RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº GFO-025/2016
SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO
MUNICÍPIO DE DIAMANTINA – EEE 05
PRESTADOR: COPASA-MG
Gerência de Fiscalização Operacional Coordenadoria Técnica de Regulação Operacional e Fiscalização dos Serviços
Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água
e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais
Junho de 2016
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA SEDE MUNICIPAL DE DIAMANTINA – EEE – 05 – Junho/2016
Diretoria Colegiada:
Gustavo Gastão Corgosinho Cardoso
Hubert Brant Moraes
Gustavo Cunha Gibson
Coordenadoria Técnica de Regulação Operacional e Fiscalização dos Serviços
(CTROFS):
Rodrigo Bicalho Polizzi
Gerência de Fiscalização Operacional (GFO):
Fábio José Bianchetti
Equipe Técnica:
Denise Rodrigues Avelar – GFO/CTROFS – Analista Fiscal e de Regulação de Serviços de
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário
Elbert Figueira Araújo Santos – GFO/CTROFS – Agente de Fiscalização
Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário
Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG
Cidade Administrativa – Rodovia Papa João Paulo II, Nº 4.001, Edifício Gerais, 12º andar
Bairro Serra Verde
Belo Horizonte
Minas Gerais
CEP: 31.630-901.
Tel: (31) 3915-8119
Fax: (31) 3915-2060
Site: www.arsae.mg.gov.br
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA SEDE MUNICIPAL DE DIAMANTINA – EEE – 05 – Junho/2016
RESUMO INFORMATIVO
A Coordenadoria Técnica de Regulação Operacional e Fiscalização dos Serviços, a partir do
acolhimento do Ofício nº 203/2016/1ªPJD, da 1ª Promotoria de Justiça de Diamantina do
Ministério Público do Estado de Minas Gerais, referente ao IC 0216.15.001483-7, realizou
fiscalização da Estação Elevatória de Esgotos (EEE-5), unidade que integra o Sistema de
Esgotamento Sanitário (SES) do município de Diamantina.
Foi relatado pela Promotoria de Justiça que os residentes nas proximidades da Estação
Elevatória de Esgoto (EEE) da COPASA-MG estão sendo penalizados, desde a implantação
da unidade, devido ao mau cheiro, proliferação de insetos, aumento de doenças e desconforto
sonoro causado pelo funcionamento das bombas.
Segundo informado pelo Prestador de Serviços, quando a unidade teve sua operação iniciada,
houve significativa liberação de maus odores em virtude da movimentação dos esgotos que
lá estavam parados desde a realização dos testes para a unidade entrar em operação.
Durante a fiscalização, constatou-se que a unidade estava sendo operada de forma
adequada, que os maus odores emanados estavam condizentes com uma unidade de
elevação de esgotos.
Segundo informado pelos moradores do entorno, foi realizada uma manutenção na unidade
poucos dias antes da fiscalização, e que, naquele momento, o problema dos maus odores e
acumulo de sujeira na unidade estava muito menor do que se apresentava anteriormente.
Constatou-se que, além da necessidade de contínua manutenção da unidade para evitar o
acúmulo de entulhos que propiciam o surgimento de roedores e insetos, é importante a
adoção de medidas que possam eliminar ou minimizar a emissão de maus odores pela EEE-
5, pois estes causam grande impacto na população residente no entorno da unidade, afetando
sua qualidade de vida e degradando a imagem do Prestador de Serviços junto ao público.
Por fim é importante a realização de trabalho junto à comunidade para que esta seja
conscientizada da importância da manutenção da integridade da unidade, uma vez que cada
paralisação para manutenção corretiva contribui para o aumento significativo dos maus
odores provocados pelo acúmulo de esgotos na unidade.
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA SEDE MUNICIPAL DE DIAMANTINA – EEE – 05 – Junho/2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 5
2. ENTREVISTAS REALIZADAS ...................................................................................................................... 6
2.1. MINISTÉRIO PÚBLICO ............................................................................................................................................ 6
2.1. PREFEITURA MUNICIPAL ........................................................................................................................................ 7
3. ÁREAS, SEGMENTOS E UNIDADES FISCALIZADAS ..................................................................................... 7
4. SITUAÇÃO CONTRATUAL ......................................................................................................................... 7
5. FATOS LEVANTADOS ............................................................................................................................... 7
5.1. FATOS LEVANTADOS NO ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA SEDE DE DIAMANTINA ................................................................. 8
5.1.1. Elevatórias ........................................................................................................................ 8
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................................10
7. RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................................................11
8. AGENTES DE FISCALIZAÇÃO DA ARSAE-MG ............................................................................................11
APÊNDICE A. REGISTROS FOTOGRÁFICOS .......................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
A ARSAE-MG, em observância a Lei Estadual nº 18.309, de 03 de agosto de 2009, Lei Federal
nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, Lei Federal nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, suas
regulamentações e demais legislações pertinentes, atua na regulação e fiscalização dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário nos munícipios conveniados
com a Agência.
A ação de fiscalização visa determinar o grau de conformidade da unidade auditada em
consonância com as legislações e normas técnicas pertinentes, especialmente as Resoluções
Normativas expedidas pela ARSAE-MG, bem como a adequação da prestação dos serviços,
no que tange à qualidade, regularidade, continuidade, eficiência, segurança, generalidade e
atualidade.
Dessa forma, a Coordenadoria Técnica de Regulação Operacional e Fiscalização dos
Serviços, a partir do acolhimento do Ofício nº 203/2016/1ªPJD, da 1ª Promotoria de Justiça
de Diamantina do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, realizou fiscalização na
Estação Elevatória de Esgoto n.º 05 (EEE – 5), unidade que compõe o sistema de
esgotamento sanitário na sede urbana do Município de Diamantina, concedido à COPASA,
conforme características sintetizadas no Quadro 1. Os procedimentos de fiscalização
compreenderam entrevistas com o Prefeito Municipal e com a Promotora de Justiça do
Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) da comarca de Diamantina, análise documental
e inspeção técnica em campo. Assim, é objetivo deste relatório descrever os resultados
obtidos a partir da fiscalização.
Quadro 1. Características da fiscalização
Tipo de Fiscalização Fiscalização direta e indireta
Período da Inspeção de Campo 28 de abril
Localidade Fiscalizada Sede municipal de Diamantina
Serviço Fiscalizado
Esgotamento Sanitário
Prestador de Serviços Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA MG
Endereço da Sede do Prestador Rua Mar de Espanha, 525, bairro Santo Antônio. Belo Horizonte. CEP: 30.330-900.
Endereço do Local do Prestador Rua Barão de Paraúna, 282 – Bairro Presidente, Diamantina. CEP 39.1000-000
Representante(s) designado(s) pelo Prestador para acompanhamento
Celina de Souza Oliveira Bento Adenilson Soares da Silva
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2. ENTREVISTAS REALIZADAS
As entrevistas realizadas com representantes da Prefeitura Municipal, que é o Concedente
dos serviços de saneamento básico, e com a Promotoria de Justiça do Ministério Público
servem de subsídio para a execução da fiscalização.
2.1. Ministério Público
Os agentes de fiscalização da ARSAE-MG se reuniram com a Promotora de Justiça, Sra.
Luciana Teixeira Guimarães Christofaro, que relatou a existência do Inquérito Civil nº MPMG-
0216.15.001483-7 instaurado em 30/03/2016. O Inquérito tem como reclamante o morador do
Bairro Palha, Márcio André Baracho. Ele relatou que os residentes no entorno da Estação
Elevatória de Esgoto (EEE) da COPASA-MG estão sofrendo com o mau cheiro, proliferação
de insetos, aumento de doenças e desconforto sonoro causado pelo funcionamento das
bombas. Em razão do ocorrido, os moradores da região fizeram abaixo assinado, registraram
Boletins de Ocorrência junto à Polícia Militar e acionaram a vigilância sanitária municipal,
conforme descrito a seguir:
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2015-83719066, datado no dia 04/12/2015, foi
registrado por Márcio André Baracho, e relata sobre o mau cheiro e as doenças que
acometem a população desde que a EEE foi instalada. Afirma que a COPASA-MG foi
procurada várias vezes, porém, não apresentaram resolução para o problema.
O Boletim de Ocorrência nº B4772-2016-0001019, datado no dia 09/03/2016, foi
registrado por Michael Henrique Silva de Campos através de Disque-Denúncia. O
Corpo de Bombeiros se deslocou até o local e constatou a falta de segurança da
unidade, que não é capaz de impedir a entrada de pessoas, animais e, principalmente,
crianças, que correm riscos ao brincarem no local.
A Vigilância Sanitária realizou inspeção in loco no dia 14/03/2016, e emitiu relatório
informando ser procedente a reclamação dos moradores quanto ao forte mau cheiro
no entorno da EEE, não apenas quando a bomba está parada, mas também quando
está acionada. Concluíram que a COPASA-MG deve adotar medidas urgentes a fim
de sanar o problema e eliminar os riscos à saúde pública.
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2.1. Prefeitura Municipal
Os agentes de fiscalização da ARSAE-MG se reuniram com o representante da Prefeitura
Municipal, Sr. Cássio Antônio Moreira, vice-prefeito. Ao ser questionado sobre a situação do
serviço de esgotamento sanitário no bairro Palha, o vice-prefeito relatou não ter conhecimento
sobre as insatisfações dos moradores a respeito da estação elevatória de esgoto e afirmou
que os moradores fixaram residência no local antes da implantação do SES na região.
3. ÁREAS, SEGMENTOS E UNIDADES FISCALIZADAS
A Estação Elevatória de Esgotos (EEE-5) foi a unidade operacional fiscalizada durante o
procedimento descrito neste relatório.
4. SITUAÇÃO CONTRATUAL
Em fevereiro de 1995 foi assinado, entre o Município de Diamantina e a COPASA-MG,
Contrato de Concessão para exploração de serviços de abastecimento de água no prazo de
30 anos, conforme autorizado pela Lei Municipal 2.233/95.
Em setembro de 1997 foi assinado, entre o Município e a COPASA-MG, Contrato de
Concessão para exploração dos serviços de esgotamento sanitário, pelo prazo de 30 anos,
prorrogando o prazo da concessão dos serviços de abastecimento de água para que este
coincida com o prazo do último instrumento firmado, conforme autorizado pela Lei Municipal
2.449/97.
Ressalta-se que o referido contrato não estabelece metas físico-financeiras para
ampliação/implantação dos sistemas e, também, metas de qualidade dos serviços prestados,
metas estas que permitem melhor gestão dos serviços concedidos.
5. FATOS LEVANTADOS
São listados nesse item os principais fatos apurados na inspeção de campo da EEE-5,
unidade do SES da sede do município de Diamantina. Há também informações coletadas
junto ao prestador de serviços com o propósito de verificar a adequabilidade da prestação dos
serviços explorados, sobretudo o cumprimento da regulamentação expedida pela ARSAE-
MG.
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5.1. Fatos levantados no Esgotamento Sanitário da sede de Diamantina
A seguir são apresentados os principais aspectos de interesse relacionados à unidade
fiscalizada.
5.1.1. Elevatória
Foi realizada vistoria na EEE – 5, localizada no bairro Palha, a qual recalca os esgotos para
a EEE Final (Apêndice A – Foto 01). Foi observado que o poço de sucção da EEE, localizado
na altura do solo, é aberto, e recebe um grande volume de esgotos, os quais são armazenados
para que ocorra o bombeamento (Apêndice A – Foto 04). A chegada dos esgotos no poço
de sucção também é aberta e provoca turbilhonamento, e, consequentemente, maior
liberação de gases e que provocam o mau cheiro (Apêndice A – Fotos 02 e 03). A
conservação da área da unidade estava dentro dos padrões estabelecidos pela legislação
vigente e deve ser assim mantida para evitar a proliferação de insetos e demais transmissores
de doenças (Apêndice A – Foto 07). Quanto aos dispositivos danificados em virtude do
vandalismo, todos foram substituídos e o cercamento foi refeito, estando a EEE-5 em
condições normais de operação.
No momento da fiscalização, moradores do bairro procuraram os fiscais da ARSAE-MG para
relatarem suas considerações (Apêndice A – Foto 06 e 08). O morador Marcos André
Baracho informou que mora na região há mais ou menos 35 anos, e, antes da implantação da
EEE, os esgotos eram lançados no Rio Grande e não provocavam mau odor. Informou que
nos dias que antecederam a fiscalização o Prestador de Serviços realizou a limpeza da
unidade, que estava com a vegetação alta, atraindo ainda mais insetos e que houve também
uma limpeza no poço de sucção. Disse ainda que as elevatórias localizadas em bairros nobres
não têm poço de sucção aberto. O morador pede que sejam tomadas providências para
minimizar o mau cheiro e os ruídos provenientes da EEE (Apêndice A – Foto 05). O morador
Márcio André Baracho informou ter observado que o acionamento da EEE provoca mau cheiro
e disse se incomodar com o barulho da bomba durante a noite. De acordo com ele, a COPASA
não mostra interesse em resolver o problema. Outro morador, Julimar Monteiro, disse que a
situação é “questão de saúde pública”, que a EEE deveria funcionar tampada, sem colocar
em risco a saúde da população, e que houve piora na saúde de moradores após o início da
operação da EEE.
Em resposta aos questionamentos feitos pela Promotoria de Justiça ao longo do processo, a
COPASA-MG informou por meio de ofício datado no dia 23/02/2016, que a unidade existente
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no Beco do Curtume foi projetada para funcionar automaticamente, e assim, evitar a
decomposição dos esgotos e a ocorrência de mau cheiro. No entanto, de acordo com o
Prestador, a unidade vem sofrido ataques, depredação e roubos, fazendo com que seu
funcionamento seja interrompido, causando extravasamento e acúmulo de esgotos,
provocando o mau cheiro. Apresentaram, ainda, Boletins de Ocorrência registrados em função
do vandalismo:
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2015-83447503, registrado no dia 12/11/2015 por
funcionário da COPASA, informa que foi subtraída a comporta e a tampa do cesto de
coleta, e que o cesto de coleta foi arrancado e jogado dentro do poço de sucção, além
disso, foi desligado o padrão de energia, interrompendo o funcionamento da unidade.
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2015-83454409, registrado no dia 13/11/2015 por
funcionário da COPASA, informa que foram colocados diversos sacos de lixo, plásticos
e lonas na elevatória, comprometendo seu bom funcionamento. Também foi danificado
o medidor de nível.
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2015-83513791, registrado no dia 18/11/2015 por
funcionário da COPASA, informa que foram furtados dois cestos receptores de esgoto.
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2015-83575910, registrado no dia 23/11/2015,
registrado por funcionário da COPASA, informa que dois cestos receptores de esgoto
foram retirados e jogados no poço de sucção da elevatória. Tentaram arrancar os
cabos de automação das boias das elevatórias, além de arrancarem os disjuntores,
no intuito de danificar o quadro de comando.
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2016-80597573, registrado no dia 12/02/2016,
registrado por funcionário da COPASA que informou que pessoa não identificada
quebrou o padrão de luz, disjuntor e tampa da unidade elevatória de esgotos.
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2016-80762875, registrado no dia 22/02/2016,
registrado por funcionário da COPASA, alega que foi danificada a tampa do padrão da
Cemig que fica na unidade e que os atos de vandalismo são frequentes.
O Boletim de Ocorrência nº M0684-2016-81635228, registrado no dia 13/04/2016,
registrado por funcionário da COPASA, alega que foi cortada a cerca que delimita a
área da elevatória, e, por causa disso, diversos animais estão tendo acesso à unidade.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após averiguação dos fatos alegados pelas partes, observou-se que as reclamações que
originaram o Inquérito Civil nº MPMG-0216.15.001483-7 procedem, porém a situação é
agravada pelas ações de vandalismo ocorridas na unidade.
As águas residuais contêm matéria orgânica e mineral, além de alta quantidade de bactérias
e outros organismos, alguns podendo ser patogênicos e que, assim, podem causar problemas
de saúde, seja pelo contato direto ou através de vetores. Essas águas residuais em
decomposição produzem gases metano e sulfetos que causam odores desagradáveis e são
substâncias potencialmente tóxicas. O gás sulfídrico é o principal responsável pelo cheiro
característico do esgoto. As consequências da inalação dos gases por longos períodos são
prejudiciais à saúde de todos, principalmente se estiverem em altas concentrações, podendo
causar dores de cabeça, problemas respiratórios, náusea, alergias, entre outros sintomas.
É necessário que o Prestador busque entendimento junto aos moradores e proponha soluções
para a minimização do mau cheiro e do barulho proveniente da EEE, de forma que não venha
a prejudicar a saúde e a qualidade de vida da população.
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7. RECOMENDAÇÕES
1. Manter a área da unidade bem conservada, evitando acúmulo de mato e entulho para
evitar o aparecimento de vetores transmissores de doenças.
2. Adotar medidas para a redução da emanação de maus odores na unidade.
3. Adotar campanhas de conscientização junto à comunidade no sentido de contar com
o auxílio desta para vigilância da unidade e inibir as ações de vandalismo.
8. AGENTES DE FISCALIZAÇÃO DA ARSAE-MG
Denise Rodrigues Avelar
MASP: 1.371.772-3
Elbert Figueira Araújo dos Santos
MASP: 1.062.059-9
Belo Horizonte, junho de 2016.
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APÊNDICE A. REGISTROS FOTOGRÁFICOS
Foto 1. Vista Geral da EEE-5. Foto 2. Canal de chegada dos esgotos.
Foto 3. Passagem de esgoto pelo cesto no
tanque de sucção. Turbilhonamento. Foto 4. Tanque de sucção.
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Foto 5. Conjuntos moto-bombas. Foto 6. Presença dos moradores no momento da
fiscalização.
Foto 7. Área da EEE-5. Foto 8. Proximidade de residências à EEE-5.