Strongyloides
Prof. Dr. Abraão Garcia Gomes
1. Posição Sistemática:
Filo: Nemathelminthes (Nematoda)
Classe: Nematoda (Secernentea)
Ordem: Rhabdiasoidea
Família: Strongyloididae
Gênero: Strongyloides
S. papillosusS. papillosus 3,5 – 6,03,5 – 6,0 Ruminantes, Ruminantes, coelhoscoelhos
S. ransomiS. ransomi 3,3 – 4,53,3 – 4,5 SuínosSuínos
S. westeriS. westeri 8,0 – 9,08,0 – 9,0 EquídeosEquídeos
S. stercoralisS. stercoralis 1,7 – 2,71,7 – 2,7 Homem, cão, Homem, cão, gatogato
2. Morfologia
Macho de vida livre:
Extremidade anterior arredondada - posterior recurvada ventralmente
0,7mm de comprimento
Boca: 3 lábios
Esôfago: rabditóide, seguido de intestino terminado em cloaca
1 só testículo canal deferente canal ejaculador cloaca
Apresenta 2 espículos
2. Morfologia
Fêmea de vida livre:
1-1,5 mm de comprimento
Corpo fusiforme
Extremidade anterior romba
Boca: 3 pequenos lábios
Esôfago: curto, aspecto rabditóide (anterior – intermediário - posterior)
Intestino simples e retilíneo
Abertura vulvar
2. Morfologia
Fêmea Partenogenética Parasita:
2 mm de comprimento, delgadas, extremidade anterior fina
Boca: 3 lábios minúsculos
Esôfago: longo e cilíndrico
Vulva situada no terço posterior do corpo
2. Morfologia
Ovos
Já embrionados
2. Morfologia
Larva Rabditóide
Esôfago tipo rabditóide
200 - 300m comprimento
Vestíbulo bucal profundo e inferior ao diâmetro da larva
Primórdio genital nítido
Cauda pontiaguda
2. Morfologia
Larva Filarióide
Esôfago longo e cilíndrico
500m comprimento
Muito ativas
Porção posterior afina-se gradualmente terminando em duas pontas (cauda entalhada)
Strongyloides stercoralis e estrongiloidíase
3. Biologia
3. Biologia
Infectividade:
Somente larvas filarióides
• enzimas
• adaptação
Via de Penetração:
• cutânea
• ingestão de água contaminada (raro)
3. Biologia
Modos de Infecção
• Heteroinfecção: larvas presentes no solo (vindas de outros indivíduos ou do ciclo de vida livre)
• Auto-infecção: transformação de larvas rabditóides em filarióides infectantes
Externa: na região anal e perianal Interna: dentro do intestino
4. Patogenia
Penetração do parasito no hospedeiro: Lesões cutâneas:
• Discreta – pontos de penetração
• Larvas mortas
• Reinfecção: edema, eritrema, prurido, pápulas hemorrágicas, urticárias
• Migração: única ou múltipla
• Aspecto linear, serpentiginoso (larva currens)
• Mais comum nos espaços interdigitais
4. Patogenia
Migração durante o ciclo pulmonar:
Lesões pulmonares:
• Hemorragias petequiais e profusas
• Pneumonia difusa
• Tosse com ou sem expectoração
• Crises asmatiformes
• Edema pulmonar
Strongyloides stercoralis
4. Patogenia
Permanência e multiplicação do parasito na mucosa intestinal ou em localizações ectópicas:
Lesões intestinais:
• Enterite catarral: reação inflamatória leve, aumento de secreção mucóide
• Enterite edematosa: desaparecimento do relevo mucoso
• Enterite ulcerosa: tecido fibrótico• dor epigástrica
• diarréia em surtos• náuseas e vômitos
• desidratação
Strongyloides stercoralis
4. Patogenia
Disseminada:
Imunodeprimidos Megacólon Íleo paralítico Antidiarréicos Constipação
4. Patogenia4.1 - S. papillosus Infecções severas causam atrofia das
vilosidades, perda de plasma proteína e redução severa das enzimas (fosfatase alcalina), lactase, sacarase e maltase. Podendo, nestes casos, ser fatal. Surtos clínicos afetam principalmente animais jovens apresentando anorexia, perda de peso, diarréia (raramente hemorrágica), desidratação e anemia moderada.
4. Patogenia
4.2 - S. westeri Sinais clínicos incluem anorexia, perda
de peso, tosse, diarréia e desidratação.
► PPP-8-14 diasPPP-8-14 dias► Infecção por Infecção por
ingestão ou ingestão ou penetração penetração de larvas (L3) de larvas (L3) pela pelepela pele
► Infecção Infecção transmamária transmamária em leitõesem leitões
4. Patogenia
4.3 - S. ransomi Sinais clínicos incluem anorexia, perda
de peso, tosse, diarréia e desidratação.
Strongyloides ransomiStrongyloides ransomi
5. Diagnóstico Clínico: Diferencial Parasitológico ou Direto
Exame parasitológico de fezes (método de Baermann-Moraes e de Rugai)
5. Diagnóstico Parasitológico ou Direto Coprocultura
AncilostomídeosAncilostomídeos
5. Diagnóstico Outros métodos laboratoriais
Pesquisa de larvas em secreções
Endoscopia digestiva
Biópsia intestinal
Necrópsia
Métodos imunológicos:
Reação intradérmica
ELISA
Strongyloides stercoralis
6. Epidemiologia
Distribuição Mundial
Países desenvolvidos: agricultores, trabalhadores rurais, imigrantes
Países em desenvolvimento: crianças
Brasil: importância em saúde pública
Faixa etária entre 0-15 anos
Strongyloides stercoralis
6. Epidemiologia
Strongyloides stercoralis
Ocorrência de Strongyloides stercoralis em Diferentes Grupos Populacionais, Analisados pelos Métodos de Baermann- Moraes e de Lutz, Minas Gerais, Brasil (1998 – 2003)
População Nº. de Amostras Fecais% de Positividade S.
stercoralisReferência
Alcoólatras 135 33,3 Oliveira et al., 2002
HIV 210 11,4 Silva et al., 2002
Servidores de limpeza pública
288 6,5 Machado et l., 2002
Acampados (sem terra)
156 6,4 Oliveira et al., 2003
Pacientes com Neoplasias
231 5,2 Teixeira et al., 1999
Idosos 600 5,0 Naves, 2003
Diabéticos 234 3,8 Mendonça, 2003
Crianças imunossuprimidas
249 2,4 De Paula et al., 2002
Crianças de creche 900 13,0 Machado et al., 1998
6. Epidemiologia
Fatores que influenciam no aparecimento, manutenção e propagação da estrongiloidíase:
presença de fezes de homens ou animais infectados no solo, presença de larvas infectantes originárias dos ciclos direto e de
vida livre no solo, solo arenoso, úmido, com ausência de luz solar direta, temperatura entre 25-30ºC condições sanitárias inadequadas, hábitos higiênicos inadequados, contato com alimento contaminado por água de irrigação poluída
com fezes, não utilização de calçados
Strongyloides stercoralis
6. Epidemiologia
Mais frequente nas regiões tropicais e subtropicais Doença de animais novos Nos bovinos ocorre desde as primeiras semanas de
idade, para desaparecer entre os 4 e 5 meses Na criação ovina ocorre principalmente nos animais
novos mantidos em abrigo Nos suínos a doença, geralmente, está associada com
a falta de condições higiênicas nas possilgas
Estrongiloidíase nos animais de interesse econômico
6. Epidemiologia
As larvas e as formas de vida livre são muito sensíveis às condições adversas do meio
Não resistem à dissecação, às temperaturas abaixo de 5ºC e acima de 40ºC
Os agentes químicos atuam sobre as formas de vida livre, matando-as em poucos minutos
O desenvolvimento do ciclo exógeno exige temperaturas adequadas, umidade e pH em torno de 5 a 6
S. ransomi pode produzir infecção pre-natal em leitões e ser transmitido através do colostro e do leite
S. papillosus pode ser transmitido para bezerros intra uterinamente
Estrongiloidíase nos animais de interesse econômico
7. Profilaxia
Realização de Inquéritos:
definir problema, áreas, estratificação epidemiológica, estabelecer objetivos, planos para alcançá-los, organizar ações específicas de controle com a comunidade, programar trabalhos de diagnóstico, tratamento, saneamento
ambiental, avaliar resultados a curto, médio e longo prazos
Controle - Erradicação
Strongyloides stercoralis
7. Profilaxia
Ressaltar hábitos higiênicos (lavagem adequada de alimentos, utilização de calçados, melhoria de alimentação),
Comprovação de diagnóstico e proceder tratamento (unidade epidemiológica fundamental = família),
Diagnosticar e tratar indivíduos que serão submetidos a tratamento imunossupressores
Strongyloides stercoralis
Nahuel Huapi es un lago argentino de origen glaciar, de 550 km²
Vista del Nahuel Huapi, desde el Cerro Bayo