Schiesari, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, Av Arlindo Bétio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 30918120, E-mail: [email protected]

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Resumos Sessão 68 de novembro, quinta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 06 do II Seminário de Pesquisa.

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Processamento gráfico para auxílioao diagnóstico e treinamento médico

O Laboratório de Aplicações de Informática em Saúde (LapIS) tem como foco de pesquisa a definição e a implementação de técnicas computacionais para aplicações na área de sáude. Suas principais linhas de pesquisa e desenvolvimento são ferramentas para treina-mento médico virtual, recuperação de dados multimídia com base em conteúdo, avaliação de ferramentas para treinamento em ambientes virtuais tridimensionais e análise de movi-mentos para o desenvolvimento físico, cognitivo e de prevenção de doenças. Em treina-mento médico são construídas ferramentas para simular exames de biópia usando técni-cas de Realidade Virtual e Processamento de Imagens. Os resultados geraram um frame-work que auxilia na criação dessas ferramentas, com já implementadas para criar um ambi-ente virtual, detectar colisão e executar deformação de tecidos moles [1]. Na área de recu-peração de imagens baseada em conteúdo (CBIR – Content-based Image Retrieval) estão sendo desenvolvidos trabalhos para extrair características de imagens bidimensionais e tridimensionais a fim de auxiliar no auxílio ao diagnóstico [2] e definidas técnicas que permitam avaliar com eficiências software com saídas gráficas [3]. Em relação à análise de movimentos, pesquisas com uso de dispositivos NUI (Natural User Interface), como o Kinect, têm sido realizadas com o objetivo de desenvolver técnicas que permitam a criação e a avaliação de softwares para a análise de movimentos aplicada ao campo de desen-volvimento físico e prevenção de doenças.

Fátima L. S. Nunes¹, Helton H. Bíscaro² e Luciano V. Araújo²

¹Laboratório de Aplicações de Informática em Saúde (LApIS)²Escola de Artes, Ciências e Humanidades - Universidade de São Paulo

Palavras-Chave: treinamento médico virtual, realidade virtual, processamento gráfico,detecção de movimentos, Natural User Interface, estruturas de dados, recuperação baseadaem conteúdo

As pesquisas do LApIS têm financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Medicina Assistida por Computação CientíficaAssistida por Computação Científica (INCT-MACC). [1] A. C. M.. T. G. Oliveira, Nunes, F. L. S. “Building an open source framework for virtual medical training” Journal of Digital Imaging, vol. 23, n. 6, pp. 706–720, 2010.[2] L. C. C. Bergamasco, Nunes, F. L. S. Recuperação de imagens por conteúdo utilizando Lógica Fuzzy - um estudo de caso sobre imagens faciais” In: VII Workshop de Visão Computacional, 2011. Anais do VII Workshop de Visão Computacional, vol. 1. pp. 324-329, 2011.[3] M. E. Delamaro, F. L. S. Nunes, R. A. P. Oliveira “Using concepts of content-based image retrieval to implement graphical testing oracles”, Software Testing, Verification & Reliability, 2011.

Contato: Fátima L. S. Nunes, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 99714 69738, E-mail: [email protected]

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Drosophila como modelo paraestudos de regulação da expressão

gênica e formação do corpo

A Drosophila é um organismo-modelo muito difundido nas áreas de genética e biologia molecular. Essa espécie também foi fundamental para a consolidação da biologia do desenvolvimento a partir dos anos 80. O escopo dessa disciplina é investigar a atuação de moléculas reguladoras responsáveis pela coordenação do programa genético para o desenvolvimento. No zigoto, o genoma é paulatinamente acionado por fatores de transcrição que controlam a expressão espacial e temporal de genes, gerando a formação do padrão corporal. A Drosophila tem sido muito estudada, pois se sabe que ela é repre-sentativa dos mecanismos moleculares fundamentais responsáveis pelo desenvolvimento de animais invertebrados e mesmo de vertebrados. Nessa espécie, verificou-se que a definição da polaridade e do eixo antero-posterior ocorre por meio de uma cascata de fatores de transcrição que geram informação posicional no embrião. [1] Nesse contexto, estudamos no laboratório os processos responsáveis pela transcrição de genes que organ-izam a região anterior do embrião, que instruem para a formação da futura cabeça da larva e do adulto. Estudos do nosso grupo realizados nos últimos anos, [2], [3], [4] apontam para um mecanismo envolvendo vários fatores que reprimem a transcrição de genes-alvo, defin-indo seus domínios de expressão. Aqui apresento metodologias que empregamos nesses estudos; experimentos de genética com mutantes e transgênicos, que geram respectiva-mente deficiência e expressão ectópica de genes reguladores, permitindo análise dos efeitos dessas modificações em genes alvo no embrião. Com professores colaboradores da EACH desenvolvemos ferramenta para mensurar essas modificações, e por bioin-formática, inspecionamos regiões do DNA sujeitas à atuação direta dos reguladores. [2], [3] Recentemente iniciamos experimentos para testar a interação de reguladores no DNA do nosso grupo do nosso grupo in vivo e in vitro.

Luiz Paulo Andrioli

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: transcrição, expressão gênica, desenvolvimento, formação de padrão,segmentação, Drosophila

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP/REF.: 2011/00096-2). [1] Andrioli, L.P. 2012. Towards new Drosophila paradigms. Genesis 50(8): 585-98.[2] Andrioli, L.P., Vasisht, V., Theodosopoulou, E., Oberstein, A., Small, S. 2002. Anterior repression of a Drosophila stripe enhancer requires three position-specific mechanisms. Development, 129(21): 4931-4940.[3] Andrioli, L.P., Digiampietri, L.A., de Barros, L.P., Machado-Lima, A. 2012. Huckebein is part of a combinatorial repression code in the anterior blastoderm. Dev., Biol. 361(1): 177-185.[4] Ribeiro, T.C., Ventrice, G., Machado-Lima, A., Andrioli, L.P. 2010. Investigating Giant (Gt) repression in the formation of partially overlapping pair-rule stripes. Dev. Dyn., 239(11): 2989-2999.

Contato: USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 888, E-mail: [email protected]

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A pesquisa em Botânica:do campo à bancada, a instigante

investigação da diversidade

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Os estudos em Biodiversidade são imprescindíveis para indicar caminhos que possibilitem a existência harmônica entre as atividades humanas e a Natureza. Os dados originados por estes estudos devem subsidiar ações que diminuam as perdas de biodiversidade devidas às práticas humanas e também estabelecer programas adequados ao manejo e à conservação de espécies. A Botânica dedica-se ao estudo das plantas, as senhoras da vida, em diversas escalas, desde o molecular até o ecossistêmico. O presente grupo de pesquisa atua, principalmente, em sistemática, florística e fitossociologia, áreas que integram dados gerados pelas demais áreas da botânica, e também de áreas como bioge-ografia, matemática, bioinformática. As pesquisas em andamento no Laboratório de Diver-sidade Vegetal estão focadas em Angiospermas, as plantas com flores e frutos. Em sistemática, as pesquisas estão centradas em duas famílias botânicas, Campanulaceae (cerca de 2000 espécies) e Asteraceae (cerca de 23000 espécies). Para Campanulaceae são conduzidas investigações de levantamentos no Brasil, principalmente em áreas de altitude, com destaque para os campos rupestres. Siphocampylus, um gênero neotropical, está sendo revisado para o Brasil, utilizando-se dados de diferentes fontes para estabe-lecer sua filogenia, entre eles, os de seqüenciamento do intron rps16 e de regiões intergênicas como trnL-F e trnH-psbA, homólogos de carbono de alcanos, MEV da cera foliar e da testa das sementes. Asteraceae é uma família botânica extremamente impor-tante em estudos de biodiversidade, pois tem alta taxa de especiação, com muitos repre-sentantes herbáceos de grande capacidade na ocupação de áreas antropizadas, cujas espécies são consideradas ruderais e/ou invasoras. A florística é parte dos levantamentos das duas famílias, mas também de formações vegetais em áreas naturais e antropizadas. A fitossociologia busca o conhecimento da estrutura das comunidades vegetais, com foco em todos os estratos ou em parte deles, como o herbáceo-arbustivo, ou o arbustivo-ar-bóreo. Dentro dos estudos em comunidades, outras pesquisas como chuva de sementes, recrutamento de plântulas e regenerantes, e banco de sementes do solo também são parte das investigações do grupo. Os levantamentos florísticos e fitossociológicos ocorrem tanto em áreas naturais como antropizadas, dentro dos domínios da mata atlântica e do cerrado. Outros enfoques do grupo de pesquisa são o ensino de botânica e a extensão. As coleções constituem meios para o ensino e a divulgação dos conhecimentos botânicos. O acervo botânico da EACH (Herbário SPFE) está em processo de formação, cuja proposta é compor uma coleção física (plantas herborizadas, carpoteca, espermatoteca, laminários) e virtual, cujos dados poderão ser acessados pela comunidade em geral.

Silvana Aparecida Pires de Godoy,Valeria Noronha da Costa, Cibele Cruz Dantas, Terezinha Braga Misao,

Viviane Cássia Capetine e Patrícia Leonel Galdino

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Sistemática vegetal, florística, fitossociologia, filogenia, fitoquímica,ensino e extensão em botânica.

Financiamentos: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), CNPq. Contato: S.A.P. de Godoy, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 30918145, E-mail: [email protected]

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Caminhos analítico-experimentaisdo Núcleo de Estudosem Biociências - NEB

O Núcleo de Estudos em Biociências (NEB) juntamente com o Laboratório de Ideias Cria-tividade e Artes (LICA) é formado por professores, estudantes e egressos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo e tem se dedicado a fazer ciência ao mesmo tempo em que reflete sobre este fazer. O trabalho desse grupo tem sido discutir e realizar projetos de pesquisa, buscando sempre ter em mente a subjetividade dos que fazem ciência e o impacto disso nos achados científicos, os desafios da ética e a reinvenção e reconstrução do conhecimento. Embora as abordagens investigativas desen-volvidas pelo NEB sejam basicamente experimentais, há sempre o cuidado para que as perguntas feitas não percam o contexto nem a conexão com o aspecto social, a elas vincu-lado e para que as orientações reflitam pressupostos pedagógicos que valorizam a autono-mia e raciocínio crítico do estudante. Atualmente, os projetos do grupo têm se articulado em torno do estudo in vitro de aspectos da fisiologia e bioquímica da célula produtora de insulina, no cenário do diabetes gestacional. Assim, parte do grupo dedica-se a carac-terizar os efeitos dos hormônios esteroides: progesterona, 17β-estradiol e estriol, sobre a morte de células produtoras de insulina e estabelecer possíveis relações desses efeitos com o surgimento do diabetes gestacional; enquanto outra parte estuda a interação desses hormônios entre si e de seus efeitos sobre a proliferação e fisiologia dessa célula. Estas vertentes derivaram do achado central, que foi o fato da progesterona induzir a morte das células produtoras de insulina, por um mecanismo que pode ser comum ao observado nos outros tipos de diabetes. Tais investigações contribuirão, decisivamente, para o melhor entendimento dos eventos que levam ao desenvolvimento do diabetes gestacional. Como forma de exercitar a produção do conhecimento contextualizada historica e socialmente, o NEB/LICA, com a colaboração de outros docentes da Escola, idealizou e realizou um novo modelo de evento científico onde se discutiu, de forma interdisciplinar, sobre vários aspec-tos do diabetes, da pesquisa e da produção do conhecimento nessa área. Acreditamos que o fazer científico articulado com a divulgação e produção do conhecimento e a formação de sujeitos éticos, críticos e responsáveis tem, sem dúvidas, uma contribuição significativa para a transformação social em direção à igualdade. E isso só nos parece possível alicerça-do no núcleo comum entre ensino, pesquisa e extensão.

Viviane Abreu Nunes, Clarissa Firmino, Samira Alvarez Sardella,Sarah Ingrid Farias, Anna Karenina Azevedo-Martins

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Diabetes gestacional, hormônios esteroides, apoptose de célula beta,estresse do retículo, divulgação científica.

Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP e Pró-Reitorias de Graduação, Pesqui-sa e Extensão da Universidade de São Paulo

Contato: [email protected], [email protected] (Vivinae Abreu Nunes) ou [email protected]

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Estudo do potencialBiotecnológico de Microorganismos

Microorganismos (fungos e bactérias) tem acompanhado a evolução e progresso da huma-nidade. Apesar de alguns serem patógenos e/ou prejudiciais para saúde e agropecuária, outros são benéficos, devido ao seu potencial metabólico que pode ser explorado em benefício do ser humano. Nosso laboratório realiza pesquisa para: (i) identificar, (ii) melhorar geneticamente, e (iii) explorar o potencial metabólico com fim biotecnológico de fungos e bactérias, coletados no estado de São Paulo. Assim, estudos para produção de enzimas celulases homólogas ou heterólogas, nativas e/ou recombinantes no fungo Tricho-derma reesei; identificação por 16S rRNA (bactérias) ou ITS (fungos); identificação de ativi-dade enzimática para degradação de biomassa e hidrocarbonetos; e produção de substân-cias inibidoras de crescimento celular por fungos e bactérias, estão em andamento. Metod-ologias de microbiologia, biologia molecular, sequenciamento de DNA, bioinformática, metagenômica, bioquímica e de expressão gênica, são utilizadas e realizadas no labo-ratório de Bioquímica e Biotecnologia de Proteínas (LBBP) da EACH.

Flavia G. Borges, Patrícia P. Adriani, Daysi Andrade, Philipe Bolzan,Fabio Pereira, Laura C. Tsuji, Danielle S. Lima, Raquel R. Carvalho,

Isabella Boni, Gabriel S. de Oliveira e Felipe S. Chambergo

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Enzimas, Promotores, Fungos, Bactérias, Biotecnologia, Expressão gênica.

Financiamento: Rede Bioenergia (BIOEN)-Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol.1. Chambergo, FS., Valencia, EY., Ferreira-Júnior, JR, Camilo, CM., Campana, PT. International Journal of Biological Macro-molecules. 2011.2. Salinas, RK, Camilo, CM., Tomaselli, S, Valencia, EY., Farah, CS., El-Dorry, H. and Chambergo, FS. Proteins, 2009.3. Chambergo, FS, Bonaccorsi ED, Ferreira AJS, Ramos ASP., Ferreira-Júnior JR, Farah JPS, Abrahão-Neto J and El-Dorry H. Journal of Biological Chemistry. 2002.

Contato: [email protected], Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8922.

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Figura 1. Identificação de atividade celulolítica em bactérias,pela técnica de vermelho de congo.

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Resumos Sessão 78 de novembro, quinta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 07 do II Seminário de Pesquisa.

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Grupo Interdisciplinarde Estudos do Lazer - GIEL/USP

O Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer - GIEL/USP está inserido na área predomi-nante de Ciências Sociais Aplicadas/ Turismo e teve sua formação em 2008, sendo lidera-do pelos professores doutores Ricardo Ricci Uvinha e Edmur Antonio Stoppa. É sediado na sala 2 do Prédio B3 da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, local que tem abrigado orientações de bolsistas e servido de espaço de reunião de preparação de diversos eventos científicos, entre outras inúmeras atividades de reconheci-mento da comunidade acadêmica temática. Enquanto repercussões dos trabalhos do grupo, o GIEL/USP reúne pesquisadores de distintas formações e atuações com perfil voltado aos Estudos do Lazer, com experiência em apresentações de trabalhos científicos nos principais eventos temáticos nacionais e internacionais. Tem como objetivo principal refletir a importância do Lazer como um campo fundamental para o desenvolvimento humano, entendendo tal esfera da vida como uma real oportunidade de aprimorar e ampliar as escolhas com liberdade nas nossas decisões diárias, mesmo reconhecendo as barrei-ras de acesso que se impõe nesse processo. Nesse sentido, abordam-se os Estudos do Lazer numa ótica interdisciplinar, ressaltando a colaboração de distintas áreas de conheci-mento, a partir das suas inter-relações na sociedade, tanto numa perspectiva nacional quanto internacional. As linhas de Pesquisa são: 1- Lazer, interdisciplinaridade e suas múltiplas relações na sociedade, com o objetivo de abordar os estudos do lazer numa ótica interdisciplinar, ressaltando a colaboração de distintas áreas de conhecimento tais como Turismo, Educação e Educação Física, a partir das suas inter-relações na sociedade, tanto numa perspectiva nacional quanto internacional; 2- Promoção da Atividade Física e do Lazer, com o objetivo de congregar projetos voltados à compreensão dos mecanismos, ações e estratégias que se dirigem à organização e implementação de políticas públicas e iniciativas sociais voltadas para a Promoção do Lazer e da Atividade Física nas esferas públicas, privada e no terceiro setor. As principais pesquisas desenvolvidas pelo Grupo até o momento foram: 1) Gestão de Esporte e de Lazer: análise dos espaços e equipamentos de esporte recreativo e de lazer em Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo, com início em 2009 e término em 2011; 2) A pesquisa no âmbito dos estudos do Lazer: um enfo-que nos periódicos científicos internacionais, com início em 2009 e término em 2011. Ambas contaram com o fomento do Ministério do Esporte/Governo Federal.

Edmur Antonio Stoppa, Juliana Pedreschi Rodrigues,Luiz Octávio de Lima Camargo, Reinaldo Tadeu Boscolo Pacheco

Ricardo Ricci Uvinha, Sidnei Raimundo

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Lazer. Turismo. Educação. Cultura. Atividade Física; Esporte.

Contato:1) Líderes: Ricardo Ricci Uvinha <[email protected]>; Edmur Antonio Stoppa <[email protected]>, 2) Website: www.each.usp.br/giel3) Email: <[email protected]>

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Grupo de Estudo e Pesquisa emHistória Oral e Memória da EACH/USP:

balanço de atividades

Fundado em 2009, na EACH/USP, por Valéria B. Magalhães e Ricardo Santhiago, o Grupo de Estudo e Pesquisa em História Oral e Memória (GEPHOM/USP) é um espaço de reflex-ão sobre questões teóricas e metodológicas que circundam a proposição e execução de estudos da história oral, memória e temas correlatos. Suas linhas de pesquisa incluem:

• História e Memória da Zona Leste de São Paulo e de Bairros;• História, narrativas e memória dos movimentos migratórios;• Memória do Turismo no Brasil;• Música e Memória;• Teoria e Metodologia de Pesquisa em História Oral.

Desde sua criação, temos desenvolvido diversas pesquisas com captação de recursos de agências financiadoras, orientamos alunos de iniciação científica e de mestrado e temos realizado eventos acadêmicos importantes no campo da história oral, além da produção contínua de publicações na área.

Nesta apresentação, serão descritos quatro projetos de pesquisa realizados no GEPHO-M/USP:

1. Lembranças de antigos moradores da Zona Leste de São Paulo: migrantes nordestinos e história de bairros, 2010-2012 – FAPESP. Pesquisadora: Valéria B. Magalhães.2. História oral e imigração: abordagem histórico-crítica da produção brasileira, 2010-21012 – CNPq. Pesquisadores: Valéria B. Magalhães e Ricardo Santhiago.3. A Música Italiana na Memória Coletiva da Imigração Paulistana - Projeto: Una musica dolce suonava... Pesquisadora: Valéria B. Magalhães. Coordenadora do projeto geral: Heloísa Valente.4. Brasileiros no Sul da Flórida: questões de orientação sexual. 2012-2014. Pesquisa-dores: Valéria B. Magalhães, Steven Butterman (Univ. Miami) e Rosana Resende (Univ. Flórida).

Todos esses projetos estão situados no campo dos estudos migratórios e utilizam o método da história oral, além de outras fontes de pesquisa.

Valéria Barbosa de Magalhães

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Imigração, memória, história oral, métodos qualitativos de pesquisa,movimentos migratórios

Contato: USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, sala T10c, São Paulo, SP, CEP: 03828-000 - Tel.: +55 11 3091 8881, E-mail: [email protected]

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Resumos Sessão 88 de novembro, quinta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 08 do II Seminário de Pesquisa.

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O Universo Feminino nadimensão do Ciclo Vital

Trata-se de um grupo de pesquisa recém-criado por docentes do Curso de Obstetrícia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH/USP), com área predominante em Ciências da Saúde, especificamente voltado para a saúde coletiva. Tem como objetivo contextualizar o universo feminino sob a ótica das ciências da saúde, humanas e sociais, propondo o desenvolvimento de pesquisas voltadas para a compreensão de demandas das mulheres durante o ciclo vital. Desenvolve duas linhas de pesquisa, sendo a primeira “A mulher no ciclo vital”, que se destina a compreender o univer-so feminino nas situações vivenciadas no ciclo vital e suas interações sócio-econômi-ca-político e cultural e a segunda “Políticas Públicas de Saúde”, que se propõe a acompan-har os desdobramentos das ações programáticas geradas pelas Políticas Públicas de Saúde, fundamentada no estudo e análise dos saberes, das práticas, dos recursos humanos, do mercado de trabalho e das políticas de saúde em sua dimensão histórica e social, propondo intervenções nas políticas e práticas de saúde. O grupo é composto por docentes do curso de Obstetrícia, docentes externos, funcionários da EACH/USP vincula-dos ao curso e discentes.

Lucia Cristina Florentino Pereira da Silva,Celia Regina Maganha e Melo, Patrícia Wottrich Parenti

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Estágios do Ciclo de Vida, Feminino, Direitos da Mulher, Assistência Integralà Mulher, Política de Saúde

[1] Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 163 p.[2] São Paulo (Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do prénatal e puerpério / organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras – São Paulo: SES/SP, 2010. 234p.[3] São Paulo (Município). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Desenvolvimento de Políticas e Programas de Saúde – CODEPPS. Encarte Técnico Assistência Obstétrica e Perinatal. Rede de Proteção à Mãe Paulistana / organizado por Julio Mayer de Castro Filho– São Paulo: Secretaria Municipal de São Paulo/SP, 2007. 17 p.

Contato: Docentes do Curso de Obstetrícia – Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: 11 30911020, E-mail: [email protected] / [email protected] / [email protected]

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Rede de promoção da atividadefísica de Ermelino Matarazzo,

Zona Leste, São Paulo

A importância das redes sociais para a promoção da saúde tem sido alvo de investigação e aparece como um fator importante para garantir a efetividade de ações, programas e políticas. Porém, especificamente para a área de promoção da atividade física há pouca informação no cenário nacional e internacional. O objetivo é realizar um diagnóstico das redes sociais de promoção da atividade física em Ermelino Matarazzo, na zona leste da cidade de São Paulo. No momento estamos em fase final de coleta de dados. Estamos utilizando como método o estudo de caso dividido em três fases. A primeira exploratória, a segunda mais sistemática do ponto de vista de coleta de dados, em que utilizaremos a entrevista e o método bola de neve, e a terceira fase consistirá na análise e interpretação sistemática dos dados coletados. Utilizaremos o software de análise de redes NodeXL. A análise também permitirá descrever e relacionar alguns componentes como colaboração, importância, liderança, contato e características dos indivíduos e instituições envolvidos na rede de promoção da atividade física desta região. Resultados esperados: a) mapeamento das instituições que oferecem programas de atividade física estruturados no distrito de Ermelino Matarazzo; b) mapeamento dos espaços utilizados para a prática de atividade física, estruturada ou não; c) aproximação e troca de experiências com os diferentes atores dos diversos setores que atuam na promoção da atividade física em Ermelino Matarazzo com o objetivo de empoderamento individual, coletivo e institucional para a promoção da atividade física; d) disseminação das instituições e dos espaços que promovem a atividade física no distrito de Ermelino Matarazzo para a população do distrito de Ermelino Mataraz-zo, por meio de informativos impressos e por meio eletrônico; e e) criação da rede de promoção da atividade física do distrito de Ermelino Matarazzo. Até o momento foram realizadas 29 entrevistas e nossas impressões iniciais foram: a falta de clareza dos limites do território como o distrito e subprefeitura; a entrevista estimula uma reflexão sobre o trabalho em rede e gera uma sensação de uma oportunidade não aproveitada; a dificul-dade de comunicação com as ONGs (associações de amigos de bairro, Clubes da Comu-nidade, Centros de Cultura, entre outros); dados desatualizados na Subprefeitura de Ermelino Matarazzo sobre os responsáveis pelas ruas de lazer e pelos Centros da Comuni-dade; uma rede de futebol ampla e atuante em Ermelino Matarazzo e região; metade dos entrevistados externos à USP não conhecem os projetos ou pesquisas desenvolvidos pela EACH; foram citadas 145 instituições ou pessoas como promotores de atividade física, porém não há clareza dos entrevistados sobre os limites territoriais do distrito de Ermelino Matarazzo, pois muitas instituições estão em outros distritos; a gestão dessas instituições é feita no tempo livre, pois a maioria possui outras atividades profissionais.

Douglas Roque Andrade, Lídia Caires Santos,Grace Kelly Lobo Bonfim e Leandro Martin Totaro Garcia

Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (GEPAF)Escola de Artes Ciências e Humanidades – Universidade de São Paulo

Palavras-Chave: Redes, Atividade Física, Promoção da Saúde, Parcerias e Cooperação.

Contato: [email protected] - Av. Arlindo Béttio, 1000 Ermelino Matarazzo, São Paulo - SP - 03828-000, Prédio A1 - 2º. - Sala 204P

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Efeito protetor do exercício fisicocontra o desenvolvimento

de obesidade e diabetes tipo 2

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs; diabetes, obesidade, aterosclerose, neoplasias, entre outras) tornaram-se um dos maiores problemas de saúde pública devido à elevada prevalência na população e ao impacto econômico gerado para o governo. De acordo com o Ministério da Saúde (2011), as DCNTs são responsáveis por 72% das causas de morte e de 75% dos gastos com atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Evidências na literatura demonstraram que o aumento do peso corporal e da adipo-sidade contribuem diretamente para o desenvolvimento das DCNTs, em especial o diabe-tes tipo 2, pois o tecido adiposo branco (TAB) atua na regulação da homeostasia energéti-ca e na sensibilidade à insulina através da sua atividade endócrina e de interações com reguladores neuroendócrinos. Considerando que a obesidade e o diabetes tipo 2 são resultantes da interação entre genótipo e fatores ambientais, desenvolver estratégias que envolvam os fatores ambientais, tais como a aquisição de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de treinamento físico, pode funcionar de maneira eficaz para a prevenção e o tratamento. No que diz respeito ao treinamento físico, as adaptações metabólicas observadas no tecido adiposo e no músculo esquelético são determinantes para o controle de peso corporal e prevenção do diabetes tipo 2. Sendo assim, o presente projeto de pesquisa tem por objetivo investigar o potencial do treinamento físico para a prevenção de obesidade e diabetes tipo 2, e o papel do tecido adiposo branco e do músculo esquelético nessa resposta. Para isso, foram utilizados camundongos C57BL/6 alimentados com dieta de cafeteria, submetidos ou não ao treinamento físico aeróbio. Entre os principais resulta-dos, observamos que o treinamento físico foi eficaz para a prevenção da obesidade e do diabetes tipo 2, e que adaptações metabólicas tanto no tecido adiposo quanto no músculo esquelético estão envolvidas nessa resposta.

Fabiana Sant´Anna Evangelista¹, Talita Sayuri Higa²,Rafael Cunha da Silva¹, Vanessa Cristina Fortunato Lima¹,

Flávio Mazzucatto2, Miriam Helena Fonseca-Alaniz³

¹Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, Brasil²Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, Brasil

³Instituto do Coração, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Brasil

Palavras-Chave: treinamento físico aeróbio; dieta de cafeteria; metabolismo energético;tecido adiposo; músculo esquelético; doenças metabólicas.

Apoio Financeiro: FAPESP (2011/02126-6), CNPq e CAPES

Contato: [email protected]

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Grupo de Estudo e Pesquisa Mulher & Saúde: Violência Doméstica

no período Gravídico-Puerperal

O grupo Mulher & Saúde: Violência Doméstica no Período Gravídico Puerperal / Diretório CNPQ, fundado em 2009, trata-se de um grupo multidisciplinar sustentado pela Teoria de Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva (TIPESC) que focaliza um projeto de cunho educativo e que tem por finalidade trabalhar a problemática da violência domésti-ca com foco nas mulheres grávidas, visando beneficiar a sociedade a brasileira e latino-americana. O projeto Mulher & Saúde apresenta como finalidade principal a escuta, relacionada com a educação e com a saúde, pautadas pelo terrível fenômeno da violência contra adoles-centes e mulheres grávidas compreendendo a necessidade de construir junto à estas mulheres um trabalho sensível à sua dor e ao processo da criação de novos significados sobre a vida de cada mulher a partir da expressão do seu próprio ser; realizando um trabalho coletivo, reflexivo e consciente, sem a pretensão de reparar danos, mas sim em resgatar importantes valores da vida e sim compartilhar, vivenciar e reescrever uma nova história , fortalecendo e respeitando profundamente a mulher.O grupo possui várias parcerias com universidades internacionais, dentre as quais desta-ca-se: Universitat de Barcelona- Espanha, U. Coimbra- Portugal e Universidad Nacional Mayor de San Marcos – Peru, U. Buenos Aires- Argentina e parcerias com diversos núcleos e grupos de Pesquisa (EEUSP, IPUSP) a nível nacional que trabalham a problemática da violência doméstica, onde o grupo tem participação ativa. O mesmo também desenvolve diversos projetos, eventos, publicações com apoio de programas da USP e agencias finan-ciadoras em diferentes patamares, que abrangem desde a prevenção da violência, diag-nóstico, intervenção e fundamentalmente promoção de uma maternidade saudável e sem violência.

Dora Mariela Salcedo Barrientos,Bruna Almeira Silva, Cibele Monteiro Macedo

Curso de Obstetrícia da Escola de Artes Ciências e Humanidadesda Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Grupo de estudo, Adolescentes, violência doméstica, gênero, saúde coletiva

Contato: [email protected]. Site: http://mulheresaude.com.br/

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Contribuições à pesquisa em água,saneamento e sustentabilidade

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O Grupo de Estudo e Pesquisa em Água, Saneamento e Sustentabilidade foi criado em 2009 e seu trabalho vem se materializando por meio de atividades científicas a partir de estudos interdisciplinares com interfaces entre o desenvolvimento, a saúde humana e ambiental e suas correlações com a água e serviços de saneamento. Alguns dos projetos de pesquisa desenvolvidos pelo grupo são relacionados a esgoto sanitário e lixiviado de aterro sanitário: (1) Wetland Construído Piloto: pós-tratamento de efluente de reator UASB: teve por objetivo implantar e monitorar três unidades de tratamento de esgotos por wetlands construídos, no pós-tratamento de um Reator UASB. A implantação das unidades ocorreu na Estação de Tratamento da EACH/USP. Foram implantadas duas unidades wetlands de fluxo vertical e uma de fluxo horizontal, ambas com macrófitas emergentes (Typha domingensis). (2) Tratamento de esgoto sintético em wetland construído de banca-da: buscou-se avaliar o desempenho de dois sistemas de wetlands construídos de subsuperficial (vertical ascensional e horizontal) em escala de bancada no tratamento de esgoto sanitário sintético. A macrófita aquática Typha domingensis foi usada devido a sua grande ocorrência em regiões temperadas e tropicais e por apresentar níveis significativos de absorção de nitrogênio e fósforo. (3) Tratamento de lixiviado de aterro sanitário em wetland construído de bancada: teve por objetivo avaliar o tratamento de lixiviado proveniente de aterro sanitário da Região Metropolitana de São Paulo por processos biológicos, físicos e químicos, de forma a contemplar tecnologias mais simples, visando à remoção de matéria orgânica biodegradável, recalcitrante, nitrogênio amoniacal e compos-tos inorgânicos. As espécies vegetais selecionadas foram: Cyperus papyrus, Heliconia psittacorum e Gynerium sagittatum. (4) Tratamento de lixiviado de aterro sanitário com foco na remoção de nitrogênio amoniacal, matéria orgânica biodegradável e compostos recalci-trantes: o objetivo geral da rede de pesquisa do tema “Saneamento Ambiental: Tratamento de Lixiviados” é primeiramente estudar processos de tratamento de lixiviados provenientes de sistemas de disposição final de resíduos sólidos domésticos, em rede de pesquisa, ou seja, proporcionando a integração entre os pesquisadores de diferentes instituições, com a consequente troca de informações, promovendo a capacitação continuada das institu-ições e estimulando o desenvolvimento das parcerias.

Marcelo Antunes Nolasco, Daniele Vital Vich,Mariana Cardoso Chrispim, Vitor Cano, Luciano Monteiro do Valle,

Luciani Duma, Bianca Graziella Lento Araújo Gomes, Gabriela Ribeiro Lourenço da Silva e Kamila de Oliveira Guimarães

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: wetland construído, esgoto doméstico, lixiviado de aterro sanitário.

Trabalhos apoiados pela FAPESP, CNPq, CAPES, FINEP e UNESCO-IHE.

Contato: M. A. Nolasco, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8902, E-mail: [email protected]

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Dia 9 denovembrosexta-feira

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Mesa Redonda 2Pesquisa na EACH:

Realidades e Desafios

Palestrantes participantes na Mesa Redonda 2 do II Seminário de Pesquisa.

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Resumos Sessão 99 de novembro, sexta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 09 do II Seminário de Pesquisa.

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Estudo granulométrico, mineralógicoe uímico de areias como subsídio ao

desenvolvimento de atividades deensino e divulgação em Geociências

A areia, como outros sedimentos inconsolidados, é o produto de importante etapa dentro do ciclo das rochas, e seus processos de formação e acumulação, associados à dinâmica externa da Terra, são facilmente observáveis em vários cenários naturais (praias, dunas eólicas, rios, lagos). Assim como nós, seres humanos, cada grão de areia tem uma história que pode ser revelada através da investigação de suas propriedades, em diferentes esca-las de observação e com diferentes ferramentas de análise. No caso das areias, trata-se aqui de propriedades físicas (texturais), químicas (mineralógicas), e mesmo biológicas (micropaleontológicas), investigadas por técnicas como peneiramento, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura, difração de Raio X, análise química etc.

A carência de materiais didáticos em Geociências e a falta de cultura geológica dos alunos do ensino Fundamental e Médio e da população em geral impõem como desafio uma refor-mulação da abordagem dos processos e produtos geológicos que consiga despertar o interesse para o funcionamento sistêmico do nosso planeta. Uma dessas abordagens consiste justamente em rastrear a história de formação de grãos de areia pela reflexão sobre a origem de suas propriedades mais evidentes como cor e granulação, bem como daquelas só deduzíveis através de um exame mais detalhado, como a forma e a constitu-ição dos grãos. Dentro deste contexto, o objetivo principal deste projeto é estudar a miner-alogia, granulometria e composição química de areias de diferentes sistemas deposicion-ais e áreas geográficas, com ênfase às praias do Estado de São Paulo, com o intuito de fornecer conteúdos para o desenvolvimento de atividades didáticas e produção de materi-ais para ensino e divulgação em Geociências.

Christine Laure Marie Bourotte¹, Maria Cristina Motta de Toledo¹,Rosely Aparecida Liguori Imbernon¹, Wania Duleba¹, Paulo César Fonseca Giannini²,Ana MariaGóes², Larissa Gracielle Dellisa Campos¹, Patricia Junia Viana¹, Gabriela

Tieme Aramaqui¹, Carolina Harumi Takayama¹, Beatriz Cavalheiro Critelli²

¹EACH-USP, São Paulo, SP, Brasil²Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: sedimentos, ensino de Geociências, divulgação de Geociências

Agradecimentos: FAPESP (Proc. No 2010/19322-0)

Contato: Christine Laure Marie Bourotte, Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Quantificação e Distribuição de Hidrocarbonetos Policíclicos

Aromáticos (HPAs) e metais em solossuperficiais e poeira de rua dos Campi

da Universidade de São Paulo (Butantã e EACH) e de seu entorno

Os solos urbanos são submetidos às intensas atividades antrópicas associadas às construções, atividades industriais e intenso tráfego de veículos. A poluição do solo por metais traço e HPAs tem sido relatada em vários estudos realizados em diversos contextos de ocupação do solo (residencial, industrial, etc.), principalmente no Hemisfério Norte e na Asia que mostram padrões de contaminação distintos em função desta ocupação. Entre-tanto dados quantitativos e informações sobre o comportamento desses compostos nos solos de países tropicais em áreas urbanas e naturais ainda são escassos e os processos ainda pouco entendidos. Recentemente, com enfoque na interação atmosfera-superfície e na transferência de contaminantes em solos superficiais via particulado atmosférico, os estudos têm enfocado a poeira de rua por ser considerada uma das principais fontes de material particulado atmosférico em ambiente urbano e por ser facilmente ressuspensa, mas também por ser uma fonte de contaminação de corpos d’água, solos e vegetação através do escoamento superficial das principais vias de tráfego. Existem poucos estudos que permitem avaliar a variação da concentração e do tamanho dessas partículas bem como entender seus fatores de controle e sua composição química. Considerando que o solo é receptor de contaminantes, metais e HPAs são transportados por via atmosférica, HPAs são poluentes orgânicos persistentes e podem ser utilizados como traçadores de fontes antrópicas no meio ambiente e que existem poucas informações quanto a ocorrên-cia e distribuição de HPAs nos solos tropicais e urbanos, a proposta tem como principal objetivo determinar os teores de HPAs e metais e sua distribuição espacial nos solos superficiais e poeira de rua bem como sua correlação com o material particulado atmos-férico nos Campi da Universidade de São Paulo, inseridos nas zonas Oeste e Leste da Cidade de São Paulo, respectivamente. Pretende-se assim contribuir para um melhor entendimento da interação atmosfera-superfície e da transferência de contaminantes em solos superficiais por material particulado atmosférico e atingir um aspecto de contami-nação ainda pouco abordado no Brasil.

Christine Laure Marie Bourotte¹, Maria Cristina Forti², Mary Rosa Rodrigues deMarchi³,Adalgiza Fornaro⁴, Andrea Cavicchioli¹, Regina Maura Miranda¹

¹EACH-USP, São Paulo, SP, Brasil²INPE, São José dos Campos, SP, Brasil

³Instituto de Química, UNESP, Araraquara, SP, Brasil⁴IAG-USP, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: atmosférico, solo superficial, poeira de rua, HPAs, metais traço

Agradecimentos: FAPESP (Proc. No 2010/20835-1)

Contato: Christine Laure Marie Bourotte, Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Turismo, Conhecimentoe Inovação

O Grupo de Pesquisa Turismo, Conhecimento e Inovação (TCI) estuda as interfaces entre a comunicação e a tecnologia para o desenvolvimento do turismo. Tem duas linhas pesqui-sa:

• Apropriação Social de Tecnologias no Turismo: investiga o processo de apropriação das tecnologias da informação e da comunicação na atividade turística.• Redes e Inovação no Turismo: aborda a formação de redes como estratégia de colabo-ração, divulgação e interação entre pesquisadores, iniciativa privada, poder público que atuam no turismo.

As pesquisas realizadas contribuem para aprimorar a produção científica na área, dissemi-nar o conhecimento gerado na universidade e identificar as demandas por informação e conhecimento do setor público e da iniciativa privada. Como proposta, busca-se incentivar a aproximação entre a universidade e os diferentes segmentos atuantes no turismo, inovando e criando estratégias para promover o desenvolvimento turístico.

Neste sentido tem procurado uma maior aproximação com representantes dos diferentes setores que atuam no turismo, dentre os quais destacam-se a APRECESP, FRESP, ABLA, SESC. Para a realização de suas atividades o grupo tem uma parceria com o GTTP - Global Travel and Tourism Partnership, no desenvolvimento de projetos na área de educação em turismo.

Com o objetivo de estabelecer e consolidar contatos com pesquisadores internacionais, o grupo organizou, em 2012, dois eventos internacionais o RTD6 - 6ª Conferencia Internac-ional de Turismo Responsável em Destinos, em parceria com a Universidade de Leeds, UK e o 5º Congresso Latino-Americano de Investigação Turística. Como proposta de trabalho para os próximos anos destaca-se a preocupação na realização de projetos de pesquisa que tratem das várias questões relacionadas ao desen-volvimento do turismo no Estado de São Paulo.

Karina Toledo Solha, Cynthia Watanabe Correa

Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: turismo, inovação, conhecimento, desenvolvimento, tecnologia

Contato: Profa. Dra. Karina Toledo Solha, Profa. Dra. Cynthia Watanabe Correa, [email protected], www.gtci.com.br

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Tempos biológicos – uma portaaberta à múltiplos olhares

Nossa linha de pesquisa situa-se dentro de uma área de conhecimento relativamente nova na biologia, a Cronobiologia. Essa área, que pode ser definida como o estudo da organ-ização temporal da materia viva, vem se estruturando internacionalmente desde os anos 60 e representa uma das fronteiras contemporâneas da biologia (1). O Grupo Multidiscipli-nar de Desenvolvimento e Ritmos Biológicos foi criado originalmente em 1980 no I. Ciên-cias Biomédicas da USP e transferido para a EACH em 2004-2005. Desenvolvemos pesquisas principalmente na área de Cronobiologia Humana, desde a avaliação do ciclo vigília/sono humano ao longo das diversas etapas da vida (2), ritmos biológicos em popu-lações indígenas (3) percepção do tempo (4) e padrões de vigília/sono associados ao diabetes (5). Na EACH desenvolvemos pesquisas sobre a organização dos tempos esco-lares, impactos de procedimentos cirúrgicos sobre o padrão de vigília/sono, aspectos evolutivos da ritmicidade biológica em modelos animais, variações diárias de efeitos cardi-ovasculares do exercício físico e organização temporal de povos indígenas. A vinda para a EACH foi motivada pela perspectiva de agregar olhares, especialmente provenientes da area das humanidade, que entendemos como essenciais para uma reflexão atualizada sobre a cronobiologia. Essa colaboração também se faz presente na area de exatas, através do desenvolvimento e aplicação de modelos matemáticos para análise de fenômenos cíclicos – colaboração essa presente desde nossa origem no ICB. Mantemos uma página na internet (6) com notícias sobre nossas atividades e encontros presenciais semanais sobre nossos temas de pesquisa, abertos a todos os interessados.

Luiz Menna-Barreto, Daniela Wey,Clarissa Bueno, Mario Miguel e Mark Barone

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Cronobiologia, ritmos biológicos, ciclo vigília/sono, organização temporal

(1) Menna-Barreto, L. and Díez-Noguera,A. External temporal organization in biological rhythms. Biological Rhythm Research 2011, 1–12.(2) Bueno , C. ; Diambra, L. ; Menna-Barreto, L. Sleep-wake and temperature rhythms in preterm babies maintained in a neona-tal care unit. Sleep Research Online, v. 4, n.3, p. 77-82, 2001.(3) Wey, D., Bohn, A., Menna-Barreto, L. Daily rhythm in native Brazilians in summer and winter. Physiology and Behavior, v. 105, n. 3, p. 613-620, 2012.(4) Luciane Ruiz Ferreira, L.R.; Miguel, M.A.; DeMartino, M.M. & Menna-Barreto,L. Circadian rhythm of wrist temperature and night shift-work Biological Rhythm Research �Estimated Publication date - 13 Nov 2012 (Online). (5) MK Barone MTU, Menna-Barreto L, Diabetes and sleep: A complex cause-and-effect relationship. Diab Res Clin Pract (2010), doi:10.1016/j.diabres.2010.07.011(6) www.each.usp.br/crono

Contato: [email protected]

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Resumos Sessão 109 de novembro, sexta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 10 do II Seminário de Pesquisa.

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Estratégias Educativas emFamílias de Ermelino Matarazzo

Atualmente as estatísticas oficiais baseadas nas avaliações da educacão brasileira ates-tam a importância de várias características das famílias sobre o desempenho escolar dos alunos. Visando contribuir para esta área de estudo, bem como para a formulação de políti-cas públicas em educação, constituímos como objeto de pesquisa as estratégias educati-vas de famílias residentes em Ermelino Matarazzo. Esta pesquisa, desenvolvida em equipe, pretende contribuir para elucidar a relação das famílias com a educação de seus filhos. O projeto de mestrado visa analisar a configuração social do distrito a partir da década de 1950, período de intensa industrialização do distrito e da chegada de um grande contingente de migrantes ao local. Os procedimentos metodológicos incluem a realização de entrevistas semiestruturadas e aprofundadas com antigos moradores nas quais procuramos obter dados sobre a posição social das famílias, a maneira pela qual chegaram a EM e as estratégias empregadas por eles no que tange à educação de seus filhos. Esta abordagem tem permitido integrar vários fenômenos sociais, geralmente, tratados na literatura separadamente: a migração para São Paulo, o crescimento populacional, a difer-enciação interna de um distrito popular, a relação das famílias com o sistema de ensino e, por último, o florescimento de um mercado escolar, caracterizado pela presença de esco-las privadas interessadas em captar algumas frações dos grupos populares e mesmo de uma nova classe média que hoje aparentemente habita parte do distrito. O projeto de iniciação científica 1 tem como objetivo identificar, relacionar e reunir os dados estatísticos que devem nos permitir caracterizar objetivamente a situação socioeconomica atual do distrito. O projeto de iniciação científica 2 está responsável por abordar de maneira mais aprofundada as escolas, as famílias e os jovens escolarizados em escolas públicas e privadas de um bairro de Ermelino Matarazzo, por meio de questionários e entrevistas aprofundadas e semiestruturadas com pais, diretores de escolas e jovens usuários do sistema de ensino local. Entre os procedimentos de pesquisa incluem-se entrevistas com lideranças locais, ligados ou não à Igreja católica, aos movimentos sociais e gestores de políticas públicas. Outro procedimento de pesquisa transversal é a análise de dados estatísticos disponibilizados pela Secretaria de Educação estadual e municipal, entre outros órgãos públicos consultados (SEADE, IBGE, Prefeitura Municipal de São Paulo, etc). Os resultados devem contribuir para a elaboração de novos indicadores sociais, com vistas a subsidiar políticas públicas em educação, voltadas para atender as expectativas e demandas de famílias de origem popular, bem como capazes de oferecer elementos importantes para melhorar o desempenho escolar dos jovens oriundos das camadas popu-lares.

Graziela Serroni Perosa¹; Adriana Santiago Rosa Dantas²;Isamara Lopes Rocha da Cruz³; Helena Marcon⁴

1. ¹Orientadora e professora da Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP)2. ²Linguista pela Universidade de Campinas. Mestrado em Estudos Culturais na EACH-USP financiado pela Capes.

3. ³Graduanda em Gestão de Políticas Públicas na EACH-USP. Iniciação científica 1 financiada pela CNPq. 4. ⁴Graduanda em Gestão de Políticas Públicas na EACH-USP. Iniciação científica 2 financiada pela Fapesp.

Palavras-Chave: políticas públicas, educação, família, estratégias educativas, oferta escolar.

Contato: [email protected]

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Inventário do patrimôniocultural edificado do Vale Histórico

de São Paulo e avaliação de suavulnerabilidade aos eventos climáticos

O projeto tem como objetivo inventariar os bens culturais materiais situados no Vale Histórico de São Paulo, avaliar os riscos para a integridade física das edificações, em acordo com os cenários climáticos projetados para a região até o fim do século XXI e delin-ear diretrizes de políticas públicas para a contenção de danos.

O Vale Histórico situa-se no sopé da Serra da Bocaina, região abrangida pelo médio vale do Rio Paraíba do Sul. Os municípios da área são considerados de alta vulnerabilidade (exposição e susceptibilidade) às mudanças climáticas, por ja apresentarem maiores médias de precipitação (e, portanto, de umidade relativa do ar) e maior intensidade de raios.Parte significativa das edificações são de meados a final do século XIX, construídas em taipa de pilão e adobe, com estruturas de madeira. Esses materiais são suscetíveis às perturbação do ciclo da água e a alterações térmicas, além de que a madeira é sujeita à absorção e dessorção de água, ao ataque de insetos xilófagos (cupins e brocas) e de microrganismos (fungos e bactérias) e ervas daninhas, que também são fatores de agressão física dependentes de umidade e temperatura.A pesquisa implica o inventário desses bens, a construção de cenários de mudanças climáticas para o Vale Histórico, a análise da suscetibilidade dos materiais que compoem o patrimônio aos efeito das mudanças indicadas. O conhecimento do processo permite projetar a evolução da vulnerabilidade do patrimônio e definir diretrizes de políticas publi-cas de prevenção/contenção de danos.

Silvia Helena Zanirato

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, BrasilGrupo de Pesquisa em Memória, Patrimônio Cultural e Natural e Desenvolvimento Local

Palavras-Chave: Patrimônio cultural, mudanças climáticas, riscos, inventário,conservação preventiva.

Finaciamento Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Contato: S H Zanirato USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]

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Um Modelo Econômico para a Legalização do P2P no Brasil

A reprodução não autorizada de conteúdos digitais protegidos por direitos autorais consti-tui um dos maiores problemas da atualidade. A ampla difusão da internet trouxe facilidades sem precedentes de compartilhamento e reprodução de obras, fazendo do direito autoral no meio digital um terreno de amplos conflito. As formas de repressão ao compartilhamento de conteúdos entre pares têm resultado em tentativas de monitoramento e controle sobre as comunicações que, longe de resolverem o problema, ameaçam direitos civis como liber-dade de expressão e privacidade. Este projeto propõe dimensionar o mercado atual no direito autoral no meio digital e sugerir um modelo econômico para a legalização do P2P baseado na cobrança de uma modesta taxa na banda larga, permitindo uma adequada remuneração dos titulares de direito autoral, ao mesmo tempo que o livre compartilhamen-to de conteúdos na rede.

Cristiana Gonzales, Mestranda¹Jorge Machado, Docente²

Mariana Valente, Mestranda³

¹Mestranda FFLCH-USP ²Docente EACH-USP ³Mestranda FD-USP

Palavras-Chave: Compartilhamento, direitos autorais, Internet, modelo econômico

Contato: Jorge Machado: [email protected], Cristiana Gonzales, [email protected], Mariana Valente: [email protected]

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Reuso de dados orçamentários no Brasil por máquina

A Internet tem se tornado um grande meio de comunicação e interação entre cidadãos e governo na prestação de serviços, divulgação de ações governamentais, fiscalização das contas públicas, entre outras coisas. Com o aumento do acesso à Internet pela população brasileira, aumenta a demanda por informações que, conforme os princípios de dados governamentais abertos[1], devem ser primárias, completas e acessíveis. Com base no princípio de autonomia da Constituição Federal[2], cada ente da Federação buscou suas soluções tecnológicas, com fornecedores distintos ou criando suas próprias equipes de tecnologia resultando, devido a falta de padrões, numa diversidade de formatos e possibili-dades de consumo de dados orçamentários, publicados online conforme Lei Complemen-tar 131[3]. As informações podem ser difíceis de achar, estar em formatos complicados e inacessíveis a mecanismos de buscas eletrônicas na Internet. Por isso, em 2009 Eaves[4] lançou as três leis de Dados Governamentais Abertos: a) se ele [o dado] não pode ser encontrado na web e indexado, ele não existe; b) se não estiver aberto e disponível em formato compreensível por máquina, ele não pode ser utilizado; c) Se qualquer dispositivo legal não permitir que ele seja reutilizado, ele não é útil. Para Bauer e Katenböck[5] o movi-mento por dados abertos é visto como a publicação de dados na Web, que evoluirá para uma Web de dados, onde o acesso por máquina terá grande importância para auxiliar na indexação e busca de informação. Nesse contexto, a adoção de padrões são importantes para garantir a continuidade de acesso aos dados no futuro. Igualmente importante é a adoção de conjuntos de metadados: informações estruturadas que descrevem, explicam, localizam, ou seja, tornam a recuperação, o uso e o gerenciamento de dados mais fácil[6]. Metadados bem conhecidos como o Dublin Core[6], um vocabulário de propriedades para descrição de recursos, devem ser considerados na especificação desses padrões para potencializar a ligação de dados, a indexação e a pesquisa por máquina, consequente-mente, o reuso de dados.

Marcelo Tavares de Santana

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: dados governamentais abertos, orçamento público, metadados

[1] Open Knowledge Foundation. Beyond Access: The Right to (Re)Use Public Information. ( 2011) 8-9.[2] BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Art. 18. (1998) Disponível em: <http://www.planalto.gov-.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 20 fev 2012.[3] BRASIL. Lei Complementar nº 131, de 27 de maio de 2009. (2009) Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/c-civil_03/Leis/LCP/Lcp131.htm>. Acesso em: 20 fev 2012.[4] EAVES, D. The Three Laws of Open Government Data. (2009) Disponível em: <http://eaves.ca/2009/09/30/-three-law-of-open-government-data/>. Acesso em: 22 fev 2012.[5] BAUER, F.; KALTENBÖCK, M. Linked Open Data: The Essentials . (2012). Disponível em: < http://www.seman-tic-web.at/LOD-TheEssentials.pdf>. Acesso em: 10 mar 2012.[6] National Information Standars Organization. Understanding Metadata. (2004) 1-3

Contato: M. T. Santana, Grupo de Pesquisa em Polítcias Públicas para o Acesso à Informação - GPOPAI, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8134, E-mail: [email protected]

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Resumos Sessão 119 de novembro, sexta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 11 do II Seminário de Pesquisa.

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A Moda e a Representação:uma leitura do consumo segmentadopor gênero a partir da mídia impressa

Nesta pesquisa tem-se como objetivo o estudo da representação de gênero na moda a partir de discursos publicitários em circulação na mídia impressa. A leitura e interpretação desses discursos, com base em conceitos socioantropológicos, são reveladoras de valores da nossa sociedade e do consumo como um fato social e coletivo, pelo qual é possível refletirmos sobre a moda como representação da cultura e do comportamento social de forma expandida além da esfera do vestuário, movimentando os ciclos de consu-mo de diversos objetos de desejo e apelos ao indivíduo/consumidor.

Inicialmente, foram abordados aspectos teóricos acerca da relação entre sociedade de consumo, moda e indústria cultural, interseção na qual se inserem os mídia, destacando-se seu poder no mercado e no imaginário do consumidor. O fio condutor é dado pelo diálogo entre autores como Jean Baudrillard(1995), Zygmunt Bauman (2008), René Konig (2002) e Theodor Adorno (2002), dentre outros. Posteriormente, será definido o corpus de análise, composto por peças publicitárias que circularam durante o período de pesquisa – o ano de 2012 – em revistas que atendem ao mesmo perfil de público, tanto no segmento masculino quanto no segmento feminino. As categorias de análise serão: a) perfil econômico, social e cultural do mercado atendido pelas publicações, dentro do período proposto, e tendências de consumo; b) a construção da representação de cada gênero pela publicidade.

Waldenyr Caldas e Priscila Rezende Carvalho

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: mídia, consumo, moda, comportamento, gênero

Contato: P.R. CARVALHO, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 966-292-129, E-mail: [email protected]

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“Design Social” - inspiraçoesno design thinking, negócios

sociais e cultura brasilieira

Justificativa: O projeto pedagógico da EACH USP fundamenta-se na interdisciplinaridade. Sua proximidade física com comunidades carentes da cidade de São Paulo intensifica a relevância do projeto do d-USPLeste – Laboratório de Design, Inovação e Criatividade – proposto a partir de iniciativas praticadas em 2011 e atualmente objeto central de um dos grupos pertencentes ao Núcleo de Pesquisa “Novas Arquiteturas Pedagógicas”. Na fase inicial, grupos formados por estudantes, professores e membros da comunidade desen-volveram projetos baseados em problemas da comunidade, promovendo empreendimen-tos sociais e fortalecendo o papel da Universidade. O d-USPLeste propõe projetos de impacto social, que podem atingir significativo contingente de pessoas entre todas as comunidades onde são realizados. Busca viabilizar a educação não formal de membros das comunidades locais, contribuindo para a formação de discentes e docentes como multiplicadores das técnicas de design thinking e desenvolvimento de negócios sociais. Objetivos: 1) Formar educadores sociais e lideranças locais por meio da utilização e aprimoramento das técnicas do design thinking que, por suas características inerentes, alinha-se às premissas da educação não formal. 2) Formar multiplicadores, docentes e discentes capazes de trabalhar em conjunto com organizações locais, desenvolvendo e aplicando técnicas não formais de educação 3) Formar sujeitos capazes de educarem-se a si mesmos nas suas comunidades, mediatizados pelo mundo que os cerca. 4) desenvolv-er técnicas e ferramentas para a co-criação e implantação de planos de negócios sociais. Resultados esperados: 1) a formação de professores e alunos multiplicadores das técnicas de design thinking e de habilidades de trabalho que permitam relações interpessoais com membros das comunidades envolvidas; 2) o desenvolvimento de novas técnicas de design social baseadas no contexto das comunidades envolvidas, 3) compartilhando das suas práticas cotidianas; a criação de grupos de pesquisa preocupados com a produção de um arcabouço teórico e de técnicas que possam suportar a produção de saberes e técnicas originados da própria comunidade; 4) a formação de sujeitos capazes de educarem-se a si mesmos nas suas comunidades, mediatizados pelo mundo que os cerca. 5) desenvolvi-mento de sujeitos capazes de formatarem iniciativas de empreendedorismo social.

Maria Luisa Trindade Bestetti,Tânia Pereira Christopoulos,Patrícia Grandino Junqueira, Martin Jayo

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: design thinking, negócios sociais, metodologias colaborativas

Projeto apoiado por recursos de fomento Pro Ext (março/2012 a fevereiro/2013) e pertencente ao Núcleo de Pesquisa “Novas Arquiteturas Pedagógicas” – NP-NAP (setembro/2012 a agosto/2014).

Contato: M. L. T. Bestetti, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 98640-5521, E-mail: [email protected]

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A representação feminina nastiras de quadrinhos: uma análisede conteúdo de Aline e Mafalda

Se na década de 1990 o mercado editorial discutia o fim dos livros em papel e temia a queda das histórias em quadrinhos (HQ’s), hoje o que se tem é a tecnologia alavancando vendas e trabalhando como aliada na propagação dos gibis, seja através de grandes produções cinematográficas oriundas de suas histórias, ou através de e-books habilitados para leitura de HQ’s. E neste contexto de crescente participação dos quadrinhos nos meios de comunicação, cada vez mais vem-se questionando como ocorrem as noções de ideolo-gias, valores e representações de grupos nas produções deste hiper-gênero textual. Como é o caso do estudo de CHINEN (2009) sobre a presença do negro nos quadrinhos, de LAVIN (1998) sobre as Mulheres nos Quadrinhos, e de vários outros.

Diante deste panorama brevemente apresentado, e da necessidade de se compreender melhor o que é passado aos consumidores da indústria de HQ’s, o presente estudo pretende abordar a questão: “Quais as representações da mulher em tirinhas?”, sendo que as tirinhas são parte do hiper-gênero quadrinhos. Assim, tem-se como objetivo classificar e analisar a forma como a mulher é representada em tirinhas, bem como compreender os discursos sobre a mulher nas tirinhas para identificar como a mulher é representada, além de analisar os componentes verbais e não verbais nas histórias presentes em tirinhas.

Para isto, realizou-se um levantamento bibliográfico, seguido de uma análise de conteúdo segundo a linha francesa de Bardin, a qual constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Após fazer a referida Análise de conteúdo nos conformes da técnica francesa, passamos para a tercei-ra fase, a da Análise de Conteúdo segundo Kassarjian, de caráter mais quantitativo que a anterior.

Os resultados obtidos concordam com os resultados encontrados anteriormente na literatura, onde percebe-se a manutenção de estereótipos acerca da representação da mulher bem como a existência de discursos heterogêneos que correspondem a uma identi-dade feminina atravessada por conflitos e contradições (MORAES, 2008).

Bruna Martins Rocha, Bruno Alves Catão,Caroline Westphal, Claudia Rosa Acevedo, Fernando Medeiros Santos

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: feminino, quadrinhos, representação da mulher

CHINEN,Nobuyoshi.Os negros nos quadrinhos brasileiros. Congress of Latin American Studies Association, Rio de Janeiro, Brazil, June 11-14, 2009LAVIN, Michael R. Women in Comic Books. Serials Review, v. 24, 2. ed, 1998.MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação,Porto Alegre, v.22, n.37, p.7-32, 1999.

Contato: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

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Envelhecimento e Aparência: síntesedos resultados de pesquisas em

andamento do grupo EAPIS EACH USP

O grupo de pesquisa Envelhecimento, Aparência, Imagens e Significados (EAPIS) faz parte da Linha de Pesquisa Envelhecimento Significativo e Engajamento Social, liderada pela Profa. Dra. Andrea Lopes, docente do curso de Graduação em Gerontologia da EACH-USP. O grupo é composto atualmente por quarto alunas da graduação em Geronto-logia e duas egressas do curso de Têxtil e Moda. O objetivo do grupo é investigar formas de construção sociocultural da aparência ao longo do envelhecimento e na velhice, bem como as imagens e significados resultantes dessa elaboração, buscando apontar a importância dessas variáveis na promoção de engajamento social. Estão em andamento sete pesquisas envolvendo a temática Envelhecimento, Aparência e Imagens. Os dados foram coletados na Associação Idade Dourada de Pinheiros, APAE-SP, Unati EACH USP, comunidade indiana-paulistana e Vila dos Idosos. As pesquisas estão em fase de análise e finalização dos manuscritos. Os resultados apontam que a aparência tem grande importân-cia na organização do curso de vida dos idosos entrevistados no conjunto das pesquisas realizadas. No caso dos idosos imigrantes indianos, a mudança de país traz efeitos expres-sivos na composição da aparência, que ilustram choque cultural e revisão de hábitos e atitudes. Dentre os idosos dos núcleos de convivência, a aparência mostra-se alvo de constantes investimentos e marcador de dificuldades emocionais e mudanças de papéis etários. Por fim, entre moradores da Vila dos Idosos, condomínio para idosos de baixa renda, a autonomia e investimentos financeiros na aparência aumentam na velhice, espe-cialmente entre os mais velhos. A concepção de uma boa aparência esteve sempre relacio-nada com bem-estar e significados positivos de envelhecimento e da velhice. Atualmente, devido a imagens bipolarizadas da velhice e do envelhecimento em curso na sociedade brasileira (decadência versus positivação), notou-se que a construção da aparência da velhice volta-se especialmente para negar essa fase da vida e o processo universal e natu-ral do envelhecimento, causando intensa crise identitária para a nova geração de velhos, que vive mais e melhor, porém com o desejo de ser cada vez mais jovem. Essa contradição interfere na promoção da heterogeneidade das imagens da velhice, ocasionando no empo-brecimento de formas diversas de engajamento social para essa população.

Andrea Lopes¹, Carolina Barreta Caio², Joyce Plens²,Mariana Amaral Cipolla², Natália Polo Silva²,

Patrícia Yokomizo³, Thaís Fernanda Luz Yoshioka³

¹Docente Graduação em Gerontologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil¹Graduanda em Gerontologia, Universidade de São Paulo, SP, Brasil

³Bacharel em Têxtil e Moda, Universidade de São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Envelhecimento, Engajamento Social, Aparência, Imagens e Significados

Financiamento: IDE-JETRO, Japão e INEP, Brasil

Contato: USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, Bloco A1, sala T10M, Térreo, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091-1027, E-mail: [email protected]

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Contribuições à pesquisa em água,saneamento e sustentabilidade: esgoto

sintético e lixiviado de aterro sanitário

O Grupo de Estudo e Pesquisa em Água, Saneamento e Sustentabilidade foi criado em 2009 e seu trabalho vem se materializando por meio de atividades científicas a partir de estudos interdisciplinares com interfaces entre o desenvolvimento, a saúde humana e ambiental e suas correlações com a água e serviços de saneamento. Alguns dos projetos de pesquisa desenvolvidos pelo grupo são relacionados a esgoto sanitário e lixiviado de aterro sanitário: (1) Wetland Construído Piloto: pós-tratamento de efluente de reator UASB: teve por objetivo implantar e monitorar três unidades de tratamento de esgotos por wetlands construídos, no pós-tratamento de um Reator UASB. A implantação das unidades ocorreu na Estação de Tratamento da EACH/USP. Foram implantadas duas unidades wetlands de fluxo vertical e uma de fluxo horizontal, ambas com macrófitas emergentes (Typha domingensis). (2) Tratamento de esgoto sintético em wetland construído de banca-da: buscou-se avaliar o desempenho de dois sistemas de wetlands construídos de subsuperficial (vertical ascensional e horizontal) em escala de bancada no tratamento de esgoto sanitário sintético. A macrófita aquática Typha domingensis foi usada devido a sua grande ocorrência em regiões temperadas e tropicais e por apresentar níveis significativos de absorção de nitrogênio e fósforo. (3) Tratamento de lixiviado de aterro sanitário em wetland construído de bancada: teve por objetivo avaliar o tratamento de lixiviado proveniente de aterro sanitário da Região Metropolitana de São Paulo por processos biológicos, físicos e químicos, de forma a contemplar tecnologias mais simples, visando à remoção de matéria orgânica biodegradável, recalcitrante, nitrogênio amoniacal e compos-tos inorgânicos. As espécies vegetais selecionadas foram: Cyperus papyrus, Heliconia psittacorum e Gynerium sagittatum. (4) Tratamento de lixiviado de aterro sanitário com foco na remoção de nitrogênio amoniacal, matéria orgânica biodegradável e compostos recalci-trantes: o objetivo geral da rede de pesquisa do tema “Saneamento Ambiental: Tratamento de Lixiviados” é primeiramente estudar processos de tratamento de lixiviados provenientes de sistemas de disposição final de resíduos sólidos domésticos, em rede de pesquisa, ou seja, proporcionando a integração entre os pesquisadores de diferentes instituições, com a consequente troca de informações, promovendo a capacitação continuada das institu-ições e estimulando o desenvolvimento das parcerias.

Marcelo Antunes Nolasco, Daniele Vital Vich, Mariana Cardoso Chrispim, Vitor Cano, Luciano Monteiro do Valle,

Luciani Duma, Bianca Graziella Lento Araújo Gomes,Gabriela Ribeiro Lourenço da Silva e Kamila de Oliveira Guimarães

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: wetland construído, esgoto doméstico, lixiviado de aterro sanitário

Trabalhos apoiados pela FAPESP, CNPq, CAPES, FINEP e UNESCO-IHE.

Contato: M. A. Nolasco, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8902, E-mail: [email protected]

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Resumos Sessão 129 de novembro, sexta-feira

Palestrantes participantes na Sessão 12 do II Seminário de Pesquisa.

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Paisagem, Memória e Patrimôniona Zona Leste de São Paulo

A pesquisa tem por objetivo analisar os remanescentes da paisagem que expressam as mudanças ocorridas ao longo do tempo nas margens do rio Tietê, na Zona Leste de São Paulo e verificar como tem se dado a conservação desses signos. Esses remanescentes são aqui considerados patrimônio cultural, porque são dotados de valores artísticos, históricos, arquitetônicos, são signos de memórias e modos de fazer lembrar.

As transformações ocorridas no ambiente, registradas nesses signos, vão desde as primei-ras transformações produzidas no espaço pelos colonizadores, até momentos bem recentes, no processo de expansão periférica da cidade.

Com esse intuito a pesquisa aborda questões conceituais relativas aos conceitos pais-agem, patrimônio e memória e as relações entre esses. Esses conceitos foram definidos na medida em que um trabalho com a paisagem deve considerar as diversas heranças e rugo-sidades, (Pesavento, 2005[1]), articulá-las à memória e às identidades socioespaciais.

Os testemunhos das transformações, entendidos aqui como “rugosidades” – nos dizeres de Milton Santos[2] (2002) – são marcas que representam mudanças e permitem a análise das paisagens pretéritas. São esses signos que aqui são tomados como patrimônio, na definição de Hügues Varine-Bohan[3] (1974).

Catalogar esse patrimônio, verificar os significados a ele atribuído pela população que habita a região, entender os desafios para a conservação são os processos a serem segui-dos na pesquisa em desenvolvimento.

Danilo da Costa Morcelli

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, BrasilMestrado em Mudança Social e Participação Política. Pesquisa Financiada pela FapespGrupo de Pesquisa em Memória, Patrimônio Cultural e Natural e Desenvolvimento Local

Orientação: Silvia Helena Zanirato

Palavras-Chave: Paisagem, Memória, Patrimônio, Zona Leste de São Paulo

[1] S. J. Pesavento, Com os olhos no passado: a cidade como palimpsesto. In.: S. C. A. Pelegrini, S. H. Zanirato (Orgs.), Narrati-vas da Pós-Modernidade na Pesquisa Histórica. Maringá: EDUEM, 2005.[2] M. Santos, A natureza do espaço: técnica e tempo – razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2002. [3] H. Varine-Bohan, A experiência internacional: notas de aula. São Paulo: FAU-USP, 1974.

Contato: D.C.Morcelli, Endereço institucional: USP/EACH, Av. Arlindo Béttio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel. pessoal: +55 11 25454664, E-mail: [email protected] & [email protected]

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A percepção do cuidador informalsobre a violência contra o idoso:

estudo de casos nacidade de São Paulo

O tema dos cuidados com o idoso está em destaque nos debates parlamentares da atuali-dade, pois tramita o PLS 284/2011, o qual regulamenta a profissão de cuidador da pessoa idosa. Por fatores como a precariedade da assistência institucional ou hospitalar, a permanência de idosos incapacitados em suas casas, sob a atenção de familiares, amigos ou vizinhos próximos, tem sido considerada vantajosa [1]; sendo assim, a figura do cuidador domiciliar informal se torna cada vez mais frequente: trata-se de pessoa responsável pelo cuidado não profissional e que não recebe nenhuma renumeração por seu serviço [2]. Por outro lado, sabe-se que grande parte da violência contra o idoso ocorre em domicílio, o que pode estar relacionado, entre outros aspectos, ao grau de estresse dos cuidadores diante da tarefa de cuidar [3]. A vulnerabilidade do idoso nesse tipo de situação é consideráve; há grande dificuldade de controle da violência doméstica – não somente pela falta de denúncias – mas também pela dependência e frequentemente confiança por parte dos idosos por alguém que não tem-formação para atuar como cuidador de idosos.O objetivo desta investigação é estudar a percepção do cuidador informal sobre a violência contra o idoso, através de entrevistas com cuidadores informais na cidade de São Paulo

N. N. G. Fonseca e B. Graeff

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: cuidador, violência, idoso, dependência, cuidado

Trabalho financiado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Universidade de São Paulo (PIBIC/USP) [1] F. M. F. Augusto, I. P. Silva, M. M. Ventura. Revista Kairós Gerontologia. 12(2) (2009) 103-118. [2] C.P. B. Vieira, A. V. M. Fialho, C. H. A. Freitas, M. S. B. Jorge. Revista Brasileira de Enfermagem. 64(3) (2011) 570-579. [3] M. I. L. Carvalho. Revista Kairós Gerontologia. 14(1) (2011) 43-64.

Contato: N. N. G. Fonseca, USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 1024, E-mail: [email protected]

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Pobreza e acesso àenergia elétrica no Brasil

O presente trabalho visa, fundamentalmente, discutir a questão da redução de pobreza no Brasil sob o prisma da expansão do acesso à energia elétrica Nesse contexto, inicia-se o estudo através de uma discussão focada nas diferentes concepções a respeito do conceito de pobreza – no âmbito da literatura internacional e considerando a evolução deste concei-to ao longo do tempo. Em seguida, apresenta-se uma articulação entre pobreza e acesso à energia elétrica, verificando a pertinência da eletricidade como um item de necessidade básica. Os aspectos quantitativos e qualitativos inerentes ao conceito de pobreza e ao acesso à energia elétrica são analisados ao longo do texto. Paralelamente, reforça-se a importância de que os programas governamentais voltados ao acesso à eletricidade pelas camadas mais pobres da população brasileira incorporem a aplicação e o desenvolvimen-to de tecnologias eminentemente nacionais e direcionadas, principalmente, às energias renováveis (em especial, a geração elétrica a partir de Pequenas Centrais Hidrelétricas –PCH, usinas eólicas e aproveitamento de biomassas). De fato, observa-se que nem sempre as tecnologias para tais energias previstas em programas internacionais são apro-priadas a países em desenvolvimento como o Brasil – em especial, sob o ponto de vista dos impactos socioambientais decorrentes de sua implementação. Como uma das conclusões do presente estudo, constata-se que a expansão do acesso com base em energias renováveis propicia claros benefícios no que se refere à minimização da pobreza no Brasil.

André Felipe Simões¹, Emilio Lèbre La Rovere²

¹Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil²Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Palavras-Chave: Redução de Pobreza, Acesso à Energia Elétrica, Brasil

Trabalho fomentado pela Global Network on Energy for Sustainable Development - GNESD (rede global de pesquisa apoiada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o PNUMA).[1] Goldemberg, J. ; Rovere, E. L. L.; Coelho, S. T.; Simões, A. F.; Guardabassi, P.; Miranda, F.; Lucon, O. 2004..The role of renewables in enhancing electricity access for the poor in Brazil. In: International Conference on Renewable Energies, 2004, Boon, Alemanha. [2] IPEA. 2005. Brasil, o Estado de uma Nação. Fernando Rezende e Paulo Tafner – Editores Ipea - 372p. - ISBN: 85-86170-70-4.[3] O’Neill, Brian; Landis, MacKellar; Wolfgang, Lutz. 2001. Cambridge University Press, Cambridge, UK.[4] Sachs, Wolfgang. 2004. Poverty. In Mitcham (ed): Encyclopedia of Science, Technology, and Ethics. Mac Millan, New York. [5] SEN, Amarthia. Desenvolvimento e Liberdade. 1999. Companhia das Letras.

Contato: SIMOES, A.F., USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, Tel.: +55 11 3091 8135, E-mail: [email protected]

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Ideias, atores e disseminaçãode políticas: o processo de formulação

do Programa Bolsa Família

No final da década de 1990 e início de 2000 uma onda de implementações de programas de transferência de renda condicionada (PTRC) marcou a América Latina. No final de década de 1980 e início dos anos 1990 Venezuela e Honduras implementaram seus programas. Em 1997 foi implementado o programa Oportunidades no México (um ano depois a Colômbia e o Equador também implementaram). Em 2002 foram implementados o Programa Chile Solidário e o Jefas y Jefes de Hogar Desocupados na Argentina; em 2003 foi a vez do Brasil implementar o Programa Bolsa Família. Os cursos de ação gover-namental decididos nos processos de formulação das políticas de combate a pobreza foram, em grande medida, inspirados no paradigma de focalização de políticas públicas. A literatura que analisa os programas de transferência de renda na América Latina atribui a prevalência da influência de variáveis exógenas na formulação e implementação desses programas na região. Tanto a atuação do Banco Mundial, como da Cepal e Nações Unidas teriam sido determinantes para explicar a onda de inovação nas políticas sociais da região. Neste trabalho, objetiva-se especificamente desenvolver uma discussão sobre aspectos da formação da agenda de combate à fome e à pobreza e a formulação de Programa Bolsa Família no Governo Federal Brasileiro, tendo o caso mexicano como espelho deste proces-so. Pressupomos que uma ampla aceitação internacional e nacional do paradigma dos programas de transferência de renda condicional (PTRC) não implicou em escolhas homogêneas de cursos de ação e instrumentos específicos devido, pode-se afirmar, aos contextos políticos, sociais e institucionais idiossincráticos de aprendizagem social nos países (HALL 1993) e às trajetórias das policies em cada país. Argumenta-se neste trabalho que a capacidade de influência dos organismos internacionais nos países é uma variável contingente não somente às condições de financiamento das políticas, mas às condições de aprendizado social, acúmulo de experiência e disseminação que se verificam na trajetória de formulação e implementação das políticas.

Cristiane Kerches da Silva Leite e Úrsula Dias Peres

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: pobreza, transferência de renda, disseminação, aprendizado social,políticas públicas.

CAMPBELL, John L. Ideas, Politics and Public Policy. Annual Review of Sociology, Vol. 28 (2002), p. 21-38; HALL, Peter (1993). Policy Paradigms, Social Learning and the State: The Case of Economic Policymaking in Britain. Compar-ative Politics, Vol. 25, no 3, April 1993, p.: 275-296; KINGDON, John. (2003 [1984]), Agendas, alternatives, and public policies. 3 ed. Nova York, Harper Collins.NASCIMENTO, Aline F. e REIS, Carlos Nelson. (2009) Os programas de transferência condicionada de renda na América Latina: especificidades de uma realidade que se mantém. Revista de Política Pública. São Luis, v. 13, n. 2, p. 183-193, jul./dez. 2009. WEYLAND, Kurt. (2004) Learning from foreign models in Latin American policy reform. Washington, D.C. Woodrow Wilson Center Press. Baltimore Johns Hopkins University Press.

Contato: Cristiane Kerches da Silva Leite e Ursula Dias Peres. USP/EACH, Av Arlindo Bettio, 1000, São Paulo, SP, CEP: 03828-000, E-mail: [email protected]; [email protected]

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Brasil Migrante: FluxosPopulacionais, Políticas Públicas

e Estruturas Estatais (1980-2012)

Projeto e Grupo de Estudos em torno da questão das “Políticas Migratórias Brasileiras”, o qual têm por objetivos mapear dentro do Estado brasileiro (governo federal) quais são as estruturas burocráticos administrativas que tratam diretamente de questões relativas aos fluxos migratórios brasileiros.

Os fluxos migratórios referem-se tanto aos fluxos de brasileiros para o exterior, quanto ao fluxo de estrangeiros para o território brasileiro, com o projeto tentando abarcar as ações estatais (políticas públicas) das últimas quatro décadas do desenvolvimento institucional do Estado brasileiro.

José Renato de Campos Araújo

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Palavras-Chave: Política migratória

Contato: [email protected].

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Escola de Artes, Ciências e HumanidadesUniversidade São Paulo

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