Suporte avançado de vida
Etapas do SAV
• Uso de drogas e fluidos
• Diagnostico eletrocardiográfico
• Desfibrilação elétrica
Drogas Usadas no SAV
Objetivo das Drogas
• O objetivo de se usar alguns fármacos durante a RCP é de– Aumentar a perfusão coronariana– Corrigir a hipoxemia– Aumentar o inotropismo cardíaco– Aumentar a perfusão cerebral– Corrigir os distúrbios ácido-base– Corrigir os distúrbios eletrolíticos
• Para atingir este objetivo o medico conta com um arsenal de terapêuticos
Requisitos Para o Uso dos Fármacos
• Acesso venoso central– Desde que não atrapalhe as manobras de RCP– Acesso nos membros superiores são mais indicados– Via intracardíaca é extremamente perigosa
• Soluções de líquido a ser administradas depende do estado clinico do paciente– Soluções salinas são as mais usadas– Usa-se colóides ou sangue para reposição volêmica– Soluções glicosadas devem ser evitadas
• O oxigênio deve sempre ser aplicado na sua forma pura
Adrenalina
• Catecolamina mais potente de receptores α-adrenérgicos e também os receptores β-1 e β-2
• Ativação dos receptores β-1 aumenta a pressão sistólica, FC e DC
• Na musculatura das VA ocorre relaxamento devido a ativação dos receptores β-2
• Leva a uma vasoconstrição devido o estimulo dos diversos receptores α-1
• Indicações– Na PCR, em situações de baixo DC– Tratamento da asma aguda e crônica– Reações alérgicas fatais– Usado também em anestésicos locais
• Dosagem– Dose de 1mg a cada 3 a 5 minutos em bolus de 10
a 20 ml– Não pode ser administradas com soluções
alcalinas
• Efeitos colaterais– Distúrbios como medo, ansiedade, agitação,
tremores, fraqueza, vertigem, cefaléia, dificuldades respiratórias e palpitações
– Possibilidade de hemorragia cerebral– Redução da pressão diastólica– Pode levar uma fibrilação se a mesma não estiver
ocorrendo• Contra indicações – Hipertireoidismo e hipertensão– Presença ou risco de coronariopatia– Pacientes usuários de β-bloqueadores não seletivos
Vasopressina
• Potente vasoconstrictor• Tao bom quanto a adrenalina• Com menos efeitos negativos• Maior duração• Pode ser administrado por via intra óssea,
40UI• Não disponível comercialmente
Bicarbonato de Sódio
• Indicações– Situações em que exista hiperpotassemia previa – Acidose metabólica que não seja de origem lática– Overdose de antidepressivos tricíclicos– Para alcalinizar urina em caso de overdose de drogas– Nas paradas cardíacas prolongadas – Após retorno para circulação espontânea
• Dosagem– 1 mEq/Kg IV
Sais de Cálcio
• Indicações– Hipocalemia– Hipercalemia– Hipermagnesemia– Intoxicação por bloqueadores dos canais de Ca
• Dosagem– Como gluconato de cálcio a 10% usa-se 5-10ml/EV
lentamente– Cloreto de cálcio a 10% 2,5-5ml/EV repetindo a dose a
cada 10mim se necessário
• Contra indicações– Em acidose lática de origem hipóxica
• Devido ao fato de o BicNa reagir com o acido lático, funcionando como sistema tampão, leva a produção de CO₂ e H₂O
• Esse gás não poderá ser eliminado devido ao fato de o DC esta débil durante a RPC, levando a uma acidose metabólica intracelular muito importante, devido ser um gás muito difusível, desta forma prejudicando o sucesso da RPC
• Caso não se possua gasometria sanguínea pode-se utilizar a seguinte formula– BicNa (mEq) = (P x t )/10
Atropina
• Indicações– Deve-se utilizar em situações especificas como,
assistolia• Dosagem– 1mg IV num total de 0,04 mg.Kg⁻¹– Deve se alternada com o uso da adrenalina nas
doses já citadas anteriormente
Obs.: não é tão eficiente
Drogas Atuantes no Controle da Atividade Elétrica Cardíaca
• Lidocaína, Bretílio e Magnésio • Usada principalmente na fibrilação ventricular
(FV) podem ser administrados se a FV for recorrente ou persistentes
Lidocaína• Caracteriza-se pelo bloqueio de canais de sódio• Indicação
– Usada para arritmias ventriculares– Pouco ou nenhum efeito em arritmias supraventriculares
• Dosagem– Primeira dose de 1 – 1,5mg/kg IV efeitos por 15 a 60 min, dose de manutenção 1
– 4mg/min IV continuadamente• Efeitos colaterais
– Convulsões em concentrações plasmáticas entre 5 – 10mcg/ml– Depressão do SNC– Apnéia e PC acima em concentrações acima de 10mcg/ml
• Contra indicações– S. de Stokes-Adams – Bloqueio atrioventricular, intraventricular ou sinoatrial
Obs.: ter cuidado com as infusões continuas já que podem levar à uma PC e não se usa este quando se realiza a RCP
Tonsilato de Bretílio
• Indicações– Trata taquicardia ventricular e fibrilação ventricular
• Dosagem– Dose de ataque 150 – 300mg IV com 1-4mg/kg de
manutenção – Não ultrapassar a dose de 10mg/kg
• Efeitos Colaterais– Vômitos, hipotensão postural, hipertermia,
comprometimento renal e depressão respiratória
Obs.: não disponível no Brasil
Amiodarona
• Adicionada recentemente a lista de antiarrítmicos • Indicações
– FV/TV– Arritmias tanto ventriculares quanto supraventriculares
• Cuidados– Prestar atenção pois pode levar a hipotensão e outras
arritmias• Dosagem
– Na PCR 300mg IV seguida de 150mg após 3 ou 5 mim– Em arritimias usa-se 150mg em 10mim com repetição de 10
em 10mim ou 360mg em 6h
Sulfato de Magnésio
• Deficiência associada a arritmias cardíacas, sintomas de ICC e morte súbita
• Indicações– Na hipomagnesemia– Na FV refrataria grave– Torsades de pointes
• Dosagem– De 1-2g em bolus de 10 a 20ml
Outras Drogas
• Noradrenalina, dopamina ou dobutamina são usados depois da RPC
• Reposição volêmica esta indicada quando se tiver– Trauma– Grandes hemorragias– Perdas volêmicas evidentes
Diagnostico Eletrocardiográfico
1. Fibrilação ventricular (FV)2. Taquicardia ventricular (TV)3. Assistolia4. Atividade elétrica sem pulso
• Fibrilação Ventricular (FV)– Traçado eletrocardiográfico apresenta-se ondulante, assimétrico e
com amplitude variável– Não confundir interferência elétrica com FV– Presente esta situação a desfibrilação deve ser prontamente realizada
• Taquicardia Ventricular (TV)– Complexos QRS alargados e aberrantes, morfologia e frequência
regulares• Assistolia
– Ausência de atividade elétrica do coração– Marca-passo transcutâneo
• Atividade Elétrica Sem Pulso– Sem pulso mas com pouca atividade elétrica organizada– Complexos largos e bizarros– Mau prognostico, se corrigidas pode ser reversivel
Desfibrilação Cardíaca
Desfibrilação Cardíaca
• A desfibrilação cardíaca é considerada o emprego de um choque elétrico, não sincronizado com o ritmo cardíaco, aplicado no tórax
• O objetivo é despolarizar o miocárdio, assim todas as fibras ficarão na mesma fase de forma que o nodo sinusal possa retomar a condução do ritmo cardíaco
• Por isso é a primeira opção terapêutica com presença de FV ou TV
Desfibrilação Cardíaca
• Fatores que influentes na eficiência– Condição do miocárdio– Duração das arritmias– Tamanho dos eletrodos– Local de colocação dos eletrodos
• Necessita-se a aplicação de gel eletrolítico• A energia varia de 200 a 360J devendo ser usado a
menor energia efetiva • Técnica correta• Cuidados
Cuidados pós-reanimação
• Com sucesso da RCP, todo o cuidado deve ser tomado no sentido de prevenção1. Exame clinico completo2. Monitorização cardíaca continua e ECG3. Acesso venoso4. Avaliação de procedimentos invasivos, se tiver5. Radiografia do tórax6. Exames laboratoriais7. Medicamentos para manutenção da hemodinâmica