SISTEMA DE CONSÓRCIOSUma Criação Brasileira
BRASILANOS 60
1967
1979 - NOVOS PRODUTOS
• Instalação da indústria automobilística
• Ausência de financiamento
• Concentração de renda
• Restrição da demanda por bens duráveis
EURECA
55 mil consorciados ativos
Após. pág.1
Setembro/ 1962
Funcionários do Banco do
Brasilconstituem o 1º grupo entre
amigos do País.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSEntidades Representativas
Após. págs. 2 e 3
AIACO(Junho de 1986)
EUROPA1984
ÁFRICA1990
AMÉRICA LATINA1983
INTERNACIONALIZAÇÃO
1967
Surge a necessidade de
se criar uma entidade que
representasse, perante o
poder público, os interesses
das inúmeras empresas que
despontavam por todo país.
Em 20 de junho é criada a
Associação Brasileira de
Administradoras de
Consórcios.
1981 Ampliação da base territorial da APACESPdeu origem ao
Sindicato Nacional dos Administradores de Consórcios
SISTEMA DE CONSÓRCIOSA ABAC e o Consumidor
1981
CRIAÇÃO DO
DEPARTAMENTO DE
ATENDIMENTO AO
CONSUMIDOR
Após. pág. 3
MAIS DE 61 MIL ATENDIMENTOS
REALIZADOS
Rateio do
que?
ABAC INFORMA Quando será que ele vai entender
o funcionamento o rateio do reajuste de saldo de caixa?
É tão simples!
dirimir conflitos
SISTEMA DE CONSÓRCIOSLegislação
HISTÓRICO DAS LEIS
• Dezembro de 1971, Lei nº 5.768 • Agosto de 1972, Decreto nº 70.951
• Março de 1991, Lei nº 8.177artigo 33
obrigatoriedade de prévia autorização
do Ministério da Fazenda
• Junho de 1986, Lei nº 7.492/86 equiparação a instituição financeira
• Outubro de 1988, Constituição FederalInciso XX do artigo 22
competência da União para legislar
autorização normatização e fiscalização Banco Central
Após. pág. 3
SISTEMA DE CONSÓRCIOSLegislação
• Constituição/ Autorização – Circular nº 3.342/2007
• Capital Mínimo/Limite Operacional – Circular nº 2.861/1999
• Constituição e Funcionamento de Grupos – Circular nº 2.766/1997
• Prestação de Serviços aos consorciados – Circular nº 3.085/2002
• Contabilidade Grupos e Administradora – Circular nº 2.381/1993 e Carta-Circular nº 3.147/2004
NORMAS ATUAIS
Após. pág. 3
Vocêsencontrarão cópias
atualizadas das Circulares BC nºs 2.766/97
e 3.085/02 a partir da página 36 da apostila.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSEnquadramento no SFN
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL COMPOSIÇÃO
ÓrgãosNormativos Conselho Monetário Nacional
Conselho Nacional de SegurosPrivados
Conselho de Gestão daPrevidência
Complementar
EntidadesSupervisoras
Banco Central doBrasil
Comissão deValores
Mobiliários
Superintendênciade Seguros
Privados
IRB-BrasilReseguros
Secretaria dePrevidência
ComplementarInstituiçõesfinanceiras
captadoras dedepósitos à vista
Sociedades seguradorasBolsa demercadorias
e futuros
Sociedades de capitalizaçãoDemaisinstituiçõesfinanceirasOperadores
Outrosintermediáriosfinanceiros e
administradoresde recursos de
terceiros
Bolsa devalores Entidades abertas de
previdência complementar
Entidades fechadas deprevidência
complementar
Administradoras de Consórcios
SISTEMA DE CONSÓRCIOS
SC
UM SISTEMA COOPERATIVADO
SOCIALIZA O CONSUMO
UM MECANISMO NÃO INFLACIONÁRIO
POSSIBILITA A PROGRAMAÇÃO DA COMPRA E O DESENVOLVIMENTO PROGRAMADO DA INDÚSTRIA
Após. pág. 4
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAdministradora
PRESTADORA DE SERVIÇOS
OBJETO SOCIAL EXCLUSIVO (MAIO DE 1996)
AUTORIZAÇÃO OBRIGATÓRIACAPITAL INICIAL REALIZADO EM MOEDA CORRENTE
LIMITE DE ALAVANCAGEM
Após. págs. 5 e 6
ENQUADRADA COMO SOCIEDADE EMPRESÁRIA
limite de alavancagem
=saldo das operações
passivas da adm.
+saldo das
disponibilidades de grupos
≤ 6 x patrimônio líquido ajustado
Deste saldo podemos deduzir os recursos pendentes de
recebimentoCobranças Judiciais
Deste saldo podemos deduzir os valores relativos aos créditos pendentes de contemplação
desde que aplicados no SELIC
Devemos deduzir do PLA a participações no capital social de
outra administradora
EsteEste quadroquadro podepode ser ser muitomuito útil útil parapara vocêvocê
Patrimônio Líquido é a diferença entre os bens/direitos e as obrigações da empresa.
Saldos das disponibilidades de grupos
• todo valor arrecadado de consorciado (FC, FR, SG)• créditos não utilizados por contemplados• aplicações financeiras dos grupos e do contemplado
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContrato - Natureza Jurídica
GRUPO
CONSORCIADO ADMINISTRADORA
Após. pág. 6 a 7
contrato
plurilateral
Segundo o Desembargador do TJ do RJ, professor Sylvio Capanema, o contrato de consórcio é negócio jurídico plurilateral, dependendo sua formação do consenso de mais de duas vontades. Dele emergem obrigações para todas as partes envolvidas, sendo, ainda, oneroso e de execução continuada com nítido caráter coletivo.
Arti. 2º da Circular nº 2.336/93, o regulamento do consórcio deve ser registrado no Cartório de Registro de
Títulos e Documentos O contrato
pode ser
alterado?
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContrato
• FORMA DE CONTRATAÇÃO
- CONTRATO POR ADESÃOLEI Nº 8.078, art. 54 c/cart.46 e o inc. I do art. 1º da Cir. BC n º 3.085/02
• MODALIDADE DE ADESÃO- GRUPO EM FORMAÇÃO
(taxa de adesão + 1º prestação)
- GRUPO JÁ FORMADO ›Reposição de Cota (taxa de adesão + prestação do mês)
›Transferência de Cota (taxa de serviço)
Após. pág. 6 a 8
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContrato
Após. pág. 9
-Quem pode assinar o contrato de consorcio?O contrato de consórcio pode ser assinado por pessoa física ou jurídica:I - Pessoa física: aos 18 anos a pessoa adquire capacidade plena, podendo, pois, firmar contrato de consórcio. Os maiores de 16 anos e menores de 18 anos (relativamente incapazes), devem estar assistidos pelos pais, tutor ou curador, que com ele assina o contrato. Os menores de 16 anos serão representados. Neste caso, sequer assinam o contrato de adesão.II – Pessoa jurídica: neste caso, o contrato deverá ser assinado pelo representante legal da sociedade.
Importante: O departamento jurídico da administradora sempre deverá ser consultado para analisar os casos considerados excepcionais.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContrato
Após. pág. 9
-O conteúdo de uma propaganda cria obrigações para a administradora de consórcios?
De acordo com o artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor, toda informação ou publicidade,suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Havendo choque entre a mensagem publicitária e o conteúdo escrito do contrato, prevalecerá aquilo que for mais benéfico ao consumidor, conforme artigo 47 do CDC.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContrato
Após. pág. 9
-O Banco Central limita o número de cotas a ser adquirida por consumidor?
O Banco Central não fixa limite de cotas por consumidor em uma mesma administradora ou grupo de consórcio. Caberá à administradora avaliar os riscos financeiros que podem sobrevir da venda efetuada, seja em um mesmo grupo ou grupos diferenciados. Devemos sempre lembrar que a administradora é contratada para bem gerir os interesses do grupo em primeiro lugar e depois os do consorciado, individualmente falando.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSGrupo
• SOCIEDADE DE FATO
• PRAZO DE DURAÇÃO PREVIAMENTE DETERMINADO (liberado pela Cir. n º 2.821/98)
• NÚMERO DE COTISTAS PREVIAMENTE DETERMINADO
nº de cotistas = prazo do grupo X nº de contemplações mês
• PRAZO DE 90 DIAS COM 70% DA COTAS PREENCHIDAS
• CONSTITUÍDO NA DATA DA PRIMEIRA AGO, QUE SÓ PODERÁ SER
REALIZADA APÓS 8 DIAS DA ÚLTIMA ADESÃO SE FORA DA ADM.
• INTERESSE COLETIVO PREVALECE SOBRE O INDIVIDUAL
Após. pág. 10 a 11
SISTEMA DE CONSÓRCIOSGrupo
Após. pág. 11 a 12
O prazo de duração previamente estabelecido no contrato pode ser alterado?Como já esclarecido anteriormente, o contrato de consórcio só poderá ser modificado por deliberação da AGE - Assembléia Geral Extraordinária dos consorciados. Portanto, na ocorrência de fatos que onerem em demasia os consorciados, ou de outros eventos que dificultem a satisfação de suas obrigações, poderá a AGE deliberar sobre a dilação do prazo de duração do grupo, com suspensão ou não do pagamento de prestações por igual período. A AGE se instalará com qualquer número de consorciados do grupo e as deliberações serão tomadas por maioria dos votos dos presentes, não se computando os votos em branco, dos inadimplentes e dos contemplados. (cf.: inc. IV do art.3º c/c o inc. III do art. 26 do regulamento anexo à Circular nº 2.766/97)
SISTEMA DE CONSÓRCIOSGrupo
Após. pág. 11 a 12
Pode um grupo ter mais de um prazo de duração estabelecido em seu contrato?
Vejamos um exemplo prático: Consorciado “A” adere a grupo que possui prazos diferenciados de duração de 24, 36 e 50 meses. O cotista opta, em sua adesão, pelo plano de 24 meses de duração.
Questões a serem resolvidas pela administradora:
1. Estaria o Consorciado “A” sujeito ao pagamento de reajuste do saldo de caixa (inc. I, do art.17 da Cir. nº 2.766/97) após transcorridos 24 meses de sua adesão, sendo ele um cotista não contemplado?
2. Transcorridos os 24 meses e não tendo sido contemplado, teria o Consorciado “A” direito a receber seu crédito independentemente de sorteio?
3. Teria ele direito a pleitear devolução de valores referentes ao fundo de reserva, mesmo antes do término do plano de 50 meses?
4. Se desistente, teria ele direito a pleitear devolução de valores referentes ao fundo comum e fundo de reserva, mesmo antes do término do plano de 50 meses?
SISTEMA DE CONSÓRCIOSBens ou Serviços de Referência
Após. pág. 12
• CONJUNTO I – VEÍCULOS AUTOMOTORES, AERONAVES, EMBARCAÇÕES, MÁQUINAS AGRÍCOLAS, EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS E RODOVIÁRIOS;
• CONJUNTO II – OUTROS BENS MÓVEIS DURÁVEIS, EXCETO OS DO CONJUNTO I;
• CONJUNTO III – SERVIÇOS TURÍSTICOS, NACIONAIS OU INTERNACIONAIS;
• CONJUNTO IV – BENS IMÓVEIS (TERRENO, CONSTRUÇÃO OU REFORMA).
Podem ser referência de grupo de consórcio: bens ou conjunto de bens móveis duráveis, novosnovos, de fabricação nacional ou estrangeira; bens imóveis; e serviços turísticos, abrangendo bilhetes de passagens aéreas e/ou pacotes turísticos. (cf.: art.2º do regulamento anexo à Circular nº 2.766/97)
O GRUPO SÓ PODE SER FORMADO POR UM DOS SEQUINTES CONJUNTOS:
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas poderá ajuda-lo a classificar os bens especificados no Conjunto I.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSBens ou Serviços de Referência
Após. pág. 12
Pode um grupo ter mais de um bem como referência?Pelas normas atuais estabelecidas pelo Banco Central, um grupo pode ter como referência mais de um tipo de bem, independentemente dos seus valores, desde que pertencentes a um dos conjuntos listados no art. 3º, inciso IX do regulamento anexo à Circular nº 2.766/97. No entanto, cabe à administradora, como gestora dos interesses do grupo, estabelecer regras internas sobre a viabilidade financeira dos grupos por ela administrados.
Se pela regra do BC, só coisa nova pode servir de referência em grupo de consórcio de bens móveis, como pode a administradora constituir grupos de veículo usados?De acordo com o estabelecido no §2º do art 2º do regulamento anexo à Cir. 2.766/97, redação dada pelo art. 9º da Cir. BC nº 2.861/99, é facultado à administradora constituir grupos referenciado em percentual do valor do bem ou do conjunto de bens, novos.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSSistemática de Pagamento
• SISTEMA CONTROLADO EM % DO BEM OU SERVIÇO
• CRÉDITO E DÉBITO LIGADO AO % DO PREÇO DO BEM OU SERVIÇO (para imóvel – índice setorial)
• DATA DE PAGAMENTO– CALENDÁRIO (artigo 15 da Cir. 2.766)
Após. pág. 13
SISTEMA DE CONSÓRCIOSSistemática de Pagamento
Após. pág. 13
Quais índices utilizados para atualizar os contratos de grupos referenciados em imóveis?Os mais comumente utilizados são: (i) CUB - Custo Unitário Básico, divulgado pelos SINDUSCON - Sindicatos da Indústria da Construção e o INCC - Índice Nacional de Custo da Construção da Fundação Getúlio Vargas. Vale registrar que, em virtude de Leis publicadas na época do Plano Real, a atualização de contratos com prazo de duração superiores a 12 meses só pode ocorrer anualmente.
Pode a administradora alterar as datas de vencimento das prestações já informadas em calendário previamente por ela distribuído?Entendemos que desde que justificada a mudança e informada em tempo hábil, poderá a administradora alterar as datas de vencimento das prestações informadas em calendário já distribuído. Tal mudança não pode causar prejuízo financeiro ao grupo.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
PRESTAÇÃO MENSAL
PM = FC TA FR TS
FR e TS FACULTATIVOS
Após. pág. 13
Os consorciados obrigam-se a pagar, em periodicidade indicada em contrato, prestação cujo valor será a soma das importâncias referentes ao fundo comum e a taxa de administração.
A administradora poderá cobrar, ainda, fundo de reserva e seguro, desde que previsto contratualmente.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
PERCENTUAL CONTRATADO 100%(Cobrança linear)
100% 50 MESES = 2%
R$16.000,00 2% = R$320,00
FUNDO COMUM
Após. pág. 1 4
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
PERCENTUAL CONTRATADO 10%(Cobrança linear sem taxa de adesão)
10% 50 MESES = 0,2%
R$16.000,00 0,2% R$32,00=
Após. pág. 14
Assim já é demais, será que ela pensa que eu
não sei fazer conta?
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
TAXA DE ADMINISTRAÇÃOPERCENTUAL CONTRATADO 10%(Cobrança linear e taxa de adesão de 1%)
Após. pág. 14
Cláusula contratual que estabelece a taxade administração a ser paga pelo cotista, problemas detectados pelo BC.
Agora é o BC que pensa que eu não
sei elaborar o contrato!
Fica o cotista obrigado a pagar, a título de Taxa de Administração,10% (dez por cento) calculado sobre o valor do bem indicado na Cláusula nº YYY, sendo que na adesão ser-lhe-á cobrado 1% (um por cento) e a cada parcela mensal 0,18 % (dezenove décimos por cento).
Erro mais comum:Taxa de Adm. total: 10% Adesão: 1% Taxa mensal: 0,2%0,2%
Orientação técnica do BACEN sobre a possibilidade de se estabelecer a cobrança de taxa de adesão em contrato de consórcio:
“Atualmente não existe taxa de adesão. Quando você entra em um grupo de consórcio, a administradora poderá cobrar além da primeira mensalidade ou prestação, a antecipação de recursos relativos à taxa de administração. Mas tudo isto deve estar previsto no contrato de adesão ”.
www.bcb.gov.br
Já o SINDEC - Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, assim esclarece:
“A orientação é que o consumidor tome alguns cuidados antes da adesão: deve verificar se no contrato há identificação das partes contratantes, descrição do crédito, valor da taxa de adesão (média 2% a 4% do total do crédito),... ”.
www.mj.gov.br
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
FUNDO DE RESERVA
PERCENTUAL CONTRATADO 5%(Cobrança linear)
50 MESES 0,1%=
0,1% R$16,00=R$16.000,00
5%
Após. pág. 15
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
CALCULANDO A PRESTAÇÃO
VALOR DO BEM R$16.000,00
FUNDO COMUM 2% R$320,00
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO 0,2% R$32,00
FUNDO DE RESERVA 0,1% R$16,00
PRESTAÇÃO MENSAL 2,3% R$368,00
AO VALOR DA PRESTAÇÃO MENSAL PODERÁ SERACRESCIDO TAXA DE SEGURO
Após. pág. 15
IMPORTANTE: caso a administradora estabeleça em contrato que o pagamento de seguro de vida, de quebra de garantia e seguro desemprego será deliberada na primeira assembléia do grupo, uma vez confirmada sua contração, tornar-se-á o seguro obrigatório para os consorciados que aderirem ao grupo em andamento. Tal fato deve ser observado no contrato de consórcio.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Ordinária
DIFERENÇAS DE PRESTAÇÕES
•CLÁSSICA REAJUSTE ENTRE A LIBERAÇÃO DO BOLETO E AGO (TA + FR)
Emissão do boletoValor do bem R$ 16.000,00
Aumento de 10%Valor do bem R$ 17.600,00
Valor pagoR$ 368,00
Deveria ter pago R$ 404,80
% não recolhido = 0,2091
Diferença de prestação = (R$ 404,80 - R$ 368,00) X 100% = 0,2091% R$ 17.600,00
10 de setembro 15 de setembro
data do pagamento18 de setembro
assembléia21 de setembro
Após. pág. 16
Este valor deverá ser compensado até a 2º prestação
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
• REAJUSTE DO SALDO DE CAIXA - REAJUSTE ENTRE DUAS AGO’S ( só TA)
- REAJUSTE ENTRE A CONTEMPLAÇÃO E O CANCELAMENTO DA MESMA ( só TA)
Valor disponível para contemplaçãoR$ 36.800,00
2 bens de R$ 16.000,00
Saldo de caixa R$ 4.800,00
Insuficiência de caixa deR$ 480,00
Deveria ter no caixaR$ 5.280,00
assembléia21 de setembro
3º dia útil 24 de setembro
aumento de 10%04 de outubro
Rateio do reajuste = [(R$ 5.280,00 - R$ 4.800,00) : 100 cotistas] X 100% = 0,0273% + Ta do saldo de caixa R$ 17.600,00
Após. pág. 17
Este valor deverá ser compensado até a 2º prestação
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
Após. pág. 18
• despesas realizadas com escritura, taxas, emolumentos e registro das garantias prestadas;
• compra e entrega do bem, por solicitação do consorciado, em praça diversa daquela constante do contrato de adesão;
• entrega, a pedido do consorciado, de segunda via de documento;
• cobrança de tarifa bancária, quando o pagamento for efetuado por meio de instituição financeira; e
• cobrança de taxa, sobre os montantes não procurados pelos consorciados ou excluídos, entre outros.
São ainda passíveis de cobrança, desde que previstas no contrato de consórcio, as obrigações financeiras do consorciado, inclusive aquelas que vierem a ser estabelecidas em decorrência de:
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
Após. pág. 19
Pode a administradora repassar ao consorciado a tarifa bancária?
Ela acabou de informar que pode ser repassada a tarifa bancária,
será que ela pensa que não prestei atenção???
A administradora, nos municípios em que mantiver dependência em funcionamento ou em que estiver representada por conveniada, deverá manter setor adequado para recebimento das prestações mensais dos seus consorciados. No entanto, a administradora poderá oferecer a estes a opção de recolhimento de suas prestações por intermédio da rede bancária, desde que faça constar do bloqueto de cobrança aviso de que o ônus da tarifa cobrada pelo serviço será de responsabilidade do consorciado. Tal valor deve ser recolhido diretamente ao banco recebedor do pagamento da prestação. Caso não mantenha setor adequado para recebimento das prestações mensais dos seus consorciados, não poderá debitar destes a tarifa bancária. (cf.: art. 7º da Circular BC nº 2.332/93)
Nem sempre as informações constantes do site do SINDEC podem nos ajudar a realizar o atendimento ao Consorciado. A cobrança de tarifa bancária é um destes casos.
“Algumas empresas emitem boletos (faturas, etc.) para pagamento de obrigações
contratadas, acrescentando ao valor principal quantia relativa à tarifa para
pagamento em banco.
Mesmo que esse procedimento esteja previsto em cláusula contratual, ou do
fornecedor dispor de local alternativo para quitação da obrigação, a cobrança pode
ser caracterizada como abusiva porque a cobrança é parte integrante do negócio do
fornecedor de produtos e serviços.”
www.mj.gov.br
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
Após. pág. 18
Pode a administradora repassar o valor cobrado pelo SNG - Sistema Nacional de Gravames pela inclusão e baixa da alienação de veículos automotores?
Desde que prevista tal cobrança no contrato de consórcio, poderá a administradora repassar os valores estabelecidos pelo SNG para a inclusão de gravame. A regra constante da Resolução BC nº 2.303, de 25.07.96, proíbe à administradora a cobrança pela expedição de documentos destinados à liberação de garantias de qualquer natureza. Esclarecemos que a aplicação de referida resolução pode ser contestada, uma vez que dela não consta referência ao artigo 33 da Lei 8.177/91. Vale registrar que pelas regras estabelecidas na Resolução Contran nº 124, de 14.02.01, após a quitação do financiamento (consórcio é autofinanciamento) o credor fiduciário deve liberar o veículo da alienação fiduciária junto aos órgãos ou entidades executivas de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, para que o novo Certificado de Registro de Veículo (CRV) possa ser emitido sem o registro do gravame. A baixa pode ser feita eletronicamente, mediante sistema compatível com os dos órgãos de trânsito, sob as expensas das empresas credoras.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSDocumento de Cobrança
FUNDO COMUM FUNDO DE RESERVA TAXA DE ADMINISTRAÇÃO PRÊMIO DE SEGURO DIFERENÇA DE CONTRIBUIÇÃO REAJUSTE DE SALDO DE CAIXA MULTA E JUROS MORATÓRIOS VALOR TOTAL DA CONTRIBUIÇÃO PREÇO DO BEM OU SERVIÇO E VALOR DE CRÉDITO NA DATA-BASE DA ASSEMBLÉIA (cf.: art.14 da Circular Bacen nº 2.381, de 18/11/93)
Última Demonstração das Variações nas Disponibilidades de Grupos
Demonstrativo Individual do Consorciado
• INFORMAÇÕES
• DOCUMENTOS REMETIDOS
Após. pág. 18 a 19
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAdiantamento de Prestações
- PREVISÃO CONTRATUAL
- LANCE VENCEDOR
- DIFERENÇA DE CRÉDITO
- DIFERENÇA DE PRESTAÇÃO
• LIQUIDAÇÃO DE SALDO DEVEDORA quitação só será dada ao consorciado contemplado
cujo crédito tenha sido utilizado, com a conseqüente
liberação das garantias.
• FORMA DIRETA
• FORMA INDIRETA
Após. pág. 19 a 20
Orientação técnica do SINDEC - Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor sobre a quitação total ou parcial do saldo devedor em contrato de consórcio: “Na quitação do saldo devedor do consórcio não se aplicam as disposições do artigo 52, do Código de Defesa do Consumidor, que determina a redução proporcional dos juros e demais acréscimos, tendo em vista que essa disposição é para financiamentos e outorga de crédito, o que não é o caso do sistema de consórcio. Para esse caso, o consumidor deve verificar o que estabelece o contrato de adesão”.
www.mj.gov.br
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAtraso ou Falta de Pagamento
• CONSORCIADO CONTEMPLADO OU NÃO – Impossibilidade de voto em assembléias– Multa de 2% e juros de 1% sobre parcelas
• CONSORCIADO NÃO CONTEMPLADO– Não participação do sorteio e lance
– Exclusão do grupo
– Cláusula penal
• CONSORCIADO CONTEMPLADO – Créditos não utilizados: - abatimento de pm + juros e multa ou
- cancelamento da contemplação
– Crédito já utilizado: medidas judiciais
Após. pág. 20
CONSEQÜÊNCIAS DO ATRASO OU DA FALTA DE PAGAMENTO
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
Esta questão não consta da após.
Pode a administradora repassar ao consorciado devedor os honorários advocatícios?
Questão polemica, porém, entendemos ser possível a cobrança dos honorários, seja a cobrança extrajudicial ou judicial, a saber:
Cobrança extrajudicial: possível se contratado advogado externo.
Alertamos para disposto no, item 9º da Portaria nº 04 de 1998 da Secretaria de Direito Econômico, que entende ser abusiva cláusula que estabeleça a obrigatoriedade de pagamento de tais honorários sem que haja o ajuizamento de ação. ( multa por desacato – art 22 do Dec. nº 2.181/97)
Cobrança judicial: após aprendido o bem, o cotista devedor poderá pagar a divida, sendo devido, ainda, as despesas de cobrança e os honorários.
Se o processo terminar por desistência ou reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu ou reconheceu. ( art. 26 do CPC c/c o §2º do art. 3º do Dec.Lei nº 911/69 com redação dada pela Lei nº 10.931/04)
Debitar ao grupo os honorários: não entendemos possível responsabilizar o grupo pelo pagamento de honorários.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
Esta questão não consta da após.
O não recebimento do boleto bancário exime o consorciado do pagamento?
“O não recebimento do documento para pagamento (boleto, fatura, etc) não exime o
consumidor da obrigação de quitar o valor devido, quando o consumidor conhece o
vencimento do seu débito e o endereço do credor.”
Ao deixar de enviar o boleto ou atrasar o envio, no entanto, a empresa pode ser
questionada pela má prestação do serviço, com base no artigo 20, parágrafo 2º, do
Código de Defesa do Consumidor, que dispõe: "São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as
normas regulamentares de prestabilidade".
Vejamos as informações constantes do site do SINDEC sobre este assunto.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContribuição Extraordinária
Esta questão não consta da após.
Um consorciado teve sua cota cancelada por falta de pagamento. Após 6 meses postula reativação, pode a administradora aceitar tal proposta?
Resposta: Claro que pode, desde que efetue o pagamento das prestações em atraso
com as devidas correções (valor atualizado mais juros e multa). O consorciado poderá
acertar com a administradora a melhor forma de pagamento (acordo deverá ser
elaborado por escrito).
Complemento: A administradora só poderá aceitar o acordo, caso tenha no grupo
cotas vagas ou de reposição, caso contrario, poderá ela estar alterando o número
máximo de cotistas estabelecido em contrato.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAssembléias Gerais
- CONTEMPLAÇÕES;- PRESTAÇÃO DE CONTAS;- CANCELAMENTO DE CONTEMPLAÇÃO;- QUAISQUER OUTRAS INFORMAÇÕES.
•ORDINÁRIAS
Após. pág. 21
Nas assembléias do grupo, a administradora deve colocar à disposição do consorciado e lhe entregar, se solicitado (registrar na ata a disponibilidade dos docs.):
• cópia do último Balancete Patrimonial da Administradora, bem como da Demonstração dos Recursos de Consórcio do respectivo grupo que serviu de base à demonstração consolidada entregue ao BC;
• a Demonstração das Variações nas Disponibilidades de Grupos, referente ao período compreendido entre a data da última assembléia de consorciados e o dia anterior, ou do próprio dia, a critério da administradora; e
• relação completa, com nome e endereço de todos os participantes do grupo a que pertençam, ou documento em que esteja formalizada a discordância do cotista com a divulgação dessas informações.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAssembléias Gerais
Após. pág. 21
• Comprovar a comercialização de, no mínimo, 70% das cotas do grupo;
• Promover a eleição de, no mínimo, 3 (três) consorciados que, não podendo concorrer à eleição funcionários, sócios, gerentes, diretores e prepostos, com poderes de gestão da administradora ou das empresas a ela ligadas;
• Fornecer todas as informações necessárias para que os consorciados decidam sobre a modalidade de aplicação financeira mais adequada para os recursos coletados, bem como sobre a necessidade ou não de conta individualizada para o grupo; e
• Registrar na ata o nome e o endereço dos responsáveis pela auditoria externa contratada e, quando houver mudança, anotar na ata da assembléia seguinte ao evento os dados relativos ao novo auditor.
NA PRIMEIRA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DO GRUPO, A ADMINISTRADORA DEVERÁ:
(registrara em ata)
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAssembléias Gerais
a) Substituição da Administradora;
b) Fusão de Grupos de Consórcios;
c) Dilação do Prazo de Duração do Grupo;
d) Dissolução do Grupo;
e) Substituição do Bem Referenciado no Contrato.
•EXTRAORDINÁRIAS
Após. pág. 22
IMPORTANTE: Nas AGE, os procuradores ou representantes legais dos consorciados deverão ter poderes específicos para deliberar sobre o assunto constante da convocação, e a administradora somente poderá representar o consorciado se esse lhe outorgar poderes específicos para o evento.
IMPORTANTE: Nas deliberações a respeito dos assuntos de que tratam as letras “cc”, “dd” e “ee”, só serão computados os votos dos consorciados não contemplados do grupo.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSSubstituição do Bem
BEM RETIRADO DE FABRICAÇÃO
CONVOCAÇÃO DE AGE: VOTOS COMPUTADOS DOS COTISTAS NÃO CONTEMPLADOS
• BEM DE REFERÊNCIA = R$ 16.000,00 - VALOR DA CATEGORIA = R$ 18.400,00
50 MESES (PM = R$ 16.000,00 X 2,3% ) PM = R$ 368,00
N° PRESTAÇÕES PAGAS = 7 ( R$ 368,00 x 7 = R$ 2.576,00 )
Nº DE PRESTAÇÕES A SEREM PAGAS = 43
• NOVO BEM DE REFERÊNCIA = R$ 17.600,00 - VALOR DA CATEGORIA = R$ 20.240,00
PM do novo bem (R$ 17.600,00 X 2,3%) PM = R$ 404,80
R$ 404,80 X 7 = R$ 2.833,60 valor que deveria ter sido pago
REFLEXOS NAS PRESTAÇÃO FUTURAS• CONSORCIADO NÃO CONTEMPLADO %PM ={[(R$ 2.833,60 – R$ 2.576,00) : R$ 17.600,00] : 43} x 100 = 0,0340% %PM = 0,0340% + 2,3% = 2,334% PM = R$ 17.600,00 X 2,334% = R$ 410,78
• CONSORCIADO CONTEMPLADO % DE AMORTIZAÇÃO SERÁ MANTIDO = 2,3% PM = R$ 368,00 (não será afetado pela mudança do bem)
10%
Após. pág. 22
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContemplação
• DIREITO DE UTILIZAR O CRÉDITO CONDICIONADA À EXISTÊNCIA DE RECURSOS NO FUNDO COMUM
- Só o consorciado adimplente pode participar da contemplação. (o SINDEC poderá ajudar você a esclarecer a
insuficiência de caixa)
• MODALIDADES (regras devem constar do contrato): - SORTEIO (Globo Giratório, Extração da Loteria Federal) - LANCE
• CANCELAMENTO DE CONTEMPLAÇÃO- Permitido – para grupos formados até a publicação da Cir. nº 2.659/96;- Não permitido – para grupos formados a partir da publicação da Cir. nº 2.659/96 até a publicação da Cir. n º 3.084/02; - Permitido – para grupos formados após a entrada em vigor da Cir. n º 3.084/02.
Após. pág. 23 a 25
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContemplação por Lance
•MODALIDADES DE LANCE:
LANCE = R$ 2.000,00
Decompondo o valor ofertado:
FC = (R$ 2.000,00 x 100%) ÷ 115% = R$ 1.739,13 ~ 10,8695%10,8695%
TA = (R$ 2.000,00 X 10%) ÷ 115 = R$ 173,91
FR = (R$ 2.000,00 X 5%) ÷ 115% = R$ 86,96
Lance em espécie
Lance embutido
Lance com recursos do saldo da conta vinculada ao FGTS
Após. pág. 23 a 24
Ex.: VALOR DA CATEGORIA = R$ 18.400,00
FC = 100% = R$ 16.000,00
TA = 10% = R$ 1.600,00
FR = 5% = R$ 800,00
IMPORTANTEIMPORTANTE: % referente ao Fundo Comum a ser amortizado = 10,8695%10,8695%
SISTEMA DE CONSÓRCIOSContemplação por Lance
- LANCE EMBUTIDO Crédito = ao da data da Assembléia menos o valor do lance
- LANCE EM ESPÉCIE Crédito = ao da data da Assembléia
- LANCE com FGTS Crédito = ao da data da Assembléia menos o valor do lance
Após. pág. 23 a 24
R$ 2.000,00 (o cotista tem o dinheiro)
R$ 16.000,00crédito liberado R$ 14.000,00
valor liquido
R$ 2.000,00 (o cotista toma emprestado do grupo)
R$ 14.000,00crédito liberado R$ 14.000,00
valor liquido
R$ 2.000,00 (o cotista utiliza os recurso do FGTS)
R$ 14.000,00crédito liberado R$ 14.000,00
valor liquidoDisponívelpara uso
R$ 16.000,00
Disponívelpara uso
R$ 16.000,00
Disponívelpara uso
R$ 14.000,00
IMPORTANTEIMPORTANTE
Independentemente do critério utilizado,
o % a ser amortizado,
referente ao Fundo Comum,
será de 10,8695%10,8695%
para todos os cotistas.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAquisição do Bem ou Serviço
• LIBERAÇÃO ATÉ O 3º DIA ÚTIL DA CONTEMPLAÇÃO (Rentabilidade financeira desde essa data)
- ALIENAÇÃO;
- HIPOTECÁRIA;
- SEGURO DE QUEBRA;
- GARANTIAS COMPLEMENTARES.
• GARANTIAS
Após. pág. 25 a 26
- ESPÉCIE:
• LIBERDADE DE ESCOLHA
- dentre as categorias do contrato,- quando utilizado FGTS, restrita às regras do Fundo Curador
- MOMENTO;
- PREÇO;
- LOCAL.nota promissória, fiança...
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAquisição do Bem ou Serviço
Após. pág. 27
Pode o consorciado solicitar à administradora que o exclua dos sorteios? A norma vigente não disciplina essa questão, todavia recomenda-se o estabelecimento de regra contratual que discipline o procedimento. Por exemplo: “É facultado ao consorciado adimplente solicitar a exclusão de sua cota do sorteio mensal, desde que o faça formalmente, com ___ dias de antecedência da AGO, ficando, porém, obrigado a concorrer e aceitar a contemplação, caso inexista consorciados interessados e/ou aptos de concorrer ao respectivo sorteio”. A recomendação acima se deve ao fato que o procedimento em questão pode prejudicar o grupo, caso ocorra aumento do bem durante o lapso de tempo que porventura inexistam consorciados aptos à contemplação. Caso isso ocorra, o grupo suportará tal aumento e não somente àqueles que não tinham interesse na contemplação.
Embora pareça pouco provável que inexistam consorciados interessados na contemplação, tal fato pode realmente ocorrer. Para ilustrar, reproduzimos abaixo, questionamento de administradora: “Existem grupos que, estando nas suas últimas assembléias de contemplações encontram dificuldades em contemplar por não possuírem cotas aptas, pois todas as cotas não contempladas estão com parcelas em atraso e/ou solicitaram a exclusão da participação do sorteio. Entendemos que essa situação possa prejudicar o grupo, caso ocorra alta de preço de bem e para tanto solicitamos vosso parecer...”.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSAquisição do Bem ou Serviço
Após. pág. 27
Pode a administradora negar a liberação do crédito ao consorciado contemplado, em virtude da não aprovação das garantias apresentadas?Como gestora dos interesses do grupo, a administradora poderá não aprovar as garantias apresentadas pelo cotista, nesse caso deverá ela fundamentar a sua negativa. Vale registrar que a não aprovação das garantias não implica no cancelamento da contemplação, que só ocorrerá com a inadimplência do cotista contemplado. (artigo 3º, inc. IX do regulamento anexo à Circular 2.766/1997, redação mantida pela Cir. nº 3.084/02)
Poderia a administradora aceitar outro tipo de garantia que não a hipoteca ou a alienação do próprio bem adquirido com o crédito liberado após a contemplação?Para utilizar o crédito, o consorciado que tenha saldo devedor para com o grupo e a administradora deverá apresentar garantias compatíveis com o referido saldo devedor para salvaguardar a saúde financeira do grupo e da própria administradora. Logo, caberá à administradora, como gestora do grupo, analisar, além da natureza da garantia apresentada, a situação econômico-financeira do cotista e principalmente a qualidade e segurança da mesma.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSPagamento do Bem ou Serviço
- 180 DIAS APÓS A CONTEMPLAÇÃO
- 60 DIAS DA ÚLTIMA CONTEMPLAÇÃO.
• LIBERAÇÃO EM ESPÉCIE
• PRAZO PARA O PAGAMENTO
- PARA PAGAMENTO DE DESPESAS AGREGADAS: ESCRITURA, SEGUROS, CARTÓRIOS
• UTILIZAÇÃO DE 10% DO CRÉDITO
Após. pág. 27 a 28
- COMPATÍVEL COM O MERCADO PARA VENDAS À VISTA
- FORMA ACORDADO ENTRE O CONSORCIADO E O
VENDEDOR adiantamento a terceiros – só com pedido
formal do cotista após a contemplação
SISTEMA DE CONSÓRCIOSEncerramento do Grupo
– AO COTISTA QUE NÃO TENHA UTILIZADO SEU CRÉDITO
– AOS EXCLUÍDOS E DESISTENTES
– AOS DEMAIS CONSORCIADOS (valores recuperado - rateio 30 dias)
Após. pág. 29
– RECURSOS NÃO PROCURADOS TRANSFERIDOS P/ A ADMINISTRADORA
– VALORES PENDENTES DE RECEBIMENTO (pendências judiciais)
• DENTRO DE 60 DIAS DA ÚLTIMA ASSEMBLÉIA DE CONTEMPLAÇÃO
• ENCERRAMENTO CONTÁBIL EM 120 DIAS DA ÚLTIMA ASSEMBLÉIA DE CONTEMPLAÇÃO, DESDEQUE DECORRIDOS, NO MÍNIMO, 30 DIAS DAS COMINICAÇÕES ACIMA
SISTEMA DE CONSÓRCIOSDireitos e Obrigações das Partes
Consorciados Grupo
Obrigações - Contribuir com regularidade para a formação do FC e FR.
- Prover recursos suficientes para a distribuição de créditos.
Direitos
- Crédito atualizado na data da contemplação;
- Rendimentos financeiros entre a data da; contemplação e a data da utilização do crédito;
- Liberdade p/ utilizar o crédito; - Resíduo do FC e FR ao final do
grupo.
- Utilizar o FC, prioritariamente na distribuição de créditos;
- Utilizar os rendimentos financeiros do FC e FR p/ reforço de caixa;
- Utilizar o FR de acordo com o contratado.
Desequilíbrio - Atraso das contribuições; - Desistência.
- Déficit no FC e FR; - Diminuição no ritmo de
contemplações; - Aumento do preço médio dos bens.
Após. pág. 30
SISTEMA DE CONSÓRCIOSPontos Controversos
Após. pág. 31
Devolução de valores a consorciados desistentes ou
excluídos no termino do grupo.
A devolução de valores pagos, a título de fundo comum e de reserva, será realizada no
prazo de 60 dias contados da data da realização da última assembléia. Esta regra
consta do site do SINDEC.
IMPORTANTE:IMPORTANTE: esta regra não contraria o disposto na Súmula 35 do STJ, uma
vez que os valores a serem devolvidos contemplam correção pelo preço do último
crédito distribuído ao grupo e aplicação financeira da data da disponibilização do valor
até um dia antes de sua efetiva entrega.
Falar é fácil, o difícil é fazer o consorciado entender que ele tem
que esperar até o final do grupo!
FC 100% = 0,20% mês = R$ 16.000,00 : 50 = R$ 320,00
FR 1% = 0,02% mês = R$ 160,00 : 50 = R$ 3,20
TA 10% = 0,20% mês = R$ 1.600,00 : 50 = R$ 32,00
Valor da Categoria = R$ 18.080,00 : 50 = R$ 355,20 parcela
SISTEMA DE CONSÓRCIOSDevolução ao Término do Grupo
GRUPO50 meses100 consorciados = 2 contemplações mês
Crédito R$ 16.000,00
Valor destinado à contemplação
FC = R$ 320,00 x 100 = R$ 32.000,00
Após. pág. 31
SISTEMA DE CONSÓRCIOSUtilização dos Recursos do Grupo
Grupo ideal = 100% de arrecadação 100 cotistas X R$ 320,00 = R$ 32.000,00Aplicação Financeira = R$ 42,05Saldo para contemplação (sorteio) = R$ 32.042,05Liberação de 2 créditos por sorteio = R$ 32.000,00Saldo para próxima AGO = R$ 42,05
1ªAGO
97 cotistas X R$ 320,00 = R$ 31.040,00Juros e Multa = R$ 5,42Aplicação Financeira = R$ 41,25Saldo anterior de caixa = R$ 42,05Saldo para contemplação (sorteio) = R$ 31.128,72Liberação de crédito por sorteio = R$ 16.000,00Saldo para contemplação (lance) = R$ 15. 128,72Lance 3 parcelas = R$ 1.084,80Saldo para próxima assembléia = R$ 213,52
Grupo = 97% de arrecadação
R$ 969,60
3 desistentes
FC e FR pagos2ª
AGO
Após. pág. 32
DESISTÊNCIA E EXCLUSÃOReflexos Financeiros
Histograma Consorciado Desistente
0 10 20 30 40 50
Duração de grupo 50 meses
2% X 10 = 20%
Parcelasnão
pagas
Déficitdo grupo
• saldo devedor em 20
100% : 20 = 5%% a ser Parcelas FC mês pago restantes
Percentual a ser pagopelo substituto100% do bem
Valor arrecadado e utilizadopara distribuição de créditos
nas assembléias mensais
% de contribuição dodesistente
2% X 20 = 40%FC Parcelas % amortizado
Recomposição do Caixa
• déficit em 7 meses
Após. pág. 32
SISTEMA DE CONSÓRCIOSPontos Controversos
Após. pág. 31
Correção de valores a devolver a consorciado desistente
ou excluído.
SÚMULA 35 do STJ “Incide correção monetária sobre as prestações pagas quando de sua restituição,
em virtude de retirada ou exclusão do participante de plano de consórcio”
Hoje, embora prevista a correção dos valores pagos a título de FC e FR, com base no
último crédito distribuído pelo grupo, muitas são as administradoras condenadas a
corrigir estes valores por índices outros, que não aquele estabelecido no contrato, o
que coloca em risco não só a saúde financeira dos grupos mas a da própria empresa
de consórcio. (utilize o site do SINDEC)
SISTEMA DE CONSÓRCIOSPontos Controversos
Após. pág. 33 a 34
Fixação de Clausula Penal Compensatória em Favor da
Administradora.- é faculdade contida no título relativo às obrigações financeiras do consorciado, nos
termos da alínea “b” do inc. V, artigo 3º, do anexo à Circular nº 2.766/97, que tem natureza
exemplificativa;
- “incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que culposamente,
deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora”, art. 408 CC. É
mecanismo que reforça o cumprimento da obrigação ou prefixa a indenização
de perdas e danos decorrentes de seu descumprimento, a critério do credor;
- existência, no Plano de Contas dos Grupos de Consórcios, de título contábil que prevê
o registro do repasse da multa rescisória (cláusula penal) para a administradora,
conforme estabelece o item 15, do anexo IV, à Carta-Circular nº 3.147/04, que
esclarece sobre a função do título contábil “Valores a Repassar” – cód. 4.9.8.86.00-3;
- novamente as orientação técnica do SINDEC podem nos ajudar.
Novamente as orientação técnica do SINDEC podem nos ajudar: “De acordo com a Circular Bacen (Banco Central) nº 2766/97, a regra para devolução ao consorciado desistente ou excluído é a seguinte: no prazo de 60 dias contados da data da realização da última assembléia do grupo, a administradora deve comunicar ao excluído ou desistente que estão à sua disposição os valores relativos à devolução das quantias pagas aos fundos comuns e de reserva, já descontado o percentual relativo à prefixação dos prejuízos causados por ele ao grupo e à administradora.
As deduções são aplicadas após o cálculo do percentual pago sobre o valor do bem na última assembléia.”
www.mj.gov.br
SISTEMA DE CONSÓRCIOSPontos Controversos
Após. pág. 33
Taxa de Administração e o Regime de Liberdade Instituído
pelo BacenTemos verificado um crescente número de demandas judiciais propostas por consorciados ou por associações de defesa de consumidores cujo objetivo é a proibição de cobrança de taxa de administração acima dos limites estabelecidos no artigo 42 do Decreto nº 70.951/72, bem como a restituição de valor eventualmente pago a maior.
Vale registrar que:
- Artigo 33 da Lei nº 8.177/91 transfere ao BC as atribuições atribuições previstas nos artigos 7º e 8º da Lei nº 5.768/71;
-Tal atribuiçãoatribuição deve ser considerada irrestrita, ou seja, a competência do BC para regular consórcios não está vinculada às normas ditadas pela autoridade anterior, inclusive no que respeita às disposições contidas no Dec. nº 70.951/72, que regulamentou a Lei nº 5.768/71;
- A livre concorrência como premissa de eficiência de mercado, no que respeita à produção e benefícios ao consumidor, impôs a desregulamentação de taxa de administração – ofícios do BC;
- Artigo 39 do Dec. nº 70.951/72 estabelece que, a autoridade normatizadora, visando adequar o sistema de consórcios às condições de mercado ou da política econômica financeira, poderá fixar disposições diferentes das previstas no Dec. quanto a percentagens máximas permitidas a título de despesas administrativas.
SISTEMA DE CONSÓRCIOSPontos Controversos
Após. pág. 33
Projeto de Lei que dispõe sobre o Sistema de Consórcios PL 7.161/06Destacamos abaixo as principais novidades, quais sejam:• possibilidade de formar grupos referenciados em serviços;• possibilidade de utilizar o crédito para quitar financiamento;• possibilidade de utilizar o uso do Fundo de Garantia para:
i) pagamento de parte das prestações decorrentes contrato de participação de grupo de
consórcio para aquisição de imóvel, observadas as regras do Conselho Curador
ii) liquidação ou amortização extraordinária do saldo devedor decorrente de participação
em grupo de consórcio de imóvel, observadas as condições estabelecidas pelo
Conselho Curador;
iii) para ofertar lance ou complementar o valor do crédito atribuído para aquisição de bem
imóvel.• o consorciado que desistir após o pagamento de 5 (cinco) concorrerá ao sorteio e, se
contemplado, receberá o valor a que fizer jus antes do encerramento do grupo;• autoriza o Poder Executivo a constituir entidade privada, sem fins lucrativos, destinada
a administrar mecanismo de proteção aos consorciados, caso seja decretada a
intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de administradora de consórcio.